PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: CIBELE SHIRLEY AGRIPINO RAMOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CIBELE SHIRLEY AGRIPINO RAMOS
DATA: 25/09/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 508 -CCHL - UFPB
TÍTULO: INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UM ESTUDO LONGITUDINAL
PALAVRAS-CHAVES: Transtorno do Espectro Autista; inclusão escolar; educação infantil; interação social; concepções.
PÁGINAS: 159
RESUMO: Considerando que a dificuldade de socialização é uma das principais características presentes no Transtorno do Espectro Autista (TEA), e partindo de uma perspectiva teórica que destaca o papel da interação social na promoção do desenvolvimento infantil, enfatiza-se a relevância da inclusão escolar de crianças com TEA desde a educação infantil, por oportunizar interações sociais com pares. Diante disso, este estudo objetiva analisar as interações sociais entre crianças com TEA e com desenvolvimento típico, considerando a mediação das educadoras, bem como as concepções destas e de pais e alunos acerca das crianças com TEA, ao longo de um ano letivo. Participaram desta pesquisa três crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, na faixa etária de 4-5 anos, de dois Centros de Referência em Educação Infantil (CREIs) da rede municipal de ensino da cidade de João Pessoa-PB, além de crianças com desenvolvimento típico, educadoras, pais das crianças com TEA e pais das crianças com desenvolvimento típico. Foi utilizada a escala CARS de avaliação (Childhood Autism Rating Scale), validada para uso no Brasil, para identificar os níveis de comprometimento das três crianças do espectro, por meio da qual se constatou que duas dessas crianças apresentavam níveis de leve a moderado e uma delas nível grave do transtorno. Para analisar as interações sociais, foram realizadas filmagens no contexto de sala de aula, em cinco períodos do ano letivo, com intervalos de dois meses. Também foram aplicadas entrevistas semiestruturadas com as educadoras, crianças com desenvolvimento típico, pais das crianças com TEA e pais das crianças com desenvolvimento típico, tanto no início quanto no final do ano, a fim de identificar possíveis mudanças nas concepções dos participantes a partir do contato com a criança com TEA. Foram transcritas literalmente e analisadas todas as entrevistas com as crianças com desenvolvimento típico, com base na técnica de Análise de Conteúdo Categorial Temática. Dentre os resultados obtidos, verificou-se que, quanto à caracterização das crianças com TEA por seus pares, foram utilizados termos como “bebê” ou “especial” para se referir a elas, sendo citadas também como colegas preferidos. Ao final do ano letivo, foram identificados relatos dos pares destacando as aprendizagens da criança com TEA, bem como expectativas positivas em relação ao seu desenvolvimento e capacidades. Com relação às filmagens, estão sendo transcritas e analisadas as observações dos dois CREIs, permitindo a seleção de episódios interacionais envolvendo as crianças com TEA, educadoras e crianças típicas, que têm possibilitado a elaboração de categorias comportamentais desses três grupos de participantes, analisadas considerando a dinâmica interacional, a partir dos critérios de continuidade e descontinuidade dos episódios. Em relação a essas análises, os resultados parciais do CREI 1 sugerem que o comportamento das educadoras dirigido com maior frequência à criança com TEA ao longo do ano letivo foi o de observar. Identificou-se também um aumento no uso de diretivos no decorrer do tempo por parte das educadoras e uma diminuição no apoio físico à criança com TEA. A criança com TEA também apresentou com maior frequência o comportamento de olhar durante o ano letivo, tendo havido um aumento nos comportamentos de iniciativa, bem como de expressões de afeto e vocalizações. Com relação aos comportamentos das crianças com desenvolvimento típico direcionados àquela com TEA, também foi observado com maior frequência o comportamento de olhar em direção a ela, verificando-se ao longo do tempo um aumento nos comportamentos de demonstração de afeto e contato físico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO
Interno - 1798749 - FABIOLA DE SOUSA BRAZ AQUINO
Externo à Instituição - MARIA LIGIA DE AQUINO GOUVEIA