PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR (MPPGAV)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FERNANDA LUNA MACIEL COQUEIJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERNANDA LUNA MACIEL COQUEIJO
DATA: 20/02/2020
HORA: 14:30
LOCAL: CEDESP
TÍTULO: Cota não é esmola: análise da eficácia social da Lei 12.711/2012 para estudantes indígenas na UFPB
PALAVRAS-CHAVES: Ensino Superior; Educação Indígena; Lei de Cotas; Inclusão;
PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: Desde o início da colonização portuguesa, políticas indigenistas estiveram pautadas pela coerção, subjugação e imposição da cultura europeia, através da catequização e descaracterização dos povos indígenas enquanto grupo socialmente diferenciado. Nos períodos colonial, imperial e início do republi-cano, o discurso oficial previa e ansiava pelo desaparecimento dos índios, através da extinção e/ou assimilação dos remanescentes à sociedade nacio-nal, ao ponto de se tornarem invisíveis nos primeiros textos constitucionais. A Constituição Federal de 1988 transformou esse paradigma, substituindo o mo-delo político pautado nas noções de tutela e assistencialismo por um modelo que afirma a pluralidade étnica, oportunizando diálogos cada vez mais acirra-dos em todos os campos, incluindo a Academia. O aumento expressivo de ações afirmativas nas universidades públicas promoveu, dentre outras coisas, uma significativa mudança no perfil social dos discentes, com a presença cada vez maior de minorias antes excluídas desse nível de ensino, culminando com a edição da Lei de Cotas. Diante desse contexto, a pesquisa busca refletir so-bre dois conjuntos de questões. Em primeiro lugar, apresentamos um resgate histórico e um panorama das políticas indigenistas brasileiras, avaliando como se deu a implementação da Lei de Cotas na UFPB, traçando um paralelo com a MIRV, ação afirmativa de âmbito interno. Em seguida, considerando-se as categorias acesso, permanência e sucesso acadêmico, buscamos dar voz aos estudantes indígenas da UFPB, observando as especificidades dos alunos exitosos, entendidos como aqueles que conseguem prosperar na graduação, apesar de tantos obstáculos vivenciados numa instituição de ensino voltado aos herdeiros de uma elite social (BOURDIEU, 2014), comprovando que uma sociologia do improvável (XYPAS, 2017) é possível, bastando que se promova uma interação epistemológica, uma ecologia de saberes (SANTOS, 2010, 2010a).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338337 - UYGUACIARA VELOSO CASTELO BRANCO
Interno - 1442321 - SWAMY DE PAULA LIMA SOARES
Externo ao Programa - 3116045 - BERNARDINA MARIA JUVENAL FREIRE DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 1548297 - LUSIVAL ANTONIO BARCELLOS