PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: URSULA CUNHA ANECLETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: URSULA CUNHA ANECLETO
DATA: 22/02/2016
HORA: 09:30
LOCAL: PPGE
TÍTULO: Ação linguístico-comunicativa e a interação na Esfera Pública Comunicacional
PALAVRAS-CHAVES: Pragmática Linguístico-Comunicacional. Competência linguístico-comunicativa. Esfera pública comunicativa. Interação dialógica.
PÁGINAS: 160
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: Esta pesquisa apresenta o estudo a respeito da ação linguístico-comunicativa e do processo de interação na esfera pública comunicacional que emergem na sociedade em rede. Partirmos da racionalidade comunicativa habermasiana e da teoria da enunciação bakhtiniana. A racionalidade comunicativa, fruto da guinada linguístico-pragmática, estabelece a dimensão comunicativa da razão à necessidade de formação do consenso entre falante e ouvinte, inerente ao processo linguístico, de forma que os interagentes orientem-se por pretensões de validade – suscetíveis a críticas –, mas que também podem ser intersubjetivamente reconhecidas. Essa interação linguística entre os sujeitos é possível devido ao caráter social e dialógico da linguagem, que se materializa a partir das enunciações proferidas pelas pessoas. Por essa abordagem, evidenciamos a esfera pública comunicacional, nesta investigação representada pela universidade, enquanto um espaço adequado para a interação entre os diversos atores que a constitui, de forma livre e democrática, com vistas a gerar o acordo entre eles, sempre a partir do melhor argumento. Dessa forma, entendemos que é possível aos sujeitos expressarem seus discursos nessa esfera pública, visando à construção de vínculos sociais, ao entendimento mútuo e, consequentemente, à produção e à comunicação de conhecimento. À vista disso, apresentamos como hipótese que na esfera pública comunicacional os discursos veiculados são reconhecidos enquanto contextos enunciativos, que superam a razão instrumental da língua, a partir de pragmáticas linguístico-comunicacionais, o que resulta na formação do sujeito competente linguístico-comunicativamente. Para essa abordagem, escolhemos como metodologia a Hermenêutica, por essa ter como base uma reflexão crítica, ancorada na linguagem-ação, que permite aos sujeitos a capacidade de compreensão de sentidos linguisticamente comunicáveis. Teoricamente, esta investigação ancora-se na Teoria do Agir Comunicativo, do filósofo alemão Jürgen Habermas, e na Filosofia da Linguagem, do teórico da linguagem, Mikhail Bakhtin. Para ampliar as análises aqui propostas, dialogamos com estudos sobre Atos de Fala, de John Austin; as concepções de língua-linguagem de Ferdinand de Saussure e Noam Chomsky; as análises sobre competência comunicativa de Dell Hymes, entre outros autores. Inferimos que a linguagem na sociedade em rede assumiu uma dimensão que requer uma análise complexa para entendê-la devido aos novos espaços de socialização de conhecimentos, informações, comunicação, que permitem aos sujeitos – a partir de uma ação linguístico-comunicativa – testarem suas pretensões de validez. Dessa forma, as ações linguísticas e comunicativas, de base interativa, além de contribuírem com a formação da identidade do eu do sujeito, desempenham um papel importante no seu processo de aprendizagem, sendo essas ações o principal mecanismo na formação do sujeito emancipado discursivamente, livre para agir na sociedade, a partir de padrões éticos e morais, ou seja, o sujeito discursivo-racional-dialógico.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3116045 - BERNARDINA MARIA JUVENAL FREIRE DE OLIVEIRA
Presidente - 1152128 - EDNA GUSMAO DE GOES BRENNAND
Interno - 252653 - FERNANDO CEZAR BEZERRA DE ANDRADE
Externo à Instituição - JOSE WASHINGTON DE MORAIS MEDEIROS
Externo à Instituição - SIMONE BUENO BORGES DA SILVA