PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: TATIANE RIBEIRO DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TATIANE RIBEIRO DE LIMA
DATA: 17/06/2015
HORA: 08:30
LOCAL: Centro de Educação
TÍTULO: ANTROPOFAGIA E O SEU SABOR SAGRADO: RESSIGNIFICAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE BRASILEIRA
PALAVRAS-CHAVES: Antropofagia Sagrada, Antropofagia Moderna, Ressignificação antropofágica.
PÁGINAS: 178
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
RESUMO: Pretendemos mostrar nesse trabalho os caminhos percorridos pela antropofagia no Brasil, desde a chegada dos colonizadores, até a forma como hoje tratamos desse assunto em nossa sociedade. Para tanto utilizaremos como parâmetro de estudo os relatos etnográficos e as crônicas de história dos navegadores do século XIV e XV, onde os desbravadores dos oceanos relatam com detalhes os rituais de antropofagia que aconteciam no novo mundo. Entretanto, nesse trabalho nos ateremos às narrativas que observam o comportamento específico dos Tupinambá do Brasil. A analise desses relatos dos navegadores nos trará a forma primeira como à antropofagia foi vista e retratada, na visão dos Europeus. No decorrer de nossa pesquisa pretendemos mostrar como a antropofagia foi vivida pela população brasileira e onde essa tradição religiosa indígena “extinta” encontrou espaço para poder sobreviver na cultura e no imaginário do brasileiro. Da colonização até os nossos dias a antropofagia percorreu um longo e difícil caminho, passando de uma absurda animalidade a Tabu cultural algo que se prefere ignorar. Sempre mal vista e mal interpretada. Hoje ainda carregamos em nosso inconsciente coletivo a mesma visão de canibalismo que tiveram os grandes navegadores na época do descobrimento. Nesse trabalho pretendemos trazer uma nova visão, mostrar o outro lado, a versão indígena da antropofagia não como um ato de animalidade, mas como parte integrante e fundamental da vivência “religiosa” dos índios, e como ponto crucial para a formação da identidade nacional. Para tanto trataremos desse tema utilizando com métodos de análise a hermenêutica simbólica Eliadiana e a Teoria Geral do Imaginário (TGI) de Gilbert Durand, como pilares de apoio. Para que possamos demostramos onde se encontra o sagrado nos rituais de antropofagia indígena bem como demostrar onde se encontra a antropofagia sagrada em nossa sociedade, demostrando que a frase “somos todos canibais” do antropólogo francês Levi Strauss encaixa-se perfeitamente no perfil indenitário do Brasil principalmente por que a antropofagia ainda está presente na vivencia dos brasileiros.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338011 - CARLOS ANDRE MACEDO CAVALCANTI
Interno - 1814691 - MARIA LUCIA ABAURRE GNERRE
Externo à Instituição - JOSE MATEUS DO NASCIMENTO