PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: GEOVANE FERNANDES MUNIZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEOVANE FERNANDES MUNIZ
DATA: 01/12/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório do Ipefarm
TÍTULO: Imunofisiologia na dinâmica do controle vetorial: Investigação dos efeitos do ácido kójico (5-Hydroxy-2-hydroxymethyl-4H-4-pyranone) sobre o desenvolvimento do Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae).
PALAVRAS-CHAVES: Aedes aegypti, arboviroses, imunologia, ácido kójico, melanina, óxido nítrico.
PÁGINAS: 30
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO: O controle de Ae. aegypti está associado a uma impactante redução de danos envolvendo arboviroses de grande relevância clínica e epidemiológica. Os métodos de controle podem atuar em qualquer fase de vida do vetor, desde o desenvolvimento embrionário até a sua forma alada. No processo de oviposição, os ovos no primeiro estágio da embriogênese são de cor clara e permitem a passagem livre de água pela casca do ovo. No decorrer deste estágio, ocorre o processo de melanização, o que dá ao embrião a resistência à dessecação e, consequentemente, uma maior viabilidade da eclosão dos ovos após longos períodos em ambientes secos. Também o NO (Nitric oxide) ou óxido nítrico, apresenta-se como um potencial mecanismo envolvido nas funções fisiológicas como a sinalização das células epiteliais e a indução da imunidade inata do Ae. aegypti. Atrelado a esse panorama, é interessante ressaltar o papel tirosinase que participa da formação da melanina como um catalisador, e que fica em evidência como um potencial alvo no controle do Ae. aegypti. É, então, que o AK (ácido kójico), substância química comumente utilizada para o clareamento cutâneo, entra em cena, pois possui propriedades inibitórias na síntese da tirosinase, corroborando a justificativa de um potencial método de controle do Ae. aegypti. Os resultados evidenciaram que a produção de NO em larvas (L4) expostas ao AK por 24h, teve maior índice no grupo controle (concentração de 65,76 ± 6,65 microMolar/mL) em comparação aos grupos testes (expostos a 100, 500 e 1000 ppm). A concentração de NO no grupo controle foi de 65,76 + 6,65 µM/mL, sendo significativamente maior em comparação ao grupo teste LOSC (Larvas de ovos sem cutícula), cuja concentração foi de 4,46 +5,40 µM/mL. Não houve letalidade do composto para os diferentes estágios de vida do Ae. aegypti; experimentos realizados com exposição ao AK em 1000 ppm por 24 horas. Não houve diferença significativa no intervalo de eclodibilidade, tampouco foi constatada diferença no tamanho dos ovos dos diferentes grupos analisados. A clarificação corroborou os resultados de coloração dos ovos, mostrando que àqueles com a cutícula serosa formada apresentaram pigmentação mais escura, sugerindo uma maior presença de melanina. A análise do perfil celular da hemolinfa de larvas de Ae. aegypti expostas ao AK permitiu a identificação da predominância de hemócitos dos tipos, pro-hemócitos, plasmócitos e granulócitos em aproximados 20% para os três mais evidentes tipos celulares. Ao analisar o tamanho das larvas (L4), verificou-se a diferença de tamanho equivalente a cerca de 1,5 mm entre as larvas do grupo controle com média de 6,5 mm e do grupo de Larvas de Ovos sem Cutícula Serosa (LOSC) com média de 8 mm. E, por fim, os resultados permitiram observar um aumento entre 30 e 50% da quantidade de larvas que sofreram metamorfose para a fase de pupa por volta do 10º e do 12º dia do ciclo de vida. Nossos estudos sugerem que o AK pode influenciar no desenvolvimento e em possíveis alterações na resposta imune do Ae. aegypti através de mecanismos fisiológicos que justificam a continuidade de estudos promissores com o artrópode.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1717729 - FABIOLA DA CRUZ NUNES
Interno - 2015912 - JOSIANE DE CAMPOS CRUZ
Externo ao Programa - 090.232.904-96 - MARIA DENISE LEITE FERREIRA - UFPB
Externo ao Programa - 1956521 - RAFAEL DE ALMEIDA TRAVASSOS
Interno - 1340309 - SANDRA RODRIGUES MASCARENHAS