PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (PPGEP)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRIANA GOMES LISBOA DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANA GOMES LISBOA DE SOUZA
DATA: 29/02/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Laboratório de Análise do Trabalho
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL E DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE ALUNOS NA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES EM AMBIENTES CLIMATIZADOS
PALAVRAS-CHAVES: Parâmetros cardiovasculares, Conforto térmico, Produtividade
PÁGINAS: 68
RESUMO: O 4º Relatório Científico do Painel Intergovernamental de Mudanças climáticas de 2007 traz evidências contundentes das alterações climáticas no planeta. O documento declara que, no Brasil, as regiões mais sensíveis às mudanças climáticas são as regiões Norte e Nordeste (MARENGO, 2008). Segundo Confalonieri e Marinho (2007) um dos mecanismos principais através dos quais os processos climáticos podem afetar a saúde da população são as ondas de calor, consequência do aumento da temperatura do ar. Muitos estudos têm demonstrado a estreita relação entre desempenho humano e qualidade do ambiente interior (CUI et al., 2013; THAM et al., 2010; SCHELLEN et al., 2012). O estudo de Wargocki e Wyon (2013) identificou que as condições do ambiente nas escolas primárias são frequentemente inadequadas, e geralmente muito piores que as dos ambientes de escritório. A preocupação com ambientes escolares deveria ser maior do que com escritórios, pois frequentemente os alunos são expostos a novas experiências e atividades (SCHELLEN et al., 2012). Além da queda do desempenho humano, riscos para a saúde podem ser atribuidos aos efeitos da temperatura do ar em ambientes fechados. Não imediatamente patogênicas, variações de temperatura do ar têm efeitos no corpo humano, e suas consequências a médio e longo prazos ainda são questionáveis. Liu, Lian e Liu (2008) identificaram alterações na atividade elétrica do coração associadas ao conforto térmico. Além disso, as proteínas do sangue IL-6 e HSP70, sinalizadoras de resposta imunológica, têm seus níveis alterados quando o indivíduo é exposto a variações de temperatura do ar (XIONG et al., 2015). O estudo sobre conforto térmico é bastante disseminado, já que condições de saúde e segurança no local de trabalho estão intimamente associadas com a produtividade e o desempenho das empresas, sendo um fator essencial para a competitividade (SCHELLEN, et al., 2012; KERSHAW E LASH, 2013). O efeito das características térmicas do ambiente é convencionalmente avaliado através do modelo Fanger, que mede a percepção térmica dos indivíduos por intermédio sobretudo de um questionário intuitivo. O modelo inclui o cálculo de PMV e PDD, mas é limitado, pois não aponta quais os processos fisiológicos envolvidos e sua importância na adaptação térmica ( DJONGYANG; TCHINDA; NJOMO, 2010). Medidas de parâmetros fisiológicos têm como objetivo principal analisar qual a extensão da influência de diferentes níveis de temperatura no corpo humano (CAO et al., 2011). Taxa de suor, temperatura da pele e frequência cardíaca são os parâmeros mais utilizados em estudos visando a compreensão da resposta humana às mudanças graduais de temperatura (XIONG et al, 2015). Há destaque para a frequência cardíaca, que é uma medida fidedigna de carga térmica, já que está diretamente relacionada com o sistema termorregulador (GUYTON; HALL, 2006). A frequência cardíaca é um parâmetro fisiológico de fácil mensuração e que deve ser considerada para a avaliação da carga de trabalho por ter relação direta com o gasto metabólico e carga térmica, já que reflete, juntamente com a pressão arterial, os processos de vasodilatação e vasoconstrição. Por serem mecanismos neurais controladores de alterações do sistema circulatório, estes processos são importantes para o controle da temperatura central e da atividade dos sistemas simpático e parassimpático (LIU et al., 2008; LAN, WARGOCKI, WYON, 2011; CHOI et al., 2012). Por estes motivos, a medição da frequência cardíaca é uma ferramenta promissora para a verificação do efeito do estresse resultante da ativação adrenérgica (TAELMAN et al., 2011; LUQUE-CASADO et al., 2013; LARRA et al., 2014). De acordo com Ickovics et al. (2014), a relação entre saúde e o desempenho cognitivo tem sido pouco explorada. Tendo em vista a importância do desempenho cognitivo para a aprendizagem e formação de profissionais, observa-se a necessidade de verificar tal relação, especialmente no tocante ao sistema cardiovascular, que fica sobrecarregado quando as condições térmicas são diferentes das ideais. Uma ênfase deve ser dada aos ambientes com News ICT, cada vez mais comuns em locais destinados ao aprendizado.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336620 - LUIZ BUENO DA SILVA
Interno - 329502 - ANTONIO SOUTO COUTINHO
Externo à Instituição - ELISA BROSINA DE LEON
Externo à Instituição - FRANCISCO ALVES PINHEIRO