PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE (PRODEMA - MEST)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: GLÓRIA CRISTINA CORNÉLIO DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GLÓRIA CRISTINA CORNÉLIO DO NASCIMENTO
DATA: 19/02/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PRODEMA
TÍTULO: Pesca Artesanal em “currais”: Um enfoque Etnoecológico.
PALAVRAS-CHAVES: Etnografia. Pescadores. Produção pesqueira. Fatores bióticos e abióticos
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO: O presente estudo foi realizado com os pescadores de “currais” no município de Cabedelo-PB e teve como objetivo analisar, descrever o tipo de técnica, as fases da pesca, produção com uma abordagem etnoecológica e etnográfica. O método envolveu dados qualitativos observação direta, bola de neve e entrevistas com roteiro semiestruturado e quantitativos ficha de produção, valor de uso (VU), valor econômico (VE) e índice de constância. A partir das informações obtidas através das entrevistas livres, foram elaboradas as entrevista semiestruturados para aplicação com os pescadores dos “currais”. 29 entrevistas foram aplicadas. A coleta de dados ocorreu no período de Setembro de 2012 à Março de 2013 com o total de 15 visitas a 4 “currais” de pesca ativados chegando o total da produção em 303Kg. Os resultados obtidos mostraram que existem 2 tipos de “currais” na área estudada: o tipo coração e o tipo furtado e que 70% dos pescadores desses “currais” aprenderam a técnica da pesca com pescadores mais experientes enquanto 30% aprenderam com alguém da família. A origem da pesca em “currais” demonstrou hibridismo entre as técnicas deixadas pelos indígenas e portugueses. As espécies de peixes mais capturadas na “safra” 2012/2013 foram: tainha (Mugil curema), (Mugil liza), espada (Trichiurus lepturus), Xaréu (Caranx hippos), galo (Selene vômer), (Selene setapinnis) e a Carapeba (Diapterus auratus), (Diapterus rhombeus). Para os fatores abióticos foram levantadas informações á respeito das marés, lua e ventos. A melhor maré para a despesca foi à seca, vazante, baixa (baixa-mar), morta ou de lançamento (maré de quadratura). A lua cheia ou grande destaca-se como a melhor lua para a pesca. Os pescadores consideram os ventos Leste, Norte e Nordeste como os melhores para a pesca e os piores ventos (Sudoeste, Terral, Sul e Norte). Os sítios onde são instalados os “currais” são afetados diretamente pela existência da ação antrópica nela efetuada, porém o impacto torna-se irrelevante quando observado que esta técnica de pesca detém de intervalos de tempo entre uma “safra” e outra como também é respeitado o tamanho das espécies de peixes que são capturadas por acidente e a influencia das madeiras que favorecem a produção da fauna e flora marinha ali associada enriquecendo a cadeia trófica local.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA LÚCIA VENDEL
Presidente - 143.538.301-04 - JOSÉ DA SILVA MOURÃO - UEPB
Interno - 2714922 - REINALDO FARIAS PAIVA DE LUCENA