PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Dissertações/Teses


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2024
Descrição
  • HEIVILA MONIQUE DA SILVA ALEXANDRE
  • Avaliação da atividade antitumoral in vitro de Solanum jabrense Agra & M. Nee
  • Orientador : JUAN CARLOS RAMOS GONCALVES
  • Data: 22/11/2024
  • Hora: 14:30
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  • O câncer de mama, caracterizado pela proliferação desordenada de células mamárias, é o tipo de câncer mais comum entre mulheres em todo o mundo, representando aproximadamente 11,7% dos novos casos diagnosticados anualmente. Solanum jabrense, uma planta endêmica do Brasil, é rica em metabólitos bioativos, especialmente alcaloides com atividade antitumoral. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral in vitro da Solanum jabrense. Para a análise, foram utilizados dois extratos derivados dessa planta: o hidroalcóolico (ESJ) e sua fração alcaloídica (FSJ). Inicialmente, o ESJ foi testado quanto à citotoxicidade pelo ensaio de MTT em linhagens celulares tumorais (MCF-7, MDA-MB-231, PC-3, SK-MEL-28), apresentando maior citotoxicidade nas linhagens de adenocarcinoma mamário. Diante disso, essas linhagens foram selecionadas para avaliações subsequentes e determinação da CI50 e índice de seletividade nos períodos de 24, 48 e 72 horas. Observou-se que a linhagem MCF-7 apresentou a maior seletividade do ESJ no período de 48 horas, com uma concentração inibitória média (CI50) de 27,72 ± 0,02 μg/mL, enquanto em células HEK-293 foi de 78,56 ± 0,08 μg/mL. Assim, a linhagem MCF-7 e o período de tratamento de 48 horas foram selecionados para investigar o efeito antitumoral da fração alcaloídica do extrato (FSJ). O FSJ mostrou-se mais seletivo para MCF-7 quando comparado a linhagens não tumorais. Em relação à HEK-293, foi cerca de quinze vezes mais seletivo e aproximadamente cinco vezes mais seletivo em relação à MCF-10A. Além disso, apresentou maior seletividade do que a droga padrão doxorrubicina. Em seguida, foram avaliados os mecanismos de ação antitumoral na linhagem MCF-7. A análise do ciclo celular revelou que, após 48 horas de tratamento com o FSJ, houve um aumento significativo na fração sub-G1. A marcação com anexina V FITC/IP indicou um aumento no percentual de células em apoptose, o que foi corroborado por observações de características morfológicas de apoptose em microscopia confocal a laser. Nos estudos de alterações mitocondriais utilizando o marcador JC-1, foi observada uma redução do potencial de membrana mitocondrial, indicando a ativação da via intrínseca de apoptose. Além disso, a avaliação da citotoxicidade em modelo de cultura 3D de esferoides revelou que o FSJ foi eficaz na redução do tamanho dos esferoides, bem como teve efeitos antimigratórios. A citototóxicidade do composto majoritário do extrato, solamarjna, foi avaliada em 48 horas, com IC50 de 8,65 ± 0,04 µM. Ainda, a citotoxicidade do FSJ foi previnida pelo pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC), sugerindo a participação do estresse oxidativo. No docking molecular, observou-se que a solamargina, interage com os sítios ativos das proteínas caspases 3, 7 e 8, bem como com ERK2, JNK1, p38α MAPK e IKKβ. Em resumo, o FSJ demonstra efeito antitumoral in vitro, induzindo apoptose, estresse oxidativo e inibindo as proteínas p38 MAPK, ERK2, JNK1 e IKKβ.
  • THALISSON AMORIM DE SOUZA
  • Análise quimiofenética de diterpenos em quatro gêneros de Euphorbiaceae com ocorrência no semiárido brasileiro, estudo fitoquímico e avaliação da atividade biológica de Jatropha ribifolia (Pohl) Baill
  • Orientador : MARCELO SOBRAL DA SILVA
  • Data: 22/11/2024
  • Hora: 08:00
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  • O presente trabalho demonstra a quimiodiversidade das espécies de Euphorbiaceae com ocorrência no semiárido brasileiro por meio da análise quimiofenética de diterpenos. Além disso, destaca a diversidade estrutural, atividades biológicas e potenciais aplicações farmacêuticas dos diterpenos isolados de espécies de Jatropha. Por fim, descreve a investigação fitoquímica e estudos de atividade do extrato e compostos isolados de Jatropha ribifolia por meio de análises in silico e in vitro. Como resultados, o uso da quimiofenetica com base em ferramentas de inteligência artificial e dados moleculares permitiram identificar padrões químicos entre, Jatropha, Cnidosculos, Sapium e Stillingia, gêneros de Euphorbiaceae com ocorrência na Caatinga, e sugerir relações filogenéticas entre as espécies analisadas. Estes achados, aliados à revisão de literatura, demonstraram grande potencial do gênero Jatropha para prospecção de novos agentes citotóxicos e antibacterianos. Estes achados permitiram identificar espécies de Jatropha ainda pouco exploradas do ponto de vista químico e farmacológico, levando a J. ribifolia. A investigação fitoquímica desta espécie permitiu o isolamento de 17 compostos, sendo sete deles inéditos na literatura, denominados então Ribifolonas A-G. Ensaios por docking molecular indicam grande potencial antitumoral para estas novas substâncias. Paralelamente, ensaios com o extrato e o seu composto majoritário, jatrophona, demonstraram atividade antibiofilme contra P. aeruginosa. Assim, este trabalho contribui para o conhecimento da quimiodiversidade do semiárido brasileiro e abre caminhos para o desenvolvimento de novas substâncias eficazes no combate a problemas graves de saúde pública na atualidade como o câncer e patógenos multirresistentes.
  • LUCAS NÓBREGA DE OLIVEIRA
  • A ação tocolítica em ratas de (S)- 8-formil-3’,5-dihidroxi-7-metoxi-6-metil-flavanona e 3’-formil-3,4’,6’- triidroxi-2’-metoxi-5’-metilchalcona, uma mistura de flavonoides obtida das partes aéreas de Piper montealegreanum Yuncker (Piperaceae), envolve modulação de canais de Ca2+ e K+
  • Orientador : FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
  • Data: 27/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • Várias espécies de Piper são utilizadas popularmente no tratamento da dismenorreia ou para evitar aborto espontâneo. Além disso, uma mistura de flavonoides, contendo (S)-8-formil-3’,5-dihidroxi-7-metoxi-6-metil-flavanona (PMT-1) e 3’-formil-3,4’,6’-trihidroxi-2’-metoxi-5’-metilchalcona (PMT-2), obtida do extrato clorofórmico das partes aéreas de Piper montealegreanum Yuncker (PMTmis), já apresentou atividade espasmolítica em aorta de rato e traqueia de cobaia. Com isso, resolveu-se investigar um possível efeito tocolítico da PMTmis em ratas, caracterizando o seu mecanismo de ação in vitro e in silico. Nos ensaios in vitro, após a eutanásia das ratas, o útero era montado em cubas de banho para órgãos isolados e as contrações isométricas foram avaliadas (n = 5). Nos ensaios in silico, a PMT-1 e a PMT-2 foram submetidas a docking molecular usando o PubChem, com foco em canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV), canais de K+, incluindo os dependentes de voltagem (KV) e os ativados por Ca2+ de grande condutância (BKCa). Esses canais foram comparados com nifedipino, 4-aminopiridina (4-AP) e tetraetilamônio (TEA+), respectivamente, obtidos do Protein Data Bank, utilizando valores energéticos como referência. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (Certidão 7660011018). E foi observado que a PMTmis induziu relaxamento equipotente no útero de ratas pré-contraído com KCl (CE50 = 63,9 ± 7,6 µg/mL) e com ocitocina (CE50 = 49,2 ± 8,8 µg/mL), sugerindo que a PMTmis pode exercer seu efeito tocolítico através de um mecanismo comum entre as duas vias, como os CaV. Para confirmar essa hipótese, foram realizadas curvas cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+ na ausência e na presença da PMTmis (3, 9, 27 e 81 µg/mL). Observou-se um desvio da curva controle para a direita, com redução da potência espasmogênica nas concentrações de 9, 27 e 81 µg/mL (CE50 = 8,5 ± 1,5, 12,7 ± 3,6 e 12,5 ± 1,7 x 10-4 M, respectivamente), entretanto a inibição máxima foi atingida com 27 µg/mL (Emax = 45,1 ± 4,4%), indicando que o bloqueio do influxo de Ca2+ através dos CaV parece ser indireto ou não ser o principal mecanismo tocolítico da PMTmis. Investigou-se também o efeito da PMTmis na presença de cloreto de césio, um bloqueador não seletivo de canais de K+, observando-se um desvio da curva controle de relaxamento da PMTmis para a direita, com redução da potência tocolítica (CE50 = 206,2 ± 52,6 µg/mL), sugerindo uma modulação positiva dos canais de K+ no efeito tocolítico da PMTmis. Para identificar quais os subtipos de canais de K+ envolvidos, foram utilizados bloqueadores seletivos. A potência tocolítica de PMTmis foi reduzida na presença de 4-AP (CE50 = 101,4 ± 11,8 µg/mL), glibenclamida (CE50 = 143,0 ± 23,3 µg/mL) e TEA+ (CE50 = 218,8 ± 39,4 µg/mL), sugerindo a participação dos KV, KATP e BKCa, respectivamente. Nos estudos in silico, os resultados corroboraram os ensaios in vitro para o bloqueio dos CaV, com a PMT-1 e PMT-2 apresentando valores energéticos de ligação (kcal/mol) mais negativos (-8,163 e -8,013) em comparação com o nifedipino (-8,030). Para os canais de K+, a PMT-1 e a PMT-2 (-6,677 e -6,602) exibiram valores de ligação em comparação com o 4-AP (-6,247) e o TEA+ (-6,722), com a PMT-1 e PMT-2 apresentando valores mais favoráveis (-7,292 e -7,144). Portanto, tanto os estudos in vitro como in silico sugerem que o mecanismo de ação tocolítica da PMTmis parece envolver a modulação positiva dos canais KV, KATP e BKCa, levando a uma repolarização da membrana e, indiretamente, a uma modulação negativa dos canais CaV no útero de ratas.
  • LUANNA DE OLIVEIRA E LIMA
  • (-)-Carveol: Atividade antifúngica sobre Sporothrix brasiliensis, citotoxicidade, ADMET e Docking molecular
  • Orientador : FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
  • Data: 26/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • A esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea causada por fungos pertencentes ao clado clínico de Sporothrix. É considerada uma doença endêmica no Brasil, sendo um importante problema na saúde pública. O fungo tem características saprófitas, logo, é comumente encontrado no solo, e em matérias orgânicas em decomposição. Nos últimos anos, observa-se que a principal forma de transmissão é a zoonótica, que consiste na transmissão dos propágulos fúngicos do animal (principalmente gatos infectados) para o ser humano ou para outros animais. Esta forma favorece a alta presença de S. brasiliensis entre humanos, sendo a espécie mais incidente no país. O tratamento atual apresenta opções escassas, sendo as principais, a solução saturada de iodeto de potássio, itraconazol, terbinafina e anfotericina B, que expressam, como principais problemas, seus efeitos adversos e toxicidade, em alguns casos. Fatores como o aumento de cepas resistentes a estes antifúngicos, o custo e duração prolongada do tratamento e efeitos adversos, têm impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, e as plantas medicinais e seus fitoconstituintes vem sendo amplamente investigadas nesse sentido. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar a atividade antifúngica do monoterpeno (-)-Carveol, apontar alvos moleculares, sua interação medicamentosa com antifúngicos de referência, visualizar sua atuação na célula fúngica e analisar sua toxicidade. Para análise da atividade antifúngica do (-)-Carveol frente S. brasiliensis, foram realizadas a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e da Concentração Fungicida Mínima (CFM), análise de interação com sorbitol e ergosterol, análise do efeito em combinação com outros fármacos. Além de avaliar a sua citotoxicidade em células de queratinócitos humano (HaCaT), análise in silico das propriedades farmacocinéticas e toxicológicas ADMET (absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade) e predizer o comportamento das ligações químicas por meio do docking molecular. (-)-Carveol apresentou CIM de 256 µg/mL sobre a maioria das cepas testadas, com caráter fungicida. Os resultados sugerem que esta atividade não ocorre sobre a parede celular fúngica e nem pela complexação do monoterpeno ao ergosterol da membrana fúngica. A associação do (-)-Carveol com o itraconazol apresentou efeito antagonista. A viabilidade celular foi mantida acima de 50% nas concentrações de 256 µg/mL e 512 µg/mL na linhagem celular testada. Nos estudos in silico, (-)-Carveol apresentou baixa probabilidade de interações medicamentosas farmacocinéticas e toxicidade, melhor distribuição nos tecidos e no plasma quando comparado ao itraconazol; bem como não foi hepatotóxico, não apresentou riscos de mutagenicidade, tumorigenicidade, características apresentadas pelo itraconazol. O (-)-Carveol e o itraconazol interagem ligando-se ao sítio ativo da CYP51, porém o itraconazol apresentou prioridade de ligação, e maior afinidade pelo sítio de ligação. O presente estudo demonstra que (-)-Carveol representa uma potencial alternativa no tratamento da esporotricose e no controle de disseminação do fungo, sendo necessários mais estudos que identifiquem seu mecanismo de ação, além de alternativas que melhorem sua citotoxicidade.
  • MATHEUS KELVIN DO NASCIMENTO MELCHIADES
  • Investigação do mecanismo de ação preventivo da Spirulina platensis na hipercontratilidade induzida por ocitocina em útero de ratas Wistar com dismenorreia primária
  • Orientador : LUIZ HENRIQUE CESAR VASCONCELOS
  • Data: 26/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • A dismenorreia primária (DisP) é responsável pela dor pélvica crônica que afeta mulheres, podendo estar relacionada a fatores genéticos, sociais e comportamentais. O tratamento medicamentoso dessa condição inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e medicamentos antiespasmódicos, porém, um número significativo de mulheres não obtém resposta satisfatória com essas terapias. Em estudos anteriores foi observado que a DisP aumentou a eficácia contrátil uterina em resposta à ocitocina e a suplementação com Spirulina platensis (SP) na dose 100 mg/kg preveniu esses efeitos em útero de ratas Wistar. Dessa forma, decidiu-se investigar o mecanismo de ação farmacomecânico pelo qual a SP preveniu as alterações de reatividade contrátil farmacomecânica induzidas pela DisP em útero de rata. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (certidão 4080310124). Ratas Wistar virgens foram divididas nos grupos: 1) controle (GC); 2) Ratas com DisP (DisP), 3) Ratas com DisP e suplementadas com SP 100 mg/kg (DisP + SP) e, 4) Ratas com DisP que receberam a droga padrão escopolamina + dipirona (DisP + DP). Os animais receberam, 24 horas antes da eutanásia, o dietilestilbestrol (1 mg/kg, s.c.) para indução do estro. Após a eutanásia, o útero foi isolado, limpo e suspenso em cubas de banho para órgãos em condições experimentais apropriadas. As contrações isométricas induzidas pela ocitocina eram monitoradas adequadamente. Assim, foram avaliados a participação das vias das ciclo-oxigenase (COX) , estresse oxidativo e óxido nítrico (NO). Com base nos resultados obtidos, observou-se que a DisP aumenta a eficácia contrátil uterina devido ao aumento da atividade dos prostanoides contráteis, diminuição da atividade da superóxido dismutase e aumento da atuação da enzima NADPH oxidase, além de favorecer a reação do NO com o ânion superóxido formando peroxinitrito. Ademais, esses efeitos são prevenidos pela suplementação com S. platensis, por meio da inibição da via das COX, diminuição na expressão das espécies reativas de oxigênio (ROS), modulação negativa da NADPH oxidase e diminuição da atividade da síntase de óxido nítrico. Esses dados evidenciam que no útero de ratas há alterações na contratilidade uterina provenientes da DisP prevenidas pela suplementação com SP, sendo assim, caso esses resultados ocorram em mulheres, a SP poderia ser utilizada como suplemento alimentar na prevenção de danos oxidativos e desregulações contráteis uterinas em mulheres com DisP.
  • MAYARA THAYS ALCÂNTARA DA COSTA
  • DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS POLIMÉRICAS CONTENDO EXTRATO DE Cannabis sativa COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTI-LEISHMANIA
  • Orientador : FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
  • Data: 26/09/2024
  • Hora: 13:00
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  • As leishmanioses são infecções, em grande parte, zoonóticas, que são endêmicas em países em desenvolvimento, como o Brasil. A Leishmania infantum é a forma mais grave das leishmanioses. Cannabis sativa é uma planta oriunda do continente asiático, bastante utilizada, com inúmeros alvos farmacológicos com promissora aplicação em tratamento de leishmanioses. A nanotecnologia é uma área inovadora que busca o alívio e cura de doenças de maneira menos invasiva. Entre os nanossistemas existentes, destaca-se a nanocápsula polimérica. Ela apresenta um revestimento formada por polímero, e pode carregar internamente fármacos. Tais sistemas são vantajosos pois acarreta uma liberação controlada do fármaco, diminuindo efeitos adversos, gerando menos desconforto, aumentando a biodispinibilidade e eficácia do fármaco, consequentemente aumentado a adesão dos pacientes ao tratamento. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi desenvolver nanocápsulas de policaprolactona e nanocápsulas funcionalizadas com Lipoid-PEG 5000 e quitosana contendo extrato de Cannabis sativa para aplicação em formas promastigotas de Leishmania infantum. Desta forma, o extrato de Cannabis sativa foi caracterizado através de cromatografia gasosa acoplada a espectrofotometria de massas. A partir disso, as nanocápsulas de policaprolactona (PCL) 80 com o extrato foram desenvolvidas, otimizadas através do uso do planejamento experimental do tipo Box-Behnken e funcionalizadas com quitosana e Lipoid-PEG 5000 usando o método de polimerização interfacial. Os nanossistemas foram caracterizados através das análises de tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta, espectroscopia de infravermelho e microscopia eletrônica de varredura. As nanocápsulas também foram submetidas a ensaio de estabilidade, sendo armazenadas à diferentes temperaturas. As nanocápsulas foram dosadas e a eficiência de encapsulação foi analisada a partir da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Ademais, o Teste de viabilidade na forma promastigota de Leishmania infantum foi executado para analisar a CI50 das nanocápsulas De acordo com a cromatografia gasosa acoplada a espectrofotometria de massas, o composto majoritário do extrato foi o canabidiol. As nanocápsulas de policaprolactona e canabidiol (NCBDP) e nanocápsulas contendo canabidiol funcionalizadas com L-PEG (NCBDLP) e quitosana (NCBDQ), apresentaram tamanhos 174,4±1,2 nm, 197±2,6 nm e 269,8±4,5 nm, respectivamente. Com índice de polidispersão (PDI) 0,11±0,02, 0,1±0,04, 0,26±0,02, respectivamente e potencial zeta -32,77±0,9, -24,95±0,5 e 43,31±0,3, respectivamente. A espectroscopia de infravermelho detectou a presença dos principais grupos funcionais. Em geral, as nanocápsulas apresentaram homogeneidade e estabilidade. NCBDP, NCDLP e NCBDQ apresentaram eficiência de encapsulação de 99,3%, 99,8% e 99,8%, respectivamente. O teste de viabilidade na forma promastigota de Leishmania infantum demonstrou CI50 35,04 e 12,50, para NCBDP e NCBDQ respectivamente. Diante destes resultados, as nanocápsulas encapsuladas com extrato de Cannabis sativa podem se tornar uma alternativa para o tratamento da leishmaniose.
  • RAUEL ALVES NOBRE
  • Caracterização de Micro e Nanopartículas de Drogas Vegetais Medicinais por diferentes Técnicas Analíticas
  • Data: 24/09/2024
  • Hora: 15:00
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  • Os produtos naturais, vêm, nas últimas décadas, assumindo um importante papel para a sociedade no tratamento de enfermidades, sendo oriundo dos costumes tradicionais e sabedoria popular. A garantia da eficácia e segurança de seus tratamentos depende de diversos fatores, entre eles boas propriedades físico-químicas, devendo ser observada a legislação vigente. Esse estudo objetivou caracterizar micro e nanopartículas de M. urundeuva, S. obtusifolium e Z. joazeiro por diferentes técnicas analíticas, a fim de se obter dados que busquem qualificar e especificar essas drogas vegetais. Foram determinados seus perfis termoanalíticos por Termogravimetria (TG) pelo método da tangente e Análise térmica diferencial (DTA) pela mensuração de suas entalpias de combustão correspondentes às principais etapas de degradação. Para a Análise de Micropartículas, foram obtidas as faixas de tamanho, número e volume no intervalo entre ≤ 6,25µm e ≥ 150 µm, bem como seus aspectos morfológicos como Circularidade, Convexidade e Alongamento, por Morphologi G3SE. A quantificação de Nanopartículas foi possível a partir da prévia dispersão aquosa e filtração das drogas vegetais e análise do rastreamento de suas nanopartículas por NTA, Nanosight NS-300. Os resultados obtidos revelaram perfis térmicos distintos entre as diferentes populações das três espécies de drogas vegetais. Os aspectos morfológicos traduziram um maior número de partículas ≤ 6,25µm e uma maior quantidade em volume ≥ 150 µm em praticamente todas as populações de drogas vegetais. O rastreamento de nanopartículas obteve curvas polimodais com tamanhos variando entre 10-760nm para a maioria das drogas. Esse estudo atendeu aos objetivos propostos na caracterização térmica por TG e DTA, sendo possível distinguir as drogas vegetais. Seu perfil morfológico, por meio de Morphologi G3SE, permitiu avaliar a tecnologia utilizada na obtenção das drogas, e a determinação quantitativa das nanopartículas de drogas vegetais medicinais foi possível utilizando o Nanosight NS-300. Essas tecnologias se mostram bastante promissoras para a caracterização e controle de qualidade de drogas vegetais medicinais.
  • KARINNE KELLY GADELHA MARQUES
  • SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL IN VITRO DE UMA NANOCÁPSULA CONTENDO ÓLEO DE COPAÍBA (Copaifera sp.) EM CÉLULAS DE ADENOCARCINOMA MAMÁRIO HUMANO
  • Orientador : JUAN CARLOS RAMOS GONCALVES
  • Data: 24/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • O câncer de mama é um dos tipos neoplásicos mais incidentes no Brasil e no mundo, com tratamento limitado devido à resistência tumoral e/ou toxicidade das alternativas disponíveis. Nesse contexto, produtos naturais e seus derivados têm sido amplamente investigados como fontes promissoras para novos compostos com atividade antineoplásica. O óleo de copaíba, um potente derivado natural extraído do tronco das árvores do gênero Copaifera, possui atividade anticancerígena reconhecida. No entanto, seu uso pode ser limitado devido a sua alta volatilidade e lipofilicidade. Nanocápsulas poliméricas são sistemas de carreamento de compostos que podem trazer benefícios, como melhor estabilidade para o bioativo, maior penetração nas células tumorais e, consequentemente, melhor atividade farmacológica. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antitumoral de uma nanopartícula polimérica do tipo nanocápsula contendo óleo de copaíba (NPOC) em linhagens de células de adenocarcinoma mamário. Para isso, foi feito um estudo de pré-formulação de NPOC, seguido de caracterizações morfológicas e físico-químicas, além de estudos de estabilidade e internalização celular. NPOC mostrou-se com parâmetros desejados para uma nanopartícula e foi capaz de penetrar nas células de neoplasia mamária (MCF-7). Quando testada em linhagens de câncer de mama como MCF-7 e MDA-MB-231, a NPOC mostrou- se citotóxica (CI50 de 25 ± 0,83 e 31 ± 0,75 μg/mL, respectivamente), com atividade superior ao óleo de copaíba isolado (OC) (CI50 de 49 ± 2,1 e 63 ± 1,86 μg/mL, respectivamente). Além disso, nas linhagens não tumorais MCF-10A e HEK-293, apresentou toxicidade reduzida, mostrando-se mais seletiva que OC e que a droga padrão doxorrubicina (DXR). A linhagem MCF-7, por sua maior sensibilidade nos estudos de citotoxicidade, foi selecionada para experimentos subsequentes. Nos estudos de tipo de morte celular com laranja de acridina/iodeto de propídeo (LA/IP) e Hoechst 34580, NPOC mostrou-se capaz de induzir apoptose, levando as células a apresentarem características como formação de blebs de membrana e alterações nucleares, com resultados superiores ao OC. Nos estudos de alterações mitocondriais por JC-1, foi possível observar perda de potencial de membrana das mitocôndrias, indicando via de apoptose intrínseca induzida por NPOC e OC, sendo a resposta mais pronunciada com o tratamento com o nanossistema. Em estudos sobre o estado redox celular, o pré-tratamento com N-Acetilcisteína (NAC) revelou que tanto a NPOC quanto o OC induzem estresse oxidativo, sugerindo um possível mecanismo citotóxico. Além disso, experimentos de citotoxicidade com cultivo tridimensional de esferoides demonstraram que a NPOC foi eficaz na redução do tamanho dos microtumores (82,6% na CI50) e na diminuição do raio de migração celular (88% na CI50), com desempenho superior ao OC. Dessa forma, conclui-se que NPOC apresenta melhora de atividade antitumoral quando comparado com OC, com alta seletividade sobre células de câncer de mama, por meio de mecanismos envolvendo morte celular por apoptose e a via de estresse oxidativo.
  • ISIONE OLIVEIRA CASTRO
  • Citotoxicidade e potencial efeito antitumoral in vitro da organotelurana RF07(4-{2-Cloro-3-[clorometilideno]-1-oxa-2- (λαμβδα)4-teluraspiro [3.5]non-2-il}fenil Metil Éter) em células de adenocarcinoma mamário humano
  • Orientador : MARIANNA VIEIRA SOBRAL
  • Data: 24/09/2024
  • Hora: 08:30
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  • O câncer de mama é o tipo de câncer mais prevalente e a principal causa de mortalidade entre mulheres. A quimioterapia é a modalidade mais empregada no tratamento, porém apresenta limitações, principalmente relacionadas à alta toxicidade e desenvolvimento de resistência aos medicamentos. Considerando que as organoteluranas apresentam potencial antitumoral, o objetivo deste estudo foi aprofundar a investigação da citotoxicidade e dos efeitos antitumorais in vitro da organotelurana RF07 na linhagem celular de adenocarcinoma mamário humano, MCF-7. A citotoxicidade foi avaliada utilizando o ensaio de brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT) em células tumoral (MCF-7) e não tumoral (MCF-10A) humanas de mama. A RF07 apresentou uma concentração inibitória média (CI50) de 3,3 ± 0,08 μM e 21,16 ± 0,9 μM para MCF-7 e MCF-10A, respectivamente, após 72 horas de tratamento, mostrando seletividade 6 vezes maior para a linhagem tumoral (IS: 6,41). Para avaliar os mecanismos de ação da RF07 foram investigados seus efeitos no ciclo celular, na apoptose, na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e o potencial citotóxico em esferoides tumorais. A RF07 alterou a progressão do ciclo celular, aumentando o percentual de células na fase S e na fração sub-G1, após 48 horas de tratamento. Houve um aumento no percentual de células em apoptose, detectado por citometria de fluxo após a marcação celular com anexina V-FITC e iodeto de propídeo (IP). Análises microscópicas confirmaram o efeito apoptótico da RF07, mostrando características morfológicas indicativas, como alterações nucleares (cromatina condensada e/ou fragmentada) e na permeabilidade da membrana mitocondrial. O pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC) preveniu significativamente a citotoxicidade, sugerindo que a RF07 induz citotoxicidade por meio da produção de EROs. Além disso, a RF07 reduziu o tamanho e o raio de migração de esferoides tumorais, confirmando sua ação citotóxica neste modelo experimental. Em conclusão, os resultados indicam que a RF07 apresenta atividade antitumoral in vitro em células de adenocarcinoma mamário humano MCF-7, promovendo alterações no ciclo celular, aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e induzindo a apoptose.
  • IZABELE DE SOUZA ARAÚJO
  • Preparação, caracterização físico-química e avaliação in vitro da atividade anti-leishmania de nanopartículas de PLA encapsuladas com o derivado 2 amino tiofênico SB83
  • Data: 19/09/2024
  • Hora: 09:00
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  • A leishmaniose é uma doença negligenciada que afeta milhões de pessoas globalmente, sendo um grave problema de saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Este estudo teve como objetivo desenvolver e caracterizar nanopartículas poliméricas de poli (ácido lático) (PLA) encapsuladas com o derivado 2-amino-tiofênico e candidato à fármaco anti-leishmania SB83 visando o aprimoramento da eficácia e/ou segurança do tratamento da leishmaniose. As nanopartículas foram preparadas utilizando o método da nanoprecipitação, seguido do desenvolvimento de um método de quantificação por HPLC conforme as diretrizes do ICH (Q2) e ANVISA. As nanopartículas foram caracterizadas quanto ao tamanho, índice de polidispersão (PDI), potencial zeta, morfologia, eficiência de encapsulação (EE) e cinética de liberação do fármaco. Ensaios in vitro foram realizados para determinar a citotoxicidade (CC50) em macrófagos, a eficácia contra promastigotas (CI50) e amastigotas axênicas (CE50) em cepas de Leishmania amazonensis. Os resultados indicaram que as nanopartículas com o SB83 em suspensão (NPSB83), liofilizadas (NPSB83FD) e liofilizadas com trealose (NPSB83TFD) apresentaram tamanhos médios de 205,7 ± 4,75 nm, 273,2 ± 0,11 nm e 207,6 ± 0,08 nm, respectivamente, com PDI de 0,274 ± 0,04, 0,425 ± 0,03 e 0,355 ± 0,03, e potenciais zeta (mV) de -20,4 ± 0,65, -19,6 ± 0,12 e -18,1 ± 0,19, respectivamente. A EE foi de 64,92% ± 0,12 e 88,43% ± 0,8 para os métodos direto e indireto, respectivamente. Análises por microscopia eletrônica de transmissão confirmaram a morfologia esférica e a distribuição uniforme das partículas, sem evidências de agregação. A cinética de liberação in vitro revelou uma liberação lenta do SB83 a partir das nanopartículas, alcançando 72,82% para NPSB83, 69,47% para NPSB83FD e 90,48% para NPSB83TFD durante 96 horas. O desenvolvimento do método analítico por HPLC para quantificação do SB83 mostrou alta linearidade com concentrações de 4 a 16 µg/mL, com R² de 0,9999. O método demonstrou seletividade com adição de interferentes na matriz, utilizando as nanopartículas brancas. A repetibilidade e precisão intermediária demostraram que o método possui boa precisão, apresentando DPR% inferiores a 2%. O método foi exato e demonstrou valores de recuperação entre 101,75% e 103,75%, com DPR% entre 0,27% e 1,15%. Os limites de detecção e quantificação foram de 0,12 µg/mL e 0,36 µg/mL, respectivamente, indicando alta sensibilidade. Contudo, o método não foi robusto para variações no fluxo, temperatura e proporção da fase móvel. Os testes de citotoxicidade in vitro em macrófagos RAW 264.7 revelaram uma redução significativa (p < 0,0001) na citotoxicidade das nanopartículas encapsuladas com SB83 (CC50 entre 182,25 ± 8,27 e 194,63 ± 9,42) em comparação ao SB83 livre (CC50 = 105,51 ± 6,11) e ao medicamento de referência miltefosina (CC50 = 119,74 ± 8,53). Os ensaios de atividade anti-leishmania demonstraram que tanto o SB83 livre quanto as nanopartículas foram mais eficientes em inibir o crescimento das formas promastigotas de Leishmania amazonensis do que a miltefosina, entretanto o fármaco livre apresentou os menores valores de CI50 (5,72 ± 0,46 µM). Frente as formas amastigotas axênicas não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as atividades do SB83 livre, nanoencapsulado e a miltefosina, entretanto todas as nanopartículas apresentaram índices de seletividade 50% superiores, promovendo um significativo ganho na segurança terapêutica. Portanto, as nanopartículas de PLA encapsuladas com SB83 são uma estratégia promissora para o tratamento da leishmaniose, oferecendo liberação controlada do fármaco, estabilidade coloidal e ganhos na segurança terapêutica.
  • LARISSA ALVES DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE CEPAS CLÍNICAS DE Sporothix spp ISOLADOS DA PARAÍBA E POTENCIAL ANTIFÚNGICA DO (-) – MIRTENOL COMO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA
  • Orientador : FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
  • Data: 04/09/2024
  • Hora: 09:30
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  • A esporotricose é uma micose subcutânea, de curso subagudo ou crônico, capaz de acometer tanto os humanos quanto os animais. Essa infecção é causada pelo fungo pertencente ao gênero Sporothrix, de distribuição geográfica cosmopolita. Segundo o boletim epidemiológico da secretaria de saúde do estado da Paraíba, o número de casos notificados da doença foi crescente nos últimos anos, logo faz-se necessário compreender a distribuição populacional das espécies isoladas no estado. Além disso, o aumento de resistência antifúngica, custo do tratamento com antifúngicos atuais e seu limitado arsenal disponíveis, tem impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, e as plantas medicinais e seus fitoconstituintes vem sendo amplamente investigadas. Em vista disso, o objetivo desse estudo foi analisar a diversidade genética, a distribuição do tipo acasalamento e avaliar a atividade antifúngica do (-) - mirtenol em isolados clínicos de esporotricose humana na Paraíba-Brasil. Para isso, um total de 36 culturas de Sporothrix spp., de casos confirmados de esporotricose, previamente isolados de pacientes atendidos no Hospital Universitário Lauro Wanderley foram utilizados e seus dados clínicos e demográficos coletados. Foi realizada a identificação das espécies utilizando a técnica de PCR espécie – específica com marcadores direcionados ao gene da calmodulina. O idiomorfo do tipo acasalamento das espécies foi identificado por PCR utilizando primers visando a MAT1-1 e MAT1-2 loci. AFLP foram utilizadas para genotipagem dos isolados. Para análise da atividade antifúngica do (-) – mirtenol frente as espécies ensaiadas foram realizadas a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM), a formação de biofilme e atuação desse monoterpeno sobre o biofilme na fase de adesão e maduro, além de avaliar a citotoxicidade do (-) – mirtenol em células de queratinócitos humano (HaCaT). Como resultado, a distribuição da doença identificou que os casos ocorreram na capital de João Pessoa e região metropolitana. Entre os 36 isolados de Sporothrix, 75% acometeram o sexo feminino, com ocorrência de 69% na forma linfocutânea, e 98% da transmissão foi pela via zoonótica. Todos isolados foram identificados pelos métodos moleculares como S. brasiliensis e detectado a presença de um único idiomorfo sexual, MAT1-2, provável que esta espécie seja originária do genótipo de espécies do Rio de Janeiro. Os resultados do AFLP indicam a possibilidade de circulação de um ou dois grupos genéticos em João Pessoa e na região metropolitana. O (-) - mirtenol apresentou forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de S. brasiliensis testadas, com 84% das cepas testado com CIM em 128 µg/mL e CFM de 256 µg/mL, exibindo ação fungicida, também foi capaz de reduzir significativamente a formação do biofilme e inibição do biofilme maduro. Na citotoxicidade, o monoterpeno não reduziu a viabilidade celular de forma significativa na CIM (128 µg/mL). Diante dos resultados expostos, nossos dados caracterizaram geneticamente pela primeira vez isolados da Paraíba, observando uma baixa variação intragenotípica. Os achados desta pesquisa sugerem que (-) - mirtenol representa uma nova e promissora alternativa terapêutica no tratamento de infecções fúngicas causadas por Sporothrix spp.
  • DANIEL WILSON ARRUDA MAGALHÃES
  • Efeito imunomodulador da ouabaína em células de neuroblastoma humano infectadas pelo ZIKV
  • Data: 30/08/2024
  • Hora: 09:30
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  • A ouabaína (OUA) faz parte da família dos esteroides cardiotônicos e classicamente atua como inibidor da Na+/K+-ATPase. Atualmente sua atividade imunomoduladora e antiviral já foi relatada em diversos estudos. O Zika vírus (ZIKV) é um arbovírus capaz de ocasionar distúrbios neurológicos, nesse contexto, a resposta inflamatória desregulada desempenha um papel importante durante a patogênese neural do vírus Zika (ZIKV). Atualmente, não existem vacinas ou antivirais disponíveis para tratar a doença causada pelo ZIKV. Dessa forma, diante das potencialidades da OUA, esse trabalho teve como objetivo avaliar sua atividade antiviral e anti-inflamatória contra o ZIKV, utilizando linhagem celular de neuroblastoma humano (SH-SY5Y). Inicialmente, as células SH-SY5Y foram tratadas com diferentes concentrações de OUA para avaliar a citotoxicidade da substância. Em seguida, após 1 hora de infecção pelo ZIKV (multiplicidade de infecção: 0.1), as células SH-SY5Y foram tratadas com OUA (18 nM) e as concentrações de citocinas pró-inflamatórias foram determinadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) e o título de ZIKV foi analisado pelo ensaio TCID50. Também foi avaliado por ELISA a produção das citocinas no sobrenadante de cocultura entre células SH-SY5Y infectadas com ZIKV e macrófagos humanos. OUA reduziu significativamente a liberação de interleucina (IL)-6 induzida pelo ZIKV (em 25%), do fator de necrose tumoral (TNF)-α (em 50%) e o título de ZIKV (99,9%). Na cocultura o tratamento com OUA das SH-SY5Y infectadas com ZIKV reduziu expressivamente a produção de IL-1B pela cocultura. Além disso, as vias de sinalização intracelular foram avaliadas por citometria de fluxo. Os resultados mostraram que a redução de IL-6 e TNF-α foi acompanhada pela supressão de NF-κB (em 75%), demonstrando a atividade anti-inflamatória da OUA durante infecção pelo ZIKV. Em adição, o tratamento com OUA foi capaz de restaurar a homeostase da fosforilação de mTOR, ERK e p38, destacando o potencial desta molécula na prevenção de danos à neurogênese causados pelo ZIKV. Em conjunto, esses dados evidenciam pela primeira vez a atividade anti-ZIKV e anti-inflamatória da OUA contra a infecção por ZIKV em linhagem de neuroblastoma humano. Além disso, este estudo contribui para confirmar a eficácia de esteroides cardiotônicos como potenciais agentes antivirais e imunomoduladores, tornando a OUA uma candidata promissora contra o ZIKV.
  • RODRIGO SILVA DE ANDRADE
  • Isolamento, elucidação estrutural e avaliação da atividade antineuroinflamatória de novos sesquiterpenos de Anaxagorea dolichocarpa.
  • Data: 29/08/2024
  • Hora: 08:30
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  • O Brasil, por ser o país com a maior biodiversidade do mundo, possuindo mais de 34 mil espécies de plantas, desperta o interesse científico e tecnológico, pois a maioria dos medicamentos da indústria farmacêutica é proveniente de espécies vegetais. Dentre essas, Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith (“paixinho”), vem sendo estudada pelos pesquisadores do PPgPNSB e nela foram isolados constituintes químicos de importância farmacológica, como alcaloides e sesquiterpenos, destacando a espécie como promissora para a continuidade dos estudos. Assim, este trabalho teve como objetivo expandir o conhecimento fitoquímico e farmacológico desta espécie. Para isso, as raízes de Anaxagorea dolichocarpa foram coletadas em maio de 2021 no município de Cruz do Espírito Santo - PB e submetidas a processos de extração e isolamento por métodos cromatográficos clássicos e técnicas hifenadas. Dessa forma, o estudo fitoquímico resultou no isolamento e identificação de dezenove substâncias, as quais tiveram suas estruturas determinadas inequivocamente por meio da análise dos dados de RMN, EM e IV, juntamente com cálculos teóricos de RMN (DP4+) e ECD. Foram isolados dezoito sesquiterpenos macrociclicos do tipo humuleno inéditos na literatura, denominados de dolichocarpols G-X (1−18) e um que já havia sido isolado previamente (nordine), porém neste trabalho foi feita a correção da sua estrutura bem como a determinação da sua estereoquímica absoluta por Raios-X e ECD. Ainda, as substâncias foram testadas para avaliar sua citotoxicidade e atividade antineuroinflamatória em uma linhagem celular BV2 estimulada com LPS/IFN-γ. Os compostos dolichocarpols G, K, N, O e T além de não apresentarem citoxicidade aparente, reduziram significativamente os níveis de NO nas células BV2 em concentrações variando de 25 a 200 μM, chegando a atingir um efeito máximo semelhante ao do controle (quercetina). Além disso, possíveis interações entre esses compostos e a enzima iNOS foram previstas por meio de estudos in silico, e os resultados demonstraram que os compostos apresentaram valores de probabilidade de atividade superiores a 0,5, indicando afinidade pelo alvo e que os complexos formados são estáveis, com baixas flutuações na estrutura terciária da enzima. Portanto, esses achados ampliam a compreensão sobre a diversidade estrutural e atividade biológica dos sesquiterpenos macrocíclicos humulenos da família Annonaceae e da espécie Anaxagorea dolichocarpa, contribuindo para o seu conhecimento fitoquímico e farmacológico.
  • DAVI AZEVÊDO FERREIRA
  • Perfil imunomodulador do γ-benzilideno digoxina 8 (BD-8) em macrófagos peritoneais murinos
  • Data: 28/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • Os Esteroides Cardiotônicos (ECTs), são compostos naturais que apresentam várias atividades biológicas e que possuem a capacidade de interagir e gerar inibição na Na+/K+-ATPase. A secreção de algum desses esteroides (marinobufagina e ouabaína) é estimulada pelo aumento da concentração plasmática de sódio, angiotensina II e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Baixas concentrações de ouabaína, não inibem a bomba, mas promovem alterações conformacionais na Na+/K+-ATPase. Os ECTs apresentam a capacidade de gerar modulações na atividade do sistema imunológico, atuando no processo inflamatório, modulando moléculas como a Proteínas Kinases Ativadas por Mitógenos (MAPK) p38, CD18 e do Fator Nuclear kappa-B (NF-κB). O BD-8, é um novo ECT sintético derivado da digoxina. No entanto não se conhece o efeito biológico desse novo composto. Com isso, o presente estudo objetivou investigar a atividade imunomoduladora do BD-8 in vitro e desvendar os possíveis mecanismos envolvidos nessa atividade. Para isso, camundongos Swiss fêmeas foram previamente estimulados com uma injeção intraperitoneal (i.p.) de tioglicolato para a realização da cultura de macrófagos peritoneais. As células foram estimuladas com zymosan (ZYM) (0,2 mg/mL) e/ou tratadas com diferentes concentrações do BD-8 (1nM, 10nM, 100nM, 1μM, 10μM, 100μM). As células foram submetidas a um ensaio de MTT (Brometo de 3-metil-[4-5dimetiltiazol-2-il] -2,5 difeniltetrazólio), para determinação da citotoxicidade, além de serem submetidas a ensaio de dosagem de óxido nítrico (NO), pelo ensaio usando solução de Griess. A dosagem de citocinas (IL-1β, IL-6, TNF-α e IL-10) foi feita pelo ensaio de ensaio imunoenzimático (ELISA) do tipo sanduíche. A capacidade fagocítica foi feita por dois ensaios, ambos em placa de 24 poços (5x106 células/poço) e analisada a quantidade de ZYM fagocitado, sendo considerado com atividade fagocítica quando apresentava mais de três partículas de ZYM fagocitadas; e o ensaio com partículas fluorescentes de RedZYM e posteriormente analisada as partículas fagocitadas por citômetro de fluxo. A sinalização celular, as células foram fixadas, permeabilizadas e marcadas com anti-Akt, anti-mTOR, anti-iNOS, anti-p-p38, anti-p-ERK1/2, anti-p-NF-κB, anti-p-Src e anti-COX-2, as células foram ajustadas a 1x106 células/tubo de citômetro, e feita a leitura de 10.000 eventos em citômetro de fluxo. Como resultado, foi visto que o BD-8 apresentou atividade citotóxica na maior concentração testada (100μM), sendo então excluída dos experimentos subsequentes. A produção de NO foi modulada negativamente pelo BD-8 nas concentrações de 1μM (19,40%) e 10μM (32,08%). O tratamento com o BD-8, na concentração de 10μM, foi capaz de reduzir em 17% o nível da citocina IL-1β, já na concentração de 100nM foi capaz de aumentar em 39% o nível da IL-10. A capacidade fagocítica do ZYM em macrófagos foi diminuída no grupo tratado na concentração de 10μM (13,5%), bem como, na mesma concentração, reduziu a atividade fagocítica (36%) de partículas de RedZYM. O BD-8 foi capaz de modular negativamente as vias: da iNOS, Akt/mTOR, p38/ERK, translocação de NF-κB e Src, porém não modulou as EROs e COX-2. Dessa forma, este trabalho contribui para um melhor entendimento do efeito biológico da BD-8 e do papel imunológico desse esteroide cardiotônico.
  • JULIO CESAR PINHEIRO LUCIO DE OLIVEIRA
  • A microemulsão de galato de octila exerce ação antitrombótica em ratos.
  • Data: 28/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • O galato de octila é um composto fenólico derivado do ácido gálico que possui ação anti-inflamatória e antagonista do ATP, além de ter uma baixa toxicidade. Contudo, não é descrito na literatura qualquer estudo dessa molécula sobre o sistema cardiovascular ou hemostático. No entanto, sua baixa solubilidade em água tem sido um obstáculo para sua aplicação e investigação farmacológica. Neste sentido,esse estudo visa, assim, desenvolver uma microemulsão de galato de octila (MEGO) para aplicação como antiagregante plaquetária, anticoagulante, vasorrelaxante e antitrombótica. A MEGO, produzida com Cremophor EL, triglicerídeos de cadeia média e água deionizada, seguindo um planejamento fatorial do tipo Box-Behnken. A microemulsão otimizada apresentou gotículas com tamanho médio de 40 nm, potencial zeta de -15 mV e índice de polidispersão (PdI) de 0,198, mantendo-se estável por um período de 6 meses quando armazenada a 4°C. Testes de hemólise foram realizados para avaliar a segurança da MEGO para aplicação intravenosa, demonstrando que a microemulsão não provocou lise eritrocitária. Assim, foi investigada a ação antiagregante plaquetária e anticoagulante sobre as plaquetas e plasma de ratos. Com esses ensaios foi demonstrado pela primeira vez a ação antiagregante plaquetária da MEGO (Emáx = 37,59 ± 1,49% e CE50 = 0,68 µMol.L—1) frente a estimulação da agregação com ADP. Todavia, a microemulsão não demonstrou qualquer efeito sobre o tempo de protrombina (TP) ou tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) no plasma que foi com a MEGO incubado. Já na avaliação da ação vasorrelaxante da MEGO sobre aorta de ratos, fora observado que ela causava vasorrelaxamento nos anéis tanto na ausência (Emáx = 98,84 ± 1,4% e CE50 = 20,99 µMol.L—1) quanto na presença (Emáx = 100,1 ± 3,6 % e CE50 = 0,99 µMol.L—1) do endotélio, ficando evidente que a ação dependente do endotélio foi devido a estimulação da produção de óxido nítrico. Em vista dessas atividades, fora avaliada a ação antitrombótica da MEGO em animais que a receberam pela via intravenosa. O tratamento com a MEGO 10 mg.Kg-1 aumentou o tempo de obstrução da carótida por trombo estimulado por FeCl3 (tempo = 1.619 ± 40 s) e, supreendentemente, a associação da MEGO 5 mg.Kg-1 com a enoxiparina 5 mg.Kg-1 (anticoagulante) aumentou o tempo de obstrução (tempo = 3.627 ± 19 s) de forma superior aos tratamentos individualizados (nas doses de 5 mg.Kg-1), indicando o sinergismo desses efeitos. Além disso, nos animais tratados com a MEGO e na associação com a enoxiparina o peso do trombo estimado e a área do trombo em relação à carótida foram menores. Também, observou-se que o tratamento com a MEGO reduzia a agregação plaquetária e o TP e o TTPa não eram alterados. Já a associação da MEGO 5 mg.Kg-1 com a enoxiparina 5 mg.Kg-1 aumentou o TTPa tanto em relação ao controle quanto ao grupo tratado apenas com enoxiparina 5 mg.Kg-1. Esses resultados destacam o potencial terapêutico da MEGO como agente antitrombótico e sua possível utilidade em combinação com outros anticoagulantes para o tratamento de distúrbios trombóticos.
  • RUBENS DA SILVA ARAÚJO
  • Estudo anatomopatológico da lesão pulmonar aguda em camundongos tratados com extrato de Musa paradisiaca Linnaeus (Musaceae)
  • Data: 27/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • As doenças respiratórias representam um enorme desafio à saúde humana, dentre elas podemos destacar a lesão pulmonar aguda, que é uma doença inflamatória que afeta o parênquima pulmonar e sua progressão apresenta altas taxas de morbimortalidade. Não há tratamento efetivo para esta doença, por isso, alternativas terapêuticas são buscadas. A inflorescência da bananeira é rica em polifenóis e flavonoides, que possuem atividade anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana, justificando sua investigação neste modelo de doença. Este estudo objetivou avaliar a capacidade do extrato hidroalcóolico de Musa paradisiaca Linnaeus de atenuar a lesão pulmonar aguda induzida por lipopolissacarídeo em camundongos e a via de sinalização associada ao seu efeito. Para tal, 20 camundongos machos da linhagem Swiss foram divididos em 4 grupos experimentais, e após o tratamento foram eutanasiados. Houve a macroscopia pulmonar, a microscopia com colorações de rotina e imunohistoquímica utilizando os anticorpos anti-NF-kB, anti-TNF-α e anti-IL-17. Foi realizada a histomorfometria e os dados foram tabulados e analisados mediante análise de variância (ANOVA) “one way” e pós-teste de Tukey, com nível de significância estatística de 5% (p<0.05). Como resultado, evidenciamos a redução da migração neutrofílica para o parênquima pulmonar, aumentando os espaços alveolares. Diminuição da expressão de citocinas pró-inflamatórias, e redução da deposição de fibras colágenas, prevenindo a fibrose. Houve a inibição da via de sinalização TLR4/NF-κB e a ativação da IL-17.
  • MARIA CAROLINE RODRIGUES BEZERRA REMIGIO
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO MONOTERPENO HIDROXICITRONELAL POR MEIO DE ABORDAGENS in vivo E in silico
  • Orientador : MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
  • Data: 12/08/2024
  • Hora: 14:30
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  • A dor é descrita como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou que se assemelha a um dano real ou potencial ao tecido, sendo um importante sistema de defesa do organismo. Porém, as condições de dor, apresentam grande impacto na qualidade de vida da população. A busca de novos analgésicos tem sido prioridade para os pesquisadores em farmacologia e para a indústria farmacêutica, procurando por fármacos mais seguros e eficazes. Nesse sentido, os produtos naturais apresentam diversos compostos bioativos potenciais para o tratamento da dor, dentre tais compostos encontra-se o hidroxicitronelal (HC), monoterpeno promissor para a regulação dos processos nociceptivos. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo investigar a o efeito antinociceptivo do HC por meio de metodologias in silico e in vivo. Inicialmente foram realizados os estudos in silico, utilizando a ferramenta de docking molecular, com o intuito de avaliar a energia de ligação e interação do HC com importantes alvos envolvidos na resposta nociceptiva. Após isso, foi feito os estudos in vivo, nos quais foram utilizados camundongos albinos Swiss (Mus musculus) machos, com cerca de 3 meses de idade, os quais foram submetidos ao Teste de Contorções Abdominais Induzidas por Ácido Acético, Teste da Placa Quente, Teste da Formalina, Teste de Nocicepção Induzida pela Injeção Intraplantar do Glutamato, e posteriormente, avaliado a participação da via opioide no teste da formalina. Para análise estatística dos estudos in vivo foi realizado o teste de Shapiro-Wilk, para verificar a normalidade dos dados, e em seguida os dados foram analisados através da Análise de Variância "one-way" (ANOVA), seguido do post hoc de Tukey, sendo considerados significativos quando p < 0,05. Os resultados dos estudos computacionais mostraram que o HC possui boa energia de ligação com 7 das 12 proteínas estudadas, sendo elas o receptor 5-HT2B, a enzima COX-2, o receptor muscarínico M5, o receptor adrenérgico alfa-2a, o receptor opioide μ e os canais iônicos TRPM3 e TRPV6. Em seguida, foram realizados os estudos in vivo, nos quais foram utilizadas as doses de 12,5, 25 e 50 mg/kg (i.p.) para avaliação da atividade antinociceptiva. No teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, o HC foi capaz de reduzir as contorções de maneira significativa nas três doses quando comparada ao controle, sem diferença entre as doses. Já na primeira fase do teste da formalina, ocorreu redução significativa do tempo de lambida da pata, com o HC em 12,5 mg/kg sendo o com maior redução, fato que se inverteu na segunda fase do teste, no qual as 3 doses obtiveram redução significativa quando comparada ao controle, sendo que o HC em 25 e 50 mg/kg apresentaram menor tempo de lambida quando comparada ao a menor dose (12,5 mg/kg). No teste da placa quente o HC não foi capaz de aumentar a latência para a resposta nociceptiva em nenhuma das doses testadas. Já no teste de nocicepção induzido pelo glutamato, o HC (12,5 mg/kg) foi capaz de diminuir o tempo de lambida nas duas fases do teste em comparação ao controle, e foi observado um efeito antinociceptivo potencializado pela associação do HC com o antagonista glutamatérgico MK-801. Já na investigação da participação da via opioide, o efeito antinociceptivo do HC não foi revertido pelo uso do antagonista opioide naloxona em nenhuma das duas fases do teste da formalina. Diante disso, esse trabalho demonstrou que o HC apresenta interações positivas com diversos alvos reguladores da nocicepção, apresentando efeito antinociceptivo em modelos animais, havendo uma possível atuação por via glutamatérgica.
  • LARISSA ADILIS MARIA PAIVA FERREIRA
  • ATIVIDADES ANTI-INFLAMATÓRIA E IMUNOMODULADORA DE 2-(3-HIDROXI1-METIL-2-OXOINDOLIN-3-IL) ACRILONITRILA (CISACN) NA SÍNDROME DA ASMA E RINITE ALÉRGICA COMBINADAS (CARAS) EXPERIMENTAL
  • Data: 17/07/2024
  • Hora: 14:00
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  • A síndrome da asma e rinite alérgica combinadas (CARAS) é uma doença caracterizada por uma resposta imune do tipo 2 (TH2) nas vias aéreas, acompanhada por um processo inflamatório intenso que afeta amplamente a população mundial. Devido ao comprometimento na qualidade de vida e à falta de farmacoterapia específica, a busca por novas moléculas torna-se relevante. Este estudo teve como objetivo avaliar o tratamento com o aduto de Morita Baylis-Hillman (CISACN) no modelo experimental de CARAS. Para tal, camundongos BALB/c fêmeas foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) por um período de 42 dias e tratados com CISACN nas doses de 6,25; 12,5; ou 25 mg/kg por via oral. O tratamento com o aduto diminuiu o infiltrado de eosinófilos e neutrófilos, a hiperplasia e hipertrofia de células caliciformes e o remodelamento tecidual da cavidade nasal nas doses de 12,5 e 25 mg/kg. A dose de 12,5 mg/kg foi escolhida para dar continuidade as análises por ser a menor dose capaz de promover o efeito anti-inflamatório investigado, sem diferenças estatísticas entre os grupos. Em adição, o CISACN reduziu o infiltrado de eosinófilos e neutrófilos no pulmão revertendo, a nível basal, o número de eosinófilos, a inflamação tecidual pulmonar, a hiperplasia/hipertrofia das células caliciformes, a hiperatividade da via aérea inferior, reduzindo a hiperplasia/hipertrofia do músculo liso e a espessura da matriz extracelular pulmonar. O CISACN reduziu os sinais clínicos de rinite alérgica, como fricção nasal e espirros, em ensaio de hiper-reatividade nasal induzida por histamina. O efeito imunomodulador do CISACN foi observado via a redução dos níveis séricos de IgE total e IgE OVA-específica e o número de eosinófilos no sangue. O tratamento também diminuiu a produção de IL-33, TSLP, IL-17, TNF-α e TGF-β com efeito imuno regulador via diminuição de IL-5, IL-4, IL-13, citocinas do perfil TH2, dependente da produção de IFN-γ, citocina do perfil TH1, mas independente da produção de IL-10, citocina do perfil Tregulador (Treg). Nas análises moleculares, observamos que o CISACN diminuiu, nos granulócitos pulmonares, a ativação da via de sinalização p-p38MAPK/p-NF-κB, independente de p-ERK1/2MAPK. Portanto, os resultados obtidos nesse trabalho demonstram os efeitos anti-inflamatório e imunomodulador do CISACN pela diminuição da migração de células inflamatórias para os tecidos das vias aéreas de animais com CARAS, de citocinas responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção do perfil da CARAS e diminuição na via de sinalização celular responsável pela produção dessas moléculas sinalizadoras. O respaldo científico fornecido por esse trabalho possibilita a utilização do CISACN em formulações farmacêuticas a serem testadas no tratamento de doenças inflamatórias das vias aéreas.
  • ANDRE AZEVEDO DOS SANTOS
  • ATIVIDADES ANTIFÚNGICA E ANTIBIOFILME DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lavandula dentata L. E DE L-FENCHONA CONTRA Candida albicans DE ORIGEM BUCAL
  • Data: 05/07/2024
  • Hora: 14:00
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  • A candidíase representa a micose mais comum da cavidade bucal. Candida albicans é a principal espécie causadora, seguida por C. glabrata. De maneira preocupante, os antifúngicos comerciais hoje disponíveis para o tratamento dessa doença, além de frequentemente causarem efeitos colaterais, enfrentam o grave problema da crescente resistência microbiana. Dessa forma, a busca por novos agentes antifúngicos de maior eficácia, menor toxicidade e que possuam um espectro de ação mais amplo torna-se urgente. Diante disso, o presente estudo buscou investigar a atividade e mecanismos de ação antifúngica, bem como a atividade antibiofilme, do óleo essencial de Lavandula dentata L. (OE-LD) do Brasil e do fitoconstituinte L-fenchona contra C. albicans isoladas de pacientes com candidíase bucal, incluindo um isolado resistente ao miconazol. Inicialmente, foi realizada a caracterização fitoquímica do OE-LD e, logo em seguida, um ensaio in silico para investigar as atividades antimicrobianas, características farmacocinéticas e risco de toxicidade de L-fenchona. A atividade antifúngica foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM) e Ensaio de associação com miconazol pela técnica do tabuleiro. Para elucidação de possíveis mecanismos de ação, foram realizados ensaios com Sorbitol e Ergosterol. A atividade antibiofilme foi avaliada na inibição da formação de biofilme, bem como na ruptura do biofilme pré-formado. Adicionalmente, a toxicidade das substâncias foi avaliada em eritrócitos humanos. A caracterização fitoquímica identificou eucaliptol (33.13%), cânfora (18.34%) e fenchona (15.67%) como fitoconstituintes majoritários do OE-LD do Brasil. Na avaliação in silico, L-fenchona demonstrou variadas atividades antimicrobianas, incluindo atividade antifúngica. Nos ensaios de atividade antifúngica, foi observada forte atividade, sobretudo fungicida, para o OE-LD (CIM100=8 μg/mL e CFM=16 μg/mL) e para o fitoconstituinte (CIM90=8 μg/mL e CFM=16 μg/mL) frente aos isolados bucais de C. albicans, inclusive contra duas cepas resistentes ao miconazol. A associação de ambas as substâncias com o antifúngico miconazol resultou em sinergismo. Em relação ao mecanismo de ação, nenhuma das substâncias atua por ligação ao ergosterol, nem provavelmente provocando danos à parede celular. Quanto à atividade antibiofilme, as duas substâncias demonstraram forte efeito inibitório à formação de biofilmes de C. albicans, mas não em romper o biofilme pré-formado. Por fim, no ensaio com eritrócitos humanos, observou-se baixa atividade hemolítica nas concentrações correspondentes às inibitórias. Em suma, os resultados obtidos na presente pesquisa demonstram com ineditismo que o OE-LD e L-fenchona têm potencial para representar futuros fármacos eficazes e seguros para tratamento da candidíase bucal, incluindo suas formas resistentes ao miconazol.
  • FERNANDO FERREIRA LEITE
  • SÍNTESE DE DERIVADOS CHALCONAS E BICHALCONAS COM AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA
  • Data: 28/06/2024
  • Hora: 10:00
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  • As chalconas são uma classe de compostos obtidos através do metabolismo secundário dos vegetais e apresentam uma gama de atividades farmacológicas, que incluem propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anticancerígenas e Leishmanicida. Apesar dos graves problemas de saúde que causa, a Leishmaniose ainda é uma das doenças negligenciadas, se concentrando principalmente em países emergentes como o Brasil. Segundo a OMS (2018) são registrados de 20 a 30 mil mortes anuais causadas por esse parasita. Com isso objetivamos nesse trabalho sintetizar uma série de derivados da classe chalcona, elucidar suas estruturas por técnicas espectroscópicas e avaliar suas propriedades antileishmania. Foram usados reagentes simples, baratos e de fácil acesso, além de técnicas já descritas na literatura como acilação de Friedel-Crafts e condensações de Claisem-Schimidt para a obtenção dos compostos. Técnicas espectroscópicas de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C foram usadas para caracterização dos compostos. Um total de 10 compostos foram selecionados e testados frente a formas promastigotas e amastigotas de Leishmania infantum, onde 3 desses compostos apresentaram poder de inibição, sendo o composto FER13 considerado o mais promissor, possuindo IC50 de 18 μm. Esse composto pode servir de modelo para a criação de novos derivados que possam se tornar candidatos promissores no combate a Leishmaniose.
  • FRANCINEIDE FERNANDES COSTA
  • Efeitos metabólicos e vasculares do mononitrato de isossorbida e do nitrato de sódio em camundongos diabéticos tipo 1
  • Data: 07/06/2024
  • Hora: 14:00
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  • O diabetes está associado a diversas comorbidades cardiometabólicas, as quais podem estar associadas à disfunção endotelial e redução da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO). Nesse estudo, avaliamos o efeito metabólico e vascular do nitrato orgânico mononitrato de isossorbida (ISMN, em inglês) em comparação ao efeito do nitrato de sódio inorgânico (NaNO3) em camundongos com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). O DM1 foi induzido por estreptozotocina (STZ i.p. 50 mg/kg, 5 dias) em camundongos C57BL6 machos e confirmado por glicemia sanguínea de jejum (> 250 mg/dL). Os animais foram tratados com ISMN (10 mg/kg, v.o.) ou NaNO3 (85 mg/L, v.o.) durante 2 semanas. Os resultados mostraram que ambos os nitratos diminuíram a hiperglicemia sanguínea e urinária em camundongos DM1, mas a redução da glicose sanguínea foi maior após o tratamento com o ISMN. Além disso, ISMN ou NaNO3 diminuíram de forma semelhante a ingestão de água, ração, o volume urinário e a intolerância à glicose. Além disso, aumentaram a sensibilidade à insulina, os níveis séricos de insulina e nitritos sérico e urinário de camundongos DM1. O tratamento com ISMN ou NaNO3 também melhorou de forma semelhante a função vascular independente do endotélio em anéis aórticos, bem como reduziu espécies reativas de oxigênio (ROS - DHE) e aumentou os níveis de NO (DAF) em anéis aórticos de camundongos DM1. Por fim, ambos os nitratos reduziram de forma semelhante a pressão arterial média em camundongos DM1. Em conclusão, nossos achados sugerem que o ISMN exibiu um efeito anti-hiperglicêmico mais pronunciado em comparação ao NaNO3, mas ambos os nitratos promoveram benefícios metabólicos e vasculares semelhantes, promovendo efeitos hipotensores e antioxidantes em camundongos diabéticos tipo I.
  • IGOR GABRIEL DA SILVA RAMALHO
  • Atividade antitumoral e mecanismo de ação do derivado sintético 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CH3ISACN)
  • Data: 08/03/2024
  • Hora: 14:00
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  • Com a estimativa de 704 mil novos casos diagnosticados no Brasil até 2025, o câncer apresenta-se atualmente como uma das doenças com maior prevalência mundial. Os tumores que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC), como os gliomas, possuem uma elevada taxa de mortalidade, dentre esses, o glioblastoma é o tipo mais corriqueiro em adultos, com uma taxa de sobrevivência dos pacientes de apenas 5% em até 5 anos. Apesar da crescente evolução das pesquisas envolvendo a busca para o tratamento desses casos, a melhora dos quadros clínicos de gliomas ainda permanece insatisfatória. Com o objetivo de contornar esse problema, a busca por novas substâncias com atividade antineoplásica tem crescido, pesquisas realizadas com a isatina e seus derivados têm apresentado uma notável capacidade de inibir o crescimento de células cancerosas sem afetar o desenvolvimento normal das células saudáveis. dentre essas, a CH3ISACN, um derivado sintético da isatina, é apresentada como como uma molécula promissora, com atividades antitumorais em modelos de câncer hepatocelular e de pulmão já documentadas. O presente estudo teve como objetivo investigar a atividade antitumoral da substância CH3ISACN, em modelos experimentais de glioblastoma humano, com a realização de ensaios de viabilidade celular utilizando as linhagens celulares U87 e U373-MG e investigação do mecanismo de ação da CH3ISACN utilizando bloqueadores farmacológicos. Nos ensaios de citotoxicidade, foi verificado que a CH3¬ISACN foi capaz de matar as células U373 e U87-MG, com as CI50 de 24,26 e 24,23 μM, respectivamente. O índice de seletividade da substância foi calculado a partir da CI50 da célula não tumoral embrionária humana (HEK-293), constatando que a CH3ISACN é 3 vezes mais seletiva para as células tumorais. No ensaio utilizando microscopia confocal, foram verificadas as morfologias das células tumorais U87-MG, na concetração de 24 μM, indicando apoptose como o tipo de morte das células tumorais tratadas com o derivado da isatina. A CH3ISACN, foi capaz de diminuir a formação de novas colônias de células U87- MG, além de ser capaz de desintegrar os esferóides (modelo de cultura 3D), diminuindo a área do esferóide para zero. Foi realizada investigação da via de sinalização de morte celular, por ensaio com bloqueadores farmacológicos e por docking molecular.
  • CHONNY ALEXANDER HERRERA ACEVEDO
  • Estudos quimioinformáticos da família Asteraceae na busca de estruturas com potencial atividade contra doenças parasitárias negligenciadas
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 17:00
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  • A leishmaniose, classificada como uma Doença Tropical Negligenciada (NTD), representa um desafio significativo para a saúde pública nas Américas. A forma clínica cutânea (CL) da doença tem um impacto considerável na América do Sul, com Brasil, Colômbia e Peru figurando entre os nove países que relatam 85% dos casos anuais em todo o mundo. O Brasil também enfrenta uma carga significativa de Leishmaniose Visceral (VL), a forma mais letal da doença. Apesar dos esforços de controle implementados nos últimos anos, a transmissão persiste em regiões pobres com condições precárias de higiene, facilitando o contato com os vetores da doença. Os tratamentos atuais, como compostos antimoniais, isetionato de pentamidina, miltefosina e anfotericina B liposomal, oferecem opções terapêuticas, mas não conseguem erradicar a infecção e apresentam diversos eventos adversos. Nesse contexto, surge a necessidade de desenvolver novas quimioterapias contra as diferentes formas clínicas da leishmaniose. Considerando a rica biodiversidade de Colômbia e Brasil, a busca por metabólitos secundários com propriedades leishmanicidas se torna relevante. A família botânica Asteraceae, com sua abundância de espécies (mais de 32.000) e uma ampla gama de metabólitos secundários, incluindo terpenoides e flavonoides, se apresenta como uma fonte promissória de moléculas bioativas. Atualmente, a seleção de moléculas com potencial atividade biológica é apoiada por ferramentas computacionais, demonstrando benefícios substanciais em termos de custo e tempo em comparação com abordagens clássicas, como a triagem em larga escala (High-throughput Screening). Esse enfoque permite uma exploração mais eficiente de compostos naturais para o desenvolvimento de novos tratamentos contra a leishmaniose. Assim, este trabalho buscou realizar estudos quimioinformáticos da família Asteraceae para encontrar novas estruturas com potencial terapêutico contra as diversas formas clínicas da leishmaniose. O estudo começa com um capítulo dedicado aos paradigmas da descoberta de medicamentos com base nas estruturas do alvo terapêutico. Em seguida, no capítulo II, é realizada uma revisão de vários estudos que utilizaram ferramentas computacionais para examinar diversos compostos identificados na família Asteraceae na busca por possíveis candidatos a medicamentos contra Leishmania, destacando o uso de bancos de dados como uma ferramenta-chave na busca por potenciais moléculas leishmanicidas. Os capítulos subsequentes focam em estudos computacionais, utilizando diferentes abordagens de triagem virtual, utilizando diversas classes de metabólitos secundários presentes na Asteraceae para selecionar potenciais leishmanicidas. O capítulo III utiliza um banco de sesquiterpenlactonas presentes no SistematX para a seleção de potenciais leishmanicidas, empregando uma abordagem combinada de triagem virtual baseada na estrutura do ligante assim como do receptor, identificando estruturas com potencial inibitório para múltiplos alvos. O capítulo IV, dividido em duas partes, avalia a inibição da Pteridina redutase 1 (PTR1) e diidrofolato redutase – timidilato sintase (DHFR-TS), duas enzimas cruciais para o metabolismo desses parasitas tripanosomatídeos. Dois compostos com atividade inibidora dual para múltiplas espécies de Leishmania foram identificados partindo de um banco composto por 360 diterpenoides. Finalmente, no capítulo V, foram selecionadas lignanas do tipo butirolactona híbrida C6C3 como inibidores da LmDHFR-TS entre um banco de 314 derivados de ácido cinâmico, validando os modelos computacionais construídos mediante ensaios in-vitro com a enzima recombinante de DHFR-TS.
  • THYFANNE SUELLEN TAVARES LINHARES
  • AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA E FARMACOLÓGICA NÃO-CLÍNICA DA FRAÇÃO ALCALOIDICA DE Sida rhombifolia L.: UM ESTUDO IN SILICO E IN VIVO
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 15:30
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  • Sida rhombifolia (Malvaceae) é uma planta conhecida popularmente no Brasil como “matapasto”, “guaxuma” e “relógio”, sendo muito utilizada pela população indígena para o tratamento de hipertensão, diabetes e gota. Dele já foram isolados compostos alcaloides, como a criptolepinona e o sal de criptolepina, que apresentaram atividade vasorrelaxante e antioxidante em ensaios não-clínicos em roedores. A doxorrubicina (Doxo) é um antibiótico amplamente utilizado como agente antineoplásico e é o tratamento de primeira escolha para tumores sólidos e malignidades hematológicas. Porém, esse medicamento tem como um de seus inúmeros efeitos colaterais os eventos cardiotóxicos. Nesse contexto, o monitoramento clínico do quadro cardíaco desses pacientes é realizado por meio de exames ecocardiográficos, a fim de analisar os efeitos cardiotóxicos e buscar alternativas para melhorar o prognóstico. Portanto, o presente estudo busca avaliar os efeitos toxicológicos e farmacológicos (como possível cardioproteção) da fração de alcaloides obtida de Sida rhombifolia. Portanto, para o estudo in silico, foi utilizada a ferramenta AdmetSAR para analisar os parâmetros farmacocinéticos dos alcaloides. Para o in vivo, camundongos Swiss adultos (machos e fêmeas) foram utilizados e tratados com a fração alcaloidica (FrAlc) na concentração de 200 mg/Kg, seguindo OCDE 407. Em dois grupos de animais, a cardiotoxicidade foi induzida com administração de doxo em doses cumulativas semanais, durante quatro semanas, concomitantemente ao uso da FrAlc. Avaliações de aspectos toxicológicos, como peso e consumo, e avaliações ecocardiográficas foram realizadas semanalmente. Como resultado, o estudo in silico serviu de base para a compreensão de alguns aspectos e também gerou questões que foram sanadas ao longo do trabalho. Devido aos registros ecocardiográficos não fornecerem reconhecimento de padrões para verificar os efeitos cardiotóxicos causados pela doxo, não foi possível observar se FrAlc (200 mg/kg) foi capaz de promover efeito cardioprotetor, porém foi possível inferir que seu uso minimizou alguns eventos induzidos por doxo. Observou-se também que o uso da FrAlc não apresentou alterações clínicas relevantes ou óbitos, indicando baixa toxicidade. Assim, a FrAlc demonstrou perspectivas favoráveis, toxicologicamente, o que a torna interessante na terapêutica e disponível para novos estudos sobre seus efeitos farmacológicos, principalmente no que diz respeito ao seu potencial antioxidante.
  • LARISSE VIRGOLINO DA SILVA PONTES
  • Investigação do potencial senoterapêutico das N benzoiltiraminas de Aniba Riparia em modelo de senescência endotelial induzida por D-galactose – Abordagens in sílico e in vitro
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • O envelhecimento biológico é uma proteção relacionada ao tempo das funções fisiológicas moleculares, celulares e teciduais. Durante o processo, há um acúmulo de células senescentes no organismo, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças, como as cardiovasculares (DCV), principal causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. As células endoteliais, camada interna que reveste os vasos sanguíneos, são suscetíveis a essa condição específica e, quando disfuncionais, causam alterações negativas no funcionamento do sistema cardiovascular. Por outro lado, as ferramentas senoterapêuticas podem retardar os danos causados pelo envelhecimento. Portanto, há uma necessidade urgente de busca por novos candidatos a fármacos capazes de mitigar os danos causados pelo envelhecimento. As Riparinas, moléculas extraídas da espécie nativa da região amazônica Aniba Riparia (Nees) Mez, já demonstraram efeitos anti- inflamatórios e antioxidantes significativos em estudos não clínicos, mecanismos críticos para atenuar a senescência celular. Portanto, este trabalho teve como objetivo investigar o potencial efeito quimioterápico de quatro análogos das N-benzoiltiraminas de Aniba Riparia (Nees) Mez em modelo de envelhecimento endotelial in vitro e caracterizar potenciais alvos para sua ação farmacológica in sílico. Para isso, foram cultivadas células endoteliais da aorta de rato (RAECs) e utilizada D-(+)-Galactose (Dgal) como indutor de senescência. Inicialmente, foi realizada uma triagem tripla para ação anti-senescente (SA-β-Gal), viabilidade celular (MTT) e ação antioxidante (DHE) para as quatro Riparinas. Esses testes ocorreram em duas situações experimentais: condição basal e em modelo de senescência endotelial. Somente a Riparina III conseguiu melhorar a viabilidade celular na condição modelo. Além disso, as quatro moléculas foram capazes de reduzir os níveis de sensibilidade e melhorar o estresse oxidativo. Outro achado importante foi que apenas a Riparina II promoveu redução da tolerância celular e aumento dos níveis de senescência na condição basal, demonstrando efeito deletério nas concentrações testadas. A Riparina III melhorou a viabilidade celular na condição basal, indicativo de maior proliferação ou melhora no metabolismo celular. Além disso, as Riparinas I e III apresentaram atividade antioxidante na condição basal. Visando testes in vivo, foi investigado o perfil farmacocinético das Riparinas, as quais mostraram-se boas candidatas para prospecção. Além disso, em busca de alvos para o mecanismo de ação, selecionamos a Riparina I e sistemas proteicos envolvidos nas vias de senescência celular como Nrf-2/Keap1, MAPK, p38, mTOR, NADPH oxidase, Nf-κB, Sirtuin 1 e 5, para realizar o acoplamento molecular. Em conjunto, os resultados revelaram a capacidade da Riparina I em se ligar de maneira energeticamente favorável aos alvos selecionados na abordagem in sílico, relacionados às vias antioxidantes e anti- senescentes, prospectando um possível mecanismo de ação para os efeitos encontrados.
  • FRANCISCO PATRICIO DE ANDRADE JUNIOR
  • Perfil epidemiológico de micoses em pacientes atendidos em um laboratório privado de João Pessoa-PB e atividade anti-Trichophyton rubrum de citronelal, (R)-(+)- citronelal e (S)-(-)-citronelal
  • Data: 26/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • As dermatofitoses se apresentam como um importante problema de saúde pública, uma vez que, estão entre os grupos de micoses mais comuns e que, hodiernamente, o tratamento tem sido cada vez mais dificultado, sobretudo, graças aos fenômenos de resistência, entretanto, mesmo sendo uma problemática recorrente há a escassez de estudos epidemiológicos e farmacológicos envolvendo os patógenos responsáveis por essas infecções. Assim, o presente estudo objetivou investigar a atividade antifúngica de citronelal (CIT), (R)-(+)- citronelal (R-CIT) e (S)-(-)-citronelal (S-CIT) frente a isolados clínicos de T. rubrum e elucidar o perfil epidemiológico de afetados por micoses diagnosticados em um laboratório de análises clínica de João Pessoa-PB. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, analítico e experimental, em que neste último caso o potencial antifúngico de CIT, R-CIT e S-CIT, foi avaliado a partir da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), Associação por meio do método checkerboard, e ensaios com colesterol, ergosterol e sorbitol, para elucidação de possíveis mecanismos de ação. Entre os anos de 2015 a 2019 foram analisadas 1.204 suspeitas de micoses, entretanto, registrou-se somente 323 casos, sendo o ano de 2015 o mais prevalente (28,1%), o perfil clínico e epidemiológico foi composto majoritariamente por indivíduos do sexo feminino (71,2%), de 18 a 59 anos (57,6%), etnia branca (54,2%), com lesões de pele (32,8%) e unhas (46,7%) e a principal espécie identificada foi C.albicans (25,7%). Os valores de CIM de CIT, R-CIT e S-CIT variaram entre 4 a 512 µg/mL. A CFM para CIT variou entre 4 a 512 µg/mL, R-CIT e S-CIT, obtiveram variações de 4 a 1024 µg/mL. Ademais, todos os produtos naturais apresentaram caráter, predominantemente, fungicida. Ao associar CIT e seus isômeros ao fármaco fluconazol, evidenciou-se indiferença e antagonismo farmacológico. Em relação ao mecanismo de ação, todos os produtos naturais demonstraram estar relacionados ao ergosterol fúngico. Além disso, os três terpenos testados apresentam interações com o colesterol exógeno. Os resultados obtidos na presente pesquisa, demonstram que CIT, R-CIT e S-CIT se apresentam capazes de tornarem-se, no futuro, produtos para o tratamento de dermatofitoses, sendo este o primeiro estudo que buscou avaliar o potencial dessas substâncias frente a espécies do gênero Trichophyton.
  • BRÁULIO DE ALMEIDA TEIXEIRA
  • ATIVIDADES ANTIBIOFILME E FUNGICIDA DE 2-BROMO-N-FENILACETAMIDA FRENTE A Candida spp. FLUCONAZOL-RESISTENTES
  • Data: 23/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • Os microrganismos do gênero Candida são responsáveis por muitas entidades clínicas, envolvendo desde micoses localizadas a exemplo das onicomicoses, candidíases bucais e vulvovaginais a micoses sistêmicas como a candidíase disseminada. As espécies do gênero Candida estão entre os principais agentes responsáveis por óbitos cuja causa seja a infecção por fungos e merecem destaque Candida albicans, Candida tropicalis, Candida glabrata e Candida parapsilosis. Tais microrganismos também são lembrados por sua notável capacidade de resistência às drogas antifúngicas através de diversos mecanismos, a saber: vias metabólicas alternativas, formação de biofilmes, mutações nos genes para síntese de ergosterol e superexpressão de bombas de efluxo. A busca por novas moléculas antifúngicas sintéticas constitui-se como uma alternativa terapêutica neste cenário dada a possibilidade da descoberta de novas classes farmacológicas ou de novos esquemas de terapia combinada com os antifúngicos clássicos. Neste estudo foi investigado através de diferentes ensaios o perfil antifúngico de uma amida sintética, a 2-bromo-N-fenilacetamida, frente às espécies C. albicans, C. tropicalis, C. glabrata e C. parapsilosis. A molécula 2-bromo-N-fenilacetamida (“A1Br”) exibiu atividade fungicida, com Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 32 µg.mL-1 para 87,5% das cepas testadas e Concentração Fungicida Mínima (CFM) de 64 µg.mL-1 para 81,25% dos microrganismos. Também se mostrou um potente agente contra biofilmes maduros de C. albicans, cuja redução variou de 59-80%, estatisticamente tão significativa quanto a da anfotericina B (redução de 32-83%) na comparação de cada um desses tratamentos em relação ao grupo controle. Já quando associada aos antifúngicos licenciados fluconazol e anfotericina B a molécula “A1Br” exibiu efeitos indiferentes. Seu mecanismo de ação permanece passível de esclarecimento uma vez que não foram observadas alterações na sua CIM nos ensaios de sorbitol e ergosterol.
  • MARIANA COSTA ARAGÃO
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico, toxicológico e farmacológico de Banisteriopsis stellaris (Malpighiaceae)
  • Data: 20/02/2024
  • Hora: 14:30
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  • Banisteriopsis stellaris (Griseb.) B. Gates, conhecida popularmente como "marmelinha-da-flor-branca", pertence à família Malpighiaceae. O gênero Banisteriopsis é relevante na família devido a produção de importantes metabólitos secundários, incluindo alcaloides, flavonoides e terpenoides, que demonstram vários efeitos farmacológicos com resultados promissores. No entanto, ainda são poucas as evidências sobre o seu potencial fitoquímico e farmacológico. Assim, este trabalho visa contribuir para o conhecimento acerca da espécie Banisteriopsis stellaris. O material vegetal foi coletado em abril de 2022 no Pico do Jabre (Matureia - PB) e identificado pela botânica Dra. Maria de Fátima Agra. Uma exsicata da espécie foi depositada no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier da UFPB, sob o número JPB 37874. As partes aéreas foram secas em estufa a 40 oC, pulverizadas e extraídas com etanol a 95%, sendo concentradas em evaporador rotativo para obtenção do Extrato Etanólico Bruto (EEB). Posteriormente, o EEB foi submetido ao processo de Cromatografia Líquida à Vácuo (CLV) utilizando diferentes proporções e polaridades de solventes, resultando em 9 frações do extrato. Uma alíquota de 5 g da fração acetato de etila-metanol (AcOEt:MeOH) (1:1) foi submetida a cromatografia em coluna utilizando Sephadex LH-20, resultando em 39 frações destas. As frações 22-27 foram reunidas totalizando 875 mg e submetidas ao processo de Cromatografia Líquida de Média Pressão (CLMP), obtendo-se 15 frações. Para as frações 08 e 10 foram desenvolvidos métodos cromatográficos, individualmente, através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) preparativa. Ainda, foi utilizado 673,0 mg da fração clorofórmica, sendo submetida a cromatografia em coluna com gel de sílica, resultando em 10 frações. Para os testes de toxicidade aguda os camundongos receberam 2000 e 5000 mg/kg de extrato de Banisteriopsis stellaris (EEB-Bs) por via oral ou intraperitoneal. Quanto a avaliação do perfil genotóxico do EEB-Bs, foi utilizado o teste do micronúcleo em eritrócitos de camundongos tratados com ciclofosfamida (25 mg/kg/i. p) ou EEB-Bs (2.000 mg/kg/v. o) em dose única. Os testes anti- inflamatórios foram realizados com camundongos tratados com EEB-Bs (50, 100 ou 200 mg/kg v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg i.p.). As substâncias foram identificadas por espectroscopia de RMN (uni e bidimensionais) e comparadas com dados da literatura, confirmando o isolamento dos flavonoides C-glicosilados (orientina, vitexina, isovitexina e isovitexina-2”-O-α-L-ramnopiranosídeo) da fração AcOEt:MeOH. Da fração 04 proveniente da fase clorofórmica, foi isolada a mistura dos triterpenos α- amirina, β-amirina e lupeol, sendo todos os compostos isolados pela primeira vez na espécie em estudo. Os testes farmacológicos realizados com o EEB-Bs demonstraram sua segurança quando administrado via oral, visto que não houve sinais de toxicidade aguda e nem alterações micronucleares. Os resultados do estudo indicam que B. stellaris apresentou uma resposta anti-inflamatória significativa nos ensaios realizados nas doses observadas, reduzindo o edema e a exsudação de células inflamatórias, sendo na dose de 200 mg/kg do EEB uma redução de 66,71% na migração de leucócitos e de 67,72% na migração de neutrófilos. Portanto, este trabalho destaca a Banisteriopsis stellaris como nova fonte de biomoléculas e a sua capacidade anti-inflamatória, sugerindo sua utilidade no desenvolvimento de medicamentos. Pesquisas futuras podem explorar mecanismos específicos e outros aspectos farmacológicos dessa espécie.
