PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (PPGEP)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
No Informado

Noticias


Banca de QUALIFICAÇÃO: RAVENNA LEITE DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAVENNA LEITE DA SILVA
DATA: 16/03/2017
HORA: 17:00
LOCAL: Laboratório de Análise do Trabalho
TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE CARGA MENTAL DE TRABALHO E INFECÇÃO HOSPITALAR EM UTI: UMA ABORDAGEM NEUROERGONÔMICA
PALAVRAS-CHAVES:
PÁGINAS: 43
RESUMO: Paz, Fortes e Silva (2015) definem infecção hospitalar como aquela adquirida posteriormente a internação do paciente, manifestada durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a hospitalização ou a qualquer procedimento hospitalar. A partir da criação das instituições destinadas ao tratamento de saúde dos indivíduos e a instituição de procedimentos terapêuticos e diagnósticos progressivamente mais invasores promoveu o surgimento da infecção hospitalar ou nosocomial, ou ainda, como mais atualmente passou a ser definida, infecção associada (ou relacionada) aos serviços de saúde (IRAS) (DALTOÉ et al., 2014). A ampliação do seu conceito deve-se ao aumento de estudos e consequentemente do conhecimento sobre o tema, que hoje, considera não só hospitais, mas todos os serviços de saúde seja terapêutico ou diagnóstico. Portanto, pode ser definida como infecção adquirida após admissão do paciente no serviço de saúde, que se manifeste durante o período de internação ou após a alta, nesse último caso, quando relacionada com a internação ou a procedimentos hospitalares e/ou ambulatoriais ou ainda as manifestadas antes de 72 horas da internação, porém associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este período (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998). Há algumas décadas as infecções hospitalares vêm sendo, colocadas como objetos de estudo dos pesquisadores das várias áreas de saúde. Este fato deve-se a influência na morbimortalidade dos pacientes de hospitais de todo o mundo (PAZ; FORTES; SILVA, 2015). Aycan et al. (2015) estudou a possível associação entre aumento da carga de trabalho em enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva e o aumento de infecção hospitalar por bactérias multirresistentes em decorrência do número reduzido desses profissionais nestas unidades, encontrando uma relação direta e positiva entre os dois fatores. Os efeitos adversos das infecções hospitalares sobre morbimortalidade, tempo de internamento e custos hospitalares foram bem estudados (AYCAN et al., 2015). No entanto, há poucos dados disponíveis sobre os efeitos da infecção hospitalar na carga de trabalho de enfermeiros e técnicos em enfermagem. Não obstante, o aumento do tempo de internação esteja associado à infecção hospitalar e seja uma das origens significantes do custo adicional, esse aumento não reflete os efeitos da infecção hospitalar sobre a carga de trabalho diária dos enfermeiros e, por isso, não é suficiente para determinar a necessidade de pessoal (AYCAN et al., 2015). Cimiotti et al. (2012) afirma que evidências recentes sugerem que elementos de cuidados de enfermagem também estão associados com a prevalência de infecções hospitalares. Número de enfermeiros por pacientes, assim como horas necessárias de cuidados de enfermagem desses pacientes têm sido implicados na propagação da infecção. Na maior parte dos estudos voltados para avaliação da carga de trabalho de enfermagem são realizadas com escalas voltadas para a avaliação da carga física, como: Therapeutic Intervention Scoring System (TISS), Project de Recherche en Nursing (PRN – 80), Nursing Activities Score (NAS), entre outras. Há pouca literatura que considere a carga mental, e mais ainda, com a utilização de técnicas que meçam a interação do nosso Sistema Nervoso Central (SNC), diante das atividades/situações laborais que promovem o aumento desta carga. Portanto, é necessário e importante investigar a relação entre a carga mental de trabalho desses profissionais e a infecção hospitalar no âmbito de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336620 - LUIZ BUENO DA SILVA
Interno - 330903 - MARIA DE LOURDES BARRETO GOMES
Externo à Instituição - MARCELO CAIRRÃO ARAÚJO RODRIGUES