PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA (PPGEQ)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MATEUS BEZERRA CANDIDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATEUS BEZERRA CANDIDO
DATA: 29/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala do PPGEQ
TÍTULO: Produção, Recuperação e Caracterização de Biossurfactantes obtidos por Linhagens de Bacillus subtilis e Bacillus safensis
PALAVRAS-CHAVES: Surfactina, extrato aquoso da algaroba, parâmetros cinéticos, substratos de baixo custo
PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Química
RESUMO: Os biossurfactantes são moléculas anfifílicas com características tensoativas, produzidos por diversos microrganismos que lhes conferem classes distintas a depender a sua origem microbiana. Dentre essas classes, destaca-se a dos biossurfactantes lipopeptídeos na qual está inserida a surfactina. A surfactina possui alta capacidade de redução da tensão superficial e interfacial, capacidade emulsionante, baixa toxicidade além de ser biodegradável, aplicada principalmente nas indústrias alimentícias, farmacêuticas e de cosméticos. O grande desafio da produção de biossurfactantes está em reduzir o elevado custo de processo, devido à utilização de substratos caros e a baixa eficiência nas etapas de recuperação e purificação. Estratégias de cultivo com substratos de baixo custo, como resíduos da agroindústria, vem sendo ampliadas como forma de redução dos custos de produção. O extrato aquoso da algaroba pode ser um substrato alternativo, de baixo custo, para produção de biossurfactantes devido ao seu alto valor nutricional. O presente estudo buscou avaliar a capacidade de produção de biossurfactantes por Bacillus subtilis UFPEDA 16 e Bacillus safensis 28, utilizando como substrato o extrato aquoso da algaroba. Os processos de produção foram realizados em frascos Erlenmeyers com razão de aeração de 0,4 e agitados em incubadora shaker a 200rpm e mantidos a 30ºC. Para os cultivos com a linhagem Bacillus subtilis UFPEDA 16, o meio de cultivo utilizado foi somente extrato aquoso da algaroba a 10% (v/v) e para os cultivos com a linhagem de Bacillus safensis 28 foi utilizado meio constituído por extrato aquoso da algaroba a 10% (v/v) acrescido com 1,0% (v/v) de extrato de levedura. Amostras foram retiradas em tempos regulares para o acompanhamento do crescimento microbiano, consumo de substrato e produção de biossurfactante durante 120h de cultivo. Dos resultados obtidos, para a produção de biossurfactantes por B. subtilis a concentração celular atingiu seu valor máximo (Xmáx = 3,28 ± 0,33 g/L) em 32 horas de cultivo, fator de conversão de substrato em células na fase exponencial (Y x/s) de 0,437 gx/gs e velocidade específica máxima de crescimento (µmáx.) é de 0,0121h-1 , em relação ao consumo de substrato, observa-se que em 105 h o cultivo apresenta uma concentração de substrato de 12,29 g/L, dessa forma pode-se estimar que no decorrer da produção houve um consumo de aproximadamente 4,83 g/L de substrato. Entretanto, 65,15% dos açucares presentes no substrato não foram consumidos. O biossurfactante produzido pelo B. subtilis possui capacidade de emulsificação de 85,2% em óleo lubrificante. Já para a produção com Bacillus safensis 28 obtemos os seguintes resultados para a produção com suplementação de nitrogênio por extrato de levedura o aumento na concentração celular atingiu um valor máximo (Xmáx.) a 31 horas de cultivo com concentração de (4,58 ± 0,3 g/l), fator de conversão de substrato em células na fase exponencial (Yx/s) de 0,190 gx/gs e velocidade específica máxima de crescimento (µmáx.) é de 0,0209h-1. Em relação ao consumo de substrato constatou-se que em 124 h o cultivo apresenta uma concentração de substrato de 1,0 g/L, de modo que se pode determinar que o consumo de substrato durante o cultivo foi de 20,54 g/L, praticamente todo o substrato foi convertido em bioproduto restando apenas 4,64% dos açúcares não consumidos e uma capacidade de emulsificação em 55% não mostrando uma boa capacidade de emulsificação do biossurfactante produzido. Portanto, o extrato aquoso da algaroba pode ser considerado um substrato potencial para produção de biossurfactantes.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2016620 - ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
Presidente - 1859841 - ANDREA FARIAS DE ALMEIDA