  • FRANCISCO ALLYSSON ASSIS FERREIRA GADELHA
  • Avaliação in vitro e in vivo da atividade imunomoduladora do extrato e frações da inflorescência de Musa paradisiaca L.
  • Data: 05/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • A lesão pulmonar aguda (LPA) é uma doença inflamatória com alta mortalidade que afeta pacientes em terapia intensiva e se tornou um problema de saúde mundial durante a pandemia de COVID-19. A Musa paradisiaca L. (bananeira) é uma planta cosmopolita, e sua inflorescência é usada, em muitos países, no tratamento de inflamações, no entanto, no Brasil, é descartada na maioria das culturas. O objetivo deste estudo foi avaliar as atividades anti-inflamatória e imunomoduladora do extrato da inflorescência e de suas frações por meio de testes in vitro e in vivo, no modelo experimental de LPA induzido com lipopolissacarídeo (LPS). Microscopias óptica e de imunofluorescência, citometria de fluxo, ensaios imunoenzimáticos, colorimétricos (ELISA) e fluorimétrico, e ensaios histológicos foram utilizados para as avaliações dos parâmetros anti-inflamatórios e imunomoduladores. O extrato hidroalcoólico de Musa (HEM) (100 μg/mL) e suas frações acetato de etila (FA), n-butanólica (FNB), hexânica (FH) e diclorometano (FD) (25 e 50 μg/mL) não apresentaram toxicidade quando na presença de macrófagos peritoneais em cultura. Na triagem in vitro, o HEM e as FA e FH diminuíram a produção de NO e expressão dos receptores TLR4 e CD18. Em adição, o HEM aumentou a produção de IL-10. Nos experimentos in vivo foram avaliados o HEM e a FH. Nos animais com LPA tratados com o HEM, observou-se diminuição na migração, principalmente, de neutrófilos no BALF, na região alveolar (com diminuição de células GR1+) e no sangue correlacionando com a diminuição na expressão do receptor CD18, entretanto, a FH (100 mg/kg) não diminuiu a migração de células inflamatórias para a cavidade pulmonar bem como edema pulmonar, infiltrado celular e hemorragia no tecido. O tratamento com HEM reduziu o conteúdo proteico no BALF, o edema pulmonar, a ativação do NF-κB dependente da via de sinalização TLR4 e diminuiu da produção de IL-1β e TNF-α, reduziu a quantidade de DNA livre e da atividade da mieloperoxidase (MPO). Corroborando com os achados in vitro, o tratamento in vivo com HEM favoreceu a produção de IL-10 no BALF. Portanto, o extrato da inflorescência de M. paradisiaca demonstrou atividades anti-inflamatória e imunomoduladora em macrófagos peritoneais via diminuição de NO, aumento de IL-10 e, em camundongos com LPA, pela diminuição da inflamação pulmonar via TLR4-NF-κB, redução da produção de citocinas e, principalmente, desativação de neutrófilos pela diminuição da expressão de CD18, da liberação de DNA livre e da atividade de MPO. Assim, este estudo apresenta dados científicos que apoiam o uso da inflorescência de bananeira na medicina popular e sugere o desenvolvimento de uma formulação farmacêutica para auxiliar no tratamento da inflamação pulmonar.
  • LYVIA LAYANNE SILVA ROSA
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIBACTERIANO DA 2-CLORO-N-(4-FLÚOR-3-NITROFENIL) ACETAMIDA SOBRE CEPAS DE Pseudomonas aeruginosa
  • Orientador : EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 10/01/2024
  • Hora: 14:00
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  • P. aeruginosa permanece como um dos patógenos mais perigosos, desencadeando infecções hospitalares graves devido à sua intrínseca resistência a diversos agentes antimicrobianos, o que é agravado pela aquisição adicional de resistência. As autoridades de saúde destacam a imperiosa necessidade de desenvolver novos medicamentos para enfrentar as infecções provocadas por esse patógeno. Estudos evidenciaram o potencial antimicrobiano de compostos derivados de acetamidas, mas poucas investigações foram conduzidas com a 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida. Este estudo propôs uma avaliação inédita da atividade antibacteriana dessa substância contra cepas de P. aeruginosa, além de buscar analisar parâmetros farmacocinéticos e toxicológicos, bem como realizar análises preditivas in silico sobre o mecanismo de ação. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi de 512 μg/mL para todas as cepas de P. aeruginosa testadas, com atividade bactericida observada a partir da CIM, apresentando também uma Concentração Bactericida Mínima (CBM) de 512 μg/mL. A substância A8 revelou propriedades farmacocinéticas favoráveis à absorção oral, contudo, foram identificados riscos potenciais de mutagenicidade, tumorigenicidade e efeitos sobre o sistema reprodutor. Além disso, exibiu atividade inibitória de LasR in silico, sugerindo um promissor potencial para análises in vivo. A combinação da 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida com antibacterianos demonstrou efeito aditivo frente cepas de P. aeruginosa. Assim, este estudo estabelece fundamentos para futuras estratégias relacionadas à aplicação clínica da 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida no tratamento de infecções causadas por P. aeruginosa.
2023
Descrição
  • JÉSSICA PAIVA DE MOURA
  • Estudo in silico de diterpenos abietanos contra o fotoenvelhecimento
  • Data: 30/11/2023
  • Hora: 14:00
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  • Fotoenvelhecimento é o envelhecimento prematuro da pele ocasionado pela exposição crônica à radiação ultravioleta. Atualmente a intervenção utilizada para a prevenção do fotoenvelhecimento se refere ao uso de protetor solar, porém estudos relatam que dificilmente a população aplica a quantidade ideal para a proteção adequada. Assim, é necessário o uso de substâncias que complementem o cuidado com a pele, além do uso de protetor solar. A pesquisa contínua de novas estratégias é essencial para prevenir os efeitos indesejáveis causados pela exposição solar. As análises in silico são abordagens importantes utilizadas no processo de descoberta de medicamentos contra o fotoenvelhecimento. Elas permitem a análise das propriedades físico-químicas e das atividades biológicas de compostos, e reduzem os custos financeiros e o tempo do processo de descoberta de novos fármacos. Os produtos naturais são metabólitos secundários de plantas que oferecem potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos. Com isso, o objetivo desse estudo foi realizar análises in silico e desenvolver uma triagem virtual de produtos naturais contra alvos do fotoenvelhecimento. Neste trabalho, foram selecionados 1630 produtos naturais para iniciar a triagem virtual. As metodologias utilizadas neste trabalho foram: a construção de modelos de QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationship), a análise dos riscos de citotoxicidade, a análise das violações à regra dos cinco de Lipinski, a análise do componente principal por consenso (CPCA), a análise do componente principal (PCA) e o docking molecular. O resultado do estudo de QSAR exibiu parâmetros estatísticos adequados e forneceu moléculas provavelmente ativas contra os alvos do fotoenvelhecimento, incluindo a metaloproteinase de matriz-1 (MMP-1) e a metaloproteinase de matriz-12 (MMP-12). Essas moléculas foram avaliadas com relação aos riscos de citotoxicidade e à quantidade de violações à regra dos cinco de Lipinski. Entre aquelas que não apresentaram riscos e não demonstraram violações, selecionou-se os diterpenos abietanos com provável atividade multialvo, obtendo-se: JS781, JS887, JS1233, JS1241, JS1352 e JS1513. A interação desses diterpenos abietanos com o CYP2D6 resultou em metabólitos que não demonstraram riscos de citotoxicidade, com exceção dos metabólitos M3, M6 e M8. A CPCA e a PCA indicaram que os diterpenos abietanos possuem regiões hidrofóbicas, regiões hidrofílicas, grupos doadores de ligação de hidrogênio e grupos aceptores de ligação de hidrogênio. Além disso, JS1352 apresentou um melhor perfil de solubilidade em comparação com os outros diterpenos abietanos estudados. No docking molecular, os diterpenos abietanos e os controles realizaram interações similares com alguns resíduos de aminoácido da MMP-1 e da MMP-12, através de ligações de hidrogênio ou de interações hidrofóbicas. Diante desses resultados, acredita-se que os seis diterpenos abietanos analisados possivelmente possuem atividade contra esses alvos e podem ser úteis na pesquisa de compostos contra o fotoenvelhecimento.
  • EMMANUEL MELQUIADES ARAUJO
  • Avaliação da atividade biológica do eugenol frente cepas de Penicillium citrinum
  • Data: 17/11/2023
  • Hora: 09:00
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  • Os fungos do gênero Penicillium apresentam ampla distribuição e são frequentemente isolados em ambientes que compreende desde lavouras, até hospitais. Suas espécies estão implicadas em diversas patologias, a exemplo penicilose, que acomete principalmente indivíduos imunocomprometidos. Em vista disso, e da elevada resistência fúngica aos antifúngicos atuais, tem-se impulsionado a busca por novos agentes antifúngicos. Para isso, as plantas medicinais e seus fitoconstituintes tem sido investigadas. Com base nisso, objetivou-se avaliar a atividade biológica do eugenol frente cepas de Penicillium citrinum. Para isso, foram realizados ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); efeito da associação entre eugenol e o antifúngico padrão anfotericina B; ação dos produtos na parede celular fúngica: ensaio com sorbitol e ação dos produtos sobre a membrana celular: interação com ergosterol. Além disso, foi avaliado o efeito citotóxico in vitro do eugenol sobre eritrócitos humanos. Ademais, o eugenol foi submetido aos softwares online (pkCSM e Osiris) para realizar a antevisão de parâmetros de drogabilidade e toxicidade. Do mesmo modo, o docking molecular foi realizado no AutoDock 4.2 com as proteínas envolvidas com a síntese e manutenção da membrana celular de P. citrinum. Assim observou-se forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de Penicillium citrinum avaliadas, visto que a CIM determinada foi de 1 µg/mL e a CFM de 1 µg/mL, demonstrando ação fungicida. Ademais, a permanência da CIM do eugenol na presença de sorbitol e ergosterol, revelaram que esta molécula possivelmente não afeta a integridade diretamente da parede e da membrana plasmática de Penicillium citrinum. No estudo de associação entre o eugenol e a anfotericina B, foi verificado que estes possuem um efeito indiferente. Já nos estudos in silico, o eugenol apresentou importante biodisponibilidade oral e risco mutagênico, entretanto não foi citotóxico na avaliação do potencial hemolítico em eritrócitos humanos. O docking molecular, propõe a hipótese preditiva de que o eugenol liga-se possivelmente ao sítio ativo da CYP51, enzima responsável pela biossíntese do ergosterol, sugerindo dessa forma que o produto testado atua de forma direta na formação do ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Assim sendo, as evidências desta pesquisa apontam que o eugenol retrata como promissor e possível opção para o tratamento de infecções fúngicas causadas por Penicillium citrinum, e também nos processos de contaminação pelo fungo nas culturais vegetais.
  • RAFAEL CARLOS FERREIRA
  • Óleo essencial das partes aéreas de Conyza bonariensis (L.) Cronquist (Asteraceae): caracterização química, efeito antimelanoma in vitro e toxicidade em modelo de peixe-zebra
  • Data: 10/11/2023
  • Hora: 10:00
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  • Conyza bonariensis (L.) Cronquist (Asteraceae), popularmente conhecida como rabo-de-raposa, é uma planta rica em óleos essenciais que apresentam efeito antitumoral, apesar de serem encontradas variações significativas na sua composição, o que está associado a fatores como local de cultivo e sazonalidade. O presente trabalho objetivou caracterizar e investigar os efeitos antitumorais e toxicológicos do óleo essencial das partes aéreas de C. bonariensis (OECB) coletado no Horto de Plantas Medicinais do Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos (IPeFarM) da UFPB. O OECB foi obtido por hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger e analisado por cromatografia gasosa-espectrometria de massas (GC-EM). A citotoxicidade foi avaliada por meio do ensaio do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT) em linhagens de células tumorais (SK-MEL-28, HeLa, HCT-116, HL-60 e K562) e não tumoral (HaCaT) humanas, e em células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) humanas. Diferentes vias de sinalização associadas com a citotoxicidade do OECB foram avaliadas in silico e in vitro. Em adição, a toxicidade do OECB foi investigada em modelo de peixe-zebra. O componente majoritário do OECB foi o éster (Z)-2-lacnofilum (EZ) (57,24%). O OECB induziu efeito citotóxico mais seletivo para a linhagem de células de melanoma SK-MEL-28 (concentração inibitória média – CI50 = 18,65 ± 1,16 µg/mL). Foi observada citotoxicidade dependente de concentração em PBMCs (CI50 = 2,68 ± 1,29). A análise do ciclo celular mostrou que o OECB aumentou significativamente o percentual da população sub-G1, e a marcação com anexina V-FITC/IP mostrou aumento do percentual de células em apoptose, o que foi corroborado pela observação de características morfológicas, como fragmentação do DNA, em análise por microscopia confocal a laser. O OECB estimulou a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS) e o pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC) preveniu significativamente a sua citotoxicidade. No docking molecular, observou-se que o EZ apresentou interações moleculares com aminoácidos dos sítios ativos das proteínas ERK1, JNK1, p38α MAPK, PKB/AKT e NF-κB. Então, usando marcação com anticorpos específicos, observou-se que o OECB induziu aumento significativo no percentual de células marcadas com anti-ERK1/2, anti-JNK1/2, anti-PKB/AKT e anti-NF-κB e redução significativa do número de células marcadas com anti-p38 MAPK. Ainda, o pré-tratamento com inibidores de ERK1/2 ou JNK preveniu a citotoxicidade do OECB, enquanto o inibidor de p38 MAPK potencializou esse efeito. No modelo de peixe-zebra, OECB (1,5 µg/mL) induziu a morte de todos os embriões e efeitos não letais foram observados nas concentrações de 0,50 a 1,25 µg/mL. Além disso, foi observado aumento significativo na atividade de enzimas associadas ao estresse oxidativo (GPx, GST, CAT, LDH) e redução na AChE. Em resumo, o OECB apresenta efeito antimelanoma in vitro por indução de apoptose, estresse oxidativo e modulação das vias de sinalização intracelulares das MAPKs, PKB/AKT e NF-κB, além de moderada embriotoxicidade em modelo de peixe-zebra.
  • RAQUEL FRAGOSO PEREIRA CAVALCANTI
  • Efeito imunomodulador do Limosilactobacillus fermentum (LF61) e Lacticaseibacillus paracasei (LPc-G110) em modelo murino da Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS)
  • Data: 06/11/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS) é uma doença inflamatória alérgica das vias aéreas orquestrada pela resposta imune tipo 2. As vias aéreas e o intestino são considerados interfaces em que há estreita interação. O intestino abriga uma extensa comunidade microbiana, conhecida como microbiota que exerce influência não apenas in situ, mas também em outros sistemas, como o sistema respiratório. Mecanismos específicos de comunicação entre as interfaces, via eixo intestino-pulmão, têm sido objeto de intensa investigação, no entanto, o efeito de agentes funcionais moduladores do intestino, como os probióticos, nos distúrbios alérgicos das vias aéreas não está totalmente elucidado. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com o Limosilactobacillus fermentum (LF61) ou com o Lacticaseibacillus paracasei (LPc-G110) em animais com CARAS. Camundongos BALB/c (n = 5) foram distribuídos em grupos Basal, L. fermentum (LF61), L. paracasei (LPc-G110), Alérgico (CARAS), suplementado com LF61 e alérgico (LF61/CARAS), suplementado com LPc-G110 e alérgico (LPc-G110/CARAS) e alérgico tratado com dexametasona (Dexa). Os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (7316150420). Camundongos BALB/c foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) após serem suplementados com 1x109 CFU de LF61 ou de LPc-G110. Os animais com CARAS e previamente suplementados com os probióticos, apresentaram diminuição (p<0,05) da migração de células inflamatórias, principalmente eosinófilos, para os fluidos nasal (NALF) e broncoalveolar (BALF), bem como redução dos sinais clínicos da rinite alérgica, como espirros, fricções nasais, e hiper-reatividade nasal induzida pela histamina em comparação com animais com CARAS. No contexto sistêmico, o LF61 e o LPc-G110 reduziram a eosinofilia e os níveis séricos de IgE OVA-específica. Os aspectos histológicos alterados nos tecidos nasais e pulmonares de animais com CARAS foram significativamente melhorados pelo LF61 e LPc-G110. No BALF, o efeito imunomodulador se revelou pela diminuição das citocinas tipo 2 e 3 (IL-4, IL-13, IL-5 e IL-17A) correlacionado com o aumento das citocinas tipo 1 (IFN-γ) e Treg (IL-10). Em adição, foi evidenciado modulação positiva do fator de transcrição FOXP3 e modulação negativa das MAPKs (p-p38 e p-ERK1/2). Esses efeitos se correlacionam com a amplificação da resposta intestinal, via aumento dos níveis de ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), e manutenção da função de barreira do epitélio intestinal pelo aumento das junções de oclusão (ZO-1) corroborando a integridade do tecido do cólon. Portanto, os resultados desse estudo demonstram, de forma inédita, que o LF61 e o LPc-G110, administrados por via oral, modulam negativamente a resposta imune tipo 2 observada na CARAS, ativação de fator de transdução intracelular que induz a produção da molécula reguladora IL-10 e aumento dos ácidos graxos de cadeia curta (butirato, propionato e acetato).
  • PABLO RAYFF DA SILVA
  • Investigação do efeito ansiolítico-símile e antidepressivo-símile do monoterpeno tetrahidrolina-lol por meio de abordagens in silico e in vivo
  • Data: 27/10/2023
  • Hora: 09:00
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  • As abordagens terapêuticas farmacológicas para o tratamento da ansiedade e depressão são focadas na modulação de sistemas de neurotransmissão envolvidos em sua neurobiologia – podendo-se destacar as vias catecolamínicas, glutamatérgicas e oxidonitrérgica. Dentre pos-síveis tratamentos disponíveis, as plantas aromáticas são importantes arsenais terapêuticos, cujos constituintes químicos, a exemplo dos monoterpenos são agentes de estudo na busca de tratamento para as desordens citadas. Sendo assim, esse estudo buscou avaliar o poten-cial ansiolítico e antidepressivo símile do monoterpeno tetrahidrolinalol em modelos in vivo, realizar uma prospecção computacional de alvos para respectivas atividades a partir da técni-ca de docking molecular sugerir possíveis mecanismos a serem investigados in vivo. Para isso, camundongos machos Swiss (Mus musculus) foram tratados com o THL (37,5-600 mg kg-1 v.o) e submetidos aos testes de labirinto em cruz elevado, campo aberto, rota rod e nado forçado. No labirinto em cruz elevado, o THL nas doses de 37,5 e 75 mg kg-1 induziu aumento significativo na porcentagem de entradas (respectivamente em: 72,7 e 64,3) e no tempo de permanência (respectivamente 80,3 e 76,8 %) nos braços abertos. Essas mesmas doses não comprometeram a atividade locomotora, avaliadas pelo campo aberto e rota rod. No ensaio de nado forçado, o tratamento com o monoterpeno reduziu significativamente o tempo de imobilidade nas doses de 150, 300 e 600 mg kg-1, com percentual de 69,3, 60,9 and 68,7%, respectivamente. Com relação aos possíveis alvos investigados pelo ensaio de docking mole-cular, o THL apresentou valores de energia satisfatórios em: nNOs, GCs, IL-6, 5-HT1A, NMDAr e D1 – resultados corroborados nos ensaios in vivo, onde se foi possível evidenciar reversão do efeito quando empregado um antagonista D1 enantioseletivo e um sinergismo farmacológi-co quando utilizados doses subterapêuticas de antagonista do NMDA – cetamina – e da GCs/No – azul de metileno- com redução dos níveis de nitrito em estrutura de córtex e hipo-campo. A substância em questão também não apresenta potenciais falhas nas propriedades preditivas farmacocinéticas, apresentando boa absorção e alta biodisponibilidade in sílico. A partir desses estudos pioneiros iniciais é possível concluir que o THL reúne condições de con-tinuidade das pesquisas direcionadas à busca de um possível medicamento ansiolítico e anti-depressivo.
  • JOAO BATISTA DE OLIVEIRA
  • Avaliação do potencial anti-inflamatório do alcaloide sintético 2-(7-metoxi- 1,2,3,4-tetrahidroisoquinolina-1-il) fenol (MTF) em modelos experimentais de inflamação aguda.
  • Data: 19/09/2023
  • Hora: 14:00
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  • A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo para a manutenção homeostática tecidual frente a estímulos lesivos. A lesão pulmonar aguda (LPA), condição inflamatória que precede a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), ganhou evidência em pacientes com COVID-19, pois, devido ao acúmulo de neutrófilos e citocinas pró-inflamatórias nos pulmões, ocorre disfunção pulmonar. Até o momento, não há uma farmacoterapia padrão para essa patologia, e inúmeros estudos estão direcionados a elucidar novos fármacos com potencial anti-inflamatório. Assim, o alcaloide sintético 2-(7- metoxi-1,2,3,4-tetrahidroisoquinolina-1-il) fenol (MTF), surge como uma molécula promissora para agregar ao arsenal terapêutico de drogas anti- inflamatórias. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito anti- inflamatório do MTF, em modelos murinos de LPA, peritonite e edema de pata. No modelo experimental de LPA, camundongos BALB/c machos foram desafiados, por instilação nasal, com lipopolissacarídeo (LPS) e, uma hora após, foram tratados, oralmente, com MTF (1,25 mg/kg, 2,5 mg/kg ou 5 mg/kg) e, 24 horas após, foram coletados o fluido do lavado broncoalveolar (BALF), o soro e os pulmões. O tratamento com o MTF (2,5 mg/kg) reduziu a migração de neutrófilos independente de linfócitos e macrófagos no BALF, e diminuiu a produção de TNF-α, IL-1β e IL-6 no BALF e no soro. Reduziu a formação do edema pulmonar e atenuou alterações histopatológicas, como edema, infiltrado celular e hemorragia. Para o modelo de edema de pata, camundongos Swiss fêmeas foram pré-tratadas com o MTF (2,5 mg/kg) e desafiados, via intraplantar, com os agentes flogísticos carragenina, prostaglandina (PGE2), bradicinina (BK), serotonina (5-HT), composto 48/80 ou histamina e, para o modelo de peritonite os animais foram desafiados, via intraperitoneal, com carragenina (1%). O pré-tratamento com o MTF reduziu o edema de pata induzido pelos agentes flogísticos e, no peritônio, houve diminuição da migração de neutrófilos e células mononucleares, da permeabilidade vascular e das citocinas TNF-α, IL- 1β e IL-6. Em adição, análises in sílico mostraram que o MTF possui boa biodisponibilidade oral, com baixa toxicidade teórica, e que os efeitos anti- inflamatórios da molécula podem estar associados à inibição da via de sinalização TLR4/MAPK-p38. Logo, os resultados apresentados neste trabalho demonstram o potencial anti-inflamatório do MTF, colocando-o como uma molécula promissora no desenvolvimento de um fármaco que agregue ao arsenal terapêutico anti-inflamatório.
  • MATHEUS MARLEY BEZERRA PESSOA
  • ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DO CARVEOL E DA HESPERETINA E ANTI-INFLAMATÓRIA INTESTINAL DO CARVEOL EM MODELOS ANIMAIS.
  • Data: 06/09/2023
  • Hora: 09:00
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  • O monoterpeno carveol e o flavonóide hesperetina são metabólitos secundários presentes em diversas espécies medicinais, como a Mentha spicata (hortelã verde) e Citrus aurantium (laranja), respectivamente. Estudos farmacológicos já apontam seus efeitos anti-inflamatório, antioxidante e gastroprotetor. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antiulcerogênica gástrica e duodenal da hesperetina e do carveol e os mecanismos de ação relacionados, bem como, a atividade anti-inflamatória intestinal aguda do carveol em modelos animais. A partir do modelo de úlcera gástrica induzida por ácido acético foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias com o carveol e a hesperetina. Os resultados mostraram que ambos não alteraram (p>0,05) o peso dos órgãos (coração, fígado, baço e rins), nem os parâmetros bioquímicos e hematológicos. Ainda foi observado que as substâncias teste protegem os animais da redução do consumo de água e de ração. Na avaliação da atividade cicatrizante gástrica, o tratamento com o carveol e a hesperetina nas suas melhores doses (100 mg/kg, v.o.) durante 14 dias reduziu (p<0,05) a área de lesão ulcerativa (ALU), quando comparados aos grupos controles. Esses efeitos foram relacionados a um aumento (p<0,05) dos níveis de GSH, SOD e IL-10 e uma diminuição (p<0,05) dos níveis de MDA, MPO, IL-6, IL-1β e TNF-α. Já a administração oral (v.o) com o carveol e a hesperetina em todas as doses avaliadas (25, 50, 100 e 200 mg/kg) reduziu (p<0,05) a ALU em duodenos de ratos submetidos as lesões induzidas pela cisteamina. Esse efeito pode estar relacionado a um aumento (p<0,) dos níveis de GSH e SOD e uma diminuição (p<0,05) dos níveis de MDA e MPO. No modelo de indução aguda de inflamação intestinal induzida por TNBS, o carveol e a hesperetina em todas as doses (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) promoveram redução (p<0,05) no escore de lesão macroscópica, da ALU, da relação peso/comprimento e do índice diarreico. Em amostras de cólon provenientes desse modelo foi demonstrado que suas melhores doses (100 mg/kg) reduziram (p<0,05) os níveis de MDA e MPO e restauraram os níveis de GSH e SOD. Além disso, as substâncias teste foram capazes de diminuir (p<0,05) os níveis de IL-6, IL-1β e TNF-α, bem como, de aumentar (p<0,05) os de IL-10. Dessa forma, estes dados sugerem que o carveol e a hesperetina apresentam baixa toxicidade por doses repetidas, atividade cicatrizante gástrica e atividade anti-úlcera duodenal. Esses efeitos envolvem ainda a participação do sistema antioxidante e da imunomodulação. Além disso, o carveol possui atividade anti-inflamatória intestinal relacionada a atividade antioxidante e imunomoduladora, e que possivelmente essa atividade está relacionada a mecanismos citoprotetores.
  • LAISLA RANGEL PEIXOTO
  • ESTUDOS TECNOLÓGICOS PARA PADRONIZAÇÃO DO EXTRATO SECO DE Ocotea duckei Vattimo (LAURACEAE)
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 16:00
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  • “Louro-canela” é um membro da família Lauraceae encontrada no Nordeste do Brasil. Popularmente, é utilizada no tratamento de neuralgia, dispepsia, anorexia e dor. Com relação aos seus constituintes, apresenta os lignoides Iangambina (IAN) e EPI- Iangambina (EPI-IAN) como os principais marcadores vegetais. Visando contribuir para o avanço do potencial farmacológico das espécies vegetais brasileiras, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver metodologias analíticas e processos tecnológicos para obtenção de extratos secos (ES) padronizados de O. duckei. Após a coleta, as partes aéreas do material botânico passaram por processo de secagem e trituração para a obtenção da droga vegetal (DV). Com isso, realizou-se a sua caracterização físico-química, sendo realizados os testes de granulometria, determinação da densidade, teor de umidade, determinação do potencial hidrogeniônico (pH), espectroscopia na região de infravermelho com transformada de fourier (FTIR), análise termogravimétrica (TGA) e análise térmica diferencial (DTA). Foi realizado o processo extrativo líquido-líquido para obtenção de extratos e fases e executou-se técnicas cromatográficas para obtenção das substâncias majoritárias e outros compostos químicos. Além disso, através da fase clorofórmica e hexânica foi realizado o teste de toxicidade por Artemia salina da O. duckei. Para o desenvolvimento de métodos analíticos para quantificação dos marcadores, seguiu-se com a preparação da amostra e padrão, HPLC e avaliação dos parâmetros de seletividade, linearidade, limites de detecção e quantificação, precisão, efeito de matriz, exatidão e robustez. Para a realização dos estudos tecnológicos, a obtenção do extrato seco (ES) foi feita através de um planejamento para a extração por maceração, comparando a relação gradiente do solvente EtOH a 30, 50, 70 e 96% e a proporção droga/solvente a 10, 20 e 30% e um planejamento fatorial 3² para a secagem por rotaevaporação, no qual a celulose e o aerosil foram empregados como adjuvantes de secagem. Os ES obtidos foram caracterizados por teste de densidade, ângulo de repouso, granulometria, TG e DTA. O melhor ES obtido foi utilizado para desenvolver uma formulação farmacêutica sólida (cápsula). A DV foi classificada como pó grosso, apresentou propriedades de fluxo aceitável, como reafirmado pelo índice de compressibilidade (25%). Além disso, foi classificado como de fácil escoamento, baixo teor de umidade (5,8%) e valor médio do pH de 6,01. A presença das bandas no FTIR sugeriu a presença de grupos funcionais como aminas, álcoois, ésteres, cetonas, ácidos carboxílicos e indica uma variedade de metabólitos secundários, tais como flavonoides, alcaloides, esteroides, lignoides e polifenóis. A análise do TG da DV mostrou a ocorrência de três etapas de perda de massa e a análise da DTA mostrou três picos endotérmicos. O teste de toxicidade revelou um valor da CL 50 de baixa toxicidade. Através das técnicas cromatográficas, foi possível o isolamento de seis substâncias, sendo a IAN e EPI-IAN os compostos majoritários e os marcadores da O.duckei. O Extrato Etanólico Bruto (EEB) e os padrões (IAN e EPI-IAN) obtidos foram utilizados na validação do método analítico de acordo com os critérios da Conferência Internacional de Harmonização (ICH) e RDC 166, mostrando-se ser seletivo para os dois epímeros, linear na faixa de concentração de 5-25 μg/mL, preciso (CV ≤ 11%), exato (80-100%) e robusto, no qual a presente metodologia analítica pode ser aplicada no controle de qualidade de matérias-primas e produtos à base do EEB de O. duckei. Quanto ao planejamento da extração, as análises dos extratos por HPLC apresentaram concentrações crescente dos dois marcadores com aumento da proporção droga/solvente (v/m) e da proporção Etanol/água (v:v). O sistema contendo 96% de etanol e 30% da DV apresentou a melhor concentração de IAN e EPI-IAN equivalente a 61,39 e 124,24 µg/mL, respectivamente. O Resíduo Seco (RS) apresentou resultado médio de 2,8532%. Foram obtidos nove ES por rotaevaporação. De acordo com as características físico-químicas, os ES obtidos apresentaram propriedades de fluxo e compressibilidade insatisfatórios. Quanto ao ângulo de repouso foram classificados como bons e justos. O estudo de caracterização térmica com o ES mostrou perfis semelhantes quanto a alteração da razão, onde a análise do TG mostrou a ocorrência de quatro etapas de perda de massa e a análise da DTA mostrou três picos exotérmicos. A cinética de degradação térmica foi determinada pelo método de Ozawa apresentando ordem de degradação igual a um. O melhor ES foi classificado como fino e com baixa higroscopicidade. A caracterização analítica da DV e obtenção do ES por estudos tecnológicos são úteis no desenvolvimento de novos medicamentos, de forma que os resultados obtidos neste estudo poderão ser usados na transposição de escala e controle de qualidade de produtos originários das partes aéreas de O. duckei.
  • IGOR MIKAEL ALVES DE ARAUJO
  • TRIAGEM VIRTUAL DE ALCALÓIDES ISOLADOS DA FAMÍLIA EUPHORBIACEAE FRENTE A DOENÇA DE CHAGAS
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 09:30
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  • A Doença de Chagas é uma infecção causada pelo parasita Trypanosoma cruzi e é endêmica em vários países da América Latina. O tratamento para a doença de Chagas é limitado a alguns medicamentos, além disso apresentam limitações, incluindo efeitos colaterais significativos e eficácia variável nas diferentes fases da doença. Devido isso há uma necessidade urgente de novos medicamentos para tratar as formas evolutivas do parasita. Produtos naturais, como os derivados de plantas da família Euphorbiaceae, são considerados uma potencial fonte de novos tratamentos. Essas plantas são amplamente utilizadas na medicina tradicional e contêm diversos metabólitos secundários. O objetivo principal foi a identificação de compostos com potencial atividade biológica contra a doença de Chagas através de uma triagem virtual. O foco foram alcalóides isolados da família Euphorbiaceae. Dessa forma, um banco de dados de alcalóides isolados da família Euphorbiaceae foi construído, visando à elaboração de um perfil químico. Um modelo de predição foi elaborado no KNIME. Para isso, o conjunto de dados foi obtido da base de dados ChEMBL, e os compostos foram classificados de acordo com os valores de pIC50 e o cálculo de descritores foi realizado através do software Volsurf. A execução da docagem molecular foi conduzida no software Molegro Virtual Docker, juntamente com a análise das interações para quatro proteínas obtidas no Protein Data Bank. Além disso, as funções de pontuação Moldock score, PLANTS score e Rerank score foram utilizadas, e as energias de ligação foram consensualmente avaliadas. O modelo preditivo desenvolvido classificou moléculas com probabilidade acima de 70% para a forma tripomastigota de T. cruzi, resultando na identificação de 21 moléculas com potencial atividade. As análises de docking molecular foram positivas, indicando interações dos compostos selecionados com as enzimas alvo, evidenciadas por energias negativas. Quanto à absorção, os compostos demonstraram mais de 55% de absorção por via oral, com boa disponibilidade, geralmente com apenas uma violação nas regras. Na análise de toxicidade, somente nove compostos exibiram indícios de toxicidade em um ou dois parâmetros. Após o cálculo dos valores de probabilidade combinada (ancoragem molecular e modelo de predição), a molécula 149 foi selecionada por apresentar um maior percentual em todas as enzimas, demonstrando assim um potencial multitarget. Os resultados das simulações de dinâmica molecular demonstram que o RMSD do complexo para o composto teste (molécula 149) permanece estável. Além disso, pode-se sugerir que por meio dos cálculos de RMSF e energia de interação, o composto teste (molécula 149) interage com este alvo, possibilitando interação, flexibilidade e estabilidade.
  • FERNANDA SILVA GALDINO
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO CLÍNICA DE FORMULAÇÃO FITOCOSMÉTICA CONTENDO O EXTRATO DE Momordica charantia L.
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 15:00
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  • A espécie Momordica charantia, popularmente conhecida como melão-de-são-Caetano, possui uma vasta diversidade de aplicações terapêuticas na medicina tradicional brasileira. Os estudos farmacológicos realizados com essa espécie vegetal têm demonstrado por meio de ensaios in vivo e in vitro o seu potencial anti-inflamatório e modulador da resposta imune, apresentando-se como uma alternativa para tratamentos de doenças dermatológicas e inflamatórias. O presente estudo teve como objetivo o desenvolvimento de formulações fitocosméticas de shampoo e condicionador contendo o extrato de Momordica charantia, para aplicação em estudo clínico de fase I, após avaliação prévia da presença de efeitos citotóxicos no extrato, suas aplicações microbiológicas, assim como a qualidade, estabilidade e aspectos cosméticos das formulações de shampoo e condicionador desenvolvidas com a incorporação do extrato vegetal, visando avaliar a qualidade de sua utilização como tratamento auxiliar para a melhora das manifestações tópicas da psoríase em estudo clínico de fase II. Foram realizadas metodologias de avaliação de citotoxicidade in vitro para o extrato obtido, por meio da avaliação do índice de lise celular, efeito oxidante e antioxidante em células sanguíneas, testes de estabilidade acelerada para as formulações capilares, assim como a avaliação in vitro dos seus efeitos sobre os fios capilares, avaliação clínica e sensorial. O extrato etanólico obtido, foi padronizado por meio da identificação da presença de rutina como marcador fitoquímico, através da análise por RNMC13. No estudo de citotoxicidade não foram observados efeitos indicativos de toxicidade no extrato, com a ausência de efeitos hemolíticos e oxidantes. Com a realização da triagem microbiológica foi possível identificar atividade bactericida máxima na concentração de 1400µg/ml para a cepas de S. Pyogenes. Na avaliação de estabilidade das formulações fitocosméticas obtidas constatou-se uma característica estável das formulações em condições diferenciadas de temperaturas de armazenamento. Em relação às avaliações in vitro das caraterísticas mecânicas dos fios, as formulações contendo o extrato de M. charantia apresentaram diferenças significativas (p< 0,05) de melhora em relação aos aspectos de penteabilidade e brilho. Os resultados obtidos no estudo clínico de fase I, não demonstraram alterações ou manifestações tóxicas no couro cabeludo e nos fios capilares dos participantes, demonstrando o caráter promissor das formulações fitocosméticas obtidas para evoluir com os ensaios clínicos de fase II.
  • RAYANNE HELLEN DO NASCIMENTO SILVA
  • Análogos com o núcleo 3,4,5-trimetoxibenzoíla inspirados na piplartina: atividade tripanocida e citotóxica contra carcinoma bucal
  • Data: 29/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A doença de Chagas está entre as treze doenças mais negligenciadas do mundo, mesmo sendo uma patologia bastante relatada e conhecida, continua se tratando de um problema socioeconômico em vários países latino-americanos. Outra doença também considerada um problema de saúde pública é o câncer, a exemplo do câncer de cabeça e pescoço , sendo que os mais comuns estão localizados na região da cavidade oral e apresenta taxa de sobrevida de apenas cinco anos. Portanto, a pesquisa por novos candidatos a fármacos antiparasitários e antitumorais é imprescindível. No presente trabalho uma coleção de vinte e três derivados do ácido 3,4,5-trimetoxibenzoico foram preparados via esterificação de Fischer, substituição nucleofílica utilizando haleto de alquila ou arila, reação de Mitsunobu e amidação com PyBOP. As estruturas dos produtos foram caracterizadas por espectroscopia no infravermelho, RMN de ¹H e 13C, e espectrometria de massas de alta resolução. Nove compostos são inéditos na literatura. Os derivados foram avaliados quanto a sua ação inibitória contra o Trypanosoma cruzi e a atividade citotóxica frente a células de carcinoma de células escamosas da língua (SCC9). Na avaliação da atividade tripanocida os derivados 15-18 e 20 foram bioativos frente as formas epimastigotas, tripomastigotas e amastigotas de T. cruzi. O derivado N-iso-butil-3,4,5-trimetoxibenzamida (17) apresentou maior potência tripanocida com IC50 = 2,21 µM e IS = 298,6. O resultado evidencia que as benzamidas tem ação antiparasitária mais promissora e que a presença de um substituinte alquílico volumoso potencializa a ação tripanocida. No estudo de modelagem molecular sugeriu-se um mecanismo de ação em que o alvo mais provável de 17 no T. cruzi seria a enzima histona desacetilase (HDAC). Enquanto na avaliação da atividade citotóxica foi realizada pelo teste de MTT, com os compostos 1-8, 9, 13-17 e 19-23. Entre os compostos testados, o 3,4,5-trimetoxibenzoato de 4-metoxi-benzila (10) e o composto 3,4,5-trimetoxibenzoato de 4-metil-benzila (11) apresentaram IC50 de 46,21 e 68,69 µM, e demonstraram alta seletividade, IS > 16 e 53, respectivamente. Estes derivados também causaram apoptose seletiva em células cancerígenas SCC9, sugerindo que a presença de substituintes aromáticos com metila ou metoxila na posição para aumentam a potência e seletividade. A modelagem molecular de 10 sugeriu um mecanismo de ação multialvo para a sua atividade antitumoral com CRM1 como o principal receptor alvo. Dessa forma, pode-se concluir que alguns análogos da piplartina apresentam ação tripanocida e antitumoral, contudo, são necessários estudos mais avançados para um melhor entendimento dos seus possíveis mecanismos de ação.
  • ARATÃ OLIVEIRA CORTEZ COSTA
  • AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DE ENANTIÔMEROS DE CITRONELAL: UMA ABORDAGEM in silico E in vivo
  • Data: 29/08/2023
  • Hora: 08:00
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  • Devido à complexidade da dor e sua abrangência em aspectos físicos, cognitivos, psicológicos e comportamentais, o manejo da dor envolve diversas abordagens. Em países em desenvolvimento, o uso de plantas medicinais é uma prática significativa na busca por novas opções de tratamento para doenças emergentes ou debilitantes. Estudos recentes têm explorado a atividade dos monoterpenos nos receptores relacionados à nocicepção e a identificação das interações específicas dos monoterpenos promete o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o controle da dor. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos do monoterpeno citronelal, distinguindo suas atividades para os isômeros (R)-(+) e (S)-(-) citronelal. Ambos os isômeros não demonstraram efeitos significativos na coordenação motora dos animais testados. O isômero (S)-(-) citronelal apresentou melhores resultados em relação ao seu homólogo estrutural, mostrando efeito antinociceptivo nos testes de formalina e placa quente, mesmo em menor concentração (100 mg/kg), e com menos efeitos colaterais. No entanto, o estudo não conseguiu elucidar completamente o mecanismo de ação desse isômero, apesar de estudos anteriores indicarem sua atividade em alvos específicos, como os receptores de glutamato e capsaicina. A atividade do (S)-(-) citronelal não foi revertida com a utilização de antagonistas para as vias relacionadas à nocicepção, indicando a necessidade de pesquisas adicionais para entender seu mecanismo de ação.Por outro lado, o isômero (R)-(+) citronelal demonstrou atividade completa somente na concentração de 150 mg/kg e teve seu mecanismo de ação relacionado à via opioide, uma via já correlacionada com tratamentos de controle da nocicepção, embora também associada a efeitos colaterais indesejados. Isso sugere uma possível utilização em outras áreas relacionadas ao tratamento da dor ou inflamação, porém, mais pesquisas são necessárias para aprofundar a compreensão do mecanismo de ação do isômero (S)-(-) citronelal e suas possíveis aplicações terapêuticas. Portanto, os monoterpenos, mostram-se promissores como agonistas ou moduladores potenciais dos receptores TRP no controle da dor. O estudo destaca a importância de futuras pesquisas para elucidar os mecanismos moleculares envolvidos na modulação da dor e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes para o manejo da dor.
  • JAVANYR FREDERICO DE SOUZA JÚNIOR
  • Efeitos dos extratos hidroalcoólicos liofilizados da casca do fruto de Spondias mombin Linn e Spondias tuberosa Arruda em modelo de senescência induzida por D-Galactose em cultura primária de células endoteliais isoladas da artéria aorta de ratos.
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • As células entram num estado conhecido como senescência e estas aumentam em número com o avançar da idade. No endotélio vascular isto ocorre de igual forma, onde um dos reguladores-chave nesse processo é o estresse oxidativo. Vários são os métodos para se alcançar a indução celular de senescência, dentre estes o modelo D-galactose ganha destaque por mimetizar este estado e promover estresse oxidativo. Dessa forma, a busca por compostos com atividade antisenescente e antioxidantes devem ser exploradas. A literatura evidencia que árvores frutíferas como Spondias mombin Linn (cajazeira) e Spondias tuberosa Arruda (umbuzeiro) possuem boa quantidade de compostos fenólicos de caráter antioxidante. Nenhum estudo foi elaborado para estudo antisenescente envolvendo estas plantas. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos dos extratos hidroalcóolicos liofilizados da casca dos frutos de Spondias mombin Linn (EHLSM) e Spondias tuberosa Arruda (EHLST) em modelo de senescência induzida por D-Galactose em cultura primária de células endoteliais isoladas da artéria aorta de ratos (RAECs). Foram realizados os ensaios de determinação do conteúdo fenólicos totais, atividade sequestradora de radicais DPPH• e identificação e quantificação de compostos fenólicos por cromatografia líquida de alta eficiência. As RAECs cultivadas foram divididas em dois grupos: Basal (tratado apenas com os extratos EHLSM ou EHLST nas concentrações de 0,01; 0,05; 0,1; 0,5 e 1,0 µg⁄mL) e D-Galactose (desafiado com D-gal 20 mg⁄mL e tratadas com os extratos EHLSM ou EHLST nas concentrações de 0,01; 0,05; 0,1; 0,5 e 1,0 µg⁄mL) por 48 horas para avaliação da viabilidade celular, senescência celular e produção de ânions superóxido. O EHLSM e EHLST apresentaram um alto conteúdo de fenólicos totais, capacidade sequestradora de radicais DPPH•, sendo encontrados e quantificados vários compostos fenólicos. No ensaio de viabilidade celular do grupo Basal, o tratamento com EHLSM (1,0 μg/mL) e com EHLST (0,1, 0,5 e 1,0 μg/mL) reduziram viabilidade quando comparados ao controle (p<0,05). No grupo D-Galactose, D-gal reduziu viabilidade celular quando comparado ao controle, o tratamento com EHLSM (0,5μg/mL) e EHLST (0,5 e 1,0μg/mL) reduziram a viabilidade quando comparados ao D-gal (p<0,05). No ensaio de SA-β-gal do grupo Basal, nenhum dos extratos foi capaz de alterar a senescência. No grupo D-Galactose, D-gal aumentou o percentual de células senescentes quando comparado ao controle, EHLSM (0,1, 0,5 e 1,0µg⁄mL) e EHLST (0,05, 0,1, 0,5 e 1,0µg⁄mL) diminuíram o percentual de células senescentes quando comparados ao D-gal (p<0,05). No ensaio de produção de ânions superóxido do grupo Basal, EHLSM (0,5 e 1,0µg⁄mL) e EHLST (0,05, 0,1, 0,5 e 1,0µg⁄mL) aumentaram a produção de ânions superóxido quando comparados ao controle (p<0,05). No grupo D-galactose, D-gal aumentou a produção de ânions superóxido quando comparado ao controle, EHLSM (0,1, 0,5 e 1,0 µg⁄mL) e EHSLT (0,05, 0,1, 0,5 e 1,0 µg⁄mL) diminuíram a produção de ânions superóxido quando comparados ao D-gal (p<0,05). Estes resultados demonstram que os extratos EHLSM e EHLST possuem atividade antisenescente em RAECs desafiadas com D-gal, e que esta atividade pode estar relacionada, pelo menos em parte, com a capacidade antioxidante dos extratos.
  • LIDIANE SILVA DO NASCIMENTO
  • Avaliação do perfil toxicológico e antimicrobiano (in vitro) dos canabinoides Canabidiol (CBD) e δ-9-tetrahidrocanabinol (THC) derivados da Cannabis sativa L.
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • As plantas oferecem produtos naturais ricos em valor medicinal e cultural, uma gama de compostos bioativos que sustentam sua relevância. A presente pesquisa objetiva contribuir com os esforços científicos que buscam compreender de uma forma robusta as propriedades da C. sativa L. no contexto farmacológico. Os experimentos visaram avaliar aspectos toxicológicos e as atividades antioxidantes, de proteção contra o estresse osmótico e antimicrobiana dos canabinoides CBD e THC. Uma avaliação toxicológica foi realizada para examinar o potencial hemolítico de óleos ricos nos canabinoides, utilizando eritrócitos humanos dos tipos A-, B+ e O+. Os óleos foram testados em concentrações de 50, 100, 200, 300 e 400 μg/mL. A hemólise foi quantificada através da detecção de hemoglobinas liberadas pelos glóbulos vermelhos, medida a 540 nm por espectrofotometria. Os resultados indicaram que os óleos CBD, THC e CBD+THC não causaram ação hemolítica acima de 8% em todas as concentrações e tipos sanguíneos testados. O potencial oxidante dos canabinoides revelou que o CBD e o THC não foram capazes de promover níveis significativamente altos de oxidação da hemoglobina. Embora os valores de metemoglobina tenham mostrado uma tendência de aumento com a concentração das substâncias, essas diferenças não foram estatisticamente significativas. Em relação à fragilidade osmótica das células vermelhas, os canabinoides CBD e THC foram avaliados para determinar se eles protegem contra a hemólise em células fragilizadas por solução hipotônica. Os resultados indicaram que, embora tenham diminuído as porcentagens de hemólise em alguns casos, a proteção foi de baixa eficácia, mesmo nas maiores concentrações. Quanto à atividade antioxidante, os canabinoides CBD e THC mostraram resultados limitados na proteção contra a oxidação da hemoglobina pela fenilhidrazina. No entanto, a mistura dos dois canabinoides apresentou uma dinâmica mais potente na proteção contra a oxidação, embora os valores de proteção não fossem considerados altos em comparação com moléculas antioxidantes padrão. A atividade antimicrobiana foi avaliada em 34 cepas bacterianas, sendo 17 gram-positivas e 17 gram-negativas. Os resultados encontrados mostraram que os canabinoides possuem atividade antimicrobiana contra os dois grupos, porém, as gram-positivas foram as mais sensíveis, sendo a atividade bacteriostática predominante. A combinação dos canabinoides mostrou resultados semelhantes aos obtidos com os compostos isolados. No geral, concluímos que os canabinoides CBD e THC apresentaram baixa toxicidade em relação às células sanguíneas humanas, exibiram atividade antioxidante limitada e mostraram atividade antimicrobiana, principalmente como agentes bacteriostáticos.
  • ANDERSON FELLYP AVELINO DINIZ
  • Suplementação alimentar com Arthrospira (Spirulina) platensis previne os danos causados pelo consumo de dieta hipercalórica sobre a reatividade contrátil e estresse oxidativo no íleo de ratos Wistar
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A obesidade é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura proveniente do consumo de dietas hipercalóricas que podem favorecer o desenvolvimento de doenças e desordens gastrointestinais, associadas ao estresse oxidativo e a secreção e liberação de mediadores inflamatórios. A alga Arthrospira (Spirulina) platensis (AP) é bastante utilizada nas indústrias nutracêutica e farmacêutica, e vem sendo alvo de diversas pesquisas, principalmente por sua rica composição química e nutricional e seus benefícios para a saúde, além de seu potencial antioxidante. No entanto, ainda não se tem estudos envolvendo a suplementação alimentar com AP na prevenção dos efeitos deletérios promovidos pelo consumo de uma dieta hipercalórica sobre o estresse oxidativo e a reatividade intestinal no íleo de ratos, bem como os possíveis mecanismos de ação adjacentes envolvidos. Dessa forma, visando a busca por novas alternativas terapêuticas, avaliou-se os efeitos da AP, em um modelo de obesidade experimental induzida por dieta hipercalórica e os mecanismos pelos quais a alga previne os danos à reatividade contrátil do íleo de rato. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (certidão 2352101019). Os ratos Wistar foram divididos em grupo alimentado com dieta padrão (DP), grupo alimentado com dieta hipercalórica (DHC) e em grupo suplementado com AP na dose de 25 mg/kg (DHC + SP25), durante 8 semanas. Foram analisados os parâmetros nutricionais e histomorfométricos, o estresse oxidativo, os níveis de IL-1β tecidual e os mecanismos de ação funcionais envolvidos nas alterações da reatividade contrátil do íleo, in vitro. O consumo da dieta hipercalórica resultou no aumento da massa corporal final, como consequência do ganho de peso pelo consumo calórico, aumento das reservas adiposas epididimal, retroperitoneal e inguinal, e da adiposidade corporal, além disso aumentou o estresse oxidativo e os níveis de IL-1β, reduzindo proteínas antioxidantes e a capacidade antioxidante (CAT) no íleo. Interessantemente, tais efeitos deletérios promovidos pelo consumo da dieta hipercalórica sobre os parâmetros de obesidade experimental e estresse oxidativo foram prevenidos pela suplementação alimentar com A. platensis. Em relação à reatividade contrátil intestinal do íleo, os ratos (DHC) apresentaram redução da eficácia contrátil ao CCh (acoplamento farmacomecânico), que foram prevenidos pela AP. Esses efeitos preventivos da alga foram associados à modulação positiva das vias da Rho cinase (ROCK), do óxido nítrico (NO), dos prostanoides contráteis e do sistema antioxidante através da SOD. A integração de vias que favorecem a contração intestinal pode estar subjacente as alterações preventivas histomorfológicas evidenciadas pela ação da AP no íleo de ratos, bem como a presença do ácido gama linolênico (GLA), como componente majoritário da alga. Portanto, a suplementação alimentar com A. platensis previne os danos associados ao consumo da dieta hipercalórica e desponta como um candidato a fitoterápico, adjuvante na prevenção da obesidade e de doenças e/ou desordens intestinais agravadas por ela.
  • NAYANA DA ROCHA OLIVEIRA
  • Avaliação da atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • A eficiência na distribuição dos conídios de Aspergillus pelo ambiente torna esse gênero um dos mais comuns em amostragens do ar interno, afetando a sua qualidade. Aspergillus niger é uma espécie frequentemente isolada e caracterizada como contaminante ambiental e implicada em uma variedade de infecções, como por exemplo a Síndrome do Edifício Doente. Além disso, é a terceira maior causa da aspergilose. O limitado arsenal de antifúngicos disponíveis, assim como a alta resistência fúngica relatada, tem impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, dentre elas, as plantas medicinais e seus fitoconstituintes. Em vista disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger. Para isso, realizou-se os ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); ação sobre o crescimento micelial de A. niger; elucidação do seu mecanismo de ação e, por fim, o efeito da associação entre mirtenol e os antifúngicos padrões voriconazol e anfotericina B, através do método Checkerboard. O mirtenol apresentou forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de A. niger testadas, com uma CIM definida em 64 μg/mL e CFM de 256 μg/mL, exibindo ação fungicida. O efeito antifúngico do sanitizante PAC 200® foi constatado apenas na sua maior concentração investigada (10.000 μg/mL). O monoterpeno inibiu, significativamente (p<0,05), o crescimento micelial das cepas avaliadas na CIMx2 (128 μg/mL) e CIMx4 (256 μg/mL), com resultados superiores aos obtidos para a anfotericina B. O mecanismo de ação antifúngica de mirtenol envolve, possivelmente, a desestabilização da parede celular, assim como, a sua ligação ao ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Um efeito sinérgico foi observado na combinação do fitoconstituinte com o voriconazol, para ambas as cepas. No entanto, a associação entre mirtenol e a anfotericina B, resultou em sinergismo para a cepa ATCC-6245 e em aditividade para a cepa LM-03. Os achados desta pesquisa sugerem que mirtenol representa uma nova e promissora alternativa terapêutica no tratamento de infecções fúngicas causadas por A. niger
  • TERESA CAROLLINY MOREIRA LUSTOZA RODRIGUES
  • Estudos de CADD na busca de fenilpropanoides multialvos para o tratamento da epilepsia
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A epilepsia é uma doença neurológica, caracterizada pela hiperatividade do sistema nervoso central. As crises epilépticas são ocasionada pelo desequilíbrio da neurotransmissão excitatórios e inibitórios. O tratamento das crises epilépticas são compostos por drogas antiepelepticas (AEDs) que agem por mecanismos de ação diversos. Muitos pacientes fazem uso da polifarmácia, pois necessitam de mais de um AEDs, que são dotados de efeitos colaterais que comprometem a adesão e a qualidade do tratamento. Ainda há pacientes que apresentam a epilepsia refratária, na qual os medicamentos não conseguem controlar mais as crises epilépticas. As plantas medicinais são usadas há séculos para o tratamento de inúmeras doenças, inclusive neurológicas, de forma empírica e destacam-se pela presença de metabólitos secundários, dentre eles, o fenilpropanoides que apresentam diversas atividades biológicas. Este trabalho teve como enfoque analisar, através da abordagem in silico, o uso dos fenilpropanoides como possíveis moléculas terapêuticas dos alvos farmacológicos com ação multialvos para o tratamento da epilepsia, através métodos de triagem virtual baseada no ligante (LBVS), quimiométricos, predição e ancoragem (docking) molecular. Na abordagem experimental em foi criado um banco com 468 moléculas de fenilpropanoides encontrados na literatura. Então aplicou-se as técnicas de predição da LBVS com modelos desenvolvidos para os alvos: ácido alfa-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolpropiônico (AMPA), canal de cálcio dependente de voltagem tipo T (CaV), ácido gama-aminobutírico tipo A (GABAA), transportador de ácido gama-aminobutírico tipo 1 (GAT -1), canal de potássio dependente de voltagem da família Q (KCNQ), canal de sódio dependente de voltagem (NaV) e N-metil D-aspartato (NMDA). Em seguida, foram analisadas e selecionadas as moléculas que apresentaram os melhores parâmetros de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade (ADMET) e capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. Por fim foi realizado o docking molecular com os melhores fenilpropanoides utilizando duas funções scores: Moldock score e PLANTS score e realizado o consenso das energias de ligação. Os resultados mostraram que, após a triagem virtual, a molécula TR430 possuiu absorção oral de 99,03% não violou nenhuma das cinco regras de Linpiski, portanto possui uma boa biodisponibilidade; também não demonstrou nenhuma toxicidade, nem da molécula nem dos seus metabólitos, e consegue atravessar a barreira hematoencefálica. No docking molecular apresentou um consenso score para o AMPA e GABAA de -260,184 kcal/mol e -254,422 kcal/mol, respectivamente. Logo, o TR430 é um composto multialvo com potencial atividade antiepiléptica e estudos futuros deverão ser feitos para comprovar as predições obtidas in silico.
  • FRANCISCA SABRINA VIEIRA LINS
  • Revisão sobre pregnanos glicosídeos da subfamília Asclepiadoideae (Apocynaceae) e estudo fitoquímico e farmacológico de Mandevilla dardanoi.
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • Apocynaceae, uma das maiores famílias de plantas com mais de 5.100 espécies amplamente distribuídas, serve como um modelo significativo para estudos evolutivos e bioquímicos. Dentro desta família, foram isolados compostos como alcaloides, flavonoides e terpenoides com potenciais atividades terapêuticas. Entre as suas subfamílias, Asclepiadoideae é reconhecida como uma fonte rica de derivados pregnanos C21. Mandevilla Lindl é um importante gênero da família Apocynaceae, não apenas como planta ornamental, mas também por seus usos medicinais. No Brasil, as espécies de Mandevilla são indicadas para o tratamento de asma e infecções de pele, e seu potencial anti-inflamatório e de cicatrização de feridas também são relatados na literatura. No que diz respeito à sua composição química, este grupo de plantas é um produtor notável de pregnanos glicosídeos. Mandevilla dardanoi é uma espécie endêmica do semiárido brasileiro não estudada por nenhum método fitoquímico. Esta pesquisa foi dividida em duas fases, na primeira foi realizada uma revisão abrangente dos pregnanos glicosídeos (PG) obtidos de Asclepiadoideae, empregando uma abordagem interdisciplinar que combina quimiofenética com análise de dados de redes neurais para identificar espécies promissoras e compostos bioativos. Para isto, foi compilado um conjunto de dados que incluiu 643 PGs únicos e 706 ocorrências botânicas. Os aspectos etnofarmacológicos, bem como a extração, o isolamento e a atividade biológica dos PGs, foram analisados e discutidos. A análise quimiofenética usando mapas auto-organizáveis (SOM) e a reconstrução filogenética revelaram semelhanças entre as tribos Marsdenia-Ceropegiae e destacaram a ocorrência dos tipos seco e diseco pregnano, predominantemente, na tribo Asclepiadeae. Ambas as estruturas apresentaram características intrigantes e os seus derivados demonstraram atividades anti-inflamatórias e citotóxicas. Tais resultados fornecem informações valiosas para investigação futura sobre estes compostos e as suas fontes vegetais medicinais. Além disso, no estudo filogenético constatou-se apenas uma espécie de Mandevilla, permitindo uma escolha mais assertiva da espécie a ser estudada, no que diz respeito ao isolamento de pregnanos com agliconas de esqueletos diferenciados. Na segunda fase do estudo, tendo em vista o potencial medicinal das espécies de Mandevilla, o objetivo foi isolar novos pregnanos glicosídeos de M. dardanoi. Para atingir este objetivo principal, foram utilizadas técnicas modernas de cromatografia. Cinco novos pregnanos glicosídeos, dardanois A-E, foram isolados das raízes através de CLAE. As suas estruturas foram determinadas utilizando dados de RMN 1D e 2D e de espectrometria de massas (MSn e HRESIMS). A citotoxicidade e o potencial anti-inflamatório destes compostos foram avaliados através da medição de citocinas pró-inflamatórias e da produção de óxido nítrico por macrófagos estimulados. Os dardanois foram capazes de inibir a produção de óxido nítrico e reduzir a IL-1β e o TNF-α. O presente trabalho demonstra a quimiodiversidade de espécies do semiárido brasileiro e contribui para ampliar o conhecimento sobre o potencial biológico do gênero Mandevilla
  • LOUÍSE MANGUEIRA DE LIMA
  • Atividade anti-inflamatória do 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CISACN) em modelos murinos de inflamação aguda
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo à injúria, entretanto, quando não controlada, pode causar danos aos tecidos. Um exemplo disso é a lesão pulmonar aguda (LPA) e sua forma mais grave, a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), que são patologias caracterizadas por taquipneia aguda, edema pulmonar grave e diminuição da complacência pulmonar, resultando em insuficiência respiratória hipoxêmica. Até o momento, não há uma farmacoterapia padrão e direcionada para a LPA/SDRA. O 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CISACN) é um aduto de Morita-Baylis-Hillman derivado da isatina que possui atividades antitumoral e antimalárica, toxicidade aguda e citotoxicidade baixas com boa disponibilidade oral teórica. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito anti-inflamatório do CISACN, administrado via oral (v.o.) em modelos murinos de edema de pata, peritonite e LPA. Para tal, camundongos Swiss fêmeas foram pré-tratados com o CISACN (3,125 mg/kg, 6,25 mg/kg ou 12,5 mg/kg) e desafiados via intraplantar (v.ipl) com os agentes flogísticos carragenina, prostaglandina (PGE2), bradicinina (BK), serotonina (5-HT), histamina ou composto 48/80, e via intraperitoneal com carragenina (1%). O pré-tratamento com o CISACN na dose de 6,25 mg/kg reduziu (p < 0,05) o edema de pata induzido pelos agentes flogísticos e diminuiu (p < 0,05) a migração de neutrófilos, a permeabilidade vascular e as citocinas pró-inflamatórias, TNF-α, IL-1β e IL-6, no lavado peritoneal coletado 4 horas após o desafio com a carragenina. No modelo experimental de LPA, camundongos BALB/c machos foram desafiados por instilação nasal (i.n.) com lipopolissacarídeo (LPS) e, uma hora após, foram tratados (v.o.) com CISACN (6,25 mg/kg,12,5 mg/kg ou 25 mg/kg) e, 24 horas depois, coletados o fluido do lavado broncoalveolar (BALF), o soro e os pulmões. O tratamento com CISACN (12,5 mg/kg) reduziu (p <0,05) a migração de neutrófilos e as citocinas TNF-α, IL-1β e IL-6 no BALF, a formação do edema pulmonar e diminuiu os níveis séricos de TNF-α, bem como atenuou alterações histopatológicas, como edema, infiltrado celular e hemorragia. Os efeitos anti-inflamatórios do CISACN podem estar associados à inibição da via de sinalização TLR4/MAPK-p38, visto que, a partir de uma abordagem in silico, evidenciou-se que o CISACN apresentou forte energia de ligação e afinidade com esses alvos moleculares. Portanto, os resultados apresentados nesse estudo demonstram o potencial anti-inflamatório do CISACN, colocando-o como uma molécula promissora no desenvolvimento de um fármaco anti-inflamatório.
  • COSMO ISAIAS DUVIRGENS VIEIRA
  • Investigação do efeito anti-inflamatório do alcaloide sintético tetrahidroisoquinolinico, o 2, 6-dimetoxi-4-(7-metoxi-1,2,3,4-tetra-hidroisoquinolin-1-il) fenol (Di-MTF) em modelos animais de inflamação aguda e estudo in silico.
  • Data: 22/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • A inflamação é um processo fisiológico desencadeado por células e moléculas de ação local capaz de dissipar o processo infeccioso/agressor e restabelecer a homeostase. Entretanto, se tornar persistente e duradouro, pode evoluir para estados doentios, como a lesão pulmonar aguda (LPA) que, em estágio avançado, é a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), acometendo os alvéolos pulmonares, com infiltrado de celular, lesão da barreira alvéolo-capilar e produção de citocinas. A taxa de mortalidade dessa doença é de 40%-60% com ineficaz controle farmacológico. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o efeito anti-inflamatório do alcaloide tetrahidroisoquinolinico, Di-MTF em modelos experimentais de inflamação aguda e estudos in silico. Para tal, camundongos fêmeas Swiss pré-tratados com Di-MTF (0,6; 1,25; 2,5mg/kg, via oral) e desafiados, no coxin plantar, com carragenina (CG), prostaglandina (PGE2), bradicinina (BK), 5 hidroxitriptamina (5HT), composto 48/80 ou histamina para avaliar a atividade anti-edematogênica e, com CG administrado intraperitoneal, avaliar a permeabilidade, migração de células totais e diferenciais e citocinas. Para avaliar a lesão pulmonar aguda, camundongos BALB/c foram desafiados com lipopolissacarídeo (LPS) e tratados com Di-MTF(1,25mg/kg). Vinte e quatro horas após o desafio, os animais foram eutanasiados, e o lavado broncoalveolar (BALF), sangue e pulmões foram coletados para as análises celulares e moleculares. Para a predição de alvos moleculares e perfil farmacocinético e farmacodinâmico, foram realizados estudos in silico utilizando o software ADMET (absorção, distribuição, metabolismo e toxicidade), HyperChem e Molegro Virtual Docker (MVD). O pré-tratamento com Di-MTF reduziu (p<0,05) o edema de pata, a migração de neutrófilos para o peritônio, o extravasamento peritoneal de proteínas e redução de citocinas pro-inflamatórias (IL-1β, IL-6 e TNF-α). Na LPA experimental o Di-MTF reduziu (p<0,05) a migração de leucócitos para o pulmão, principalmente de neutrófilos, fluidos proteicos, edema pulmonar, e as citocinas, IL-1β, IL-6 e TNF-α, a IL-6 e TNF-α foram reduzidas a nível sistêmico. As lesões histológicas do tecido pulmonar foram atenuadas com o tratamento, tais como infiltrado celulares, edema e hemorragia. Estudos in silico de docking molecular mostraram que o Di-MTF apresentou melhor interação com p38 MAPK e Toll-like 4 (TLR4), energia de ligação de -66,680 kcal/mol e -37,577 kcal/mol, respectivamente. Seus parâmetros ADMET foram aceitáveis, mostrando segurança e biodisponibilidade. Portanto, concluímos que o Di-MTF exerceu efeito anti-inflamatório por modular parâmetros inflamatórios atrelados a interrupção das vias de sinalização de Toll like 4 (TLR4), p38MAPK. A molécula mostrou-se segura com boa biodisponibilidade colocando-a a ser uma possível ferramenta farmacológica para o tratamento de inflamações agudas.
  • BRENDA KERCYA DA SILVA FARIAS
  • Avaliação da atividade antifúngica in vitro da molécula CH3ISACN sobre espécies de Candida albicans e Candida glabrata isoladas do trato urinário
  • Data: 16/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • A infecção do trato urinário (ITU) corresponde a colonização de microrganismos e invasão de qualquer estrutura do trato geniturinário. O gênero Candida é um dos mais prevalentes nessas infecções, com destaque para a espécie Candida albicans. Entretanto, o número de casos ocasionados por espécies não-albicans como C. glabrata tem crescido e representa um fator preocupante, pois apresenta resistência aos antifúngicos comumente utilizados na prática clínica. A busca por novas alternativas farmacológicas se torna um recurso importante para combater essas infecções. Nessa perspectiva, o potencial antifúngico do produto sintético derivado da isatina 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-il) acrilonitrila (CH3ISACN) foi investigado através de estudos in vitro contra cepas de C. albicans e C. glabrata. A atividade biológica da molécula foi avaliada por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), ensaio de associação por meio da técnica de Checkerboard, estudo dos possíveis mecanismos de ação (ensaios com sorbitol 0,8M e ergosterol 400 µg/mL) e inibição da formação de biofilme. O produto teste apresentou uma notável atividade antifúngica sobre as cepas testadas, com um valor de CIM 64 µg/mL, que foi capaz de inibir o crescimento de 11 (92%) das 12 cepas testadas na concentração, sendo 7 (87%) das 8 cepas de C. albicans e 100% de inibição para as 4 cepas de C. glabrata. A CFM foi definida em 128 µg/mL, apresentando efeito fungicida para a maioria das cepas testadas. A associação de CH3ISACN com fluconazol, bem como CH3ISACN com anfotericina B resultou em sinergismo para C. albicans e indiferença para C. glabrata para ambos fármacos padrões testados. Através dos ensaios de sorbitol e ergosterol, observou-se que a atividade antifúngica da molécula investigada provavelmente ocorre pela sua ação na parede celular fúngica. Por fim, a molécula apresentou inibição moderada na formação de biofilme para C. albicans ATCC-76485 e ausência de efeito frente C. glabrata. Diante dos resultados expostos, a molécula sintética pode ser considerada como possível tratamento para infecções fúngicas do trato urinário ocasionadas por espécies de Candida.
  • ANA JULIA DE MORAIS SANTOS OLIVEIRA
  • Explorando o potencial antimicrobiano e antiparasitário de salicilatos e salicinamidas
  • Data: 11/08/2023
  • Hora: 13:30
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  • As doenças negligenciadas afetam quase dois bilhões de pessoas no mundo, sendo o Brasil um dos países mais acometidos devido a elevada prevalência destas patologias. Em adição, as infecções por Candida é motivo de preocupação devido ao aumento da resistência microbiana aos antifúngicos. Portanto, é imprescindível a busca por novos candidatos a fármacos para o tratamento destas infecções. No presente estudo, uma coleção de 25 compostos derivados do ácido salicílico foram preparados através de reação de esterificação de Fischer, reação de Mitsunobu, reação de substituição nucleofílica com haleto de alquila e reação de Schotten-Baumann, obtendo-se seis produtos inéditos. As estruturas dos derivados sintéticos foram caracterizadas por espectroscopia de infravermelho, RMN de 1H e 13C, DEPT 135 e espectrometria de massas de alta resolução. Os compostos foram submetidos à avaliação biológica frente a espécies do gênero Candida e doze derivados avaliados in vitro contra Leishmania braziliensis, Trypanosoma cruzi e Plasmodium falciparum. Na investigação da atividade antifúngica utilizou-se o método de microdiluição em caldo para determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e verificação do provável mecanismo de ação antifúngico do composto com melhor bioatividade. A atividade citotóxica dos doze compostos foi avaliada pela viabilidade da linhagem celular promonocítica humana U-937 (ATCC CRL-1593.2TM) via o método de MTT. O ensaio tripanocida, leishmanicida e antiplasmódico foi realizado frente às formas epimastigotas de T. cruzi, em amastigotas intracelulares de L. braziliensis e culturas assincronizadas de P. falciparum 3D7, respectivamente, com determinação da EC50 dos compostos. Em geral, os compostos avaliados apresentaram valores de LC50 elevados no ensaio de citotoxicidade e baixa atividade antiparasitária. Na avaliação antifúngica, o composto com melhor perfil antifúngico foi o N-cicloexil-2-hidroxibenzamida (15) com CIM de 125 μg/mL frente a C. albicans ATCC 90028, C. albicans CBS 5602 e C. krusei CBS 573; e CIM = 250 μg/mL contra C. tropicalis CBS 94, sugerindo que salicilamida com anel alifático de seis membros pode potencializar essa bioatividade. No estudo do modo de ação em membrana ou parede celular fúngica de 15, observou-se que o composto não interage diretamente com o ergosterol presente na membrana plasmática ou com a parede celular fúngica, o que evidencia que seu mecanismo de ação seja através de outros alvos farmacológicos. Enquanto a análise in silico sugeriu um mecanismo de ação antifúngico multialvo.
  • TAYS AMANDA FELISBERTO DA SILVA
  • PAPEL MODULADOR DO CARVACROL SOBRE CÉLULAS PROGENITORAS ENDOTELIAIS – INVESTIGAÇÃO DE MECANISMOS REGENERATIVO EM NÍVEL MOLECULAR
  • Data: 28/07/2023
  • Hora: 09:00
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  • Carvacrol é um monoterpeno fenólico que apresenta uma diversidade de atividades biológicas, destacando-se sua capacidade antioxidante e anti-hipertensiva. No entanto, há poucas evidências demonstrando sua influência na regeneração vascular. No presente estudou, avaliou-se a possível modulação de carvacrol no reparo endotelial induzido por células progenitoras endoteliais (EPC). Para os ensaios in vitro, EPC foram isoladas da medula óssea de ratos Wistar e cultivadas por sete dias em meio basal de endotélio. As células cultivadas foram divididas em quatro grupos experimentais: controle (CTL), angiotensina 1 μM (ANG), carvacrol 0,1 μM (CTL-CAR) e angiotensina 1 μM tratado com carvacrol 0,1 μM (ANG-CAR). Todas as substâncias foram incubadas por 24 horas para a realização dos protocolos experimentais. A citotoxidade foi avaliada por meio do ensaio de MTT. A performance do carvacrol sobre a modulação das EPC foi avaliada através da detecção das espécies reativas de oxigênio (ROS) e óxido nítrico (NO), teste de adesão e migração celular, e avaliação da expressão da sintase de oxido nítrico endotelial (eNOS), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e Nrf2. Para os ensaios biológicos, os animais foram divididos em cinco grupos: controle normotenso Wistar Kyoto (WKY-CTL) e hipertenso (SHR-CTL); e hipertensos tratados com carvacrol 50 mg/kg (SHR-C50), carvacrol 100 mg/kg (SHR-C100) ou sildenafila (SHR-S1,5). Todos os ratos foram tratados por via intragástrica, uma vez ao dia, durante quatro semanas. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA-UFPB no 2171120320. A pressão arterial sistólica (PAS) foi medida semanalmente a partir do manguito da cauda. EPC foram isoladas da medula óssea e da circulação periférica, e quantificadas por citometria de fluxo. A funcionalidade do EPC foi avaliada após o cultivo por quantificação de unidades formadoras de colônias (UFC), avaliação de eNOS, detecção intracelular de ROS e avaliação da senescência. A artéria mesentérica superior foi isolada para avaliar a quantificação de ERO, CD34 e CD31. O tratamento do grupo ANG-CAR reduziu o estresse oxidativo e melhorou a adesão e migração de EPC. O aumento da performance da EPC envolve o aumento da expressão de eNOS, com consequente aumento de produção de NO. Ademais, foi observado o aumento da expressão de SOD, CAT e Nrf2. O tratamento com carvacrol induziu a migração de EPC, aumentou a formação de UFC, expressão e atividade de eNOS, além de reduzir ROS e senescência. Além disso, carvacrol reduziu ROS vasculares e aumentou a expressão de CD31 e CD34. Este estudo mostrou que o tratamento com carvacrol melhora a funcionalidade da CPE, contribuindo para a redução da disfunção endotelial.
  • RAWNY GALDINO GOUVEIA
  • Estudo da atividade antifúngica dos monoterpenos (R)-(+)-citronelal, (S)-(-)-citronelal e 7-hidroxicitronelal sobre o crescimento de Candida albicans isoladas de infecções ungueais.
  • Data: 16/06/2023
  • Hora: 08:00
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  • A onicomicose é uma doença comum que afeta a unidade ungueal, representando pelo menos 50% de todas as doenças ungueais. Essa infecção crônica da unha é causada principalmente por leveduras de Candida albicans, responsáveis por aproximadamente 70% dos casos. Essa condição apresenta complexidade e desafios no tratamento. Nesse estudo, foi investigado o efeito antifúngico dos monoterpenos 7-hidroxicitronelal, (R) e (S)-citronelal, bem como seus mecanismos de ação preditivos sobre C. albicans de onicomicoses resistentes ao voriconazol. Para este propósito, foram aplicadas técnicas in vitro de microdiluição em caldo e docking molecular de forma preditiva e complementar para os mecanismos de ação. Os principais resultados deste estudo indicam que C. albicans foi resistente ao voriconazol e sensível aos compostos (R)-citronelal, (S)-citronelal e 7-hidroxicitronelal, na dose de 256, 32, 64 μg/mL respectivamente. Além disso, houve aumento da concentração inibitória mínima (CIM) dos compostos na presença do sorbitol e do ergosterol, indicando que estas moléculas possivelmente afetem a integridade da parede e da membrana celular de C. albicans. O docking molecular com proteínas chave da biossíntese e manutenção da parede celular e da membrana plasmática fúngica, demonstraram a possibilidade destes monoterpenos interagirem com duas importantes enzimas: 1,3-β-glucan sintase e lanosterol 14α-demetilase. Somado a isso, o efeito dos enantiômeros e o 7-hidroxicitronelal na inibição da formação de biofilme de cepas de C. albicans foi investigado. O estudo constatou que os compostos inibiram a formação de biofilme das cepas testadas, C. albicans LM 600 e C. albicans ATCC 76645. O enantiômero (R)-citronelal e o 7-hidroxicitronelal apresentaram uma forte atividade antibiofilme, enquanto o enantiômero (S)-citronelal apresentou uma atividade moderada a forte. Além disso, o estudo também avaliou a combinação dos produtos naturais com antifúngicos fluconazol e voriconazol, e foi observado sinergismo para ambos os enantiômeros nas duas cepas de C. albicans, bem como aditividade e antagonismo para o enantiômero (S)-citronelal, e indiferença para o 7-hidroxicitronelal quando combinados com fluconazol nas cepas ATCC 76645. Portanto, os achados desse estudo indicam que os monoterpenos (R) -citronelal, (S)-citronelal e o 7-hidroxicitronelal são fungicidas sobre C. albicans de onicomicoses e provavelmente essas substâncias causem danos a parede e a membrana celular desses microrganismos possivelmente por interagir com as enzimas da biossíntese destas estruturas fúngicas. Estes resultados obtidos neste estudo fornecem evidências promissoras sobre o potencial antifúngico dos monoterpenos (R)-citronelal, (S)-citronelal e 7-hidroxicitronelal contra C. albicans em casos de onicomicose
  • ISADORA SILVA LUNA
  • Desenho racional de fármacos auxiliado por computador de novos derivados 2-amino-tiofeno como agente anti-leishmania e antifúngico
  • Data: 15/06/2023
  • Hora: 09:30
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  • A leishmaniose é uma doença negligenciada causada por um grupo de protozoários parasitas do gênero Leishmania cujo tratamento é limitado, obsoleto, tóxico e ineficaz em certos casos. Essas características motivam pesquisadores em todo o mundo a planejar novas alternativas terapêuticas para o tratamento da leishmaniose, onde o uso de ferramentas quimioinformáticas aplicadas ao design de fármacos permitiu que a pesquisa fizesse grandes avanços na busca de novos candidatos a fármacos. Neste estudo, uma série de derivados de 2-amino-tiofeno (2-AT) foi triada virtualmente usando ferramentas QSAR, filtros ADMET e modelos de predição, permitindo a síntese direta de compostos, que foram avaliados in vitro contra as formas promastigotas e amastigotas axênicas de Leishmania amazonensis. A combinação de diferentes descritores e métodos de aprendizado de máquina levou à obtenção de modelos QSAR robustos e preditivos, com taxas de classificação corretas variando de 0,53 (para amastigotas) a 0,91 (para promastigotas), permitindo selecionar onze derivados 2-AT, que não violam a regra de Lipinski, exibem boa semelhança com drogas e com probabilidade ≤ 70% de atividade potencial contra as duas formas evolutivas do parasita. Todos os compostos foram devidamente sintetizados e 8 deles demonstraram ser ativos contra pelo menos uma das formas evolutivas do parasita com valores de IC50 menores que 10 μM. Os compostos 8CN e DCN-83, respectivamente, são os mais ativos contra as formas promastigota e amastigota, com valores de IC50 de 1,20 e 0,71 μM. Em conjunto, esses achados demonstram que o uso de triagem virtual baseada em ligantes provou ser bastante eficaz e economizou tempo, esforço e dinheiro na seleção de potenciais agentes anti-Leishmania, e confirmam, mais uma vez, que os derivados de 2-AT são promissores compostos de sucesso para o desenvolvimento de novos agentes anti-Leishmania.
  • JEREMIAS JUSTO EMÍDIO
  • Estudo antifúngico de derivados benzoxazóis e benzotiazóis frente a espécies de Candida
  • Data: 07/06/2023
  • Hora: 14:00
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  • Nos últimos anos houve um aumento na incidência das doenças decorrentes de infecção fúngica, prevalecendo atualmente como importante fator de morbidade e mortalidade em humanos. A resistência fúngica à terapia farmacológica tem sido constatada em várias espécies, com destaque no gênero Candida. Dessa forma, a busca por novos candidatos a fármacos é importante para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo preparar e avaliar a atividade farmacológica de treze derivados benzoxazóis e benzotiazóis através de estudos in vitro, com a perspectiva de obter compostos biologicamente ativos e investigar parâmetros químicos relevantes para a bioatividade. Os compostos foram preparados por meio do acoplamento descarboxilativo de derivados do ácido cinâmico com um reagente acoplador e foram estruturalmente caracterizados por técnicas espectroscópicas de Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio e Carbono Treze. Dentre os produtos obtidos, seis compostos são inéditos. Em seguida, realizou-se os ensaios antifúngicos via a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM). Em adição, investigou-se o mecanismo de ação (sorbitol e ergosterol), no qual evidenciou-se que a ação antifúngica ocorre tendo como alvo a membrana plasmática. A razão CFM/CIM < 4 demonstrou que os compostos apresentam atividade fungicida. O 2-benzil-5-metilbenzo[d]xazol (1) apresentou bioatividade forte contra C. krusei com CIM de 69,9 μM (15,6 μg/mL), moderada frente a C. albicans e fraca contra C. tropicalis, com CIM de 279,9 μM (62,6 μg/mL) e 559,8 μM (125,0 μg/mL), respectivamente. O 2-(2-fluorobenzil)-5-metilbenzo[d]xazol (2) por sua vez demonstrou bioatividade moderada com CIM igual a 250,0 μM (62,5 μg/mL) contra C. krusei e apresentou fraca atividade contra C. albicans e C. tropicalis com CIM de 1036,9 μM (250,0 μg/mL). A análise da relação estrutura-atividade dos compostos 1-5, todos com uma metila ligada ao carbono 5 do núcleo benzoxazóis, evidenciou que a inserção de grupos substituintes no anel benzílico reduz a potência farmacológica. Os benzotiazóis 6-9, sem substituição no anel benzotiazol, e os benzoxazóis 10-13, com um átomo de cloro ligado ao carbono 5 do núcleo benzoxazol, também exibiram bioatividade variando de muito fraca a fraca, independentemente das substituições no anel benzílico. De forma geral, os compostos bioativos podem representar um importante ponto de partida no planejamento futuro de novos candidatos a fármacos antifúngicos.
