PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA (PPGEQ)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ELINE DE SOUZA PONTES ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELINE DE SOUZA PONTES ANDRADE
DATA: 30/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Reunião remota.
TÍTULO: PRODUÇÃO DE PROTEASES E CELULASES FÚNGICAS A PARTIR DO ENGAÇO DE UVA
PALAVRAS-CHAVES: Cultivo sólido, Aspergillus sp, Paecilomyces sp., enzimas microbianas.
PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Química
RESUMO: O processamento de uva para produção de vinhos gera um grande volume de resíduos, que são geralmente utilizados pelas vinícolas como adubo orgânico. Contudo, nos últimos anos, estes resíduos têm sido considerados uma fonte barata e rica em bioativos. O engaço da uva é matéria-prima interessante para processos de bioconversão industrial, uma vez que possui um alto teor de lignina, celulose e hemicelulose. Assim, tem características peculiares para ser utilizado em processos biotecnológicos, principalmente, na produção de enzimas microbianas. Desse modo, esse trabalho buscou empregar o engaço de uva, oriundo de vinícola artesanal da região de Natuba-PB, como substrato no processo sólido pela ação dos fungos Paecilomyces sp. TP08 e Aspergillus sp. NA01, cultivados separadamente, para a produção de enzimas celulolíticas e proteolíticas. O engaço foi preparado e caracterizado quanto à sua umidade, pH, porosidade, açúcares redutores e açúcares redutores totais. Para produção enzimática, foi utilizado frascos erlenmeyers (125mL) com 10g de engaço de uva inoculados com uma suspensão de conídios de 1x107 conídios por grama de substrato sólido. Da caracterização obteve-se pH de 4,10± 0,8; açúcar redutor com 0,434 g/L de glicose e açúcar redutor total de 1,02g/L de glicose, e porosidade de 0,66, resultados demonstraram que o engaço de uva tem potencial para ser utilizado como substrato em cultivo sólido. A umidade do engaço de uva foi ajustada a aproximadamente 70% e o cultivo foi realizado em temperatura ambiente a 30±1,5ºC. Após 10 dias de processo, do substrato cultivado pelos isolados fúngicos, separadamente, foi extraído o complexo enzimático bruto para determinação da atividade enzimática. Atividade celulolítica obtida do processo com Aspergillus sp. NA01 foi de 1,73 ± 0,16 U/g para FPase e 11,41± 0,38 U/g para CMCase, e uma atividade proteolítica de 8,17 ± 0,51U/g. Com relação ao processo utilizando Paecilomyces sp. TP08 obteve-se atividades celulolíticas de 7,48 ± 1,26 U/g para CMCase e 2,11 ± 0,46 U/g de FPase. A produção de proteases foi mais evidente no isolado Paecilomyces sp. TP08, 26,39 ± 2,06 U/g quando comparado ao isolado Aspergillus sp. NA01. Diante dos resultados, foi verificado o potencial da utilização do engaço de uva para produção de coquetel enzimático contendo celulases e proteases, obtidas a baixo custo devido a utilização como substrato um resíduo do processamento de uva.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2016620 - ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
Presidente - 1859841 - ANDREA FARIAS DE ALMEIDA
Interno - 2244722 - CARLOS ALBERTO BISPO DE SOUSA