PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (PPGEP)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: FLÁVIA BRANDÃO RAMALHO DE BRITO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLÁVIA BRANDÃO RAMALHO DE BRITO
DATA: 26/02/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Laboratório de Análise do Trabalho
TÍTULO: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE GLOBO EM RELAÇÃO À TEMPERATURA DO AR NO DESEMPENHO DE ESTUDANTES EM AMBIENTES DE ENSINO INTELIGENTES (NEWS ICT) NAS REGIÕES BRASILEIRAS
PALAVRAS-CHAVES: Temperatura de globo, temperatura do ar, radiação térmica, produtividade
PÁGINAS: 101
RESUMO: Para Lamberts (2014), a importância do estudo de conforto térmico está baseada principalmente em três fatores: a satisfação do homem ou seu bem-estar em se sentir termicamente confortável; a performance humana, visto que, os estudos mostram uma clara tendência de que o desconforto causado por calor ou frio reduz a performance humana; a conservação de energia, pois devido à crescente mecanização e industrialização da sociedade, as pessoas passam grande parte de suas vidas em ambientes condicionados artificialmente. A inadequação do ambiente de trabalho pode levar a distúrbios de saúde, tais como a Síndrome do Edifício Doente (SBS – Sick Building Syndrome), e queda na produtividade (LAN; WARGOCKI; WYON; et al., 2011). Logo a adequação do ambiente físico proporciona melhores condições para o desenvolvimento das atividades cognitivas e menor sobrecarga dos sistemas regulatórios do corpo. Entre as condições ambientais, o conforto térmico desempenha um papel importante a ser estudado, especialmente com a previsão de aumento da temperatura do planeta. A baixa qualidade e os níveis elevados de temperatura do ar têm demonstrado afetar negativamente o desempenho de adultos em ambientes de trabalho (LAN et al., 2011; AKIMOTO et al., 2010; OLESEN, 2005; NIEMELA et. al. 2002). De acordo com Sas e Suarez (2013), condições de saúde e segurança no local de trabalho estão intimamente associadas com a produtividade e o desempenho das empresas, sendo um fator essencial para a competitividade. Em condições de conforto, a produção de calor é praticamente igual a perda de calor, necessitando de poucos mecanismos de controle da temperatura. Quando este equilíbrio existe a mente está alerta e o corpo opera com a máxima eficiência. Portanto, ocorre produtividade máxima e redução de acidentes (LUNDGREN et al., 2013). Sabe-se que a inadequação do ambiente pode levar a distúrbios de saúde, tais como a Síndrome do Edifício Doente, e queda na produtividade. Este fato ressalta a ideia que a adequação do ambiente físico proporciona menor sobrecarga dos sistemas regulatórios do corpo e melhores condições para o desenvolvimento das atividades (FANG et al., 2004; LAN; WARGOCKI; WYON; et al., 2011). O ambiente de ensino é de grande importância para o aprendizado do aluno, visto que é neste ambiente que o educando passa, no mínimo, quatro horas diariamente, podendo este período estender-se ainda por mais horas. Segundo Siqueira, Oliveira e Vieira (2008), além do programa de ensino, não menos importante para a formação do aluno é a adequação ergonômica do ambiente, o que envolve determinadas condições de ordem física, como a limpeza, a organização, a conservação, a iluminação, a temperatura, o ruído e o mobiliário escolar. Os edifícios escolares desempenham, hoje em dia, um papel preponderante dentre os equipamentos sociais, constituindo-se um dos fundamentos do desenvolvimento cívico e intelectual. Conforme Coelho (2014), tanto os jardins-de-infância, que albergam a educação pré-escolar, como as escolas e universidades, são espaços que necessitam de atenção especial na conservação do bem-estar e saúde dos seus alunos, permitindo que estes mantenham um elevado desempenho na sua aprendizagem. Muitos estudos apontam que quando os estudantes estão em desconforto ambiental, há um déficit do seu desempenho e atenção (SCHNEIDER, 2002 apud MUELLER,2007). Situações que causam desconforto aos seus usuários, como