  • MICHELLE LIZ DE SOUZA PESSÔA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GASTROPROTETORA DO FARNESOL EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 07/06/2023
  • Hora: 09:00
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  • O farnesol é um produto de origem natural, pertencente à classe dos sesquiterpenos, sendo encontrado nos óleos essenciais do capim-limão (Cymbopogon citratus) e camomila (Matricharia camomila), em frutas cítricas e vegetais. O farnesol apresenta atividades antioxidante, anti-inflamatória, ansiolítica, antinociceptiva, anti-obesidade, antimicrobiana, antitumoral e antidiarreica. Entretanto, não existem estudos na literatura sobre sua atividade gastroprotetora, o que motivou a escolha dessa substância para esse estudo. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda não clínica e o efeito gastroprotetor do farnesol em modelos animais. Para isso foi realizada a avaliação comportamental, estimativa da dose letal 50% (DL50), análise do efeito gastroprotetor com diferentes modelos de indução aguda pelos agentes lesivos (etanol, estresse, AINEs e ligadura do piloro) em diferentes doses e determinação dos mecanismos de ação envolvidos nesse efeito (antisecretórios, citoprotetores, antioxidantes e imunorregulatórios). Os resultados obtidos sugerem que o farnesol possui baixa toxicidade, com DL50 igual ou superior a 2.500 mg/kg conforme o guia nº 423 da OECD. No protocolo de úlcera induzida com etanol, o farnesol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) apresentou efeito gastroprotetor em 73%, 92%, 97% e 98%, respectivamente, reduziu o índice de lesão ulcerativa (ILU) (p < 0,001) em comparação ao grupo controle (tween 80 5%). Nas lesões induzidas pelo estresse por contensão e frio, o farnesol nas mesmas doses, reduziu o ILU (p < 0,001) em 29%, 38%, 54% e 54%, respectivamente, em comparação com o controle negativo. Na indução das lesões com AINEs (piroxicam), o farnesol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o ILU em 10% (p < 0,05), 23%, 46% e 51% (p < 0,001) respectivamente, em comparação ao controle negativo. No protocolo experimental de ligadura do piloro (contensão do suco gástrico), o farnesol (100 mg/kg, v.o. e i.d.) reduziu o ILU (p < 0,001) pela via oral e intraduodenal, não exerceu alterações no pH em ambas as vias e na concentração de H+ e volume do suco gástrico por via oral. Entretanto, reduziu a concentração de H+, o volume do suco gástrico na via intraduodenal. A administração prévia dos bloqueadores NEM (bloqueador dos grupamentos sulfidrílicos), L-NAME (inibidor da síntese de NO) e glibenclamida (bloqueador do canal KATP) e indometacina (inibidor da ciclo-oxigenase), reduziu a gastroproteção exercida pelo farnesol (p < 0,001), sugerindo a participação dessas vias na sua atividade gastroprotetora. O farnesol aumentou o muco gástrico no tecido estomacal sugerindo a participação dessa via na sua atividade gastroprotetora. O farnesol também apresentou efeitos antioxidantes ao aumentar a concentração de GSH e a atividade da SOD e reduzir os níveis de MDA e a atividade da MPO, como também, demonstrou efeito imunomodulador ao reduzir as citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α e aumentar a citocina anti-inflamatória IL-10.
  • CÁSSIO ILAN SOARES MEDEIROS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO LINALOL SOBRE Candida albicans DE SECREÇÕES VULVOVAGINAIS
  • Data: 26/05/2023
  • Hora: 08:00
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  • Candida albicans é o patógeno fúngico mais comumente encontrado em seres humanos, sendo responsável por mais de 90% dos casos de infecções fúngicas graves. É também a causa mais frequente de candidíase vulvovaginal (CVV), que representa de 70 a 90% dos casos de vulvovaginite, além de ser o agente etiológico mais prevalente de micoses profundas. O uso generalizado de um número limitado de agentes antifúngicos, particularmente fármacos azólicos como o fluconazol, levou ao desenvolvimento de resistência microbiana no tratamento de infecções por Candida, um problema de importância crescente. Portanto, há uma necessidade urgente de novos agentes antifúngicos para o manejo eficiente dessas infecções. Sendo assim, as pesquisas sobre os constituintes ativos de produtos naturais podem ser uma alternativa promissora a essa problemática. Nesse sentido, destaca-se o linalol, molécula com várias bioatividades e oriunda de várias plantas como Lavandula angustifolia, Lippia Alba, Coriandrum sativum L, entre outras. No entanto, não há muitos estudos na literatura sobre o mecanismo de ação do linalol em células fúngicas, a toxicidade, sinergismo com antifúngicos licenciados, ação sobre biofilme e a estabilidade do complexo receptor-ligante. Portanto, esse estudo tem por objetivo investigar o potencial farmacológico do linalol frente a cepas de C. albicans de secreções vulvovaginais. Para este propósito, foram aplicadas técnicas in vitro de microdiluíção em caldo RPMI 1640 para determinar a concentração inibitória e fungicida mínima (CIM e CFM), bem como ensaios com sorbitol e ergosterol para a parede e a membrana celular fúngica respectivamente, além do estudo de associação (checkerboard). Para avaliar a formação de biofilme e a interferência do linalol nesse processo, foi realizado o ensaio do cristal violeta. Além disso, o linalol foi submetido aos softwares online (pkCSM e Osiris) para realizar a previsão de parâmetros de drogabilidade e toxicidade. Outrossim, o docking molecular foi realizado no AutoDock 4.2 com as proteínas envolvidas com a síntese e manutenção da parede e membrana celular de C. albicans (1,3-β-glucano sintase, lanosterol 14α-demetilase e Δ14- esterol redutase), e por fim foi realizado a análise de trajetória por dinâmica molecular (DM) no GROMACS 2022.3 do complexo (1,3-β-glucano sintase – linalol) com 30ns de simulação. Os principais resultados desse estudo indicam que o linalol é bioativo frente as cepas de C. albicans resistentes ao fluconazol com uma CIM50 de 64µg/mL e de natureza fungicida. Ademais, o aumento da CIM do linalol na presença de sorbitol e ergosterol indicam que esta molécula possivelmente afeta a integridade da parede e da membrana plasmática de C. albicans. O linalol associado ao fluconazol, exibe efeito sinérgico frente as cepas de C. albicans, mas tem efeito indiferente quando associado a nistatina. O linalol também interfere no processo de formação do biofilme de C. albicans, diminuindo em 74.65% a sua formação. A análise farmacocinética in silico mostrou que o linalol tem significativa biodisponibilidade oral teórica, baixo potencial tóxico e alta similaridade a fármacos licenciados. Adicionalmente, o linalol interage quimicamente através de ligações de hidrogênio, van der Waals, e entre outras com as enzimas chave da biossíntese da parede e da membrana plasmática de C. albicans com melhor interação com a 1,3-β-glucano sintase (∆G = -6.0kcal/mol) no qual formam um complexo receptor-ligante estável ao longo de 30ns de simulação, indicando provável inibição enzimática. Tomando em conjunto, os achados deste estudo indicam que o linalol provavelmente causa danos à parede celular e à membrana plasmática de C. albicans, diretamente ou possivelmente pela interação com importantes enzimas envolvidas na biossíntese dessas estruturas fúngicas, age sinergicamente com o fluconazol, reduz significativamente a formação de biofilme, além de apresentar baixo potencial toxicológico in silico.
  • EMILLE WANNICK REINALDO DA SILVA
  • SESQUITERPENOS DE Guatteria olivacea R. E. FR. (ANNONACEAE)
  • Data: 05/04/2023
  • Hora: 09:00
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  • Cerca de 80% da população de países em desenvolvimento depende da medicina tradicional ou fitoterápica para tratar e prevenir doenças e, no Brasil, o uso de plantas medicinais é facilitado pela rica diversidade vegetal do país. As espécies da família Annonaceae possuem alto valor econômico, são utilizadas como matéria-prima de cosméticos e perfumaria e possuem uma gama de atividades biológicas. De uma de suas espécies, Guatteria olivacea, encontrada principalmente no Amazonas, Acre e Pará, foram publicados estudos com identificação de alcaloides e terpenoides, com relatos de atividade antitumoral in vitro. Desta forma, buscou-se nesse trabalho ampliar o conhecimento sobre essa planta, mediante estudo fitoquímico de seu extrato hexânico. Para isso, o material vegetal foi coletado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, próxima à cidade de Manaus, Amazonas, Brasil e submetido a processos de extração, purificação e análise dos constituintes químicos. Esses procedimentos foram realizados por métodos laboratoriais clássicos, assim como por técnicas modernas de CLAE e RMN. Portanto, a partir do extrato hexânico das folhas da planta, foi possível isolar e caracterizar as estruturas químicas de dois sesquiterpenos (alismóxido, oplodiol), uma mistura do sesquiterpeno precarabrona com uma fitolexina (4- bis(2-fenilpropan-2-il)fenol) e um disesquiterpeno, isolados pela primeira vez em Guatteria olivacea. Dessa forma, os resultados obtidos contribuíram com o conhecimento químico desta espécie e da família Annonaceae.
  • CARLOS ESPINOLA NETO SEGUNDO
  • Desenvolvimento e Validação de Metodologia Analítica por Cromatografia Líquida de alta eficiência da Cannabis spp.
  • Data: 31/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • Com o aumento de evidências científicas sobre as propriedades terapêuticas da Cannabis, cresceu também a demanda por medicamentos contendo os seus princípios ativos. Devido a burocracia e legislação ainda em construção no Brasil e no mundo, muitas famílias buscam esse tratamento através de medicamentos ainda não registrados onde muitos não cumprem as normas de boas práticas de fabricação, botando em risco a saúde do paciente. Diante desse cenário, é importante o desenvolvimento de técnicas de controle de qualidade que visam reduzir os riscos para a população que necessita deste tratamento. A Cannabis spp. possui em sua composição mais de 565 substâncias e devido a sua importância terapêutica se faz necessário o desenvolvimento de métodos analíticos eficientes para realizar a separação e posterior identificação e quantificação dos compostos presentes nela. Este trabalho teve por objetivo desenvolver um método de análise por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para 3 dos principais marcadores fitocanabinoides da Cannabis spp. bem como validá-lo de acordo com o regulamentado pela ANVISA através da RDC 166/2017 e assim ser usado no controle de qualidade desses medicamentos. Foram utilizados padrões cromatográficos de referência do Δ⁹-tetra-hidrocanabinol (Δ⁹-THC), Canabidiol (CBD) e Canabinol (CBN), e os óleos fornecidos pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, que se trata de uma solução oleosa de extrato de Cannabis spp. ricos em Δ⁹-THC e CBD, padronizados da seguinte forma: Óleo CBD 20mg/mL (clássico e gold) Óleo THC 15mg/mL (clássico e gold) e Óleo THC:CBD 15mg/mL (clássico e gold), para o desenvolvimento e validação do método. O CBN é um importante marcador para a estabilidade dos produtos a base de Cannabis por se tratar do produto de degradação do Δ⁹-THC. Após todos os parâmetros avaliados, foi possível concluir que metodologia para quantificação de canabinoides CBD, CBN e Δ⁹ -THC em produtos oleosos que utilizam óleo de milho como veículo foi validada de acordo com a RDC 166/2017. O método pode ser utilizado para dosear os canabinoides nos óleos com uma precisão e exatidão adequada a partir de 1,5 µg/mL.
  • EDVALDO BALBINO ALVES JUNIOR
  • Atividade antiulcerogênica e anti-inflamatória intestinal do estragol em modelos animais
  • Data: 29/03/2023
  • Hora: 09:00
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  • Os fenilpropanóides são uma classe de compostos produzidos pelas plantas medicinais e são biossintetizados a partir da fenilalanina via ácido cinâmico. O estragol é um fenilpropanoide que está presente como constituinte de óleos essenciais de muitas espécies vegetais, como Ravensara anisata (Madeira), Ocimum basilicum (Manjericão) e Croton zehntneri (Canelinha). Atividades farmacológicas descrevem atividade antioxidante, antimicrobiana, ansiolítica, contrátil do músculo esquelético, relaxante do músculo visceral, anti-inflamatória e gastroprotetora. A administração oral (v.o) de estragol nas doses de 31; 62; 125 e 250 mg/kg) reduziu (p<0,001) a área de lesão ulcerativa (ALU) em duodenos de ratos submetidos as lesões induzidas pela cisteamina. A partir do protocolo de úlcera gástrica induzida por ácido acético foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias. Os resultados demostraram que o tratamento (v.o) com estragol na dose de 250 mg/kg reduziu (p<0,001) a ALU, quando comparado ao grupo controle. Esse efeito foi relacionado a um aumento dos níveis de GSH, SOD, IL-10 e TGFβ (p<0,001) e uma redução (p<0,001) dos níveis de MDA, MPO, IL-1β, TNF-α e NFκB. A administração de estragol durante 14 dias não alterou o peso dos órgãos (coração, fígado, baço e rins), nem os parâmetros bioquímicos e hematológicos avaliados. Além disso, a substância teste protege os animais da redução do consumo de água e de ração. No modelo de indução aguda de inflamação intestinal induzida por TNBS, o estragol reduziu (p<0,05) o escore de lesão macroscópica, a ALU, a relação peso/comprimento e o índice diarreico em todas as doses avaliadas. No protocolo sub-crônico de colite ulcerativa com recidiva, o estragol em sua dose mais efetiva (250 mg/kg) reduziu (p<0,01) o escore de lesão macroscópica, a ALU e a relação peso/comprimento do cólon. A partir dos protocolos agudo e subcrônico de colite, foi observado que o estragol (250 mg/kg) reduziu (p<0,001) os níveis de MDA e MPO e restaurou os níveis de GSH e SOD. Além disso, reduziu (p<0,001) os níveis de IL-1β, TNF-α e e NFκB, bem como, aumentou os níveis de TGFβ (p<0,001) e restaurou (p<0,01) os de IL-10. Na avaliação de função da barreira epitelial foi mostrado um aumento (p<0,001) da imunomarcação para zona de oclusão-1 (ZO-1). Com isso, a partir dos dados analisados, pode-se sugerir que o estragol apresenta atividade antiúlcera duodenal, atividade cicatrizante gástrica relacionada à indução da reepitelização da lesão e baixa toxicidade por doses repetidas. E atividade anti-inflamatória intestinal na fase aguda e sub-crônica, sendo relacionada à citoproteção da barreira intestinal por meio da preservação das junções comunicantes, sistema antioxidante e da imunomodulação.
  • ALBERTO SHELLYGTON LIMA
  • Avaliação da atividade antifúngica de 2-Cloro-N-Fenilacetamida (A1Cl) contra espécies de candida de origem clínica
  • Data: 03/03/2023
  • Hora: 09:00
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  • Candida e micoses são uma preocupação crescente de saúde pública global. Candida albicans, Candida tropicalis e Candida parapsilosis estão na lista de patógenos fúngicos prioritários desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde. Nesse contexto, é planejado o desenvolvimento de pesquisas para geração de novos fármacos com intuito de combater e prevenir o desenvolvimento de resistência. Desta forma, estudos de prospecção com intermediários de reações com grupamentos de amidas e átomos de cloro são uma estatégia promissora. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica da molécula sintética 2-Cloro-N-fenilacetamidas (A1Cl), frente C. albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica da molécula sintética A1Cl, frente C. albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis. A concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada por microdiluição, de modo que os valores variaram de 16 a 256 µg/mL para A1Cl e 8 a 512 µg/mL para fluconazol (controle positivo). A concentração fungicida mínima foi semelhante a CIM, para ambos os compostos avaliados, confirmando efeito fungicida de A1Cl. No modelo de alterações morfológicas (técnica de microcultivo), A1Cl e fluconazol reduziu a formação de estruturas de virulência comparados aos seus respectivos controles, evidenciando um efeito dependente de concentração. A presença de sorbitol e ergosterol exógeno não alterou os valores de CIM, confirmando que A1Cl não exerce efeito inteferindo na funcionalidade e/ou integridade da  parede e membrana celular, respectivamente. O estudo de associação (checkerboard) de A1Cl com fluconazol resultou em efeito antifúngico de indiferença. No ensaio de efeito antibiofilme in vitro A1Cl foi capaz de inibir a formação de biofilme em mais de 45% e 80% (***p<0,001), e capaz de promover ruptura de biofilme pré-formado em mais de 35% e 60% (***p<0,001), em concentrações sub e suprainibitórias, respectivamente, quando comparados aos respectivos grupos controle. Todavia, para fluconazol alcançar 50% (***p<0,001) ou mais de efeito de inibição foi necessário concentrações suprainibitórias. De forma semelhante, A1Cl (CIM) foi capaz de inibir em mais de 50% (***p<0,001) a formação de biofilmes ex vivo (fragmentos de unhas) e para o fluconazol alcançar o mesmo efeito antibiofilme em mais de 50% foi necessário 4xCIM. A1Cl apresentou valores de energia de ligação maiores ou próximos ao fluconazol em pelo menos uma função de pontuação, para Dihidrofolato redutase (DHFR), Geranilgeraniltransferase-I (GGTase-I) e Protease aspártica-2 (SAP-2), de modo que essas enzimas, podem ser alvos susceptíveis à ação antifúngica de A1Cl. O RMSD dos complexos avaliados revelou estabilidade em torno de 2-3ns e manteve sua estabilidade acima de 10 ns. Para o RMSF dos complexos, observamos interações semelhantes às pesquisadas no docking após simulações dinâmicas em tempos de 200 e 600ps e que A1Cl permaneceu no sítio ativo sob a influência de solventes e flexibilidade estrutural. Diante desses resultados é possível inferir que A1Cl apresenta efeito antifúngico e que essa atividade está relacionada com mecanismos antibiofilmes e ligação à DHFR e SAP-2.
  • CÉSAR AUGUSTO GONÇALVES DANTAS
  • INVESTIGAÇÃO FITOQUÍMICA DE ESPÉCIES DO GÊNERO Erythroxylum
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • Diversos metabólitos secundários de diferentes classes podem ser evidenciados em espécies do gênero Erythroxylum, com destaque para os flavonoides, terpenos e alcaloides do tipo tropânico, estes últimos sendo considerados marcadores do gênero. Por muitos desses compostos já se encontram descritos na literatura científica, metodologias modernas de triagem e identificação, como a desreplicação, se fazem necessárias para direcionar ao isolamento dos metabólitos de interesse, representando uma estratégia eficiente, rápida e segura. Este trabalho teve como objetivo traçar o perfil químico dos metabólitos secundários presentes nas fases clorofórmicas, acetato de etila e n-butanólicas das partes aéreas das espécies Erythroxylum simonis Plowman, Erythroxylum pauferrense Plowman, Erythroxylum pulchrum St. Hil. e Erythroxylum revolutum Mart. por metodologias de desreplicação. Para tanto, as fases foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas com ionização por electrospray, em seguida os experimentos foram repetidos com o cromatógrafo acoplado a um espectrômetro de massas de alta resolução, também com fonte de ionização por electrospray, as fases acetato de etila e n-butanólicas foram analisadas no modo negativo e as fases clorofórmicas no modo positivo. A anotação dos compostos foi realizada com base nos íons de suas moléculas desprotonadas ou protonadas, fórmulas moleculares, padrões de fragmentação e por comparação dos dados obtidos com os presentes na literatura científica. Os compostos não anotados completamente foram isolados e caracterizados por espectroscopia RMN de 1H e 13C. Por meio das análises realizadas foi possível traçar e comparar o perfil químico dos metabolitos secundários das espécies de Erythroxylum. A desreplicação das fases acetato de etila e n-butanólicas promoveu a anotação de 55 compostos fenólicos, se destacando os flavonoides glicosilados, ácidos fenólicos, procianidinas, flavolignanas e lignoides, a maioria sendo descritos pela primeira nas espécies do estudo, e alguns inéditos para o gênero Erythroxylum e para a família Erythroxylaceae. A desreplicação das fases clorofórmicas promoveu a anotação de 29 alcaloides tropânicos, alguns também sendo descritos pela primeira vez no gênero e na família das espécies estudadas. Da fase acetato de etila de E. simonis foi realizado o isolamento das cinchonaínas Ia e Ib, epicatequina, quercetina-O-hexosídeo, e do bifenil-3,3’,4,4’-tetraol, descritos pela primeira vez na espécie. Da fase clorofórmica de E. revolutum foi realizado o isolamento de três compostos, o 6-(benzoiloxi)-3-(3,5-dimetoxi-4-hidroxibenzoiloxi)tropano protonado, 6-(benzoiloxi)-3-(3,4,5- trimetoxibenzoiloxi)tropano protonado e 6-(benzoiloxi)-3-(3,4,5-trimetoxicinamoiloxi)tropano protonado, relatados pela primeira vez na espécie E. revolutum. Este trabalho contribuiu para os conhecimentos fitoquímicos do gênero Erythroxylum e demonstra a eficiência e a importância da utilização de metodologias de isolamento guiado de metabólitos secundários na pesquisa em produtos naturais.
  • DAVID HENRIQUE XAVIER BARBOSA
  • Produção de hidrogel contendo óleo essencial de Coriandrum sativum L. (coentro) com efeito sobre Candida spp. envolvidas com infecções da cavidade bucal
  • Data: 23/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • Produzir um hidrogel contendo óleo essencial (OE) de C. sativum L. e avaliar o efeito antifúngico sobre Candida spp. envolvidas com infecções da cavidade bucal, bem como, verificar o perfil toxicológico deste produto. Métodos: A composição química do OE de C. sativum L. foi identificada por Cromatografia Gasosa Acoplada ao Espectrômetro de Massas, além disso, verificou-se a incorporação do OE ao hidrogel por Espectroscopia no Infravermelho por transformada de Fourier. Já no tocante aos ensaios in vitro, avaliou-se a atividade antifúngica do hidrogel contendo OE por meio do teste de susceptibilidade fúngica, bem como verificou-se a capacidade do OE em reduzir a atividade metabólica de biofilme multiespécie bucal. Também avaliou-se a interferência do óleo essencial de C. sativum L. sobre a micromorfologia fúngica. Em relação ao perfil toxicológico do OE, realizou-se o teste de citotoxicidade em eritrócitos humanos provenientes de sangue periférico humano e citotoxicidade em queratinócitos da linhagem HaCaT pelo método MTT. No que concerne aos ensaios in vivo, realizou-se a avaliação de genotoxicidade em teste de eritrócitos micronucleados de sangue periférico de camundongos e avaliação da toxicidade em mucosa oral ceratinizada de ratos. Resultados: Os componentes majoritários característicos deste OE foram descritos, tais como: 2-decen-1-ol (22.42%), dec-(2E)- enal (19.31%) e 1,6-octadien-3-ol (13.41%). Além disso, notou-se a incorporação sugerida por perpetuação de bandas do OE e interação do OE com moléculas do hidrogel com mudança de intensidade de bandas. No que se refere aos ensaios in vitro, o hidrogel em concentração de 20 mg/mL foi capaz de formar halo de inibição acima de 28mm. Este OE na concentração de 1600 µg/mL também apresentou capacidade de reduzir a atividade metabólica de biofilme multiespécie bucal em 37% (p<0.0001). Outrossim, o OE em concentrações referentes à CIM (62.5 µg/mL) e CIMx2 (125 µg/mL) foi capaz de reduzir a frequência de pseudo-hifas e modificar a estrutura de blastoconídios. Acerca da toxicidade relativa à atividade hemolítica do OE apontou-se uma CH50 superior a CIMx4 (250 µg/mL). Ademais, o OE em concentrações de 150 e 300 µg/mL causa inibição da viabilidade celular de queratinócitos e sua IC50 foi de 60.13 ± 2.02 µg/mL. No que toca à genotoxicidade, o tratamento em dose única de 20 mg/mL (5 mg/kg) de OE de C. sativum L. não estimulou o aumento do número de micronúcleos (16.40 ± 1.1). Por fim, a formulação se mostrou segura para uso em mucosa ceratinizada de ratos em concentração de 20 mg/mL. Conclusões: O OE de C. sativum L. apresentou constituintes químicos característicos e foi incorporado ao hidrogel com sucesso, apresentou atividade antifúngica vista em halo de inibição e alterações morfológicas em Candida albicans, além de reduzir a atividade metabólica de biofilme multiespécie bucal. Ademais, se demonstrou citotóxico para eritrócitos humanos, contudo foi tolerável para células de queratinócitos HaCaT e não foi genotóxico em teste com camundongos, bem como, é seguro para uso em mucosa oral ceratinizada de ratos. Esses resultados viabilizarão a realização de um ensaio clínico de fase I e II com o propósito de disponibilizar essa opção terapêutica no tratamento de infecções fúngicas.
  • ALANA RODRIGUES FERREIRA
  • Síntese de cumarinas, homoisoflavonoides e análogos bioativos.
  • Data: 16/02/2023
  • Hora: 08:30
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  • Um conjunto de vinte e quatro compostos sintéticos que englobam derivados cumarínicos, homoisoflavonoides e análogos foram preparados por diferentes métodos reacionais, obteve-se seis compostos inéditos. As estruturas dos produtos sintéticos foram caracterizadas por espectrometria do infravermelho, RMN de ¹H e RMN de 13C e espectrometria de massas de alta resolução. Em seguida, os compostos foram submetidos à avaliação de atividade antifúngica contra espécies de Candida, atividade tripanocida in vitro, e atividade citotóxica em linhagens de carcinoma de cólon humano (HCT-116) e melanócito humano (SK-MEL-28). Para a atividade antifúngica foi utilizado o teste de microdiluição em caldo com determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos análogos e verificação do possível mecanismo de ação antifúngica dos compostos com melhor bioatividade. O ensaio tripanocida foi realizado frente a forma tripomastigota sanguínea de Trypanosoma cruzi, com determinanação da IC50 dos compostos. A avaliação da atividade citotóxica foi realizada pelo teste de MTT. Em geral, os compostos avaliados apresentaram fraca atividade de redução da viabilidade celular das linhagens utilizadas no estudo citotóxico. Mas resultados promissores foram obtidos na ação antifúngica. O derivado cumarínico 8 exibiu o melhor perfil antifúngico sugerindo que o substituinte pentiloxi na posição C-7 da cumarina pode potencializar essa bioatividade. Para um melhor entendimento da sua capacidade antifúngica 8 e 21 foram submetidos a um estudo do modo de ação em membrana ou parede celular fúngica. Observou-se que as moléculas não interagem diretamente com o ergosterol presente na membrana plasmática ou com a parede celular fúngica, o que sugere que sua bioatividade seja decorrente da ação em outros alvos farmacológicos. O composto 8 foi também avaliado quanto a sua capacidade de inibir o biofilme de C. tropicalis 13803. O mesmo promoveu uma redução do biofilme estatisticamente significante nas concentrações de 0,268 µmol/mL e 0,067 µmol/mL, quando comparado ao grupo controle. Considerando o seu perfil antifúngico, 8 também foi submetido a um estudo de modelagem molecular, que sugeriu que sua capacidade antifúngica ocorre por interferência no balanço redox da célula da levedura e por comprometer a síntese da membrana plasmática, não através de uma interação direta com seus componentes, mas por interferir na síntese do ergosterol. Outro achado importante foi a capacidade antifúngica dos homoisoflavonoides 23 e 24, o derivado 23 apresentou atividade antifúngica ligeiramente superior, possivelmente devido à presença do substituinte metoxila na posição meta no anel B. No estudo de atividade tripanocida, o derivado homoisoflavonoide 23 apresentou a melhor bioatividade com IC50 = 0,0078 ± 0,0023 µmol/mL; LC50 = 0,0176 ± 0,0049 µmol/mL e IS = 2,3; a posição meta do substituinte -OCH3 contribuiu na ação antiparasitária de 23. Dessa forma, as moléculas 8 e 23 exbibiram resultadores promissores de atividade antifúngica e tripanocida, respectivamente. Estes resultados podem ser utilizados em pesquisas futuras na obtenção de candidatos com atividade antifúngica e antiparasitária, mais potentes e seguros.
  • DANILO DUARTE DE ASSIS GADELHA
  • Avaliação dos efeitos da suplementação com Lactobacillus acidophilus LA – 05 nos parâmetros cardiovasculares de animais normotensos e hipertensos
  • Data: 13/02/2023
  • Hora: 08:30
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  • A disbiose intestinal é caracterizada pelo desequilíbrio na microbiota intestinal, gerando uma diminuição da diversidade e estabilidade da população microbiana. Vários estudos apontam que a hipertensão está associada à disbiose. Estudos têm revelado efeitos benéficos na pressão arterial após mudança nos componentes dietéticos visando a modulação da microbiota com uso de probióticos. Probióticos são definidos como “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, beneficiam a saúde congênita do hospedeiro”. O gênero Lactobacillus possui efeitos benéficos frente ao sistema cardiovascular por diminuir a pressão arterial de humanos e animais espontaneamente hipertensos, além de promover uma melhora na disbiose. Com isso, nosso objetivo foi avaliar os efeitos induzidos pela suplementação com Lactobacillus acidophilus LA-05 no sistema cardiovascular de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos. Para isso, foram utilizados ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e Wistar Kyoto (WKY). Os animais foram divididos em três grupos: 1. Normotenso controle (WKY), 2. Hipertensos (SHR), e 3. Hipertensos + LA5 (SHR+LA5). Após instalação da hipertensão, os animais receberam diariamente a suspensão de Lactobacillus acidophilus (109 log CFU/animal) por um período de 8 semanas via oral. A implantação de cateteres em direção a aorta abdominal e a veia cava inferior foi realizada para registro da pressão arterial e frequência cardíaca, avaliação do barorreflexo e função autonômica dos animais. Em seguida, os animais foram eutanasiados e o plasma foi coletado para avaliação do estresse oxidativo. A artéria mesentérica superior foi coletada para ensaios de reatividade vascular. Os valores foram expressos como média ± erro padrão da média (e.p.m). Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. O programa utilizado foi o GraphPad Prisma versão 5.00®. Como resultados, pudemos observar que a suplementação com LA-5 por 8 semanas via oral reduziu a pressão arterial diastólica do grupo SHR+LA5 quando comparados os animais do grupo SHR (122,0±4,3 versus 153,0±6,7 mmHg, p<0,05, porém não houve diferença na pressão arterial sistólica, tampouco na pressão arterial média. A suplementação com LA-5 não alterou a frequência cardíaca dos animais. Com relação aos efeitos da suplementação com LA-5 na atividade autonômica, o grupo SHR+LA5 apresentou diminuição do componente LF, indicativo da atividade simpática, quando comparado com o grupo SHR (7,38±0,22 versus 9,5±0,75%, p<0,05). O componente HF e a relação LF/HF não sofreram alterações. O barorreflexo foi avaliado de maneira induzida, com auxílio de substâncias vasoativas, e de maneira espontânea. A suplementação com LA-5 por 8 semanas via oral foi eficaz em melhorar a sensibilidade do barorreflexo induzido quando comparados os grupos SHR+LA5 e SHR (-2,48±0,32 versus -0,94±0,09 bpm.mmHg-1, p<0,05), como também melhorou a sensibilidade do barorreflexo espontâneo (0,77±0,1 versus 0,44±0,04 ms.mmHg-1, p<0,05). Com relação ao estresse oxidativo, a suplementação com LA-5 foi capaz de reduzir os níveis de malondialdeído quando comparados os grupos SHR+LA5 e SHR (33,78±161 versus 60,45±2,89 nmol/mL, p<0,05, respectivamente). No que diz respeito à reatividade vascular, o grupo SHR apresentou um prejuízo no perfil de relaxamento induzido pela acetilcolina com redução do efeito máximo comparado com o grupo normotenso WKY (71,35±9,37 versus 94,18±3,32%, p<0,05, respectivamente) e a suplementação com LA-5 foi capaz de melhorar o relaxamento, observado no grupo SHR+LA5 (111,23±6,45%, p<0,05). Curiosamente, o LA-5 melhorou o efeito relaxante máximo induzido pelo nitroprussiato de sódio quando comparado os grupos SHR e SHR+LA5 (106,41±5,52 versus 134,40±4,02%, p<0,05, respectivamente). A suplementação não apresentou impacto no perfil de contração induzido pela fenilefrina (Emáx - WKY: 100,28±9; SHR: 113,17±12,9; e SHR+LA5: 97,47±12,5%). Em conjunto, os achados apontam o L. acidophilus LA-5 como um potencial adjuvante para o tratamento da hipertensão, uma vez que apresentou efeitos promissores na pressão arterial diastólica, melhorou a sensibilidade do barorreflexo, reduziu o estresse oxidativo no plasma e ainda melhorou a reatividade vascular mesmo sem produzir efeitos na pressão arterial média.
  • GEOVANA QUIXABEIRA LEITE
  • DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CARACTERIZAÇÃO DA DROGA VEGETAL E DOS EXTRATOS VEGETAIS OBTIDOS DE Ziziphus joazeiro (Juazeiro)
  • Data: 09/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • O Ziziphus joazeiro são árvores típicas do Nordeste brasileiro, com ampla distribuição no bioma Caatinga, popularmente conhecida como juazeiro. Em virtude do alto teor de saponinas presentes, o juazeiro é uma espécie de grande interesse para uso medicinal e para as indústrias produtoras de cosméticos, porém vem sofrendo intenso extrativismo vegetal. O objetivo deste estudo foi padronizar os extratos hidroalcóolicos e secos por nebulização dos indivíduos jovens, coletados em diferentes períodos de cultivo, e do indivíduo adulto, bem como aplicar no fitocosmético gel dentifrício, buscando obter uma fonte alternativa de matéria- prima vegetal de interesse para a indústria farmacêutica e cosmética preservando a espécie. Os extratos hidroalcóolicos dos indivíduos jovens e adulto foram obtidos por maceração em escala piloto, posteriormente, secos por aspersão utilizando o spray dried apresentando rendimento acima de 85%. Os métodos analíticos para quantificação de saponinas- taninos e saponinas foram validados utilizando a técnica espectrofotometria UV-Vis no comprimento de onda de 460nm. Os parâmetros avaliados seguiram a legislação vigente brasileira demonstrando a boa sensibilidade, precisão e robustez do método analítico, confirmando a adequabilidade para análises de rotina. Os dados mostram que o conteúdo do marcador majoritário presente no indivíduo jovem cresce em função do tempo, sendo a concentração de saponinas nos extratos do juazeirodo indivíduo jovem, após dezoito meses de cultivo, maior que o do indivíduo adulto. Com base nisso, foi desenvolvida uma formulação de gel dentifrício a base de juazeiro 2,5% utilizando o extrato seco do indivíduo jovem. Realizou- se ensaios de controle de qualidade e estudo de estabilidade preliminar durante 90 dias do gel dentifrício,observando ausência de alterações nas propriedades organolépticas e pH. Desta forma, a droga vegetal proveniente dos indivíduos jovens do Z. joazeiro representa uma excelente alternativa como insumo ativo farmacêutico na produção de fitocosméticos, além de reduzir consideravelmente o extrativismo predatório vegetal da espécime.
  • ALLANA BRUNNA SUCUPIRA DUARTE
  • 3,5-Dinitrobenzamidas e 3,5-dinitrobenzoatos sintéticos: avaliação antifúngica e desenvolvimento de uma nanoemulsão
  • Data: 24/01/2023
  • Hora: 08:30
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  • As infecções ocasionadas por fungos estão entre os mais frequentes agravos à saúde pública acometendo principalmente, pacientes imunocomprometidos. Atualmente, existe um número restrito de antifúngicos e a resistência dos microrganismos a esses medicamentos comprometem a eficácia do tratamento. Dessa forma, a pesquisa por compostos sintéticos antimicrobianos aumentou devido ao seu papel chave no desenvolvimento de novos fármacos. O ácido benzoico e seus derivados possuem um amplo espectro de atividades farmacológicas, dentre elas, a atividade antifúngica. Portanto, o objetivo deste trabalho foi preparar uma coleção de derivados do ácido 3,5-dinitrobenzoico, avaliar a atividade antifúngica dos compostos frente a cepas do gênero Candida e realizar o desenvolvimento e caracterização de uma nanoemulsão antifúngica. Os produtos foram obtidos através da esterificação de Fischer, esterificação com haletos de alquila e arila, reação de Mitsunobu e reação com cloreto ácido. Na caracterização estrutural dos derivados utilizou-se os métodos espectroscópicos de infravermelho, ressonância magnética nuclear de 1H e 13C e espectrometria de massas de alta resolução. Preparou-se vinte e um derivados sintéticos com rendimentos de 12,46%-85,17%. Nos testes antifúngicos utilizou-se o método de microdiluição para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Fungicida Mínima (CFM), bem como elucidar o provável mecanismo de ação. O éster 1 apresentou o melhor perfil antifúngico contras todas as cepas de Candida e foi selecionado para o desenvolvimento da nanoemulsão. A formulação foi produzida por ultrassom e caracterizada pela técnica de espalhamento de luz dinâmica (DLS). A MDNB-NE apresentou tamanho de gota de 181,16 ± 3,20 nm e índice de polidispersidade de 0,30 ± 0,03. O estudo in vitro mostrou que o composto 1 e a MDNB-NE inibiram o crescimento de todas as cepas com concentrações inibitórias mínimas de 0,27-1,10 mM. Os resultados biológicos corroboraram com a abordagem in silico, que apontou para um mecanismo de ação antifúngico multialvo para os compostos 1 e 2 em C. albicans, e estão de acordo com a interferência experimental do 2 na síntese do ergosterol. Assim, o presente estudo poderá servir de base para novas pesquisas envolvendo compostos com atividade antifúngica.
2022
Descrição
  • JOANDA PAOLLA RAIMUNDO E SILVA
  • Diversidade química e atividades farmacológicas da espécie Justicia aequilabris
  • Data: 29/11/2022
  • Hora: 14:00
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  • As espécies vegetais apresentam uma grande variabilidade de metabólitos secundários, que representam uma importante fonte de moléculas farmacologicamente ativas. As espécies do gênero Justicia já ofereceram a comunidade cientifica inúmeras moléculas bioativas, porém espécies como a Justicia aequilabris (Nees) Lindau, planta nativa e endêmica no Nordeste brasileiro não possuía estudos fitoquímicos e farmacológicos. Desta forma, o objetivo deste trabalho é investigar o perfil químico e farmacológico da J. aequilabris. Das partes aéreas da espécie foi obtido o extrato etanólico, sendo este particionado e as fases obtidas analisadas por CL-EM e rede molecular, a fase acetato de etila apresentou melhor perfil químico, desta forma, esta fase foi purificada por sephadex, e as frações obtidas foram analisadas por CL-EM, a fração B11-15 foi fracionada em CLAE preparativo, e as subfrações coletadas foram analisadas por RMN de 1H e 13C por técnicas uni e bidimensionais, desta forma, foi possível elucidar os compostos inéditos, aequilabrina A (1), B (2) e C (3), e identificar as moléculas, lariciresinol-4′-O-β-glicosídeo (4), alantoína (5) e roseosideo (6), secoisolariciresinol (7), pinoresinol-4-O-β-D-glicosídeo (8), epipinoresinol-4-O-β-D-glicosídeo (9), pinoresinol-4-O-β-D-apiosil-(1→2)-β-D-glicosídeo (10). Através de análise CL-EMn do extrato foram desreplicados 22 compostos, sendo estes, lignanas, flavonoides e ácidos fenólicos. Por docking molecular os compostos 1-3 demostraram atividade agonista no receptor glicocorticoide. As análises in vitro da inibição da produção de óxido nítrico e da atividade pró-inflamatória na citocina IL-1β demostraram potencial anti-inflamatório dos compostos 1-3. As moléculas 1 (IC50 = 9,1 μM) e 2 (7,3 μM) apresentaram atividade inibitória significativa contra a produção de óxido nítrico, e a inibição máxima da produção de IL-1β exibida foi de 23,5% (1), 27,3% (2) e 32,5% (3). As análises in sílico e in vitro sugerem que atividade anti-inflamatória possui relação com a substituição em C9 e C-9’. Por triagem virtual os compostos 7-10 foram selecionados para análise in vitro da atividade antileshmanicida frente às formas promastigotas de L. major e L. braziliensis, os compostos 7 (IC50 = 9,28 μM) e 9 (5,39 μM) apresentaram proeminente atividade frente a L. braziliensis. O uso de ferramentas como a rede molecular e o docking molecular foi essencial na priorização do isolamento de composto de interesse e direcionamento na analise farmacológica das moléculas, as lignanas descritas no trabalho apresentaram potencial atividade anti-inflamatória e antileshmanicida.
  • GEORGE LUIS DIAS DOS SANTOS
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DE ESPÉCIES DOS GÊNEROS Heliotropium e Euploca (BORAGINACEAE): BUSCA DE MOLÉCULAS COM ATIVIDADE BIOLÓGICA
  • Data: 28/11/2022
  • Hora: 09:00
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  • Pesquisas voltadas para os conhecimentos fitoquímicos e farmacológicos de espécies vegetais vêm aumentando com intuito de contribuir, juntamente com a etnofarmacologia e a medicina popular, na compreensão das respostas biológicas promovidas por esses vegetais. A família Boraginaceae, por apresentar uma riqueza de espécies e uma grande complexidade taxonômica, ainda são escassos os estudos sobre composição química. Porém, pesquisas revelaram a presença de metabólitos secundários de diversas classes como terpenoides, naftoquinonas, flavonoides, fenilpropanoides, alcaloides e lignanas. Heliotropium angiospermum, conhecida por “cauda de gato”, é utilizada popularmente na inflamação, cicatrização de feridas, disenteria e diarreia. Euploca procumbens, apresenta diversos nomes populares e num estudo etnomedicinal foi considerada tóxica por apresentar alcaloides pirrolizidínicos em sua constituição. Este trabalho teve como objetivo contribuir para a ampliação do conhecimento químico isolando, identificando e/ou caracterizando novos metabólitos secundários e avaliando atividade biológica dos constituintes de espécies da família Boraginaceae: H. angiospermum e E. procumbens. As plantas das duas espécies foram coletadas no município de Campina Grande, estado da Paraíba. Cada exsicata foi depositada no Herbário Arruda Câmara (HACAM) do Campus I da Universidade Estadual da Paraíba. O material vegetal, após seco sob temperatura de 40 ºC durante 96 horas, e triturado em moinho de facas, foi submetido a macerações com etanol a 96% com intervalo de 72 h, sendo esse processo repetido por cinco vezes, obtendo-se os extratos etanólicos das partes aéreas e raízes das duas espécies em estudo. Uma alíquota de cada extrato etanólico foi submetido a sucessivas partições com hexano, clorofórmio, acetato de etila e n-butanol e concentradas em evaporador rotativo obtendo-se as fases respectivas. Posteriormente, foram submetidas a coluna cromatográfica de Sephadex LH-20 e eluída com metanol (100%) obtendo-se as frações. Uma Alíquota de Fr3 partes aéreas (fase acetato) e Fr3 raízes (fase acetato) de H. angiospermum e, Fr5 partes aéreas (fase acetato), Fr5 raízes (fase acetato) e Fr5 raízes (fase n-butanol) de E. procumbens foram submetidas ao desenvolvimento de um método cromatográfico analítico e posteriormente transposto para escala preparativa resultando no isolamento de dez compostos, uma lignana diéster de sacarose do tipo arildihidronaftaleno (1), trigonotina A (2), ácido rosmarínico (3), narcissina (4) e litospermato de etila (5) da espécie H. angiospermum e um ácido euploico (6), ácido litospérmico B (7), ácido litospérmico (8), 9´´-metil litospermato (9) e luteolina-7-O-glicosídeo (10) de E. procumbens. Os compsotos 1 e 6 não induziram efeitos citotóxicos em macrófagos J774, bem como, a partir dos níveis de óxido nítrico e citocinas pró-inflamatória IL-1β produzida por macrófagos estimulados, 1 e 6 inibiram a produção e/ou liberação desses mediadores, com eficácia semelhante à da dexametasona, considerada o padrão-ouro anti-inflamatório. Portanto, esses resultados evidenciam o potencial anti-inflamatório de 1 e 6.
  • HERMES DINIZ NETO
  • Investigação da atividade antifúngica e anti-biofilme de 2-cloroN-fenilacetamida sobre Candida albicans e Candida parapsilosis resistentes a fluconazol
  • Data: 21/10/2022
  • Hora: 08:30
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  • Infecções causadas pelo gênero Candida, sobretudo as sistêmicas, representam um desafio para a saúde pública devido à alta morbimortalidade, elevados custos associados e dificuldade de tratamento com bom prognóstico clínico. A espécie Candida albicans é a mais frequente causadora desta infecção, entretanto, o número de casos provocados por espécies não-albicans como C. parapsilosis tem surgido, com notável registro de linhagens resistentes. A busca por novas alternativas terapêuticas se torna um recurso importante no controle destas infecções e o aproveitamento de algumas substâncias já conhecidas, como a 2-cloro-N-fenilacetamida, é uma maneira de se obter novos produtos potencialmente eficazes. Diante disto, o potencial antifúngico da 2-cloro-N-fenilacetamida foi investigado contra linhagens de C. albicans e C. parapsilosis resistentes a fluconazol. A atividade antifúngica da 2-cloro-N-fenilacetamida foi avaliada in vitro pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), inibição da formação de biofilme e sua ruptura, ensaios de sorbitol e ergosterol e associação desta molécula com antifúngicos comuns, anfotericina B e fluconazol. O produto teste inibiu o crescimento de todas as cepas de C. albicans e C. parapsilosis, com uma CIM variando de 128 a 256 μg.mL-1, e uma CFM de 512 a 1.024 μg.mL-1. A substância também inibiu até 92% da formação de biofilme e provocou uma ruptura de até 87% do biofilme pré-formado. Porém, a 2-cloro-N-fenilacetamida não promoveu atividade antifúngica através da ligação ao ergosterol da membrana celular nem prejudicou a integridade da parede celular do fungo. O antagonismo foi observado ao combinar esta substância com anfotericina B e fluconazol. A substância exibiu efeitos antifúngicos significativos inibindo tanto as células planctônicas quanto o biofilme de cepas resistentes ao fluconazol. Vale salientar que sua combinação com outros antifúngicos deve ser evitada e que ainda resta estabelecer seu mecanismo de ação.
  • JULIANA DE MEDEIROS GOMES
  • Atividade fotoprotetora e antioxidante do extrato otimizado de Mentha x villosa e estudo sazonal de suas atividades e metabólitos secundários
  • Data: 11/10/2022
  • Hora: 08:00
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  • Devido às agressões cutâneas causadas pela radiação solar, principalmente as ultravioletas (UVA e UVB), medidas preventivas precisam ser utilizadas para combater os danos dessas radiações. Dessa forma, a recomenda-se o uso de protetores solares, tópicos e orais. Os protetores tópicos podem ser constituídos por filtros químicos e/ou físicos, e compostos antioxidantes, visando uma proteção mais ampla. Entretanto, muitas vezes essa proteção deixa a desejar e, por isso, uma estratégia interessante é a adição de compostos naturais ou extratos vegetais ricos em polifenóis nessas formulações, já que os polifenóis são a principal classe de metabólitos secundários com atividade antioxidante e fotoprotetora existente. Dentro desse contexto, a família Lamiaceae torna-se bastante interessante, já que é a principal família vegetal utilizada na indústria cosmética e apresenta membros com grande quantidade de compostos fenólicos. Assim, Mentha x villosa, espécie de fácil cultivo e que pertence à família Lamiaceae, apresentando como principais compostos não voláteis, ácido rosmarínico (AR) e flavonoides, vem sendo estudada na fotoproteção. Dessa forma, este trabalho teve o objetivo de continuar avaliando a atividade fotoprotetora de M. x villosa através do estudo sazonal do fator de proteção solar (FPS), atividade antioxidante, teor de fenólicos, flavonoides e AR, avaliando também se a radiação UV e a precipitação poderiam influenciar na produção desses metabólitos. Posteriormente, foi feita a otimização da extração de polifenóis e AR através da utilização de um planejamento fatorial, variando a porcentagem de etanol e a razão pó/solvente utilizada. Após a otimização, análises de componentes principais (PCA), LC-HRMS e desreplicação (MSn) do extrato foram executadas a fim de identificar os compostos presentes em M. x villosa e entender quais substâncias tiveram sua extração favorecida pelo planejamento fatorial. A atividade antioxidante, através do teste do DPPH, ABTS e inibição da tirosinase foi avaliada, bem como o FPS, fator de proteção UVA (FPUVA) e o comprimento de onda crítico. Esses três últimos testes foram feitos a partir da preparação de 8 formulações diferentes contendo o extrato otimizado. Como resultados, foi visto que o melhor mês para a coleta de M. x villosa foi setembro e, que maiores concentrações de polifenóis e flavonoides favorecem o aumento do FPS, bem como a concentração de AR influencia diretamente a atividade antioxidante da espécie. Além disso, observou-se que a radiação solar influencia na produção de fenólicos e aumento do FPS, enquanto que a precipitação parece não influenciar nos parâmetros estudados. Com relação a otimização da extração, foi visto que as melhores condições para a extração conjunta de polifenóis e AR foram etanol 70% e razão pó/solvente de 5%, promovendo a obtenção de 264,58 mg EAG/g e 101,96 mg/g de fenólicos totais e AR, respectivamente. A PCA revelou que 7 componentes principais contribuíram para diferenciar as amostras e, com base na análise de LC-MS, esses compostos foram identificados como polifenóis, juntamente com outros 23 compostos. Em relação a atividade antioxidante, o extrato otimizado apresentou CE50 = 42,44 μg/mL no ensaio de inibição dos radicais DPPH e CE50 = 322,87 μg/mL no ensaio com radicais ABTS, enquanto que ele inibiu 64,28% da atividade da tirosinase na concentração de 25 μg/ml e o AR foi capaz de inibir a mesma porcentagem, porém na concentração de 5 μg/ml. Na avaliação da atividade fotoprotetora, as formulações 5 e 6 apresentaram os melhores valores de FPS e FPUVA, 23,20 e 30,63; 12,25 e 26,53, que aumentaram o FPS do etilhexilmetoxicinamato em 4 e 5 vezes, respectivamente. Dessa forma, corroborando com todos os resultados obtidos, esse trabalho demonstrou o grande potencial fotoprotetor de M. x villosa, que foi capaz de apresentar importante proteção de amplo espectro contra os raios UVA e UVB, associada à atividade antioxidante e ainda, diminuindo a concentração de filtro químico utilizado na formulação, sugerindo uma alternativa de um produto mais seguro.
  • FERNANDO EMANUEL DE SOUSA FERREIRA
  • Sinapatos sintéticos como candidatos a protótipos de fármacos antifúngicos
  • Data: 30/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • Nos últimos anos houve um aumento nos estudos sobre os fungos, devido à alta incidência de doenças causadas pelos mesmos, demonstrando que hoje esses microrganismos são importantes causadores de mortalidade em humanos, atingindo milhões de pessoas por ano no mundo. Devido ao uso indiscriminado dos medicamentos indicados para tratamento de candidíase observa-se a ocorrência de resistência fúngica, sendo necessário o desenvolvimento de novas alternativas farmacoterapêuticas. Os ácidos fenólicos, como o ácido sinápico, constituem grupos de ácidos carboxílicos aromáticos amplamente encontrados em vegetais, que apresentam diversidade estrutural e várias atividades biológicas descritas, com destaque para atividade antimicrobiana, a exemplo da ação anti-Candida. Desta maneira, o presente estudo teve o objetivo de preparar uma coleção de onze sinapatos (1-11), estruturalmente relacionados, e avaliar a atividade antifúngica desses compostos frente a duas espécies de fungos, C. albicans e C. tropicalis, e estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os derivados sintéticos foram preparados via esterificação de Fischer, reação de Steglich, e esterificações com haletos de arila na presença de trietilamina. Na caracterização estrutural utilizaram-se as técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C. Os produtos foram obtidos com rendimentos de 13,9–82,3%. Dentre os onze compostos obtidos, seis são inéditos na literatura (5, 7-11). Foi realizado o teste antifúngico via determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e estabelecendo a concentração fungicida mínima (CFM), incluindo a investigação do mecanismo de ação (sorbitol e ergosterol). Ao analisar os resultados pode-se verificar que os ésteres 4, 5 e 8 demonstraram efeito fungicida com valores de CIM = CFM = 213,8 μmol/mL e 53,4 μmol/mL, CIM = CFM = 25,3 μmol/mL e 25,3 μmol/mL, CIM = CFM = 43,8 μmol/mL e 175,3 μmol/mL A DISCUSSÃO DOS DADOS É EM MOLARIDADE OU micromoles/mL frente à C. albicans e C. tropicalis, respectivamente. Constatou-se por meio da razão (CFM/CIM<4), que as moléculas exerceram efeito fungicida. No tocante as características estruturais dos ésteres sobre a bioatividade antifúngica, evidenciou-se a importância das cadeias alquílicasmédias e substituinte arílico com grupo alquílico volumoso na posição para do anel. De acordo com o teste de ergosterol sugere-se que o mecanismo de ação ocorre na membrana plasmática da célula fúngica. A análise in silico sobre predição farmacocinética e toxicológico sugeriu que os compostos não são letais, carcinogênico e multagênico, sendo o 1 e 3 hepatotoxico e imunotoxico, quanto aos demais apresenteram apenas citotoxidade. Quanto a absorção todos apresentaram boa solubilidade em água, o que indica que podem ser admisnistrados por via oral. Portanto, foi possível estabelecer características químicas que podem servir de referência para o avanço no desenvolvimento de novos compostos antifúngicos com melhor ação biológica contra espécies de Candida.
  • YANNE CELESTE SILVA DE MEDEIROS
  • Estudo Fitoquímico da Espécie Croton lanjouwensis Jablonszky (Euphobiaceae)
  • Data: 29/09/2022
  • Hora: 08:00
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  • Os produtos naturais nunca foram esquecidos, mesmo com o apogeu dos sintéticos, devido à importância para a síntese, a pesquisa de novas substâncias e a associação à saúde. Dessa forma, não se pode deixar de lado o estudo de espécies pertencentes ao Brasil, país rico em biodiversidade e que abrange uma das maiores família de plantas angiospermas, como a família Euphorbiaceae, a qual detém grande poder farmacológico, alimentício e econômico com cerca de 72 gêneros e de 1100 espécies. Entre essas se destaca o gênero Croton, um dos mais ricos em variedade de metabólitos secundários, com cerca de 350 espécies existentes no Brasil, ricas em terpenos, com variáveis bioatividades. Mesmo assim, há espécies pouco estudadas, como por exemplo, a espécie Croton lanjouwensis, sinônimo da C. matourensís Aubl. não endêmica do Brasil, mas frequentemente encontrada no Amazonas. Poucos estudos relatam a fitoquímica da espécie, sendo mais bem estudado seu óleo essencial. Diante disto, este trabalho objetiva contribuir com o conhecimento fitoquímico sobre a espécie em destaque e ao gênero Croton, por meio do isolamento de metabólitos secundários da casca de Croton lanjouwensis. Assim, as cascas foram submetidas a processos de secagem, pulverização, extração e técnicas cromatográficas para o isolamento dos seus constituintes químicos. As estruturas químicas das substâncias isoladas foram identificadas através das análises dos dados de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais. Neste estudo, foram isoladas cinco substâncias: metoxieugenol, elemicina, ácido hardwickiic, ácido 8(17)12E, 14-labdatrien-18-óico e o communol. Sendo as três últimas, relatadas pela primeira vez nesta espécie. Foi avaliado a citotóxica do diterpeno lábdano isolado (communol) para linhagens celulares de melanoma (SK-MEL-28) e de leucemia promielocítica aguda (HL-60). Verificando inibição celular apenas para as células SK-MEL-28, com uma resposta de inibição celular de 2,02%. Por fim, este trabalho contribuiu para a ampliação do conhecimento químico da espécie, Croton lanjouwensis, demonstrando ser fonte de diterpenos.
  • ANTÔNIO RAPHAEL LIMA DE FARIAS CAVALCANTI SILVA
  • Estudos in vitro e in silico do mecanismo de ação vasorrelaxante da amida sintética (E)-N-(4-metoxifenetil)-3-(tiofen-2-il)acrilamida (MFTA) em aorta de rato
  • Data: 28/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • (E)-N-(4-metoxifenotil)-3-(tiofen-2-il)acrilamida (MFTA) é uma amida tiofênica sintética, na qual o oxigênio do anel furano foi substituído pelo enxofre, formando um anel tiofeno, criando uma nova molécula. Diversas atividades de amidas foram relatadas no músculo liso, incluindo atividade vasorrelaxante em aorta de rato. Com o docking molecular é possível prever a melhor orientação de uma molécula para uma segunda, quando acopladas, formando um complexo. Considerando que a MFTA em trabalho anterior apresentou efeito espasmolítico não seletivo em modelos de músculo liso tônico e fásico, sendo mais potente em aorta de rato, decidiu-se caracterizar seu mecanismo de ação vasorrelaxante por meio de estudos in vitro e in silico. A aorta de ratos Wistar foi seccionada em anéis e suspensa em cubas de banho para órgãos isolados sob condições adequadas, e as contrações isométricas foram monitoradas. A MFTA foi submetida ao docking molecular (DM) no Molegro Virtual Docker v.6.0.1, utilizando-se o canal de cálcio dependente de voltagem (CaV) e a proteína cinase associada a Rho (ROCK) complexados com nifedipino e Y-27632, respectivamente, obtidos do Protein Data Bank, tomando como referência o valor energético dos algoritmos Moldock e Rerank score (kcal/mol). Todos os protocolos experimentais (n = 5) foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFPB (8073300419). A MFTA relaxou de maneira dependente da concentração e equipotente a aorta de rato pré-contraída com 3x10-7 M de fenilefrina, tanto na presença (Emax=100% e CE50=1,1±0,2x10-4 M) quanto na ausência (Emax=100% e CE50=1,3±0,3x10-4 M) do endotélio, sugerindo que seu efeito vasorrelaxante parece ser devido a um mecanismo independente dos fatores relaxantes derivados do endotélio. Assim, decidiu-se avaliar a participação dos canais de K+ e dos CaV no efeito vasorrelaxante da MFTA. Foi observado que a amida relaxou de maneira dependente de concentração a aorta pré-contraída com 30 (Emax=95,4±4,6% e CE50=1,9±0,2x10-4 M) ou 80 mM (Emax=98,7±1,3% e CE50=8,3±0,7x10-5 M) de KCl, sendo cerca de duas vezes mais potente quando esses anéis eram pré-contraídos com elevadas concentrações de KCl, indicando uma possível participação dos CaV. Essa hipótese foi confirmada pela observação de que a amida (10-5-3 x 10-4 M) inibiu de maneira dependente de concentração as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem cálcio, com desvio da curva controle para direita e redução do Emax de 100% (controle) para 95,6±4,5; 68,4±5,2; 54,0±3,4 e 19,4±3,5%, respectivamente. Os valores de CE50 do CaCl2 passaram de 2,0±0,2 x10-3 M (controle), para 1,5±0,2x10-3; 2,8±0,2x10-3; 7,0±1,2x10-3; 1,2±0,5x10-4 M, respectivamente. Além disso, a MFTA relaxou de maneira dependente de concentração a aorta pré-contraída com 3x10-7 M de S-(-)-Bay K8644, um agonista dos CaV1 (Emax=100% e CE50=6,3±1,6x10-5 M), indicando uma possível inibição do influxo de Ca2+, através dos CaV1. Também foi investigada a participação da via da ROCK e observou-se que não houve diferença na eficácia nem na potência relaxante da MFTA na presença de 10- 6 M de Y-27632 (Emax=100% e CE50=5,4±1,1x10-5 M), descartando a participação desta via no efeito vasorrelaxante in vitro da amida. Nos estudos in silico, pode-se comprovar os ensaios in vitro para o bloqueio dos CaV, evidenciado pelos valores energéticos mais negativos da MFTA (-132,99 e -111,60) quando comparados ao nifedipino (-81,77 e 122,98) para Moldock e Rerank score respectivamente. Para ROCK, os estudos in silico foram condizentes com os in vitro apenas na função Rerank score, uma vez que a MFTA (-60,64) não apresentou energia mais negativa que o Y-27632 (-73,35). Portanto, a MFTA possui efeito vasorrelaxante por bloquear Cav1, de modo que o score mais negativo do valores energéticos no DM corrobora com a confirmação dessa hipótese.
  • VINICIUS FERREIRA VIANA
  • Constituintes químicos de Harpochilus neesianus (Acanthaceae): isolamento direcionado por espectrometria de massas e caracterização
  • Data: 28/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • A segunda metade do século XX trouxe um avanço no desenvolvimento de medicamentos sintéticos mas ainda há obstáculos que dificultam o acesso de determinadas populações, a exemplo da população mais carente, a medicina profissional e saúde de qualidade. Com isso, as plantas medicinais acabam por se tornar a fonte terapêutica mais importante frente ao tratamento de doenças, principalmente em países subdesenvolvidos. Harpochilus neesianus, conhecida popularmente como “cansa-cavalo” e “canudo da Caatinga”, é uma espécie do gênero Harpochilus Nees pertencente a família Acanthaceae, endêmica dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia no nordeste do Brasil. O objetivo deste trabalho é realizar uma abordagem fitoquímica por meio da identificacação de constituintes químicos isolados de Harpochilus neesianus. As partes aéreas da espécie foram submetidas aos processos de secagem e pulveirização, foi realizada a extração do material vegetal, onde o extrato obtido foi submetido a uma partição resultando nas fases hexânica, clorofórmica, acetato de etila e n-butanólica. O emprego de técnicas cromatográficas utilizando a fase acetato de etila possibilitou o isolamento de três compostos: brazoides E, F e I. Estes foram identificados por meio da espectroscopia de massas e de RMN de 1H e 13C, utilizando técnicas uni e bidimenssionais. Os resultados obtidos neste trabalho, foram de grande importância para a contribuição de conhecimentos fitoquímicos do gênero Harpochilus, especificamente da espécie Harpochilus neesianus.
  • PEDRO THIAGO RAMALHO DE FIGUEIREDO
  • Estudo fitoquímico e antimicrobiano das raízes de Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek (Celastraceae) guiado por GNPS/espectrometria de massas
  • Data: 26/09/2022
  • Hora: 09:00
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  • Maytenus é considerado o gênero mais representativo da família Celastraceae, sendo representada, aproximadamente, por 123 espécies distribuídas nas regiões de clima tropical e subtropical do mundo. No Brasil, as espécies de Maytenus apresentam boa adaptação ao clima local, sendo o país considerado a região com a maior diversidade de espécies descritas do gênero. Foram relatadas 49 espécies das quais 36 são consideradas endêmicas das regiões brasileiras. Este gênero apresenta grande relevância para o tratamento dos distúrbios gastrointestinais, bem como para processos infecciosos e inflamatórios. Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek é conhecida popularmente como “pau-colher”, “casca-amarela”, “pau-doce” é endêmica da região do Nordeste brasileiro, sendo utilizada, na medicina popular, para tratar doença renal crônica e úlceras estomacais. Nas raízes de Maytenus são encontrados os alcaloides sesquiterpênicos piridínicos considerados marcadores quimiotaxonômico neste gênero. O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo fitoquímico e quimioinformático de M. distichophylla e avaliar a atividade antimicrobiana de extratos e substâncias isoladas. As raízes de M. distichophylla foram coletadas no município de Matureia-PB. Posteriormente, as raízes foram secas e trituradas para obtenção do pó vegetal, o qual foi submetido a sucessivas extrações com etanol a 95% para obter-se o extrato etanólico bruto, sendo submetido a métodos cromatográficos para isolamento e purificação dos metabólitos secundários. A identificação química das substâncias isoladas foi realizada pelo método espectroscópico de Ressonância Magnética Nuclear de 1H, 13C e bidimensionais. Foram isolados seis alcaloides sesquiterpênicos piridínicos das fases hexano:acetato (8:2) (Ebinifolina E2) e da fase diclorometano (Ebinifolina W1, Euojaponina K, F, A e Maiteína), sendo relatados pela primeira vez nesta espécie. Foram realizados estudos computacionais para avaliar a predição desses compostos em modelos contra os microorganismos C. albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis, P. aeruginosa e S. epidermides. O modelo Random Forest de predição para os microorganismos citados obtiveram uma porcentagem de acerto acima de 70%, área sob a curva, Receiver Operating Characteristic, acima de 0,82. Deste estudo, os seis ASP foram preditas como ativas contra os microorganismos C. albicans, C. tropicalis, C. parapsilopsis com potencial atividade variando entre 54% a 79%. Em seguida, foi realizado a atividade antimicrobiana das fases e das substâncias isoladas utilizando as cepas bacterianas: S. aureus ATCC-25923, S. epidermidis ATCC-12228, E. coli ATCC-1873, P. aeruginosa ATCC-9027, C. parapsilosis ATCC-22019, C. albicans ATCC-90028, C. albicans LM-22, no qual os extratos e substâncias testadas apresentaram atividades para as bactérias Gram-positivas e fungos leveduriformes.
  • CARLOS ARTHUR GOUVEIA VELOSO
  • ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE Varronia dardani E Varronia leucocephala (CORDIACEAE)
  • Data: 19/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • O Brasil é um país que possui uma vasta biodiversidade, onde encontramos a região da Caatinga, representada por vegetais da família Cordiaceae, os quais são empregados pelas comunidades locais como uma alternativa para o tratamento de algumas doenças, como é o caso das espécies Varronia dardani e V. leucocephala, cujas infusões são utilizadas para o alívio das dores gástricas, cólica menstrual e artrite. Sendo assim, buscou-se contribuir para o conhecimento sobre essas espécies, mediante o estudo fitoquímico e biológico das mesmas. Para isso, o material vegetal foi coletado nos municípios de Serra Branca-PB e Maturéia-PB e submetidos a processos de extração. O extrato etanólico bruto de V. dardani (EEB-VD) foi submetido à determinação de fenólicos totais e à uma quantificação do ácido rosmarínico, considerado um dos marcadores quimiotaxonômicos da família Cordiaceae. Foi realizada uma triagem com o EEB-VD para avaliar a sua atividade espasmolítica em diversos órgãos. Além dessa atividade biológica, foi avaliada a atividade antiproliferativa dos extratos e frações de todas as espécies frente às células de melanoma humano (A2058). Através de técnicas de RMN foram identificadas as substâncias isoladas das espécies do estudo. A triagem relativa à atividade no músculo liso, mostrou que o EEB-VD apresentou uma atividade não seletiva nos diferentes tecidos e para os diferentes agonistas testados, apresentando maior potência no útero de ratos. Da fração acetato de etila do EEB-VD foi possível o isolamento e identificação de cinco flavonoides, sendo três agliconas (isosakuranetina, naringenina e ramnocitrina) e dois glicosilados (astragalina e isoquercitrina), além do ácido rosmarínico. Com relação ao teste citotóxico, a fração isopropanólica do extrato das raízes de V. dardani se mostrou mais ativa, e desta fração foi isolada a vardanona, primeira hidroantraquinona relatada na espécie V. dardani. O composto VD-R-I, foi utilizado para um estudo de quimioinformática, onde o conjunto de isômeros dessa substância foi analisado quanto à atividade na linhagem celular A2058 e foram observadas algumas interações entre resíduos de aminoácidos, comparando com o controle positivo dacarbazina e vemurafenibe, drogas utilizadas na terapia atual do melanoma. A segunda espécie mais ativa nos testes citotóxicos foi a V. leucocephala, de onde foi possível isolar uma saikosaponina, já isolada ateriormente na espécie. Logo, os resultados químicos e biológicos, obtidos nesse trabalho, contribuíram para o conhecimento sobre o gênero Varronia, ainda assim, o estudo revelou novas possibilidades de pesquisas nessas espécies envolvendo a busca de novos metabólitos secundários, principalmente da classe das quinonas.
  • ANA CAROLINE MENESES FERREIRA VERAS
  • Atividade espasmolítica da nova fórmula de um medicamento fitoterápico- Funchicórea®, pó - Ensaio Farmacológico de Estabilidade para Controle de Qualidade Biológico –
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • O funchicórea®, é um fitoterápico tradicional brasileiro utilizado na medicina popular há mais de 50 anos, indicado para constipação e cólicas intestinais em recém-nascidos. O uso tradicional do produto subsidia a sua segurança e eficácia. Mas, a legislação vigente preconiza a realização de testes que comprovem a segurança, eficácia e estabilidade da formulação. Com isso, no ano de 2012 foi realizado o primeiro estudo no laboratório de farmacologia cardiovascular da UFPB, comprovando que funchicórea® promoveu aumento do trânsito intestinal em camundongos constipados de ambos os sexos e redução da atividade espasmódica em íleo de cobaia. Contudo, em 2020 a ANVISA exigiu a modificação da formulação com a descontinuação do óleo de funcho e com isso solicitou novos estudos que comprovassem a manutenção da atividade biológica, bem como os testes de estabilidade acelerada e longa duração. Então, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade espasmolítica, em íleo de ratos, da nova formulação do produto fitoterápico Funchicórea®, com base na Resolução de Diretoria Colegiada – RDC Nº 26, de 13 de maio de 2014 e RDC Nº 318, de 6 de novembro de 2019 que preconizam o registro dos medicamentos fitoterápicos e os estudos de estabilidade. Além disso, avaliar o seu mecanismo de ação antioxidante. Com os resultados, observamos que a troca da formulação de funchicórea®, não alterou sua potência e eficácia. Em seu mecanismo de ação, foi possível constatar que nos testes de DPPH (in vitro), funchicórea® tem baixo efeito oxidante. Porém quando há a indução do estresse oxidativo por meio da Ang II, nas tiras ilíacas, a formulação demonstra potente atenuação da produção de ROS, com efeito comparado ao inibidor de NADPH, apocinina. Durante os testes de estabilidade longa duração por doze meses e acelerado seis e nove meses, observou-se ao longo do tempo uma padronização do efeito de funchicórea®, ou seja, manutenção da potência e eficácia. Dessa forma, conclui-se que a nova formulação de funchicórea® é eficaz e estável durante o período de ano e tem possível mecanismo de ação antioxidante.
  • ALINNE VILLAR DE ARRUDA
  • Participação dos canais para cálcio nos efeitos cardiovasculares induzidos pelo indol-3-carbinol em ratos
  • Data: 30/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • As doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos ambulatoriais no mundo. O principal fator de risco, modificável, para o desenvolvimento de DCV é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), uma condição clínica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial (PA). Os alcaloides têm demonstrado vários benefícios medicinais podendo serem úteis para o tratamento da HAS. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares induzidos pelo indol-3-carbinol (I3C), um alcaloide indólico, encontrado em vegetais crucíferos, buscando evidenciar o mecanismo de ação. No protocolo agudo foi realizada a administração intravenosa do I3C (5, 10, 30 e 50 mg/kg) em ratos Wistar e foram mensuradas a PA e a frequência cardíaca (FC). Nos ensaios in vitro, o I3C (10- 6-10-2 M) foi adicionado em anéis de artéria mesentérica superior com ou sem endotélio funcional pré-contraídos com fenilefrina (FEN) ou solução despolarizante (KCl 60 mM). Também, os efeitos do I3C sobre as contrações induzidas por CaCl2 foram avaliados na ausência ou presença do composto, bem como em outro protocolo os vasos foram expostos a pré-contração com S(-)-Bay K 8644, um ativador do canal Cav1.2. No estudo in silico foram realizados o docking e a dinâmica molecular para avaliar a interação do I3C com o canal Cav1.2. Já para a avaliação do tratamento com o I3C, os animais foram divididos em três grupos: controle normotenso Wistar Kyoto (WKY-CTL), hipertenso (SHR- CTL) e hipertenso tratado com I3C na dose de 50 mg/kg/dia (SHR-I3C 50 mg/kg/dia). Todos os animais foram submetidos a administração diária, via oral, por 28 dias e ao final do tratamento foram mensurados a PA e FC. Os protocolos foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) (nº 056/2016; 066/2017 e 4234221121). A administração aguda do I3C, promoveu hipotensão e bradicardia. Concentrações cumulativas do I3C induziu relaxamento dependente de concentração em anéis mesentéricos com e sem endotélio pré-contraídos com FEN, sendo essa resposta significativamente semelhante quando os anéis foram pré-contraído com KCl 60 mM. Além disso, o I3C inibiu as contrações induzidas por CaCl2 em meio livre de Ca+2, de forma dependente de concentração. Este composto, também induziu vasodilatação nas preparações arteriais pré-contraídas com S(-)-Bay K 8644. Nos resultados in silico foi observado fortes interações moleculares do I3C com a subunidade α1C do canal Cav1.2. O tratamento do I3C resultou em diminuição da PAM e da PAS nos animais em modelo de hipertensão espontânea. Em conclusão, este estudo mostra que o I3C promove redução da PAM, tanto de maneira aguda como após o tratamento em SHR. Além disso, induz vasorrelaxamento, envolvendo pelo menos em parte, a participação do bloqueio dos canais Cav1.2 resultando em redução da concentração de Ca+2 intracelular [Ca+2]i, modulando o tônus das células musculares lisas vasculares (CMLV). Esses achados contribuem para o entendimento das ações cardiovasculares do I3C
  • VIVIANE SILVA LIMA
  • Avaliação do efeito do carvacrol (2-metil-5-(1-metiletil)-fenol) sobre as alterações cardíacas e renais em ratos espontaneamente hipertensos
  • Data: 29/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica crônica não transmissível, caracterizada por um aumento sustentado da pressão arterial de etiologia variada. Possui elevadas taxas de morbidade e mortalidade e representa um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares. A hipertensão está associada a prejuízos progressivos na função e estrutura de órgãos-alvo, como o coração e o rim, que sofrem alterações estruturais e funcionais. O desenvolvimento da hipertensão tem sido associado, com o estresse oxidativo, um mecanismo que causa lesão tecidual em múltiplos sistemas e órgãos, afetando também os órgãos-alvo da hipertensão. Dessa forma, buscar alternativas de substâncias que possuam atividade anti-hipertensiva e antioxidantes, e que melhorem os danos nos órgãos-alvo da hipertensão, devem ser exploradas. Neste contexto, o carvacrol, um monoterpeno fenólico, presente em algumas plantas aromáticas, apresenta dentre as suas propriedades importantes a atividade vasorelaxante, anti-hipertensiva e antioxidante. Diante disto, o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do tratamento com carvacrol nas alterações cardíacas e renais em ratos espontaneamente hipertensos. Os animais foram divididos em cinco grupos: controle normotenso wistar kyoto (WKY-CTL) e hipertenso (SHR-CTL); e hipertensos tratados com carvacrol 50 mg/kg (SHR-C50), carvacrol 100 mg/kg (SHR-C100) e resveratrol 10 mg/kg (SHR-RE10). Todos os ratos foram tratados por via oral, uma vez ao dia, durante quatro semanas. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA-UFPB nº 6638150621. O tratamento não afetou o peso dos animais ao longo do tratamento. No ensaio de medida indireta de pressão arterial, o grupo SHR-CTL apresentou níveis de pressão arterial sistólica (PAS) significativamente elevados, em relação ao controle, ao longo do tratamento, comprovando a hipertensão nos animais. Os grupos SHR-C50, SHR-C100 e SHR-RE10 tiveram as PAS reduzidas em relação ao início do tratamento, quando comparados ao SHR-CTL. O carvacrol (50 mg/kg) conseguiu reduzir índice de massa do coração, quando comparado ao SHR-CTL. Através do ecocardiograma foi possível verificar modificações estruturais no coração, como o diâmetro ventricular esquerdo na diástole e na sístole, e calcular o índice massa ventricular esquerda, a fração de ejeção e a fração de encurtamento. O grupo SHR-CTL não apresentou alteração nos parâmetros ecocardiográficos em comparação ao grupo WKY-CTL. Assim como, os grupos SHR-C50, SHR-C100 e SHR-RE10, não apresentaram alterações em comparação ao SHR-CTL. Através do eletrocardiograma, foi possível observar que os animais hipertensos (SHR-CTL) possuíam um aumento da duração do QRS em relação ao WKY, e o carvacrol não foi capaz de reverter a duração do intervalo QRS. A duração do intervalo QT não demonstrou diferença entre os grupos SHR-CTL e WKY-CTL, assim como entre os grupos tratados com carvacrol e resveratrol. A avaliação das alterações renais foi realizada inicialmente através do índice de massa renal, onde o grupo SHR-CTL apresentou um aumento no índice quando comparado ao WKY-CTL. Entretanto, o tratamento com carvacrol não conseguiu reduzir esse índice. Nos ensaios de ureia e creatinina plasmática, os animais dos grupos avaliados não apresentaram diferenças de creatinina. Contudo, a ureia foi aumentada no grupo SHR-CTL quando comparado ao WKY-CTL. Nas duas condições experimentais o carvacrol conseguiu reduzir este parâmetro, quando comparados ao SHR-CTL. Entretanto, o tratamento com resveratrol diminuiu as concentrações de ureia plasmática em comparação ao SHR-CTL e não foi observado diferença com o grupo WKY-CTL. Os grupos hipertensos apresentaram maior deposição de colágeno cardíaco e renal, e houve a diminuição com o tratamento do carvacrol e resveratrol. Em cortes do tecido cardíaco e renal, o carvacrol reduziu significativamente a fluorescência basal da sonda DHE, quando comparados ao SHR-CTL. Desta forma, estes resultados demonstram que o tratamento com carvacrol foi eficiente em reduzir a pressão arterial, além de melhorar a fibrose cardíaca e renal, a função renal, e o estresse oxidativo.
  • MARIA ELAINE CRISTINA ARARUNA
  • ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA E ANTI-INFLAMATÓRIA INTESTINAL DO ISÔMERO (-)-FENCHONA EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 26/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Os monoterpenos são metabólitos secundários presentes em diversas espécies medicinais. A (-)-fenchona é um monoterpeno presente nas espécies vegetais Foeniculum vulgare (funcho), Thuja occidentalis L. (tuja) e Lavandula stoechas (rosmaninho). Estudos farmacológicos apontam seus efeitos anti-inflamatório, antioxidante, gastroprotetor, antidiarreico e antifúngico. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar sua atividade anti-úlcera duodenal cicatrizante gástrica e anti-inflamatória intestinal em modelos animais. A administração oral (v.o) de (-)-fenchona em todas as doses avaliadas (37,5; 75; 150 e 300 mg/kg) reduziu (p<0,001) a ALU em duodenos de ratos submetidos as lesões induzidas pela cisteamina. A partir do modelo de úlcera gástrica induzida por ácido acético foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias. Os resultados mostraram que o tratamento com (-)-fenchona na dose de 150 mg/kg (v.o) durante 14 dias reduziu (p<0,001) a área de lesão ulcerativa (ALU), quando comparado ao grupo controle. Esse efeito foi relacionado a um aumento dos níveis de GSH, SOD, IL-10 (p<0,001) e TGFβ (p<0,01) e uma redução (p<0,001) dos níveis de MDA, MPO, IL-1β, TNF-α e NFκB. A administração de (-)-fenchona durante 14 dias não alterou o peso dos órgãos (coração, fígado, baço e rins), nem os parâmetros bioquímicos e hematológicos. Ainda foi observado que a substância teste protege os animais da redução do consumo de água e de ração. No modelo de indução aguda de inflamação intestinal induzida por TNBS, a (-)-fenchona em todas as doses (37,5; 75; 150 e 300 mg/kg, v.o.) reduziu (p<0,05) o escore de lesão macroscópica, a ALU, a relação peso/comprimento e o índice diarreico. O efeito anti-inflamatório intestinal também foi avaliado em modelo sub-crônico de colite ulcerativa com recidiva. A (-)-fenchona sua melhor dose (150 mg/kg) reduziu (p<0,01) o escore de lesão macroscópica, a ALU e a relação peso/comprimento do cólon. Em amostras de cólon provenientes dos modelos agudo e sub-crônico foi demonstrado que na sua melhor dose (150 mg/kg) reduziu (p<0,001) os níveis de MDA e MPO e restaurou os níveis de GSH e SOD. Além disso, reduziu (p<0,001) os níveis de IL-1β, TNF-α e e NFκB, bem como, aumentou os níveis de TGFβ (p<0,001) e restaurou (p<0,01) os de IL-10. No estudo do mecanismo ciprotetor intestinal foi mostrado um aumento (p<0,001) da imunomarcação para zona de oclusão-1 (ZO-1). Dessa forma, estes dados sugerem que a (-)-fenchona apresentam apresenta atividade antiúlcera duodenal, atividade cicatrizante gástrica relacionada à indução da reepitelização da lesão e baixa toxicidade por doses repetidas. E atividade anti-inflamatória intestinal na fase aguda e sub-crônica, sendo relacionada à citoproteção da barreira intestinal por meio da preservação das junções comunicantes. Esses efeitos envolvem ainda a participação do sistema antioxidante e da imunomodulação.
  • RENATA PRISCILA BARROS DE MENEZES
  • Desenho computacional de metabólitos secundários de Annonaceae: Seleção e atividades antiparasitárias
  • Data: 25/08/2022
  • Hora: 08:00
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  • As plantas são fontes ricas de produtos naturais, que por sua vez são fonte potencial de substâncias bioativas para o desenvolvimento de novos medicamentos. A família Annonaceae é extremamente rica em metabolitos secundários, com grande diversidade química, apresentando uma grande variedade de potencial biológico. O uso de técnicas computacionais para a descoberta de novos fármacos tem se tornado cada vez mais comum e necessário, uma vez que leva à redução de custos de pesquisa e tempo. O desenvolvimento de drogas assistido por computador permite a exploração de grandes bases de dados químicos, reduzindo esses bancos a conjuntos de moléculas com potencial elevado de atividade biológica, processo conhecido como triagem virtual. Portanto, este estudo tem como objetivo realizar estudos computacionais com vistas a obtenção de moléculas promissoras com atividade biológica para as doenças negligenciadas, doença de Chagas e leishmaniose a partir de banco de dados de metabólitos secundários de Annonaceae. Além de investigar o potencial leishmanicida de extratos de quatro espécies de Annona (Annona glabra, Annona mucosa, Annona sylvatica e Annona dolabripetala) por meio de uma abordagem metabolômica usando análise estatística multivariada (PCA e PLS) e dados de LC-MS, para correlacionar dados espectroscópicos com atividade leishmanicida, buscando sugerir compostos ou grupos de compostos responsáveis pela atividade biológica. No capítulo 1 foi realizada uma revisão dos estudos de atividade biológica realizados com espécies da família Annonaceae objetivando evidenciar quão versátil e promissora é essa família na busca por novas drogas. No capítulo 2 foi realizada uma revisão sobre aprendizado de máquina aplicado a QSAR, escrito em português, com intuito de abordar o assunto de forma simples e didática para estudantes e pesquisadores que estão iniciando nesta área tão promissora e importante. No capítulo 3 a partir da construção de um banco de dados com os metabolitos secundários já isolados da família Annonaceae entre os aos de 1970 e 2019, foi realizada uma análise quimiotaxonômica utilizando a classe de diterpenos. Através deste estudo quimiotaxonômico foi possível separar as tribos Annoneae, Xylopieae e Miliuseae de acordo com a separação morfológica e taxonômica da família. Esse fenômeno permite prever a localização de um determinado diterpeno nas tribos Annoneae, Xylopieae e Miliuseae das Annonaceae e buscar esses metabólitos secundários e seus potenciais biológicos de forma mais eficaz. Nos capítulos 4 e 5 são realizados estudos de triagem virtual baseada em ligante em busca de moléculas com potencial atividade antichagásica e leishmanicida utilizando o banco de dados de metabólitos secundários de Annonaceae, constituído por 1860 moléculas. Os modelos preditivos criados para L. amazonensis e T. cruzi obtiveram uma acurácia acima de 72%. Para os dois protozoários foi possível identificar moléculas potencialmente ativas, selecionar algumas delas e realizar o teste in vitro. Para o T. cruzi o ácido 13-epicupressico foi o mais promissor, pois foi previsto como composto ativo no estudo in silico contra a forma amastigota do T. cruzi, além de possuir atividade in vitro contra a forma epimastigota. Já para L. amazonensis O triterpeno lupeol, apresentou a melhor atividade em ensaios biológicos in silico e in vitro para a forma promastigota, além de possuir probabilidade de potencial ativo superior a 77% contra a forma amastigota. No capítulo 6 foi realizado uma análise metabolômica utilizando análise estatística multivariada (PCA e PLS) e dados de LC-MS, para correlacionar dados espectroscópicos com atividade leishmanicida, buscando sugerir compostos ou grupos de compostos responsáveis pela atividade biológica de 4 espécies de Annona.
