PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ARTHUR CLERO DA FONSECA MONTEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTHUR CLERO DA FONSECA MONTEIRO
DATA: 26/03/2024
HORA: 10:00
LOCAL: CCHLA Sala 504
TÍTULO: PRECONCEITO CONTRA IDOSOS: UM ESTUDO A PARTIR DA PERSONALIDADE E DOS VALORES HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: Idoso; Estereótipos; Preconceito; Personalidade; Valores Humanos.
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Papéis e Estruturas Sociais; Indivíduo
RESUMO: A presente dissertação teve por objetivo explicar o preconceito contra idosos a partir das variáveis de personalidade e de valores humanos, por meio da realização de dois estudos empíricos, os quais serão apresentados em formato de artigos. O Artigo 1 intitulado Preconceito contra os idosos: uma análise dos estereótipos e dos comportamentos discriminatórios teve por objetivo verificar o preconceito da população frente aos idosos. A pesquisa foi realizada com 215 pessoas da população geral de João Pessoa (PB), a média de idade foi de 29,44 anos (DP = 10,86, variando de 18 a 54 anos) os quais responderam os seguintes instrumentos: Escala Diferencial Semântico de Atitudes Frente ao Idoso, Escala da Relação com Pessoas Idosas, Questionário sociodemográfico e Questionário sobre o idoso. As análises foram feitas com intuito de verificar se existe prevalência de comportamentos discriminatórios contra os idosos e se existe diferença de comportamentos discriminatórios em função do gênero dos participantes. Os resultados indicaram que os participantes sabem que a idade para a pessoa ser considerada idosa é 60 anos (48,6%), convivem com idosos (72,1%), em casa (47,9%), porém a maioria nunca cuidou de idosos (53,5%). Ademais, apresentaram, em sua maioria, estereótipos positivos acerca dos idosos, especialmente com relação à cognição (e.g., sábio (89,3%), persistente (55,8%)), assim como, demonstraram praticar comportamentos discriminatórios menos hostis, sobretudo o gênero feminino. O artigo 2 intitulado Explicando o ageísmo a partir da personalidade e dos valores humanos teve como objetivo explicar o preconceito contra o idoso a partir da personalidade e dos valores humanos. Participaram 204 pessoas da população geral do Brasil, com média de idade de 48,1 anos (DP = 11,29), distribuída igualmente em função do gênero. A maioria era da Paraíba (83,3%), casada/união estável (67,6%), com pós-graduação (58,3%), da classe média (90,6%), que conviviam com idosos (81,4%), principalmente no ambiente familiar (53,4%). Responderam os seguintes instrumentos: Escala Fraboni de Ageísmo com três fatores: separação, estereótipo e atitudes afetivas, Escala de Ageísmo Ambivalente, constituída por dimensões referentes ao preconceito hostil e ao preconceito benevolente (subestimação no trabalho e ajustamento excessivo), Inventário dos Cinco grandes Fatores da Personalidade distribuídos em cinco fatores: neuroticismo, extroversão, abertura à experiência, conscienciosidade e amabilidade, Questionário de Valores Básicos distribuídos em seis dimensões correspondentes às seis subfunções valorativas: experimentação, realização, suprapessoal, existência, interativa, normativa, Questionário sociodemográfico e Questionário sobre o idoso. Os resultados demonstraram correlação de forma negativa e significativa entre o fator estereótipo da escala Fraboni de Ageísmo e as subfunções interativa e experimentação. Quanto aos traços de personalidade, verificou-se que abertura à mudança se correlacionou de forma negativa e significativa com os fatores estereótipo e atitude afetiva; extroversão apresentou correlação negativa e significativa com os fatores estereótipo e atitude afetiva; amabilidade demonstrou correlação negativa e significativa com os fatores separação, estereótipo e atitude afetiva; neuroticismo apresentou correlação positiva e significativa com os fatores separação e estereótipo. Quanto a regressão, verificou-se que o fator separação pôde ser explicado pelos traços amabilidade e neuroticismo; o fator estereótipo pela extroversão e neuroticismo, e o fator atitude afetiva pela amabilidade. Por fim, a subfunção experimentação explicou negativamente o fator estereótipo. Conclui-se que o preconceito contra idosos, reconhecido comumente como ageísmo, é um fenômeno presente em diversas sociedades, a exemplo da Paraíba, estado brasileiro que apresenta o maior percentual de idosos da região nordeste. Espera-se que os dados destes estudos possam colaborar para discussão do tema, conscientização social e desenvolvimento de pesquisas em torno da discriminação ou preconceito em razão da idade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6338234 - VALDINEY VELOSO GOUVEIA
Interno - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Externo ao Programa - 1973400 - VIVIANY SILVA PESSOA