PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA (PPGEQ)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CAROLINA ZANINI OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINA ZANINI OLIVEIRA
DATA: 28/07/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Reunião remota.
TÍTULO: Produção de Biossurfactantes por Bacillus em meio com caldo de cana-de-açúcar
PALAVRAS-CHAVES: Biossurfactante; Bacillus; caldo de cana-de-açúcar; óleo de abacate; bioemulsificantes; tensão superficial
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Química
RESUMO: Os biossurfactantes são moléculas de estrutura análoga aos surfactantes obtidos por via química, possuem a capacidade de misturar fases de polaridades distintas formando agregados moleculares ou micelas e são adequados para as diversas aplicações industriais. A limitação da produção industrial e a comercialização em grande escala dos biossurfactantes é devido aos elevados custo dos substratos utilizados para sua produção, podendo levar até 30%. Dessa forma, a busca por uma estratégia de redução de custos torna-se fundamental para tornar a produção menos onerosa. O presente trabalho tem por objetivo produzir um biossurfactante em meios contendo substratos de origem regional como indutores utilizando cepas de Bacillus subtilis UFPEDA 16, subtilis UFPEDA 86 e pumilus e, posteriormente, avaliar os compostos obtidos quanto a sua estabilidade e viabilidade de utilização. Inicialmente foram realizados testes para seleção dos meios contendo caldo de cana e óleo de abacate e caldo de cana e óleo residual. Os cultivos foram testados utilizando as três cepas de Bacillus e analisadas quanto ao índice de emulsificação em óleo vegetal a cada 24 horas, totalizando 96 horas de fermentação. As três cepas produziram bons emulsificantes, com destaque para Bacillus pumilus que mostrou capacidade de emulsionar até 66,19±0,67% em 48h os meios com óleo de abacate e residual, respectivamente. Após a etapa de seleção foi realizado o ensaio cinético das cepas que apresentaram melhores resultados. Na cinética de crescimento foi observado a adição do óleo de abacate favoreceu mais o crescimento de ambas as cepas de Bacillus quando comparado ao meio contendo apenas caldo de cana como fonte de carbono. Na análise da produção de biossurfactante, o meio contendo óleo de abacate favoreceu uma maior produção do biossurfactante utilizando a cepa B.pumilus apresentando um alto percentual de emulsificação de 51,09±4,24% e B. subtillis UFPEDA 16 com 49,98±2,10% com 24hrs de fermentação. Para os resultados de tensão os maiores percentuais de redução foram obtidos nos meios sem a utilização do óleo com 29,21% em 24hrs para B. sub. 16 e 28,89% em 12hrs para B. pumilus. O sistema de cortes (produção semi-continua) na produção de biossurfactantes foi utilizado visando um possível aumento para escala industrial. Os experimentos foram conduzidos em três diferentes percentuais de cortes de 40%,60% e 80% avaliados quanto a capacidade de formação do bioproduto ao longo do processo fermentativo. A quantidade de bioproduto obtida foi em 48h apresentando valor máximo de 5,76±0,56 g/L no corte de 40%. O maior percentual de emulsificação obtido foi de 52,70±4,50% no primeiro corte de 60%, nos demais cortes observa-se valores semelhantes de 49,22±2,91% e 45,28±1,39% nas amostras de 40% e 60%, respectivamente, no tempo de 48h. Nos ensaios de estabilidade os testes realizados com óleo de algodão indicaram boa tolerância a faixa de pH 2 a 10, diferentes %NaCl, altas temperaturas e capacidade de manter emulsões estáveis durante o tempo de 96h. Todos os resultados obtidos nos meios propostos foram considerados satisfatórios para possível aplicação nos diversos setores industriais.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1859841 - ANDREA FARIAS DE ALMEIDA
Interno - 2244722 - CARLOS ALBERTO BISPO DE SOUSA
Externo ao Programa - 2420530 - LAÍS CAMPOS TEIXEIRA DE CARVALHO GONÇALVES
Presidente - 1742365 - SHARLINE FLORENTINO DE MELO SANTOS