  • NATAN DIAS FERNANDES
  • Estudo in silico de diterpeno e alcaloide com potencial antibacteriano contra Klebsiella pneumoniae
  • Data: 24/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Klebsiella pneumoniae é uma bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae, em forma de bacilos gram-negativos. É responsável por diversos casos de infecções pulmonares e urinárias que podem evoluir para pielonefrite, pneumonia ou mesmo sepse em ambientes hospitalares. As populações mais atingidas são crianças e idosos. Os casos tendem a ser mais graves em pacientes imunocomprometidos, levando muitas vezes ao óbito. Aproximadamente 20% dos casos de pneumonia nos hospitais americanos são causadas por Klebsiella pneumoniae. Diversas classes de antibióticos são usadas no tratamento das infecções. Entretanto, a bactéria se mostra resistente a maioria das terapias existentes. Dessa forma a pesquisa de novos medicamentos se faz necessária e os métodos in silico são meios importantes, haja vista a possibilidade de prever a atividade biológica e propriedades físico-químicas de moléculas, contribuindo para redução de custos e tempo em pesquisas. Produtos naturais como alcaloides e terpenos mostraram-se eficazes em diversas pesquisas no combate à Klebsiella pneumoniae. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi encontrar moléculas capazes de combater o microorganismo por meio dos métodos in silico, utilizando-se a triagem virtual de estruturas contra um alvo enzimático deste. Neste estudo foi utilizado um banco de dados contendo 312 estruturas para triagem virtual e os métodos computacionais utilizados foram: triagem por consenso entre modelos de QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationship), análises de risco de citotoxicidade e docking molecular. A análise consensual entre os modelos de QSAR mostrou parâmetros estatísticos satisfatórios que indicaram moléculas com possível atividade contra topoisomerase IV de Klebsiella pneumoniae. Estas moléculas foram analisadas logo em seguida quanto ao risco de citotoxicidade, obtendo-se duas estruturas que não apresentaram risco: NT48, um alcaloide e NT262, um diterpeno. Dos metabólitos preditos para as moléculas, alguns demonstraram baixo risco de citotoxicidade. No docking molecular, NT48 e NT262, formaram interações significativas com resíduos de aminoácidos da enzima, fundamentais para sua inibição. Portanto, acredita-se que estas estruturas, ao demonstrar bom desempenho nas triagens realizadas são promissoras contra topoisomerase IV de Klebsiella pneumoniae, mostrando potencial para serem analisadas experimentalmente.
  • JESSICA CABRAL DE ANDRADE
  • ENVOLVIMENTO DOS SISTEMAS GABAÉRGICOS E GLUTAMATÉRGICOS NA ATIVIDADE ANSIOLÍTICA-SÍMILE DO HIDROXICITRONELAL
  • Data: 16/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • O hidroxicitronelal (HC), obtido a partir da semissíntese do citronelal, é amplamente utilizado como fragrância em cosméticos. Pertence à classe dos monoterpenos, sendo que alguns desses compostos já foram estudados em relação às suas atividades sobre o sistema nervoso central, inclusive atividade ansiolítica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possível atividade do tipo ansiolítico-símile do HC, e seu possível mecanismo de ação usando metodologias in vivo e in silico. Camundongos machos Swiss (Mus musculus) foram tratados com HC (12,5; 25 e 50 mg/kg, i.p.) e submetidos aos testes do Rota rod, labirinto em cruz elevado (LCE), campo aberto (CA) e placa perfurada (PP). Nenhuma diferença significativa foi observada no teste do Rota Rod, em relação ao grupo controle negativo, para a atividade motora dos animais tratados com HC em 12,5; 25 e 50 mg/kg, i.p., indicando ausência de efeito miorrelaxante ou sedativo. No labirinto em cruz elevado, HC (nas três doses) induziu aumento, significativo, na porcentagem de entradas (34,8%, 33,8% e 38,6%, respectivamente) e no tempo de permanência (49,9%, 56,1% e 57,0%, respectivamente) nos braços abertos do LCE, bem como o aumentou o número de cruzamentos no teste do campo aberto e o número de mergulhos na placa perfurada. A atividade ansiolítica foi revertida após a utilização do antagonista dos receptores GABAA. A administração da cetamina em associação com o HC resultou em aumento no número de entradas e tempo de permanência dos animais nos braços abertos do LCE, mesmo estando em doses sub-ativas. Os estudos in silico mostraram uma interação estável entre o HC e aminoácidos presentes nos receptores GABAA e nos receptores NMDA do glutamato. O possível mecanismo de ação da atividade do tipo ansiolítico-símile do composto pode ser atribuído, possivelmente, ao envolvimento da neurotransmissão GABAérgica e glutamatérgica essenciais no funcionamento do SNC, a qual foi observada em estudos in vivo e in silico, sugerindo que o HC possui uma modulação alostérica positiva sobre o receptor GABAA. Os dados farmacocinéticos obtidos mostram que o HC possui os parâmetros satisfatórios almejados para um futuro candidato a fármaco.
  • SARAH REBECA DANTAS FERREIRA
  • Hibiscus sabdariffa L. previne alterações na composição corporal e na função e reatividade das vias aéreas de ratos submetidos a um modelo de asma exacerbada pela obesidade: determinação do mecanismo de ação
  • Data: 12/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • Obesidade e asma quando associadas resultam em um fenótipo de asma com sintomas mais graves e redução da resposta ao tratamento com corticosteroides; entretanto, o exato mecanismo responsável por estas alterações permanece incerto. Nesse contexto, uma droga promissora é o Hibiscus sabdariffa L, popularmente conhecida como “hibisco”, que já demonstrou atividade antiobesidade e ação espasmolítica em traqueia de cobaia. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi padronizar e implantar um modelo animal de asma exacerbada pela obesidade utilizando uma dieta de alto índice glicêmico (DAIG) e ovalbumina (OVA), caracterizando in vivo e in vitro, morfológica e funcionalmente, as alterações induzidas pela doença, avaliando também se o tratamento com o hibisco preveniria as alterações induzidas por esta, caracterizando o seu mecanismo de ação. Ratos Wistar (n = 5-6) foram divididos em grupos controle (GC), obeso (GO), asmático (GA), obeso asmático (GOA), obeso asmático dexametasona (GOADEXA), obeso asmático hibisco 250 mg/kg (GOAH250), obeso asmático hibisco 500 mg/kg (GOAH500) e obeso asmático hibisco 1000 mg/kg (GOAH1000). Os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (5975030920). Observou-se que parâmetros relacionados à obesidade, como peso corporal, circunferência abdominal, índice de massa corpórea (IMC) e índice de adiposidade foram aumentados nos GO e GOA. O tratamento com dexametasona ocasionou perda de peso comparado ao GOA, entretanto não reverteu o aumento dos demais parâmetros observados. Hibisco, nas doses de 500 e 1000 mg/kg, preveniu o aumento de peso, de IMC, da circunferência abdominal e da adiposidade. A indução da obesidade também foi comprovada histologicamente, com aumento do diâmetro do tecido adiposo nos animais que consumiram a DAIG (GO e GOA), havendo prevenção destas no GOADEXA e no GOAH500. Para caracterizar a implantação da asma, a função pulmonar foi avaliada através da técnica de espirometria (dias 1, 12 e 21 de indução da asma) e observou-se que não houve alteração da frequência respiratória, entretanto, ocorreu redução do volume corrente e volume-minuto no dia 21 nos GA e GOA e esta alteração não foi revertida no GOADEXA e no GOAH500. A histologia do pulmão demonstrou exacerbação da inflamação peribroncovascular no GOA em relação às doenças isoladamente, bem como hipertrofia do músculo liso e remodelamento da matriz extracelular, em comparação ao GC. Funcionalmente, a traqueia foi utilizada para avaliar a reatividade contrátil, relaxante e elucidar o mecanismo de ação. Os animais que foram previamente sensibilizados com OVA apresentaram resposta contrátil ao alérgeno (GA e GOA), sendo esta ainda maior no GOA e sem reversão nos GOADEXA ou no GOAH500. As vias eletromecânica ou induzida por histamina parecem não estar alteradas nas doenças, com exceção do GA que apresentou aumento da eficácia contrátil sem alteração da potência frente à histamina. Diferentemente, a adição de concentrações cumulativas de carbacol (CCh) induziu aumento da eficácia contrátil em GO, GA e GOA, sendo GOA ainda maior que GA e sem alteração da potência entre os grupos. Este aumento não foi alterado no GOAH250, porém GOAH500 e GOAH100 preveniram, sem alterar a potência. Já a reatividade relaxante ao nifedipino e à aminofilina não foram alteradas entre os grupos. Enquanto o relaxamento induzido por isoprenalina apresentou redução da eficácia nos GO, GA e GOA, quando comparado ao GC. Na elucidação do mecanismo de hiper-reatividade contrátil ao CCh, caracterizou-se a provável participação do ânion superóxido e dos produtos da cicloxigenase na asma, sendo o primeiro também alvo do mecanismo do hibisco. Diferentemente, a participação do péroxido de hidrogênio, da via do óxido nítrico e dos produtos da 5-lipoxigenase parecem não estar envolvidos nos mecanismos das doenças ou do hibisco. Entretanto, foi evidenciado uma modulação positiva da via Rho cinase no GOA, sendo este prevenido pelo tratamento com o hibisco. Diante destes resultados, conclui-se que um modelo inédito de asma exacerbada pela obesidade foi implantado, sendo este resistente ao tratamento com dexametasona, provavelmente ocorrendo por aumento da atividade de RhoA/ROCK. Este efeito é prevenido pelo tratamento com o hibisco, se tornando uma droga promissora para o tratamento desta condição.
  • JOSÉ MARREIRO DE SALES NETO
  • Patulina inibe a produção de óxido nítrico induzida por LPS ao suprimir a via de sinalização das MAP quinases
  • Data: 10/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • A patulina (PAT) é um produto natural derivado de fungos, com propriedades imunossupressoras. No entanto, as vias de sinalização envolvidas no efeito da PAT permanecem indefinidas. Dentro desse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da PAT no processo inflamatório agudo. Para isso, macrófagos peritoneais murinos foram estimulados com lipopolissacarídeo (LPS) e tratados com a PAT (62,5-4.000 ng/ml). O ensaio de viabilidade celular mostrou que a PAT em concentrações de até 250 ng/ml não afetou a viabilidade dos macrófagos. Então, foi avaliada a produção de óxido nítrico usando concentrações não tóxicas de PAT. Como resultado, a PAT reduziu significativamente a produção do óxido nítrico (98,4%), a expressão da óxido nítrico sintase induzível (iNOS; 83,5%) e a expressão do ácido ribonucleico mensageiro da iNOS (100,0%) nas células estimuladas. Em seguida, foi investigado se a PAT interfere na produção de interleucina (IL) 1β, IL-6, IL-10 e fator de necrose tumoral-α. A PAT reduziu significativamente a produção da IL-1β (80,6%) induzida pelo LPS. Além disso, a PAT reduziu significativamente a expressão das proteínas grupamento de diferenciação (CD) 69 (63,1%) e receptor do tipo Toll (TLR) 4 (91,9%) na presença do LPS. Por fim, para investigar o mecanismo de ação da PAT, foi realizada a análise da fosforilação das proteínas quinases ativadas por mitógenos (MAPKs). A PAT reduziu significativamente a fosforilação induzida pelo LPS de todas as MAPKs avaliadas: quinase regulada por sinal extracelular (ERK; 89,5%), quinase N-terminal c-Jun (JNK; 77,5%) e p38 (72,3%). Em conjunto, esses dados sugerem que a PAT regula negativamente a resposta inflamatória aguda, inibindo a produção de óxido nítrico ao suprimir a via de sinalização CD69-TLR4/ERK-JNK-p38 MAPKs/Nos2/iNOS em macrófagos peritoneais murinos.
  • MARIANNA OLIVEIRA DE ARAUJO
  • Cinamatos e tionocinamatos larvicidas: uma contribuição ao controle químico do Aedes aegypti L.
  • Data: 08/08/2022
  • Hora: 13:30
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  • A epidemia da dengue em 2015 no Brasil, aliada ao aparecimento da zika e chikungunya com notificação de maior número de casos em 2016, e o aumento de casos da febre amarela em 2017, motivou o desenvolvimento do tema proposto. Os derivados do ácido cinâmico possuem um amplo espectro de atividades biológicas, dentre elas, a atividade larvicida. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade larvicida de uma série de derivados do ácido cinâmico sobre as larvas L4 do Aedes aegypti L. e realizar análises in silico a partir dos dados obtidos. Os ésteres alquílicos e arílicos derivados do ácido cinâmico foram preparados através da esterificação de Fischer, reação com haletos de alquila e arila, e reação de Mitsunobu; enquanto os tionoésteres foram obtidos via reação de tionação. Na caracterização dos produtos utilizou-se os métodos espectroscópicos de IV, RMN de 1 H e 13 C, e EMAR para os derivados inéditos. Todos os produtos foram submetidos ao ensaio larvicida para determinação da concentração que mata 50% das larvas, a CL 50 . Obteve-se 32 derivados do ácido cinâmico, com rendimentos variando entre 10,9–90,0%, sendo 7 inéditos na literatura (12, 13, 14, 23, 28, 31 e 32). O ensaio larvicida demonstrou que 26 ésteres e 4 tionocinamatos apresentaram atividade larvicida; dos ésteres alquílicos, o 4, o 6 e 7 foram os que exibiram as melhores atividades larvicidas (0,52 mM, 0,21 mM e 0,17 mM, respectivamente), enquanto nos ésteres arílicos, o resultado mais pronunciado foi para 21 (0,55 mM). Em relação aos tionocinamatos, os derivados mais potentes foram 29 (0,24 mM) e 32 (0,28 mM). Esses resultados evidenciam que os ésteres com substituintes alquílicos de cadeia linear mediana, com o anel benzila sem substituinte ou a presença de tiocarbonila, potencializam a atividade larvicida. O resultado do docking molecular do composto mais bioativo, o cinamato de pentila (7), e do seu respectivo tionoéster, tionocinamato de pentila (31), sugeriu os possíveis alvos biológicos: HDAC2, CCC2, CA e CCC3 para 7; e CAV, SDH3 e TRYP para o 31. O QSAR indicou a predição ecotoxicológica dos derivados sintéticos, demonstrando serem produtos com baixa toxicidade e boa atividade larvicida.
  • ANDRESSA BRITO LIRA
  • Avaliação da atividade antiparasitária contra Giárdia lamblia in vitro e toxicidade de tiossemicarbazonas.
  • Data: 30/06/2022
  • Hora: 14:00
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  • As tiossemicarbazonas são bem conhecidas por seu amplo espectro de ação, incluindo atividades antitumorais e antiparasitárias. A giardíase causa diarreia em todo o mundo. O metronidazol é o tratamento padrão para a giardíase. No entanto, a resistência a este medicamento é uma realidade e alternativas terapêuticas podem constituir uma solução. Assim, o presente estudo se propôs a avaliar a atividade antiparasitária de tiossemicarbazonas contra trofozoítos de Giárdia lamblia in vitro, e a toxicidade por meio de ensaios in sílico, in vitro e in vivo. Dessa forma, esse estudo pretende desenvolver uma biblioteca genômica de Giárdia lamblia para o ancoramento de proteínas na superfície de leveduras para investigar os alvos de tiossemicarbazonas. Para tanto, investigou-se através de ensaios in sílico com os softwares AdmetSAR e Molinspiration as características farmacocinéticas e toxicológicas, as atividades antiparasitárias contra Giárdia lamblia selvagem e com resistência ao metronidazol. Foi realizada a análise da microestrutura dos trofozoítos utilizando MET. Ainda, foi medida a alteração intracelular de cálcio após o tratamento com tiossemicarbazonas. Para a avaliação do alvo da droga, foi criada uma biblioteca genômica de Giárdia lamblia para yeast surface display. A citotoxicidade foi avaliada utilizando linhagens celulares humanas imortalizadas (HEK-293, HepG2, e HT-29). Para a avaliação da toxicidade não clínica aguda foi observado os parâmetros de análise comportamental, consumo de água e ração, evolução ponderal, parâmetros bioquímicos, histopatológicos e estresse oxidativo no fígado. Os resultados obtidos demonstraram que in sílico, as tiossemicarbazonas possuem uma boa absorção por membranas biológicas e nenhuma toxicidade teórica. As tiossemicarbazonas testadas apresentaram atividade antiparasitária promissora contra Giárdia lamblia selvagem e a cepa resistente ao metronidazol em comparado ao metronidazol. Os compostos não apresentaram citotoxicidade contra células testadas, exceto TSC04 que apresentou toxicidade contra HEK-293. Contudo, todas as tiossemicarbazonas apresentaram índice de seletividade (SI) superior ao metronidazol para as duas cepas de Giárdia testadas. Para os testes subsequentes foram realizados apenas com TSC02 por possuir melhor atividade, menor citotoxicidade e melhor solubilidade. O tratamento com TSC02 revelou alterações significativas à microestrutura dos trofozoítos, assim como, aumentou o movimento de cálcio intracelular. A biblioteca genômica de Giárdia lamblia para YSD gerada apresentou alta eficiência. O tratamento Giárdia YSD com TSC02 foi capaz de regular genes envolvidos com o citoesqueleto, motilidade, organização de microtúbulos, ciclo celular, tráfego de vesículas, metabolismo, ativadores de genes, degradação de proteínas, ativação de enzimas e proteínas responsáveis pela virulência e resistência a drogas. Na avaliação da toxicidade aguda, os animais apresentaram alterações comportamentais nas duas doses de tratamento, que desapareceram após 24h. A estimativa da DL50 foi de 5000mg/kg, sendo classificado na GSH 5. Na análise do estresse oxidativo do fígado, houve um aumento da peroxidação lipídica e do óxido nítrico. Todavia, a análise histopatológica mostrou que a integridade do órgão foi mantida sem alterações. Por fim, os resultados mostram o potencial farmacológico dos derivados das tiossemicarbazonas para desenvolver novas e seguras opções de tratamento contra o parasita Giárdia lamblia.
  • ROSEANA ARAÚJO RAMOS MEIRELES
  • Constituintes químicos de Euphorbia phosphorea Mart.: isolamento, caracterização estrutural e avaliação antimicobacteriana
  • Orientador : JOSEAN FECHINE TAVARES
  • Data: 21/06/2022
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Euphorbia, pertencente à família Euphorbiaceae, está amplamente distribuído no mundo, principalmente em regiões tropicais. Compreendendo mais de 2000 espécies, algumas são usadas como plantas medicinais para tratamento de asma e inflamações no trato respiratório. Este gênero apresenta grande quantidade e diversidade de metabólitos secundários bioativos, como diterpenos ent-abietanos, com atividade contra tuberculose, doença infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Neste aspecto, um estudo fitoquímico de Euphorbia phosphorea Mart. foi realizado com o objetivo de isolar novos compostos e avaliar através de estudo in silico e experimentos in vitro a atividade antimicobacteriana dos compostos isolados. Para sua realização o material vegetal foi coletado no município de Pocinhos-PB, submetido à extração e à processos cromatográficos para isolamento e purificação dos constituintes químicos. Também foram utilizadas técnicas hifenadas, como espectrometria de massas para a realização de um isolamento direcionado. A determinação e elucidação estrutural dos compostos foi realizada através da análise de dados de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, Espectrometria de Massas, Infravermelho, Rotação Óptica, Dicroísmo Circular Eletrônico e comparação com dados disponíveis na literatura. Das raízes de E. phosphorea foram isolados 14 compostos, entre eles um novo diterpeno ent-abienano: 11β,12β-dihidróxi-ent-abieta-8(14),13(15)-dien-16,12α-olídeo, relatado pela primeira vez na literatura. Além de nove diterpenos conhecidos: jolkinolídeo A, jolkinolídeo E, euforina H, eufopilolídeo, jolkinolídeo F, ent-12-hidróxi-12[R]-abieta-8(14),13(15)-dien-16,12-olídeo, ent-11α-hidroxiabieta-8(14),13(15)-dien-16,12α-olídeo, 17-hidroxijolkinolídeo B e caudicifolina, e de duas cumarinas: 6-7-dimetoxicumarina e 5,6,7-timetoxicumarina. Das partes aéreas de E. phosphorea foi isolada uma mistura de ácido elágico e corilagina. Os diterpernos foram submetidos à análise do modelo de predição in silico para M. tuberculosis e posteriormente a teste in vitro para avaliação do potencial antimicobacteriano dos diterpenos. O modelo preditivo foi capaz de selecionar cinco destes diterpenos com potencial ativo, sendo o composto eufopilolídeo o que apresentou a maior probabilidade de potencial ativo. A partir dos testes in vitro foi observado que os compostos eufopilolídeo e 17-hidroxijolkinolídeo B resultaram em inibição do crescimento micobacteriano com concentração inibitória minima de 62,5 μM contra M. tuberculosis e M. smegmatis, respectivamente.
  • ROBERT DA SILVA TIBURCIO
  • PLANEJAMENTO, SÍNTESE E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE NOVOS 2-AMINOSELENOFENOS COMO CANDIDATOS A FÁRMACOS LEISHMANICIDAS
  • Data: 30/03/2022
  • Hora: 09:00
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  • A leishmaniose é uma doença tropical causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida por flebotomíneos e acometendo o homem com alta incidência em todo o mundo. Sua terapêutica apresenta-se limitada e obsoleta dispondo de fármacos com elevada toxicidade e baixa eficácia terapêutica, por essa razão há uma crescente necessidade de desenvolvimento e introdução de novos fármacos. Nesse contexto, a química medicinal se apresenta como uma ciência que integra as mais diversas áreas do campo farmacêutico otimizando o processo de planejamento e síntese de novas moléculas bioativas. Estudos prévios do Laboratório de Síntese e Vetorização de Moléculas tem demonstrado que derivados 2-aminotiofenos são potencias candidatos à agentes leishmanicidas. Dessa forma, e com base no príncipio do bioisosterismo, esse trabalho visou sintetizar novos 2-aminoselenofenos (2-AS) bioisósteros de 2-aminotiofenos, candidatos a fármacos leishmanicidas, afim de se avaliar os efeitos na atividade leishmanicida e na toxicidade da substituição bioisósterica do Enxofre pelo Selênio. Assim sendo, 12 derivados 2-AS foram sintetizados com base na reação de Gewald. Todos compostos foram caracterizados estruturalmente e avaliados quanto a sua atividade anti-promastigota in vitro frente a 4 espécies do gênero Leishmania: Leishmania amazonensis, L. braziliensis, L. infantum e L. major. Foi observado que 4 compostos (6CNSe2, 6CNSe4, 6CNSe9 e 6CNSe11) foram capazes de inibir o crescimento em concentrações inferiores a 3 µM. Sendo o composto 6CNSe2 o mais ativo da série, possuíndo IC50 = 0,16 µM inferior ao fármaco referência Anfotericina B (0,25 µM) frente a L. braziliensis. Todos 2-AS avaliados apresentaram segurança terapêutica com valores de índice de seletividade (IS) entre 20 - 1.181,2. Através de comparações com resultados anteriores foi possível observar que a modificação bioisósterica S ─ Se foi favorável para atividade leishmanicida na maioria dos compostos. Além disso, a influência da modificação bioisostérica mostrou-se positiva no perfil de segurança aumentando o IS dos candidatos à fármacos leishmanicidas. Esses resultados demonstram ser promissora a estratégia do bioisosterismo empregada na síntese de derivados 2-aminoselefenos como potenciais agentes leishmanicidas.
  • MIRLA MIRELY DANTAS FERREIRA
  • PLANEJAMENTO, SÍNTESE E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTILEISHMANIA DE NOVOS 2-AMINOTIOFENO-3-CARBOXAMIDAS OBTIDAS POR MODIFICAÇÃO MOLECULAR
  • Data: 28/03/2022
  • Hora: 14:00
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  • As leishmanioses pertencem ao grupo das doenças tropicais negligenciadas, sendo consideradas um problema de saúde pública, sobretudo em países emergentes e em populações de baixa renda. A falta de priorização, associado aos baixos investimentos de pesquisa por parte das empresas farmacêuticas, resultou na existência de poucas opções de tratamento, as quais tem se tornado obsoletas, com elevados efeitos adversos, e até certo ponto pouco efetivas. Por esseas razões, a pesquisa por novos fármacos eficazes e menos tóxicos é essencial, e pode ser iniciada através do uso de ferramentas da Química Medicinal, planejando, sintetizando e testando novos compostos bioativos. Os derivados 2-amino-tiofenos são uma classe versátil de heterociclos que tem apresentado destaque devido aos seus potenciais leishmanicidas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi sintetizar novos derivados 2-aminotiofeno-3- carboxamidas candidatos a fármacos leishmanicidas, através da realização da modificação molecular de protótipos 2-aminotiofenos-3-carbonitrila substituídos, a fim de verificar a importância do padrão de substituição da posição C-3 do anel tiofênico. Dessa forma, foram sintetizados 15 novos compostos, em rendimentos de 20 a 98%, utilizando a Reação de Gewald como etapa chave para obtenção dos 2-aminotiofeno-3- carboxamidas. Os compostos tiveram suas estruturas confirmadas por RMN1H e 13C, suas atividades leishmanicida avaliada frente às formas promastigotas de Leishmania amazonensis, L. braziliensis, L. infantum e L. major, e suas toxicidades avaliadas frente à macrófagos RAW 264.7. Todos compostos foram capazes de inibir o crescimento de pelo menos 1 espécie de Leishmania em concentrações inferiores a 10 μM. O composto 6BOC2 foi o que apresentou maior atividade inibitória com valores de IC50 inferior a 8μM para todas as espécies testadas, e índice de seletividade (IS) superior a 37,6. A comparação dos valores de inibição e IS dos derivados 3-carboxamidas em relação aos derivados 3-carbonitrila permite afirmar que a presença do radical 3-carbonitrila não é essencial para atividade leishmanicida. Apesar da substituição pelo grupo 3- carboxamida não ter resultado em compostos com atividade superior aos derivados 3- carbonitrila, a obtenção de novos compostos com esse padrão de substituição deve ser levado em consideração no planejamento de novos candidatos a fármacos leishmanicidas para essa classe de compostos.
  • NIKOLE DURAND TRIGUEIRO LIRA
  • Estudo fitoquímico de Pilocarpus spicatus subsp. aracatensis (Rutaceae) e avaliação da atividade moduladora da resistência bacteriana de cumarinas isoladas dessa espécie
  • Data: 25/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • As pesquisas na área de produtos naturais têm crescido nos últimos anos devido a grande procura da população por alternativas terapêuticas menos ofensivas e mais viáveis. A resistência bacteriana a drogas é um problema de saúde pública que pode ser contornado com a utilização de agentes modificadores da resistência obtidos de fontes naturais. A espécie Pilocarpus spicatus sbsp. aracatensis Kaastra conhecida popularmente como jaborandi-da-restinga, pertence a família Rutaceae e encontra-se distribuída no Nordeste do Brasil. Estudos anteriores relataram o potencial de P. spicatus como fonte de metabólitos biologicamente ativos, com isso o presente trabalho tem como objetivo a investigação fitoquímica dessa espécie e avaliação da atividade moduladora da resistência bacteriana contra uma cepa de efluxo de Staphylococcus aureus. As partes aéreas de P. spicatus foram coletadas em Maturéia-PB. Uma exsicata foi depositada no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (UFPB). O material vegetal foi desidratado, triturado e submetido à maceração com EtOH 95%. A solução extrativa foi concentrada em evaporador rotativo para obtendo-se o extrato etanólico bruto (EEB). Uma parte do EEB (100g) foi submetida à partição líquido-líquido utilizando os solventes Hexano, Clorofórmio e Acetato de Etila. A fase hexânica (4g) foi submetida à cromatografia em coluna (CC) utilizando sílica gel que resultou em vinte frações. A fração PAH03 foi submetida à nova CC para obtenção de xantoxilina. A fração PAH12 foi submetida à CLAE-preparativa para obtenção de bergaptol, heraclenol, pabularinona e isosaxalina. PAH13 foi submetida à CLAE semi-preparativa resultando no isolamento de mais quantidade de isosaxalina e 8-(3-etoxi-2-hidroxi-3-metilbutiloxi)-psoraleno. A fase clorofórmica (5,5g) foi submetida à cromatografia em coluna (CC) utilizando sílica gel resultando em vinte e cinco frações que foram reunidas em doze. A fração PACF foi identificada como heraclenol. A fração PACE foi submetida à CLAE semi-preparativa, resultando no isolamento de escopoletina e isopimpinelina. A identificação estrutural dos constituintes químicos isolados foi realizada através da análise dos espectros de RMN de 1H e 13C, HMBC, HSQC, COSY e NOESY, bem como espectros de massas de alta resolução. Foi avaliado o efeito modulador da resistência a drogas de duas cumarinas isoladas (heraclenol e isoxalina) sobre norfloxacino e brometo de etídio utilizando uma cepa de efluxo de S. aureus. O heraclenol reduziu duas vezes a CIM do norfloxacino e a isosaxalina reduziu oito vezes. A redução da CIM do brometo de etídio demonstrou que estes compostos são inibidores putativos do sistema de efluxo em bactérias. Este trabalho contribuiu para a ampliação dos conhecimentos químicos e farmacológicos da espécie P. spicatus, demonstrando seu potencial como alvo para estudos posteriores.
  • WALLACE AMORIM MACHADO DE QUEIROZ
  • Estudo fitoquímico e avaliação biológica pioneiros da espécie Sida ciliaris L. (Malvaceae sensu lato)
  • Data: 25/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • O uso medicinal de plantas para cura de doenças já é uma prática milenar, isso deu à humanidade um grande conhecimento sobre os efeitos terapêuticos e a toxicidade de algumas espécies. Na visibilidade mundial, o Brasil se destaca como uma das nações com maiores perspectivas de aproveitamento econômico de sua biodiversidade, pois possui as mais destacadas qualidades diferenciadas de espécies vegetais no mundo. Nesse contexto, o estudo com a espécie Sida ciliaris L. da família Malvaceae sensu lato, popularmente conhecido como “escova peluda” e “guanxuminha”, levou-nos a isolar e identificar seus constituintes químicos, bem como avaliar seu potencial fotoprotetor e antibacteriano. Primeiramente, as partes aéreas de Sida ciliaris foram secas em estufa a 40ºC em ar circulante e pulverizado em moinho mecânico, fornecendo 1,8 Kg de droga vegetal, que foram submetidos à maceração com hexano, hexano /acetato de etila (1:1) e etanol 95%, por 72 horas cada, resultando em soluções extrativas, que foram filtradas e concentradas em evaporador rotativo, fornecendo seus respectivos extratos. A partir do fracionamento cromatográfico utilizando sílica flash e/ou sephadex LH-20 (Merk) como fases estacionárias e solventes PA como fase móvel, foi possível o isolamento e caracterização estrutural,através de análise dos espectros de Ressonância Magnética Nuclear (RMN de 1H e 13C) Uni e Bidimencional e também comparações com modelos da literatura, de 4 compostos:uma mistura de hidroxifeofitinas:132-hidroxi-(132 -R)-feofitina a (Sc-1a) e 132-hidroxi-(132-S)-feofitina (Sc-1b) isolada do extrato de Hexano/acetato de etila (1:1 ); 5,7,3'-trihidroxi-4'-metoxiflavona (Diosmetina) (Sc-2) e a 5,7,3',4'-tetrahidroxiflavona (luteolina) (Sc-3) isoladas da fração metanólica do extrato etanólico bruto, sendo essas inéditas na espécie S. Ciliares. Os resultados obtidos para fotoproteção solar dos extratos e fase metanólica, mostraram que as concentrações de 500 e 1000µg.mL-1 apresentaram-se como potencial fotoprotetor, com FPS > 25, principalmente da fase metanólica, mostrando-se superior ao fator mínimo de proteção solar estabelecido, sugerindo que essa atividade protetora se deve aos flavonoides presentes nos extratos e fase, como a luteolina e diosmetina. Porém, a atividade antibacteriana dessas substâncias não se mostraram eficazes frente às cepas gram-positivasStaphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis e os gram-negativos, Klebsiella pneumoniae e Salmonella enterica typhimurium.
  • CAMILA MACAUBAS DA SILVA
  • Substâncias fenólicas de Helicteres eichleri K. SCHUM (Malvaceae sensu lato) e avaliação microbiológica de suas quinonas
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais são utilizados para a cura e tratamento de diversas doenças desde os tempos pré-históricos. Esses compostos apresentam alta diversidade estrutural e despertam interesse de muitos pesquisadores na busca de novas moléculas bioativas. Atualmente a resistência microbiana causada pelo uso inadequado de antibióticos, foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma ameaça à saúde da sociedade, havendo uma procura crescente por novas moléculas bioativas de plantas contra a resistência bacteriana. Diante da ampla gama de estruturas químicas vegetais, dos conhecimentos quimiotaxonômicos e biológicos do gênero Helicteres, buscou-se neste estudo os potenciais fitoquímicos e microbianos contra 4 linhagens bacterianas patogênicas, de substâncias isoladas de Helicteres eichleri K. Schum, endêmica do Brasil e conhecida popularmente como “fumo-de-macaco”, família Sterculiaceae (Malvaceae sensu lato). Para o estudo fitoquímico, o extrato etanólico bruto foi submetido a cromatografia líquido- líquido, utilizando Hex.; CH2Cl2; AcOEt; n-BuOH, obtendo-se suas respectivas fases, além da fase hidroalcoólica. 20 g da fase diclorometano foi submetida a cromatografia em coluna utilizando sílica flash e/ou Sephadex-LH 20, como fases estacionárias. O processo cromatográfico levou ao isolamento de três constituintes químicos, cujas estruturas químicas foram definidas por interpretação dos espectros de RMN 1H e 13C e bidimensionais, e comparações com modelos da literatura. As substâncias isoladas foram duas quinonas sesquiterpênicas, He-1: 4-metoxi-3,6,9-trimetil-2,3-di-hidrobenzo [de] cromeno-7, 8-diona (mansonona M) e He-2: 4-Hidroxi-3,6,9-trimetil-2,3-di-hidro-benzo [de] cromeno-7,8-diona (mansonona H), e um flavonóide sulfatado He-4: 7,4’-di-O-metil- 8-O-sulfato-isoscutelareina. Testes microbiológicos realizados com as duas quinonas sesquiterpênicas, demonstrou que He-1 e He-2 apresentou atividade antimicrobiana frente a Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis, e He-1 apresentou baixa atividade contra Salmonella enterica typhimurium, demonstrando-se substâncias promissoras.
  • FRANCISCO FERNANDES LACERDA JUNIOR
  • Padronização do modelo de dismenorreia primária e a prevenção das alterações induzidas no sistema reprodutor feminino de ratas Wistar tratadas com Spirulina platensis
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A dismenorreia primária (DisP) é a principal causa de dor pélvica crônica que acomete mulheres, podendo estar associada a fatores genéticos, sociais e comportamentais. A farmacoterapia desta desordem envolve o uso de anti- inflamatórios não esteroidais e antiespasmódicos, no entanto, muitas mulheres não respondem bem a estes tratamentos. Dessa forma, visando novas alternativas terapêuticas para prevenção da DisP, avaliou-se o efeito da suplementação com Spirulina platensis (SP), uma alga com efeitos anti- inflamatório e antioxidante, durante 8 semanas (v.o), em modelo de DisP. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (2240150621 e 1886010520). Os animais foram divididos nos seguintes grupos: controle (GC), DisP e grupos tratados com escopolamina + dipirona (Esc + Dip) ou ibuprofeno (IBU) e grupos suplementados com a SP nas doses de 50 (SP50) e 100 mg/kg (SP100). Para isso, foi padronizado um modelo de DisP induzida pela administração de dietilestilbestrol e ocitocina e promoveu, in vivo, o aumento na pontuação de contorções nas ratas, que foi diminuída pelas drogas padrão (Esc + Dip ou IBU). Além disso, in vitro, a DisP aumentou a camada miometrial e promoveu danos à camada endometrial uterina, aumentou a reatividade contrátil e diminuiu a relaxante em útero de ratas e aumentou o estresse oxidativo em útero e ovários de ratas. Frente a essas alterações ocasionadas pela DisP, a suplementação com SP promoveu efeito antidismenorreico. Os grupos SP50 e SP100 em estudos in vivo preveniram parcialmente o aumento das contorções uterinas, provavelmente por promover efeitos anti-inflamatórios ou antiespasmódicos, já nos parâmetros in vitro a SP nas duas doses preveniu o aumento da camada miometrial e os danos a camada endometrial uterina, porém, nos ovários a alga em ambas as doses não alterou a expressão dos folículos, tais efeitos possivelmente podem ser atribuídos a inibição dos efeitos estrogênicos. Na reatividade contrátil uterina induzida pela ocitocina somente SP100 preveniu totalmente o aumento da potência e parcialmente o efeito máximo da ocitocina, sugerindo que a alga pode estar diminuindo a afinidade da ocitocina ao seu receptor. Quando o agente contrátil utilizado era a PGF2α, verificou-se que somente SP100 preveniu parcialmente o aumento da potência sugerindo dessa forma, que a SP pode estar promovendo efeitos negativos na afinidade da PG ao seu receptor. Diferentemente, no acoplamento eletromecânico de contração frente ao KCl, SP, nas doses de 50 e 100 mg/kg, preveniu o aumento da potência, já em relação a prevenção do aumento da eficácia máxima, a SP foi mais eficaz na dose 100 do que na de 50 mg/kg, sugerindo que SP pode estar regulando negativamente a abertura/ativação dos Cav. No relaxamento, verificamos que SP (50 mg/kg) preveniu a diminuição da eficácia relaxante da isoprenalina e do nifedipino. Já na dose de 100 mg/kg, a SP preveniu a diminuição da potência e eficácia relaxante da isoprenalina e nifedipino, promovido pela DisP, esse conjunto de resultados sugere que SP pode modular positivamente alvos na via adrenérgica uterina e negativamente a ativação dos Cav. Além disso, SP (50 mg/kg) promoveu melhora nos parâmetros de estresse oxidativo, por prevenir o aumento dos níveis de MDA e a diminuição da CAT em ovários. Em SP (100 mg/kg) preveniu o aumento de MDA e diminuição da CAT e em útero e ovários iduzidos pela DisP, sugerindo que a alga pode estar reduzindo/neutralizando a formação de EROs. Portanto, a suplementação com S. platensis previne a hipercontratilidade uterina, bem como aumento do estresse oxidativo em útero e ovários de ratas provocadas pela DisP e surge como alternativa para o tratamento da DisP.
  • JOSÉ GUILHERME FERREIRA MARQUES GALVÃO
  • AVALIAÇÃO DOS MECANISMOS IMUNOMODULADORES DA OUABAÍNA NO MODELO EXPERIMENTAL DE ASMA INDUZIDA POR OVALBUMINA
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • Distúrbios inflamatórios alérgicos como a asma tipo 2 (TH2 hi), podem ser tratados em sua fase tardia com corticosteroides, que acabam por promover uma melhora do quadro inflamatório crônico que se instala nas vias aéreas. A ouabaína, um esteroide cardiotônico com propriedades imunomoduladoras, é capaz de regular a liberação de histamina pelos mastócitos em processos alérgicos simples, e de atenuar a inflamação alérgica das vias aéreas induzida por ovalbumina (OVA). Estes achados reforçam o papel fisiológico desempenhado pela ouabaína durante respostas inflamatórias alérgicas, evidenciando indícios do potencial modulador fisiológico e farmacológico dessa substância em processos asmáticos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do tratamento com a ouabaína sob os parâmetros celulares, endoteliais e histológicos característicos do modelo de asma TH2 hi. Para isso utilizamos um modelo experimental de asma induzida por OVA com duração de 12 semanas. Camundongos Balb/c fêmeas foram sensibilizados com OVA nos dias 0 e 14 e desafiados com OVA por aerossol entre os dias 21 e 84, durante três dias consecutivos por semana. O tratamento com a ouabaína e a droga padrão budesonida ocorreu uma hora antes de cada desafio e no 85° dia do protocolo, foi realizada a coleta do material biológico. Os animais com asma tratados com ouabaína apresentaram redução (p<0,05) da migração de células totais e individualmente de eosinófilos, macrófagos e linfócitos no lavado do fluido broncoalveolar (BALF); dos níveis séricos de IgE total e OVA-específica; dos níveis de citocinas, no BALF (IL-33, TSLP, IL-4, IL-1β, TGF-β e TNF-α); da inflamação e da hiperprodução de muco nos pulmões; da hiper-reatividade brônquica e do remodelamento tecidual pulmonar. Adicionalmente, o tratamento com ouabaína reduziu a frequência de ativação da p-p38 MAPK em linfócitos no BALF. Assim, os resultados obtidos nesse estudo, sugerem que a ouabaína como um esteroide cardiotônico imunomodulador, é capaz de reduzir as principais características que determinam o endotipo asmático alérgico, conhecido como asma TH2 hi.
  • MARIA DAS NEVES SILVA NETA
  • Síntese e avaliação antituberculose de novos compostos organosselenio
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • A tuberculose tem como agente etiológico a Mycobacterium tuberculosis. Está entre as 10 causas de morte do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), isso se dar devido ao tardio diagnóstico, que desencadeia o tratamento inapropriado, seja pela demora para confirmação da doença, administração inadeuqada de medicamentos eficazes ou pela não adesão tratamento, tudo isso leva a evolução de cepas resistentes aos medicamentos existentes. Os compostos organosselênio vem se destacando pela aplicabilidade em estudos biológicos, apresentando atividades antimicrobiana, anti-inflamatórios, antinociceptivo, anticâncer, entre outros. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo preparar novas moléculas de selenorgânicos contendo anéis aromáticos, visando à obtenção de moléculas com potencialidades biológicas úteis caracterizadas como antimicrobianas e estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os compostos foram sintetizados usando a metodologia de Souza et al., (2019) e os compostos foram caracterizados pelas técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e de 13C e apresentaram rendimentos que variaram de 53 – 75,6%. Dentre as vinte e quatro substâncias obtidas, doze são inéditas na literatura. No teste de atividade antituberculose foi realizada a determinação da concentração inibitória mínima (CIM). Através dos resultados obtidos pode-se observar que todos os compostos demonstraram efeito antituberculose frente à cepa de Mycobacterium tuberculosis. Os compostos MSe4, MSe3, MSe6 e MSe7 apresentaram melhor atividade com valor de de CIM= 20,67; 21,6; 22,04 e 22,52 μg/ mL, respectivamente. Quanto as características estruturais dos compostos sobre a bioatividade antituberculose, evidenciou-se a importância das cadeias carbônicas menores e dos grupos substituintes. O estudo de docking molecular sugeriu que sugeriu que são os átomos de oxigênio e hidrogênios do grupo metóxi, carbonos do anel benzeno, átomos de oxigênio da carbonila e anel epóxido presentes na estrutura, responsáveis pelas interações com resíduos enzimáticos, sendo, portanto importantes para a atividade dos compostos de selênio em estudo.
  • RAYANE FERNANDES PESSOA
  • O tratamento com óleo de coco virgem (Cocos nucifera L.) melhora os parâmetros murinométricos, a função pulmonar e a reatividade traqueal de ratos Wistar obesos asmáticos
  • Data: 23/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A incidência de pacientes asmáticos com obesidade tem aumentado nos últimos anos, porém pouco se sabe sobre as características e alternativas terapêuticas para o manejo dessas comorbidades associadas. Uma possível alternativa para o tratamento da asma exacerbada pela obesidade é o óleo de coco virgem (OCV), que já demonstrou efeito benéfico em um modelo de inflamação pulmonar alérgica crônica em cobaias. Diante disso, objetivou-se avaliar um possível efeito do OCV sobre os parâmetros murinométricos, função pulmonar e a reatividade traqueal de ratos Wistar com asma exacerbada pela obesidade. Inicialmente foi realizada uma triagem comportamental e avaliação da toxicidade de doses repetidas do OCV em ratos e ratas (n = 5). Para realização dos demais parâmetros os animais foram divididos em quatro grupos experimentais (n = 6): controle (GC), obeso asmático (GOA) e obeso asmático tratados com o OCV nas doses de 1000 (GOAOCV1000) e 2000 mg/kg (GOAOCV2000). Para indução dessa desordem, os animais receberam durante 16 semanas uma dieta de alto índice glicêmico (DAIG) e foram sensibilizados e nebulizados com ovalbumina (OVA) durante os últimos 21 dias das 16 semanas e os animais do GOAOCV recebeu o OCV nos últimos nos últimos 30 dias. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (9133040520). Foi observado que o OCV nas doses de 1000 e 2000 mg/kg/dia não promoveu nenhuma alteração comportamental, não induziu mortes em nenhum animal, e não houve alterações no consumo de ração e peso dos animais. Entretanto, o OVC (1000/2000 mg/kg/dia) diminuiu a glicemia de jejum dos ratos (95,2 ± 1,7 e 108,4 ± 2,1 mg/dL, respectivamente), quando comparado ao GC (124,3 ± 1,3 mg/dL). Já nas ratas, apenas a dose de 2000 mg/kg/dia (103,2 ± 3,4 mg/dL) reduziu a glicemia de jejum, quando comparado ao GC (119,0 ± 1,1 mg/dL). Com relação ao peso dos diferentes órgãos, apenas as ratas tratadas com OCV 2000 mg/kg/dia apresentaram um aumento no peso do baço (0,27 ± 0,01 g) e diminuição do peso do fígado (3,0 ± 0,1 g), quando comparado ao GC (0,2 ± 0,01 e 3,5  ± 0,14 g, respectivamente). Na avaliação da obesidade experimental, foi observado que a ingestão da DAIG aumentou o peso corporal dos animais do GOA (460,2 ± 21,0 g), quando comparado ao GC (365,2 ± 3,5 g), e o tratamento com OCV na dose de 2000 mg/kg/dia (410,2 ± 9,8 g), reverteu esse aumento. Não foram observadas alterações no consumo diário de ração entre os grupos experimentais. Em relação aos parâmetros murinométricos, o tratamento com OCV nas doses de 1000 (95,3 ± 3,3 mg/dL) e 2000 mg/kg/dia (104,2 ± 6,2 mg/dL) diminuiu a glicemia de jejum destes animais, comparado ao GOA (113,8 ± 6,1 mg/dL). Diferentemente, em ambas as doses, o OCV não alterou o comprimento nasonal, índice de Lee, IMC e circunferência torácica. Porém, a dose de 2000 mg/kg/dia (19,1 ± 0,2 cm) reverteu o aumento da circunferência abdominal, quando comparado ao GC (18,8 ± 0,3 cm). Com relação aos depósitos de gorduras foi observado que o tratamento com o OCV nas doses de 1000 e 2000 mg/kg/dia reverteu o aumento desse tecido, ocasionado pela ingestão da DAIG, além de reduzir o índice de adiposidade em cerca de 30%. Durante o período de indução da asma foi avaliada a função pulmonar (volume corrente, frequência respiratória e volume minuto) destes animais. Observou-se que o tratamento com OCV na dose de 2000 mg/kg/dia, reverteu a redução da frequência respiratória e do volume corrente ocasionada pela desordem. Com relação à reatividade contrátil da traqueia de ratos asmáticos e obesos, o tratamento com OCV (1000 e 2000 mg/kg/dia) não alterou as contrações induzidas por KCl. Já quando essa contração era induzida pelo carbacol, apenas na dose de 2000 mg/kg/dia do OCV houve reversão da hiper-responsividade traqueal ocasionada por esta desordem. Observou-se ainda que o tratamento com o OCV levou a uma redução na potência relaxante do nifedipino, mas não alterou o relaxamento induzido pela aminofilina. Diante disso, pode-se concluir que o OCV pode se tornar uma alternativa terapêutica promissora no tratamento da asma e obesidade associadas.
  • JANDERSON BARBOSA LEITE DE ALBUQUERQUE
  • Estudo Fitoquímico da espécie Pavonia malacophylla (Link & Otto) Garcke (Malvaceae sensu lato) e avaliação microbiológica dos seus compostos fenólicos.
  • Data: 23/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • As plantas medicinais atuam como fontes alternativas ou complemento na terapia de fármacos alopáticos. A família Malvaceae sensu lato destaca-se em seus compostos isolados com propriedades farmacológicas que atuam como anticâncer, antioxidante, antimicrobiana e antiviral. Pavonia malacophylla é conhecida popularmente como malva-rosa e está distribuída por quase todo o território brasileiro. Essa pesquisa teve como objetivo isolar os fitoconstituintes de P. malacophylla e avaliar o potencial antimicrobiano de seus compostos isolados frente às cepas bacterianas Staphylococcus aureus MRSA (ATCC 43300), Staphylococcus epidermidis (ATCC 29641), Salmonella enterica Typhimurium (ATCC 14028) e Klebsiella pneumoniae (ATCC 700603). O estudo fitoquímico foi realizado com as partes aéreas de P. malacophylla que foram desidratadas, trituradas e submetidas à maceração com etanol 95%. O Extrato Etanólico Bruto (EEB) por filtração rápida com sílica gel, forneceu a fração AcOEt:MeOH (1:1) que foi submetido a uma coluna cromatográfica utilizando a fase estacionária Amberlite XAD-2 e como fases móveis H2O, metanol, hexano, acetona e acetato de etila. A fração MeOH 100% foi então submetida a sucessivas colunas cromatográficas utilizando sephadex LH-20 como fase estacionária e como eluentes o MeOH e MeOH:CHCl3 em diferentes graus de polaridade. As frações foram comparadas por CCDA e reunidas de acordo com a semelhança do perfil de eluição. Deste processo cromatográfico foi obtido da fração 14/20 da quarta coluna a substância codificada como Pm-3 (18,0 mg) e da fração 01/02 da quinta coluna obteve-se a substância codificada como Pm-4 (10,0 mg). Posteriormente, realizou-se uma cromatografia líquido-líquido com o EEB utilizando hexano, clorofórmio e acetato de etila como fases móveis, obtendo assim suas respectivas fases, além da fase hidroalcoólica. A fase clorofórmica foi submetida a uma cromatografia em coluna utilizando sílica flash como fase estacionária e como eluentes o hexano, acetato de etila e metanol, puros e em misturas binárias. As frações foram comparadas por CCDA e reunidas de acordo com a semelhança do perfil de eluição. Nesse processo cromatográfico foram obtidas as substâncias codificadas como Pm-1 (10,0 mg) e Pm-2 (12,0 mg), provenientes da mesma coluna. As substâncias foram caracterizadas por espectroscopia de RMN (1H, 13C) uni e bidimensionais e através de comparações com dados da literatura foi possível identificá-las como decanol (Pm-1), 5,7-dihidróxi-3,8,4´-trimetóxiflavona (Pm-2), canferol-3-β-D-glicopiranosídeo (Pm-3) e metil-4-hidróxi-cinamato (Pm-4). Os testes antimicrobianos de ensaio disco-difusão e o ensaio de concentração inibitória mínima (CIM) foram realizados com os três últimos compostos, porém Pm-3 e Pm-4 mostraram atividade inibitória de crescimento das cepas de S. aureus MRSA, S. epidermidis e S. enterica Typhimurium na concentração de 512 µg/mL. Todos os compostos foram isolados pela primeira vez na espécie, possibilitando determinar o perfil fitoquímico de P. malacophylla e o potencial microbiológico de seus compostos, fortalecendo assim o gênero Pavonia e ampliando os conhecimentos quimiotaxonômicos e etnofarmacológicos da família Malvaceae sensu lato.
  • CESAR AUGUSTO COSTA DE MEDEIROS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE CARVACROL ISOLADO E ASSOCIADO A ANFOTERICINA B FRENTE A CEPAS DE ASPERGILLUS FLAVUS ISOLADO DE MATERIAL BIOLÓGICO.
  • Data: 21/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • Os fungos compreendem um grupo de patógenos que podem causar sérios danos à saúde. Aspergillus flavus está entre os principais causadores de comorbidades sérias, dentre elas, as aspergiloses. A terapia atifúngica atual têm se apresentando cada vez mais ineficiente, devido uma série de questões relacionadas a mecanismos adaptativos da própria célula fúngica ou até mesmo devido a toxicidade associada as altas doses necessárias para que venham a surtir o efeito desejado. Diante disto, a pesquisa por novas substâncias que venham a surtir efeitos antifúngicos por diferentes mecanismos de ação vêm se tornando cada vez maior. Os produtos naturais apresentam-se como um forte aliado para estes achados, visto que são fitoconstituintes de origem vegetal que apresentam diversas atividades biológicas. Dentre estes, destaca-se o carvacrol, um monoterpeno encontrado principalmente em plantas como Origanum vulgare (orégano). Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a ação antifúngica do carvacrol e dos antifúngicos licenciados anfotericina B, fluconazol e voriconazol frente a isolados clínicos de A. flavus. Os ensaios para avaliar as atividades biológicas foram realizadas pela técnica de microdiluição para determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), estudos de associação e estudo dos possíveis mecanismos de ação. Nos resultados de atividade biológica foi observado que o carvacrol na concentração de 16 ug/ml inibiu o crescimento da maioria das cepas fúngicas, seguido da anfotericina B, com valores de CIM de 32 µg/mL fluconazol com 512 µg/mL e voriconazol com 1 µg/mL. Quanto aos ensaios de CFM, valores de 32 µg/mL para o carvacrol foram observados, representando efeito fungicida para a substância em questão. Ensaios de associação de drogas são muito bem vistos atualmente, pois além da diminuição da concentração eficaz de cada substância, reduzindo assim o risco de toxicidade, a utilização de mais de um mecanismo de ação pode ser uma alternativa bastante viável no combate a patologias fúngicas graves, sendo assim, a associação de carvacrol com anfotericina B representou valores de ICIF de 0,875, sendo considerada uma associação de aditividade. O mecanismo de ação proposto para o carvacrol frente aos isolados de A. flavus foi obtido a partir dos ensaios de sorbitol e ergosterol, onde podemos observar uma ação da substânia frente ao ergosterol da membrana celular fúngica, causando desbalanço da mesmo e levando a morte celular fúngica. Dessa forma, carvacrol apresenta-se como bom candidato na busca do desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas que venham a suprir as necessidades atuais frente as patologias fúngicas em questão.
  • NATALIA DINIZ NUNES PAZOS
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO MONOTERPENO TETRAHIDROLINALOL EM CAMUNDONGOS.
  • Data: 21/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A dor é uma experiência complexa e representa um mecanismo de proteção e sobrevivência, podendo impactar significativamente na qualidade de vida. O tratamento dessa condição utiliza fármacos analgésicos, compostos dotados de efeitos colaterais que podem prejudicar o bem-estar do paciente. Nesse sentido, as plantas aromáticas são fontes de moléculas que podem servir de moldes estruturais para a elaboração de substâncias com potencial analgésico, a exemplo do tetrahidrolinalol (2,6-dimentil-6-octanol), um monoterpeno derivado do linalol com potencial antinociceptivo em modelos animais. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito antinociceptivo do tetrahidrolinalol (THL) por meio de metodologias in silico e in vivo. Dentre as metodologias in silico, a técnica de docking molecular foi utilizada com intuito de prospectar possíveis alvos que pudessem estar relacionados ao efeito antinociceptivo do THL. Em adição, metodologias in vitro foram realizadas utilizando camundongos Swiss machos (Mus musculus), que foram tratados com THL (50, 100 e 200 mg/kg-1, v.o.) e submetidos ao teste do rota-rod e aos modelos de contorções abdominais por ácido acético, placa quente e formalina. Os resultados do docking revelaram que o THL apresentou afinidade para o receptor opióide μ (-55,6 e -47,3 Kcal/mol) e para o receptor de potencial transitório vanilóide tipo 1 (TRPV1) (40,9 e -34,1 Kcal/mol). Em relação aos testes/modelos in vivo, o THL não apresentou efeito miorrelaxante no teste da rota-rod. Por outro lado, o tratamento com THL reduziu significativamente o número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético nas doses de 50 mg/kg-1 (16,8 ± 4,5) e 100 mg/kg-1 (22,5 ± 6,0) em relação ao grupo controle (41,6 ±1,1). No modelo da placa quente, o THL aumentou significativamente, e de maneira dose-dependente, a latência para o reflexo nociceptivo nas doses de 50 mg/kg1(14,0 ± 0.1 s) e 100 mg/kg1 (8,6 ± 1,5 s) em relação ao grupo controle (1,0 ± 0,0 s). Por fim, o monoterpeno reduziu significativamente tempo de lambedura na pata, nas duas fases do teste, nas doses de 50 mg/kg-1 (11,8 ± 2,9 s; 115,6 ± 18,0 s), 100 mg/kg-1 (15,6 ± 1,5 s; 127,0 ± 34,1 s) e 200 mg/kg-1 (29,6 ± 2,4 s; 172,7 ± 13,8 s) em relação ao grupo controle (51,6 ± 10,2 s; 281,5 ± 31,2 s). Esse último efeito foi parcialmente revertido pela naloxona, um antagonista competitivo de receptores opióides. Diante dos resultados obtidos, o THL mostrou-se uma molécula segura, sendo destituída de efeito miorrelaxante. Além disso, o monoterpeno apresentou efeito antinociceptivo em nível central e periférico que parece envolver, pelo menos em parte, receptores opióides, receptor de potencial transitório vanilóide tipo 1 e mediadores inflamatórios.
  • JAISLÂNIA LUCENA DE FIGUEIREDO LIMA
  • Investigação da Ação do trans-anetol em Modelos Comportamentais de Convulsão em Camundongos.
  • Data: 18/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • A epilepsia é uma doença crônica, não transmissível e tratável. Pode ser caracterizada por descargas elétricas que afetam uma região do cérebro ou várias, ocorrendo de forma recorrente e não provocada. Há interesse em buscar alternativas de tratamento para suprir pacientes farmacorresistentes e intoleráveis aos efeitos adversos dos mesmos. Essa busca passa a ser crescente por produtos naturais seguros e eficazes, dentre eles os óleos essenciais oriundos das plantas e com inerentes atividades anticonvulsivantes. Com essa característica tem-se o trans-anetol (TAN), constituinte majoritário dos óleos essenciais da erva doce, anis verde e anis estrelado. Substância segura aprovada pelo FDA para uso como aromatizante em comidas e bebidas e atividade anticonvulsivante previamente comprovada. O trabalho teve objetivo investigar um possível mecanismo de ação para o TAN via método in sílico (Docking molecular) associando com sua possível atividade anticonvulsivante in vivo nas doses 50, 100 e 150 mg/kg (i.p), utilizando os agentes químicos convulsivantes Pilocarpina e o Ácido 3-mercaptopropiônico, como também avaliamos o sinergismo do TAN frente aos anticonvulsivantes clássicos. Para isso foram utilizados Camundongos Swiss (Mus musculus) machos, protocolos aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal da Paraíba, sob número de certidão 3890250918. Os estudos in sílico utilizando metodologia de docking molecular observaram sua afinidade por alvos GABAA e NMDA. Estudos in vivo, utilizando o agente químico Pilocarpina 350 mg/kg (i.p) observou atividade anticonvulsivante do TAN na dose de 100 mg/kg (i.p). Na observação das convulsões com o ácido 3-mercaptopropiônico 40 mg/kg (i.p), nenhuma dose do TAN foi eficaz. Quando se associou o TAN com o Fenobarbital (20 e 40 mg/kg i.p) e Fenitoína (12,5 mg/kg e 25 mg/kg i.p) houve uma redução na duração da extensão tônica dos membros posteriores dos animais. Assim como redução na mortalidade quando comparados ao grupo veículo. A partir dos resultados in silico pode-se prever que o trans-anetol age via receptores GABAA e NMDA e resultados in vivo a atividade anticonvulsivante do TAN, assim como associações benéficas desse com os anticonvulsivantes clássicos e seu efeito neuroprotetor.
2021
Descrição
  • ANDREZA BARBOSA SILVA CAVALCANTI
  • ESTUDOS QUIMIOTAXONÔMICOS E TRIAGEM VIRTUAL DE DITERPENOS ISOLADOS DA FAMÍLIA LAMIACEAE COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTITUBERCULAR
  • Data: 17/12/2021
  • Hora: 08:30
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  • A família Lamiaceae apresenta distribuição cosmopolita, sendo composta por uma grande variedade de metabólitos secundários, possui mais de 290 gêneros 7000 espécies. Estima-se que no Brasil essa família esteja representada por 36 gêneros e 490 espécies. Diante da grande diversidade da família Lamiaceae, o objetivo deste trabalho construir um banco de dados do diterpenos, realizar estudos quimiotaxonômicos auxiliando na prospecção de diterpenos com características estruturais específicas, como também através da triagem virtual, selecionando os mais promissores, e por fim validar por meio do teste atividade biológico. No capítulo 2 foi construído um banco de dados de diterpenos de Lamiaceae e com ele foi realizada uma análise quimiotaxonômica entre as subfamílias de Lamiaceae, utilizando descritores moleculares e mapas auto organizáveis ​​(SOMs). O levantamento de dados evidenciou 4.115 diterpenos diferentes correspondendo a 6.386 ocorrências botânicas, que estão distribuídas em oito subfamílias, 66 gêneros, 639 espécies diferentes e 4880 localizações geográficas, foram adicionados à SistematX. Em todos os mapas obtidos, observou-se uma taxa de acerto superior a 80%, demonstrando uma separação das subfamílias de Lamiaceae, corroborando com os dados morfológicos e moleculares propostos por Li et al. Portanto, por meio deste estudo quimiotaxonômico, foi possível predizer a localização de um diterpeno em uma subfamília e auxiliar na busca de metabólitos secundários com características estruturais específicas, como compostos com potencial atividade biológica. O capítulo 3 apresenta uma avaliação in sílico do diterpeno labdano ácido labda-8 (17), 14-dien-913-epoxi-12β-hidroxi-19-oico, denominado hyptenol (1), juntamente com cinco outros compostos: eritroxilol B (2), acetato de ácido oleanólico (3), ácido betulínico (4), ácido tormêntico (5) e ácido ent-3β-acetoxi-kaur-15-en-17-óico (6) que são constituintes químicos das partes aéreas de Leptohyptis macrostachys. Foi criado um modelo preditivo para determinar a suscetibilidade à microbactéria da tuberculose, com avaliações moleculares e, em seguida, realizou-se análises in vitro. Os resultados demonstraram que o ácido ent-3β-acetoxi-kaur-15-en-17-óico (6) apresenta atividade biológica significativa frente ao Mycobacterium tuberculosis. No capítulo 4, foi realizado a análise fitoquímica da espécie Mesosphaerum sidifolium, pertencente a subtribo Hyptidinae, como também uma triagem virtual do banco de dados de diterpenos dessa tribo, selecionou-se então os compostos mais promissores com atividade antiturbecular frente a M. tuberculosis. O estudo in-sílico evidenciou que dos 68 diterpenos de Hyptidinae analisados, 48 apresentaram probabilidade de apresentarem atividade biológica contra M. tuberculosis e, por meio do teste biológico, verificou-se que os diterpenos podem ser avaliados posteriormente como moléculas potenciais antituberculares.
  • HERBERT IGOR RODRIGUES DE MEDEIROS
  • Planejamento e Desenvolvimento Racional de Candidatos a Fármacos Inibidores de Influenza A.
  • Data: 06/12/2021
  • Hora: 09:00
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  • As RNA viroses tem sido uma grande problemática para todo o mundo, tendo em vista sua fácil replicação, mutação e transmissão. Especificamente, o influenza A é um vírus de rna responsável por um alto número de óbitos, seja atuando isoladamente ou agravando diversos quadros patológicos já existentes. Diante do quadro que tal vírus trás para a população e levando em consideração, os poucos fármacos utilizados para o tratamento da mesma, é de suma importância a busca por candidatos a fármacos que não apresentem tanto efeitos colaterais e que sejam eficazes para o mesmo, em alternativa para os atuais tratamentos, salientando a importância de candidatos que atuem em múltiplos alvos (multitarget), buscando através destes, fármacos mais eficazes e promissores, uma vez que, dentre as principais vantagens, tem a capacidade de bloquear mais de um alvo, obtendo melhor eficácia e perfis de resistência. Deste modo, a química medicinal, através da utilização da tecnologia, tem sido essencial no processo de planejamento de fármacos, uma vez que possibilita a otimização do tempo e de custos operacionais. Associado a isto, o crescente número de casos decorrentes de doenças endêmicas, como o influenza A, vem estimulando os órgãos de fomento a investir em pesquisas para o desenvolvimento de moléculas que possam a vir a serem utilizadas no tratamento de tais. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi propor moléculas naturais com potencial atividade anti-influenza A, predita por uma análise de consenso de três modelos de predição de atividade biológica e analisadas por uma triagem virtual hibrida, através dos mais diversos tipos de análises in silico. Frente a isto, o banco de dados de 986 moléculas naturais, foram triadas, através primeiramente, da análise por consenso oriundas de 3 modelos de predição de atividade biológica, o que resultou em apenas 36 moléculas preditas como ativas para o influenza A e com ótimo percentual de confiabilidade, resultante da construção dos 3 modelos preditivos. Posteriormente, tais moléculas foram submetidas a análises do perfil de absorção e biodisponibilidade oral, riscos de toxicidade e metabolismo frente ao CYP 450. Neste sentido, as moléculas de tais etapas de triagem foram: HER02, HER03, HER04, HER16, HER17 e HER35. Diante de seus promissores resultados, tais moléculas foram submetidas a docagem molecular, frente as 4 principais proteínas envolvidas no ciclo de replicação do influenza A, a citar: canal M2, hemaglutinina, neuraminidase e rna polimerase, salientando que não existem fármacos atuantes na hemaglutinina. Com tais resultados, no geral todas as moléculas apresentaram ótimas interações frente as 4 principais proteínas do influenza A, com destaque, para a molécula HER03, que demonstrou ser um potencial candidato a fármaco atuante em múltiplos alvos, tendo em vista resultantes que apresentou scores de energias de interação superior a todos os fármacos controle e para todas as 4 proteínas envolvidas no ciclo de replicação do influenza A, com exceção da hemaglutinina, que basicamente ficou em segundo lugar no ranking dos scores mais altos. Diante de tais resultados, foi demonstrado que das 986 moléculas naturais, 6 apresentaram potenciais para serem candidatos a fármacos frente ao influenza A, com destaque para a molécula HER03, que apresentou promissores e potenciais resultados para ser uma candidata a fármaco anti influenza A atuante em múltiplos alvos.
  • AZENATE CAMPOS GOMES
  • Tecnologias Analítica e de Produção Vegetal da Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium (Roem. e Schult.) Penn.)
  • Data: 28/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • Sideroxylon obtusifolium (Roem & Schult.) T.D.Penn. é considerada como uma das plantas promissoras do futuro, em função do seu elevado potencial medicinal, entretanto, a extração inadequada da matéria prima para drogas vegetais tem comprometido sua população nos sistemas naturais, sendo necessário estudos que deem subsídio ao seu uso sustentável. Objetivou-se com este trabalho estudar as características físicas, químicas e biológicas de S. obtusifolium em diferentes condições ambientais e estágios de desenvolvimento, visando à produção de droga vegetal padronizada. Foi realizado o estudo fenológico de 30 espécimes no Cariri Ocidental e Oriental da Paraíba e a produção vegetal desta espécie. Foi avaliado a intensidade e sincronia das fenofases, caracterização biométrica, tratamentos pré germinativos, vigor e índice de qualidade de indivíduos. Os indivíduos jovens foram avaliados em condição integral e podada. As drogas vegetais foram avaliadas quanto ao tamanho de partícula da parte aérea e periderme do caule em diferentes ambientes, e estágio de desenvolvimento dos indivíduos jovens por meio de diferentes técnicas analíticas, análises térmicas (TG e DTA), caracterização morfológica das partículas e caracterização física farmacopeica. Foram desenvolvidos e validados, métodos para quantificação de taninos e flavonoides em drogas vegetais de espécimes adultos de Sumé por espectrofotometria UV/Vis e co-validados em drogas vegetais de espécimes adultos de São João do cariri e de jovens nos extratos fluidos e secos nebulizados. A quantificação de taninos e flavonoides foram correlacionados com os parâmetros ecológicos avaliados. Os espécimes de Sumé e São João do Cariri apresentam comportamento fenológicos diferentes, caracterizando-se por diferentes respostas em relação a precipitação. Os eventos fenológicos reprodutivos de Sumé são assincrônicos e os de São João do Cariri sincrônicos. O índice de qualidade de Dickson dos indivíduos jovens apresentou correlação positiva com os dados biométricos das sementes. As drogas vegetais tamisadas com partículas 297-149 e 73-37 μm mostraram diferentes energias de ativação que permitiram a diferenciação dos espécimes adultos de diferentes ambientes. A entalpia diferenciou os indivíduos jovens em diferentes fases de desenvolvimento dos espécimes adultos. A análise morfológica demonstrou alta heterogeneidade na morfologia, tamanho e distribuição das partículas tamisadas, demonstrando que a tecnologia atual de produção e separação granulométrica das drogas vegetais medicinais precisa ser aperfeiçoada. O método analítico desenvolvido e validado para quantificação de taninos e flavonoides nas drogas vegetais de Sumé é seletivo, linear, preciso, exato e robusto. A validação parcial demonstrou linearidade, precisão e exatidão nas amostras dos espécimes adultos de São João do Cariri e nos extratos fluido e seco nebulizado dos espécimes jovens. Os extratos da parte aérea e periderme do caule apresentaram diferença significativa para os teores de taninos e flavonoides em relação ao tamanho de partícula, diferentes ambientes de coleta e diferentes estágios de desenvolvimento. Os dois primeiros componentes principais justificam mais de 98 % da variação total do conjunto de dados avaliados. A massa e diâmetro de sementes, índice de qualidade Dickson e frutificação contribuem como indicadores das concentrações de taninos e flavonoides em todos os extratos avaliados. Os dados relatados para S. obtusifolium, ratificam que o uso da periderme do caule deve ser substituído pelo cultivo de indivíduos jovens em função principalmente do elevado teor de flavonoides (89,54% a mais), contribuindo com a sustentabilidade da espécie.
  • GABRIELA CRISTINA SOARES RODRIGUES
  • IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS NOVOS INSETICIDAS E ANTIVIRAIS UTILIZANDO FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS E BANCO DE DADOS DE PRODUTOS NATURAIS
  • Data: 01/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os metabólitos secundários consistem numa importante fonte de compostos para o manejo de pragas, fornecendo uma alternativa para substituir inseticidas sintéticos, persistentes e tóxicos. Dentre as classes de produtos naturais, destacam-se os terpenos, que abrangem uma grande variedade de substâncias de origem vegetal com importância ecológica como defensivos de plantas e com atividade biológica frente a diferentes insetos. Os terpenos também têm sido investigados como agentes antivirais e com o surgimento da pandemia causada pela Sars-Cov-2, diversos pesquisadores concentraram suas pesquisas em identificar compostos potenciais para o tratamento da COVID-19. A aplicação de abordagens computacionais contribui para auxiliar na compreensão das propriedades físico-químicas de princípios ativos, modelar e elucidar fenômenos químicos e predizer a toxicidade e atividade biológica para diferentes efeitos. Portanto, o objetivo do trabalho é aplicar estudos de QSAR para encontrar novas estruturas a partir de bancos de dados de produtos naturais com potencial atividade inseticida e antiviral com o auxílio de ferramentas computacionais da Quimioinformática. No capítulo 2, foi avaliado o potencial bioinseticida de quarenta e dois monoterpenos contra Drosophila melanogaster e Reticulitermes chinensis Snyder. A modelagem QSAR foi realizada para ambos os organismos, enquanto o docking e a dinâmica molecular foram usados apenas para Drosophila melanogaster. Os resultados sugerem que pulegone, citronelal, carvacrol, acetato de linalila, acetato de nerila, acetato de citronelila e acetato de geranila podem ser considerados alguns candidatos potenciais a pesticidas. No capítulo 3, buscou encontrar produtos naturais com potencial inseticida contra Musca domestica e Mythimna separata. Para isso, foram desenvolvidos modelos preditivos QSAR usando abordagens MuDRA, PLS e RF, modelos de homologia e triagem virtual de 117 produtos naturais. Os resultados mostraram que os diterpenos Pimarane, diterpenos Abietanos, Diterpenos diméricos e diterpenos Scopadulane obtidos de partes aéreas de espécies do gênero Calceolaria (Calceolariaceae: Scrophulariaceae) podem ser considerados como potenciais inseticidas. No capítulo 4, realizamos previsões assistidas por computador para compostos com atividade inseticida conhecida contra Aphis gossypii e Drosophila melanogaster e os resultados revelaram os compostos bistenuifolina L e bistenuifolina K, foram potencialmente ativos contra as enzimas de A. gossypii; e salvisplendina C e salvixalapadieno, são potencialmente ativos contra D. melanogaster. Enquanto que no capítulo 5, utilizamos métodos computacionais para realizar uma triagem virtual de diterpenos candidatos com potencial para atuar como inibidores de CoV. Para isso, um conjunto de 1.955 diterpenos, derivados de uma subfamília Nepetoideae (Lamiaceae), foram selecionados por meio da ferramenta SistematX (https://sistematx.ufpb.br), que foram usados para fazer previsões. A partir da base de dados ChEMBL, 3 conjuntos de estruturas químicas foram selecionados para a construção de modelos preditivos. Os resultados mostraram que a abordagem de análise de consenso, baseados em ligante e estrutura, foi capaz de selecionar 19 compostos como potenciais inibidores de CoV, incluindo a isotansinona IIA (01), tansinlactona (02), isocriptotansinona (03) e tanshinketolactona (04), que não apresentaram toxicidade dentro dos parâmetros avaliados.
  • RYLDENE MARQUES DUARTE DA CRUZ
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA, ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA, ANTIPIRÉTICA, COGNITIVA E MECANISMOS DE AÇÃO DE UM ANÁLOGO DA TINORIDINA
  • Data: 17/09/2021
  • Hora: 09:00
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  • RMD86 é um análogo da tinoridina e derivado tiofênico o qual pertence a uma classe de compostos com diversas atividades farmacológicas como antifúngica, antitumoral e antioxidante. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda pré- clínica, o potencial antinociceptivo e antipirético e possível atividade em receptores NMDA. A administração aguda de RMD86 não provocou mortes nas doses avaliadas (300 ou 2000 mg/kg, via intraperitoneal i.p.), porém foi observado um efeito analgésico nas duas doses sendo sugestivo de depressão do SNC que pode ser proveniente de uma toxicidade neuronal. Para constatar se RMD86 seria capaz de provocar essa toxicidade foi realizado o teste do rota-rod o qual demonstrou que RMD86 não foi capaz de causar alterações na coordenação motora dos animais, indicando a ausência de toxicidade neuronal. Nos testes da nocicepção química com ácido acético e formalina RMD86 foi capaz de promover uma atividade antinociceptiva nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg. Já no teste do glutamato ele apresentou uma atividade antinociceptiva nas doses de 50 e 100 mg/kg. No teste de nocicepção térmica RMD86 (100 mg/kg) promoveu uma redução no tempo de latência nos primeiros 30 minutos do teste. Na avaliação da atividade antipirética RMD86 foi capaz de reduzir a pirexia nos tempos de 30, 60, 120 e 180 minutos nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg. No estudo dos mecanismos de ação, o derivado não apresentou mecanismos envolvendo o sistema opioide, adenosinérgico e nem canais de KATP. No entanto, em ensaios in silico o produto teve uma boa energia de ligação com enzimas como a COX-1/2, o que sugere o seu possível mecanismo de ação. Nos testes in vitro em receptores NMDA foi observado um efeito nas concentrações de 100 e 300 μM. O efeito direto de RMD86 em receptores NMDA foi confirmado com um uso do antagonista do receptor AMPA o NBQX. Em testes de LTP, observou-se que o produto foi capaz de promover o aumento do estímulo em células piramidais da região CA1 do hipocampo. Em ensaios in vivo, RMD86 promoveu uma redução do congelamento no teste do condicionamento aversivo, para determinar se esse resultado tinha relação com a deficiência da formação da memória ou com o aumento da movimentação do animal foi realizado um teste do campo aberto e foi constatado um aumento da velocidade média do grupo tratado. Além disso, observou-se um aumento da ansiedade nos animais tratados no teste do campo aberto no qual os animais passaram mais tempo na periferia do aparato. A partir disso, pode-se inferir que o produto analisado apresentou uma baixa toxicidade aguda, atividade antinociceptiva e antitérmica com possível mecanismo de ação envolvendo enzimas COX e apresentou uma ativação de receptores NMDA envolvidos com processos cognitivos.
  • MAYARA DOS SANTOS MAIA
  • Avaliação in silico do potencial de atividade de lignanas e neolignanas frente a doenças negligenciadas e neurodegenerativas
  • Data: 10/09/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais são considerados potenciais fontes de novos agentes terapêuticos devido à diversidade de estruturas e suas propriedades. Dentre os produtos naturais, destacam-se as lignanas e neolignanas, que possuem uma variedade de atividades biológicas, mas que devido à diversidade estrutural, se faz necessário identificar e investigar novas fontes de efeitos farmacológicos. As doenças negligenciadas ameaçam e atingem milhões de pessoas ao redor do mundo. Dentre elas, a leishmaniose, a doença de Chagas e a esquistossomose, cujo os tratamentos quimioterápicos disponíveis apresentam alta toxicidade e dificilmente apresentam eficácia na fase crônica da doença. As doenças degenerativas também têm acometido diversas pessoas, sendo o Alzheimer mais comum. O tratamento também é limitado, pois não evita a progressão da doença. Variadas abordagens computacionais da Quimio e Bioinformática podem auxiliar, mediar, orientar e identificar novos compostos para o tratamento de diversas doenças. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar o potencial farmacológico de lignanas e neolignanas frente a doenças negligenciadas e neurodegenerativas com o auxílio de ferramentas e abordagens computacionais. No capítulo 2, foram avaliadas lignanas a partir do banco de dados ChEMBL e aplicado abordagens como perfil farmacocinético, análise combinada baseada no ligante e na estrutura, modelagem por homologia, predição de resistência e simulações de dinâmica molecular. Quatro dentre as lignanas selecionadas na triagem, foram isoladas e testadas contra formas promastigotas de Leishmania major e L. (Viannia) braziliensis. Os resultados mostraram que o composto mais ativo, o (159) epipinoresinol-4-O-β-D-glucopiranosídeo, apresentou um valor IC50 de 5,39 µM para L. braziliensis e valor IC50 de 36,51 µM para L. major. No capítulo 3, previmos o potencial tripanomicida de 47 neolignanas usando modelos preditivos, docking molecular, simulações de dinâmica molecular e cálculos de energia livre. Dos compostos analisados, dois foram isolados e mostraram inibir o crescimento de formas epimastigotas em concentrações de 9,64 e 8,72 µM, e formas tripomastigotas em 4,88 e 2,73 µM. Enquanto que no capítulo 4, abordagens in silico, usando análise de perfil farmacocinético, docking consenso, modelos preditivos consenso, simulações de dinâmica molecular e cálculos de energia livre também foram utilizados para selecionar lignanas potenciais e seletivas contra um importante alvo do Schistossoma mansoni. Quatro lignanas obtiveram excelentes resultados e sugerimos ser um alternativa terapêutica em casos de resistência. No capítulo 5, lignanas foram analisadas com o objetivo de identificar compostos potenciais e multi-target para o tratamento do Alzheimer. Uma análise combinada, com base no ligante e na estrutura, seguida pela previsão das propriedades de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade (ADMET) foi realizada. Os resultados mostraram que a análise combinada foi capaz de selecionar 139 lignanas potencialmente ativas e multitarget, conferirindo alternativas de tratamento através da atividade neuroprotetiva e antioxidante. O capítulo 6 é uma revisão que descreve vários estudos, abordagens e métodos de docking consenso.
  • SEVERINO FERREIRA NETO
  • Avaliação Antimicrobiana de 3-Nitrobenzamidas Sintéticas sobre Espécies de Candida e Estudos de Docking Molecular
  • Data: 31/08/2021
  • Hora: 08:30
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  • As infecções fúngicas acometem uma significativa parte da população. Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo já foram afetadas por algum tipo de fungo. O gênero Candida é responsável por diversas doenças infecciosas, especialmente em indivíduos com imunidade comprometida. Além disso, é preocupante o surgimento de cepas resistentes aos fármacos disponíveis, o que resulta em maiores dificuldades para o tratamento e associação a casos de óbito. Portanto, é urgente a busca por novas alternativas farmacoterapêuticas. Derivados nitrobenzenos apresentam diversas propriedades antimicrobianas, incluindo ação antifúngica. Desse modo, no presente estudo investigou-se o potencial antifúngico de catorze derivados 3-nitrobenzamidas frente às espécies do gênero Candida (C. albicans, C. krusei e C. glabrata) e estabeleceu-se uma relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os derivados 3-nitrobenzamidas foram preparados utilizando a reação de Schotten-Baumann e foram estruturalmente caracterizados pelas técnicas de Espectroscopia de Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C. Os produtos obtidos tiveram rendimentos de 25,2-72,7% e três derivados da coleção são inéditos (6, 8 e 10). Nos testes antifúngicos determinou-se a Concentração Inibitória Mínima (CIM) com a técnica de microdiluição em placas de 96 poços e a Concentração Fungicida Mínima (CFM) em meio de cultura sólido. Também se investigou o possível modo de ação utilizando os ensaios do sorbitol e ergosterol. Nove compostos apresentaram atividade antifúngica com valores de CIM que variaram de 39,06 a 1250 µg/mL. Considerando a análise da razão de CFM/CIM, que apresentou valores em um intervalo de 1 a 3, pode-se verificar que os derivados apresentam ação fungicida. A imida 14 demonstrou o melhor efeito fungicida da coleção frente às cepas de C. albicans, C. krusei e C. glabrata, com valores de CIM e CFM de 39,06 µg/mL. Os dados sugerem que este composto não atua de forma direta sobre membrana celular fúngica ou por mecanismos que envolvam funções da parede celular. A respeito da relação estrutura e atividade antifúngica, a presença do sistema dicarbonílico ligado ao nitrogênio ou metilenodióxido potencializam a ação inibitória frente às espécies de fungos. O estudo de docking molecular mostra que sete dos dez alvos que compartilham as pontuações de docking mais altas pertencem à via biossintética do ergosterol, com energias favoráveis na ligação aos alvos proteína de ligação a GTP RHO1, difosfomevalonato descarboxilase, esqualeno monooxigenase, esterol 24-C-metiltransferase e esqualeno sintase; o pequeno tamanho da molécula e os grupos carbonilas, principalmente, foram ideais para estabilização da molécula nos receptores. A mesma análise foi feita para os alvos de C. krusei e C. glabrata, onde há uma pequena mudança apenas para C. krusei. Diante desses resultados, conclui-se que os derivados 3-nitrobenzamidas apresentam-se como compostos promissores para o desenvolvimento de novos fármacos antifúngicos contra Candida spp.