falta de ventilação adequada, temperaturas extremas e umidade excessiva em locais com temperaturas altas podem ser prejudiciais e causar alteração dos batimentos cardíacos, sonolência, além de outras consequências fisiológicas. Essas situações são intensamente prejudiciais para o aprendizado e podem provocar apatia e desinteresse pelos estudos (KOWALTOWSKI,2011). Dessa maneira, para que se efetive o processo de aprendizagem, o cérebro precisa receber,categorizar, armazenar e integrar as informações, sendo o espaço escolar - acadêmico o responsável por oferecer essas condições. Conforme Rodrigues (2009) nas universidades os alunos desenvolvem tarefas, tal como num posto de trabalho, por isso é essencial controlar e otimizar as variáveis ambientais, de forma a evitar situações que diminuam o bom desempenho dos alunos. O aquecimento do aluno pode gerar cansaço e sonolência, bem como a redução do desempenho físico e uma maior ocorrência de erros, enquanto o arrefecimento pode reduzir o estado de alerta e a concentração (ARGOCKI et al., 2005; KROEMER e GRANDJEAN, 2005). Segundo pesquisa realizada por Halawa et al. (2014), a maior parte dos trabalhos publicados atribui o nível de conforto térmico dos ambientes apenas à temperatura de bulbo seco (temperatura do ar), sem levar em consideração a influência de outras variáveis do conforto. Levando-se em consideração que os ambientes providos de inovações tecnológicas de comunicação e informação (news ICT) estão proporcionando maior interação entre as pessoas em qualquer parte do continente, contribuindo dessa forma para uma maior flexibilidade na obtenção do conhecimento, é necessário uma atenção especial para as radiações dissipadas pelas tecnologias presentes nestes ambientes. Nas últimas revisões da literatura sobre pesquisas e práticas de conforto térmico (RUPP, 2015; DE DEAR et al., 2013; VAN HOOF,2008) o campo de radiação térmica tem recebido pouca atenção, o que, em grande parte, tem limitado o desenvolvimento de estudos nessa área. Conforme Silva (2013), estas radiações são de baixa frequência e são transformadas em radiação térmica, que somada às do homem, do ambiente e das variáveis climáticas e pessoais, resultam na elevação total desta radiação térmica no recinto. Logo, a temperatura do ar não é, necessariamente, a variável mais representativa, mas, apenas mais um parâmetro a se levar em consideração em conjunto com todas as outras variáveis envolvidas no fenômeno. A temperatura de globo é a temperatura que permite avaliar o nível de radiação térmica das superfícies existentes em um ambiente (COUTINHO, 2011) e uma diferença significativa entre esta temperatura e a temperatura do ar demonstra o aumento da radiação térmica e a necessidade de estudo da mesma. A temperatura de globo é uma das variáveis das equações para o cálculo da temperatura radiante média. Alfano et al. (2013) menciona que a temperatura radiante média é uma das variáveis mais importantes na avaliação do conforto térmico, especialmente durante condições climáticas quentes e ensolaradas. Para Sas e Suarez (2013) a implantação de novas tecnologias de comunicação e informação (news ICT) em ambientes de ensino tem a capacidade de mudar a forma como o trabalho é realizado e o seu ambiente. Entretanto, as mudanças relacionadas a estas inovações além de trazerem grandes possibilidades de melhorias no mundo do trabalho, também trazem consigo alguns riscos para saúde e segurança do trabalhador. Tendo em vista a subjetividade dos julgamentos sobre percepção térmica por parte dos indivíduos, e mais especificamente dos estudantes, observa-se a necessidade de quantificar os efeitos do desconforto térmico sobre o desempenho dos mesmos, principalmente quando os ambientes destes alunos são providos de inovações tecnológicas de comunicação e informação (news ICT), aumentando assim a carga térmica do ambiente.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336620 - LUIZ BUENO DA SILVA
Interno - 329502 - ANTONIO SOUTO COUTINHO
Externo à Instituição - ANTONIO AUGUSTO DE PAULA XAVIER