PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS (PPCEM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ARACELLE DE ALBUQUERQUE SANTOS GUIMARÃES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARACELLE DE ALBUQUERQUE SANTOS GUIMARÃES
DATA: 18/08/2017
HORA: 10:00
LOCAL: Sala Bolo de Noiva
TÍTULO: HIDROGÉIS À BASE DE QUITOSANA/POLI (ÁLCOOL VINÍLICO) PARA LIBERAÇÃO DE FÁRMACO VISANDO USO POTENCIAL COMO CURATIVO
PALAVRAS-CHAVES: Quitosana, PVA, hidrogéis, argila, ibuprofeno, liberação.
PÁGINAS: 128
RESUMO: O emprego de hidrogéis poliméricos tem desempenhado um papel vital no desenvolvimento de sistemas de liberação controlada de fármacos, devidos às suas propriedades de volume e superfície. Hidrogéis constituídos do polissacarídeo quitosana (CS) e do polímero poli (álcool vinílico) (PVA) tem emergido como uma das mais promissoras alternativas para obtenção de biomateriais para uso como curativos. Visando melhorar a resistência mecânica, maleabilidade e a taxa de degradação das membranas CS/PVA, propõem-se também neste projeto o uso de bentonita, mais especificamente, da região da Paraíba como agente reticulante, que por possuir cargas negativas em sua superfície pode interagir eletrostaticamente com os grupos amino da quitosana. Poucos são os trabalhos reportados na literatura que tratam da preparação de hidrogéis à base de CS/PVA contendo silicatos em camadas e nenhum deles faz uso das argilas bentonitas proveniente do estado da Paraíba. Razão que motivou essa pesquisa para exploração da bentonita como candidato promissor para obtenção de hidrogéis poliméricos reticulados aliando às excelentes propriedades dos biopolímeros quitosana e poli (álcool vinílico) visando regeneração de tecidos lesionados assim como veículos carreadores de fármacos para o mesmo propósito regenerativo. A obtenção dos hidrogéis de CS e PVA puros e de hidrogéis das misturas de CS e PVA, com e sem agente reticulante e fármaco, foram realizadas pelo método de evaporação de solvente. Os hidrogéis desenvolvidos foram analisados em seus aspectos visuais e espessuras, e caracterizados pelas técnicas de espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), difratometria de raios X (DRX), ângulo de contato, intumescimento e espectroscopia na região do ultravioleta (UV-Vis). Os espectros de FTIR indicaram que a presença de PVA interfere significativamente nas intensidades das bandas, ficando em evidência as bandas pertencentes ao PVA. Indicaram também que ocorreu uma efetiva interação entre quitosana, argila e fármaco pela manutenção das bandas características dos componentes individuais argila e fármaco pela manutenção das bandas características dos componentes individuais. Os resultados de DRX sugerem que tanto os polímeros quitosana e PVA quanto o fármaco ibuprofeno foram intercalados entre as camadas de argila formando estruturas parcialmente esfoliadas. Os resultados de ângulo de contato apresentaram mudanças no caráter hidrofílico do hidrogel CS/PVA para hidrofóbicos a medida que se aumentou o teor de PVA e com a adição de argila e IBU, com exceção da amostra CS/PVA (1:4)+1%AN+10%IBU, onde o caráter hidrofílico foi dominante. Para o ensaio de intumescimento em água foi observado que para as composições contendo argila e Ibuprofeno, tem-se uma redução nas porcentagens de intumescimento quando comparadas com as composições contendo argila e IBU respectivamente. Quanto a avaliação da liberação do IBU, ficou evidenciada que com o aumento do teor de PVA e a incorporação da argila nas composições CS/PVA ocorreu uma taxa de liberação mais lenta e controlada do fármaco, indicando ser promissor o desenvolvimento de hidrogéis CS/PVA com adição de argila para tal finalidade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1855735 - ITAMARA FARIAS LEITE
Interno - 1753238 - AMELIA SEVERINO FERREIRA E SANTOS
Externo à Instituição - EDUARDO LUIS CANEDO
Externo à Instituição - SUEDINA MARIA DE LIMA SILVA