  • AIRLLA LAANA DE MEDEIROS CAVALCANTI
  • ESTUDO IN SILICO E CARACTERIZAÇÃO DOS EFEITOS CARDIOVASCULARES DO MONONITRATO ORGÂNICO 1,3-DIISOBUTOXIPROPAN-2-ILA (NDIBP) EM RATOS NORMOTENSOS E HIPERTENSOS
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os nitratos orgânicos são amplamente utilizados para restaurar os níveis e mimetizar a função do óxido nítrico (NO) endógeno reduzido pela disfunção endotelial presente na hipertensão arterial (HA). Entretanto, a maioria dos nitratos clinicamente disponíveis produz efeitos colaterais indesejados, especialmente a tolerância. O desenvolvimento de novos nitratos orgânicos que não apresentem essas desvantagens ainda se faz necessário. Este trabalho teve como objetivo investigar o novo nitrato orgânico 1,3-diisobutoxipropan-2-il (NDIBP) como alternativa para o tratamento da hipertensão, descrevendo sua síntese, o potencial biológico e farmacocinético in silico, seus efeitos vasculares, mecanismo de ação, toxicidade aguda, capacidade de induzir tolerância e sua ação no sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. O NDIBP foi sintetizado a partir da glicerina por meio de síntese orgânica e caracterizado por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e espectros de ressonância magnética nuclear, obtendo um rendimento de 85,7%. O espectro de atividade biológica foi obtido por PASS (Prediction of Activity Spectra for Substances) revelando que as atividades mais prováveis para o NDIBP estavam relacionadas a ações cardiovasculares, como efeito anti-hipertensivo e vasodilatador. As propriedades drug-like e os estudos ADMET foram realizados por software pkCSM (Predicting Small-Molecule Pharmacokinetic Properties using Graph-Based Signatures). Os parâmetros físico-químicos e a predição ADMET sugeriram que o NDIBP apresentou boa biodisponibilidade oral teórica, boa absorção no trato gastrointestinal e baixa distribuição nos tecidos. Estudos de quimioluminescência in vitro e técnicas ex vivo demonstraram que o NDIBP liberou NO tanto em um sistema livre de células em condições anaeróbias quanto em artérias mesentéricas isoladas por meio de um processo de metabolização catalisado pela enzima xantina oxidoredutase (XOR). Em experimentos ex vivo utilizando anéis de artéria mesentérica de rato, o NDIBP induziu um vasorrelaxamento independente do endotélio (Emáx = 105,97 ± 3,65% vs. 91,78 ± 4,08%, respectivamente, p <0,05) que foi significativamente atenuado na presença de PTIO (Emáx = 66,22 ± 5,22 %, p <0,05), ODQ (Emáx = 26,22 ± 3,32%, p <0,05), TEA (Emáx = 78,43 ± 3,55, p <0,05), febuxostato (Emáx = 69,96 ± 4,31%, p <0,05), e proadifeno (Emáx = 52,88 ± 3,04%, p <0,05). Além disso, este nitrato orgânico não foi capaz de induzir tolerância vascular e apresentou baixa toxicidade pré-clínica aguda por via oral. As alterações in vivo nos parâmetros cardiovasculares foram avaliadas utilizando ratos normotensos e hipertensos renovasculares. O NDIBP induziu um efeito hipotensor e uma ação dupla na freqüência cardíaca que foram significativamente maiores em animais hipertensos do que em normotensos. Nossos resultados indicam que o NDIBP possui boas atividades biológicas e propriedades drug-like in silico e atua como um novo doador de NO, agente hipotensivo e bradicárdico e é um nitrato orgânico não autotolerante, desenvolvendo vasorrelaxamento por liberação de NO, ativação da via NO-sGC-cGMP e modulação positiva dos canais para K+ no músculo liso vascular. Portanto, todos os dados sugerem que o NDIBP é um bom candidato para futuras investigações no tratamento da hipertensão arterial e estudos de desenvolvimento de medicamentos.
  • KÍMBERLY STEFANNY DA SILVA
  • Composição química, avaliação antidepressiva e antioxidante do óleo essencial de Citrus sinensis (laranja doce)
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • As plantas medicinais são uma grande fonte de medicamentos, sendo utilizada pela população, e suas atividades biológicas são atribuídas a grande diversidade de metabólitos secundários. A espécie Citrus sinensis (Rutaceae) é conhecida como “laranja doce”, tem sido usado tradicionalmente para tratar diversos distúrbios, dentre eles distúrbios mentais. A depressão é um transtorno psiquiátrico crônico, multifatorial, caracterizada por sintomas como baixo humor e/ou anedonia, que podem ser acompanhados por déficits cognitivos, neurovegetativos. Aproximadamente 85% dos pacientes com depressão também apresentam sintomas significativos de ansiedade. O óleo essencial de C. sinensis apresenta atividades biológicas, tais como antimicrobianas, antioxidantes, e é amplamente estudado por possuir atividade ansiolítica. Com base nisso, o trabalho teve como objetivo realizar a caracterização química dos constituintes presentes no óleo essencial de C. sinensis, obtidos de três (3) diferentes fornecedores, e avaliar o efeito antidepressivo e antioxidante do óleo essencial. A caracterização química foi realizada através de CG-EM, onde foram identificados cinco componentes na amostra do óleo essencial, sendo o limoneno o composto majoritário. Para os testes farmacológicos, foi utilizado um protocolo de indução do comportamento do tipo depressivo por dexametasona. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no uso de animais (CEUA/UFPB) da Universidade Federal da Paraíba, com a certidão de aprovação nº 8690120320. Os camundongos Swiss foram divididos em seis grupos de 6 a 8 animais e submetidos à testes comportamentais como nado forçado, suspensão da cauda e campo aberto e após isso, foram realizados os testes antioxidantes in vivo. No teste de nado forçado não houve diferença entre os grupos tratados com o óleo essencial nas doses 25, 50 e 100 mg/kg e o grupo controle. No teste de suspensão da cauda, foi observado que CS 75 e CS 100 aumentaram o tempo de imobilidade, quando comparado com o grupo tratado com imipramina e não houve diferença significativa do tempo de imobilidade entre as concentrações do OE e o controle. No teste de campo aberto os grupos tratados com as doses CS 75 e CS 100 do óleo essencial, também reduziram o número de cruzamentos quando comparados com o grupo de controle. Os grupos dexametasona, CS 50, CS 75 E CS 100, aumentaram o número de rearing quando comparados com o grupo imipramina. No parâmetro de grooming houve uma redução na frequência de autolimpeza significativa entre o grupo dexametasona, imipramina, CS 75 e CS 100 em relação ao grupo controle. Os resultados encontrados sugerem que os grupos tratados com o OE de C. sinensis não apresentaram efeito antidepressivo quando submetido aos testes comportamentais. No teste antioxidante in vivo, o óleo essencial apresentou efeito antioxidante no teste de glutationa redutase (GSH), pois aumentou significativamente a concentração de GSH no grupo tratado CS 75 quando comparado ao grupo controle e imipramina. Já na concentração de nitrito foi observado um aumento significativo na concentração de nitrito no grupo tratado com imipramina e CS 50, em comparação com o grupo controle, sugerindo que esse aumento leva a oxidação de lipídios celulares, formação de radicais livres e geração de espécies reativas de oxigênio (ROS).
  • ÉRIKA PAIVA DE MOURA
  • Estudo in silico de flavonoides e compostos análogos pertencentes à família Asteraceae contra a doença de Alzheimer
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • A doença de Alzheimer é uma desordem neurodegenerativa que afeta mais de 20 milhões de pessoas no mundo. Atualmente, os fármacos disponíveis para o tratamento apresentam diversos efeitos colaterais e apenas reduzem as manifestações clínicas da doença, não sendo capazes de evitar que ela progrida. Assim, a pesquisa de novas alternativas terapêuticas que retardem o desenvolvimento da desordem é essencial. Uma das estratégias utilizadas no processo de descoberta de fármacos contra a doença de Alzheimer é a realização de um estudo in silico. Dessa forma, é possível prever as atividades biológicas e as propriedades físico-químicas de moléculas e contribuir para a redução do tempo e dos custos financeiros da pesquisa de medicamentos. Os flavonoides são metabólitos secundários de plantas que apresentam efeitos benéficos na prevenção de doenças, incluindo as doenças neurodegenerativas. Com base nisso, o objetivo deste trabalho foi desenvolver análises in silico e realizar uma triagem virtual de flavonoides e análogos da família Asteraceae contra os alvos da doença de Alzheimer. Neste estudo, foram selecionados 886 flavonoides para iniciar a triagem virtual e os seguintes métodos computacionais foram utilizados: construção de modelos de QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationship), análise dos riscos de citotoxicidade, análise das violações à regra do cinco de Lipinski, cálculos de parâmetros físico-químicos relacionados à atividade antioxidante, análise do componente principal por consenso (CPCA), análise do componente principal (PCA), docking molecular e simulações de dinâmica molecular. Os modelos de QSAR exibiram parâmetros estatísticos satisfatórios e indicaram moléculas possivelmente ativas contra acetilcolinesterase (AChE), peptídeo β-amilóide (Aβ) e glicogênio sintase quinase-3β (GSK-3β) que provavelmente atravessam a barreira hematoencefálica. Essas moléculas foram submetidas à análise dos riscos de citotoxicidade e entre aquelas que não foram tóxicas, selecionou-se os flavonoides com provável atividade multialvo, obtendo-se: FL319, FL339, FL466, FL511, FL775 e FL807. Os metabólitos preditos para esses flavonoides não demonstraram risco de serem tóxicos, com exceção de apenas um metabólito proveniente da interação de FL511 com CYP2D6. Os seis flavonoides analisados mostraram no máximo 1 violação à regra do cinco de Lipinski, demonstrando propriedades físico-químicas favoráveis à biodisponibilidade por via oral. Além disso, todos os flavonoides foram mais reativos e apresentaram maior capacidade de perder um elétron e neutralizar radicais livres em comparação com o antioxidante ácido ascórbico, sugerindo que eles possuem propriedades antioxidantes. Os resultados da CPCA e da PCA revelaram que todos os flavonoides, com exceção de FL319, formam interações hidrofóbicas altamente favoráveis com outras moléculas, e que FL466 e FL511 possuem um melhor perfil de solubilidade. Também foi observado que os flavonoides estudados têm regiões hidrofóbicas, hidrofílicas, grupos aceptores de ligação de hidrogênio e grupos doadores de ligação de hidrogênio. Os procedimentos de docking molecular forneceram dados sobre os possíveis mecanismos de ação dos flavonoides, no qual notou-se que FL466, FL511, FL775 e FL807 interagiram com todos os resíduos de aminoácidos do sítio aniônico periférico da AChE. Os seis flavonoides formaram interações com os resíduos fundamentais para a agregação de Aβ, que são os resíduos do núcleo hidrofóbico central do peptídeo. FL319, FL339 e FL775 também participaram de interações com os resíduos do sítio de ligação do trifosfato de adenosina (ATP) de GSK-3β. Nas simulações de dinâmica molecular, os flavonoides conseguiram estabilizar os alvos durante alguns nanosegundos. Portanto, acredita-se que os flavonoides investigados neste estudo são promissores contra os alvos da doença de Alzheimer e têm potencial para serem testados experimentalmente.
  • MANOEL FERNANDES DE OLIVEIRA NETO
  • Avaliação dos efeitos induzidos pelo ácido sinápico sobre o sistema cardiovascular de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • O ácido sinápico é um dos quatro ácidos hidroxinâmicos mais encontrados na natureza; presente em frutas, vegetais, oleaginosas, grãos de cereais. Ele apresenta diversas atividades farmacológicas como antioxidante, atividade anti-inflamatória, ansiolítica e anti-hipertensiva. Essa última em ratos L-NAME. Contudo, não há relatos de seus efeitos no modelo de hipertensão com ratos espontaneamente hipertensos (SHR) assim como também não há dados da sua participação na modulação autonômica da pressão arterial e seus mecanismos de controle. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos induzidos pelo ácido sinápico em parâmetros cardiovasculares de ratos normotensos (WKY) e espontaneamente hipertensos (SHR). Para isso, uma combinação de protocolos in vivo foi realizada em ratos WKY e SHR. Dessa forma, avaliou-se os efeitos do tratamento oral por 14 dias com o ácido sinápico sobre a pressão arterial, frequência cardíaca, atividade autonômica simpática, parassimpática e sensibilidade do barorreflexo. O tratamento oral com o ácido sinápico foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas em ratos SHR (184,5 ± 6,114 vs. 148,3 ± 5,39 mmHg, p < 0,05), sem provocar alterações na frequência cardíaca dos animais. Já em relação ao barorreflexo induzido farmacologicamente com drogas vasoativas, o tratamento oral com o ácido sinápico foi capaz de melhorar a sensibilidade do barorreflexo (-1,192 ± 0,1441 vs. -2,366 ± 0,1885 bpm/mmHg, p < 0,05) por aumentar o índice do ganho parassimpático (-0,683 ± 0,111 versus -2,814 ± 0,430 bpm/mmHg, p < 0,05), mas sem diferença significativa em relação ao simpático. A função autonômica foi avaliada utilizando ferramentas farmacológicas; e o ácido sinápico aumentou atividade parassimpática (39 ± 5,2 vs. 129 ± 6 bpm , p ˂ 0,05 ) e diminuiu a hiperatividade simpática em ratos SHR (-64,83 ± 4,5 vs -40,8 ± 7,7; p ˂ 0,05 ). O tratamento com o ácido sinápico também foi capaz de reduzir o estresse oxidativo sérico nos ratos SHR (54,75 ± 6,2 vs. 18,1 ± 1,3 nmol/ml, p ˂ 0,05). Finalmente, em ensaios in silico, o ácido sinápico apresentou boa biodisponibilidade teórica após administração oral, boa solubilidade, estabilidade e absorção, ainda apresentando baixa toxicidade oral, bem como possíveis outras atividades farmacológicas sobre o sistema cardiovascular. Esses dados sugerem um efeito anti-hipertensivo do ácido sinápico, visto que ele foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas dos ratos hipertensos. Esse efeito pode estar relacionado, em parte, com a diminuição do estresse oxidativo.. Com base no exposto, o ácido sinápico é uma molécula importante na busca de novos tratamentos contra a hipertensão arterial sistêmica.
  • MARIA FRANNCIELLY SIMOES DE MORAIS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE 2-OXO-2-FENILETIL BENZOATO FRENTE À LINHAGENS DE Escherichia coli PATOGÊNICAS E DE ORIGEM HOSPITALAR
  • Data: 27/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • Escherichia coli, pertencente à família Enterobacteriaceae, é um micro-organismos de grande importância para a saúde pública e devido à sua elevada recorrência em doenças, tanto no ambiente hospitalar como na comunidade, constitui uma das espécies mais pesquisadas no mundo. Possuem considerável capacidade de adaptação e de desenvolver resistência aos antibióticos, ocupando o terceiro lugar na lista dos “12 patógenos prioritários” resistentes a antibióticos descritos pela Organização Mundial da Saúde. A incidência dessas infecções tem aumentado ao longo das décadas, apresentando altas taxas de mortalidade com frequentes falhas terapêuticas, aumentando a necessidade de encontrar novas substâncias com propriedades antimicrobianas que sejam eficazes no combate a estes microrganismos. Nesse sentido, os compostos orgânicos sintéticos constituem uma importante fonte de novas substancias e tem auxiliado na descoberta de muitas terapias que melhoraram, significativamente, a saúde humana. Diante disso, este estudo avaliou a atividade antibacteriana da molécula 2-oxo-2-feniletil benzoato contra 15 linhagens clínicas de Escherichia coli através de ensaios realizados in vitro. A atividade antibacteriana foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Bactericida Mínima (CBM) e estudos de associação da molécula de 2-oxo-2-feniletil benzoato com um antibiótico-padrão (Imipeném) através da obtenção do Índice da Concentração Inibitória Fracionada (ICIF). Na avaliação da atividade antibacteriana, a substância apresentou CIM de 256 μg/mL e CBM de 1024 μg/mL. Logo, pode-se consider a atividade antibacteriana da molécula-teste como forte. A associação da molécula 2-oxo-2-feniletil benzoato com Imipeném apresentou efeito de indiferença tanto para linhagem clínica E.C 706 quanto para cepa ATCC-25922. Dessa maneira, reforça-se a necessidade de novos estudos com estratégias, abordagens e tecnologias inovadoras, de modo a elucidar e detalhar por outras vias metodológicas as potencialidades farmacológicas da molécula 2-oxo-2-feniletil benzoato, contribuindo para descoberta de um novo candidato à fármaco.
  • PATRICIA KEYTTH LINS ROCHA
  • Efeito hipotensor e anti-hipertensivo do nitrato orgânico benzoato de 4-nitrooxibutila em ratos.
  • Data: 24/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os nitratos orgânicos são comumente utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares. Neste trabalho foi verificado o efeito farmacológico do mononitrato orgânico benzoato de 4-nitrooxibutila (BBN) sobre o sistema cardiovascular de ratos. Utilizando abordagem in silico, foram preditas as atividades biológicas para o BBN por meio do programa PASS; as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas utilizando o software pkCSM; e o processo de bioativação do BBN pelas enzimas xantina oxirredutase (XOR), aldeído desidrogenase (ALDH), citocromo P450 (CYP450) e glutationa S-transferase (GST) utilizando o programa Molegro. Posteriormente, a abordagem ex vivo foi utilizada para verificar o efeito promovido pelo BBN em artéria mesentérica superior isolada de ratos e pré-contraídas com fenilefrina (PE; 1μM), além de identificar os mecanismos de ação envolvidos na resposta do BBN e avaliar o desenvolvimento da tolerância vascular pré-expondo as artérias mesentéricas a uma alta concentração de BBN (100 μM). Dentre os mecanismos de ação, foi avaliada a participação: da enzima guanilil ciclase soluvel (GCs), utilizando o inibidor ODQ (10mM); dos canais para K+ , utilizando o bloqueador TEA (3mM); além da inibição do influxo de Ca2+ pelos Cav, induzindo contrações com uma solução despolarizante KCl (60mM) e com um agonista seletivo para os CaV1, S(-)-Bay K 8644 (200nM). Por último, a abordagem in vivo foi realizada para verificar o risco toxicológico do BBN, administrando altas doses do composto (300 ou 2000 mg/kg) em ratas; e o efeito fisiológico sobre o sistema cardiovascular foi analisado administrando doses intravenosas de BBN (1; 5; 10; 20 mg/kg) em ratos não anestesiados. Como resultados da etapa in silico, o BBN foi predito como um potencial vasodilatador devido à liberação da molécula de óxido nítrico (NO) do seu composto. Pela análise farmacocinética sugeriu-se que o BBN apresenta boa biodisponibilidade oral teórica e baixa toxicidade. O teste de acoragem molecular identificou interações favoráveis entre o BBN com as enzimas XOR, ALDH, CYP450. Na etapa ex vivo foi confirmado o efeito vasorrelaxante induzido pelo BBN. Esse efeito é dependente de concentração e independente dos fatores vasoativos liberados pelo endotélio vascular. O vasorrelaxamento foi significativamente atenuado pelo inibidor da enzima GCs, sugerindo o envolvimento da via NO-GCs-PKG. Foi verificado que os canais de K + não estão envolvidos com o efeito induzido pelo BBN. Contudo, foi demonstrado que o bloqueio do influxo de Ca2+ pelos CaV participa do efeito promovido pelo BBN, uma vez que o BBN foi capaz de inibir tanto a contração mediada pela solução de Tyrode com 60 mM de KCl quanto a contração promovida pelo S(-)-Bay K 8644. Foi demonstrado ainda que o BBN não desenvolve tolerância vascular. Na avaliação da toxicidade aguda in vivo, não foram observadas mortes das ratas, sugerindo que o BBN apresenta baixa toxicidade. A administração aguda do BBN em ratos induziu redução na pressão arterial média e na frequência cardíaca tanto nos normotensos quanto nos espontaneamente hipertensos. Esses resultados indicam que o BBN induz atividades hipotensoras e anti-hipertensivas em ratos.
  • LAIANE CALINE OLIVEIRA PEREIRA
  • Compostos Bioativos das Partes Aéreas de Evolvulus linarioides
  • Data: 23/08/2021
  • Hora: 08:00
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  • A família Convolvulaceae compreende 55−60 gêneros e cerca de 1900 espécies, sendo conhecida como glória-da-manhã e apresentando distribuição cosmopolita. No Brasil ocorrem 24 gêneros e 416 espécies. Entre os gêneros, Evolvulus destaca-se por apresentar diversas classes de metabólitos e vários usos na medicina popular. Para a realização deste estudo, as partes aéreas de E. linarioides foram submetidas a processos de extração e técnicas cromatográficas. A caracterização estrutural dos constituintes químicos isolados foi realizada pela análise dos dados dos espectros no infravermelho, ressonância magnética nuclear de 1H e 13C, uni e bidimensionais, espectrometria de massas e rotação óptica. As configurações absolutas foram estabelecidas por dicroísmo circular eletrônico. As unidades de açúcar foram identificadas por comparação do tempo de retenção do padrão de D-glicose. No estudo fitoquímico da fase hexânica foram isoladas três substâncias inéditas na literatura: um novo sesquiterpeno, linariofileno B (2); dois novos derivados do hamamelitol, linaritols A (4) e B (5). Da fase diclorometano e n-butanol foram isoladas duas cromonas inéditas na literatura, nomeadas de linariosídeo B (7) e A (6), respectivamente. Além desses, também foram isolados e purificados compostos já conhecidos na literatura e/ou reportados na espécie: linariofileno A (1) e C (3), sesquiterpenos; cnidimol C (8), monnierisídeo A (9) e undulatosídeo A (10), cromonas. O potencial anti-inflamatório dos compostos foi avaliado pela sua capacidade de inibir a produção de óxido nítrico e da citocina pró-inflamatória IL-1β por macrófagos da linhagem J774 estimulados. Os compostos testados em concentrações não citotóxicas, inibiram a produção de NO por macrófagos, exibindo valores de IC50 entre 17,8 e 66,2 μM, e inibiram a produção de IL-1β por macrófagos estimulados com eficácia de inibição variando de 72,7 a 96,2%.
  • ANA LUIZA DE OLIVEIRA LOPES
  • Efeito antitumoral in vitro do óleo essencial de Lippia microphylla Cham (VERBENACEAE)
  • Data: 20/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • O câncer é um termo que se refere a um conjunto de doenças malignas caracterizadas pela proliferação descontrolada de células indiferenciadas, com capacidade de invasão e metástase. Várias modalidades de tratamento estão disponíveis, porém, sua efetividade é muitas vezes limitada pelo desenvolvimento de resistência e pela alta toxicidade. Produtos obtidos de plantas medicinais são uma importante fonte de novos agentes terapêuticos. Nesse contexto destacam-se os óleos essenciais, que são misturas complexas de substâncias voláteis, descritos na literatura com uma gama de efeitos biológicos. Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) é uma espécie aromática, cujo óleo essencial extraído das folhas possui relatos de atividade larvicida, antioxidante, antifúngica, antimicrobiana, citotóxica e antitumoral in vivo em modelo de sarcoma 180. Todavia, o mecanismo de ação deste óleo em linhagens de células tumorais humanas não foi descrito até o presente momento. Assim, esse trabalho buscou investigar a ação antitumoral in vitro do óleo essencial das folhas de L. microphylla (OE-LM). A citotoxicidade foi avaliada em linhagens de células tumorais (HCT-116, HeLa, MCF-7, PC-3, MDA-MB-231, SK-MEL-28) e não tumoral (HaCaT) humanas, por meio do ensaio de redução do MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio). A linhagem tumoral mais sensível ao OE-LM foi a linhagem de melanoma SK-MEL-28, para a qual o óleo apresentou concentração inibitória 50% (CI50) de 33,38 ± 1,16 µg/mL. Na linhagem não tumoral HaCaT, o valor de CI50 foi de 58,73 ± 1,10 µg/mL. Para a droga padrão doxorrubicina (DOX), os valores de CI50 foram de 4,0 e 0,28 μM, em células SK-MEL-28 e HaCaT, respectivamente. Com isso, foi possível determinar o índice de seletividade (IS), que mostrou que o OE-LM (IS: 1,75) foi mais seletivo para células SK-MEL-28 do que a DOX (IS: 0,07), em relação a ação em célula não tumoral HaCaT. Para investigar possíveis mecanismos de ação in vitro do OE-LM em células da linhagem SK-MEL-28 foram avaliados seus efeitos no ciclo celular, na indução apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) nas concentrações equivalentes a CI50 e o dobro (33 e 66 μg/mL). Na análise do ciclo celular, OE-LM induziu aumento significativo no pico sub-G1 (p<0,0001), o que é indicativo de apoptose. Características morfológicas desse tipo de morte celular, como formação de blebs na membrana e corpos apoptóticos, foram observadas na análise por microscopia confocal. Em paralelo, na análise por citometria de fluxo, foi observado aumento significativo na quantidade de células marcadas com anexina V-FITC (p<0,0001), o que confirma a indução de apoptose pelo óleo. Em adição, houve redução na produção na produção de EROs, o que indica que o efeito antitumoral do OE-LM envolve uma ação antioxidante. Portanto, o OE-LM apresenta atividade antimelanoma in vitro, o que sugere sua potencialidade como um agente anticâncer.
  • BARBARA CAVALCANTI BARROS
  • Investigação do mecanismo de ação preventivo da Spirulina platensis nas alterações do acoplamento eletromecânico induzidas pelo treinamento de força em útero de ratas Wistar.
  • Data: 20/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • O exercício físico é uma alternativa para a redução de riscos relacionados a doenças crônicas, no entanto, o treinamento inadequado pode apresentar prejuízos quando não prescrito corretamente, levando a estresse oxidativo e alterações no sistema reprodutor feminino. Em estudos anteriores foi observado que o treinamento de força aumentou a eficácia e diminuiu a potência do KCl e a suplementação com Spirulina platensis (SP) na dose 100 mg/kg preveniu esses efeitos deletérios em útero de ratas Wistar. Dessa forma, decidiu-se investigar o mecanismo de ação pelo qual a SP preveniu as alterações de reatividade contrátil eletromecânica induzidas pelo treinamento de força em útero de rata. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (certidão 5191200320). Ratas Wistar virgens foram divididas nos grupos: 1) controle (GC); 2) treinadas (GT); 3) treinadas e suplementadas com SP 100 mg/kg (GTSP100), após a eutanásia, o útero foi retirado limpo e suspenso em cuba de banho de órgãos em condições apropriadas, as contrações isométricas induzidas pelo KCl eram monitoradas adequadamente. Foi avaliado parâmetros histomorfométricos do ovário e do útero, e a participação da via do óxido nítrico, da ciclooxigenase e o crosstalk entre as vias do NO e das COX e as vias de estresse oxidativo/defesas antioxidantes nos experimentos de reatividade uterina ao KCl. Com base nos resultados obtidos, observou-se que o treinamento físico induz mudanças histológicas no útero, além de levar a uma hipertrofia uterina e a suplementação com a alga previne os danos histológicos sem alterar a hipertrofia uterina. Tendo em vista que o treinamento induz um aumento de estresse oxidativo e este pode ativar diversas vias, hipotetizamos que o treinamento de força induziria alterações na reatividade uterina por meio da ativação da via do NO e COX, além disso nos questionamos se esse aumento da contração se deu por espécies reativas de oxigênio e a suplementação com a alga preveniria esses efeitos. Observou-se que o treinamento de força aumenta a eficácia contrátil uterina por ter o NO reagindo com ânion superóxido formando peroxinitrito, aumento da síntese de prostanoides contráteis, leva ainda a uma alteração no crosstalk das vias e diminuição da atividade da superóxido dismutase. Ademais, esses efeitos são prevenidos pela suplementação alimentar com S. platensis, por meio da ativação da via do NO, inibição da via das ciclooxigenase, e inibição das espécies reativas de oxigênio. Esses dados, evidenciam que no útero de ratas há alterações provenientes do exercício, caso esses resultados ocorram em mulheres a suplementação com S. platensis torna-se favorável como suplemento alimentar, para prevenir os danos oxidativos e as desregulações em mulheres que praticam treinamento de força a fim de evitar desregulações na resposta contrátil uterina.
  • ALEX FRANCE MESSIAS MONTEIRO
  • TRIAGEM VIRTUAL HÍBRIDA, PREDIÇÕES ADMET E MODELAGEM MOLECULAR DE COMPOSTOS 2-AMINOTIOFENOS FRENTE AO HIV-1
  • Data: 20/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • O HIV é um vírus que afeta mais de 37 milhões de pessoas em todo o mundo, onde apenas 23,3 milhões recebiam tratamento retroviral em 2018, de acordo com a OMS, apenas 62% recebiam tratamento anti-HIV. Muitos grupos de pesquisa estão em busca de novos medicamentos para tratar e combater infecções crônicas causadas pelo vírus no corpo. Entre esses alvos estão três enzimas envolvidas no ciclo de vida do HIV: a transcriptase reversa, que é uma enzima responsável pela biossíntese do DNA viral do corpo. O RNA do vírus, a enzima protease responsável pela clivagem do DNA viral em unidades menores e funcionais, e a integrase, que é uma enzima responsável pela integração dessas unidades menores e funcionais no DNA dos linfócitos T CD4 +, dando a possibilidade de multiplicação retroviral e morte prematura. dessas células de defesa, cuja diminuição da concentração no organismo, deixa o infectado suscetível à doença oportunista devido à síndrome da imunodeficiência adquirida. Por conta disso, muitas pesquisas objetivam inibir uma dessas enzimas para tentar combater a progressão da AIDS, esta pesquisa teve como objetivo verificar através de técnicas in silico a possível atividade inibitória de um conjunto de derivados 2-aminotiofênicos contra essas três enzimas. , conceitos de planejamento racional de medicamentos, como triagem virtual e modelagem molecular de múltiplos alvos, foram empregados, usando diferentes ferramentas computacionais como modelos de predição, taxa de absorção baseada na área topológica total, violação da regra de Lipinski, docking molecular, análise. de metabólitos hepáticos e CPCA. Após todas as análises foi possível concluir que 12 compostos dos 180 inicialmente testados poderiam ter atividade potencial contra o HIV-1 com baixo efeito toxicológico.
  • THIAGO ARAUJO DE MEDEIROS BRITO
  • INVESTIGAÇÃO FITOQUÍMICA DE Metternichia princeps (SOLANACEAE)
  • Data: 19/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A posição de maior biodiversidade mundial atribuída ao Brasil, proporciona um vasto potencial para descoberta de novos produtos naturais vegetais, fonte de materiais econômicos, destinados principalmente ao tratamento de problemas de saúde e do setor agrícola. O escasso conhecimento da composição química da flora nacional, é um empecilho primário para exploração desse vasto potencial, o que é perceptível no bioma mata atlântica onde existem espécies da família Solanaceae, a saber Metternichia princeps que nunca foram alvos de estudos fitoquímicos mais detalhados, apesar de serem relatados eventos de toxicidade animal devido a ingestão desse vegetal. Assim, esse trabalho teve por objetivo realizar a investigação fitoquímica de Metternichia princeps. Para tanto, a espécie foi coletada no município Boa Vista do Tupim – BA e submetida a técnicas extrativas e cromatográficas para o fracionamento inicial. O isolamento dos constituintes foi realizado utilizando cromatografia líquida de alta eficiência em escala analítica e preparativa. A caracterização estrutural dos constituintes químicos foi realizada perante análise de dados espectroscópicos de RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectrometria de massas de alta resolução utilizada na confirmação estrutural e a comparação com dados disponíveis na literatura. Foram isolados e identificados os primeiros dez metabólitos secundários classificados como amidas fenólicas da espécie em estudo, sendo as amidas fenilpropanoídicas: N-trans-sinapoiloctapamina (MP-1 e MP-3), possivelmente como isômeros ópticos, N-trans-feruloiloctapamina (MP-2), N-trans-feruloiltiramina (MP-4), N-cis-feruloiltiramina (MP-5), N-trans-p-cumaroiltiramina (MP-6), N-trans-feruoil-3-metoxitiramina (MP-7) e N-trans-sinapoiltiramina (MP-8), em mistura, e as lignanamidas: N-trans-grossamida (MP-9) e N-cis-grossamida (MP-10), em mistura. O presente trabalho contribuiu para o conhecimento do gênero Metternichia, por meio da primeira investigação fitoquímica de Metternichia princeps, e do isolamento e identificação de dez produtos naturais classificados como amidas fenólicas, sendo oito amidas fenilpropanoídicas e duas lignanamidas.
  • CAMYLA CAROLINY NEVES DE ANDRADE
  • Potencial antitumoral do óleo essencial das folhas de Croton grewioides (Euphorbiaceae): um estudo in vitro
  • Data: 18/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • O termo câncer constitui um conjunto de doenças que apresentam crescimento e diferenciação celular descontrolados, assim como capacidade invasiva e metastática. Apesar dos avanços na terapia contra o câncer, características como alta citotoxicidade e desenvolvimento de resistência ao tratamento ainda limitam sua efetividade. A fim de contribuir com a pesquisa de produtos naturais com potencial antitumoral, o presente estudo buscou avaliar propriedades farmacológicas da espécie vegetal Croton grewioides Baill. (Euphorbiaceae), conhecida popularmente como “canelinha” ou “canelinha de cheiro”. Esta é uma espécie do semiárido brasileiro com atividade antidiarreica, antioxidante e antitumoral em modelo de sarcoma 180 em camundongos. Então, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial antitumoral do óleo essencial extraído das folhas de C. grewioides (OEC), por meio de ensaios in vitro. A citotoxicidade foi avaliada em linhagens de células tumorais (HCT-116, HeLa, MCF-7, PC-3, MDA-MB-231, SK-MEL- 28) e não tumoral (HaCaT) humanas, por meio do ensaio de redução do MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio). O OEC induziu maior citotoxicidade em linhagem de melanoma, SK-MEL-28, obtendo-se um valor de concentração inibitória 50% (CI 50 ) de 70,0 μg/mL, em 72 horas. A citotoxicidade in vitro foi avaliada em linhagem não tumoral, HaCaT, obtendo-se um valor de CI 50  de 214,0 μg/mL. A droga padrão, doxorrubicina (DOX), apresentou alta toxicidade em SK- MEL-28 e em HaCaT, com valores de CI 50  de 4,0 e 0,28 μM, respectivamente. A partir desses resultados, foi possível determinar o índice de seletividade (IS), que estabelece o quanto a amostra é mais seletiva para a célula tumoral, em relação a célula não tumoral, sendo calculado um IS de 3,06 e 0,07 para o OEC e DOX, respectivamente. Para elucidar os mecanismos de ação in vitro envolvidos na atividade antitumoral do OEC, foram avaliados seus efeitos no ciclo celular, na indução de apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), usando concentrações correspondentes a CI 50  e ao dobro (70,0 e 140,0 μg/mL) em células SK-MEL-28. Após 48 horas de tratamento, OEC alterou a progressão do ciclo celular, induzindo aumento no percentual de células na fase G2/M (p<0,01) e o aparecimento da fração sub-G1 (p<0,0001), o que é indicativo de apoptose. Por meio da análise por microscopia confocal, foram observadas características morfológicas indicativas de morte celular por apoptose, como formação de blebs na membrana, corpos apoptóticos e condensação da cromatina, as quais foram confirmadas pela externalização da fosfatidilserina por meio da marcação com anexina V-FITC (p<0,0001), após 48 horas de tratamento com OEC. Em relação à produção de EROs, o OEC reduziu significativamente o nível de EROs (p<0,0001), em ambas as concentrações testadas após 24 horas de tratamento, sugerindo que o efeito antitumoral de OEC está associado a uma ação antioxidante. Em conclusão, os resultados apresentados indicam que o OEC possui atividade antitumoral in vitro em células da linhagem de melanoma, SK-MEL-28, por promover alterações no ciclo celular, indução de apoptose e efeito antioxidante, além de apresentar baixa toxicidade em linhagem de células não tumorais (HaCaT).
  • JULIANE SANTOS DE FRANCA DA SILVA
  • “Efeito do aduto de Morita-Baylis-Hillman 2-(3-hidroxi-2-oxoindolin-3-il)acrilonitrila (ISACN) na inflamação aguda experimental: abordagens in vitro e in vivo”
  • Data: 17/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo, essencialmente benéfica. Entretanto, quando exacerbada, a inflamação está envolvida na patogênese de inúmeras doenças. Neste contexto, os fármacos com propriedades anti-inflamatórias são utilizados rotineiramente na clínica. Atualmente, os anti-inflamatórios disponíveis no mercado apresentam inúmeros efeitos adversos quando utilizados a longo prazo. Dessa forma, faz-se necessária a busca por novas estratégias terapêuticas com fármacos anti-inflamatórios mais seguros. O 2-(3-Hidroxi-2-oxoindolin-3-il)acrilonitrila (ISACN) é um aduto de Morita-Baylis-Hillman derivado da isatina que apresenta ação anti-tumoral e antibacteriana além de baixa toxicidade aguda, baixo risco de genotoxicidade e boa biodisponibilidade teórica por via oral. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi investigar o efeito anti-inflamatório do ISACN e determinar o seu mecanismo de ação. Para isso utilizamos a peritonite induzida por zimosan, a lesão pulmonar aguda (LPA) induzida por lipopolissaacarídeo bacteriano (LPS) e a cultura de macrófagos peritoneais murinos estimulados com zimosan ou com LPS como modelos experimentais. Inicialmente, camundongos Swiss fêmeas foram tratados via intraperitoneal (i.p.) com diferentes doses de ISACN (1,5 mg/kg; 6mg/kg e 24 mg/kg) e submetidos a peritonite experimental através do desafio (i.p) com zimosan (2mg/mL). O tratamento com ISACN reduziu a migração de neutrófilos e a produção das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α. Camundongos Balb/c machos foram tratados com 24 mg/kg de ISACN (i.p.) e submetidos a LPA experimental através do desafio intranasal (i.n) com LPS (2,5 mg/kg). O tratamento com ISACN reduziu a migração de neutrófilos, a formação de edema pulmonar e produção das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α, e reverteu as alterações histopatológicas características da LPA. Para os experimentos in vitro, macrófagos peritoneais murinos foram cultivados na presença de diferentes concentrações de ISACN (20μM, 10μM, 5μM) e estimulados com zimosan (0,2 mg/mL) ou com LPS (1μg/mL). A concentração de 20μM se mostrou citotóxica enquanto as concentrações de 10 μM e 5 μM não promoveram alterações consideráveis na viabilidade dos macrófagos. Durante a cultura de macrófagos peritoneais murinos estimulados com zimosan, o ISACN reduziu consideravelmente a produção das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α. Na cultura de macrófagos estimulados com LPS, o ISACN reduziu a produção de óxido nítrico, das citocinas inflamatórias IL-1β, IL-6, TNF-α e da citocina anti-inflamatória IL-10. Para explorar o mecanismo de ação do ISACN, foram realizados experimentos para determinar a expressão das moléculas CD69, receptor toll-like 4 (TLR4), óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e da forma ativa das proteínas quinases ativadas por mitógeno ERK 1/2, JNK1/2 e p38 por citometria de fluxo, além de experimentos com reação em cadeia polimerase quantitativa onde foram determinados a expressão gênica do CD69 e da iNOS em macrófagos estimulados com LPS. O tratamento de macrófagos com ISACN (10μM) reduziu a expressão de todas as moléculas analisadas por citometria e reduziu a expressão gênica do CD69 e da iNOS. Considerando os resultados obtidos podemos sugerir que ISACN apresentou efeito anti-inflamatório e que esse efeito está associado a regulação negativa da via TLR4/MAPK-ERK-JNK-p38.
  • DIÉGINA ARAUJO FERNANDES
  • Estudos fitoquímico e biológico de Helicteres velutina K. Schum (Sterculiaceae) nos estágios de desenvolvimento do Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae).
  • Data: 13/08/2021
  • Hora: 08:00
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  • Aedes aegypti é o vetor de doenças emergentes e negligenciadas, como dengue, chikungunya e zika. Helicteres velutina popularmente conhecida como ‘pitó’, é uma espécie endêmica do Brasil, tradicionalmente utilizada pela tribo indígena Pankararé/Raso da Catarina/Bahia, como repelente de insetos. O presente trabalho teve por objetivo isolar os fitoconstituintes da espécie H. velutina e avaliar o seu potencial inseticida e repelente frente ao Ae. aegypti. O extrato etanólico bruto (EEB) das partes aéreas de H. velutina foi submetido a uma cromatografia liquido-liquido com hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butnaol, obtendo suas respectivas fases. Foi realizado um screening biológico dessas fases frente aos estágios do ciclo de vida do mosquito. A viabilidade dos ovos foi avaliada utilizando diferentes concentrações das substâncias teste durante 25 dias, a sobrevivência de larvas, pupas e adultos foi verificada após 48 e 72 horas. O estudo fitoquímico das fases promissoras in vitro foi realizado usando técnicas cromatograficas clássicas e hifenadas, além dos métodos espectroscopicos (RMN 1D/2D, IV e LCMS), resultando no isolamento e identificação de doze constituintes químicos, entre eles dois flavoinoides sulfatados inéditos na literautura (mariahine e condadine). As moléculas isoladas desta espécie foram submetidas a um screening in silico, utilizando dominio de aplicabilidade e docking molecular com proteinas alvo do vetor (1YIY, 1PZ4 e 3UQI), as substâncias com maior probabilidade de ligação, foram testadas in vitro frente a larvas de Ae. aegypti. A repelência do extrato, fases e substâncias foi avaliada com um olfatômetro de tubo Y. A atividade citotóxica foi avaliada por meio da microscopia de fluorescência e marcação com iodeto de propideo, avaliando a produção dos hemócitos e concentração de óxido nitrico. O screening biológico mostrou que as fases hexano e diclorometano exibiram melhores resultados, causando inviabilização de 72,7% e 67,7% dos ovos; CL50 de 3,88 e 5,80 mg/mL para larvas; 0,12 mg/mL e 8,85 mg/mL para pupas; 8,01 mg/mL e 0,74 mg/mL para adultos (teste tarsal), 0,05 mg/mL e 0,23 mg/mL (teste corporal), respectivamente. O tilirosideo e 7,4’-di-O-metil-8-O-sulfato flavona mostraram atividade larvicida, com CL50 de 0,275 mg/mL após 72 h e 0,182 mg/mL após 24 h de exposição, respectivamente. A fase diclorometano e a 7,4’-di-O-metil-8-O-sulfato flavona no teste de repelência e atividade citotóxica foram mais promissoras, observando-se a presença de plasmócitos, levando a sugerir que esses seriam os hemócitos responsáveis pela maior produção de óxido nitrico nas larvas tratadas, atuando como agente de defesa. Esse é o primeiro relato de flavonoides sulfatados na família Sterculiaceae, foi possível comprovar que a presença do grupo sulfato (OSO3H) no C-8 foi crucial na atividade larvicida. Esses achados proporcionam uma melhor compreensão da atividade inseticida e repelente de H. velutina frente ao Ae. aegypti, dados que permitem vislumbrar o desenvolvimento de um produto natural mais eficaz no combate ao vetor que os repelentes alopáticos.
  • ELBA DOS SANTOS FERREIRA
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA CONTRA Aspergillus E CARACTERIZAÇÃO TOXICOLÓGICA DA AMIDA SINTÉTICA 2-CLORO-N-FENILACETAMIDA
  • Data: 09/08/2021
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Aspergillus compreende um grupo de fungos saprófitos, causadores de infecções oportunistas que acometem principalmente indivíduos imunocomprometidos. As espécies A. flavus e A. niger são, respectivamente, a segunda e terceira maiores causas de aspergilose documentada na literatura. Sabendo que a resistência de Aspergillus spp às atuais terapias vêm crescendo e reduzindo as possibilidades de tratamento com os antifúngicos disponíveis, e que a amida sintética 2-cloro-N-fenilacetamida têm mostrado potencial antifúngico contra esse gênero, o objetivo desse trabalho foi investigar a atividade antifúngica da 2-cloro-N-fenilacetamida contra A. flavus e A. niger e avaliar o perfil toxicologico dessa amida sintética em células humanas. Para tanto, foi avaliado a concentração inibitória mínima, concentração fungicida mínima, germinação de conídios, associações com antifúngicos, elucidação do provável mecanismo de ação por ensaios que envolvem parede e membrana celular fúngica, bem como predição molécular pelo docking. O perfil farmacocinético e toxicológico foi avaliado a partir de ensaios in silico utilizando os softwares Swiss ADME e OSIRIS. Além disso, foi avaliado in vitro a citotoxicidade por meio do teste de hemólise, a capacidade protetiva por meio do teste de fragilidade osmótica e os efeitos genotóxicos ex vivo em células da mucosa oral. Foi observado que 2-cloro-N-fenilacetamida apresentou atividade antifúngica contra cepas de A. flavus com concentrações inibitórias mínimas entre 16 e 256 μg/mL e concentrações fungicidas mínimas que variaram de 32 a 512 μg/mL. O composto avaliado apresentou atividade antifúngica contra cepas de A. niger com CIMs e CFMs variando, respectivamente, de 32 e 256 μg/mL, e 64 a 1024 μg/mL, exibindo, portanto, atividade fungicida para todas as cepas utilizadas. Para ambas as espécies, 2-cloro-N-fenilacetamida promoveu inibição da germinação dos conídios em todas as concentrações utilizadas, e a associação com à anfotericina B ou ao voriconazol foi antagônica. A ligação ao ergosterol na membrana plasmática fúngica é o provável mecanismo de ação, junto com a possível inibição da síntese de DNA por meio da inibição da timidilato sintase. Na avaliação do perfil farmacocinético in silico e toxicológico in vitro e ex vivo, foi observado que a 2-cloro-N-fenilacetamida apresenta parâmetros físico-quimicos favoráveis de acordo com a regra de Lipinski, apresentando boa biodisponibilidade por via oral, absorção pelo trato gastrointestinal, capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, inibição da CYP1A2 e efeitos mutagênicos, tumorigênicos e danos relacionados à reprodução. 2-cloro-N-fenilacetamida, apresenta baixa capacidade hemolítica nas concentrações de 50, 100 e 500 µg/mL, média toxicidade na concentração de 1000 µg/mL e mostra efeito protetivo das hemácias dos tipos sanguíneos A e O. Além disso, a molécula promove poucas alterações genotóxicas, incluindo cariólise e cariorrexe em células da mucosa oral, porém em frequência menor do que o observado para o controle positivo peróxido de hidrogênio. Diante disso, pode-se concluir que 2-cloro-N-fenilacetamida apresenta potencial antifúngico promissor com perfil farmacocinético favorável a administração pela via oral, e baixo potencial citotóxico e genotóxico, sendo um candidato promissor para estudos de toxicidade in vivo.
  • JOCIANO DA SILVA LINS
  • Fitoquímica de Cordia trichotoma Vell. Arráb. Ex Steud (Boraginaceae).
  • Data: 15/07/2021
  • Hora: 14:00
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  • A família Boraginaceae é composta por cerca de 130 gêneros e 2.300 espécies, possuindo distribuição cosmopolita. No Brasil, a família é representada por 9 gêneros e aproximadamente, 129 espécies, tendo os gêneros Cordia, Heliotropium e Tournefortia como os mais numerosos. A espécie Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud possui uma ampla distribuição nas regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, é conhecida popularmente como louro-pardo, estando amplamente distribuída no território brasileiro, desde o Nordeste até o Sul do país. O chá das folhas de louro-pardo é utilizado na medicina popular para o tratamento de reumatismo, artrite, raquitismo, doenças renais, gripe, resfriado e febre. Diante disto, este trabalho tem como objetivo contribuir com o conhecimento fitoquímico da família Boraginaceae por meio do isolamento de metabólitos secundários das partes aéreas de C. trichotoma. Para a realização deste trabalho, as folhas e ramos de C. trichotoma foram coletadas no município de Maturéia-PB, e foram submetidas à processos de secagem, pulverização, extração e técnicas cromatograficas para o isolamento dos seus constituintes químicos. As estruturas químicas das substâncias isoladas foram identificadas através das análises dos dados de ressonância magnética nuclear de 1 H e 13 C uni e bidimensionais, infravermelho e por comparações com a literatura. Neste estudo, foram isolados nove substâncias: o 2-hidroxibenzenoacetonitrila, relatado pela primeira vez como um produto natural de planta; uma mistura do 4- hidroxibenzenoacetonitrila e ácido-p-hidroxibenzoico, isolados pela primeira vez na família e na espécie, respectivamente; o E-coclauril e o cafeato de etila, relatados pela primeira vez na família e no gênero, respectivamente; o etil- 3,4-dihidroxifenilacetato, relatado pela primeira vez na espécie. Além destes, foram reisolados os compostos ácido cafeico, ácido rosmarínico e ácido p-hidroxibenzoico. Esses resultados contribuíram para o conhecimento químico da família Boraginaceae, por meio do estudo fitoquímico de C. trichotoma que resultou no isolamento de novos compostos nesta espécie.
  • LAISA VILAR CORDEIRO
  • Avaliação do efeito antibacteriano sobre cepas de Klebsiella pneumoniae e perfil citotóxico da 2-cloro-N-(4-flúor-3-nitrofenil)acetamida
  • Data: 13/07/2021
  • Hora: 09:00
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  • As bactérias da espécie Klebsiella pneumoniae estão entre os patógenos oportunistas de maior relevância clínica. Estima-se que essa espécie, sozinha, seja responsável por aproximadamente um terço do total das infecções causadas por bactérias Gram-negativas em geral. É também uma importante espécie formadora de biofilmes e fonte de resistência aos antibióticos, o que traz desafios no tratamento das infecções causas pela espécie. Autoridades de saúde enfatizam a necessidade crítica de desenvolver novos fármacos para combater infecções causadas por este patógeno. Estudos demonstraram potencial antimicrobiano de derivados acetamidas, entretanto, a 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida é uma substância pertencente a esse grupo para a qual ainda não há relatos de atividade antibacteriana encontrados na literatura. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antibacteriano da substância sobre cepas de K. pneumoniae e também analisar seu perfil citotóxico. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi de 512 µg/mL sobre todas as cepas de K. pneumoniae utilizadas no estudo. A substância apresentou atividade bactericida a partir da CIM, com Concentração Bactericida Mínima (CBM) também de 512 µg/mL. A análise por docking molecular sugere a ação sobre a parede celular bacteriana e o cloro presente na estrutura química ajuda na estabilização da molécula no sítio ativo, sendo tais dados reforçados pela observação de lise celular promovida pela acetamida in vitro. Também foi observada morte celular das cepas de K. pneumoniae após 6h de tratamento na concentração de 1024 µg/mL da acetamida. Os efeitos citotóxicos e mutagênicos in vitro, bem como a avaliação dos parâmetros farmacocinéticos in sílico, sugerem bom potencial para análise futura da aplicação in vivo. A 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida resultou em efeitos favoráveis quando administrada em combinação com antibacterianos, promovendo aditividade e sinergismo de ação sobre K. pneumoniae. Além disso, observou-se um efeito antibiofilme pronunciado, sendo a substância capaz de atuar de modo eficaz sobre biofilmes formados pela espécie. Assim, esse trabalho serve como base para que futuras perspectivas sejam traçadas sobre a aplicação clínica de 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida no tratamento de infecções causadas por K. pneumoniae.
  • ANA PAULA LOPES NUNES
  • Efeito antinociceptivo do geraniol (trans-3,7-dimetilocta-2,6-dien-1-ol) associado à codeína na região orofacial em camundongos
  • Data: 08/06/2021
  • Hora: 09:00
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  • A perspectiva de se obter novas alternativas para a terapia farmacológica da dor orofacial impulsiona a realização de investigações de produtos de origem natural com ação antinociceptiva associado a um analgésico opióide. Dessa maneira, o objetivo do referido estudo foi averiguar a atividade do geraniol associado a codeína na modulação da nocicepção orofacial, e possível efeito depressor a nível SNC. Este estudo caracteriza-se como não-clínico, controlado e triplo-cego. Foi adotado um modelo experimental de nocicepção em camundongos com a utilização de substâncias indutoras de nocicepção. Para cada teste realizado, seis animais por grupo foram tratados, 30 minutos antes do início do experimento, pela via intraperitoneal (i.p.), de acordo com os seguintes grupos experimentais: a) geraniol 50 mg/kg + codeína 30 mg/kg; b) geraniol 50 mg/kg + codeína 15 mg/kg; c) geraniol 50 mg/kg + codeína 7,5 mg/kg; d) geraniol 50mg/kg; e) codeína 30 mg//kg (controle positivo); f) 0,9% cloreto de sódio (controle negativo). A análise do comportamento de nocicepção dos animais foi realizada após a injeção de glutamato (20 μl, 25μM), capsaicina (20μl, 2.5μg) e formalina (20μl, 20%), na região de lábio superior direito (perinasal) do animal. Foi considerado o comportamento dos animais com a contagem, em segundos, do tempo de fricção da referida região pelas patas traseiras ou dianteiras. Os resultados mostraram que no teste do glutamato o geraniol e a codeína nas concentrações de 50 mg/kg e 30 mg/kg apresentaram uma redução de 54,23% no tempo de fricção, essa mesma concentração inibiu em 66,7% a nocicepção no teste da capsaicina (p<0,005). No teste da formalina, a associação nessa mesma concentração conseguiu reduzir a nocicepção em 86% (p<0,005). Como intuito de investigar uma possível atividade miorrelaxante e neurotóxica que pudessem interferir nos resultados, também foi realizado o teste do rota-rod, onde se observou ausência de tais efeitos. Nas três metodologias usadas para análise da atividade antinociceptiva da associação do óleo essencial com a codeína, foi possível detectar efetividade. Portanto, a partir destes dados experimentais, pode-se sugerir que exista um possível sinergismo na atividade antinociceptiva dessa associação.
  • DIEGO IGOR ALVES FERNANDES DE ARAUJO
  • Avaliação do perfil químico, variações sazonais e estudo de controle de qualidade de espécies do gênero Monteverdia: Monteverdia obtusifolia (Mart) Biral e Monteverdia rigida (Mart) Biral.
  • Data: 28/05/2021
  • Hora: 09:00
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  • Os produtos naturais apresentam-se como uma rica fonte de substâncias para o desenvolvimento de novos medicamentos, entretanto, a manutenção da qualidade de materiais de origem vegetal apresenta problemas ligados à insuficiência de dados fitoquímicos e especificações. As espécies Monteverdia obtusifolia Mart e Monteverdia rigida Mart são conhecidas popularmente como “bom-nome” sendo utilizadas na medicina popular para o tratamento de gastrites e úlceras. Estudos fitoquímicos relataram a presença de triterpenos, flavonoides e alcaloides em suas composições químicas. Todavia não existem estudos de controle de qualidade relatados para as espécies. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram realizar o controle de qualidade dos materiais vegetais, validar metodologias analíticas para quantificação de compostos fenólicos nos extratos etanólicos obtidos das espécies e verificar as variações sazonais na composição química de M. obtusifolia. Foram avaliados parâmetros otimizados para extração dos marcadores, determinação de água em drogas vegetais, cinzas totais e sulfatadas, análise granulométrica de pós, ensaio limite de metais pesados, densidade aparente de sólidos e contaminação microbiológica de acordo com as metodologias da Farmacopeia Brasileira 6ª edição. As quantificações dos flavonoides (FT) e compostos fenólicos totais (CFT) foram realizadas por método espectrofotométrico validado, utilizando a quercetina e ácido gálico como padrões. As composições químicas das espécies foram avaliadas por desreplicação dos extratos obtidos e as variações sazonais foram verificadas por uso de análises multivariadas (PCA/HCA). Os extratos etanólicos brutos obtidos das folhas de M. obtusifolia (EEBMO) e das folhas (F), caule (C), cascas da raiz (CR) e raízes (R) de M. rigida foram produzidos com partículas contendo > 600 µm e < 1200 µm de tamanho e submetidos à agitação, após otimização das condições de extração. O método analítico por (CLAE-DAD) para os marcadores (-)-Epigalocatequina (EPG), (+)-Catequina (CAT) e (-)- Epicatequina (EPI) foi validado e apresentou conformidade para todos os parâmetros estabelecidos pela RDC nº 166/2017. Foi possível constatar que as espécies apresentaram riqueza de compostos fenólicos, flavonoides e flavan-3-óis, com maior prevalência para os meses de outubro e novembro na espécie M. obtusifolia, bem como no extrato oriundo das folhas de M. rigida. O quenching utilizado em M. obtusifolia não promoveu diferenças estatísticas significativas (p <0.05) para os marcadores (EPG, CAT e EPI) frente à secagem em estufa. A análise de (PCA) confirmou a correlação positiva entre a radiação solar e temperatura, além do efeito negativo da pluviometria e umidade sobre a produção dos marcadores avaliados (EPG, CAT, EPI, FT e CFT). O agrupamento realizado pela ferramenta de HCA confirmou os dados observados no PCA com a reunião das amostras semelhantes. A desreplicação possibilitou a caracterização putativa de 25 fenólicos no (EEBMO) com 21 relatos inéditos na espécie M. obtusifolia e 28 compostos em M. rigida, dos quais 27 foram citados pela primeira vez na espécie. O presente estudo permitiu estabelecer metodologias, parâmetros e especificações mais adequadas para a avaliação dos materiais vegetais das espécies analisadas do gênero Monteverdia.
  • DANIELLE DA NOBREGA ALVES
  • Atividade antifúngica e investigação da segurança do cinamaldeído na forma isolada e de pomada orabase: um estudo in vitro, in vivo e clínico fase I.
  • Data: 21/05/2021
  • Hora: 08:00
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  • Avaliar a atividade antifúngica e investigar a segurança do cinamaldeído na forma isolada e de pomada orabase através de um estudo in vitro, in vivo e clínico fase I. Métodos e resultados: Foi avaliada a interferência do cinamaldeído sobre a micromorfologia fúngica e sua capacidade em reduzir o biofilme em análise in vitro. Para o estudo de citotoxicidade foi realizado o teste de hemólise em eritrócitos humanos. As microculturas tratadas com cinamaldeído mostraram desenvolvimento celular prejudicado, com raras expressões de pseudo-hifas e ausência de clamidoconídios. Ele reduziu a aderência do biofilme em 64,52% a 33,75% ( p<0,0001) em baixas concentrações (378,3-151,3 µM) bem como não se mostrou citotóxico frente a eritrócitos. A toxicidade aguda foi avaliada em estudos com larvas da Galleria mellonella e embriões de Danio rerio (zebrafish) e genotoxicidade em modelo com camundongos. A formulação farmacêutica (pomada orobase) contendo cinamaldeído foi avaliada para verificação da atividade antifúngica in vitro e toxicidade em mucosa oral ceratinizada de ratos. O cinamaldeído não foi tóxico até a maior dose testada (20 mg/Kg) nas larvas da Galleria mellonella, bem como não apresentou genotoxicidade até a dose de 4 mg/Kg em modelo com camundongos. Contudo, se mostrou tóxico nos embriões de zebrafish até a concentração de 0,035µg/mL; LC50 0,311; EC50 0,097(Egg hatching delay); 0,105 (Pericardial edema). No teste de susceptibilidade antifúngica da orabase, o cinamaldeído exibiu atividade em concentrações superiores a 200µg/mL. Quanto à segurança em modelo animal com ratos, a pomada orobase se mostrou segura para uso em mucosa ceratinizada até a máxima concentração testada (700 µg/mL). O ensaio clínico foi realizado em 35 indivíduos com mucosa oral saudável divididos em três grupos: pomada de 200µg/mL, n=12; 300µg/mL, n=11 e 400µg/mL, n=12. A segurança do produto foi avaliada por três parâmetros: (a) evolução clínica registrada por examinadores calibrados; (b) evolução dos processos inflamatórios registrados pelo exame de citologia esfoliativa e analisada por patologistas calibrados; (c) redução das Unidades Formadoras de Colônias (UFCs) para Candida spp. Os três parâmetros foram analisados antes e 15 dias após o tratamento. O exame clínico da mucosa mostrou que as três concentrações das pomadas não desencadearam nenhum processo inflamatório e evento indesejável. A análise micológica, mostrou uma redução de pelo menos 99% na quantidade de UFCs dos voluntários. Na análise por citologia esfoliativa, as células se apresentaram saudáveis. Os participantes relataram um sabor agradável e 17% relataram um leve ardor ao aplicar o produto. Conclusões: O cinamaldeído apresentou atividade antifúngica demonstrando capacidade em reduzir biofilme e alterar a micromorfologia fúngica. Além disso, não foi citotóxico para eritrócitos humanos, nem tóxico em modelo animal de vertebrados e invertebrados, bem como não apresentou atividade genotóxica. Além disso, quando utilizado na forma de pomada em orabase, com reconhecida atividade antifúngica contra Candida albicans, não mostrou evidências clínicas e histológicas de processo inflamatório em mucosa de animais. Em modelo com seres humanos, a pomada em orabase contendo cinamaldeído foi segura e tolerável para ser usado no ensaio clínico fase II com a finalidade de comprovar sua eficácia no tratamento da estomatite protética.
  • ÁLEFE BRITO MONTEIRO
  • O álcool cinâmico reduz a excitotoxicidade, o estresse oxidativo e a neuroinflamação em camundongos submetidos a modelos de crises epilépticas induzidas por pentilenotetrazol.
  • Data: 14/04/2021
  • Hora: 09:00
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  • Álcool cinâmico (AC) é um fenilpropanóide encontrado no óleo essencial das cascas de espécies do gênero Cinnamomum spp. Schaeff. (Lauraceae Juss.), popularmente conhecidas como canela. O objetivo principal foi avaliar o efeito antiepiléptico e neuroprotetor do AC e seus possíveis mecanismos de ação em camundongos submetidos a modelos de crises epilépticas induzidas por pentilenotetrazol (PTZ). Camundongos machos Swiss foram pré-tratados com AC (0,3 - 25 mg/kg, i.p.) e, 60 minutos após, cada animal recebeu o PTZ (80 mg/kg ou 30 mg/kg, i.p.) para indução dos modelos agudo e de abrasamento químico, respectivamente. No modelo agudo, os parâmetros comportamentais analisados foram: latência para primeira crise epiléptica tônico-clônica generalizada (LC), intensidade da primeira crise (IC) e latência para a morte (LM). Por sua vez, no modelo de abrasamento químico foi registrado a latência para a primeira crise epiléptica tônico-clônica bilateral focal (LCF), durante 21 dias. Para investigar o mecanismo de ação do AC foram realizados testes de antagonismo por flumazenil, análises neuroquímicas (TBARS, nitrito e GSH) e histomorfométricas em amostras de hipocampo de camundongos submetidos ao modelo agudo. O tratamento com o AC aumentou a LC (até 81,7%) e a LM (82,7%), mas sem alterar a IC em relação ao grupo veículo. O pré-tratamento com flumazenil reverteu parcialmente os efeitos do AC frente à LC (76,0%) e a LM (86,4%). As análises neuroquímicas indicaram que o AC reduziu a concentração de TBARS (34,8%) e nitrito (46,3%) e aumentou as concentrações de GSH (50,5%). As análises histomorfométricas mostraram uma redução da inflamação e aumento da preservação neuronal (22,7%) no hipocampo dos camundongos pré-tratados com o AC e submetidos ao modelo agudo. Por fim, os resultados do modelo de abrasamento químico, também, mostraram significativa proteção registrada pelo aumento da LCF (33,9 - 47,3%) em relação ao grupo veículo. Portanto, os possíveis mecanismos envolvidos na atividade antiepiléptica e neuroprotetora do AC envolvem, pelo menos em parte, a interação com o receptor GABAA e diminuição da excitotoxicidade, redução do estresse oxidativo e do processo neuroinflamatório. Os achados desse trabalho corroboram com a afirmação que a canela é uma fonte alimentar natural, rica em compostos dotados de efeitos farmacológicos sobre o sistema nervoso central, com potencial efeito neuroprotetor frente a doenças neurodegenerativas, como as epilepsias.
  • CATARINA ALVES DE LIMA SERAFIM
  • EFEITO GASTROPROTETOR DO MONOTERPENO (-)-CARVEOL EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 10/03/2021
  • Hora: 14:00
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  • O (-)-carveol (p-menta-6,8-dien-2-ol) é um álcool monoterpênico monocíclico, encontrado nos óleos essencias de espécies vegetais como Cymbopogon giganteus e Illicium pachyphyllum e em especiarias como o Carum carvi (cominho). Estudos farmacológicos mostram que o (-)-carveol apresenta atividade antitumoral, antimicrobiana, neuroprotetora, antioxidade e anti-inflamatória. Entretanto, não existem estudos na literatura sobre sua atividade gastroprotetora, motivando a escolha dessa substância para conduzir esse estudo. Dessa forma, o objetivo principal deste trabalho foi verificar a toxicidade oral aguda não clínica e o efeito gastroprotetor do (-)-carveol em modelos animais. Para alcançar esse objetivo, foi realizada uma avaliação comportamental, estimativa da dose letal 50% (DL 50 ), análise do efeito gastroprotetor com diferentes modelos de indução aguda pelos agentes lesivos (etanol, estresse, AINEs e ligadura do piloro) e os mecanismos envolvidos nesse efeito (antisecretórios, citoprotetores, antioxidantes e imunorregulatórios). Os resultados obtidos sugerem que o (-)-carveol possui baixa toxicidade, com DL 50 igual ou superior a 2.500 mg/kg conforme o guia nº 423 da OECD. No protocolo de úlcera induzida com etanol, o (-)-carveol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) apresentou efeito gastroprotetor com 46%, 70%, 91% e 93%, respectivamente, de inibição da lesão ulcerativa em comparação ao grupo controle (tween 80 5%). Nas lesões induzidas pelo estresse por contensão e frio, o (-)-carveol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o índice de lesão ulcerativa (ILU) em 18%, 43%, 61% e 62%, respectivamente, em comparação com o controle (tween 80 5%). Na indução com AINEs (piroxicam), o (-)-carveol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o ILU em 14%, 30%, 59% e 60%, respectivamente, em comparação ao controle negativo. No protocolo experimental de ligadura do piloro (contensão do suco gástrico), o (-)-carveol (100 mg/kg, v.o. e i.d.) reduziu o ILU em ambas as vias, não alterou o pH e a [H + ], mas diminuiu o volume de secreção gástrica. A administração prévia dos bloqueadores NEM (bloqueador dos grupamentos sulfidrílicos), L-NAME (inibidor da síntese de NO), glibenclamida (bloqueador do canal K ATP ) e indometacina (inibidor da ciclo-oxigenase), reduziu de forma significativa a gastroproteção exercida pelo (-)-carveol, sugerindo a participação dessas vias na sua atividade gastroprotetora. O (-)-carveol também aumentou o muco gástrico no tecido estomacal e apresentou efeitos antioxidantes ao aumentar a concentração de GSH e a atividade da SOD e reduzir os níveis de MDA e a atividade da MPO, como também, demonstrou efeito anti-inflamatório e imunomodulador ao reduzir as citocinas IL-1β e TNF-α e aumentar a citocina anti-inflamatória IL-10.
  • GRASIELA COSTA BEZERRA BARROS
  • Efeito do Tratamento com o Monoterpeno Sintético 4-Carvomenthenol em Modelo Experimental da Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS)
  • Data: 24/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • O 4-carvomenthenol (Carvo) ou terpinen-4-ol é um monoterpeno presente em óleos essenciais de plantas aromáticas farmacologicamente ativas. Entre as atividades terapêuticas estão propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. Asma e rinite alérgica são doenças crônicas das vias aéreas que coexistem com alta prevalência global, gerando impactos econômicos e sociais negativos. Para controlar ambas as doenças, a associação medicamentosa é utilizada sem sucesso em um certo número de pacientes, além de gerar efeitos colaterais graves. O objetivo deste estudo foi analisar o tratamento oral com o Carvo no modelo experimental da Síndrome de Asma e Rinite Alérgica Combinadas (CARAS). Os camundongos BALB/c foram sensibilizados com ovalbumina (OVA) no dia zero e sétimo (50 μg/mL de OVA em 10 mg/mL de Al (OH)3) e desafiados por OVA (5 mg/mL, 20 μL/animal) por três semanas. Na última semana, os animais foram desafiados com um aerossol de OVA e o tratamento com Carvo (12,5, 25 ou 50 mg/kg) ocorreu uma hora antes de cada desafio de OVA. Os dados foram analisados e p <0,05 foi considerado significativo. O Carvo (12,5-50 mg/kg) diminuiu a migração de eosinófilos nas vias aéreas superiores (NALF) e inferiores (BALF), bem como nos tecidos nasais e pulmonares de animais doentes. O tratamento também diminuiu a produção de muco em ambas as seções de tecido coradas com PAS (ácido periódico-Schiff). As análises histológicas demonstraram que camundongos doentes apresentaram hiperplasia e hipertrofia da camada de músculo liso do pulmão, seguidos pelo aumento da matriz extracelular, no entanto, o Carvo (50 mg/kg) inibiu esses parâmetros asmáticos. Os sinais de rinite alérgica como fricções nasais e espirros foram analisados e observou-se que o carvo diminuiu esses dois sinais nasais, bem como o título serico de IgE- OVA específica, e a citocina IL13, com aumento de IL-10. A diminuição da produção de IL-13 corroborou com a diminuição da produção de muco e esses efeitos foram dependentes da inibição da via de sinalização de p38MAPK / NF-κB (p65). Portanto, esses dados demonstraram que o 4-carvomenthenol apresenta propriedade antialérgica em um modelo experimental de CARAS, sugerindo um novo protótipo de medicamento para o tratamento dessa síndrome alérgica.
  • MARCIO VINICIUS CAHINO TERTO
  • Atividade fotoprotetora e análise da variação sazonal de Plectranthus amboinicus
  • Data: 19/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • A exposição excessiva ao sol causa danos à pele e em última instância, o câncer. Por isso, é preconizado a utilização de filtros solares como maneira preventiva de proteção cutânea. A utilização de produtos naturais, principalmente com a presença de compostos fenólicos vem agregando alto potencial na indústria de protetores pela sua capacidade de proteção, tolerabilidade e sustentabilidade. Dentro desse contexto, a família Lamiaceae é a família vegetal com maior quantidade de representantes utilizados na indústria cosmética, entre elas, as espécies do gênero Plectranthus. Plectranthus amboinicus é conhecida pela presença de compostos fenólicos e óleos voláteis, muito utilizada popularmente para diversas doenças, principalmente do trato respiratório e gastrointestinal. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi determinar a atividade fotoprotetora e antioxidante da espécie e a variação sazonal ocorrida no extrato, bem como as implicações da radiação solar e precipitação para o extrato estudado. Para isso, foi determinado o perfil fitoquímico do extrato etanólico bruto (EEB) através de CLAE-EMn e foi desenvolvido e validado um método analítico por CLAE-DAD para a quantificação do composto majoritário, ácido rosmarínico. Para a determinação atividade fotoprotetora foi determinado o fator de proteção de solar (FPS) pelo método in vitro de Mansur. A atividade antioxidante foi avaliada a partir do método do DPPH e o teor de compostos fenólicos foi determinado seguindo o método de Folin-Ciocalteu. Também foi determinado o teor de flavonoides totais pelo método colorimétrico utilizando Cloreto de Alumínio. Além disso, foram determinadas as variações sazonais no FPS e atividade antioxidante, do teor de fenólicos e flavonoides totais, bem como de ácido rosmarínico. Assim, através de análise de componentes principais (PCA) foi vista a correlação da incidência de radiação solar e precipitação com o teor de fenólicos e flavonoides totais, ácido rosmarínico, FPS e CE50. Como resultados, detectou-se a presença de 31 compostos no extrato através de CLAE-EMn, onde 18 foram reportados pela primeira vez na espécie. O método analítico desenvolvido por CLAE-DAD foi validado, apresentando especificidade, linearidade, precisão, precisão intermediária, exatidão e robustez de acordo com as especificações exigidas pela ANVISA (RE nº 166/2017). O EEB de P. amboinicus apresentou teor de fenólicos totais de 142,39 ± 1,12 mg EAG/g, teor de ácido rosmarínico igual a 22,48 ± 0,07 µg/ml, CE50 igual a 112,39 µg/ml e FPS = 12,63. Através da análise sazonal, foi visto que o melhor mês para a coleta do extrato é julho, que apresentou um FPS = 14,79. A radiação solar apresentou influência na atividade antioxidante, porém pouca influência para o aumento do FPS e a precipitação não teve influência sobre as atividades. Dessa forma, conclui-se que P. amboinicus tem grande potencial para o desenvolvimento de um protetor solar com características inovadoras, com um alto FPS e atividade antioxidante, abrangendo as duas linhas de defesa.
  • THAMARA RODRIGUES DE MELO
  • Investigação da toxicidade, atividade antifúngica e antibiofilme do 2-bromo-N-fenilacetamida
  • Data: 10/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • A criptococose é um infecção fúngica causada principalmente pelas leveduras encapsuladas C. neoformans e C. gattii, podem afetar Sistema Nervoso Central com evolução grave e fatal. Com aumento do número de indivíduos imunossuprimidos, causado pelo HIV e por tratamento de imunossupressores, a casuística da criptococose por C. neoformans tem aumentado. Além disso, a terapia convencional com os antifúngicos apresenta dificuldades no que se refere à toxicidade e ao surgimento de linhagens resistentes. Diante desse contexto, a busca por novas substâncias antifúngicas têm sido uma alternativa promissora. As acetamidas são moléculas que possuem diversas atividades biológicas. No entanto, não há relatos sobre a atividade de 2-bromo-N-fenilacetamida (A1Br).Assim, o presente estudo teve como objetivo  avaliar a atividade antifúngica e antibiofilme da molécula A1Br e seus efeitos tóxicos. O A1Br foi sintetizado e sua estrutura caracterizada. Foram utilizados os softwares Pass online, Molinspiration, Osiris e Docking Molecular para análise in silico. Na análise in vitro, avaliação de atividade antifúngica pela técnica de microdiluição em caldo e método de checkerboard. a inibição da formação de biofilme pelo ensaio de cristal violeta. A citocitoxidade foi testada contra os eritrócitos do sistema ABO. A molécula A1Br, por meio da análise in silico, apresenta 410 atividades biológicas e boa biodisponibilidade oral e risco em efeitos mutagênico, tumorigênico e reprodutivo. No docking molecular, apresenta energia de ligação e interações favoráveis ​​para a ancoragem adequada nas enzimas 6ISJ e 6TZ8, sendo um possível local de ação do A1Br. O composto A1Br promoveu efeito antifúngico com concentração inibitória mínima (CIM), a CIM50 foi de 0,25 - 1 μg/mL com ação fungicida. Na investigação do mecanismo de ação, a CIM na presença de sorbitol permaneceu inalterado. Em contraste, CIM do A1Br aumentou na presença de ergosterol, mostrando um possível mecanismo de ação na membrana plasmática. Além disso, apresenta boa atividade antibiofilme CIMx4,com crescimento de inibição ≥80%. As combinações de A1Br-anfotericina B e A1Br-voriconazol foram antagonistas. A análise de citotoxicidade mostra-se favorável. Estes resultados sugerem que o A1Br representa uma promissora atividade antifúngica e antibiofilme contra Cryptococcus neoformans, por um mecanismo envolvendo a complexação com ergosterol, além de apresentar baixa citotoxicidade.
  • SÂMIA SOUSA DUARTE
  • Toxicidade e potencial antitumoral do derivado espiro-acridínico (E)-1'-((4-clorobenzilideno)amino)-5'-oxo-1',5'-diidro-10H-espiro[acridina-9,2'-pirrol]-4'-carbonitrila (AMTAC-06)
  • Data: 05/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • O câncer é um termo genérico utilizado para definir um conjunto de doenças complexas, caracterizadas pelo crescimento celular descontrolado e potencial metastático. Atualmente os tratamentos quimioterápicos empregados apresentam limitações, principalmente devido à toxicidade e ao desenvolvimento de resistência tumoral. Considerando que os compostos acridínicos têm sido relatados como promissores agentes anticâncer, este trabalho teve como objetivo investigar a atividade antitumoral e a toxicidade do novo composto espiro-acridínico sintético (E)-1’-((4-clorobenzilideno)amino)-5’-oxo-1’,5’-diidro-10Hespiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’ carbonitrila (AMTAC-06), selecionado após triagem farmacológica. A atividade antitumoral in vitro foi avaliada pelo ensaio do MTT, utilizando linhagens tumorais humanas. AMTAC-06 induziu maior citotoxicidade em células de carcinoma colorretal, HCT-116, obtendo-se uma CI50 (concentração inibitória média) de 12,62 µM, após 72 horas de tratamento. A toxicidade in vitro foi avaliada nas células não tumorais HaCaT, L929 e PBMC (CI50: 17,87 µM; 26,15 µM e 7,89 µM, respectivamente), sugerindo que o AMTAC-06 foi mais seletivo para HCT-116, em comparação à droga padrão doxorrubicina (HaCaTCI50: 0,28 µM; PBMCCI50: 0,05 µM). Para elucidar seus mecanismos de ação in vitro, foram avaliados os efeitos no ciclo celular, apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), em células HCT-116. AMTAC-06 induziu um aumento no pico sub-G1 e parada do ciclo celular na fase S (p<0,05). Características morfológicas de apoptose, como formação de blebs na membrana, corpos apoptóticos, condensação da cromatina e fragmentação nuclear, foram observadas por microscopia confocal. Em paralelo, ocorreu um aumento na quantidade de células marcadas com anexina V (p<0,05), caracterizando apoptose. Ainda, houve uma redução na produção de EROs (p<0,05), o que sugere um efeito antioxidante. In vivo, a toxicidade do AMTAC-06 foi investigada em camundongos e em peixe-zebra (Danio rerio), e a atividade antitumoral foi estudada usando o modelo de Carcinoma Ascítico de Ehrlich (CAE). AMTAC-06 não induziu toxicidade em embriões/larvas de peixe-zebra (CL50, ou concentração letal média, superior a 126,2 µM) e em camundongos (DL50, ou dose letal média, maior que 5000 mg/kg, i.p.). A genotoxicidade foi avaliada pelo teste do micronúcleo em sangue periférico de camundongos, sendo observado que AMTAC-06 (2000 mg/kg, i.p.) não aumentou o número de eritrócitos micronucleados, indicando baixa genotoxicidade. Em modelo de CAE, observou-se que AMTAC-06 (12,5 mg/kg, i.p.) reduziu a viabilidade e o total de células tumorais peritoneais (p<0,05), bem como a microdensidade dos vasos peritumorais (p<0,05), indicando efeito antiangiogênico. Ainda, foi observado o aumento nos níveis das citocinas TNF-α e IL-1β, bem como redução de INF- no fluido peritoneal, caracterizando uma ação imunomoduladora associada à atividade antitumoral. A análise de parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos nos animais transplantados com Ehrlich e tratados com AMTAC-06 (12,5 mg/kg, i.p.) não evidenciou toxicidade. Em conclusão, o novo derivado espiro-acridínico AMTAC-06 apresenta atividade antitumoral in vitro e in vivo, com baixa toxicidade, o que indica sua potencialidade como um agente anticâncer.
2020
Descrição
  • MAYARA BARBALHO FÉLIX
  • DESIGN RACIONAL DE FÁRMACOS AUXILIADO POR COMPUTADOR COM VISTAS AO DIRECIONAMENTO DA SÍNTESE DE NOVOS DERIVADOS HÍBRIDOS TIOFENO-INDÓLICOS PARA O TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE
  • Data: 27/08/2020
  • Hora: 14:00
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  • A quimioinformática se apresenta por meio de uma gama de aplicações no campo do design de medicamentos de forma a contribuir na identificação dos novos compostos contra uma variedade de doenças. Entre estas, a leishmaniose, cujo tratamento atual requer aprimoramento por acarretar diversos efeitos colaterais e não ter eficácia desejada. Com isso, este estudo visou o planejamento de novas moléculas derivadas do 2-aminotiofeno indólico usando ferramentas computacionais, síntese e avaliação biológica de forma a compreender sua eficácia contra Leishmania amazonensis (sp.). Além disso, predizer a atividade destes novos compostos frente a outras três espécies de Leishmania, utilizando a plataforma virtual Chembench. Para isso, com base na estrutura química dos híbridos de tiofeno-indol, foram construídos modelos de regressão e realizados o docking molecular. Os dados obtidos foram utilizados como base para o projeto de 92 novas moléculas com pIC50, sendo seis compostos selecionados para a síntese e para realização de ensaios biológicos (atividade leishmanicida e citotoxicidade). Em paralelo, partindo de bancos de dados de plantaformas virtuais (ChemBl e PubMed), foram construídos modelos de predição qualitativos no Chembench, de forma que, foram preditas as atividades dos novos derivados frente as espécies: L. donovani, L. infantum e L. braziliensis, utilizando descritores CDK e DRAGON 7 e os algoritmos Random Forest (RF) e kNN (MuDRA). Assim, por meio dos modelos de predição e docking molecular, pode-se inferir as características que poderiam ter influências positivas na atividade leishmanicida dos compostos planejados. Dos compostos sintetizados, um terço apresentou atividades anti-Leishmania promissoras com CI50 variando de 2,16 e 2,97 µM (contra formas promastigotas) e 0,9 e 1,71 µM (contra formas amastigotas), com índices de seletividade (IS) de 52 e 75. Dos modelos obtidos no Chembench. Selecionou-se duas estruturas com boa predição para duas espécies (37 e 87) e uma em comum com as três espécies estudadas (42), estrutura semelhante a derivados tiofênicos indólicos já avaliados biologicamente. Esses resultados demonstram a capacidade do planejamento racional de medicamentos baseado na Relação Quantitativa Estrutura-Atividade (QSAR) de prever moléculas com potencial leishmanicida promissor e confirmar o potencial de híbridos tiofeno-indol como potenciais novos agentes leishmaniais.
  • GABRIELA TAFAELA DIAS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA, ANTIPROLIFERATIVA E TOXICOLÓGICA IN SILICO, IN VITRO, IN VIVO, EX VIVO DE UM DERIVADO DA N-METIL ISATINA
  • Data: 18/08/2020
  • Hora: 14:00
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  • O derivado de N-metil-isatina (ISACN) é uma molécula semissintética obtida via Reação de Morita-Baylis-Hillman (RMBH) e em recentes estudos foi constatada a atividade para tratamento de câncer contra células da linhagem tumoral HL-60, fazendo desta molécula um promissor candidato. Esta pesquisa, visou avaliar a toxicidade através de ensaios in silico, in vitro, in vivo e ex vivo, atividade anticancerígena e antibacteriano de um aduto de Morita-Baylis-Hillman (ISACN) derivado da N-metil-isatina. ISACN apresentou na abordagem in silico boa biodisponibilidade teórica após administração oral, boa solubilidade, estabilidade e absorção, ainda apresentando baixa toxicidade teórica. Nos testes in vitro, mostrou possui baixo potencial citotóxico frente a células não tumoral de HEK-293, e baixa ou nenhuma atividade anti-tumoral frente linhagens de melanomas A375 e B16F10. Ainda, a atividade antibacteriana revelou o bom potencial de ISACN em concentrações inibitória mínima (CIM) entre 100 e 400 μg/mL, com efeito bacteriostática sobre cepas gram-positivas e gram-negativas. Pode-se atribuir baixo risco de genotoxicidade para ISACN, pois não demonstrou potencial mutagênico e carcinogênico nas cepas de S. typhimurium “TA”( teste de Ames). Na avaliação da toxicidade não-clínica aguda de ISACN apresentou baixa toxicidade in vivo, segundo classificação GSH. Sendo alterações no screening comportamental ausente, contudo, demonstrou redução na ingestão de alimentos dependente de dose e redução no ganho de peso corporal. Alterações no nível sérico de cálcio e redução na contagem de plaquetas. Por fim, nos estudos de doses repetidas com ISACN foi possível observar maior sensibilidade em camundongos swiss machos, ao apresentarem mortalidade nos primeiros dias, maior taxa de variações nos parâmetros comportamentais, de consumo, ganho de peso e bioquímicos. Diante do exposto, conclui-se que ISACN possui boa biodisponibilidade oral teórica, reduzida citotoxicidade e atividade antitumoral contra linhagens de melanoma, atividade antibacteriana com efeito bacteriostático, baixa toxicidade aguda e de doses repetidas e ausência de genotoxicidade constituindo-se numa promissora molécula com potencial farmacológico uso.
