PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOSELMA BIANCA SILVA DE SOUZA MENDONÇA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSELMA BIANCA SILVA DE SOUZA MENDONÇA
DATA: 31/07/2014
HORA: 10:00
LOCAL: 319
TÍTULO: ENTRE O TRONCO E O MONTE: Convergências e divergências nas espiritualidades dos Indígenas Potiguara e do Carmelo Monástico da Paraíba
PALAVRAS-CHAVES: Identidade. Crenças. Ritos. Espiritualidade Potiguara. Espiritualidade monástica Carmelitana.
PÁGINAS: 243
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
RESUMO: A pesquisa em foco apresenta as dimensões da espiritualidade do indígena Potiguara e das monjas Carmelitas Descalças da Paraíba, a partir do estudo das crenças e dos ritos presentes na Aldeia São Francisco, situada no município de Baía da Traição-PB e nos depoimentos de pessoas que viveram no interior de um mosteiro. A primeira experiência se constitui de uma etnia, remanescente de um povo que guarda ensinamentos dos antepassados cultivados pela memória dos troncos velhos, considerados sagrados no interior da tradição; a segunda experiência, uma ordem religiosa que busca em torno de um estatuto um fundamento para promover a espiritualidade, tendo em vista as práticas de ascese, a contemplação e a solidão do claustro. Observa-se presente nesses dois mundos maneiras distintas de se relacionar com a divindade. Para tanto, adotamos o método de pesquisa qualitativa, etnográfica para conhecer os rituais, as benzeduras, os cantos e a devoção das referidas realidades. Para fundamentar a pesquisa, utilizamos alguns teóricos, como: Barcellos (2012), Nascimento (2012), Eliade (2007), Otto (2011), Campbell (1990), Vilhena (2005), Palitot (2002), Vieira (2012), entre outras obras complementares aqui não citadas. Sobre a espiritualidade Carmelitana, nos apoiamos em Cruz (1996), Jesus (2003), Mesters (2001) e Albuquerque (2001). Realizamos pesquisa de campo através de registro em diário, observação participante e entrevista semiestruturada. Estratégias e instrumentos de investigação que nos permitiu estar presente no convívio diário, nos atos celebrativos e festividades que envolvem tanto o indígena Potiguara quanto da monja Carmelita, buscando em sua essência, compreender as maneiras de manifestação da espiritualidade. Os indígenas constroem uma lógica de argumentação para manter viva a sua cultura. A crença no espírito dos antepassados como também em outras entidades espirituais possuem significado de valor dentro da tradição. A espiritualidade perpassa a trajetória desses mundos, seja em elementos comuns da tradição, seja nas devoções aos santos católicos, em torno de rezas, promessas, ofícios e terços, como acontece no Carmelo. É comum ver o Potiguara, uma mesma etnia, enriquecida de tantas práticas e devoções no plano da espiritualidade. Também é fato, perceber nas monjas Carmelitas, uma doutrina fundada no cristianismo que não se rendeu aos padrões impostos pela modernidade, permanecendo fiel a uma Regra durante mais de mil anos. A maneira como conduzimos a pesquisa se deu de forma etnográfica. Durante cinco anos estivemos presentes em praticamente todos os rituais dos indígenas como também do monastério. O que segue no trabalho, é resultado dessa busca e da necessidade de estar in locu e poder registrar a experiência que emana do ser, tão veemente nos indígenas Potiguara e nas Carmelitas descalças.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 338011 - CARLOS ANDRE MACEDO CAVALCANTI
Externo à Instituição - JOSE MATEUS DO NASCIMENTO
Presidente - 1548297 - LUSIVAL ANTONIO BARCELLOS
Externo à Instituição - MARLÚCIA MENEZES DE PAIVA