  • RENAN MARINHO BRAGA
  • Estudo do mecanismo antinociceptivo e anti-inflamatório do óleo essencial de Lippia pedunculosa e se complexo em β-ciclodextrina
  • Data: 14/08/2020
  • Hora: 08:00
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  • Na maioria das doenças, a inflamação e a dor são causa e consequência. As classes terapêuticas mais utilizadas, anti-inflamatórios não-esteróidais (AINEs) e os opioides, apresentam uma gama de efeitos adversos que motivaram abordagens para descoberta de novos fármacos. Nesse contexto, os óleos essenciais e seus constituintes tem surgido como uma das alternativas terapêuticas para o tratamento dessas condições dolorosas. O óleo essencial de Lippia pedunculosa (OELp), como já relatado na literatura, apresenta efeitos tripanocida e amebicida. No entanto, em modelos experimentais de analgesia e inflamação, essas atividades precisam ser mais estudadas. Várias abordagens são estudadas para melhorar as propriedades farmacêuticas dos óleos essenciais, incluindo o emprego de sistemas de carreamento de fármacos. Neste estudo, usamos OELp/β-ciclodextrina (β-CD) e OELp isolado para avaliar se a formulação do complexo de inclusão seria capaz de melhorar a atividade antinociceptiva do óleo essencial. Foi avaliado o efeito analgésico do OELp e OELp/β-CD de forma comparativa nos testes das contorções abdominais induzidas por ácido acético e teste da formalina. Avaliamos também o potencial analgésico e anti-inflamatório do OELp isolado nos testes de nocicepção orofacial induzida pela formalina, glutamato e capsaicina e pelo teste da peritonite induzida por carragenina. O OELp foi mais eficaz na redução do comportamento nociceptivo (p <0,05, p <0,01 e p <0,001) quando comparado ao complexo de inclusão de OELp/β-CD. Embora as ciclodextrinas sejam promissoras como hospedeiras de moléculas convidadas, para os óleos essenciais ricos em compostos de peróxido, elas não parecem ser a abordagem mais promissora (pelo menos em termos de efeito analgésico e anti-inflamatório). O OELp isolado ainda apresentou efeito antinoniceptivo significativo (p <0,05, p <0,01 e p <0,001) nos métodos de dor orofacial e na peritonite induzida por carragenina, a OELp reduziu a migração total de leucócitos para a cavidade peritoneal (p <0,05 ou p <0,01), bem como a redução dos níveis de IL-1β no líquido peritoneal (p <0,01), o que confirmou seu efeito anti-inflamatório.
  • KAIO ARAGÃO SALES
  • ALCALOIDES E SESQUITERPENOIDES DE Anaxagorea dolichocarpa: ISOLAMENTO, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E CITOTOXICIDADE
  • Data: 07/08/2020
  • Hora: 09:00
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  • No Brasil, país considerado o mais rico em biodiversidade, o uso medicinal de espécies vegetais é uma prática comum. E a família Annonaceae, com cerca e 2.400 espécies, contribui significativamente para a diversidade em florestas neotropicais, além de ser utilizada na dieta e medicina tradicional, por conta de seus frutos comestíveis e propriedades terapêuticas. De uma de suas espécies, a Anaxagorea dolichocarpa, conhecida popularmente como envira e amplamente distribuída na regiao neotropical, foram publicados estudos com identificação de alcaloides e terpenoides, e relato de atividades antioxidante, antibacteriana e antitumoral in vitro de extratos e compostos isolados. Diante desse cenário, buscou-se nesse trabalho ampliar o conhecimento sobre essa planta, mediante estudo fitoquímico e de investigação da atividade citotóxica. Para isso, o material vegetal foi coletado em Cruz do Espírito Santo-PB e submetido a processos de extração, purificação e análise dos constituintes químicos. Esses procedimentos foram realizados por métodos laboratoriais clássicos, assim como por técnicas modernas de CLAE, RMN, Espectrometria de Massas e Dicroísmo Circular. Assim, a partir dos extratos das raízes da planta, foi possível isolar e caracterizar as estruturas químicas de seis alcaloides, dois deles inéditos, dolichocarpina e 9-metoxieupolauramina, além dos conhecidos eupolauramina, 3-metoxieupolauridina, eupolauridina e 4-metilsampangina, e seis sesquiterpenoides do tipo humuleno inéditos na literatura, denominados dolichocarpois A-F. Desses, cinco alcaloides e três sesquiterpenoides tiveram sua atividade citotóxica investigada contra linhagens de células HCT-116 (carcinoma colorretal humano) e L929 (fibroblastos murinos não-tumorais). Dessa forma, os resultados obtidos pelo estudo contribuíram com o conhecimento químico e de atividade biológica de A. dolichocarpa.
  • FLAVIO VALADARES PEREIRA BORGES
  • SÍNTESE DE DERIVADOS FENILPROPANÓICOS
  • Data: 31/03/2020
  • Hora: 14:00
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  • Fenilpropanóides e seus derivados vem sendo amplamente estudados pelas suas variedades estruturais e atividades bioógicas. Neste trabalho são relatadas a obtenção de ésteres de ácidos fenilpropanoicos e álcoois monoterpênicos, obtidos através das reações de Schotten-Bauman e Wittig-Horner, a obtenção da neolignana dehidrodieugenol por acoplamento oxidativo promovido pelo ferrocianeto de potássio e pela peróxidase contida na agua de coco, assim como o relato de suas atividades leishimanicida para Leishmania amazonensis e a comparação entre as técnicas quanto a estéreo seletividade. Foram obtidas as lignanas licarina-(A) e dehidrodicumarato de metila, com o acoplamento promovido pela água de coco e feitas variações na ordem de adição dos reagentes e velocidade de injeção, comparando a influência no rendimento. Também foram obtidas quatro cinamoilamidas de feniletilaminas e duas de indoletilaminas, estas inéditas através da formação do cloreto de acila com reagente de Vilsmeyer-Haack e posterior reação de Schotten-Baumann para formação da amida. Os resultados desse trabalho renderam três publicações em periódicos de farmacoquímica.
  • JOICE NASCIMENTO BARBOZA
  • Amidas cinâmicas sintéticas e investigação da atividade antifúngica frente às cepas de Candida spp
  • Data: 04/03/2020
  • Hora: 14:00
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  • Nas últimas décadas houve um aumento na incidência das doenças fúngicas, mostrando-se como importante causa de morbidade e mortalidade em seres humanos afetando mais de um bilhão de indivíduos em todo o mundo. As leveduras do gênero Candida spp. são fungos patógenos oportunistas, que destacam-se como os mais isolados em amostras clínicas (prevalência de 40-70%). O desenvolvimento de resistência fúngica associado à elevada toxicidade, custo e eficácia dos antifúngicos existentes no mercado, vêm impulsionando à busca por novas alternativas terapêuticas. Os ácidos cinâmicos constituem-se em um grupo de ácidos carboxílicos aromáticos amplamente encontrados em vegetais, que apresentam diversidade estrutural, baixa toxicidade e várias atividades biológicas descritas, com destaque para atividade anti-Candida. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo preparar uma coleção de treze amidas derivadas do cloreto de cinamoíla (1-13), estruturalmente relacionadas, e avaliar a atividade antifúngica desses compostos frente a três espécies de Candida spp.: C. albicans, C. krusei e C. tropicalis, assim como, estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. As amidas foram preparadas utilizando a metodologia de reação de cloreto ácido e os compostos foram caracterizados pelas técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e de 13C e apresentaram rendimentos que variaram de 36 – 85,6%. Dentre as treze substâncias obtidas, duas são inéditas na literatura. No teste antifúngico foi realizada a determinação da concentração inibitória mínima (CIM), a determinação da concentração fungicida mínima (CFM) e o ensaio de determinação do mecanismo de ação (sorbitol e ergosterol). Por meio dos resultados de bioatividade pode-se observar que as amidas 1 e 4 demonstraram efeito fungicida frente às cepas de Candida spp. O composto 4 apresentou melhor atividade antifúngica com valores de CIM=CFM=0,67 mM, 0,33 mM, 1,34 mM frente à C. albicans, C. krusei e C. tropicalis, respectivamente. Constatou-se por meio da razão (CFM/CIM<4), que as moléculas exerceram efeito fungicida, No tocante às características estruturais das amidas sobre a bioatividade antifúngica, evidenciou-se a importância das cadeias longas laterais de até oito carbonos. O estudo de docking molecular sugeriu que o possível mecanismo de ação dos compostos bioativos ocorre via multialvos com a inibição do HOS1 como principal alvo biológico. Portanto, pode-se concluir que foi possível estabelecer características químicas que podem servir de referência para o avanço no desenvolvimento de novos protótipos antifúngicos com melhor ação biológica contra espécies de Candida.
  • CARLOS DA SILVA MAIA BEZERRA FILHO
  • Planejamento estrutural visando otimização da atividade tripanocida de análogos sintéticos da piplartina.
  • Data: 03/03/2020
  • Hora: 14:00
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  • A doença de Chagas é considerada uma das principais doenças tropicais negligenciadas e representa um grande problema de saúde pública devido aos altos índices de morbidade e mortalidade associados. Atualmente, os fármacos disponíveis para o tratamento da doença encontram-se desatualizados, possuem eficácia limitada e efeitos adversos e/ou colaterais severos que resultam em falta de adesão ao tratamento e redução da qualidade de vida dos pacientes. Assim, torna-se necessária a busca por novas alternativas terapêuticas que promovam maior seletividade ao parasito, bem como por fármacos com novos mecanismos de ação e que apresentem boa eficácia. A piplartina, também conhecida como piperlongumina é um fenilpropanoide encontrado em plantas do gênero Piper. Dados da literatura relatam que a piplartina possui diversas atividades biológicas, incluindo atividade tripanocida. Deste modo, o objetivo do presente trabalho foi preparar uma coleção de treze ésteres análogos à piplartina (01 – 13), estruturalmente relacionados, e avaliar a atividade tripanocida dos compostos frente ao Trypanosoma cruzi, bem como, estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os ésteres foram preparados utilizando três diferentes metodologias: esterificação de Fischer, esterificações com haletos de alquila e arila e reação de Steglich. Na caracterização estrutural utilizaram-se as técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C. Os produtos foram obtidos com rendimentos de 26,7–91,1%. Os testes tripanocidas foram realizados frente às formas evolutivas epimastigota e tripomastigota utilizando a técnica de microdiluição em placas de 96 poços para a determinação da concentração capaz de inibir o crescimento do parasito em 50% (CI50), além disso, determinou-se a citotoxicidade dos compostos frente às células epiteliais renais de macaco Rhesus (LLC-MK2) para o cálculo do índice de seletividade (IS). O composto 10 apresentou boa atividade tripanocida frente à forma tripomastigota (CI50 = 40,75±12,36 μM). Enquanto 11 foi bioativo em ambas as formas evolutivas com CI50 = 28,21±5,34 μM e 47,02±8,70 μM (forma epimastigota e tripomastigota, respectivamente), além de apresentar alto índice de seletividade ao parasito (IS > 10). Na investigação do mecanismo de ação tripanocida foi estabelecido que ocorre através da indução de estresse oxidativo e lesão mitocondrial das células do parasito. Portanto, o presente estudo demonstra o potencial antiparasitário desta classe química para a pesquisa de novos fármacos com atividade tripanocida.
  • FRANCISCO PATRICIO DE ANDRADE JUNIOR
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE DERMATOFITOSES EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO PRIVADO DE JOÃO PESSOA-PB, ENTRE 2015 A 2019 E AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DE 2-BROMO-N-FENILACETAMIDA FRENTE A ISOLADOS CLÍNICOS DO GÊNERO Microsporum
  • Data: 02/03/2020
  • Hora: 09:00
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  • As dermatofitoses são um tipo de infecção micótica cutânea causada por espécies dos gêneros Epidermophyton, Trichophyton ou Microsporum. Contudo, mesmo tratando-se de infecções fúngicas comuns, há poucos estudos epidemiológicos que caracterizam as populações mais susceptíveis, assim como, tem-se a escassez de pesquisas que busquem novas moléculas com potencial anti-Microsporum. O presente estudo objetivou elucidar o perfil epidemiológico de dermatofitoses em pacientes atendidos em um laboratório privado de João Pessoa-PB, entre 2015 a 2019, e investigar a atividade antifúngica de 2-bromo-N-fenilacetamida (A1Br) frente a isolados clínicos do gênero Microsporum. Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico, retrospectivo, documental e experimental, em que o potencial antifúngico de A1Br, frente a linhagens de M. canis e M. gypseum, foi avaliado a partir da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), Associação por meio do método checkboard, alterações na micromorfologia e ensaios com ergosterol e sorbitol para investigação do mecanismo de ação. Entre os anos de 2015 a 2019 foram analisadas 1055 suspeitas de micoses, entretanto foram registrados somente 94 casos de dermatofitoses. O perfil de acometidos, foi predominantemente de indivíduos do sexo feminino (58,5%), com 18 a 59 anos de idade (38,4%), brancos (53,6%) e com lesões, principalmente, em pele glabra (38,5%), pés (33,3%) e unhas (12,8%). Ao relacionar a faixa etária com o local da lesão, percebeu-se que lesões em pele glabra, pés e unhas, foram mais frequentes em indivíduos de 18 a 59 anos, enquanto que lesões no couro cabeludo foram majoritariamente elucidadas em indivíduos menos de 18 anos. As espécies mais prevalentes foram M. canis (31,9%) e T.rubrum (31,9%). Ao correlacionar a espécie fúngica com o local da lesão, notou-se que M. canis foi o principal agente responsável por lesões em pele glabra, couro cabeludo e mãos, enquanto T. rubrum foi predominantemente observado em unhas e T. mentagrophytes em pés. Em relação aos resultados experimentais, A1Br apresentou variações de CIM entre 16 a 64 µg/mL para ambas as linhagens e ao comparar estes resultados aos valores de CIM de cetoconazol, não houve diferença estatisticamente significativa (p>0,05). A CFM de A1Br, variou entre 64 µg/mL até valores superiores a 1024 µg/mL e a molécula demonstrou características fungistáticas. Contudo, indiferença farmacológica foi constatada ao associar A1Br ao cetoconazol. Ao analisar os efeitos de A1Br sobre a morfogênese, notou-se que o aumento da concentração dessa substância ocasionou na diminuição de estruturas fúngicas (p<0,05). Em relação ao mecanismo de ação, evidenciou-se que este está associado ao ergosterol fúngico. Conclui-se que os dados presentes nesta pesquisa podem fomentar o desenvolvimento de indicadores e políticas públicas para a população mais susceptível a dermatofitoses e que a molécula A1Br apresentou forte atividade antifúngica e potencial para tornar-se um futuro produto para o tratamento de dermatofitoses.
  • VALGRICIA MATIAS DE SOUSA
  • Potencial antitumoral e toxicidade do (E)-1’-((4-bromo-benzilideno)amino)5’-oxo-1’5’-dihidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (AMTAC-19), um novo derivado espiro-acridínico
  • Data: 28/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • O câncer é um termo utilizado para definir um grupo de doenças caracterizadas pela proliferação descontrolada de células transformadas, provenientes do acúmulo progressivo de alterações genéticas e epigenéticas. Diversos problemas na terapia do câncer, como desenvolvimento de resistência ao tratamento e alta toxicidade, impulsionam a busca por novos fármacos. Nesse contexto, destacam-se os compostos acridínicos que apresentam relatos de atividade antitumoral associada, principalmente, à intercalação no DNA e inibição de topoisomerases. O objetivo deste trabalho foi avaliar a citotoxicidade de derivados espiro-acridínicos em células tumorais e não tumorais, bem como os possíveis mecanismos de ação do composto mais promissor, na linhagem tumoral mais sensível. A citotoxicidade dos compostos foi avaliada pelo ensaio de redução do MTT em linhagens de células tumorais (HCT-116, MCF-7, HeLa, PC-3 e SK-MEL-28) e não tumorais (HaCat e L929), bem como em células mononucleares de sangue periférico (PBMC). O 5'-oxo-1'-((4-(piperidin-1-il) benzilideno)amino)-1',5'- dihidro-10H-espiro[acridina- 9,2'-pirrol]-4'-carbonitrila (AMTAC-23) induziu o menor percentual de inibição do crescimento em células tumorais PC-3 (0 ± 0,85%), e em células não tumorais L929 (11,93 ± 1,91%). O composto mais citotóxico foi o (E)-1’-((4-bromo-benzilideno)amino)5’-oxo-1’5’-dihidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (AMTAC-19), que inibiu o crescimento de células de carcinoma colorretal HCT-116 em 88,56 ± 0,58%, e de células não tumorais L929 em 70,42 ± 1,74%. A concentração que inibe 50% do crescimento celular (CI50) foi de 10,35 ± 1,66 µM em células HCT-116, e 4,89 ± 1,18 µM em PBMC, após tratamento de 72 horas com AMTAC-19. A análise do índice de seletividade mostrou que este acridínico apresenta um efeito mais seletivo em células HCT-116, quando comparado com a droga padrão doxorrubicina. Na sequência, foram avaliados os efeitos de AMTAC-19 sobre o ciclo celular, a indução de apoptose e a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), nas concentrações de 10 ou 20 µM, após 48 horas de tratamento. AMTAC-19 induziu aumento significativo do pico sub-G1 (p<0,05), que está associado a apoptose, bem como parada nas fases S e G2/M (p<0,05), impedindo a síntese do material genético e a multiplicação celular. Foi observado aumento da marcação com anexina V e iodeto propídeo (p<0,05), o que é indicativo de morte celular por apoptose. Alterações morfológicas características de apoptose foram observadas após tratamento com AMTAC-19 por meio de análise em microscopia confocal a laser utilizando laranja de acridina e iodeto de propídeo. Tais alterações incluíram a presença de blebs de membrana, fragmentação do DNA e condensação da cromatina, o que confirma a presença de células apoptóticas. Além disso, AMTAC-19 reduziu a produção de espécies reativas de oxigênio (p<0,05) em células HCT-116, o que sugere que o efeito antioxidante é parte do mecanismo de ação antitumoral do composto. Os dados apresentados indicam que AMTAC-19 induz atividade antitumoral em células HCT-116 por interferir na progressão do ciclo celular e induzir apoptose e efeito antioxidante.
  • FRANCISCO ALLYSSON ASSIS FERREIRA GADELHA
  • Efeito imunomodulador da inflorescência de Musa paradisiaca Linnaeus (Musaceae) na Síndrome de Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS) dependente da inibição do NF-кB e em macrófagos humanos.
  • Data: 28/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A síndrome de asma e rinite alérgicas combinadas (CARAS) apresenta mesma fisiopatologia nas vias aéreas superior e inferior com manifestações dos sintomas da rinite e da asma que podem aparecer concomitantemente ou separados. O tratamento do controle das duas doenças se faz com protocolos clínicos para a asma, entretanto, alguns pacientes, não respondem de forma adequada. A Musa paradisiaca L. (Musaceae), conhecida como banana cresce nas diversas regiões do planeta sendo utilizada como alimento. Estudos da planta demostraram várias atividades incluindo anti-inflamatória. No Brasil, a inflorescência (coração, mangará) da banana é utilizada no controle de alergias respiratórias. Portanto, no sentido de respaldar cientificamente a planta avaliamos a atividade imunomoduladora do extrato da inflorescência (EHM) em modelo murino de síndrome de asma e rinite alérgicas combinadas (CARAS). Para tal, camundongos fêmeas BALB/c foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) e tratados, após os desafios, com o EHM. Os resultados foram analisados estatisticamete via ANOVA one-way, onde p<0,05 foi considerado significativo. O EHM diminuiu os sinais clínicos espirros e fricções nasais e a hiper-reatividade nasal induzida com histamina exógena, o infiltrado celular dependente de eosinófilos nas cavidades nasal (NALF) e pulmonar (BALF), a produção de IgE, a produção de citocinas da resposta imune tipo 2 (IL-4, IL-13, IL-5) e do perfil Th17 (IL-17A) no BALF. Em adição, aumentou a produção de citocina do perfil Th1 (IFN-ɣ). Nas análises histológicas nasal e pulmonar o tratamento com o EHM promoveu melhora na arquitetura tecidual de ambas as regiões com diminuição do infiltrado celular, metaplasia das células caliciformes e produção de muco e do número de mastócitos. A análise de mecanismos intracelulares de transdução de sinal demonstrou que o EHM foi capaz de modular negativamente a ativação do fator de transcrição NF-κB. Estudos preliminares in vitro demonstram que o EHM filtrado diminuiu a expressão de receptores de superfície de macrófagos humanos (CD86, HLA-DR) envolvidos na sua ativação e atuação nos processos inflamatórios, bem como diminuiu a produção de IL-6 por essas células. Portanto podemos inferir que a inflorescência da banana possui atividade imunomoduladora, cientificamente comprovada, no modelo experimental de CARAS por diminuir a as citocinas do perfil Th2, a produção de IgE e migração de células inflamatórias para as vias aéreas bem comodiminuir o muco. Esses efeitos estão relacionados com a regulação negativa da ativação do NF-κB, com a estimulação do perfil Th1 (produção de IFN-ɣ) e inibição da tivação de macrófagos humanos, sendo assim o mangará apresenta alto potencial fitoterápico para o controle de doenças alérgicas.
  • DAIANA KARLA FRADE SILVA
  • Efeito antitumoral e toxicidade de um novo derivado acridínico (AMTAC-17) em modelos in vitro e in vivo
  • Data: 28/02/2020
  • Hora: 08:30
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  • O câncer é um termo que se refere a um conjunto de doenças caracterizadas pela proliferação descontrolada de células, com capacidade de invasão e metástase. Apesar dos avanços nas pesquisas no ramo da oncologia, ainda existem muitos problemas nas terapias empregadas, como a alta toxicidade e o desenvolvimento de resistência ao tratamento. Considerando os relatos na literatura de atividade antitumoral de derivados acridínicos, o presente trabalho objetivou investigar a toxicidade e a atividade antitumoral in vitro e in vivo de um novo composto espiro-acridínico, o (E)-5'-oxo-1'-((3,4,5-trimetoxi-benzilideno)amino)-1',5'-dihidro-10H-espiro [acridina-9,2'-pirrol]-4'-carbonitrila (AMTAC-17), selecionado após triagem farmacológica. A atividade antitumoral in vitro foi avaliada pelo ensaio de redução do MTT, obtendo-se um valor de concentração inibitória 50% (CI50) de 27,19 µM para a linhagem de câncer de cólon HCT-116. A toxicidade in vitro foi avaliada em células HaCaT, L929 e PBMC (CI50: 31,40 µM, 103,50 µM e 18,62 µM, respectivamente). Nas concentrações de 30 e 60 µM em células HCT-116, AMTAC-17 alterou a progressão do ciclo celular, induzindo aumento no pico sub-G1, bem como induziu morte celular por apoptose, caracterizada por externalização da fosfatidilserina e alterações morfológicas como formação de prolongamentos na membrana celular, condensação da cromatina e fragmentação nuclear, além de induzir redução no nível de espécies reativas de oxigênio (EROs). No ensaio de toxicidade não clínica aguda em camundongos, AMTAC-17 (2000 mg/kg; via intraperitoneal, i.p.) não induziu morte dos animais experimentais, sendo a dose letal 50% (DL50) estimada como maior que 5000 mg/kg. Para a avaliação da genotoxicidade foi realizado o teste do micronúcleo em sangue periférico de camundongos, sendo observado que AMTAC-17 (2000 mg/kg, i.p.) não induziu aumento no número de eritrócitos micronucleados. No teste de toxicidade em embriões de peixe (teste FET), a concentração letal média (CL50) do AMTAC-17 foi superior a 300 µM. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo, em modelo de Carcinoma Ascítico de Ehrlich (CAE), observou-se que AMTAC-17 (12,5; 25 ou 50 mg/kg, i.p., sete dias de tratamento) reduziu a viabilidade e o total de células tumorais peritoneais. Foi observado que AMTAC-17 (12,5 mg/kg) induziu aumento no pico sub-G1, relacionado a apoptose, reduziu a microdensidade vascular peritumoral, indicando ação antiangiogênica, bem como aumentou os níveis das citocinas IL-1β, TNF-α, e IL-12, o que está associado à capacidade imunomoduladora. In vivo, AMTAC-17 não induziu alterações no nível de EROs. Em relação a toxicidade após tratamento antitumoral, entre todos os parâmetros avaliados (parâmetros metabólicos, bioquímicos, hematológicos e histológicos), foi observado que AMTAC-17 (12,5 mg/kg) induziu poucas alterações. Os dados apresentados indicam que AMTAC-17 possui atividade antitumoral em células HCT-116, por induzir apoptose e promover efeito antioxidante, e in vivo por promover ação antiangiogênica e imunomoduladora, associado a uma baixa toxicidade não clínica.
  • MATHANIA SILVA DE ALMEIDA REZENDE
  • Avaliação dos efeitos do carvacrol sobre a função erétil de ratos em modelo de envelhecimento induzido por D-galactose
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 16:00
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  • A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade de alcançar e/ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória, sendo o envelhecimento um dos fatores de risco envolvidos no seu desenvolvimento. Evidências crescentes sugerem que o estresse oxidativo é o mediador chave das alterações na função endotelial e no tônus vascular peniano no processo de envelhecimento. Assim, a redução dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS) pode ser um processo importante para preservar a bioatividade da vasculatura peniana. Compostos antioxidantes, como o carvacrol, limitam os danos causados pelas ROS e, portanto, apresentam benefícios para o tratamento da DE. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar um novo modelo experimental de DE no envelhecimento induzido por D-galactose, bem como avaliar os efeitos do carvacrol na função erétil desses ratos. Para isto, os animais foram divididos em cinco grupos: controle tratados com veículo (CTL), D-galactose 150 mg/kg (DGAL), D-galactose 150 mg/kg + carvacrol 50 ou 100 mg/kg (DGAL+CVC50 ou 100) e D-galactose 150 mg/kg + sildenafila 1,5 mg/kg (DGAL+SD1,5). Todos os animais foram submetidos a administrações diárias, via intraperitoneal (D-galactose) e oral (carvacrol e sildenafila), por oito semanas. Os protocolos experimentais foram previamente aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal da Paraíba nº 9706070319. Inicialmente, a aparência física dos animais foi analisada e verificou-se que o tratamento dos animais do grupo DGAL apresentavam características de envelhecimento, como queda de pelos severa, pelos crespos e opacos com tonalidades diferentes, diferentemente dos animais dos grupos CTL, DGAL+CVC50 ou 100 e DGAL+SD1,5 que tinham aparência saudável. Os animais apresentaram um aumento gradual no peso corporal sem diferenças entre os grupos tratados. Também não foram observadas diferenças estatísticas nos níveis glicêmicos desses animais. A função erétil foi avaliada pela relação pressão intracavernosa/pressão arterial média (ICP/MAP). A ICP/MAP no grupo DGAL foi significativamente reduzida quando comparada ao grupo CTL, demonstrando o desenvolvimento da DE. Os tratamentos com carvacrol ou sildenafila promoveram melhora deste parâmetro, sugerindo melhora da função erétil por estes tratamentos. Em relação a reatividade cavernosa, os grupos DGAL e SD1,5 apresentaram uma hipercontratilidade induzida por fenilefrina ou estimulação por campo elétrico, quando comparado com o grupo CTL e DGAL+CVC100, respectivamente. O tratamento com o carvacrol reduziu significativamente essa hipercontratilidade. A resposta relaxante induzida pela acetilcolina foi reduzida significativamente nos grupos DGAL e SD1,5 ao comparar com o grupo CTL. Esse efeito foi prevenido pelo tratamento com carvacrol. O relaxamento mediado pelo NPS não apresentou diferenças estatísticas entre os grupos. Em cortes histológicos de corpo cavernoso (CC), o grupo DGAL apresentou um aumento da produção de ânions superóxidos, quando comparado ao grupo CTL, enquanto que o tratamento com carvacrol e sildenafila preveniu esse aumento. Mudanças estruturais foram observadas com o tratamento do grupo DGAL, observando uma diminuição da área total do CC, quando comparado com o grupo CTL. O grupo DGAL+CVC100 foi capaz de prevenir essa alteração, diferentemente dos grupos DGAL+CVC50 e DGAL+SD1,5. O método biomarcador de senescência (senescência associada β- galactosidase - AS-β-gal) foi utilizado e observou-se que o grupo DGAL induziu o aumento da coloração positiva da atividade da AS-β-gal em tecido cavernoso em comparação com o grupo CTL. O tratamento com o cavacrol e sildenafila foi capaz de prevenir esse aumento. Em conclusão, esses resultados demonstram, pela primeira vez, que no modelo de envelhecimento induzido por D-galactose foi observado o estado de DE, hipercontratilidade, disfunção endotelial, além de produzir o aumento de ROS e diminuição dos componentes eréteis essenciais para a ereção peniana, e o tratamento com o carvacrol preveniu todas as alterações e danos associados a este modelo.
  • CINTHIA RODRIGUES MELO
  • ATIVIDADE ANTIPLASMODIAL IN VITRO DE UM DERIVADO DA N-METIL-ISATINA (CH3ISACN), E SUA TOXICIDADE IN SILICO E IN VIVO
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A malária é uma doença parasitária que apresenta grande prevalência no mundo. Em 2018 chegou a acometer cerca de 228 milhões de pessoas, e causar 405.000 mortes. Esta doença é ocasionada pelo parasita do gênero Plasmodium, que é transmitido ao homem através da picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles infectada. Um dos principais fatores que tem dificultado o controle da malária, é o grande número de parasitos que apresentam resistência aos antimaláricos usuais, incluindo a artemisinina e derivados. Portanto, é necessário a descoberta de novos medicamentos que tenham maior eficácia, e com baixa toxicidade para o ser humano. Os adutos de Morita-Baylis-Hillman apresentam diversas funcionalidades, entre elas, atividades antiparasitárias. Desta forma, o alvo de nosso estudo é um aduto, o 2- (3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila, também chamado por CH3ISACN. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar o potencial do aduto CH3ISACN como antimalárico através de estudos in vitro, e avaliar seus efeitos toxicológicos in silico e in vivo. Para isto, o composto CH3ISACN foi exposto à cepa W2 de P. falciparum em eritrócitos humanos, e avaliado se este era capaz de reduzir a parasitemia. Sendo verificado também se o mesmo era capaz de causar hemólise aos eritrócitos. Além disto, foi investigado as características farmacocinéticas e toxicológicas teóricas do aduto CH3ISACN, por meio de ensaios in silico com os softwares AdmetSAR e Molinspiration. Ainda, foi realizado o estudo toxicológico agudo in vivo, seguindo os protocolos experimentais adotados no Laboratório de Ensaios Toxicológicos (LABETOX) e o Guia da OECD 423 (2001). Desta forma, foi administrada uma dose inicial de 300 mg/kg da substância teste, em ratas Wistar e posteriormente, não havendo mortes, foi administrado em outras ratas da mesma espécie, uma dose de 2000 mg/kg. Durante o experimento foram avaliados parâmetros comportamentais, consumo de água, ração e evolução ponderal. Após 14 dias, os animais foram eutanasiados por sobredose de anestésico, e seu sangue coletado para avaliação de parâmetros bioquímicos e hematológicos. Os resultados mostraram que o aduto CH3ISACN apresentou boa atividade antiplasmodial, e baixa citotoxicidade, tendo uma boa viabilidade celular. Além do que mostrou ter uma boa biodisponibilidade oral teórica e não apresentou riscos de toxicidade nos estudos in silico. Ainda, o aduto CH3ISACN não causou morte em nenhum dos animais, apresentando assim uma alta DL50 e sendo classificado segundo a GSH na categoria 5, como tendo baixa toxicidade. Este também não ocasionou nenhuma alteração comportamental, bem como nos demais parâmetros avaliados a maior dose testada não provocou nenhuma alteração significativa. Apenas uma redução na concentração de ureia, mas que não trouxe significado clínico relevante. Por fim, o aduto CH3ISACN apresenta-se como um bom candidato à fármaco para o tratamento da malária. Sendo assim, de grande valia a continuação de seu estudo, até alcançar testes de fase clínica, e assim ser incluído no arsenal terapêutico contra a malária.
  • THAIS MANGEON HONORATO LISBOA
  • TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DE UM HÍBRIDO TIOFÊNICO-ACRIDÍNICO
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • O câncer, no sentido mais amplo, refere-se a mais de 277 tipos diferentes de doenças carcinogênicas que se caracterizam pelo crescimento desordenado e potencial metastático. Os efeitos antitumorais dos compostos tiofeno e acridina foram descritos; no entanto, a utilidade clínica desses compostos é limitada devido ao risco de alta toxicidade e resistência ao medicamento. A estratégia de hibridação molecular apresenta a oportunidade de desenvolver novos fármacos que podem exibir melhor afinidade por alvo e efeitos colaterais menos graves. Aqui, 2 - ((6-cloro-2-metoxi-acridin-9-il) amino) -5,6,7,8-tetra-hidro-4H-ciclo-hepta [b] -tiofeno-3-carbonitrila (ACS03), a o composto híbrido tiofeno-acridina com atividade antileishmanial, foi testado quanto à toxicidade e atividade antitumoral. A toxicidade foi avaliada in vitro (em HaCat, L929 e células mononucleares de sangue periférico) e in vivo (embriões de peixe-zebra e toxicidade aguda em camundongos). A atividade antitumoral também foi avaliada in vitro em HCT-116 (linha celular de carcinoma do cólon humano), K562 (linha celular leucêmica mielóide crônica), HL-60 (linha celular de leucemia promielocítica humana), HeLa (linha celular de câncer cervical humano) e MCF -7 (linha celular de câncer de mama) e in vivo (modelo de carcinoma de Ehrlich ascites). ACS03 exibiu seletividade em relação às células HCT-116 (meia concentração inibitória máxima, IC50 = 23,11 ± 1,03 µM). Em embriões de peixe-zebra, o ACS03 induziu um aumento nas atividades de lactato desidrogenase, glutationa S-transferase e acetilcolinesterase. O valor de LD50 (dose letal de 50%) em camundongos foi estimado em mais de 5000 mg/kg (intraperitonealmente). In vivo, ACS03 (12,5 mg/kg) induziu uma redução significativa no volume do tumor e na viabilidade celular. A atividade antitumoral in vitro foi associada ao aumento da capacidade antioxidante e apoptose. A atividade antitumoral in vivo foi associada ao efeito citotóxico do óxido nítrico e atividade antiangiogênica. Em relação a toxicidade, após tratamento antitumoral, entre todos os parâmetros avaliados (parâmetros metabólicos, bioquímicos, hematológicos e histológicos), foi observado que ACS03 (12,5 mg/kg) não induziu alterações significativas. Em conclusão, foram registradas atividades antitumorais significativas e toxicidade fraca para este composto híbrido, caracterizando-o como um potencial composto anticâncer.
  • ANDERSON ANGEL VIEIRA PINHEIRO
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Vellozia plicata MART.: CARACTERIZAÇÃO, ESTUDOS in silico E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTI-HIV-1
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 13:30
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  • Os produtos naturais são empregados historicamente para o tratamento de diversas ameaças à saúde e são uma fonte em potencial para a obtenção de compostos bioativos. Nessa perspectiva, foi realizado um reestudo de Vellozia plicata M. com o objetivo de quantificar o marcador químico, avaliar, por meio de estudos in sílico, a atividade anti-HIV de compostos isolados, bem como predizer seus riscos de citotoxicidade, taxa de absorção oral, intestinal e metabolização hepática. Além disso, também foi possível realizar o doseamento de fenólicos totais, investigar a viabilidade celular e atividade anti-HIV-1 dos compostos e avaliar a atividade antioxidante. Nesse estudo fitoquímico foram isolados treze compostos, dentre eles a amentoflavona (9), 3’, 8’’-biisocampferídeo (10) e a 3’-apigenin-8’’-isocaempferídeo (11), sendo este último relatado pela primeira vez na literatura. O composto (9) foi proposto como marcador químico da espécie, quantificado em 106,92 μg/mg de extrato bruto de V. plicata, com desvio padrão inferior a 5%, conforme preconizado pela Resolução 899/2003. Os biflavonoides foram preditos e aprovados quanto ao potencial de atividade biológica (HIV-1), a taxa de absorção oral e aos parâmetros toxicológicos de mutagenicidade e carcinogenicidade. Eles apresentaram o percentual ABS superior ao controle (36,60%) e não foram observados riscos de toxicidade dentro dos parâmetros analisados pelo software OSIRIS. As análises preditivas de permeabilidade e absorção intestinal dos três biflavonoides isolados apresentaram possibilidade positiva. Os compostos demonstraram bons resultados MolDock Score no docking molecular, ocorrendo melhor interação entre o composto (9) com a protease, e o (10) com a integrase e transcriptase reversa. Os três compostos tiveram suas estruturas preditas após metabolização hepática, indicando que a via metabólica no fígado para (9) se daria pela hidroxilação aromática das enzimas do citocromo P450, já nos compostos (10) e (11) ocorre uma maior expressão de alguns grupos aromáticos e alifáticos por O-desalquilação, hidroxilação e carboxilação. Os compostos gerados a partir da metabolização de (9), (10) e (11) foram preditos, utilizando o OSIRIS, quanto a capacidade de mutagenicidade e carcinogenicidade, entretanto, apenas o (9) apresentou um score de 29,95%, demostrando alto risco de mutagenicidade. Dentre os compostos testados nos estudos biológicos, o extrato etanólico de V. plicata M. (71,19%) e a amentoflavona (70,98%) apresentaram melhor viabilidade celular frente as células JLTRF – R5 não infectadas. Na avaliação do potencial anti-HIV-1 não foi observado diferença significativa entre o controle positivo, os biflavonoides e o extrato etanólico. O doseamento de fenólicos totais do extrato identificou um conteúdo de 271,71 ± 3,08 mg EAG/g. A avaliação da atividade antioxidante corroborou com o doseamento de fenólicos totais, no qual o extrato etanólico da espécie apresentou CE50 de 132,3 ± 2,77, quando comparado com o ácido ascórbico (padrão) que deteve CE50 de 9,14 ± 0,19. Nessa perspectiva, este reestudo demonstrou o potencial químico de V. plicata e demonstou informações farmacocinéticas preditivas dos biflavonoides que poderão auxiliar do processo de investigação e/desenvolvimento de futuros fármacos. Além disso, demonstrou uma boa atividade antioxidante e a necessidade de investigação por outras metodologias do potencial anti-HIV.
  • NATÁLIA FERREIRA DE SOUSA
  • TRIAGEM VIRTUAL DE SELENOETILENOLACTICAMIDAS E N-ARILPROPANAMIDAS COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTILEISHMANIA
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • As doenças tropicais negligenciadas caracterizam-se como um grupo de 17 enfermidades transmissíveis, causadas por agentes parasitários que prevalecem em regiões de clima tropical e subtropical e alcançam estimativas de 500 mil casos por ano. A Leishmaniose, é uma patologia infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania sp pertencentes a família Trypanosomatidae. Os medicamentos disponíveis para tratamento apresentam muitos inconvenientes relacionados. Como possíveis alternativas terapêuticas figuram os compostos de organosselênio, visto que o selênio representa um elemento traço essencial as funções biológicas e nutrição dos seres vivos, e até o presente momento são relatados inúmeras atividades e aplicações destes bioativos. Como alternativas para a obtenção dos resultados, menciona-se os métodos de Desenvolvimento de Drogas Assistidos por Computador (do inglês, Computer Aided Drug Designer - CADD), os quais representam alternativas rápidas, eficazes e de custo acessível que garantem um maior direcionamento e praticidade ao estudo desenvolvido. Nessa perspectiva, o presente estudo objetivou realizar a triagem virtual de derivados sintéticos de selenoetilenolacticamidas como potenciais atividades para os protozoários Leishmania infantum e Leishmania amazonensis. Para obtenção dos resultados foram elaborados 8 modelos de predições referentes as formas amstigota e promastigota dos organismos em estudo. Os conjuntos de dados foram obtidos na base de dados ChEMBL, sendo os compostos classificados de acordo com os valores de pIC50, para gerar e validar o modelo utilizando o algoritmo Random Forest, além disso, foi realizado análise de consenso entre os modelos analisados. As simulações de docking molecular foram realizadas no software Molegro Virtual Docker e foram utilizadas duas proteínas obtidas no Protein Data Bank e as seis restantes foram construídas por homologia, além disso, realizou-se um estudo farmacofórico simples com análises de componentes principais (PCA) e consenso (CPCA), por fim foram avaliados parâmetros relacionados a biodisponibilidade como absorção por via oral e violações a regra de Lipinski, além de avaliações da toxicidade, e as moléculas de maior probabilidade foram selecionas para a síntese orgânica. Os modelos de consenso elaborados, com exceção do modelo para a forma amastigota da Leishmania amazonensis, permitiram a classificação de moléculas com probabilidades acima de 60%, correspondendo respectivamente para a L. infantum na seleção de 22 moléculas para a forma amastigota, para a forma promastigota o númeo correspondeu a 28 compostos, e para a L. amazonensis o número correspondeu a 26 moléculas. As análises de docking molecular realizadas foram favoráveis demonstrando que os compostos selecionados interagiram com as enzimas selecionadas, visto que todos apresentaram energias negativas, sendo que para a L. infantum as moléculas 27 e 28 apresentaram potencial multitarget, pois obtiveram energias menores que os ligantes. As análises de CPCA e PCA identificaram que os grupos de descritores mais representativos correspondem ao OH2 e LOGS, sendo estes descritores relacionados a hidrossolubilidade. Em relação a absorção, esta foi superior a 60% indicando que os compostos apresentam altas taxas de absorção por via oral, como também uma boa disponibilidade, visto que, na maioria dos compostos foi registrada a ocorrência de apenas 1 violação a regra. Na avaliação de toxicidade apenas sete compostos apresentaram indícios de toxicidade em até um ou dois parâmetros. A metodologia utilizada foi eficaz e apresentou uma boa reprodutibilidade, visto que permitiu a seleção de 16 compostos que foram sintetizados e encontram-se sob teste biológicos.
  • MARINA DE SOUZA FARIAS SANTOS
  • Híbridos Moleculares Derivados do Álcool Perílico e Borneol: Avaliação Antifúngica.
  • Data: 21/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • O gênero Candida é responsável pela maioria das infecções fúngicas em ambientes hospitalares. Atualmente, diversas pesquisas estão direcionadas na busca de novos fármacos bioativos frente a espécies deste gênero. Dados da literatura relatam moléculas com o núcleo perila ou bornila que possuem atividade antimicrobiana. Em estudos anteriores desenvolvidos pelo nosso grupo de pesquisa foi demonstrado que o uso de derivados cinâmicos e benzóicos conjugados com monoterpenos é uma estratégia interessante para obter novos protótipos anti-Candida. Portanto, dando continuidade à busca por candidatos a fármacos antifúngicos, na presente dissertação investigou-se o potencial antifúngico de onze híbridos moleculares derivados do álcool perílico e borneol contendo as subestruturas cinâmicas ou benzóicas. Utilizou-se três metodologias nas reações de esterificação: Preparação de cloreto ácido via SOCl2, Reação de Steglich e Reação de Schotten-Baumann; os rendimentos dos produtos variaram entre 22,5% e 40,4%. Dos onze híbridos obtidos, oito são derivados sintéticos inéditos na literatura. No teste antifúngico frente as espécies C. albicans, C. krusei e C. tropicalis, determinou-se a concentração inibitória mínima (CIM) com a técnica de microdiluição em placa de 96 poços e a concentração fungicida mínima (CFM) em meio de cultura sólido. Na avaliação da capacidade antifúngica dos híbridos, foi possível observar que todos foram bioativos frente as cepas testadas, apresentando atividade fungicida. Os compostos com maior potência antifúngica foram bioativos contra a cepa de C. albicans, na qual, MF3 apresentou atividade inibitória na concentração de 186,88 μM e MF5 em 622,50 μM. Os dados sugerem que a presença de grupos lipofílicos volumosos como substituintes no anel aromático potencializa a ação antifúngica dos híbridos moleculares.
  • GABRIELA RIBEIRO DE SOUSA
  • Síntese, estudo in silico e avaliação da atividade antimicrobiana de análogos e homólogos das riparinas de Aniba riparia (Nees) Mez
  • Data: 20/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • As N-benzoiltiraminas isoladas de Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae), conhecidas como riparinas, compõem uma classe especial de alcaloides com função amida. As riparinas denominadas de I, II, III e do análogo sintético riparina IV, apresentam amplo espectro de atividade biológica, destancando-se para atividade antimicrobiana, antidepressiva e ansiolítica. Devido a rara ocorrência em plantas e pelo importante potencial farmacológico, a síntese de análogos e derivados das riparinas tem sido de grande interesse no ambiente acadêmico-científico. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo a síntese de análogos e homólogos das riparinas naturais e sintéticas, assim como a avaliação in vitro e in silico da atividade antimicrobiana para tais substâncias. A obtenção dos análogos das riparinas I, II, III e IV foi feita a partir do método clássico de Schotten-Baumann e pela aminólise de ésteres via DBU com rendimentos de 56-64%. Para a obtenção dos homólogos nor e dinor, os métodos de preparação consistiram na reação de Schotten-Baumann, aminólise de ésteres e amidação via BOP/pyBOP, obtendo rendimentos de 34-70%. Foi realizado a atividade antimicrobiana das substâncias obtidas utilizando as cepas bacterianas: S. aureus (ATCC-25923), S. epidermidis (ATCC-12228), E. coli (ATCC-18739), P. aeruginosa (ATCC-9027) e cepas de fungos C. albicans (ATCC-60193), C. tropicalis (ATCC-13803) e C. krusei (ATCC-6258), este estudo revelou que os produtos testados apresentaram atividade de forte a moderada. Paralelamente, foi realizado o estudo de docking molecular das substâncias com as enzimas 14α-lanosterol-dimetilase, exo-beta-(1,3)-glucanase, N-Myristoyltransferase, protease aspártica secretada (SAP) e proteína de ligação à Penicilina (PBP3). Deste estudo, o análogo à riparina IV, apresentou melhor energia de ligação na interação com a 14α-lanosterol-dimetilase e com a proteína de ligação à penicilina (PBP3) e a riparina IV, II, III, norRiparinaIII, riparina I apresentaram melhores energias de ligação na interação com a exo-beta-(1,3)-glucanase, o que foi possível sugerir que estas enzimas são potenciais alvos de atuação antimicrobiana para tais substâncias.
  • ANA RITA RODRIGUES DE ALMEIDA SILVA BRILHANTE
  • Constituintes químicos isolados de Schwartzia brasiliensis (Choisy) Bedell ex Gir.-Cañas
  • Data: 19/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • Schwartzia brasiliensis Choisy pertence à família Marcgraviaceae, possui ampla ocorrência desde o nordeste até o sul do Brasil, é popularmente conhecida como “rabo-de-arara”, “chinelo-de-anjo”, “pente-de-macaco” e “agarrapé”. Suas folhas são utilizadas pela população nordestina no preparo de chás e garrafadas para o tratamento de doenças cardíacas. Estudos fitoquímicos já relatados com esta espécie demonstraram potencialidade farmacológica, porém há poucas evidências do conhecimento químico. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo contribuir para a ampliação do conhecimento químico desta espécie. O material vegetal foi coletado em maio de 2017 no município de Puxinan㠖 PB e identificado pelo botânico Dr. José Iranildo Miranda de Melo, uma exsicata encontra-se depositada no Herbário Arruda Câmara (HACAM – UEPB), sob código 1268 e com cadastro de acesso no Sistema Nacional de Gestão de Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SISGEN) sob número: A021E1B. As partes aéreas de Schwartzia brasiliensis foram secas em estufa à40 ºC, trituradas e extraídas com etanol a 95%, e concentrado em rotaevaporador obtendo-se o Extrato Etanólico Bruto (EEB), em seguida submetido à partição liquido/liquido obtendo-se as fases hexânica, diclorometano e acetato de etila. Uma alíquota da fase hexânica foi submetida a cromatografia em coluna com sílica gel, resultando em 13 frações de onde foi isolada a mistura triterpênica de α- amirina e β-amirina e também foi realizada a identificação de alguns hidrocarbonetos presentes nesta fase analisados e identificados por CG/EM. Uma alíquota da fase diclorometano foi submetida a cromatografia liquida de média pressão de onde foi isolada a 7-hidroxicumarina. Também foi utilizada uma alíquota da fase acetato de etila e submetida à cromatografia em coluna utilizando sephadex LH-20 e desta foi isolada a saponina triterpênica bidesmosídicas. As substâncias foram identificadas por espectroscopia por RMN de 1H e 13C, bidimensionais e comparação com a literatura. Além disso, foi realizada uma metodologia específica de extração para saponinas com o EEB, a qual possibilitou as propostas de identificação de 4 saponinas triterpênicas bidesmosídicas utilizando CLAE-ESI-DAD-EM/EM. Por fim, esse trabalho contribuiu para a ampliação do conhecimento fitoquímico da espécie Schwartzia brasiliensis, através do isolamento de substâncias relatadas pela primeira vez na espécie em estudo, evidenciando o primeiro relato de saponinas na família Marcgraviaceae, bem como direciona para que mais estudos sejam realizados posteriormente.
  • DANIELE DE FIGUERÊDO SILVA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA, CITOTÓXICA E MUTAGÊNICA DOS MONOTERPENOS R - (+)-β-CITRONELOL e S - (-) β-CITRONELOL
  • Data: 19/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A frequência e a morbimortalidade substancial de infecções invasivas provocadas por Candida spp. em ambientes nosocomias, estimulam o interesse na pesquisa de novos fármacos antifúngicos que possam melhorar, este cenário, que em parte é o reflexo da ineficácia que os antifúngicos vem mostrando nas últimas décadas em decorrência a mecanismos de resistência impostos por essas leveduras. Os terpenos consistem em uma das classes de produtos naturais, precusora de inúmeros compostos moleculares biologicamente ativos que já conduziram ao desenvolvimento de fármacos. Dos monoterpenos, o β-citronelol vem mostrando uma série de inúmeras propriedades farmacológicas que o destaca como um possível candidato a fármaco com finalidades terapêuticas diversas. No entanto, este composto revela enantiomeria e pouco é estudado sobre o comportamento de seus isômeros em ambientes biológicos. Diante dessas premissas, buscou-se avaliar a atividade antifúngica, citotóxica e mutagênica dos monoterpenos R - (+) - β-citronelol e S - (-) - β-citronelol. Vários ensaios microbiológicos foram realizados in vitro contra linhagens de Candida albicans e Candida tropicalis para avaliar o desempenho como antifúngico. Os ensaios utilizados foram: determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), cinética de crescimento, estudo de mecanismo de ação, associação e inibição da formação de biofilme. Já para o estudo in vitro dos efeitos tóxicos, foram realizados: análise de hemólise de células do sistema ABO para verificar o comportamento citotóxico e quantificação das alterações nucleares em células de mucosa oral humana, para analisar o desempenho desses isômeros como agentes genotóxicos/mutagênicos. Nos ensaios de atividade anti-Candida spp. ambos os isômeros, apresentaram CIM50% de 64 µg/mL e CFM50% de 256 µg/mL para as linhagens de Candida albicans e para Candida tropicalis, os isômeros exibiram um CIM50% de 256 µg/mL e um CFM50% de 1024 µg/mL. A atividade antifúngica exibida foi do tipo fungicida e sem diferença estatística entre eles. A cinética de crescimento mostrou que quanto maior a concentração utilizada desses monoterpenos menor é o tempo necessário para impedir o processo de formação de colônias. Os isômeros atuaram nessas células por provocar danos a membrana fúngica. A associação com anfotericina B demonstraram efeitos diferentes entre as linhagens fúngicas analisadas. No entanto, o sinergismo e a aditividade constatados sugerem que os compostos podem ser utilizados para reduzir a resistência fúngica de células planctônicas e a formação de biofilme, já que todas as concentrações subinibitórias inibiram o desenvolvimento desse mecanismo de virulência e resistência. No que diz respeito, ao comportamento tóxico, foram constatados que ambos os isômeros tem baixa capacidade citotóxica sobre os eritrócitos do sistema ABO. Sendo que a baixa atividade hemolítica, está por nenhum tipo de mecanismo protetivo a superfície dos eritrócitos, mas sim, pelo simples fato das substâncias não se mostrarem agressivos. Além disso, os isômeros causaram poucas alterações nucleares, o que permitiu configurá-los como compostos com pouca capacidade genotóxico/mutagênica. Desta forma, em virtude da atividade antifúngica e baixo potencial tóxico que esses isômeros apresentaram, estes podem ser considerados como candidatos ao desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas antifúngicas, desde que, estudos mais detalhados sejam realizados para tornar mais sólido os perfis de bioatividade e toxicidade do R e S - β - citronelol frente as espécies de Candida.
  • INDYRA ALENCAR DUARTE FIGUEIREDO
  • Atividade tocolítica in vitro e in vivo do extrato etanólico das folhas de Varronia dardani (Taroda) J.S. Miller (Cordiaceae) em roedores
  • Data: 18/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • Tendo em vista que o extrato etanólico obtido das folhas de Varronia dardani (VD‑EtOHF) apresentou efeito espasmolítico não seletivo em modelos de músculos lisos tônicos e fásicos, sendo mais potente em útero de rata, decidiu-se caracterizar o mecanismo de ação tocolítica in vitro em ratas e in vivo em camundongos fêmeas. Para os ensaios in vitro, após a eutanásia das ratas, o útero era montado em cubas de banho para órgão isolado e as contrações isométricas eram avaliadas (n = 5). Para os ensaios in vivo, eram utilizados camundongos fêmeas (n = 6). Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (certidão 3864230519). Observou-se que o VD‑EtOHF relaxou de maneira equipotente o útero de rata pré-contraído tanto com KCl (CE50 = 27,7 ± 3,1 μg/mL), quanto com ocitocina (CE50 = 33,1 ± 0,7 μg/mL), sugerindo que o extrato pode exercer seu efeito tocolítico através de um passo comum entre as duas vias, como os canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV). Para confirmar essa hipótese, foram realizadas curvas cumulativas ao CaCl2 na ausência (CE50 = 4,7 ± 0,2 x 10‑4 M) e na presença do VD‑EtOHF e observou-se um desvio da curva controle para direita com redução da potência espasmogênica apenas na concentração de 729 μg/mL (CE50 = 7,9 ± 1,8 x 10‑3 M), indicando que o bloqueio do influxo de Ca2+ através dos CaV não seja o principal mecanismo tocolítico do extrato. Também foi observado que os canais de potássio, os receptores adrenérgicos-β, a via das ciclo-oxigenases e do óxido nítrico não estão envolvidas no mecanismo de ação tocolítica do VD-EtOHF. A inibição de vias contráteis também pode ocasionar relaxamento do miométrio. Com isso, avaliou-se a participação da via RhoA/Rho cinase (ROCK) no efeito tocolítico do VD‑EtOHF. Observou-se que na presença de Y‑27632, um bloqueador não seletivo de ROCK, a curva controle de relaxamento do extrato foi deslocada para a esquerda, com aumento da potência relaxante em torno de 2 vezes (CE50 = 14,5 ± 2,7 μg/mL), sugerindo que o VD-EtOHF modula negativamente a via RhoA/ROCK no seu mecanismo tocolítico. A calmodulina desempenha um papel fundamental na sinalização do Ca2+ e contração da musculatura lisa. Dessa forma, avaliou-se a participação desta proteína no mecanismo tocolítico do VD‑EtOHF, e foi observado um aumento da potência relaxante do extrato em torno de 17 vezes na presença do calmidazolium, um bloqueador da calmodulina (CE50 = 2,0 ± 0,3 μg/mL), sugerindo que o VD‑EtOHF exerce seu mecanismo tocolítico por modular negativamente a calmodulina. No ensaio de toxicidade aguda, o VD-EtOHF (2000 mg/kg, v.o.) não induziu sinais de toxicidade nas condições experimentais avaliadas. No protocolo que simula a dismenorreia primária, foi observado que o extrato inibiu as contorções abdominais induzidas por ocitocina apresentando efeito máximo na dose de 1000 mg/kg (Emax = 80,2 ± 10,1% e DE50 = 105,5 ± 14,8 mg/kg), sugerindo que o mesmo apresenta atividade tocolítica in vivo em camundongos fêmeas. Uma vez que a dismenorreia está relacionada com o aumento da produção de PGF2α, observou-se que o VD-EtOHF relaxou o útero de rata pré-contraído com PGF2α (CE50 = 15,4 ± 3,5 μg/mL), sugerindo que o extrato pode modular negativamente a via de sinalização deste agonista contrátil. Pode-se concluir que o VD‑EtOHF modula negativamente a via RhoA/ROCK e a calmodulina em útero de ratas, além de apresentar efeito anti-dismenorreico em camundongos fêmeas.
  • MARIA DENISE LEITE FERREIRA
  • Estudo fitoquímico aliado a uma análise quimiométrica e ensaios de atividade larvicida frente ao Aedes aegypti L. da espécie Waltheria viscosissima A. St.-Hil
  • Data: 18/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • Waltheria viscosissima A. St. Hil (Sterculiaceae), Malvaceae sensu lato, conhecida popularmente como "malva branca" e "malva viscosa" é uma espécie endêmica do Nordeste brasileiro, utilizada tradicionalmente como antitussígena, expectorante e anti-inflamatória. Considerando a importância de pesquisas sobre espécies da família Malvaceae s.l. explora-se neste estudo o potencial fitoquímico, aliado a uma analise quimiométrica com modelos de análise multivariada de dados (PCA e PLS) e a atividade larvicida frente ao Ae. Aegypti da espécie W. viscosissima. O isolamento dos compostos foi realizado utilizando técnicas cromatográficas e a elucidação estrutural por RMN 1D e 2D. O estudo levou a identificação de quatorze compostos do extrato etanólico bruto das partes aéreas, um álcool (decanol), uma mistura de esteróides, um derivado de clorofila, três triterpenos e sete flavonoides relatados anteriormente na literatura. A quantificação dos compostos por métodos espectrofotométricos mostrou que o extrato das partes aéreas possui alta concentração de flavonoides, enquanto o extrato das raízes era rico em outros compostos fenólicos. No ensaio antioxidante frente ao radical DPPH o extrato das partes aéreas apresentou EC50 = 118,10 ± 1,21 g/ml e o extrato da raiz EC50 = 77,32 ± 4,37 g/ml, mostrando-se com interessante potencial antioxidante. O extrato das raízes e partes aéreas de W. viscosissima apresentaram atividade larvicida, sendo o da raiz mais potente frente ao Ae. aegypti (CL50 = 4,78 mg/ml), caracterizando-se como uma alternativa favorável a ser utilizada em um sistema de controle integrado desse vetor. Na busca por explorar os possíveis mecanismos envolvidos, na atividade larvicida dos extratos, se verificou a possível alteração na produção de NO e perfil de mortalidade. Observou-se nas larvas expostas ao extrato das partes aéreas diminuição da produção de NO, em relação ao controle. Para o extrato da raiz sugere-se que outros mecanismos de ação estejam envolvidos na atividade larvicida desencadeada. Determinou-se que o tempo afeta positivamente a sobrevivência das larvas, sendo que o extrato da raiz apresentou melhor perfil de mortalidade que o extrato das partes aéreas. Além disso, as fases hexânicas, acetato de etila e hidroalcoólica de ambos os extratos e algumas substâncias isoladas também foram avaliadas frente a larvas no quarto estágio de Ae. aegypti, dessas as fases hexano e acetato de etila da raiz e partes aéreas exibiram as melhores atividades com CL50 de 1,02 , 0,83, 2,10 e 1,30 mg/ml, respectivamente. Os compostos, ácido betulônico e vitexina mostraram atividade “in vitro” após 48 e 72 horas de exposição. Complementarmente, um perfil metabólico realizado por espectroscopia de 1H-RMN e análise multivariada de dados foi aplicado com as fases de alta, média e baixa polaridade dos extratos. A análise de componentes principais (PCA) com os espectros foi capaz de distinguir as diferenças e semelhanças metabolômicas entre cada parte da planta. A regressão de mínimos quadrados parciais (PLS) confirmou uma forte correlação entre os efeitos observados e os perfis metabólicos da espécie. Os dados mostram que principalmente as substâncias como o decanol, triterpenos e flavonas glicosiladas são os compostos dominantes potencialmente associados com a bioatividade contra Ae. Aegypti. Os resultados demonstraram o potencial da RMN de 1H no desenvolvimento de metodologias para previsão de atividades biológicas.
  • GLEICE RAYANNE DA SILVA LINHARES
  • Atividade espasmolítica do extrato metanólico bruto obtido das partes aéreas de Evolvulus linarioides Meisn. (Convolvulaceae) e seu possível mecanismo de ação em íleo isolado de cobaia
  • Data: 17/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • Varias espécies de Convolvulaceae são utilizadas popularmente para o tratamento de desordens do músculo liso e outras já apresentaram efeito espasmolítico. Entre as espécies dessa família, destaca-se Evolvulus linarioides Meisn., uma espécie comumente encontrada nos estados de Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba. Dessa forma, esse estudo teve como objetivo investigar a atividade espasmolítica do extrato metanólico bruto obtido das partes aéreas (EL‑MeOHPA) em aorta e traqueia de rato, útero de rata e íleo de cobaia, além de caracterizar seu mecanismo de ação no órgão que apresentou maior potência relaxante. Todos os procedimentos experimentais funcionais (n = 5) realizados foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (certidão 3059100918). O EL‑MeOHPA apresentou atividade espasmolítica não seletiva em relação aos órgãos testados, sendo mais potente em traqueia de rato (CE50 = 139,4 ± 17,4 µg/mL) e íleo de cobaia (CI50 = 124,8 ± 18,1 µg/mL). Seguindo com o estudo do mecanismo de ação em íleo de cobaia, observou-se que o EL‑MeOHPA relaxou de maneira equipotente o íleo pré-contraído com 40 mM de KCl (CE50 = 53,5 ± 5,7 µg/mL) e com 10-6 M de CCh (CE50 = 49,6 ± 7,2 µg/mL) ou de histamina (CE50 = 36,0 ± 5,2 µg/mL), sugerindo que o extrato deve inibir o influxo de Ca2+ através dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV). Essa hipótese foi confirmada, uma vez que o extrato inibiu as contrações cumulativas induzidas por CaCl2 em meio despolarizante (KCl 70 mM) nominalmente sem Ca2+. Além disso, o EL-MeOHPA relaxou de maneira equipotente o íleo pré‑contraído com S‑(‑)‑Bay K8644, um agonista dos CaV1 (CE50 = 83,2 ± 6,4 µg/mL), em comparação ao efeito observado com KCl, demonstrando que o extrato inibe de forma direta o influxo de Ca2+ através dos CaV1. Também foram investigadas outras vias de relaxamento, entretanto foi constatado a não participação dos canais de K+ e das vias adrenérgica, do óxido nítrico e das ciclo-oxigenases no efeito espasmolítico desse extrato em íleo de cobaia. Tendo em vista que os mecanismos de mobilização de Ca2+ nas células musculares das camadas circular e longitudinal se diferenciam, investigou-se também um possível bloqueio da mobilização de Ca2+ dos estoques intracelulares. Para isso, foi utilizada a camada circular do íleo de cobaia, e observou-se que o extrato antagonizou as contrações fásicas induzidas por 10-5 M de histamina (CE50 = 53,5 ± 5,7 µg/mL), modulando assim negativamente a liberação de Ca2+ dos estoques intracelulares. Diante do exposto, conclui-se que o EL-MeOHPA possui atividade não seletiva nos órgãos testados e que seu mecanismo de ação em íleo isolado de cobaia envolve bloqueio do influxo de Ca2+ via CaV1, além de uma modulação negativa dos mecanismos de liberação de Ca2+ dos estoques intracelulares, resultando na redução da [Ca2+]c, promovendo assim o relaxamento muscular.
  • LAÉRCIA KARLA DIEGA PAIVA FERREIRA
  • Estudo dos mecanismos imunomoduladores do alcaloide sintético MHTP na Síndrome da Asma e Rinite Alérgica Combinadas (CARAS) experimental induzida por Ovalbumina
  • Data: 17/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • O alcaloide sintético 2-metoxi-4-(7-metoxi-1,2,3,4-tetrahidroisoquinolin-1-il) fenol, (MHTP), apresenou rendimento de 93,45%, baixa toxicidade aguda não clínica com DL50 superior a 1.0 g/kg e sem efeito genotóxico. O MHTP apresentou efeito anti-inflamatorio em modelos de inflamação aguda devido a modulação da via TLR4- p38MAPquinase/p65NF-κB e, em modelo de inflamação pulmonar alérgica diminuiu os níveis de células TCD4+. O objetivo deste trabalho foi investigar os mecanismos imunomoduladores do tratamento com o MHTP, pelas vias intranasal (in) ou oral (vo), no modelo experimental de síndrome de asma e rinite alérgicas combinadas (CARAS) induzida por ovalbumina (OVA). Para tal, camundongos BALB/c fêmeas foram sensibilizadas com OVA nos dias zero e sete e durante três dias consecutivos, em três semanas consecutivas, foram desafiadas com OVA por instilação nasal. A partir do 38° dia, por cinco dias consecutivos, os animais foram desafiados com aerossol de OVA durante 30 minutos diários. O tratamento ocorreu uma hora antes de cada desafio. No 43° dia do protocolo, foi realizada a coleta do material biológico para análise dos parâmetros imunológicos. Os sinais clínicos foram quantificados após o último desafio semanal e após o último desafio por aerossol. A reatividade nasal induzida pela histamina foi realizada no 37º dia. O tratamento de animais saudáveis com MHTP (vias in ou vo) não alterou os parâmetros fisiológicos dos animais. Os animais com CARAS tratados com o alcaloide (in ou vo) apresentaram redução (p<0,05) dos sinais clínicos (espirros e fricção nasal); na hiper-reatividade nasal à histamina; na migração de células totais e majoritariamente de eosinófilos nos fluidos nasal (NALF) e broncoalveolar (BALF); na inflamação tecidual, na hiperprodução de muco nas cavidades nasal e pulmonar; na hiper-reatividade brônquica e no remodelamento tecidual pulmonar; nos níveis séricos de IgE total e OVA-específica; nos níveis de citocinas, no BALF: IL-33, TSLP, IL-4, IL-13, IL-5, TGF-β e IL-17. O MHTP aumentou os níveis de INF-γ e consequentemente da razão IFN-γ/IL-4. A ativação das MAPK p-ERK1/2 e p-p38 em granulócitos e linfócitos foram reduzidas pelo tratamento com o MHTP assim como a p65-NF-κB em linfócitos. Ao se comparar as duas vias de administração, a via oral foi mais eficaz em reduzir (p<0,05) os níveis de eosinófilos, inflamação tecidual, muco, hiper-reatividade brônquica e remodelamento tecidual da cavidade pulmonar; IgE total e específica e, no BALF, reduzir os níveis de IL-4 com aumento nos níveis de IL-10 e nos granulócitos reduziu as MAPK p-ERK1/2 e p-p38. Os resultados obtidos no presente estudo propõem que os mecanismos imunomoduladores do MHTP independente da via administração (in ou vo), estejam relacionados a modulação negativa das MAPK (ERK1/2 e p38) em granulócitos e linfócitos e do NF-κB em linfócitos consequentemente o quadro patológico estabelecido na CARAS foi suprimido pelo MHTP. Em adição, a regulação do perfil TH2 pelo perfil TH1 foi observada em ambas as vias de administração do MHTP e a pela via oral o alcaloide também promoveu uma regulação via aumento da IL-10 no BALF. Diante do exposto sugerimos que o MHTP é um candidato em potencial para se tornar um fármaco no sentido de ser inserido no arsenal terapêutico no tratamento da CARAS uma vez realizado os ensaios clínicos apropriados.
  • LUIZ HENRIQUE AGRA CAVALCANTE SILVA
  • Interações imunoendócrinas: efeito do hormônio ouabaína sobre os neutrófilos
  • Data: 14/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A ouabaína é um esteróide carditônico inicialmente descrito como um metabólito secundário proveniente de plantas. No entanto, posteriormente, essa molécula foi descrita como uma substância endógena presente no plasma de mamíferos. Além de seu papel clássico como inibidora da Na+/K+-ATPase, que está associado aos seus efeitos cardiovasculares, a ouabaína é capaz de ativar diferentes vias de sinalização mediadas por essa bomba. Inúmeras evidências indicam que a ouabaína regula diversas funções imunológicas. Nosso grupo demonstrou que esse hormônio pode modular negativamente muitos aspectos da resposta inflamatória, como a permeabilidade vascular, a produção de citocinas e a migração de neutrófilos em diferentes modelos. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos da ouabaína em neutrófilos, bem como as possíveis vias de sinalização ativadas pela interação desse hormonio com a Na+/K+-ATPase presente nessas células. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da ouabaína sobre os neutrófilos em nível funcional e molecular, a fim de compreender o papel desse hormônio nos processos inflamatórios. Para tanto, esse estudo foi realizado com neutrófilos isolados da medula óssea de camundongos e de sangue periférico humano. Inicialmente, foi realizado um ensaio de citotoxicidade, no qual foi observado que a ouabaína (1, 10 e 100 nM) não altera a viabilidade dos neutrófilos de camundongos nos tempos avaliados (2, 4 e 24 h). No entanto, a viabilidade basal dos neutrófilos nos tempos de 4 h (78,7%) e 24 h (35,2%) foram menores que no tempo de 2 h (88,1%). Dessa forma, os ensaios posteriores foram realizados usando o menor tempo de tratamento. Posteriormente, foi analisado se a ouabaína modularia a função migratória dos neutrófilos de camundongos in vitro (ensaio de transwell). Como já previamente demonstrado em estudos in vivo, a ouabaína também reduz a migração neutrofílica in vitro (inibição: 1 nM = 80,12%; 10 nM = 76,24%; 100 nM = 56,36%). Ao avaliar se a ouabaína estaria modulando as moléculas relacionadas com a migração celular, foi visto que esse hormônio, na concentração 1 nM, reduz a expressão (30%) da molécula de adesão CD18 (β2-integrina) em neutrófilos de camundongos, no entanto, sem interferir na expressão do receptor de quimiocinas CXCR2. A ouabaína também não modulou os níveis de CXCL-1 em cultura de macrófagos, que são células teciduais produtoras de quimiocinas. Considerando que a interação da ouabaína com a Na+/K+-ATPase pode modular diferentes vias de sinalização, foi, então, avaliado se em neutrófilos essas vias seriam reguladas. Observou-se que o tratamento com a ouabaína induz um aumento de 55,18% (1 nM), 98,56% (10 nM) e 59,75% (100 nM) na fosforilação da proteína cinase Src. No entanto, esse tratamento não modulou os níveis de fosforilação das proteínas MAPK ERK e p38 e do fator de transcrição NF‑κB. Foi ainda estudado se a ouabaína poderia modular outra função neutrofílica, a liberação de armadilhas de neutrófilos (NETs). O tratamento com a ouabaína (1, 10 e 100 nM) não modulou os níveis de NETs induzidas pelo PMA em neutrófilos humanos. Entretanto, apenas o tratamento com a ouabaína (100 nM) induziu a produção de NETs. Conclui-se que os efeitos moduladores da ouabaína sobre os neutrófilos estão relacionados ao seu potencial anti-inflamatório observado anteriormente em diversos modelos. Esses dados contribuem para o conhecimento do papel fisiológico da ouabaína e sugerem um novo modo de ação para esse hormônio.
  • NATANAEL TELES RAMOS DE LIMA
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico de Cissampelos sympodialis Eichl. (Menispermaceae)
  • Data: 14/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • Cissampelos sympodialis Eichl. é a única espécie de Cissampelos L. encontrada apenas no território brasileiro, popularmente conhecida como “milona”,“jarrinha”, “abuteira” e “orelha-de-onça”, é rica em alcaloides e tem uso tradicional no tratamento de asma, bronquite, reumatismo e artrite. Dessa forma, objetivo deste trabalho foi contribuir com o conhecimento químico e farmacológico da espécie. As partes aéreas foram coletadas no horto do Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos – IpeFarM da UFPB e uma exsicata encontra-se depositada no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier sob registro AGRA 1476 e no Sistema Nacional de Gestão de Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional Associado (SisGen) sob código A9B2EFC. Após a coleta, secagem e trituração foi feita a extração com etanol 95% e em seguida o solvente foi concentrado em rotevaporador, sendo obtido o Extrato Etanólico Bruto (EEB). O EEB foi particionado usando solventes de polaridade crescente: hexano, clorofórmio e acetato de etila. A fase aquosa passou por uma cromatografia em coluna aberta usando Sephadex-LH 20, resultando na fração CSFT-1 que foi processada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) preparativa. Foi realizada uma marcha para alcaloides a fim de obter a Fração de Alcaloides Totais (FAT). Os compostos isolados foram identificados através de técnicas espectrométricas (Espectrometria de massas – EM) e espectroscópicas (Ressonância Magnética Nuclear - RMN) e comparadas com a literatura. Outros compostos presentes na fração CSFT-1 foram identificados por EM por comparação com a literatura. Foi realizado um estudo de docking molecular de alcaloides já isolados da milona: laurifolina, milonina, warifteina, metilwarifteina, roraimina, des-7’-O-metilroraimina e epi-des-7’-O-metilroraimina e suas interações com a Topoisomerase IIα e com o DNA. Realizou-se um ensaio de MTT com amostras de C. sympodialis em células câncer de mama, melanoma humano, carcinoma de cólon, adenocarcinoma cervical e em células normais de queratinócitos humanos. Foi possível isolar 4 substâncias por CLAE preparativo: o nucleosídeo adenosina e três flavonoides, a vicenina-2, a quercetina-3-O-β-glicopiranosil-(1→6)- β-galactopiranosídeo e o canferol-3-O-β-glicopiranosil-(1→6)-β-galactopiranosídeo. Foram identificadas 10 substâncias por EM: ácido cafeico-hexosídeo, salsolinol, guanosina, ácido siríngico-O-hexosideo, magnoflorina, álcool benzílico-hexose-pentose, aromadendrina-hexosideo, apigenina-6-C-glicosídeo, isoquercetina e astragalina. O docking apontou que a roraimina possui capacidade antitumoral por interação com a Toposiomerase IIα e com o DNA e a des-7’-O-metilroraimina como ligante do DNA. O ensaio de MTT indicou que o EEB possui atividade inibitória de células de câncer de cólon e de mama e a FAT foi capaz de inibir fortemente o crescimento de todas linhagens testadas, embora tenha apresentação ação contra células normais. O teste também demonstrou que os flavonoides glicosilados não possuem atividade significante contra as linhagens testadas. Conclui-se que a milona tem potencial atividade antitumoral e que eventualmente pode ser usada como complemento no tratamento do câncer, além de teoricamente possuir compostos químicos que podem se tornarem fármacos atuantes contra neoplasias.
  • THALISSON AMORIM DE SOUZA
  • Estudo fitoquímico de Neocalyptrocalyx longifolium Mart. Cornejo e Iltis Capparaceae
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A caatinga é um ecossistema encontrado exclusivamente no nordeste brasileiro, ocupa uma grande extensão geográfica, cerca de 60% da área total da região. Historicamente esse bioma é associado à seca, no século XIX von Martius o definiu como “uma floresta sem folhas no verão“. Contudo, nos dias atuais essa perspectiva tem mudado e sua biodiversidade se torna cada vez mais reconhecida, estima-se que a caatinga possui 1159 espécies endêmicas, dentre as quais várias possuem utilização medicinal descrita a partir dos saberes populares e tradicionais dos grupos que habitam a região. Entre as famílias de plantas adaptadas as condições típicas desse domínio fitogeográfico Capparaceae surge como uma das principais, devido ao seu número espécies amplamente distribuídas e seu uso na medicina popular. Comumente conhecido como "incó" Neocalytrocalix longifolium Mart. Cornejo & Iltis (sin. Capparis jacobinae, Cholicodendron longifolium) é endêmico do nordeste brasileiro e indicado para o tratamento de várias doenças como; problemas digestivos, dor abdominal, intoxicação, febre, diabetes, inflamação, problemas pulmonares, cardíacos e emenagogo. Apesar da vasta indicação, não há relatos na literatura sobre sua composição química. Assim, o objetivo deste trabalho é isolar e identificar as substâncias presentes em N. longifolium. O material vegetal, composto por partes subterrâneas, foi coletado no Estado da Paraíba, identificado pelo Prof. Dr. José Iranildo Miranda e armazenado como voucher no Herbário Manuel de Arruda Câmara da Universidade Estadual da Paraíba, registrado no Sisgen sob o número A885D6F. A raiz foi seca, pulverizada e extraída em etanol. A solução utilizada foi concentrada em evaporador sob pressão reduzida a 40 ° C. Em seguida, o extrato foi particionado, adicionando solventes aumentando a ordem de polaridade. As soluções foram concentradas, e a fase diclorometano fracionada por meio de coluna cromatográfica, em gel de sílica com hexano e acetato de etila em gradiente. Depois disso, as frações foram purificadas por HPLC tendo como fase móvel MeOH / H2Oac. As amostras foram analisadas por ressonância magnética nuclear de 1H e 13C e sua fórmula molecular confirmada por espectrometria de massas de alta resolução. Os resultados permitiram identificar 5-etil-5-metil, 5-dimetil oxazolidin-2-ona bem como 5-etil-5-metil, 5-dimetil oxazolidina-2-tiona e ácido siríngico isoladas pela primeira vez neste gênero. O estudo contribui para ampliar o conhecimento sobre espécies de Capparaceae neotropicais endêmicas do semiárido brasileiro.
  • THALLITA KARLA SILVA DO NASCIMENTO GONZAGA
  • Estudo não clínico do efeito ansiolítico-símile e antidepressivo-símile do álcool piperonílico em camundongo
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • As alterações neurocomportamentais tem atingido considerável parcela da população mundial, dentre estes transtornos está a ansiedade que causa limitações tanto psicológicas, como também físicas. E muitas plantas medicinas tem sido alvo de estudos na psicofarmacologia, com intuito de contribuir para a produção de novos fármacos psicoativos com menor apresentação de efeitos adversos. O piperonal, sendo um composto derivado do safrol, produto obtido da Piper hispidinervum, possui comprovada ação antibacteriana, na prevenção da esteatose hepática, na prevenção da resistência a insulina e possível atividade ansiolítica. O álcool piperonílico é um metabólito do piperonal, obtido de espécies do gênero Piper spp. ou da biotransformação da piperina e piperonal em ratos. Portanto, o estudo objetivou investigar a influência álcool piperonílico no sistema nervoso central e seus efeitos ansiolíticos – símile e antidepressivos – símile através da análise de alterações neurocomportamentais em camundongos e melhor caracterização do seu mecanismo de ação. Em estudos iniciais o álcool piperonílico apresentou efeito estimulante no teste de triagem farmacológica, também a dose letal 50 foi definida acima de 2.000 mg/kg, caracterizando uma substância com baixa toxicidade. A investigação da atividade ansiolítica foi realizada no teste do labirinto em cruz elevado e teste da placa perfurada, em que o composto diminuiu o comportamento ansiogênico causado pelo aparato nos camundongos nas doses escolhidas, sendo a dose de 50mg/kg a melhor. Os métodos para investigação de efeito tipo antidepressivo foram o teste de nado forçado, no qual a diminuição do tempo de imobilidade foi melhor obtida nas doses de 25 e 50 mg/kg e o teste de suspensão da cauda em que apenas a dose de 50mg/kg apresentou redução significativo sobre o tempo de imobilidade. E para validar os resultados obtidos e comprovar que o efeito tipo antidepressivo do álcool piperonílico não foi devido a um efeito estimulante no sistema nervoso central, foram realizados os teste de campo aberto em que o animal não apresentou alteração motora em relação ao grupo controle na avaliação da ambulação espontânea e também, o teste de rota-rod com o qual não se observou alterações motoras induzidas pelo composto. O último teste realizado foi para investigar a atuação do álcool piperonílico na via serotoninérgica através do teste de nado forçado, então utilizando a cetanserina 1mg/kg, antagonista do receptor 5-HT2, verificou-se uma reversão da redução do tempo de imobilidade obtida com o álcool piperonílico, obtendo-se um tempo de imobilidade do grupo tratado com cetanserina 1mg/kg /álcool piperonílico 50mg/kg similar ao observado no grupo controle, caracterizando um possível envolvimento do sistema serotoninérgico na atividade ansiolítica - símile e antidepressiva – símile do álcool piperonílico. É possível concluir, diante dos resultados obtidos que o álcool piperonílico apresentou atividade significativa tipo antidepressiva e na redução do comportamento ansiogênico dos animais.
  • LARISSA ADILIS MARIA PAIVA FERREIRA
  • Efeito do alcaloide Curina nas vias de transdução de sinais TLR4/NfκB em granulócitos do pulmão no modelo experimental de Lesão Pulmonar Aguda
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A lesão pulmonar aguda (LPA) e, a sua forma mais grave, a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) são doenças inflamatórias que acometem os pulmões, com ruptura da barreira alvéolo-capilar e perda da complacência pulmonar orquestradas por intenso processo inflamatório mediado, majoritariamente por neutrófilos que culmina com o dado alveolar difuso e hipóxia tecidual. Até o momento, não se tem uma farmacoterapia adequada, portanto, a busca por alternativas farmacológicas que melhorem o quadro inflamatório, os danos teciduais e restaure a arquitetura pulmonar torna- se promissora. Neste contexto, a Curina, um alcaloide natural bisbenzilisoquinolínico, com propriedades antialérgica, analgésica e anti- inflamatória é o alvo desse estudo, o qual objetivou desvendar o(s) mecanismo(s) de ação do alcaloide no modelo experimental de lesão pulmonar aguda (LPA). Para tal, camundongos BALB/c machos foram desfiados com lipopolissacarídeo (LPS) e tratados com Curina uma, 24 e 48 horas após o desafio e, 72 horas após a administração do LPS, os animais foram eutanasiados e coletado o material biológico para as análises. O tratamento com a curina inibiu (p<0,05) a migração celular para o fluido do lavado broncoalveolar (BALF) dependente majoritariamente da inibição de neutrófilos. Em adição, a curina restaurou a arquitetura pulmonar, diminuindo o edema, a permeabilidade vascular e reduzindo a concentração de proteínas totais no BALF bem como a razão Úmido/Seco do pulmão. A curina também diminuiu (p<0,05) a produção das citocinas inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-6. De maneira surpreendente, a curina demonstrou sua atividade anti-inflamatória via modulação negativa na expressão do receptor TLR-4, com consequente diminuição da fosforilação e ativação da porção p65 do NFκB, interferindo, portanto, no processo inflamatório característico da LPA. De forma conclusiva, o tratamento com a curina reverteu o quadro inflamatório e edematogênico na LPA, via a sinalização TLR4/NFκB, tornando-a uma molécula promissora, candidata a possível fármaco, a ser testado em ensaios clínicos no sentido de ser incluída no arsenal diminuto e restrito de medicamentos para a síndrome do desconforto respiratório agudo.
  • RANNA BEATRIS DE LIMA SOUZA
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Macroptilium martii (Fabaceae): ISOLAMENTO GUIADO POR ESPECTROMETRIA DE MASSAS, CARACTERIZAÇÃO E CITOTOXICIDADE
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A utilização das plantas pelos seres humanos vem desde os primórdios fazendo parte da organização das comunidades, como alimento, fonte de tratamento alternativo e para a promoção da saúde. Esta prática ainda é comum em vários povos, sendo mais evidente nos países em desenvolvimento, mas na atualidade tem ganhado importância, pois a sociedade moderna vem explorando os recursos naturais e sua imensa diversidade de substâncias. Dentre as famílias encontradas na Caatinga, as plantas da família Fabaceae são as predominantes e entre elas está a espécie Macroptilium martii (Benth.), conhecida como orelha de onça que tem ocorrência por toda a região Nordeste. Devido aos raros estudos com este gênero e ausência de estudos químicos e farmacológicos da espécie, este trabalho tem como objetivo realizar uma abordagem fitoquímica e monitorar o potencial citotóxico desde o extrato etanólico bruto até as substâncias isoladas de M. martii. As partes aéreas da espécie foram coletadas entre os municípios de Monteiro e Sumé na Paraíba, após secagem e pulverização foi realizada uma extração do material vegetal com etanol e posterior partição líquido-líquido do extrato etanólico bruto, resultando nas fases hexânica, clorofórmica, acetato de etíla e n-butanólica. A fase acetato de etila foi analisada por CLAE-EM/EM, apresentando 12 picos principais, que foram identificados como sendo flavonoides glicosilados e saponinas. Esta mesma fase foi submetida a cromatografia em coluna com Sephadex-LH20, e uma das suas frações (04) foi analisada por CLAE em escala analítica e fracionada em escala preparativa, levando ao isolamento de quatro substâncias: canferol-3-O-galactose-6’’-O-rhamnose, isorhamnetin-3-O-galactose-6’’-O-rhamnose, um protoalcaloide denominado 2-[(carboxi-acetil)amino] ácido benzoico e um novo flavonoide glicosilado ainda não descrito anteriormente na literatura Isorhamnetin-3-O-galactose-6’’-O-ramnose-4-O-galactose-ácido-2-metilbutírico. As substâncias foram identificadas por espectroscopia por RMN de 1H e 13C, bidimensionais e HR-ESI-EM. A citotoxicidade foi avaliada desde o extrato etanólico até as substâncias isoladas de M. martii por meio do ensaio de redução do MTT, utilizando as linhagens de células tumorais humanas HCT-116 (carcinoma colorretal humano), HeLa (carcinoma cervical), SKMEL (melanoma), PC-3 (carcinoma de próstata) e MDA-MB-231 (adenocarcinoma mamário humano), além do L929 (fibroblasto murino) mantidas em meio de cultura RPMI-1640. Essa triagem mostrou um resultado em que EEB – M. martii, Fase AcOET, AcOET-04, MM-04 e MM-02 não apresentaram atividade (1 a 20% de inibição), para as linhagens HCT-116, SKMEL , PC-3 e MDA-MB-231 e apenas MM-04 e MM-02 apresentaram pouquíssima atividade (inibição de crescimento celular variando de 20 a 50%) para a linhagem HeLa. Deste modo foi observado que essa triagem teve resultado pouco promissor e apenas para uma linhagem celular. Os resultados deste trabalho, colaboraram com o conhecimento químico e farmacológico do gênero Macroptilium e da espécie Macroptilium martii, bem como direciona para que mais estudos sejam realizados posteriormente.
  • ERIKA DA CRUZ GUEDES
  • Ação do trans-anetol em modelos agudo e crônico de convulsão em camundongos
  • Data: 11/02/2020
  • Hora: 09:30
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  • A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico comum que afeta 1-2% da população mundial, e um terço dos pacientes são refratário ao tratamento farmacológico. Esse fato vem estimulando pesquisas para novos medicamentos antiepiléticos com maior segurança e eficácia do que os atualmente disponíveis. Nesse sentido, os produtos naturais têm sido uma fonte importante no desenvolvimento de novos medicamentos anticonvulsivantes. O trans-anetol (TAN) é um fenilpropanoide, componente de alguns óleos essenciais, utilizado na fitoterapia, na indústria farmacêutica e na indústria alimentícia, como aromatizante em alimentos, bebida, perfumes e medicamentos, por exemplo. Inúmeros óleos essenciais já demonstraram atividade no sistema nervoso central, inclusive a anticonvulsivante. Diante disso, este trabalho objetivou investigar o efeito do TAN em modelos clássicos de convulsão agudo como eletrochoque máximo (ECM) e teste das convulsões induzido pelo pentilenotetrazol (PTZ) e em modelo crônico como o kindling, bem como avaliar o perfil eletroencefalográfico dessa substância. Camundongos Swiss (Mus musculus) machos, foram utilizados e os protocolos experimentais aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal da Paraíba, sob número de certidão 3890250918. No teste do ECM, o TAN nas doses de 300 e 400 mg/kg (i.p.) foi capaz de reduzir a duração das convulsões tônicas induzidas pela descarga elétrica (0,5 mA, 150 pulsos/s, por 0,5 s). No teste das convulsões induzidas pelo PTZ (75 mg/kg, i.p.), o TAN 400mg/kg (i.p.) foi capaz de aumentar a latência para o primeiro espasmo, a latência para o início das convulsões generalizadas, bem como diminuiu a duração das mesmas. Em relação a mortalidade nesse teste, nenhuma morte foi constatada nos grupos pré-tratados com TAN 400 mg/kg quando comparados ao grupo veículo. Na análise eletroencefalográfica, houve uma diminuição na amplitude das ondas dos grupos TAN 200, 300 e 400 mg/kg, em que se pode notar uma redução da frequência da taxa de disparos dos potenciais de ação induzidos pelo PTZ. No modelo crônico de epilepsia, kindling ou abrasamento, o TAN 100 mg/kg reduziu os escores segundo a escala de Racine adaptada, frente aos estímulos subconvusivantes de PTZ (30 mg/kg, i.p.) durante 31 dias alternados, mantendo os escores abaixo de 1 durante o todo experimento, semelhante ao grupo padrão tratado com o fármaco diazepam. Sendo assim, os dados comportamentais e eletroencefalográficos obtidos indicam um efeito anticonvulsivante e antiepileptogênico do TAN nos modelos agudos e crônico desenvolvidos.
  • RODRIGO SILVA DE ANDRADE
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico de Krameria tomentosa A.St.-Hil (Krameriaceae)
  • Data: 10/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A família Krameriaceae é composta por um único gênero, Krameria Loef., o qual possui 18 espécies distribuídas principalmente em regiões tropicais da América do Norte, Central e do Sul. Dentre essas, a espécie Krameria tomentosa A. St.-Hil, é conhecida popularmente como “carrapicho”, sendo amplamente distribuída no Nordeste brasileiro e utilizada na medicina popular para o tratamento da diarreia e úlceras, além da prevenção de hemorragias gengivais e vaginais. Estudos anteriores com esta espécie evidenciaram a presença de novos neo-lignoides de interesse farmacológico. Além disso, K. tomentosa já foi avaliada quanto a sua toxicidade, e a nor-neolignana isolada desta espécie, a 2-(2'-hidroxi-4',6'-dimetoxifenil)-5-(E)-propenilbenzofurano apresentou efeito vasorrelaxante em aorta de rato, destacando a espécie como promissora para a continuidade dos estudos. Portanto, optou-se neste trabalho, continuar o estudo de K. tomentosa, de modo a ampliar o seu conhecimento fitoquímico e possibilitar a realização de estudos farmacológicos das substâncias obtidas. Para isso, as raízes de K. tomentosa foram coletadas no município de Santa Rita-PB, e foram submetidas à processos de secagem, pulverização, extração, partição e cromatografia para isolamento dos seus constituintes químicos. As substâncias isoladas foram identificadas através de métodos espectroscópicos de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, infravermelho, espectrometria de massa e por comparações com a literatura. O presente estudo resultou no isolamento e identificação de oito substâncias e duas misturas. Sendo, uma mistura dos epímeros do multifidol glicosídeo e uma mistura do (-)-siringaresinol e p-hidroxi-benzaldeído, relatados pela primeira vez na família Krameriaceae, além da substâncias (2S,3S,4R,16E)-2-[(2’R)-2’-hidroxinonadecanoilamino]-heneicosadec-16-en-1,3,4-triol e 2,4-bis(2-fenilpropan-2-il) fenol, isoladas pela primeira vez na família Krameriaceae; e a neo-lignana (2R,3R)-2,3-diidro-2-(4-hidroxi-3-metoxifenil)-3-metil-(E)-propenilbenzofurano e o polímero cíclico kramecina, relatados pela primeira vez nesta espécie. Além destas, foram re-isoladas as substâncias ottomentosa, sobralina, 2-(2'-hidroxi-4',6'-dimetoxifenil)-5-(E)-propenilbenzofurano e 2-(2’,4’-diidroxifenil)-5-(E) propenilbenzofurano. Assim, este trabalho contribuiu com o conhecimento quimiotaxonômico da família Krameriaceae e da espécie Krameria tomentosa, além de fornecer substâncias para investigações dos seus potenciais farmacológicos.
  • RAQUEL FRAGOSO PEREIRA CAVALCANTI
  • Efeito antialérgico e imunomodulador dos alcaloides warifteina e metilwarifteina em modelo murino de Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS)
  • Data: 07/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A CARAS (Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas) é caracterizada por inflamações crônicas das vias aéreas superior e inferior e pela resposta imune tipo 2 (TH2), com aumento sérico de IgE-alérgeno específica, infiltração eosinofílica, além da hiperplasia e hipertrofia das células caliciformes. A farmacoterapia da CARAS é baseada em princípios ativos que apresentam uma vasta quantidade de efeitos colaterais e adversos relevantes. Dessa forma, visando à busca por novas alternativas terapêuticas, avaliou-se os possíveis efeitos dos tratamentros com a warifteina ou com a metilwarifteina, alcaloides da Cyssampelos sympodialis, planta com potencial anti-inflamatório, em modelo murino de CARAS induzida por ovalbumina (OVA). Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (CEUA Nº 2518050618) e os dados analisados por ANOVA One-way com significância estatística quando p<0,05. Os camundongos BALB/c foram separados em grupos (n=5) com animais normais (Basal), sensibilizados e desafiados com OVA (OVA), sensibilizados, desafiados e tratados, via intranasal, com warifteina (War 2 mg/kg), metilwarifteina (Mwar 2 mg/kg) ou budesonida (BUD 0,9 mg/kg) após o último desafio alergênico. Os animais tratados com warifteina ou metilwarifteina apresentaram diminuição (p<0,05) dos sinais clínicos, espirros e fricções nasais e redução (p<0,05) na hiper-reatividade nasal induzida por histamina a partir da dose de 1nmol. As células do Fluido do Lavado Nasal (NALF) e do Fluido do Lavado Broncoalveoar (BALF) dos diferentes grupos experimentias foram quantificadas e observou-se redução (p<0,05) no número de células totais e diferenciais, principalmente de eosinófilos nos grupos tratamentos com warifteina ou metilwarifteina quando comparados com o grupo OVA. No contexto sistêmico, apenas a metilwarifteina reduziu a eosinofilia. Os níveis séricos de de IgE-OVA específica foram reduzidos (p<0,05) nos grupos de animias tratados com ambos os alcaloides. A análise histológica revelou que os grupos War e Mwar apresentaram diminuição da infiltração de células inflamatórias na região subpetelial e perivascular na cavidade nasal e na região peribronquiolar e perivascular no tecido pulmonar corado em hematoxilina eosina. A hiperplasia e a hipertrofia das células caliciformes nasais e pulmonares, ressaltadas após coloração do PAS, foram reduzidas nos grupos War e Mwar. Os alcaloides não alteraram o número de mastócitos nos tecidos nasal e pulmonar após coloração com o Azul de Toluidina. Em contraste, a quantidade de fibras colágenas nos grupos War e Mwar, observadas após coloração com o Tricomo de Gomori, foi reduzida. Em adição, os tratamentos com a warifteina ou com a metilwarifteina diminuíram (p<0,05) os níveis de citocinas do pefil TH2 (IL-4, IL-13 e IL-5) e do perfil TH17 (IL-17A) com aumento nos níveis de IFN-γ (perfil TH1), indicando um efeito imunomodulador de ambos alcaloides em direção ao perfil TH1 em detrimento ao perfil TH2. A expressão do fator de transcrição NF-кB foi analisada em granulócitos e em linfócitos e foi observado que os grupos War e Mwar apresentaram redução na expressão de NF-кB em ambas as populações. A integração de vias que favorecem a transcrição de citocinas do perfil TH2 via NF-кB pode estar subjacente a alteração da expressão desse fator em granulócitos e linfócitos. Esses dados indicam que a warifteina e a metilwarifteina apresentam efeito antialérgico e imunomodulador em modelo murino de CARAS.
  • LUCAS SILVA ABREU
  • Investigação fitoquímica e bioatividade de espécies de Euphorbiaceae da Caatinga
  • Data: 07/02/2020
  • Hora: 08:30
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  • Este trabalho descreve o estudo fitoquímico das espécies Stillingia loranthaceae, Croton velutinus e Dictyoloma vandellianum do semiárido nordestino. As espécies foram coletas na cidade de Morro do Chapéu – Bahia. Foram utilizados técnicas de extração por maceração para obtenção dos extratos e cromatografia em coluna aberta para fracionamento inicial. Para o isolamento dos constituintes químicos foi utilizado Cromatografia Líquida de Alta Eficiência em escalas analíticas, semi e preparativa, e quando necessário acoplado a espectrometria de massas para realização de um isolamento direcionado, utilizando como base informações obtidas por dados de rede molecular. Os compostos isolados tiveram suas elucidações estruturais determinadas por dados espectroscópicos de RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, dados espectrométricos para confirmação estrutural e da fórmula molecular, infravermelho, rotação óptica e comparação com os dados disponíveis na literatura. Das cascas das raízes de S. loranthacea, foram isolados quatorze compostos sendo quatro novos derivados do esqueleto 28-nor-taraxareno (SL1-SL4), quatro novos diterpenos tiglianos (SL5-SL8), três diterpenos tiglianos conhecidos (SL9-SL11) e três diterpenos fexibilenos conhecidos (SL12-SL14). A citotoxicidade e atividade antiviral dos compostos SL1, SL2, SL5-SL14 foram avaliadas contra células Vero e contra um vírus da Zika epidêmico (ZIKV) que circula no Brasil. Seis dos doze compostos (SL2, SL5, SL9-SL11 e SL14) exibiram efeito antiviral significante contra o ZIKV. Especificamente, os compostos SL2 e SL5 demonstraram serem os compostos alvos mais promissores. Das raízes de C. velutinus, foram isolados quatro novos derivados de fenilpropanoides (CV1-CV4) e de três conhecidos (CV5-CV7). As atividades anti-inflamatória, citotóxica e tripanocida dos compostos foram avaliadas. Apenas os compostos CV2 e CV5 apresentaram atividade citotóxica para as linhas celulares de câncer (B16F10, HL-60, HCT116, MCF-7 e HepG2) assim como atividade tripanocida. Todos os compostos diminuíram a produção de nitrito e apenas o composto CV5 diminuiu a produção de IL-1β. Da espécie D. vandellianum, foi realizado uma determinação do perfil químico da fase éter etílico, oriundo do extrato metanólico das folhas, por CLAE-DAD-IESEM2, onde foi possível propor a presença de 42 compostos derivados de taninos gálicos e flavonoides. Além disso, foi realizado a atividade antinociceptiva dos extratos, fases e compostos isolados.
2019
Descrição
  • YURI MANGUEIRA DO NASCIMENTO
  • Zornia brasiliensis: ESTUDO DE DESREPLICAÇÃO, ISOLAMENTO E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE CONSTITUINTES QUÍMICOS.
  • Data: 06/12/2019
  • Hora: 08:30
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  • Estudos com extratos de espécies vegetais refletem em pontos básicos, como: desenvolvimento de medicamentos, informações sobre eficácia e segurança daquelas espécies com uso etnomedicinais, descoberta de novos usos terapêuticos e contribuição ao conhecimento da memória químico-biológica de espécies vegetais. A espécie Zornia brasiliensis Vogel pertence à família Leguminosae, o gênero Zornia possui cerca de 80 espécies no mundo, com representantes na América, África, Oceania e a Ásia. Z. brasiliensis é uma espécie conhecida popularmente como “urinária”, “urinana” e “carrapicho” e seu uso popular é relatado como diurética e para tratamento de doenças venéreas, encontra-se distribuída em vários estados do Brasil, sendo abundante no Nordeste. Este trabalho tem como objetivo contribuir com a ampliação do conhecimento químico do gênero Zornia através do isolamento, identificação e/ou caracterização de metabólitos secundários da espécie Z. brasiliensis. Partes aéreas de Z. brasiliensis foram coletadas no município de Serra Branca, estado da Paraíba. Uma exsicata foi depositada no Herbário Arruda Câmara (HACAM) do Campus I da UEPB. O material vegetal, após seco e moído, foi submetido a uma maceração com etanol a 95% por 72 horas, sendo esse processo repetido por quatro vezes, obtendo-se o extrato etanólico bruto (EEB). Uma alíquota do EEB (100,0g) foi submetido a uma cromatografia líquida à vácuo (CLV) com sílica utilizando como móvel os solventes hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol. Uma alíquota da fração acetato de etila-metanol 50% foi submetido a uma cromatografia em coluna para realizar um fracionamento prévio desta fração. Em seguida foi desenvolvido um método analítico por CLAE-DAD, posteriormente, transposto para uma escala preparativa, resultando no isolamento de nove compostos, o roseosídeo, 7-metoxiflavanona, 7,4’-dimetoxisoflavona, isoorientina-3’- O-metil éter, isovitexina, ácido (Z)-O-cumárico glicosilado, ácido (E)-O-cumárico glicosilado, diidromelilotosídeo e o zorniosídeo, uma diidrochalcona C-glicosilada relatada pela primeira vez na literatura. O zorniosídeo apresentou potencial citotóxico frente a linhagem celular HL-60. Outra alíquota da fração acetato de etila- metanol 50% foi submetido a uma metodologia específica de extração de saponinas, esta foi então submetida a CLAE-DAD preparativo, que resultou no isolamento da Soyasaponina II. Além disso, foi desenvolvida uma metodologia por CLAE-ESI-DAD- EM/EM que possibilitou por desreplicação e/ou análise estrutural a caracterização putativa de 35 saponinas triterpênicas oleânanicas. Por fim, esse trabalho contribui com o conhecimento químico e farmacológico desta espécie, pois corroborou com bioprodução de compostos fenólicos por Zornia através do estudo fitoquímico de Zornia brasiliensis, mostrou o potencial citotóxico do zorniosídeo e é o primeiro relato de saponinas em Zornia, que é uma classe de metabólitos secundários com relevante importância biológica, farmacêutica, na indústria cosmética e agricultura.
  • CINTHIA NOBREGA DE SOUSA DIAS
  • CÉLULAS T CD8+ NA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA CHIKUNGUNYA: AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS E INVESTIGAÇÃO DO PAPEL IMUNOMODULADOR DA RIPARINA III
  • Data: 08/11/2019
  • Hora: 08:00
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  • O vírus da chikungunya (CHIKV) é um alfavírus que causa doença febril acompanhada de dores articulares. No Brasil, a primeira transmissão autóctone foi detectada no estado do Amapá em 2014, disseminando-se por todo o país. A fase aguda da infecção é de início abrupto dos sintomas e é acompanhada de um quadro inflamatório intenso. A desregulação da resposta imune inflamatória pode estar relacionada ao desenvolvimento de cronicidade da doença que é acompanhada de sintomas articulares mais leves, porém recidivantes e persistentes podendo causar limitação de movimento. A resposta imune desempenhada no combate a infecção determina o estabelecimento ou não da doença. Nesse contexto, o entendimento do papel dos linfócitos T CD8+, células importantes na eliminação viral, bem como sua ativação e os mecanismos de combate virais desempenhados por eles na infecção por CHIKV são importantes na compreensão da imunopatologia desta infecção. Estudos do papel acetilcolina influenciando repostas imunes têm sido conduzidos e nos últimos anos o sistema colinérgico tem sido associado a respostas imunes inflamatórias e anti-inflamatórias. A ausência de um medicamento eficaz para o tratamento da infecção por CHIKV bem como a gravidade dos sintomas inflamatórios na infecção leva a urgência na busca de novas moléculas com atividades bioativas e/ou farmacológicas. Os produtos naturais constituem uma fonte de moléculas com diversas atividades biológicas. Dentre eles, a Riparina III, uma alcamida, possui atividade anti-inflamatória e foi relatado seu papel na reversão da contração em músculo liso provocado pela acetilcolina em modelo animal. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi estudar as características fenotípicas de linfócitos T CD8+ periféricos na infecção por CHIKV em humanos, o papel imunomodulador da Riparina III nestas células e investigar a participação de receptores colinérgicos da acetilcolina na modulação fenotípica desses linfócitos nesta infecção. Para realização dos ensaios, leucócitos de pacientes em fase aguda e crônica da infecção e indivíduos saudáveis foram obtidos e em seguida foi realizada marcação com anticorpos extracelulares e intracelulares ex vivo e após o tratamento com as drogas em estudo in vitro para avaliação de características fenotípicas de células T CD8+ e do papel imunomodulador da Riparina III pelo método de citometria de fluxo. Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que os linfócitos T CD8+ estão ativados tanto na fase aguda quanto na fase crônica da infecção e expressam altos níveis de moléculas citotóxicas (Granzima B e Perforina) na fase aguda e moléculas apoptóticas em ambas as fases da doença. A expressão de altos níveis de IL-17A e diminuição da expressão de IL10R também foram demonstradas. A Riparina III foi capaz de modular negativamente a expressão de IL-17A principalmente em fase aguda da infecção e modulou negativamente a expressão de INF-γ, evidenciando seu papel anti-inflamatório. Além disso, houve aumento de expressão de IL-10R, o que permite o aumento interação da IL-10 com seu receptor, reafirmando o papel anti-inflamatório dessa molécula. O efeito anti-inflamatório desempenhado pela Riparina III não foi relacionado à modulação em receptores colinérgicos. Logo, pode-se concluir com os dados obtidos neste trabalho que os linfócitos T CD8+ estão fortemente envolvidos na resposta celular na infecção aguda por CHIKV e as características fenotípicas dessas células podem estar diretamente relacionadas com o desenvolvimento dos sintomas observados nesta infecção. Além disso, a Riparina III tem um efeito imunomodulador anti-inflamatório nos linfócitos T CD8+ de pacientes infectados com CHIKV na fase aguda da doença.
  • JANINE AGRA PADILHA
  • ENSAIO FARMACOLÓGICO CLÍNICO COM GEL DO EXTRATO ETANÓLICO DA CASCA DO CAULE DE Anacardium occidentale L., ATRAVÉS DA FONOFORESE NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
  • Data: 07/08/2019
  • Hora: 14:00
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  • Conhecida popularmente pelos seus efeitos anti-inflamatorio, Anacardium occidentale Linn., e uma arvore pertencente a familia Anacardiaceae, originaria do Brasil.O objetivo desse estudo foi avaliar a eficacia terapeutica do gel obtido do extrato etanolico da casca do caule da Anacardium occidentale L., atraves da fonoforese, comparado ao tratamento fisioterapeutico utilizando o ultrassom terapeutico em pacientes com Sindrome do Tunel do Carpo.O ultrassom terapeutico e um recurso eletrofisico, utilizado por fisioterapeutas no tratamento de afeccoes do sistema musculoesqueletico. A sindrome do tunel do carpo e um processo complexo doloroso que e caracterizado por sinais e sintomas associados a compressao do nervo mediano quando passa pelo tunel carpal, na regiao do punho. Esse estudo foi uma pesquisa do tipo experimental com abordagem quantitativa que constou de um ensaio farmacologico clinico, de fase II, randomico, controlado e duplo-cego. Foi aprovado pelo Comite de Etica do CCS da UFPB, sendo realizado no Laboratorio de Analise do Movimento Humano (LAMH), localizado no CCS, da UFPB. A amostra foi formada por 21 voluntarios, que foram randomizados e avaliados quanto a integridade do nervo mediano, a intensidade da dor, o grau de forca muscular, a intensidade do processo inflamatorio e a qualidade de vida. Os mesmo foram divididos em dois grupos, Grupo A (UST convencional) e Grupo B (UST + fonoforese). Para a analise descritiva dos dados, bem como a execucao dos Testes de Hipoteses foi utilizado o software R versao 3.4.1. Considerou-se significancia estatistica de 5% (α = 0,05).Quanto a avaliacao da dor e a avaliacao da forca muscular, existiu diferenca estatisticamente significativa entre as etapas do tratamento tanto para o grupo A quanto para o grupo B. Sobre a avaliacao da integridade do nervo mediano, existiu diferenca estatisticamente significativa para a aplicacao do Teste de Phalen, entre as etapas do tratamento para o Grupo A. Ja para o Grupo B, nao apareceu diferenca significativa entre as etapas de tratamento. Para a realizacao do Sinal de Tinel, nao existiu diferenca estatisticamente significativa entre as etapas do tratamento para nenhum dos grupos. Sobre a avaliacao da qualidade de vida (SF-36) houve diferenca estatisticamente significativa entre as etapas do tratamento tanto para o Grupo A, quanto para o Grupo B e existiu diferenca estatisticamente significativa entre os tratamentos para o dominio dos “aspectos emocionais”. Sobre a avaliacao do processo inflamatorio, nao existiu diferencas estatisticamente significativas entre as etapas do tratamento para nenhum dos grupos. Nao houve diferenca estatisticamente significativa entre os dois tratamentos, quanto a avaliacao da dor, integridade do nervo mediano, forca muscular e termografia. Almeja-se que este estudo contribua para os conhecimentos cientificos a cerca da Anacardium occidentale L., uma vez que, as propriedades farmacologicas do cajueiro sao tao conhecidas que o torna uma planta de grande uso na medicina popular.
  • ROMULO PEREIRA DE MOURA SOUSA
  • Análise da atividade antifúngica in vitro de 2-bromo-N-fenilacetamida frente às espécies de Candida provenientes de um Hospital Universitário
  • Data: 14/06/2019
  • Hora: 09:00
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  • A candidiase sistemica, tambem conhecida como candidiase invasiva, e uma infeccao fungica oportunista provocada por leveduras do genero Candida. A forma invasiva e a manifestacao mais grave em decorrencia de sua disseminacao para outros orgaos, promovendo hospitalizacao prolongada e altas taxas de morbimortalidade. O tratamento para essa infeccao grave ainda dispoe de um pequeno arsenal terapeutico, o qual se resume em tres classes: agentes triazolicos, as equinocandinas e os polienos. Embora os farmacos de primeira linha (agentes triazolicos e as equinocandinas) sejam eficazes, algumas especies de Candida sao naturalmente resistentes e outras desenvolvem resistencia adquirida, esta ultima vem ocorrendo de forma crescente e causando uma grande preocupacao devido ao surgimento da multirresistencia fungica. Diante desse quadro preocupante, a busca por novas alternativas farmacoterapeuticas tem sido constante, e uma das fontes de substancias potencialmente ativas sao os compostos sinteticos. Destarte, com base no potencial farmacologico das substancias sinteticas, este estudo investigou a atividade antifungica in vitro do composto sintetico 2-bromo-N-fenilacetamida atraves da determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Fungicida Minima (CFM), frente as especies de Candida isoladas de pacientes com candidiase invasiva assistidos no Hospital Universitario Lauro Wanderley, Joao Pessoa-PB, no ano de 2017, bem como identificou os agentes etiologicos e seus perfis de resistencia atraves do Kit comercial Candifast® e testou a associacao da substancia teste com o fluconazol. Assim sendo, a presente pesquisa revelou que em 2017, 56% dos casos de candidiase sistemica foram provenientes de pacientes internos nas unidades de terapia intensiva do Hospital Universitario Lauro Wanderley, tendo a especie C. albicans como agente etiologico mais comum (52%), e que, 47% dos isolados clinicos foram resistentes ao fluconazol, dos quais, seis (06) isolados de C. albicans e um de (01) C. parapsilosis. Nos ensaios de atividade antifungica, a substancia teste apresentou CIM50 de 8 µg/mL para C. albicans e 16 µg/mL para C. parapsilosis, e CFM50 de 16 µg/mL para aquela e 32 µg/mL para esta. A associacao entre a 2-bromo-N-fenilacetamida com o fluconazol nao apresentou sinergismo ou antagonismo, sendo caracterizada como indiferente. Portanto, o presente estudo revelou que no ano de 2017, a maioria dos casos de candidiase invasiva foi proveniente de pacientes internos nas unidades de terapia intensiva do citado hospital, tendo a especie C. albicans como agente etiologico mais comum e o fluconazol como unico farmaco que apresentou resistencia. Por fim, a substancia sintetica testada apresentou uma forte atividade fungicida contra isolados clinicos de C. albicans e C. parapsilosis, no entanto, nao apresentou sinergismo ou antagonismo quando associada com o fluconazol.
  • LUCIANO LEITE PAULO
  • EFEITOS HIPOTENSOR E ANTI-HIPERTENSIVO DO NITRATO ORGÂNICO 1,3-BIS (HEXILOXI) PROPANO-2-ILA (NDHP) SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR DE RATOS NORMOTENSOS E HIPERTENSOS
  • Data: 24/05/2019
  • Hora: 14:00
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  • A hipertensao arterial (HA) e uma doenca cronica degenerativa de etiologia multifatorial responsavel por milhares de mortes a cada ano. Um dos pincipais processos fisiopatlogicos na HA e a disfuncao endotelial, que e ocasionada pricipalmente por uma diminuicao da biodisponibilidade do oxido nitrico (NO). O NO e uma importante molecula responsavel pela manutencao da homeostase vascular. O uso de compostos que aumentam a biodisponibilidade de NO representa uma estrategia terapeutica no tratamento da HA. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o nitrato de 1,3-bis(hexiloxi)propano-2-ila (NDHP) como um doador de NO e avaliar seus efeitos sobre o sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. Todos os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. Utilizando metodologias in vitro, observou-se que a xantina oxidorredutase (XOR) catalisa a geracao de NO a partir do NDHP sob condicoes anaerobicas nos sitios flavina adenina dinucleotido (FAD) e molibdenio. O NDHP promoveu vasorrelaxamento em arterias mesentericas de ratos e camundongos, utilizando miografo. A pre-exposicao dos aneis de arteria mesenterica ao NDHP (10-3), durante 30 minutos, nao diminuiu o efeito vasorelaxaante induzido do proprio nitrato (EM = 124 ± 4% vs. 100 ± 3%, n = 7 e 6, respectivamente). Na presenca da nicotinamida adenina dinucleotideo (NADH) e da XOR, a administracao de NDHP (0,1, 1 e 10 mM) aumentou a producao de NO de uma maneira concentracao-dependente. O tratamento com NDHP aumentou os niveis de NO em secoes de arteria mesenterica em comparacao com o controle (95.7 ± 3.4 vs. 10.9 ± 0.8 a.u., respectivamente, p < 0,05). O bloqueio da enzima sintase de oxido nitrico endotelial (eNOS) pelo L-NG-Nitroarginina (L-NNA, 100 μM) nao inibiu o aumento dos niveis de NO (94.2 ± 3.6 vs. 95.7 ± 3.4 u.a., respectivamente). O aumento dos leveis de NO apos o tratamento com NDHP foi bloqueado pelo inibidor da XOR, o febuxostate. NDHP induziu efeito vasorrelaxante em arteria mesenterica com endotelio funcional (EM = 83.3 ± 6.7%, n = 6). Este efeito maximo (EM) foi maior em aneis sem endotelio funcional (EM = 113.4 ± 5.3%, n = 7, p < 0,05). A pre-incubacao com o Nw-Nitro-L-arginina metil ester (L-NAME), inibidor da NOS, em arteria mesenterica com endotelio funcional aumentou o relaxamento induzido pelo NDHP (EM = 109.7 ± 1.5%; n = 6, p < 0,05). O pre-tratamento com o 2-(4-fenil)-4,4,5,5-tetrametilimidazolina-1-oxi-3-oxido (PTIO, 300 μM), um sequestrador de NO, juntamente com a hidroxocobalamina (HDX) promoveu uma diminuicao do efeito vasorrelaxante do NDHP (EM = 90.8 ± 0.8%, n = 6, p <0,05). Da mesma forma, foi observado em aneis sem endotelio funcional uma diminuicao do efeito vasorrelaxante do NDHP quando usado o 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-ona (ODQ, 10 μM), um inibidor seletivo da enzima ciclase de guanilil soluvel (sGC) (EM = 84.9 ± 9.5%, n = 6, p < 0,05). A potencia do efeito vasorrelaxante do NDHP foi diminuida utilizando um bloqueador inespecifico dos canais para potassio (K+) pelo cloreto de tetrametilamonio (TEA) na concentracao 3 mM (pD2 = 4,8 ± 0,1; n = 6, p < 0,05), pelo bloqueador especifico dos BKCa, com TEA (1 mM) (pD2 = 5.1 ± 0.1; n = 6, p < 0,05) e dos KV, com 4-aminopiridina (4-AP, 1 mM) (pD2 = 5.7 ± 0.1; n = 6, p < 0,05). O tratamento agudo com NDHP em altas doses (300 e 2000 mg/kg) nao apresentou efeito toxico no teste de toxicidade. Em modelos in vivo, a administracao aguda do NDHP (1, 5, 10, 20 mg/Kg, i.v.) induziu hipotensao em animais normotensos (−11 ± 1; −19 ± 2; −28 ± 2; −44 ± 5 mmHg, respectivamente; n = 8) e hipertensos (−16 ± 3; −23 ± 4; −50 ± 1; e −71 ± 8 mmHg respectivamente; n = 8). O tratamento cronico (15 dias) com NDHP (10 mg/kg/dia), via i.p, atenuou significativamente a disfuncao endotelial e o aumento da pressao arterial media em animais com hipertensao induzida por angiotensina II (PAMveiculo: 49 mmHg vs. PAMNDHP 18 mmHg), quando comparados com animais hipertensos tratados com o veiculo (PAMveiculo: 98 ± 2 mmHg vs. PAMNDHP 99 ± 3 mmHg, basal). Os niveis de nitrato plasmatico foram quatro vezes maiores nos animais tratados com NDHP em comparacao com o grupo controle (21.6 ± 2.9 vs 4.4 ± 1.1 µM, p <0,05). Esses resultados demonstram que NDHP atua como doador de NO, induz vasorrelaxamento por meio da via NO-cGMP-PKG e ativacao de subtipos especificos de canais para K+ (Kv e BKca), nao provoca tolerancia vascular em arteria mesenterica, apresenta efeito anti-hipertensivo em modelos animais de hipertensao renovascular e por infusao de angiotensina II, necessita da XOR para a formacao do NO e apresenta baixa toxicidade aguda.
  • JORDANA KALINE DA SILVA SANTANA
  • Bioprospecção de cianobactérias dulcícolas isoladas do semiárido brasileiro
  • Data: 24/05/2019
  • Hora: 09:30
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  • O objetivo deste trabalho foi testar diferentes especies de cianobacterias dulcicolas quanto a sua capacidade de producao de metabolitos secundarios de interesse biotecnologico na industria farmaceutica. Os cultivos foram realizados com linhagens do Banco de Cultura de Microalgas do LARBIM/UFPB que atraves de analises morfologicas e moleculares foram identificadas como Arthrospira platensis (D39Z), Stanieria cyanosphaera (D112Z) e Brasilonema sp. (D298WC). Nenhuma das linhagens apresentou microcistina. Os teores de proteinas hidrossoluveis (%) foram de 23,3±1,20 (D39Z), 36,7±0,50 (D112Z), 36,0±1,57 (D298WC); para carboidratos totais (%) foram de 8,27±0,68 (D39Z), 13,3±1,55 (D112Z), 17,4±2,35 (D298WC); e para lipideos totais (%) foram de 6,00±3,31 (D39Z), 6,00±0,00 (D112Z), 14,00±1,09 (D298WC). A analise do perfil de FAMEs para as tres linhagens permitiu identificar e quantificar dezoito acidos graxos distintos (saturados, insaturados e poli-insaturados). Visando extrair e isolar metabolitos secundarios foram obtidos extratos metanolicos das tres linhagens. Uma pequena fracao do extrato bruto foi direcionada para realizacao de testes de atividade antioxidante e de atividade antimicrobiana. A parte excedente do extrato da D298WC foi desengordurada e submetida a analises por Cromatografia Liquida de Media Pressao (CLMP) para fracionamento. As fracoes foram analisadas por RMN 1H, avaliado o perfil quimico e posteriormente purificadas em cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE) semi-preparativa e preparativa, sendo as fracoes obtidas analisadas por RMN (1H, 13C, HMBC e HSQC) visando a elucidacao estrutural das substancias obtidas, sendo estas, confirmadas pela tecnica de espectrometria de massas e direcionadas para avaliacao da atividade citotoxica. Os maiores teores de fenolicos extraiveis totais foi apresentado pela D112Z (33,35±0,05) e D298WC (34,19±0,95). Quanto a determinacao da capacidade antioxidante, o resultado do ensaio com DPPH, a atividade foi maior para a D39Z (79,33±013); para o ensaio de ABTS, as melhores capacidade antioxidante total foi para a D39Z (18,16±0,26) e D112Z (10,27±0,69); e para o ensaio FRAP a maior capacidade foi para a D39Z (16,14±0,18). Quanto a atividade antimicrobiana, o extrato metanolico da D39Z, nas concentracoes de 512 a1024 µg/mL inibiu o crescimento de seis das oito cepas (75 %) dos microorganismos, incluindo bacterias e fungos, enquanto da D112Z e D298WC apresentaram atividade inibitoria sobre tres das seis cepas dos micro-organismos utilizados nos ensaios.O estudo fitoquimico da Brasilonema sp. permitiu o isolamento e identificacao de uma substancia derivada da clorofila, o ester trimetilico da clorina-e6 e duas misturas, sendo uma dela uma mistura dos alcaloides aporfinicos metil12-metoxi-7a,8-di-hidro-5H-[1,3]dioxolo[4 ',5':4,5]benzo[1,2,3-de]benzo[g]quinolina-7(6H)-carboxilato (Sassicina A) e 12-metoxi-7a,8-di-hidro-5H-[1,3]dioxolo[4',5':4,5]benzo[1,2,3-de]benzo[g]quinolino-7(6H)de etilo-carboxilato (Sassicina B), de natureza inedita, e a outra uma mistura de nucleosideos (desoxicitidina e citidina) e aminoacidos (tirosina, isoleucina eleucina). Quando em avaliacao de atividade citotoxica apresentaram atividade moderada, exceto para os alcaloides que a atividade foi baixa para celulas de carcinoma colorretal (HCT-116) e nulo para as celulas de adenocarcinoma mamario (MCF-7).
  • PAULA BENVINDO FERREIRA
  • Avaliação dos efeitos do exercício de força agudo e crônico sobre a reatividade uterina de ratas Wistar e efeito preventivo da Spirulina platensis
  • Data: 11/04/2019
  • Hora: 14:00
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  • Os beneficios do exercicio na saude fisica e mental sao bem estabelecidos como uma alternativa para a manutencao do bem-estar e como um meio para reduzir o risco de varias doencas cronicas. Entretanto, quando nao e prescrito da forma correta, esta associado ao estresse oxidativo, envolvido na fisiopatologia de desordens no sistema reprodutor feminino. Nesse contexto, Spirulina platensis, uma alga com potencial antioxidante, promoveu efeitos beneficos em modelos de musculo liso. Dessa forma, visando a busca por novas alternativas terapeuticas, avaliou-se os efeitos do exercicio de forca agudo e cronico e um possivel efeito preventivo da S. platensis sobre o utero de rata. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (certidao 0211/14). Os animais foram divididos em grupos salina (GS) e suplementados com S. platensis nas doses de 50 (GSP50) e 100 mg/kg (GSP100), grupo somente adaptado (GC, controle), grupos exercitados e eutanasiados imediatamente (GO), 12 horas (G12) e 24 horas apos a sessao de exercicio fisico (G24), grupo treinado por 8 semanas (GT) e suplementados com a alga na dose de 50 (GT50) e 100 mg/kg (GT100). Foi avaliada a reatividade contratil e relaxante do utero, o balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes sistemicas e teciduais, a modulacao da via das proteinas cinases ativadas por mitogenos (MAPK) e parametros histomorfometricos do utero e da glandula adrenal. Observou-se que uma unica sessao de exercicio de forca aumentou a reatividade contratil, diminuiu a reatividade relaxante uterina, sem alterar o estresse oxidativo tecidual nem a via das MAPK, diminuiu o numero de eosinofilos, aumentou a vascularizacao e a area da camada muscular uterina, contribuindo para o aumento da reatividade contratil, alem de um aumento da area cortical da adrenal, sugestiva de aumento da producao de hormonios catabolicos, como o cortisol. Tendo em vista as diferencas entre as respostas fisiologicas agudas e cronicas do exercicio e que o treinamento de forca induz um aumento de estresse oxidativo, nos ultimos anos, observa-se o aumento do consumo de suplementos antioxidantes como uma ferramenta nao invasiva util para diminuir o dano muscular, melhorar o desempenho no exercicio, prevenir ou reduzir o estresse oxidativo. Asim, hipotetisamos que o treinamento de forca induziria alteracoes na reatividade uterina por meio do aumento do estresse oxidativo e que a suplementacao com a alga preveniria esses efeitos. Observou-se que o treinamento de forca aumenta a eficacia contratil, diminui a potencia relaxante e que esses efeitos sao previnidos pela suplementacao alimentar com S. platensis, por meio da inibicao da via das ciclooxigenase, aumento na biodisponibilidade de NO e especies reativas de oxigenio; ademas, previne a diminuicao da expressao de JNK, sugerindo um papel anti-inflamatorio tanto do exercicio quanto da suplementacao com S.platensis e aumenta a vascularizacao e a area vascular e previne a reducao da espessura do miometrio, alem de previnir parcialmente o aumento da area fasciculada e de degeneracao lipidica, demonstrando um papel protetor frente a liberacao de hormonios catabolicos como o cortisol. Portanto, ressalta-se o utero como um orgao-alvo para o exercicio, bem como se demonstra que o exercicio de forca agudo e cronico alteram a reatividade uterina e a suplementacao alimentar com a alga previne os danos associados ao treinamento de forca revelando o potencial promissor da suplementacao alimentar com S. platensis em processos fisiopatologicos que envolvem a desregulacoes na homeostase contratil uterina e como preventiva para mulheres que praticam atividade fisica de maneira intensa.
  • MARIA DA CONCEIÇÃO CORREIA SILVA
  • Derivados sulfonamídicos do LASSBio-448 relaxam a traqueia de cobaia com inflamação pulmonar alérgica crônica: papel das vias do óxido nítrico e das ciclo-oxigenases na ação relaxante do LASSBio-1611
  • Data: 29/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • A asma e uma doenca inflamatoria cronica e multifatorial do sistema respiratorio, caracterizada por remodelamento e hiper-responsividade bronquica, com tratamento voltado para prevenir sintomas e crises agudas. Nesse sentido, ainda faz‑se necessario o aperfeicoamento de moleculas e testes em modelos animais como o de inflamacao pulmonar alergica cronica (IPAC) induzida por ovalbumina para se chegar a um tratamento mais eficaz. Portanto, avaliou‑se o possivel efeito relaxante do LASSBio‑448 e de 12 derivados, bem como investigou‑se o mecanismo de acao relaxante do LASSBio mais potente em traqueia isolada de cobaia dos grupos controle (GC) e com IPAC (GIPAC). Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais da UFPB (Certidao Nº 018/2015). O LASSBio‑448 relaxou a traqueia com e sem epitelio do GIPAC. Assim como o prototipo, os LASSBios N‑metilssulfonamidicos ( ‑1610, ‑1630, ‑1631, ‑1628, ‑1612 e ‑1623) e sulfonamidicos (‑1622, ‑1613, ‑1722, ‑1629, ‑1625 e ‑1611) tambem relaxaram, a traqueia com e sem epitelio funcional, pre‑contraida com carbacol, do GC e do GIPAC, sendo o LASSBio‑1611 o mais potente de todos quando comparado ao LASSBio‑448, na ausencia de epitelio, tanto no GC (1.380 vezes) como no GIPAC (575 vezes). Sendo assim, decidiu‑se investigar seu mecanismo de acao relaxante em traqueia sem epitelio do GIPAC. Como uma das vias de relaxamento nas vias aereas e a do oxido nitrico (NO), decidiu‑se avaliar se a via sintase do NO (NOS)/ciclase de guanilil soluvel (sGC)/proteina cinase G (PKG) seria ativada por esse derivado. A potencia relaxante do LASSBio‑1611 foi reduzida na presenca de L‑NAME, de ODQ e de Rp‑8‑Br‑PET‑cGMPS, inibidores da NOS, da sGC e da PKG em aproximadamente 170, 155 e 195 vezes, respectivamente. Alem disso, a potencia inibitoria do L‑NAME sobre o efeito relaxante do LASSBio‑1611 foi revertida na presenca do substrato de NOS, L‑arginina. Esses resultados fornecem indicios de que esse derivado ativa essa via de sinalizacao para relaxar a traqueia de cobaia com IPAC, sem epitelio. Como os canais de K+ e os de Ca2+ dependentes de voltagem sao alvos da PKG, avaliou-se o efeito do LASSBio‑1611 sobre as contracoes induzidas por 18 ou 60 mM de KCl, observando uma equipotencia, sugerindo um possivel bloqueio do influxo de Ca2+. Esse bloqueio foi confirmado pelo deslocamento da curva concetracao‑resposta cumulativa ao CaCl2 de maneira pararela para a direita com reducao do Emax na presenca de diferentes concentracoes do LASSBio‑1611. Alem disso, ha evidencias de uma interligacao entre as vias da NOS e das ciclo‑oxigenases (COXs) e se demonstrou que na presenca de indometacina, um inibidor de COXs, e de indomentacina + L‑NAME, a potencia relaxante do LASSBio‑1611 foi reduzida bruscamente em 813 e 537 vezes, respectivamente, indicando que ha uma modulacao das COXs, que aumenta a producao de prostanoides relaxantes nas vias aereas. Adicionalmente, observou‑se, in silico, que o LASSBio‑1611 tem uma entalpia de formacao do complexo ligante‑enzima aumentada para as iNOS e nNOS, a PKG, o CaV1.2 e a COX‑2, comparada a entalpia de ativadores e/ou inibidores padroes. Alem disso, o LASSBio‑1611 segue a regra de Lipinski, assim como apresenta caracteristicas farmacocineticas essenciais para um bom candidato a farmaco. Portanto, de maneira geral, todos os LASSBios relaxam traqueia de cobaia, tanto do GC como do GIPAC e que o mecanismo de acao relaxante do LASSBio‑1611 no GIPAC, sem epitelio, e dependente da via NO/NOS/sGC/PKG/COX. Essa potencia relaxante aumentada do LASSBio‑1611 pode ser em decorrencia da insercao do substituinte 1‑naftila na funcao sulfonamida, aumentando sua lipofilicidade e estabilidade estrutural.
  • PRISCILLA MARIA PEREIRA MACIEL
  • CARACTERIZAÇÃO DOS EFEITOS DE Dioclea grandiflora Martius ex Bentham SOBRE A FUNÇÃO CARDIOVASCULAR DE RATOS COM HIPERTENSÃO PULMONAR INDUZIDA POR MONOCROTALINA
  • Data: 29/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • Hipertensao pulmonar (HP) e caracterizada por pressao arterial pulmonar (PAP) elevada e hipertrofia ventricular direita (HVD). Devido a heterogeneidade dessa doenca e seu carater progressivo, os farmacos estabelecidos para o seu tratamento se tornam menos eficazes em longo prazo. Dessa forma, visando a descoberta de novos candidatos para o tratamento da HP, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato hidroalcoolico da casca da raiz de Dioclea grandiflora (Dg) sobre HP induzida por monocrotalina (MCT) em ratos. Os animais foram divididos nos grupos: controle (normotenso), hipertenso-MCT (HP-MCT), hipertenso-MCT tratado com Dg 12,5 (HP-Dg12,5) e 37,5 mg/kg (HP-Dg37,5), hipertenso-MCT tratado com sildenafila 50 mg/kg (HP-Sild), e hipertenso-MCT tratado com a associacao de sildenafila e Dg 37,5 mg/kg, os quais receberam tratamento por via intragastrica, durante 28 dias apos 24 horas da administracao de MCT. Na avaliacao dos parametros ecocardiograficos, os grupos HP-Dg 37,5 mg/kg e HP-Sild apresentaram menor delta de tempo de aceleracao da arteria pulmonar e menores medidas de espessura da parede do VD e de diametro diastolico em relacao ao grupo HP-MCT. O tempo de aceleracao da arteria pulmonar nao foi modificado apos o tratamento com Dg ou sildanafila. No ensaio de medida direta de pressao sistolica ventricular direita (PSVD), o grupo HP-MCT apresentou niveis de pressao significativamente elevados, em relacao ao grupo CTL. Os tratamentos isolados com Dg (37,5 mg/kg) e sildenafila, ou o tratamento combinado reduziu significativamente os valores de PSVD, quando comparado ao grupo HP-MCT. A hipertrofia ventricular direita foi prevenida parcialmente nos grupos HP-Dg 37,5, HP-Sild e para o grupo HP-COMB, a qual foi acompanhada da melhora da funcao sistolica e diastolica ventricular direita. Nos ensaios de reatividade vascular nao foram observadas diferencas significantes nas respostas vasoconstritoras a fenilefrina entre os grupos. O tratamento com Dg nao reverteu a resposta prejudicada aos agentes vasodilatadores, acetilcolina (ACh) e nitroprussiato de sodio (NPS) quando comparado ao grupo HP-MCT. Nos grupos HP-Sild e HP-COMB a resposta a ACh foi restaurada, entretanto este efeito nao foi observado para o NPS. Nos grupos HP-Dg (37,5 mg/kg), HP-Sild e HP-COMB apresentaram menor espessamento de parede vascular pulmonar, bem como niveis reduzidos de anions superoxido em comparacao ao grupo HP-MCT. Para estes grupos tambem foi observado menor infiltracao de celulas inflamatorias em tecido pulmonar. Estes resultados demostram que o tratamento com a Dg reduz estresse oxidativo vascular, a inflamacao e previne o remodelamento hipertrofico dos vasos pulmonares. Estas mudancas estao associadas a reducao de PSVD, e consequentemente, a hipertrofia e funcao ventricular direita melhorando a HP induzida por MCT.
  • TATIANNE MOTA BATISTA
  • TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DO DERIVADO ACRIDÍNICO (E)-1’-{(4-flúorbenzilideno)-amino}-5’oxo-1,5’diidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’carbonitrila (AMTAC-07)
  • Data: 29/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • O cancer abrange mais de 200 doencas distintas que sao unificadas pelo principio comum de crescimento celular descontrolado e potencial metastatico. Os derivados acridinicos sao agentes intercaladores de DNA e inibidores de topoisomerase e, desta forma, a sintese de novos derivados acridinicos tem sido de consideravel interesse na quimica medicinal. O composto (E)-1’-{(4-fluorbenzilideno)-amino}-5’oxo-1,5’diidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’carbonitrila (AMTAC-07) e um derivado acridinico capaz de inibir a topoisomerase II. Todavia, apesar dos dados relacionados a esse mecanismo de acao, nao ha relatos na literatura que descrevam o potencial antitumoral e o perfil de toxicidade do AMTAC-07. Sendo assim, o presente trabalho objetivou avaliar a toxicidade nao clinica e a atividade antitumoral in vivo e os possiveis mecanismos de acao antitumorais de AMTAC-07 em modelo de carcinoma ascitico de Ehrlich (CAE). No ensaio de toxicidade nao clinica aguda em camundongos, a administracao de AMTAC-07 (2000 mg/kg), via intraperitoneal (i.p.), nao induziu morte dos animais experimentais, sendo a dose letal media (DL50) estimada como maior que 5000 mg/kg. O uso do teste de toxicidade em embrioes de peixe (teste FET), indicou que a concentracao letal media (CL50) do AMTAC-07 e superior a 36,8 µg/mL. Para a avaliacao da genotoxicidade foi realizado o teste do micronucleo em sangue periferico de camundongos, sendo observado que AMTAC-07 (2000 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados. Em modelo de CAE, observou-se que AMTAC-07 (12,5, 25 ou 50 mg/kg, i.p., sete dias consecutivos de tratamento) reduziu o volume e massa tumorais, a viabilidade celular e a quantidade total de celulas tumorais peritoneais. Foi observado que o AMTAC-07 (50 mg/kg) nao induziu parada do ciclo celular. Foi determinada a microdensidade dos vasos no peritonio dos animais, sendo observada reducao deste parametro apos tratamento com AMTAC-07 (50 mg/kg) indicando acao antiangiogenica. Observou-se ainda que o AMTAC-07 atua na modulacao da resposta imune contra o tumor por induzir aumento nos niveis das citocinas IL-1β, TNF-α, CCL2 e IL-4. A realizacao de ensaio fluorimetrico utilizando o 2’,7’-diacetato diclorofluoresceina (DCFH-DA) permitiu a observacao de que o AMTAC-07 nao induz alteracoes no nivel de estresse oxidativo, no modelo experimental utilizado. Em relacao a toxicidade, apos tratamento antitumoral, entre todos os parametros avaliados (parametros metabolicos, bioquimicos, hematologicos e histologicos), foi observado que AMTAC-07 (50 mg/kg) nao induziu alteracoes significativas. Os dados apresentados, em conjunto, sugerem que AMTAC-07 possui baixa toxicidade nao clinica e significativa atividade antitumoral via mecanismos antiangiogenicos e imunomoduladores.
  • VIVIANNE MENDES MANGUEIRA
  • EFEITOS ANTITUMORAL E ANTINOCICEPTIVO DO n’-(6-cloro-2-metoxiacridin-9-il)-2-cianoacetohidrazide (ACS-AZ), UM NOVO DERIVADO ACRIDÍNICO
  • Data: 28/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • O cancer e considerado uma das causas mais comuns de mortalidade no mundo e designa um conjunto de doencas determinadas pela presenca de celulas com alteracoes morfologicas e bioquimicas, e com proliferacao sustentada. Problemas na eficacia, seguranca e desenvolvimento de resistencia ao tratamento impulsionam pesquisas de novas moleculas com potencial antitumoral. Alem disso, efeitos fisiopatologicos associados ao cancer, como a dor, tambem sao tratados com baixa efetividade. Os derivados acridinicos sao descritos por apresentar diversas atividades biologicas, dentre estas, antitumoral e antinociceptiva. O objetivo deste trabalho foi investigar a toxicidade e as atividades antitumoral e antinociceptiva, bem como, os possiveis mecanismos de acao envolvidos no efeito do derivado acridinico inedito n’-(6-cloro-2-metoxiacridin-9-il)-2-cianoacetohidrazide” (ACS-AZ). Inicialmente, foi avaliada a toxicidade nao clinica aguda de ACS-AZ em camundongos por via intraperitoneal (i.p.) nas doses de 300 ou 2000 mg/kg e sua DL50 (dose letal 50%) foi estimada em torno de 500 mg/kg, considerando o guia n. 423 da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD). Para a avaliacao da genotoxicidade foi realizado o teste do micronucleo em sangue periferico de camundongos, sendo observado que ACS-AZ (150 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade in vivo. ACS-AZ (25 ou 50 mg/kg), apos sete dias de tratamento (i.p.), mostrou significante atividade antitumoral in vivo em modelo de Carcinoma Ascitico de Ehrlich (CAE), considerando todos os parametros avaliados (volume, massa e viabilidade celular) (p<0,05). Em relacao aos mecanismos de acao antitumoral, foi observado que ACS-AZ reduziu a microdensidade vascular peritumoral (p<0,05), bem como os niveis das citocinas IL-1β e da quimiocina CCL-2 (p<0,05). Entretanto, aumentou os niveis de TNF-α e IL-4 (p<0,05) mostrando que ACS-AZ foi capaz de modular o microambiente tumoral inflamatorio para exercer seu efeito antitumoral. Considerando o vasto papel do estresse oxidativo na propagacao de tumores, foi avaliado o efeito de ACS-AZ por meio do ensaio fluorimetrico do 2-70-dichlorofluoresceina diacetato (DCFH-DA). Observou-se reducao do nivel de estresse oxidativo apos tratamento com ACS-AZ (50 mg/kg) (p<0,05), o que sugere efeitos antioxidantes. Ainda, foi detectado que ACS-AZ (50 mg/kg) promoveu reducao da producao de oxido nitrico (NO) (p<0,05), um mediador chave envolvido em processos de crescimento, angiogenese e metastase tumoral. Entre todos os parametros de toxicidade avaliados (parametros metabolicos, bioquimicos, hematologicos e histologicos), foi observado que ACS-AZ (50 mg/kg) induziu apenas hepatotoxicidade, caracterizada pela deteccao de esteatose grau leve e processos degenerativos no tecido hepatico. Em relacao aos testes de antinocicepcao, ACS-AZ (50 mg/kg, i.p.) apresentou potente atividade antinociceptiva de acao central nos testes de placa quente e, em ambas as fases do teste formalina (p<0,05), envolvendo a participacao da via opioide nessa reposta. Portanto, e possivel inferir que o ACS-AZ apresenta baixa toxicidade, atividade antitumoral via efeitos antiangiogenicos e imunomoduladores, e atividade antinociceptiva que envolve a via opioide.
  • TATYANNA KELVIA GOMES DE SOUSA
  • Potencial antitumoral e toxicidade do 5’-oxo-1’-fenil-1’,5’-diidro-10h-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (ACMD)
  • Data: 28/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • O cancer e caracterizado pelo crescimento descontrolado de celulas que podem invadir diversos tecidos, sendo uma das causas mais comuns de morte no mundo. Diversos problemas na terapia do cancer, como baixa efetividade, toxicidade e desenvolvimento de resistencia ao tratamento impulsionam a busca por novos farmacos. Nesse contexto, destaca-se o potencial antitumoral de derivados acridinicos. O objetivo deste trabalho foi investigar a toxicidade e a atividade antitumoral, bem como os possiveis mecanismos de acao de um novo derivado acridinico 5’-oxo-1’-fenil-1’,5’-diidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (ACMD). A atividade antitumoral in vitro foi avaliada pelo ensaio de reducao do MTT em celulas HL-60, sendo obtido um valor de concentracao inibitoria 50% (CI50) de 9,8 µM. Nas concentracoes de 11,4 e 22,8 µM, ACMD alterou a progressao do Lciclo celular, induzindo parada em G2/M, bem como induziu morte celular por apoptose, caracterizada por externalizacao da fosfatidilserina, ativacao de caspases -3 e -7 e alteracao do potencial de membrana mitocondrial. No ensaio de toxicidade nao clinica aguda em camundongos, a dose letal 50% (DL50) de ACMD foi estimada em torno de 1000 mg/kg (via intraperitoneal, i.p.), considerando o guia n. 423 da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) o que indica baixa toxicidade aguda. Para a avaliacao da genotoxicidade foi realizado o teste do micronucleo em sangue periferico de camundongos, sendo observado que ACMD (300 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade. Na avaliacao da atividade antitumoral in vivo, em modelo de Carcinoma Ascitico de Ehrlich (CAE), observou-se que apos sete dias de tratamento com ACMD (25 ou 50 mg/kg, i.p.) houve significante atividade antitumoral, considerando todos os parametros avaliados (volume, massa e viabilidade celular). Em relacao aos mecanismos de acao antitumoral, foi observado que ACMD (50 mg/kg) reduziu a microdensidade vascular peritumoral, bem como os niveis da quimiocina CCL-2. Ainda, foi observado aumento nos niveis das citocinas IL-12 e TNF-α, o que indica que ACMD foi capaz de modular a resposta imune contra o tumor. Considerando o vasto papel do estresse oxidativo na propagacao de tumores, foi avaliado o efeito de ACMD por meio do ensaio fluorimetrico do 2’7 – dicloro dihidrofluoresceina diacetato (DCFH-DA). Observou-se reducao do nivel de estresse oxidativo apos tratamento com ACMD (50 mg/kg), o que sugere efeitos antioxidantes. Ainda, foi detectado que ACMD (50 mg/kg) promoveu reducao de nitrito, indicativo da producao de oxido nitrico (NO), que e um mediador chave envolvido em processos de crescimento, angiogenese e metastase tumoral. Entre todos os parametros de toxicidade avaliados (parametros metabolicos, bioquimicos, hematologicos e histologicos), foi observado que ACMD (50 mg/kg) induziu apenas alteracoes na concentracao serica de ureia e creatinina, bem como nos niveis de hemoglobina e no percentual de hematocrito, porem permaneciam dentro dos limites de normalidade. Os dados apresentados, em conjunto, indicam que ACMD induz atividade antitumoral em celulas HL-60 por interferir na progressao do ciclo celular e induzir apoptose, e apresenta baixa toxicidade in vivo e potencial antitumoral via efeitos antiangiogenicos e imunomoduladores.
  • RAYSSA MARQUES DUARTE DA CRUZ
  • Síntese de novos derivados híbridos contendo 2-amino-tiofenos e aminoglicosídeos como potenciais agentes antimicrobianos com ação sob membranas bacterianas, constituintes aniônicos e bombas de efluxo
  • Data: 19/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • As bacterias sao microorganismos potencialmente causadores de infeccoes, com potencial de levar a morte. A introducao dos antibioticos na terapeutica promoveu um declinio da mortalidade decorrente dessas infeccoes, contudo, o uso indiscriminado dos antibioticos acelerou o processo de selecao natural, fazendo com que cepas de microorganismos desenvolvessem rapidamente mecanismos de resistencia, tornando muito dos antibioticos inefetivos, e provomendo uma continua necessidade de busca de novos agentes antimicrobianos. Dentro desse contexto, a quimica medicinal atraves de suas ferramentas, permite o desenho e a obtencao de novas moleculas com potenciais acoes biologicas. Dentre essas ferramentas, a hibridizacao molecular, se destaca, sendo uma estrategia que combina dois ou mais farmacoforos numa mesma entidade quimica visando a obtencao de moleculas com propriedades biologicas mais pronunciadas. Nesse contexto, esse trabalho objetivou o planejamento e a sintese, atraves da estrategia de hibridizacao molecular, de novos compostos contendo como farmacoforos os aminoglicosideos e os 2-amino-tiofenos, que pudessem ter suas acoes antimicrobianas potencializadas pela acao dos compostos sob as membranas bacterianas, constituintes anionicos e bombas de efluxo. Os 2-aminotiofenicos foram sintetizados atraves da reacao de Gewald, seguido por etapas de reacoes diversas de: acetilacao, reducao, protecao e desprotecao, e reacao de acomplamento com linkers. Para a sintese do hibrido, foi escolhido um 2-aminotiofeno para a reacao de acomplamento com a neamina. Foi possivel obter 18 compostos, dentre eles: 17 2-amino-tiofenos e 1 hibrido neamina + 2-aminotiofeno (RMD70). As rotas sinteticas se mostraram adaptadas, simples e eficazes, gerando os compostos em rendimentos entre 8,2% a 89,3%. Alguns compostos tiveram sua citotoxicidade avaliada atraves do ensaio de MTT, apresentando moderada a baixa viabilidade celular (de 64,27 e 82,72%). Os compostos tiveram suas atividades antibacterianas avaliadas frente a diferentes linhagens de S. aureus (ATCC e mutantes que superexpressam genes codificadores de bombas de efluxo) utilizando duas metodologias. Nenhum composto apresentou atividade antibiotica direta, porem, muitos se mostraram adjuvantes de antibioticos por atuacao na inibicao de bombas de efluxo. Na metodologia A, os compostos RMD70 e 7EST-ACET apresentaram excelente atividade, modulando a atividade da ciprofloxacina em 8x. Na metodologia B, o melhor composto foi o 6ME-EST, que modulou as 3 linhagens estudadas: 8x para IS-58 (TertK) e SA-1199B (NorA) e 16x para RN-4220 (MrsA). Observou-se que a presenca da amina livre no C-2, a ausencia de grupos volumosos na posicao C-3 e na amina piperidinica sao importantes para a atividade biologica desses compostos. Conclui-se que a hibridizacao molecular realizada foi um sucesso, resultando em compostos com importantes propriedades antibacterianas. A avaliacao complementar do hibrido (e de outros hibridos), assim como dos compostos frente a outras cepas bacterianas quesspossuem outras bombas de efluxo se faz necessario, para determinacao do espectro de acao.
  • JEFFERSON RODRIGUES NOBREGA
  • Avaliação da atividade antifúngica in vitro do α-pineno sobre Candida spp. isoladas de pacientes com otomicose
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Os fungos se destacam em meio as doencas infecciosas devido ao aumento da incidencia e das taxas de morbidade e mortalidade. Esses micro-organismos sao geralmente de natureza oportunista, capazes de desenvolver diversas infeccoes, entre elas a otomicose. Esta e uma infeccao causada fungos filamentosos e/ou por leveduras que acomete o sistema auditivo. Os principais agentes etiologicos envolvidos na otomicose sao especies pertencentes aos generos Aspergillus e Candida. O tratamento dessa infeccao envolve a eliminacao dos fatores de risco, remocao de detritos, uso de substancia antisseptica e/ou farmacos antifungicos. No entanto, o aumento do numero de casos de otomicoses, o pequeno numero de agentes antifungicos disponiveis, o uso de substancia antisseptica sem seguranca comprovada e o aumento de cepas fungicas resistentes tem despertado o interesse dos pesquisadores pela busca por terapias alternativas, especialmente por derivados de plantas e seus metabolitos, o qual destaca-se o monoterpeno α-pineno. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade antifungica do α-pineno contra especies de Candida isoladas de otomicoses, atraves dos ensaios in vitro de determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM), Concentracao Fungicida Minima (CFM) e avaliacao das alteracoes micromorfologicas na presenca do fitoconstituinte, bem como investigar o efeito da associacao entre o monoterpeno e o acido borico, atraves da tecnica de Checkerboard. O α-pineno apresentou atividade antifungica significativa frente as estirpes ensaiadas, com superior atividade inibitoria frente a especie C. parapsilosis. Alem disso, a CFM frente as cepas C. albicans e C. parapsilosis caracterizou o monoterpeno com acao fungicida. O α-pineno demonstrou ainda ser eficaz em inibir o aparecimento de estruturas fungicas, como pseudohifas e causar acentuada diminuicao de blastoconidios. Por fim, o estudo de associacao entre o fitoconstituinte e o acido borico produziu efeitos aditivos, sendo os melhores resultados observados sobre as cepas de C. parapsilosis. No entanto, apesar de resultados sinergicos nao terem sido evidenciados nesse trabalho, e importante destacar que resultados antagonicos nao foram produzidos em nenhuma das combinacoes realizadas. Em conclusao, os dados obtidos no presente trabalho fornecem expectativas mais claras para estudos farmacologicos futuros, alem de destacar a importancia do α-pineno como notavel composto antifungico e estimular sucessivas pesquisas no intuito de viabilizar sua insercao na terapeutica tradicional, otimizando as estrategias farmacologicas contra otomicoses.
  • FERNANDO FERREIRA LEITE
  • Estudo fitoquímico da espécie Piper mollicomum Kunth e atividade antibacteriana
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • O genero Piper e considerado o maior da familia Piperaceae. Com mais de 2000 especies ja descritas, e encontrado principalmente em regioes tropicais e neotropicais. Possui um alto valor comercial pelo seu amplo uso tanto na medicina popular como na culinaria tradicional, se tornando alvo de diversas pesquisas. Possuem um metabolismo diferenciado, produzindo classes de substancias que nao sao usualmente encontradas como alcamidas aristolactamas, alcaloides aporfinicos e kavalactonas, aumentando ainda mais seu potencial terapeutico. Dentre as especies do genero Piper encontra-se a Piper mollicomum Kunth, conhecida popularmente como jaborandi ou jaborandi-manso e nesse trabalho, investigacoes quimicas foram realizadas com suas raizes que foram coletadas no campus I da Universidade Federal da Paraiba, municipio de Joao Pessoa-PB. Os extratos metanolicos foram submetidos as cromatografias convencionais (adsorcao-gel de silica e XAD-2 e exclusao- gel de dextrana) resultando, apos analises por metodos fisicos (ponto de fusao) e espectrometricos (Espectrometria na regiao do Infravermelho e Ressonancia Magnetica Nuclear de 1H e 13C, incluindo tecnicas uni e bidimensionais), em quatro substancias identificadas como sendo duas aristolactamas – a 10-Metilamina-4-hidroxi-2,3-dimetoxifenantreno-1-acido carboxilico-lactama e a 10-Metilamina-4-hidroxi-3-metoxifenantreno-1-acido carboxilico-lactama, alem de um acido identificado como Acido 3,4,5-trimetoxifenil-propanoico e uma amida isobutilica identificada como a 2-Propenamida, 3-(6-metoxi-1,3-benzodioxol-5-il)-N-(2-metilpropil)-(2E), sendo as 3 primeiras relatadas pela primeira vez na especie. Foram analisadas a atividade antimicrobiana dessas quatro substancias em bacterias Gram-positivas (Bacillus. subtilis CCT 0516; Staphylococcus aureus 47; Staphylococcus aureus ATCC8027; ); e Gram-negativas (Escherichia coli 13; Escherichia coli ATCC 2536; Pseudomonas aeruginosa ATCC 8027; Pseudomonas aeruginosa 102) no entanto nenhuma delas exibiu atividade antibacteriana visto que nao houve inibicao do crescimento das cepas Gram-positivas e Gram-negativas testadas.
  • RAFAEL CARLOS FERREIRA
  • Toxicidade e ação antitumoral in vivo do 4-(4-nitrobenzoato)-piperinoato de butila, um novo derivado da piperina.
  • Data: 27/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • O cancer e um conjunto de doencas caracterizadas, principalmente, pela proliferacao descontrolada de celulas que sofreram mudancas geneticas e/ou epigeneticas. E a segunda principal causa de mortalidade no mundo, sendo responsavel por importantes taxas de morbidade. A quimioterapia, uma das principais modalidades de tratamento dessa doenca, esta associada ao surgimento de resistencia e a significativos efeitos adversos. Pensando nisso, diversas moleculas tem sido sintetizadas, visando o desenvolvimento de medicamentos mais efetivos e/ou com menor toxicidade. A piperina, um alcaloide encontrado em plantas do genero Piper, tem diversas atividades biologicas relatadas, incluindo efeito antitumoral. Contudo, essa molecula esta associada a significativa toxicidade. Desta forma, objetivando a potencializacao e/ou reducao da toxicidade da piperina, foi sintetizado o derivado inedito 4-(4-nitrobenzoato)-piperinoato de butila (DE-07). O objetivo deste trabalho foi a avaliacao da atividade antitumoral e da toxicidade nao clinica do DE-07. No ensaio de toxicidade aguda, o tratamento com das doses de 2000 e 300 mg/kg permitiu estimar o valor da dose letal media (DL50) em aproximadamente 1000 mg/kg. O uso do teste de toxicidade em embrioes de peixe (teste FET), indicou que a concentracao letal media (CL50) do DE-07 e superior a 100 µg/mL. A exposicao de embrioes/larvas de peixe-zebra ao DE-07 nao mostrou alteracoes nos indicadores de letalidade avaliados. O tratamento com DE-07 (300 mg/kg) nao aumentou a frequencia de eritrocitos micronucleados em sangue periferico de camundongos Swiss. A avaliacao da atividade antitumoral foi realizada utilizando o carcinoma ascitico de Ehrlich (CAE) e mostrou significativa reducao dos parametros de viabilidade e total celular. Na avaliacao dos possiveis mecanismos de acao antitumorais, o tratamento com DE-07 (50 mg/kg) mostrou significativa reducao da microdensidade vascular peritoneal. Em adicao, o aumento das especies reativas de oxigenio (ROS), apos tratamento com DE-07, mostrou que a inducao do estresse oxidativo esta envolvido com o seu efeito antitumoral. Em relacao a determinacao das citocinas, o DE-07 induziu aumento significativo da IL-1β, do TNF-α e da IL-4, sugerindo que o DE-07 modifica a resposta inflamatoria no microambiente tumoral contribuindo para a resposta antitumoral do DE-07. A avaliacao da toxicidade apos tratamento de sete dias com DE-07 nao mostrou alteracoes nos indices do coracao, figado, rins, baco e timo. Foi observada reducao dos consumos de agua e racao, mas sem alteracao significativa na avaliacao ponderal. Discretas alteracoes histologicas no figado foram evidenciadas. Reducao da atividade serica da aspartato aminotransferase (AST), em comparacao ao grupo controle tambem foi observada, mas dentro dos valores de normalidade para a especie. A analise histologica dos rins nao evidenciou nenhuma alteracao morfologica nesses orgaos e, corroborando com esses resultados, nao foram observadas alteracoes significativas nas concentracoes sericas de ureia e creatinina. Em relacao aos parametros hematologicos, foi observada leucocitose, acompanhada de linfocitose que, por sua vez, encontra-se dentro do intervalo de normalidade para a especie. Em adicao observou-se aumento do hematocrito (HCT) que nao foi acompanhado de alteracoes nos demais parametros do eritrograma e, desta forma, nao possui significado clinico. Esses resultados permitem inferir que o DE-07 apresenta baixa toxicidade nao clinica e significativa atividade antitumoral por efeitos antiangiogenicos, de inducao do estresse oxidativo e modulacao da resposta inflamatoria no microambiente tumoral.
  • PEDRO THIAGO RAMALHO DE FIGUEIREDO
  • ISOLAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE QUIMIOINFORMÁTICA DE TRITERPENOS DA ESPÉCIE Maytenus erythroxylon Reissek
  • Data: 25/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • Maytenus e um genero que pertence a familia Celastraceae, apresenta em torno de 300 especies distribuidas nas regioes pantropicais do mundo. Este genero, apresenta grande relevancia para o tratamento dos disturbios gastrointestinais. Maytenus erythroxylon var. Maytenus erythroxyla e endemica da regiao do nordeste brasileiro e estudos recentes mostraram que o extrato etanolico desta especie apresenta uma potente atividade antidiarreica. O objetivo deste trabalho e realizar o estudo fitoquimico e quimioinformatico de M. erythroxylon e avaliar a atividade antimicrobiana de extratos e substancias isoladas. As partes aereas de M. erythroxylon foram coletadas no municipio de Mamanguape-PB, em seguida foram secas e trituradas para a obtencao do po vegetal, este foi submetido a sucessivas extracoes com etanol a 95%, para obtencao do extrato etanolico bruto, sendo submetido a metodos cromatograficos para isolamento e purificacao dos metabolitos secundarios. Para a identificacao das estruturas quimicas foram utilizados metodos espectroscopicos de Infravermelho e Ressonancia Magnetica Nuclear de 1H, 13C e bidimensionais. Da fracao hexanica desengordurada foram isolados cinco triterpenos pentaciclicos, tres com esqueleto do tipo friedelano (3β-friedelanol, acido- 3,4-seco-friedelano-3-oico e 3-oxo-30-hidroxifriedelano) e dois com esqueleto lupano, (29-norlupan- 3,20-diona e 30-hidroxi-20(29)-lupen-3-ona). Sendo todos os compostos relatados pela primeira nesta especie, porem a 29-norlupan-3,20-diona foi isolado pela primeira vez no genero. No estudo da Relacao Estrutura-Atividade Quantitativa (QSAR) para avaliar a predicao das atividades das substancias isoladas contra os microorganismos Salmonella enteritidis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans. Os compostos foram classificados de acordo com valores de pMIC50 para gerar e validar o modelo por “Random Forest” (RF). O modelo RF de predicao para os microorganismos citados obtiveram uma porcentagem de acerto acima de 72%, area sob a curva, Receiver Operating Characteristic, acima de 0,8. Deste estudo, o triterpeno isolado acido-3,4-seco-friedelano-3-oico foi considerado ativo para o modelo de C. albicans. Paralelamente, foi realizado o estudo de docking molecular das substancias isoladas com as enzimas 14α-lanosterol-dimetilase, exo-beta-(1,3)-glucanase e N-Myristoyltransferase. Desse estudo, os triterpenos acido-3,4-seco-friedelano, 30-hidroxi-(20)29- lupen-3-ona e 29-norlupan-3,20-diona apresentaram melhores energias de ligacao na interacao com 14α-lanosterol-dimetilase e os triterpenos acido-3,4-seco-friedelano, 3-oxo-30-hidroxifriedelano e 3β- friedelanol apresentaram melhores energias de ligacao na interacao com a exo-beta-(1,3)-glucanase. Todos os triterpenos citados apresentaram interacoes semelhantes com os ligantes descritos na literatura. Foi realizado a atividade antimicrobiana das fases e substancias isoladas utilizando as cepas bacterianas: S. enteritidis (ATCC-6017), S. enteritidis (LM-13), E. coli (ATCC-18739), P. aeruginosa (ATCC-9027) e cepas de fungos C. albicans (ATCC-60193), C. tropicalis (ATCC-13803). Este estudo revelou que os produtos testados apenas inibiram as cepas dos fungos leveduriformes.
  • ANDERSON FELLYP AVELINO DINIZ
  • Suplementação alimentar com Spirulina platensis restaura os danos causados pela dieta hipercalórica em corpo cavernoso de ratos Wistar
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Caracterizada por sua natureza multifatorial, a disfuncao eretil (DE) e considerada um disturbio predominantemente vascular, definida como a incapacidade constante de alcancar e/ou manter uma erecao peniana para uma relacao sexual satisfatoria, tendo, portanto, o aumento na adiposidade corporal como um fator independente para o seu desenvolvimento. Recentemente, demonstrou-se que a suplementacao alimentar com Spirulina platensis, uma alga verde-azulada com potente atividade antioxidante, previne danos a funcao eretil. Assim, visando evidenciar novas alternativas terapeuticas para o tratamento da DE, avaliaram-se os possiveis efeitos da suplementacao alimentar com S. platensis, na reversao dos danos causados sobre a funcao eretil de ratos Wistar alimentados com uma dieta hipercalorica. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais da UFPB (certidao 6061090318). Os ratos foram divididos em grupo alimentado com dieta padrao (318,0 kcal/100g), que recebeu solucao salina (DP), grupo alimentado com a dieta hipercalorica (417,0 kcal/100g), que recebeu solucao salina (DHC), grupo alimentado com dieta hipercalorica e suplementado com a alga nas doses de 25 (DHC + SP25), 50 (DHC + SP50) e 100 mg/kg (DHC + SP100) e grupo alimentado com a dieta hipercalorica e, posteriormente, alimentado com a dieta padrao (DHC + DP). Foram analisados os parametros bioquimicos, a funcao eretil (in vivo), os mecanismos funcionais envolvidos nas alteracoes da reatividade contratil e relaxante do corpo cavernoso (in vitro), e a relacao estresse oxidativo/defesas antioxidantes tecidual. A suplementacao alimentar com S. platensis nas doses de 50 e 100 mg/kg foi eficaz na reducao dos niveis de trigliceridios nos ratos que consumiram a dieta hipercalorica. Ademais, nao houve alteracao dos parametros bioquimicos dos ratos que foram alimentados com a dieta hipercalorica em relacao aos que consumiram a dieta padrao. Adicionalmente, foi observado reducao do numero e aumento da latencia para iniciar a erecao peniana nos ratos que consumiam a dieta hipercalorica. Entretanto, tais efeitos foram restaurados pela suplementacao alimentar com a alga em todas as doses testadas, bem como, no grupo alimentado com dieta hipercalorica e posteriormente com dieta padrao. Em relacao a reatividade cavernosa, a eficacia contratil a fenilefrina (FEN) (acoplamento farmaco-mecanico) foi potencializada 61,5% no grupo DHC. Similarmente, o consumo da dieta hipercalorica promoveu uma reducao de 73,6% da eficacia relaxante induzida pela acetilcolina (ACh), evidenciando assim, os efeitos deleterios do consumo dessa dieta sobre a reatividade cavernosa, estando diretamente associada a modulacao negativa das vias do oxido nitrico (NO) e dos prostanoides. Em contrapartida, a S. platensis aumentou a biodisponibilidade de NO, reduziu a liberacao das especies reativas de oxigenio (ROS) e potencializou o efeito relaxante promovido pela acetilcolina (ACh), restaurando os danos a reatividade contratil e relaxante cavernosa. A capacidade antioxidante total (CAT) cavernosa foi aumentada, e os niveis de malondialdeido (MDA) reduzidos, pela suplementacao alimentar com a alga na dose de 50 mg/kg nos ratos do grupo DHC, restaurando, portanto, os danos oxidativos correlacionados ao consumo da dieta hipercalorica. Dessa forma, a suplementacao alimentar com S. platensis restaura os danos ao corpo cavernoso, decorrentes do consumo da dieta hipercalorica, despontando, portanto, como uma alternativa terapeutica promissora para o tratamento da disfuncao eretil causada pelo aumento da adiposidade corporal.
  • EDVALDO BALBINO ALVES JUNIOR
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GASTROPROTETORA DO ESTRAGOL EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • O estragol e um composto organico aromatico pertencente a classe dos fenilpropanoides derivados de aldeidos cinamicos presente em oleos essenciais de especies vegetais, como Ravensara anisata (madeira), Ocimum basilicum (manjericao/alfavaca), e Croton zehntneri (canelinha). Estudos farmacologicos relatam sua atividade anti-inflamatoria, antioxidante e vasorelaxante. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade nao-clinica aguda, a atividade gastroprotetora e os mecanismos de acao relacionados. O ensaio foi considerado significativo quando *p<0,05. No ensaio de toxicidade aguda, em que foram utilizadas as doses de 300 ou 2000 mg/kg do estragol administradas por via oral (v.o.) nao foram observados sinais de alteracoes comportamentais, exceto para dose de 2000 mg/kg com diminuicao do consumo de agua e racao. Desta forma, foi possivel estimar que a dose letal 50% (DL50) e igual ou superior a 2500 mg/kg, de acordo com o guia 423 da OECD. Para a avaliacao da atividade gastroprotetora foram utilizados os modelos de inducao aguda de ulcera gastrica pelo etanol em ratos, anti-inflamatorio nao-esteroidal (AINE-piroxicam) e estresse (por imobilizacao e frio) em camundongos e contensao do suco gastrico em ratos. No modelo de inducao da ulcera pelo etanol, a carbenoxolona (100 mg/kg}) e o estragol (31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg – v.o) reduziram a area de lesao ulcerativa em 55, 25, 69, 74 e 95% (***p<0,001), respectivamente, quando comparada ao controle negativo. Alem disso, a dose mais efetiva (250 mg/kg) melhorou os parametros histologicos avaliados. Nas ulceras gastricas induzidas pelo estresse (imobilizacao e frio) a cimetidina (100 mg/kg) e o estragol (31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg – v.o) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 42, 45, 53, 59 e 65% (*p<0,01) e (***p<0,001), respectivamente, quando comparada ao controle negativo. Nas ulceras gastricas induzidas por AINEs, a cimetidina (100 mg/kg) e o estragol (31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg – v.o) reduziram o ILU em 59, 46, 47, 56 e 64% (***p<0,001), respectivamente quando comparado ao grupo controle negativo. Em ulceras gastricas induzidas por contensao do suco gastrico (ligadura do piloro) a cimetidina (100 mg/kg) e o estragol (250 mg/kg) reduziram o ILU em 42 e 52 % (v.o) (***p<0,001) e em 42 e 43 % (i.d) (###p<0,001), respectivamente. Na perspectiva de investigar os mecanismos envolvidos na atividade gastroprotetora do estragol foram avaliados os mecanismos antissecretorios ou neutralizantes da secrecao gastrica, citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorio. O tratamento i.d com estragol (250 mg/kg) diminuiu o volume do suco gastrico. A atividade gastroprotetora do estragol (250 mg/kg) envolve a participacao de grupamentos sulfidrilas, oxido nitrico, muco e prostaglandinas. Aumentou os niveis de glutationa reduzida (GSH) e glutationa peroxidase (GPx) e reduziu os niveis de malondialdeido (MDA) e mieloperoxidase. Reduziu os niveis de interleucina-1 beta (IL-1β), do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e da expressao de sintase do oxido nitrico induzivel (iNOS), alem de aumentar os niveis de interleucina-10 (IL-10) e de ciclooxigenase 2 (COX-2). Assim e possivel inferir que o estragol apresenta atividade gastroprotetora relacionada a mecanismos antissecretorio, citoprotetores, antioxidantes e imunomoduladores.
  • HIDNA NASCIMENTO DA CUNHA
  • Compostos fenólicos de Erythroxylum pauferrense Plowman: Isolamento e caracterização por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • A populacao humana sempre buscou nas especies vegetais importantes propriedades terapeuticas e, com isso, passou a utiliza-las no tratamento de diversas doencas, a partir da observacao de que nas plantas existem substancias que atuam na recuperacao da saude humana. Erythroxylum pauferrense Plowman, conhecida popularmente como “Guarda Orvalho” e uma especie da familia Erythroxylaceae endemica da regiao Nordeste do Brasil com ocorrencia confirmada apenas no estado da Paraiba. Devido a ausencia de estudos quimicos e farmacologicos, este trabalho tem como objetivo efetuar uma abordagem fitoquimica e avaliar o potencial de citotoxicidade da fase acetato de etila de E. pauferrense. As partes aereas da especie foram coletadas no municipio de Areia – PB, apos secagem e pulverizacao foi realizada uma extracao do material vegetal, e posterior particao do extrato resultando nas fases hexanica, cloroformica, acetato de etila e n-butanolica. A fase acetato de etila foi analisada por cromatografia liquida acoplada a espectrometro de massas, apresentando 14 picos principais, que foram identificados putativamente como sendo flavonoides glicosideos e flavonoides oligomericos. Essa mesma fase foi submetida a cromatografia em coluna, e uma das suas fracoes foi analisada por cromatografia liquida de alta eficiencia com detector por arranjo de diodos em escala analitica e fracionamento em escala preparativa, levando ao isolamento de tres substancias majoritarias: Quercetina-3-sambubiosideo, Quercetina-3-O-α-L-raminosideo e Ombuin-3-rutinosideo. Estes foram identificados por espectroscopia por RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais. Para a avaliacao da citotoxicidade da fase acetato de etila da E. Pauferrense foi realizada uma triagem utilizando as linhagens de celulas tumorais humanas HL-60 (leucemia promielocitica aguda), MCF-7 (adenocarcinoma mamario) e HCT-116 (carcinoma colorretal) mantidas em meio de cultura RPMI-1640. a citotoxicidade foi avaliada por meio do ensaio de reducao do MTT. Essa triagem mostrou um resultado de pouca atividade (inibicao de crescimento celular variando de 20 a 50%) para a linhagem HCT-116, uma atividade moderada (inibicao de crescimento celular variando de 50 a 70%) para a linhagem MCF-7 e muita atividade para a linhagem HL-60 promovendo uma inibicao de crescimento variando de 70 a 100%. Logo, essa triagem tem um resultado bastante promissor para a linhagem HL-60. Os resultados obtidos deste trabalho, contribuiram para o conhecimento fitoquimico e farmacologico do genero Erythroxylum e da especie Erythroxylum pauferrense.
  • ANA LAURA DE CABRAL SOBREIRA
  • Definição do perfil fitoquímico por LC/MS e primeiros metabolitos isolados de Sida planicaulis Cav. (Malvaceae) e atividade antimicrobiana
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 08:30
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  • Considera-se que a utilizacao milenar das plantas medicinais com a finalidade de curar as enfermidades da humanidade, proporcionou um vasto conhecimento sobre as acoes terapeuticas e a toxicidade de determinados especies. Apesar da riqueza da flora brasileira, nos ultimos 20 anos, o numero de informacoes sobre plantas medicinais tem crescido apenas 8% anualmente, buscando contribuir com este enriquecimento cientifico, o presente estudo realizou um trabalho fitoquimico pioneiro da Sida planicaulis Cav., visando a descoberta de seus constituintes quimicos e acao antimicrobiana, e assim colaborar com o enriquecimento quimiotaxonomico da familia Malvaceae. Para atingir estes objetivos fez-se uso de tecnicas cromatograficas e espectroscopicas, utilizando Ressonancia Magnetica Nuclear (RMN), uni e bidimensionais, e Espectrometria de Massas. Com a metodologia utilizada foi possivel isolar uma cumarina e um alcaloide, e identificar por FIA-ESI-IT-MS oito metabolitos secundarios, entre eles acidos fenolicos e flavonoide glicosilados. Entre as amostras que foram testadas sua atividade antimicrobiana, o alcaloide (sal da criptolepina) isolado foi o que apresentou uma CIM mais promissora, tendo uma atividade farmacologica considerada otima a moderada, podendo assim ser alvo de futuros testes microbiologicos.
  • FIAMA FERREIRA FIGUEIREDO
  • Constituintes químicos e avaliação da atividade biológica de Xylopia frutescens Aubl. (Annonaceae).
  • Data: 20/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • A familia Annonaceae reune cerca de 2.500 especies distribuidas em 108 generos por regioes tropicais e subtropicais. Entre os generos que a compoe, Xylopia e considerado um dos maiores, apresentando uma predominancia de alcaloides e diterpenos como metabolitos secundarios nas suas especies, como tambem um grande potencial farmacologico. Xylopia frutescens, comumente conhecida como “embira-vermelha”, e utilizada amplamente na medicina popular, mas poucos estudos cientificos sao relatados para a especie. Para a realizacao do estudo, as cascas de caule de X. frutescens foram coletadas em Santa Rita – PB, secas em estufa a 40 ºC e trituradas. O po seco foi submetido a extracao com etanol 95% e a solucao resultante foi concentrada em rotaevaporador, obtendo-se o extrato etanolico bruto. Este foi particionado, resultando nas fases hexanica, cloroformica e acetato de etila. As estruturas quimicas foram identificadas por espectroscopia de ressonancia magnetica nuclear, espectrometria de massas e em comparacao com dados da literatura. Um precipitado formado na fase hexanica foi identificado como uma mistura de diterpenos: o acido ent-caur-16-en-19-oico e acido ent-traquiloban-19-oico. A fase cloroformica foi submetida a cromatografia liquida de media pressao, obtendo-se fracoes que foram analisadas por cromatografia liquida de alta eficiencia acoplada ao detector de arranjo de diodos em escala analitica e fracionamento em escala semi-preparativa, levando ao isolamento de quatro alcaloides e uma lignana, identificados como pseudopalmatina, oxobuxifolina, lisicamina, laurotetanina e siringaresinol-β-D-glicosideo, respectivamente. As substancias identificadas estao sendo descritas pela primeira vez para a especie, com excecao da laurotetanina. Outra fracao dessa mesma fase foi analisada por cromatografia liquida acoplada ao espectrometro de massas, apresentando oito picos principais que foram identificados putativamente como alcaloides aporfinicos e oxoaporfinicos com seus substituintes. O oleo essencial foi extraido por hidrodestilacao em aparelho de Clevenger e caracterizado por cromatografia gasosa acoplada a espectroscopia de massas. A composicao quimica do oleo essencial foi de monoterpenos e sesquiterpenos, sendo o β-pineno (2,52 %), 1,3,5-trimetilbenzeno (3,2 %), citronelol (1,06 %), geraniol (2,35 %), timol (2,96 %), elemol (1,36 %), espatulenol (1,08 %) e cadin-4-en-10-ol (1,79 %) como constituintes majoritarios. A atividade antimicrobiana do oleo essencial foi investigada atraves da concentracao inibitoria minima (CIM), apresentando atividade antibacteriana contra Pseudomonas aeruginosa e Morganella morganii (CIMs:1024 µg/mL) e forte atividade antifungica contra Cryptococcus gattii (INCQS-40113) de 32 μg/mL e de 256 μg/mL para Candida tropicalis (ATCC-13803), sendo classificado como forte potencial antimicrobiano para estudos complementares.
  • JÉSSIKA DE OLIVEIRA VIANA
  • Investigações in silico e proposição de farmacóforo na pesquisa de novos agentes tuberculostáticos
  • Data: 20/02/2019
  • Hora: 08:30
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  • A tuberculose, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, e a doenca infecciosa causada por bacteria com os mais altos niveis de mortalidade em todo o mundo. Existem inumeros casos de resistencia a medicamentos de primeira e segunda linha, o que fortalece a necessidade continua para a descoberta de novas entidades quimicas bioativas contra esta infeccao. Dentre os metodos utilizados na busca de novos farmacos contra a tuberculose estao os estudos in silico que realiza a elaboracao de modelos quimicos e biologicos em ferramentas computacionais, possibilitando predizer e interpretar caracteristicas moleculares. Nesta perspectiva, objetivou-se empregar QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationships) e modelagem molecular afim de se propor um possivel farmacoforo de derivados benzotiazinonas, que reuna caracteristicas estruturais responsaveis pela atividade contra a M. tuberculosis. Neste estudo foi utilizado um conjunto de 70 derivados benzotiazinonas, empregando ferramentas computacionais, como: analise dos descritores moleculares com auxilio da quimiometria, analise de suas propriedades quanticas por meio de superficies eletronicas, predicao de metabolitos, interacoes com o citocromo P450 e o acoplamento molecular em 4 proteinas importantes para o bacilo: DprE1, InhA, PS e DHFR. Como resultado, o modelo quimiometrico computado nos programas Volsurf+ e Pentacle apresentaram bons valores preditivos, onde os descritores referentes a anfifilicidade e ao volume molecular mostraram-se essenciais para a atividade dos derivados benzotiazinonas. As superficies eletronicas demonstraram o carater de alta estabilidade dos compostos com substituintes nitro, trifluorometil e hidrocarbonetos alifaticos presentes nos compostos mais ativos, corroborando com os estudos de QSAR. Os metabolitos provenientes da interacao com as CYP3A4 e 2D6 apresentaram divergencias de acoplamento no sitio dos citocromos, o que podem ser devido ao meio reacional e as divergencias existentes na estrutura das benzotiazinonas. De forma similar, o docking molecular realizado com as quatro enzimas da TB demonstraram boa interacao dos compostos mais ativos. Os fragmentos encontrados no QSAR como essenciais para a atividade biologica tambem se apresentaram como essenciais para a interacao do ligante com o sitio ativo das proteinas, sendo os grupos trifluorometil, grupo nitro e fragmento de piperazina com grupos hidrocarbonetos alifaticos os provaveis farmacoforos para as benzotiazinonas do estudo.
  • EDILEUZA BEZERRA DE ASSIS
  • ESTUDO FITOQUÍMICO E ABORDAGEM SOBRE A ATIVIDADE LARVICIDA DE Helicteres eichleri K. SCHUM (STERCULIACEAE) FRENTE A Aedes aegypti L. (DIPTERA: CULICIDAE).
  • Data: 19/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Desde os primordios da existencia humana, populacoes de todo o mundo vem utilizando produtos naturais com fins medicinais e difundindo esses conhecimentos por geracoes. Na contemporaneidade, com os avancos da ciencia, intensifica-se o interesse de pesquisadores que buscam nas plantas medicinais a descoberta de novas substancias bioativas. No cenario mundial, o Brasil se destaca como um dos paises com maiores perspectivas para exploracao sustentavel de sua biodiversidade, uma vez que e detentor da maior diversidade de especies vegetais do mundo. Nesse contexto, ressaltamos a importancia das pesquisas sobre especies vegetais que se apresentam como fontes naturais de combate aos varios estagios do mosquito Aedes aegypti, principal vetor responsavel pela transmissao dos virus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Essa busca por inseticidas naturais, oriundos de recursos renovaveis, rapidamente degradaveis e menos prejudiciais para o meio ambiente e para a saude humana, quando comparados aos inseticidas sinteticos, levou-nos a isolar e identificar os constituintes quimicos, alem de avaliar o potencial larvicida da especie Helicteres eichleri K. Schum (Sterculiaceae), conhecida popularmente no Brasil como “fumo-de-macaco”. Atraves de um estudo pioneiro do ponto de vista quimico e biologico do extrato etanolico bruto obtido das partes aereas desta especie e utilizando tecnicas cromatograficas e espectroscopicas, foram isoladas e identificadas, respectivamente, dez substancias: decanol (He-1), acido rosmarinico (He-2), uma mistura de estigmasterol e β-sitosterol (He-3a e He-3b), lupeol (He-4), uma mistura do acido ursolico e acido oleanolico (He-5a e He-5b), uma mistura do acido micromerico e acido ursolico (He-6a e He-6b), e 3-β-esteariloxi-urs-12,20-dieno (He-7). Uma abordagem preliminar, a partir da exposicao das larvas no estagio L4 de Aedes aegypti a diferentes concentracoes do extrato etanolico bruto das partes aereas de Helicteres eichleri, demonstrou promissora atividade larvicida. Apos 24 e 48 horas de exposicao, a concentracao de 20mg/mL foi capaz de matar 92,5% e 93,3% das larvas, respectivamente. A CL50 foi calculada em 4,4 mg/mL para o intervalo de 24 horas, e, utilizando o modelo de teste de Tukey, apos 48 horas de exposicao apresentou CL50 de 3,73 mg/mL, caracterizando-se assim, como uma alternativa favoravel a ser utilizada em um sistema de controle integrado desse vetor, sendo necessaria a continuidade desse estudo.
  • JOSÉ LUCAS FERREIRA MARQUES GALVÃO
  • Estudo da atividade antibacteriana do isoeugenol contra cepas clínicas de Pseudomonas aeruginosa
  • Data: 19/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Evidencias cientificas ao longo do tempo, demonstra-se que a bacteria da especie Pseudomonas aeruginosa destaca-se dentre os patogenos que promovem elevadas taxas de morbidade, mortalidade e aumento de custos hospitalares em ambito mundial. Este micro-organismo e intrinsicamente resistente a ampla diversidade de farmacos e e capaz de se tornar resistente a diversos agentes antimicrobianos. Atualmente, verifica-se uma significativa limitacao do arsenal terapeutico que pode ser empregado para o tratamento de infeccoes causadas por esta bacteria multirresistente, uma vez que a Pseudomonas aeruginosa pode desenvolver seus mecanismos de resistencia durante a terapia antimicrobiana. Portanto, baseado na resistencia promovida por essa bacteria desperta-se a atencao dos pesquisadores a possibilidade do uso de compostos naturais, sendo estes, plantas medicinais e oleos essenciais e seus fitoconstituintes na prevencao e tratamento de enfermidades, dentre esses fitoconstituientes destaca-se o isoeugenol, um fenilpropanoide. Diante disso, foi avaliada atividade antibacteriana do isoeugenol contra cepas clinicas de Pseudomonas aeruginosa atraves de ensaios realizados in vitro: Determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Bactericida Minima (CBM) e estudos de associacao do isoeugenol com antimicrobianos convencionais (gentamicina e meropenem). Na avaliacao da atividade antibacteriana, o isoeugenol apresentou uma CIM de 64 µg/mL e uma CBM de 128 µg/mL, ja para os antimicrobianos convencionais a gentamicina apresentou uma CIM de 1024 µg/mL e uma CBM >1024 µg/mL, enquanto que o meropenem teve sua CIM e sua CBM de 32 µg/mL. A associacao do fenilpropanoide primeiramente com a gentamicina mostrou-se tanto para a cepa ATCC quanto para a cepa clinica L.M 297 um efeito sinergico, diferentemente foi observado que na associacao do meropenem com a cepa ATCC resultou-se um efeito de aditividade ou indiferenca e para a cepa clinica L.M 297 um efeito de antagonismo. Com isso, os resultados obtidos nesse estudo sugerem uma atividade antibacteriana do isoeugenol frente a cepas clinas de P. aeruginosa, seja de forma isolada ou em associacao com antimicrobiano padrao.
  • ANA LIGIA DA COSTA PEREIRA
  • Síntese, elucidação estrutural e estudos in sílico de novos compostos 2-amino-tiofênicos imídicos candidatos a fármacos antifúngicos, antileishimanicida e antitumorais
  • Data: 18/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Criptococose, leishmaniose e cancer, a exemplo do adenocarcinoma cervical, sao doencas que apesar de divergirem quanto a etiologia possuem em comum uma alta incidencia, e problemas relacionados a biodisponibilidade, a toxicidade e a resistencia aos farmacos disponiveis na terapeutica. Com o intuito de trazer novas alternativas para essas enfermidades, diversas estrategias do planejamento racional de farmacos podem ser empregadas, envolvendo etapas de estudos in silico (ADMET e docking molecular), alem de sintese organica (hibridacao molecular) permitindo a validacao de alvos moleculares e o desenvolvimento de novos farmacos. Nesse contexto, e sabendo que os heterociclos 2-amino-tiofeno e as imidas ciclicas se mostram como farmacoforos atraentes para a quimica medicinal, e tambem para essas 3 doencas, o objetivo desse trabalho foi sintetizar novos hibridos 2-amino-tiofenicos-imidicos e realizar estudos in silico ADMET e de docking molecular para diversos alvos de Cryptococcus neoformans, leishmania e adenocarcinoma cervical, visando a predicao dos compostos potencialmente mais ativos, para conducao futura de testes biologicos. Para tanto, foram testadas diversas metodologias sinteticas, dentre as quais o metodo de reacao sem solvente a 150ºC foi o escolhido para obtencao dos diferentes derivados hibridos. Foram obtidos em rendimentos variados (5,83-81,29%) 18 hibridos tiofenos-imidicos, sendo 3 maleimidicos, 6 ftalimidicos, 5 iso-indolinicos e 4 bis-indolilicos. Esses compostos tiveram suas caracteristicas fisico-quimicas determinadas e suas estruturas foram comprovadas atraves de espectroscopia de ressonancia magnetica nuclear de 1H e 13C, espectrometria de massas e difratometria de raios X (para CNF-08 e ESF-07). Os softwares SwissADME e Osiris Property Explore foram utilizados nos estudos in silico ADMET, onde se observou que os hibridos contendo maleimidas e ftalimidas apresentaram melhores perfis de biodisponibilidade, absorcao gastrointestinal e toxicidade, destacando-se os compostos CNMA-06 e ESMA-06 que mostraram o melhor valor de drugscore. A maioria dos compostos nao tem potencial de interacao com as isoformas CYPCD6, CYPC3A4 do citocromo CYP450, nem com P-gp, especialmente os hibridos bis-indolinas (a exemplo de ESDP-06 e IPDP-06). Quanto ao potencial de induzir efeitos mutagenicos tumorigenicos, irritantes e reprodutivos, todos os compostos com excecao de IPDP-06 (que apresentou baixo risco) e de todas bis-indolinas (que apresentaram medio a alto risco), apresentaram-se atoxicos. Os estudos de docking molecular foram conduzidos com auxilio do software Molegro Virtual docking 6.0, usando de 3 a 4 alvos moleculares para cada uma das doencas. Todas as moleculas apresentaram valores negativos de energia de ligacao, muitos dos quais inferiores as drogas referencias utilizadas, e ate mesmo aos ligantes co-cristalizados, indicando que as moleculas tem grande potencial de se ligar com estabilidade e afinidade as macromoleculas selecionadas. Os melhores ligantes para os alvos foram os hibridos iso-indolinicos e, principalmente, bis-indolinicos, que possuem radical -COOEt na posicao C-3 do nucleo tiofenico. Alem disso, em sua maioria, as bis-imidas como CNBT-07, ESBT-06, ESBT-07 e IPDP-06 para Cryptococcus neoformans, ESDP-06, IPDP-06 e IPBT-06 para leishmania e ESBT-06, ESBT-07 e IPBT-06 para adenocarcinoma cervical apresentaram um perfil multi-target, o que sugere um grande potencial terapeutico, e estimula a realizacao dos ensaios para comprovacao das atividades biologicas.
  • LAZARO GONCALVES CUINICA
  • Tecnologias analíticas para caracterização química e biológica de drogas vegetais e extratos secos da Urtica dioica L. e Cnidoscolus urens L.
  • Data: 06/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • Os extratos da Urtica dioica L. e das especies do genero Cnidoscolus tem demostrado a capacidade de diminuir respostas inflamatorias em pesquisas in vivo e in vitro, por meio de varios mecanismos, cujas consequencias sao a reducao de citocinas pro-inflamatorias como IL-1β, IL-2, IL-6, IFNγ, TNF-α e TNF-κ e inibicao das ciclo-oxigenases (COXs). Assim, neste trabalho pesquisaram-se as tecnologias analiticas para caracterizacao quimica e biologica de drogas vegetais e extratos secos da Urtica dioica L. e Cnidoscolus urens L. Os experimentos foram desenvolvidos em quatro etapas de pesquisa. 1 – A caracterizacao termoanalitica da droga vegetal e do extrato seco da U. dioica, foi feita atraves de termogravimetria (TG), analise termica diferencial (DTA) e pirolise acoplada a cromatografia gasosa e espectrometria de massa (Pyr-GC/MS). As amostras foram submetidas a TG-dinamica nas atmosferas de nitrogenio e do ar, TG-isotermica na atmosfera do ar e DTA em nitrogenio. Os parametros cineticos foram determinados pelo modelo de Ozawa e pela equacao de Arrhenius. As moleculas termodegradaveis ​​a 250, 350 e 450 °C foram identificadas por Pyr-GC/MS. A amostra da droga vegetal com menor tamanho de particulas, teve maior perda da massa total, menos tempo para a degradacao de 5% da massa a 30 °C, apresentou entalpia e energia de ativacao baixas em relacao as outras amostras com tamanho de particulas maiores. O extrato seco por spray dryer mostrou maior estabilidade termica em comparacao com o extrato seco na estufa. Foram identificados 54 fragmentos moleculares em todas as amostras da droga vegetal e 42 em extratos secos. 2 – O extrato de C. urens foi preparado em maceracao dinamica e seco em estufa, tendo sido obtido 82,49% de rendimento do extrato seco. A validacao dos metodos analiticos para quantificacao de flavonoides e taninos totais foi feita espectrofotometricamente. Os metodos propostos mostraram-se especificos, sensiveis, precisos, exatos e robustos, sendo adequados para uso laboratorial de rotina. 3 – Tendo sido demostrado que a lise das hemacias no local de inflamacao esta envolvida em acoes anti-inflamatorias e processos imunologicos, analisou-se o efeito hemolitico do extrato de Cnidoscolus urens (ECU), diclofenaco sodico, piroxicam e meloxicam no local da inflamacao. Foi preparado 0,8% (v/v) de suspensao de hemacias humanas em solucao salina (0,9% NaCl). Testou-se 100, 250, 500, 1000 e 1500 μg/mL do ECU, e 20, 40, 60, 80 e 100 μg/mL de cada farmaco em meio com e sem solucao hiposalina. As absorbancias de hemoglobina foram lidas no espectrofotometro UV/VIS a 405 nm. No meio hiposalino, o efeito hemolitico do ECU foi significativamente maior em relacao ao efeito do diclofenaco sodico e significativamente inferior ao efeito de piroxicam e meloxicam nas concentracoes testadas. O efeito do ECU, piroxicam e meloxicam no meio hiposalino foi significativamente maior em relacao ao efeito dos mesmos no meio sem solucao hiposalina. A partir de 80 μg/mL em meio sem solucao hiposalina, o meloxicam induziu um efeito hemolitico elevado em relacao ao agente hemolisador. Os efeitos hemoliticos do diclofenaco sodico em ambos meios nao mostraram diferencas significativas entre si e em ralacao ao controle. Concluindo-se que uma das acoes do ECU, piroxicam e meloxicam no local de inflamacao e a inducao da hemolise. 4 – A validacao de metodologia de analise da quercetina no extrato seco de C. urens foi feita por cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE-UV/DAD). Os tempos de retencao da quercetina na amostra do padrao e do extrato foram de 10,3 e 10,7 minutos, respectivamente. A metodologia analitica foi eficiente para o fim desejado, cumprindo satisfatoriamente com os parametros exigidos pela ANVISA-Brasil. O metodo sera util para a determinacao do teor da quercetina em derivados vegetais de C. urens.
  • NORMANDO ALEXANDRE DA SILVA COSTA
  • Síntese, caracterização, estudos in silico e avaliação biológica de novos derivados da piperina
  • Data: 05/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • A piperina e um alcaloide presente nas especies do genero Piper, essa molecula possui diversas atividades biologicas, muitas de interesse para a industria farmaceutica, como atividade antitumoral. Sendo uma molecula de ocorrencia natural, de extracao simples com altos rendimentos. Neste trabalho, foi descrito a sintese e caracterizacao de 15 amido esteres derivados da piperina, sendo todas as moleculas ineditas. Os Produtos finais foram obtidos atraves de uma reacao substituicao nucleofilica (SN2) entre o sal do acido piperico e as 2-cloroacetamidas substituidas, apresentando rendimentos entre 63 a 92%. A confirmacao das estruturas foi feita utilizando metodos espectroscopicos, tais como IV, RMN de 1H e 13C e analise elementar. As caracteristicas fisico-quimicas, toxicologicas, biodisponibilidade oral, permeabilidade pela barreira hematoencefalica, interacoes com a enzima Citocromo p-450 e Glicoproteina-P, ambas analises realizadas por testes In Silico atraves de Software gratuitos (SwissAdme, Osiris e Molispiration). Com excecao da molecula HE12 todas as moleculas apresentam biodisponibilidade oral adequada. Na avaliacao toxicologicas, as moleculas apresentaram risco reprodutivo, proveniente da estrutura natural da piperina, as moleculas HE03 e HE05 apresentaram tambem risco irritante e tumorogenico respectivamente. Na avaliacao microbiologica das moleculas, foi usada a tecnica de diluicao para obter as concentracoes inibitorias minimas do crescimento dos microrganismos (CIM) contra os seguintes microrganismos patogenicos aos seres humanos: Staphylococcus aureus ATCC-13150; Staphylococcus epidermidis ATCC-12228; Pseudomonas aeruginosa ATCC-25853; Candida albicans – ATCC 76645, LM-1108, LM; Candida tropicalis ATCC 13803, LM 18 e Aspergillus flavus LM-714. Os resultados demonstraram que os compostos nao apresentaram atividade biologica ate a concentracao maxima de 1024 µg/mL. Os derivados HE02 e HE03 foram submetidos a ensaios de toxicidade pre-clinica aguda, a dose letal (DL50) foi estimada em 2000mg/Kg para o HE02 e 5000 mg/kg para o HE03 (nao provocou a morte de camundongos). Os compostos HE02 e HE03 apresentaram significante atividade antitumoral in vivo em modelo de Carcinoma Ascitico de Ehrlich (CAE), considerando especialmente os parametros viabilidade e total celular, foi observado uma diminuicao significativa nos animais tratados com HE02 e HE03 em todas as doses experimentais. Nao houve diferenca significativa entre as doses de 12,5 e 25 mg/kg de HE02 e HE03, apresentando, potente atividade antitumoral in vivo frente CAE. Alem disso, o HE-03, nessa linhagem tumoral e nas concentracoes de 6,25 e 12,5 mg/kg, reduziu os parametros avaliados semelhante ao 5-Fluorouracil, utilizado como controle positivo nesse ensaio. Esses derivados revelam-se importantes compostos para serem avaliados em testes in vivo.
2018
Descrição
  • TAYNARA BATISTA LINS
  • ESTUDO DE PRÉ FORMULAÇÃO DE RECRISTALIZADOS E MICROPARTICULAS DO ÁCIDO FERÚLICO
  • Data: 14/12/2018
  • Hora: 14:00
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  • O acido ferulico (AF) e um acido fenolico e sua principal atividade biologica relatada e antioxidante, porem possui solubilidade limitada. O presente trabalho realizou o estudo de pre-formulacao do acido ferulico (AF) para o desenvolvimento de cristais e microparticulas com quitosana visando o aumento de solubilidade e, tambem, foram avaliadas as caracteristicas do estado solido. Para a caracterizacao do estado solido utilizaram-se as tecnicas de difracao de raio X (DRX), espectroscopia na regiao do infravermelho (IV), calorimetria exploratoria diferencial (DSC), termogravimetria (TG), analise termica diferencial (DTA), microscopia eletronica de varredura (MEV) e granulometria a laser. Os cristais de acido ferulico foram obtidos pelo processo de cristalizacao atraves de duas tecnicas diferentes (cristalizacao de anti-solvente e sonocristalizacao). Um metodo analitico foi desenvolvido para a quantificacao do AF por Cromatografia Liquida de Alta Eficiencia (CLAE) e para o doseamento das microparticulas. A obtencao das microparticulas foi delinada atraves de um planejamento fatorial 23 variando a proporcao de acido ferulico e quitosana, o percentual de quitosana e tempo de agitacao, e foram caracterizadas por DRX, IV, DSC e TG, eficiencia de encapsulacao e estudo de dissolucao. Para o AF e cristais obtidos foi observado nos difratogramas e nos espectros de IV picos com angulos de difracao e bandas de absorcao semelhantes, respectivamente, com variacoes nas intensidades relativas. Na curva de DSC e DTA do AF na razao de aquecimento de 10 °C min-1 observou-se um pico endotermico referente a fusao do farmaco em 176,2 e 173,9 °C (ΔHfus=0,14 e 1,16 KJ g-1), respectivamente, que foi semelhante para os cristais. Nas curvas de TG podemos ver uma unica etapa de degradacao ocorrendo apos a fusao com temperatura de onset de 218,5°C e perda de massa de 87,9% enquanto para os cristais esse estagio ocorre em temperaturas inferiores. No tamanho de particula observamos que o AF possuia o tamanho de 45,43 µm, que sofreu reducao devido o processo de cristalizacao, principalmente para o cristal com alcool isopropilico por anti-solvente, com 7,59 µm e, consequentemente, a solubilidade do AF foi melhorada em 15%. O metodo para quantificacao do AF foi validado segundo a RDC 166/2017 pelos parametros de seletividade, linearidade, precisao, exatidao e robustez. A caracterizacao do estado solido das microparticulas (MP) obtidas pelo planejamento mostram diferencas no padrao de DRX, e por IV, apresentaram diminuicao de intensidade, somatorio e sobreposicao de bandas de absorcao referentes ao AF e quitosana. As curvas da analise termica mostraram um perfil calorimetrico e termogravimetrico diferente. A dissolucao das MPs foi realizada em tampao acetato (pH 4,5) que foi escolhido previamente pela dissolucao do AF, mostrando diferenca na taxa de dissolucao do AF com aumento do tempo para liberacao maxima de AF. As MPs apresentaram eficiencia de encapsulacao maior que 70%. A partir dos resultados, a melhor condicao para obtencao da microparticula foi 1 parte de AF para 2 de quitosana, 1,5% de quitosana e tempo de agitacao de 90 minutos, pois apresentou um padrao mais amorfo no DRX, no DSC, com desaperecimento do pico de fusao do AF e a dissolucao apresentou um tempo maximo de liberacao de 270 minutos. Diante desses resultados, a MP escolhida foi obtida em maior quantidade (30g) e foi caracterizada pelas tecnicas de DRX, IV, DSC, TG e MEV. Alem disso, foram realizados os testes de solubilidade, dissolucao, eficiencia de encapsulacao (CLAE), estudo de propriedades de fluxo do po e estudo de compatibilidade. A MP apresentou as mesmas caracteristicas fisico-quimicas observadas no primeiro lote a partir das tecnicas de DRX, IV, DSC e TG. No estudo de solubilidade, a MP mostrou um aumento de solubilidade de 53% frente ao AF. O perfil de dissolucao da MP foi caracteristico de cinetica de ordem zero e o tempo para liberacao maxima do AF foi de 270 minutos. Avaliando as propriedades de fluxo do po do AF e MP, observou-se que a MP apresentou melhor classificacao quanto ao escoamento do po. O estudo de compatibilidade para as misturas binarias (AF + excipientes) constatou compatibilidade com celulose, estearato de magnesio e lactose enquanto que na mistura ternaria (MP + excipientes) nao houve incompatibilidade com os excipientes por DSC, TG e IV. Diante disso, o AF mostrou caracteristica de IFA de classe IIb e por isso foi necessario o desenvolvimento de um sistema microparticulado com quitosana (polimero hidrosoluvel) para um incremento da solubilidade, o que influencia na melhora da biodisponibilidade, bem como nas propriedade tecnologicas para o desenvolvimento de produtos farmaceuticos.
  • RAYANNE SALES DE ARAUJO BATISTA
  • DESENVOLVIMENTO E ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DE PRÉ-FORMULADOS DO ÁCIDO CINÂMICO
  • Data: 14/12/2018
  • Hora: 09:00
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  • O acido cinamico (AC) e um composto fenolico presente em alimentos e vegetais, que possui ampla variedade de atividades biologicas, porem baixa solubilidade aquosa. Assim, o objetivo desse estudo foi desenvolver pre-formulados do acido cinamico atraves de estudos de caracterizacao e pre-formulacao, visando melhora na solubilidade aquosa. Foram produzidos cristais de AC pelas tecnicas de cristalizacao por anti-solvente e sonocristalizacao. O AC e os cristais obtidos foram caracterizados pelas tecnicas de Calorimetria Exploratoria Diferencial (DSC), Analise Termica Diferencial (DTA), Termogravimetria (TG), Difracao de raio-X do po (DRXP), Espectrofotometria de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletronica de Varredura (MEV), granulometria, e tambem foi realizado o estudo de solubilidade por saturacao. Foi desenvolvido e validado um metodo analitico por cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE-DAD) para quantificacao do AC e doseamento da microparticula. Pelo metodo de evaporacao de solvente atraves de um planejamento fatorial foram produzidas microparticulas de AC com quitosana, onde cada amostra proveniente dos tratamentos obtidos foi avaliada atraves das tecnicas DRXP, FTIR, TG, DSC, e eficiencia de encapsulacao (EE). A partir das condicoes escolhidas no planejamento, um novo lote da microparticula foi produzido, e caracterizado pelas tecnicas ja citadas, adicionando a tecnica de MEV, e os ensaios de solubilidade, estudo de dissolucao, de propriedades de fluxo do po. Tambem foi realizado o estudo de compatibilidade fisico-quimico do AC com excipientes pelas tecnicas de DSC, TG e FTIR. De acordo com os resultados obtidos para os cristais, nao se observaram mudancas nas caracteristicas fisico-quimicas do AC, apenas foi constatada uma forma mais regular e distribuicao mais uniforme do tamanho dos cristais. A cristalizacao por anti-solvente foi a tecnica que apresentou melhores resultados no tocante ao incremento de solubilidade para o AC, porem nao foi suficiente para obter uma melhora expressiva na solubilidade aquosa, sendo necessario o uso de tecnologias alternativas, como o uso de sistemas microparticulados. Os resultados da validacao da metodologia por CLAE-DAD mostraram o tempo de retencao do AC de 8,65 minutos e linearidade com coeficiente de correlacao r = 0,9999 para um modelo homocedastico, preciso e exato, com recuperacao do padrao variando entre 98,35 e 104,50%. Atraves do planejamento fatorial do tipo 23, avaliando os parametros proporcao de AC e quitosana na amostra (AC/Q), percentual de quitosana em solucao (% Q) e o tempo de agitacao da solucao, foi possivel distinguir entre as amostras as melhores condicoes de preparo da microparticula, sendo escolhida a microparticula MP5. Esta apresentou um perfil cristalografico predominantemente amorfo, confirmado pela ausencia de pico de fusao do AC por DSC, sem alteracoes na estabilidade visto os dados de TG, e somado aos dados de FTIR indica-se a formacao do sistema microparticulado, com 99 % de EE do AC na microparticula. Foi produzido um segundo lote da microparticula nas condicoes delineadas, a qual manteve as caracteristicas fisico-quimicas encontradas no lote anterior, porem com relativa reducao da EE para 89 %. Os resultados de MEV mostraram uma morfologia homogenea e ausente de poros. A microparticula obteve aumento de solubilidade, exibindo 85,5 % de AC soluvel em meio aquoso frente a 32,5 % do AC puro, como tambem aumentou a taxa de dissolucao e eficiencia de dissolucao, de 52,7 % para 94,4 %, e de 44,6 % para 80,9 %, respectivamente. Quanto as propriedades tecnologicas de fluxo do po, a microparticula obteve melhor classificacao comparada ao AC puro. E mediante os resultados para o estudo de compatibilidade, observou-se ausencia de interacoes para as misturas binarias e ternarias com os excipientes avaliados para producao de formulacoes farmaceuticas solidas. Das tecnicas empregadas para melhoramento da solubilidade do AC, constatamos que a producao de um sistema microparticulado, utilizando a quitosana como matriz polimerica, apresentou resultados mais satisfatorios que a recristalizacao. Logo, a microparticula obtida, associada as propriedades terapeuticas do AC, apresenta-se interessante do ponto de vista tecnologico para o desenvolvimento de produtos farmaceuticos em formulacoes solidas de uso oral.
  • ANALU FREITAS DE SOUZA BRITO
  • Novas saponinas isoladas de Cereus jamacaru
  • Data: 13/12/2018
  • Hora: 14:00
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  • Cereus jamacaru pertence a familia Cactaceae, e popularmente conhecido no Brasil por mandacaru, com ocorrencia nos estados do Piaui, Paraiba, Ceara, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais. O uso popular desta especie e relatado no tratamento de problemas uretrais, sifilis, dores na coluna cervical, sendo indicado tambem no controle de diabetes, no tratamento de pedras vesiculares, problemas no aparelho respiratorio como tosses e bronquites, alem de ulceras. Este trabalho teve como objetivo contribuir com a ampliacao do conhecimento quimico do genero Cereus atraves do estudo fitoquimico de Cereus jamacaru. Para isto, o material vegetal, apos seco e moido, foi submetido a uma maceracao com etanol a 95% por 72 horas, sendo esse processo repetido por tres vezes, obtendo-se o extrato etanolico bruto (EEB). Uma aliquota do EEB (30,0g) foi submetida a uma particao liquido-liquido em uma ampola de separacao com os solventes hexano, diclorometano e acetato de etila. A fracao acetato de etila foi submetida a uma cromatografia em coluna para realizar um fracionamento previo desta fracao. Em seguida foi desenvolvido um metodo analitico por CLAE-DAD, posteriormente, transposto para uma escala semipreparativa, sendo assim possivel isolar uma saponina relatada pela primeira vez na literatura. Posteriormente, foi desenvolvido um metodo de isolamento porCLAE-ESI-EM/EM, sendo assim possivel isolar uma outra saponina, tambem relatada pela primeira vez na literatura Desta forma, este trabalho revelou esta especie como bioprodutora de saponinas triterpenicas.
  • AMILTON DA SILVA SOUZA
  • TECNOLOGIAS ANALÍTICAS E DE PRODUÇÃO VEGETAL DE Bauhinia Cheilantha (Bong.) Steud.
  • Data: 13/12/2018
  • Hora: 08:30
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  • A Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud, conhecida popularmente como mororo na regiao Semiarida do Brasil, a especie apresenta alto valor economico devido a seu uso medicinal popular e industrial, sendo uma planta de ocorrencia na caatinga. Este trabalho objetivou-se a desenvolver tecnicas analiticas e de producao vegetal voltados para B. cheilantha como subsidios para fortalecer a geracao de conhecimento voltado para caracterizacao de produtos (farmacologicos) com potencialidades dentro do contexto do Semiarido brasileiro. Foram utilizadas no experimento cinco matrizes da especie, coletadas no municipio de Monteiro, cariri paraibano. Apos a coleta dos frutos e sementes, foram realizadas as analises morfologicas (biometria), onde determinou-se o diametro, largura e espessura de 100 frutos e 100 sementes para cada matriz. Foram realizadas analises de emergencia, utilizando-se sementes sem tratamento pre-germinativo. A producao vegetal se deu pela implementacao do plantio de 96 sementes de cada matriz, fazendo-se a caracterizacao das plantulas desde sua emergencia, desenvolvimento, e retirada. As analises fisico-quimicas da droga vegetal ocorreu por tecnicas convencionais (teor de umidade e cinzas), e por tecnicas termoanalitica, TG e DTA em diferente granulometria, foram aplicados para a avaliacao dos parametros cineticos. Os resultados das caracteristicas biometricas dos frutos e sementes apresentaram similaridade entre as matrizes. As sementes sem interferencia de tecnica de quebra de dormencia, apresentaram uma certa pre disposicao germinativa, nao sendo necessario a quebra de dormencia. O teor de umidade apresentou similaridade entre as matrizes, apresentando perca de umidade percentuais entre 12,34% a 13,17%. O mesmo ocorreu com a determinacao teor de cinzas, com um valor percentual medio restante de materia de 3%. As curvas TG apresentaram, na atmosfera inerte e oxidativa, cinco eventos de degradacao de massa, onde a principal etapa foi observada no segundo evento, apresentando respectivas temperatura e a perca de massa que variaram entre 225 – 452ºC e 29 – 48% atmosfera inerte, e 237 – 417ºC e 29 – 43% oxidativa, para todos as razoes. As curvas DTA por GT mostraram dois eventos exotermicos nas faixas de temperatura entre 274°C – 408°C e 427°C – 582°C, e o pico variando entre 336 – 345 °C e 462 – 486°C, respectivamente primeiro e segundo evento. Ja as curvas de DTA por GP apresentaram variacoes na quantidade de picos, mostraram dois ou tres eventos com caracteristica endotermica. Na producao vegetal, quatro matrizes apresentaram percentuais de EP aproximado entre 78,1% – 80,2%, exceto a M5 com EP = 64,4%. As plantulas apresentaram um alto indice de mortalidade com menos de 60 dias emergidas, apresentando um valor medio percentual de 92,7% de mortalidade, obtendo assim a caracterizacao das plantulas apenas com 30 e 60 dias, tendo respectivamente valores medios de altura igual a 2,7cm e 3,4cm e de diametro do caule igual a 0,66mm e 0,77mm. Com a retirada das plantulas com 60 dias, obteve-se valor medio de 5,8g da massa das plantulas. Pode-se concluir que a M5 apresentou um melhor desempenho desse estudo, mediante as correlacao de dados, e mesmo diante do curto periodo de desenvolvimento das plantulas de B. cheilantha, decorrente do alto percentual de mortalidade, o presente estudo tem grande importancia para a especie, considerando os resultados apresentados e suas correlacoes, apresentam informacoes sobre caracteristicas fisicas e termicas da sementes, e sobre o desenvolvimento dessa especie nativa da caatinga.
  • JOAO PAULO PEREIRA DE LIMA
  • Tecnologias analíticas e de produção vegetal da aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão)
  • Data: 12/12/2018
  • Hora: 14:00
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  • Myracrodruon urundeuva Fr. Allemao (Anacardiaceae) e uma especie de ocorrencia na regiao nordeste do Brasil, conhecida popularmente como aroeira-do-sertao, uma das plantas cujo uso medicinal e dos mais difundidos na regiao, especialmente por suas propriedades etnofarmalogicas, incluindo atividades antimicrobianas. De acordo com o conhecimento documentado sobre o uso fitoterapico da aroeira, a mesma foi incluida na lista oficial de Plantas ANVISA, mas devido ao extrativismo inadequado a especie foi considerada na Lista Oficial das Especies da Flora Brasileira Ameacadas de Extincao elaborada pela Fundacao Biodiversitas sob os auspicios do Ministerio do Meio Ambiente. Este trabalho buscou desenvolver um modelo metodologico para avaliar a integridade da M. urundeuva considerando a caracterizacao biologica e termica da especie. As sementes foram estudadas em tres diferentes estagios de maturacao I verde, II intermediario e III maduro, utilizando diferentes metodos analiticos para sua caracterizacao. O material foi coletado nos municipios de Sume e Sao Joao do Cariri na regiao semiarida da Paraiba, Brasil. Na caracterizacao biometrica determinou-se o diametro, a largura e a espessura de 100 sementes em cada estagio de maturacao utilizando-se um paquimetro manual. Sementes em diferentes fases tiveram comprimento medio, respectivamente, da fase I (4,44 mm), fase II (4,42 mm) e fase III (3,33 mm). Na caracterizacao Termogravimetrica foi determinado teor de umidade pelo metodo de estufa com circulacao a ar na qual a amostra S1, S2 e S3 apresentou 74%,56% e 8,8% respectivamente, para as amostras de SJ1, SJ2 e SJ3 apresentaram 69%, 9,3% e 3,4% da umidade presente nas sementes, e o teor de cinzas foi determinado pela metodologia 018/IV Residuo por incineracao – Cinzas (IAL, 2005). As amostras foram analisadas por tecnicas termogravimetricas (TG) nas razoes de aquecimento 5, 10, 20 e 40 °C.min-1 e analise termica diferencial (DTA) 10°C.min-1. Nas curvas TG observaram-se seis eventos de degradacao de massa, tanto na atmosfera inerte como oxidativa, indicando similaridade entre os perfis tendo como resultados da energia de ativacao S1, S2 e S3 102,37, 94,41, 94,34 jmol-1 e SJ1, SJ2 e SJ3 97,66, 100,85 e 96,75 jmol-1. As curvas DTA mostraram dois eventos exotermicos nas faixas de temperatura de 250°C a 380°C e 420°C a 510°C, e o pico variando entre 312 – 349 °C e 449 – 475°C. A pirolise acoplada a cromatografia gasosa / espectrometria de massa (PYR-GC / MS) apresentou fragmentos semelhantes ao diferentes estagios. Para a producao vegetal e acompanhamento do desenvolvimento dos brotos utilizou-se seis arvores matrizes e 20 baldes por matriz, sendo depositadas 4 sementes por balde e 80 sementes por matriz. Os resultados da producao vegetal de M. urundeuva foram apresentados por sua emergencia, desenvolvimento e mortalidade.
  • POLYANNA BARBARA DE MEDEIROS OLIVEIRA
  • Tecnologias Analítica e de Produção Vegetal de Erythrina velutina Willd.
  • Data: 12/12/2018
  • Hora: 08:30
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  • A especie Erythrina velutina WILLD., tambem conhecida na regiao semiarida do Brasil, como mulungu, e uma arvore de ampla resistencia a seca, proporcionando rusticidade e rapido crescimento, largamente utilizada na recuperacao de areas degradadas, com forte presenca na regiao. Possui caracteristicas quimicas e farmacologicas para a producao de fitoterapicos. O objetivo da pesquisa e desenvolver tecnicas termoanaliticas e tecnicas de producao vegetal da especie Erythrina velutina WILLD. como forma de maximizar o conhecimento da potencializacao farmacologica da materia-prima vegetal na regiao semiarida brasileira. Durante a pesquisa, foram escolhidas cinco matrizes de E. velutina, na regiao do Cariri Ocidental no municipio de Serra Branca, localizado na Paraiba, Brasil. Foram feitas triagens do material coletado e, em seguida, foram feitas analises morfologicas das sementes. Iniciando com a biometria, foram selecionados 100 sementes de cada matriz, onde verificou-se os parametros de comprimento, largura e massa de cada semente. Na caracterizacao biologica, foram realizadas analises de emergencia, a fim de obter melhores resultados com tratamentos pre-germinativos. Para a implementacao da producao vegetal, foi semeada 96 sementes de cada matriz em baldes, observando a emergencia das plantulas, a fim de caracteriza-las desde a emergencia, desenvolvimento e retirada, em periodos fixos de desenvolvimento. As analises fisico-quimicas foram organizadas em analises convencionais, como umidade e cinzas, e tambem em analises termoanaliticas como TG e DTA, em granulometrias diferenciadas, a fim de avaliar parametros cineticos e parametros termicos. Para os resultados biometricos das sementes obtiveram-se medias do parametros de comprimento, diametro e massa para cada matriz. Na producao vegetal, analisando os dados de emergencia das plantulas, houve significativa diferenca entre as matrizes, variando entre 70,8% e 34,4%. Sendo assim, a matriz 2 e a matriz 4 apresentaram indice de emergencia iguais, 70,8%. Tratando-se da mortalidade, as plantulas obtiveram baixos teores de mortalidade, somente na matriz 1 (34,4%) e na matriz 2 (10,4%), esses indices foram registrados. Nas medidas das plantulas em 30, 60, 90 e 120 dias, obteve-se valores medios de comprimento entre 38,09 cm e 57,8 cm e diametro do caule entre 16,13 mm e 19,39 mm. As sementes apresentaram singularidade no teor de umidade entre as matrizes da especie, apresentando perda de umidade percentuais entre 4,27% a 5,24%. Da mesma forma ocorreu para a determinacao do teor de cinzas, com valor percentual entre 26,7% ate 43,2%. As curvas TG apresentaram, na atmosfera inerte e oxidativa, cinco eventos de degradacao de massa, onde a principal etapa de degradacao foi observada no terceiro evento, apresentando respectivas temperatura e a perda de massa que variaram entre 213,26 – 378.46ºC e 34,14 – 40,17% atmosfera inerte, e 252,87 – 466,98ºC e 20,28 – 22,73% oxidativa, para todos as razoes. As curvas DTA por GT mostraram tres eventos exotermicos com media de temperatura entre 467,61°C, e a entalpia com media de 535,79 kJ/g. Ja as curvas de DTA por GP apresentaram variacoes na quantidade de picos, mostraram dois ou tres eventos com caracteristica tambem exotermica. Sendo assim, pode-se concluir que a matriz 3 apresentou maior numero de sementes germinadas, consequentemente, apresentou as maiores medidas de crescimento em 30 e 120 dias. Na retirada de algumas plantulas a maior massa fresca aconteceu para a matriz 3. Na analise Termica Diferencial (DTA) a matriz 3 apresentou maior entalpia.
  • SANY DELANY NUNES MARQUES
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DE Sidastrum paniculatum (L.) FRYXELL E SÍNTESE DE AMIDAS ANÁLOGAS AS ISOLADAS DA FAMÍLIA MALVACEAE.
  • Data: 30/11/2018
  • Hora: 14:00
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  • Sidastrum paniculatum (L.) Fryxell, especie pertencente a familia Malvaceae, e popularmente conhecida como “malva roxa” ou “malvavisco”. O presente trabalho teve como finalidade aumentar o conhecimento sobre os fitoconstituintes de S. paniculatum atraves de um estudo fitoquimico para isolamento de suas substancias polares e reacoes de sintese para preparar amidas analogas aquelas isoladas de especies Malvaceae. Para o isolamento e analise dos constituintes quimicos foram adotados metodos cromatograficos como cromatografia em coluna e cromatografia plana. A fim de sintetizar amidas, avaliando metodos que possibilitem obter um maior grau de pureza nas reacoes, foram utilizados adutos de MBH (Morita-Baylis-Hillman) como substratos para a sintese destas moleculas, tendo como reagentes de partida aldeidos aromaticos e aminas comerciais, em uma sintese que segue de 3- 5 etapas reacionais. Este estudo relata o isolamento e identificacao de 11 substancias: acido estearico (Sp-1), N-trans-feruloiltiramina (Sp-2), acacetina (Sp-3), apigenina (Sp-4), tilirosideo (Sp-5), wissadulina (Sp-6); 7,4'-di-O-metil-7-O-sulfato isoscutelareina (Sp-7); yannina (Sp-8), beltraonina (Sp-9a), alem de dois novos flavonoides sulfatados: a 7-O-sulfato iso-isoscutelareina (paniculatumina) (Sp-9b) em mistura com Sp-9a, e 7,4'-O-dimetil-8-O-sulfato hipoaletina (sidastrumina) (Sp-10). Os flavonoides sulfatados foram submetidos a estudos moleculares em proteinas alvos (1YIY and 1PZ4) do mosquito Aedes aegypti, onde os flavonoides Sp-7 e Sp-9a apresentaram a capacidade de interagir com ambas as proteinas alvos e o Sp-6 apenas com uma proteina, 1PZ4, sendo estes os mais indicados para serem estudados in vitro. Este estudo tambem relata a sintese de 40 moleculas, sendo 20 amidas, destas 18 sao ineditas na literatura, a partir de reacoes com uma media de rendimento de 82%. Os compostos tiveram suas estruturas quimicas determinadas e identificados por analise dos espectros de RMN (1H, 13C, HMQC, HMBC e COSY), TOFMS, infravermelho, polarimentria e comparacoes com dados da literatura. Dentre os compostos sintetizados os adutos 2d e 2b, o acido 7c e as amidas 4g, 4h e 8e foram avaliados quanto a atividade antifungica, onde os adutos e o acido apresentaram atividade contra os fungos leveduriformes incluindo C. albicans, C. tropicalis e C. krusei e as amidas demonstraram menor perfil de atividade antifungica, com inibicao promovida apenas pelas amidas 4g e 4h contra poucas cepas, enquanto a amida 8e se mostrou inativa.
  • LECIA PINTO FERREIRA DE MORAIS
  • Análise de Componentes Principais Aplicada ao Estudo Termoanalítico de Sementes e a Produção Vegetal do Mandacaru (Cereus jamacaru DC).
  • Data: 21/11/2018
  • Hora: 14:00
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  • Cereus jamacaru DC., popularmente chamado mandacaru, e um cacto colunar, da familia Cactaceae, encontrado de forma espontanea e disperso na Caatinga, sendo uma especie subutilizada pelo sertanejo como planta forrageira. Entretanto, a literatura etnofarmacologica descreve sua aplicacao no combate ou prevencao a diversas doencas, tais como: doencas respiratorias, renais, ulceras estomaquicas, hipertencao arterial, enterite e reumatismo. O objetivo deste estudo consistiu-se em estudar a caracterizacao de sementes e plantas juvenis de Cereus jamacaru DC., cultivadas em condicoes de producao vegetal controladas utilizando tecnicas estatisticas multivariadas. Nesta perspectiva, conduziu-se o trabalho com observacoes no campo da fase reprodutiva, coleta de frutos de seis Matrizes (M) da especie, em estagio semelhante de maturacao, em dois locais do Semiarido Paraibano, Sume (M1, M2 e M3) e Monteiro (M4, M5 e M6) para a caracterizacao biometrica de frutos e sementes da especie. As sementes de C. jamacaru foram utilizadas como materia prima para estudos termoanaliticos e de producao vegetal com aplicacao de analise de componentes principais (PCA) nos dados originais obtidos. Determinaram-se: teor de umidade; cinzas; termogravimetria (TG) nas razoes de aquecimento 5, 10, 20 e 40 °C min-1 para atmosfera de ar sintetico e na razao de aquecimento 10 °C min-1 para atmosfera de nitrogenio; parametros cineticos e analise termica diferencial (DTA), 10 °C min-1. Atraves da PCA, evidenciou-se a variabilidade biometrica dos frutos e sementes das matrizes estudadas. Analisando as curvas TG na razao de aquecimento 10 °C min-1, observaram-se cinco eventos de degradacao de massa na atmosfera oxidativa e quatro eventos de degradacao de massa em atmosfera inerte, exceto para M1 que apresentou cinco eventos de degradacao de massa tambem em atmosfera de nitrogenio. A temperatura e a perda de massa das duas principais etapas de degradacao variaram entre as matrizes. As curvas DTA mostraram tres eventos exotermicos para sementes trituradas de M1, M2, M3, M5 e M6 com pico variando entre 354,0–358,9 °C, 492,9–508,1 °C e 509,8–523,7 °C, tendo M4 apresentado quatro eventos exotermicos. As curvas DTA para sementes inteiras de M2 e M5 revelaram dois eventos exotermicos sendo M2 com pico variando entre 349,2–355,8 °C e 538,3–543,7 °C, e M5 com pico variando entre 361,8–374,0 °C e 537,7–551,4 °C. A PCA aplicada a TG nas quatro razoes de aquecimento (atmosfera oxidativa) indicou similaridade entre os perfis termicos das matrizes. A PCA da producao vegetal indicou um padrao para os individuos juvenis de M6 nos parametros: maior numero de germinacoes, menos dias para germinar, maior altura da parte aerea e diametro ao nivel do solo; alem de permitir diferenciacoes entre os agrupamentos de individuos gerados de cada uma das matrizes monitoradas pela visualizacao grafica. Os resultados obtidos neste estudo indicaram que a aplicacao da PCA para avaliacao de perfil termico de sementes de C. jamacaru, especificamente na TG, nao forneceu visualizacao de padrao determinado entre as matrizes avaliadas, entretanto, para avaliacao da producao vegetal revelou-se como uma excelente ferramenta para estudo de diferenciacao e caracterizacao entre as matrizes de C. jamacaru avaliadas, possibilitando a determinacao da matriz com maior potencial produtivo, sendo M6 detentora do melhor desempenho na producao vegetal para esta especie.
  • JEANE UILMA GALINDO JARDIM
  • DERIVADOS DO EUGENOL E ISOEUGENOL E SUAS POTENCIALIDADES ANTIFÚNGICA E ANTIBIOFILME
  • Data: 31/10/2018
  • Hora: 14:00
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  • Neste trabalho descreve-se a sintese, caracterizacao e potencial antifungico e antibiofilme de dezoito derivados de monoterpenos, sendo nove derivados do eugenol e outros nove do isoeugenol. A sintese desses compostos, que apresentou rendimentos satisfatorios (74 a 92 %), ocorreu em duas etapas: inicialmente foram sintetizadas nove acetamidas e em seguida estas foram derivatizadas com o eugenol e o isoeugenol, separadamente, em uma reacao de eterificacao do tipo SN2. Todos os compostos, acetamidas e derivados, foram caracterizados por tecnicas espectroscopicas de IV, RMN de 1H e 13C e avaliou-se o potencial antifungico dos derivados contra cepas de Candida albicans e a atividade antibiofilme contra Escherichia coli e Staphilococcus aureus. Dentre os dezoito derivados investigados, os estudos antifungicos indicaram que os derivados do isoeugenol (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-fenilacetamida e (E)-N-(4-clorofenil)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)acetamida e o derivado do eugenol 2-(4-alil-2-metoxifenoxi)-N-(4-metoxifenil)acetamida inibiram moderadamente o crescimento das especies de Candida e o derivado do eugenol 2-(4-alil-2-metoxifenoxi)-N-(4-cloro-3-nitrofenil)acetamida apresentou uma forte atividade inibitoria de 85 % das cepas do genero Candida. A atividade antiaderente foi observada em seis dos dez derivados do isoeugenol frente a E. coli, sendo evidenciado a aderencia de apenas 2,9% do derivado do isoeugenol (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-fenilacetamida. Em relacao a S. aureus, os derivados do isoeugenol (E)-N-(4-etilfenil)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)acetamida e (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-(ptolil)acetamida apresentaram atividade antiaderente excelente inferior a 10%, e osderivados do eugenol apresentaram atividade antiaderente entre 3,72 e 90,43%. Todosos derivados do eugenol apresentaram atividade antibiofilme inferior a 10% contra E.coli. Os estudos antibacterianos mostraram que a mais baixa CIM foi observada nocomposto (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-(4-metoxifenil)acetamida frente a E. coli (35 μg/mL) e por 2-(4-alil-2-metoxifenoxi)-N-(4-cloro-3-nitrofenil)acetamida (66,8 μg/mL) para S. aureus. Os estudos de relacoes estrutura atividade quantitativas (QSAR) indicaram que os descritores que contribuiram significativa e positivamente para a serie do isoeugenol sao os DIFF (difusividade, controle da dispersao quimica em agua a 25°C) e CP (Parametro de embalagem critica), enquanto, para a serie do eugenol, apenas o descritor V (volume molecular) o qual influencia de forma crescente, ou seja, um maior volume em uma solucao aquosa e maior repulsao a agua resulta em atividade antifungica consideravel.
  • GRACIELLE ANGELINE TAVARES DA SILVA
  • Síntese, caracterização e avaliação antimicrobiana de novos derivados do timol e carvacrol
  • Data: 30/10/2018
  • Hora: 09:00
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  • A partir da investigacao na literatura sobre as vastas propriedades terapeuticas e medicinais dos monoterpenos aromaticos timol e carvacrol (anti-inflamatoria, antioxidante, antifungica, antitumoral, antibacteriana, entre outras), buscou-se, neste trabalho, sintetizar, atraves dos intermediarios halogenados (o cloreto de timol e de carvacrol), uma serie heterologa de 14 esteres, contendo os nucleos metilenodioxifenila, aromatico orto-substituido, N-ftalimidico, N-ftaloglicina e terfeftalato, com objetivo de verificar a influencia farmacoforica que os novos grupos funcionais exercem nas moleculas derivadas. Os produtos finais derivados do timol (DT 1-7) e do carvacrol (DC 1-7) foram sintetizadas por meio de uma reacao de substituicao nucleofilica bimolecular (SN2), entre os cloretos de timol e carvacol e os anions carboxilatos/imidatos provenientes dos sais dos acidos carboxilico/imidas selecionados (sais de potassio do acido piperinico, do acido benzoico, da ftalimida, da ftaloglicina e do acido tereftalico), apresentando rendimentos entre 70 a 90%. A confirmacao das estruturas foi feita utilizando metodos espectroscopicos, tais como IV, RMN de 1H e 13C. As substancias obtidas e seus precursores foram submetidas a ensaio microbiologico in vitro, com intuito de investigar sua acao farmacologica antifungica e antibacteriana. O derivado timolico com nucleo N-ftaloglicina apresentou forte atividade contra C. albicans e A. flavus (CIM 64 a 512 µg/mL), o haleto de carvacrol exibiu boa atividade frente a cepa de Staphylococcus aureus IS-58 (CIM de 64 µg/mL). Timol, carvacrol, seus intermediarios haleto de timol e haleto de carvacrol, bem como os produtos derivados finais do acido benzoico, ftalimida e ftalogicina, foram capazes de modular a resistencia ao antibiotico tetraciclina (Tetk) contra linhagens de Staphylococcus aureus multirresistentes a drogas, com reducao da CIM da tetraciclina de ate 32 vezes, revelando-se importantes compostos para serem avaliados em testes in vivo.
  • MICHELLE DE OLIVEIRA PEDROSA ROLIM
  • DESENHO, SÍNTESE E AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DE CVIB, UM HÍBRIDO MULTI-ALVO DE CARVACROL E IBUPROFENO COMO NOVO AGENTE ANTI-INFLAMATÓRIO
  • Data: 19/09/2018
  • Hora: 14:00
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  • A busca por novos farmacos com propriedades antiinflamatorias continua sendo um desafio para a medicina moderna, portanto o reposicionamento de medicamentos, derivando novas entidades quimicas a partir de compostos bioativos naturais e/ou sinteticos conhecidos, permanece um caminho promissor. Aqui, projetamos e sintetizamos o CVIB, um pro-farmaco hibrido e multi-alvo desenvolvido pela associacao de carvacrol (um monoterpeno fenolico) com o ibuprofeno (um medicamento anti-inflamatorio nao esteroidal). A farmacocinetica in silico e a avaliacao das propriedades fisico-quimica indicaram baixa solubilidade aquosa (LogP ≥ 5,0), porem, apesar disso, o hibrido apresentou excelente biodisponibilidade oral, absorcao do trato gastrintestinal e baixa toxicidade. Abaixo de 50 µM CVIB nao apresentou citotoxicidade nas Celulas Mononucleares do Sangue Periferico (PBMC), e promoveu uma reducao estatisticamente significativa nos niveis de citocinas IL-10, IL-17A, IFN-γ e TNF (p = 0,03) in vitro. A DL50 foi estimada em aproximadamente 5000 mg/kg. A avaliacao anti-inflamatoria in vivo revelou que o CVIB a 10 e 50 mg/kg, i.p., causou uma diminuicao significativa na contagem total de leucocitos (p <0,01) e provocou uma reducao significativa na IL-1β (p <0,01). CVIB a 10 mg/kg, i.p. diminuiu eficientemente os parametros inflamatorios de maneira mais eficiente do que a mistura fisica (carvacrol + ibuprofeno 10 mg/kg, i.p.). Estudos de docking sugeriram que o CVIB tambem e um melhor ligante frente as enzimas COX-1 e COX-2 do que seus precursores (carvacrol e ibuprofeno). Os resultados provam que a abordagem de hibridizacao molecular, baseado na obtencao de pro-farmacos muti-alvo e uma boa opcao para o desenho e desenvolvimento de novos farmacos, e estimula a possibilidade de combinacoes entre AINES com produtos naturais, a fim de obter novos farmacos hibridos uteis para doencas inflamatorias.
  • NATASHA LORENNA FERREIRA DA SILVA LEAL
  • Alcalóides de Erythrina Velutina Willd: Caracterização por Cromatografia Gasosa e Líquida Acoplada a Espectrometria de Massas
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 09:00
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  • O genero Erythrina apresenta cerca de 110 especies, das quais 70 sao nativas das America. Este genero pertence a familia Fabaceae. A especie estudada Erythrina velutina popularmente conhecida como suina, mulungu, canivete, corticeira, eritrina-mulungu e bico-de-papagaio. Encontra-se distribuida no Brasil do Nordeste ate Minas Gerais. Na medicina popular e utilizada como calmante e para outras desordens no sistema nervoso central como insonia e depressao. Especies do genero sao muito importantes na industria farmaceutica para producao de fitoterapicos ansioliticos. Os marcadores quimicos do genero Erythrina sao os alcaloides eritrinicos, a estes e atribuida a atividade ansiolitica. Diante disto, este trabalho objetiva contribuir com a ampliacao do conhecimento quimico do genero, por meio da caracterizacao de alcaloides das cascas do caule de Erythrina velutina Willd. por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas e cromatografia liquida acoplada a espectrometria de massas. Para a realizacao do estudo o material vegetal seco e triturado foi submetido a extracao por maceracao exaustiva e concentrado em evaporador rotativo, posteriormente por meio de extracao acido-base foi obtido a fracao de alcaloides totais e em seguida a mesma foi analisado por espectrometria de massas com ionizacao por eletrons e espectrometria de massas com ionizacao por eletrospray. Com os resultados foi possivel observar a presenca de alcaloides eritrinicos no extrato etanolico das cascas do caule da especie em estudo, sendo eles: erisodina ou erisovina, eritrascina, eritralina, eritraditina ou seu epimero, erimelantina, erisotina ou erisosalvina, Hidroxierisosalvina/hidroxierisotina, eritratina, erisotrina, eritrinina, eritroculina e eritratina N- oxido. Com excecao de eritralina, erisotrina, erisodina, eritratina e erisovina as demais substancias sao relatadas pela primeira vez para Erythrina velutina.
  • DAYSE PEREIRA DIAS SILVA
  • Caracterização de Compostos fenólicos por Espectrometria de Massas e atividade antioxidante das cascas de Myracrodruon urundeuva (aroeira-do-sertão) do cariri paraibano.
  • Data: 30/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • Myracrodruon urundeuva Fr. Allemao pertencente a familia Anacardiaceae conhecida popularmente no Brasil por Aroeira-do-sertao com ocorrencia natural nos estados do Ceara e Sao Paulo com ocorrencia nos estados de Alagoas, Bahia, Espirito Santa, Goias, Maranhao, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraiba, Pernambuco, Piaui, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe, Sao Paulo, Tocantins e Distrito Federal. E considerada uma das principais plantas utilizadas como medicinal na regiao do Nordeste, sendo conhecida por suas propriedades farmacologicas antiinflamatoria, cicatrizante, antiulcerogenicas e contra vaginites. Diante disto, este trabalho teve como objetivo contribuir atraves do estudo fitoquimico para o conhecimento quimico da especie, bem como avaliar a sua atividade antioxidante e realizar a quantificacao de fenois totais. Para isto, o material vegetal, foi seco e submetido a extracao para posterior procedimento de caracterizacao dos constituintes quimicos. A caracterizacao quimica foi realizada por Cromatografia Liquida de Alta Eficiencia acoplada a Espectrometria de Massas. A caracterizacao resultou na identificacao de 42 compostos com estruturas e propostas de fragmentacao sugeridas putativamente por comparacoes com dados da literatura. A atividade antioxidante do extrato etanolico bruto (EEB) foram analisadas atraves do metodo de sequestro do radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) e o teor de fenois totais foi realizado pelo metodo de Folin-Ciocalteu, os resultados obtidos foram comparados com os padroes de acido ascorbico e acido galico, respectivamente. A analise da atividade antioxidante resultou em uma boa atividade do EBB (IC50 = 18,764 µg/mL) quando corroborada com a do padrao (IC50 = 16,343 µg/mL) e um alto teor de fenolicos totais de 387,49 ± 15,09 mg EAG/g de EEB. Logo, os compostos fenolicos podem ser um importante sinalizador para a atividade antioxidante. Os resultados aqui relatados corroboram com os dados descritos na literatura para esta especie.
  • LAIZ ALINE SILVA BRASILEIRO
  • A 7-metoxiflavona apresenta efeito tocolítico por modulação negativa da via Rho cinase e da calmodulina em ratas
  • Data: 27/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • Uma vez que o flavonoide 7-metoxiflavona (7-MF), um dos componentes majoritarios isolados de Zornia brasiliensis Vogel, apresentou efeito tocolitico in vitro em ratas, resolveu-se caracterizar esse mecanismo de acao. O utero de rata era montado em cubas de banhos para orgao isolado onde as contracoes isotonicas e isometricas eram monitoradas (n = 5). Observou-se que a 7-MF relaxou o utero de rata pre-contraido tanto por ocitocina (OCI) (CE50 = 3,5 ± 0,3 x 10-5 M) como por KCl (CE50 = 2,2 ± 0,2 x 10-5 M) sendo cerca de 2 vezes mais potente frente a este ultimo agente contratil, sugerindo a participacao dos canais de calcio dependentes de voltagem (CaV) no efeito tocolitico da 7-MF. Para confirmar essa hipotese, foram realizadas curvas cumulativas ao CaCl2 na ausencia e na presenca da 7-MF e observou-se um deslocamento da curva controle para direita com reducao do seu efeito maximo apenas na concentracao de 3 x 10-5 M (30%), indicando que provavelmente o bloqueio do influxo de Ca2+ atraves dos CaV nao seja o principal mecanismo tocolitico do flavonoide. Resolveu-se avaliar uma possivel participacao dos canais de potassio no efeito tocolitico da 7-MF, utilizando o cloreto de cesio, um bloqueador nao seletivo de canais de K+, e na sua presenca a curva controle de relaxamento da 7-MF nao foi alterada (CE50 = 3,3 ± 0,6 x 10-5 M), descartando uma modulacao positiva dos canais de K+ no efeito tocolitico da 7-MF. Uma vez que as prostaglandinas estao envolvidas em processos fisiopatologicos uterinos e sendo os inibidores de ciclo-oxigenases (COXs) uma das principais classes utilizadas para o tratamento da dismenorreia, resolveu-se avaliar o possivel envolvimento da via da COX no mecanismo de acao tocolitica da 7-MF e observou-se que na presenca da indometacina, um inibidor nao seletivo das COXs, a curva controle nao foi deslocada (CE50 = 4,8 ± 0,6 x 10-5 M), indicando que a inibicao destas enzimas nao esta envolvida na acao tocolitica da 7-MF. Outra via de relaxamento muscular liso e a dos receptores adrenergicos-β. Para avaliar uma possivel ativacao destes receptores na acao da 7-MF, utilizou-se o (S)-(-)-propranolol, um antagonista dos receptores adrenergicos-β, e observou-se que nao houve alteracao da potencia relaxante na presenca do bloqueador (CE50 = 2,2 ± 0,5 x 10-5 M), indicando que a 7-MF nao age por modulacao positiva desses receptores para induzir o efeito tocolitico. Como uma das principais vias de relaxamento do musculo liso e a via do oxido nitrico (NO), avaliou-se a participacao dessa via no efeito tocolitico da 7-MF e observou-se que na presenca de L-NAME, um inibidor nao seletivo de sintase do NO (NOS), nao houve alteracao da potencia relaxante (CE50 = 4,4 ± 1,2 x 10-5 M), descartando tambem essa via no efeito tocolitico da 7-MF. Um passo downstream em comum das vias Gs e do NO e a acao da enzima fosfodiesterase (PDE). Na presenca da aminofilina, um bloqueador nao seletivo de PDE, observou-se que nao houve alteracao da potencia relaxante da 7-MF (CE50 = 2,8 ± 0,5 x 10-5 M), indicando que provavelmente nao e por ativacao desta que o flavonoide exerce seu mecanismo de acao tocolitica. A inibicao de vias contrateis tambem pode ocasionar relaxamento muscular liso, desta forma avaliou-se a participacao da via RhoA/Rho cinase (ROCK) no efeito tocolitico da 7-MF. Na presenca de Y-27632, um bloqueador nao seletivo de ROCK a curva foi deslocada para a esquerda, com aumento da potencia relaxante em torno de 22 vezes (CE50 = 1,6 ± 0,7 x 10-6 M), sugerindo que 7-MF modula negativamente a via ROCK para exercer seu efeito tocolitico. Ainda no mecanismo contratil, da-se um destaque para a calmodulina, um dos principais mediadores para a sinalizacao do Ca2+. Para avaliar a sua participacao no efeito tocolitico da 7-MF, utilizou-se o calmidazolium, um bloqueador da calmodulina e observou-se uma potencializacao do efeito relaxante da 7-MF (CE50 = 6,5 ± 1,6 x 10-7 M), em torno de 54 vezes, confirmando a modulacao negativa da calmodulina no seu efeito tocolitico. Dessa forma, o mecanismo de acao tocolitica proposto para a 7-MF em ratas e a inibicao da via ROCK e da calmodulina.
  • EVANDRO FERREIRA DA SILVA
  • Estudo fitoquímico, avaliação da atividade larvicida e antioxidante de Chresta pacourinoides
  • Data: 23/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • O genero Chresta pertence a familia Asteraceae, mas tem sido pouco estudado na literatura e e relativamente pequeno, sendo composto por 15 especies, das quais 14 sao endemicas do Brasil. A especie Chresta pacourinoides, que pode ser encontrada na Paraiba, apresenta apenas um estudo realizado anteriormente encontrado na literatura, fazendo-se necessario um estudo mais amplo, utilizando tecnicas espectroscopicas mais sensiveis com objetivo de disseminar mais informacoes sobre os constituintes quimicos presentes na especie bem como avaliar sua atividade antioxidante. Para isso, partes aereas de Chresta pacourinoides (3 kg) foram coletadas no municipio de Fagundes-PB. Uma amostra (30g) do extrato etanolico bruto (EEB) foi submetido a uma particao, que gerou a fase hexanica e a metanolica. Atraves de tecnicas como cromatografia liquida de media pressao e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas, a fase hexanica foi trabalhada. Ja a fase metanolica foi submetida a cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE) analitica e preparativa, para analise e isolamento dos constituintes presentes. Os compostos isolados foram identificados atraves de RMN de ¹H e ¹³C, bem como por tecnicas bidimensionais e espectrometria de massas (EM) por injecao direta. Tambem foi determinado o teor de fenolicos totais do EEB e da fase metanolica seguindo o metodo de Folin-Ciocalteu. Para a determinacao da atividade antioxidante das mesmas amostras bem como da fracao 14-17, foi utilizado o metodo do sequestro de radicais DPPH. Alem disso, a atividade larvicida contra larvas de Aedes Aegypti foi testada para a amostra do extrato, fase metanolica e uma das fracoes isoladas. Como resultados, foram identificados 14 substancias, sendo da fracao 14-17 isoladas nove substancias, das quais, oito flavonoides: Kaempferol; Isoquercetrin; Crisoeriol; Apigenina; 3-Ometilquercetina; Luteolina; Eriodictiol; Stricnobiflavona e um acido fenolico (Acido Protocatecuico). Alem disso, foi possivel identificar 06 compostos por EM: Ac. Cafeico O-hexose; Acido Cafeoilquinico; Acido. 3,4-dicafeoilquinico; Luteolina-O-hexose; Apigenina; Quercetina-O-Hexose. Como resultados para o teor de fenolicos totais, foi possivel observar que o EEB apresentou 128 ± 3,29 EAG / g de amostra e a fase metanolica 98,5± 5,4 EAG / g de amostra. No que se refere a atividade antioxidante, o EEB apresentou CE50 288,83 ± 9,47, a fase metanolica 355,71 ± 9,87 e a fracao 14-17 de 35,657 ± 0,6893, mostrando que a fracao teve melhor atividade. No teste para atividade larvicida as amostras testadas nao causaram mortalidade significativa. Diante dos resultados obtidos e possivel concluir que o estudo fitoquimico de Chresta pacourinoides resultou no isolamento e identificacao de 9 compostos, onde 7 foram isolados pela primeira vez no genero, bem como, a identificacao de outras 7 substancias por EM. Na fase hexanica, algumas fracoes foram analisadas por CGEM. Com relacao as atividades biologicas, a atividade larvicida das amostras testadas nao se mostraram significantes, embora o extrato e a fase metanolica tenham apresentado boas concentracoes de compostos fenolicos, suas atividades antioxidantes nao foram satisfatorias pelo metodo de DPPH, ja a fracao 14-17, apresentou atividade antioxidante necessitando de mais estudos para confirma-la.
  • RENATA ALBUQUERQUE DE ABRANTES
  • TOXICIDADE E POTENCIAL ANTITUMORAL DO TONANTZITLOLONE B, UM DITERPENO DE STILLINGIA LORANTHACEAE (EUPHORBIACEAE).
  • Data: 03/08/2018
  • Hora: 13:30
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  • Produtos naturais representam uma rica fonte de compostos bioativos para o tratamento de diversas doencas. Entre os produtos naturais com potencial antitumoral destacam-se os diterpenos, metabolitos secundarios da classe dos terpenoides que apresentam 20 atomos de carbono em sua estrutura. Tonantzitlolone B (TNZ-B) e um diterpeno raro da classe dos flexibilenos que apresenta relatos de atividade antitumoral in vitro em diferentes linhagens celulares. Todavia, nao ha dados na literatura relacionados a sua toxicidade e atividade antitumoral in vivo. Sendo assim, o presente trabalho objetivou avaliar a toxicidade e o potencial antitumoral in vivo de TNZ-B em modelo de carcinoma ascitico de Ehrlich (CAE), bem como investigar possiveis mecanismos de acao envolvidos nesse efeito. Inicialmente foi avaliada a toxicidade pre-clinica aguda de TNZ-B em camundongos por via intraperitoneal (i.p.). A DL50 (dose letal 50%) foi estimada em 25 mg/kg, considerando o Guia n. 423 da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), o que indica alta toxicidade. Ainda, na triagem farmacologica comportamental, foram observados poucos efeitos induzidos pelo TNZ-B, como contorcoes abdominais e perda do reflexo corneal e auricular, que desapareceram logo apos o tratamento. O teste do micronucleo foi usado para a avaliacao da genotoxicidade de TNZ-B. Foi observado que este diterpeno (3,0 ou 6,0 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade. Em modelo de CAE observou-se que TNZ-B (1,5 ou 3,0 mg/kg, i.p., sete dias consecutivos de tratamento) reduziu os parametros volume do tumor, massa tumoral e a quantidade total de celulas tumorais (p<0,05). Para estudar o mecanismo de acao antitumoral de TNZ-B, foram avaliados os efeitos antiangiogenicos e antioxidantes. TNZ-B (3 mg/kg) reduziu a microdensidade dos vasos no peritonio dos animais (p<0,05), o que sugere acao antiagiogenica. Em seguida, considerando o vasto papel do estresse oxidativo na propagacao de tumores, foi avaliado o efeito de TNZ-B por meio do ensaio fluorimetrico com o 2’7-dichlorofluoresceina diacetato (DCFH-DA). Observou-se reducao do nivel de estresse oxidativo (p<0,05) apos tratamento com TNZ-B (3,0 mg/kg), o que sugere efeitos antioxidantes. Ainda, foi detectado que TNZ-B (3,0 mg/kg) promoveu reducao da producao de oxido nitrico (NO) (p<0,05), um mediador chave envolvido em processos de crescimento, angiogenese e metastase tumoral. Na avaliacao da toxicidade em animais transplantados com CAE submetidos a sete dias de tratamento com TNZ-B (3,0 mg/kg, i.p.) foi observado apenas reducao da contagem de eritrocitos, indicando que TNZ-B possui baixa toxicidade bioquimica e hematologica. Por outro lado, TNZ-B induziu aumento nos indices dos orgaos figado, baco, rins e coracao, o que deve ser melhor avaliado por meio de analise histopatologica. Os dados apresentados, em conjunto, sugerem que TNZ-B possui atividade antitumoral por exercer acao antiangiogenica via modulacao do estresse oxidativo e reducao dos niveis de oxido nitrico.
  • LYVIA LAYANNE SILVA ROSA
  • Atividade antibacteriana do Isoeugenol frente cepas clínicas de Staphylococcus aureus
  • Data: 03/08/2018
  • Hora: 09:00
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  • Staphylococcus aureus sao microorganismos de grande importancia clinica, pois sao um dos principais agentes responsaveis por infeccoes bacterianas, tanto no ambiente hospitalar como na comunidade, e apresentam grande resistencia aos antibioticos. Sabendo que bacterias resistentes a multiplas drogas representam um desafio para o tratamento das infeccoes e necessario encontrar novas substancias com propriedades antimicrobianas que sejam eficazes no combate a estes microrganismos. Na busca de novas alternativas terapeuticas para o tratamento dessas infeccoes, os produtos naturais de origem vegetal constituem umas das mais importantes fontes de novas substancias que podem ser utilizadas para estes fins, destacando os oleos essencias e seus fitoconstituintes, como o Isoeugenol, um fenilpropanoide. Diante disso, foi avaliada a atividade antibacteriana do isoeugenol frente cepas clinicas de Staphylococcus aureus atraves de ensaios realizados in vitro: Determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Bactericida Minima (CBM), avaliacao do efeito da substancia sobre a cinetica de crescimento microbiano (time-kill) e estudos de associacao do isoeugenol com antibiotico padrao (gentamicina). Na avaliacao da atividade antibacteriana, o isoeugenol apresentou CIM de 512 μg/mL e na CBM houve crescimento do microrganismo em todas as concentracoes. No ensaio de cinetica de morte microbiana (time-kill), o isoeugenol demonstrou atividade bacteriostatica que nao dependente da concentracao, ja que o aumento da mesma nao provoca aumento significativo da atividade. A associacao do fenilpropanoide com a gentamicina mostrou que para a cepa clinica de S. aureus S.A-116 a associacao resultou em um efeito sinergico, e para a cepa ATCC-150 efeito de aditividade ou indiferenca. Com isso, os resultados desse estudo sugerem que o isoeugenol apresenta atividade antibacteriana frente cepas de S. aureus, seja de forma isolada ou em associacao com o antimicrobiano padrao.
  • TAYS AMANDA FELISBERTO DA SILVA
  • Caracterização dos benefícios do carvacrol na disfunção erétil de ratos hipertensos.
  • Data: 01/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • Carvacrol e um monoterpeno aromatico encontrado em oleos essenciais de diversas plantas. Estudos demonstram uma ampla atividade farmacologica deste composto, tais como: atividade antioxidante, vasorrelaxante e hipotensora. Entretanto, nao ha relatos sobre a sua atividade na funcao eretil. Neste contexto, o presente estudo teve a finalidade de caracterizar o efeito do tratamento com o carvacrol sobre a disfuncao eretil (DE) de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Para os ensaios biologicos, os animais foram divididos em cinco grupos: controle normotenso Wistar Kyoto (WKY-CTL) e hipertenso (SHR-CTL); e hipertensos tratados com carvacrol 50 mg/kg (SHR-C50), carvacrol 100 mg/kg (SHR-C100) ou sildenafila (SHR- S1,5). Todos os ratos foram tratados por via intragastrica, uma vez ao dia, durante quatro semanas. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA-UFPB nº 132/2017. O tratamento com as substancias utilizadas nao afetou o ganho ponderal dos animais ao longo do tratamento. No ensaio de medida indireta da pressao arterial, o grupo SHR-CTL apresentou niveis de pressao arterial sistolica (PAS) significativamente elevados, em relacao ao grupo WKY-CTL, durante todo o tratamento. O tratamento do grupo SHR-C50, SHR-C100 ou SHR- S1,5 reduziu significativamente os valores de PAS, quando comparado com o grupo SHR-CTL. A funcao eretil foi avaliada pela relacao pressao intracavernosa/pressao arterial media (ICP/MAP), apos estimulacao eletrica do ganglio pelvico maior (0,2 a 12 Hz). A ICP/MAP no grupo SHR-CTL foi significantemente reduzida, quando comparada ao grupo WKY-CTL, o que comprova o desenvolvimento de DE nos SHR. Esta relacao foi significativamente aumentada nos grupos SHR-C50, SHR-C100 e SHR-S1,5, o que sugere reducao da DE por estes tratamentos. Em preparacoes de corpos cavernosos (CC), o grupo SHR-CTL apresentou um aumento na resposta contratil maxima induzida por fenilefrina ou estimulacao eletrica de campo, quando comparada ao grupo WKYCTL. Nas duas condicoes experimentais, o tratamento com carvacrol reduziu esta hipercontratilidade. Entretanto, o tratamento com sildenafila nao alterou este parametro. Alem disso, o grupo SHR-CTL apresentou uma reducao do relaxamento dependente de endotelio induzido pela acetilcolina, quando comparadas ao grupo WKY-CTL. O tratamento dos grupos SHR-C100 e SHR-S1,5 aumentou a vasodilatacao induzida por acetilcolina. Contudo, o tratamento do grupo SHR-C50 nao alterou esta resposta. A resposta maxima ao NPS foi atenuada significativamente em CC de animais hipertensos, quando comparados ao grupo normotenso. Este efeito foi revertido pelos tratamentos com carvacrol ou sildenafila. O efeito protetor do tratamento com o carvacrol sobre a hipercontratilidade induzida por fenilefrina, em CC, envolve a reducao da formacao de anions superoxidos, avaliado pela contracao da fenilefrina na presenca do tempol. Em cortes de CC, o tratamento com carvacrol ou sildenafila reduziu significativamente a fluorescencia basal da sonda DHE, quando comparados aos animais SHR-CTL. Tal resposta sugere que carvacrol e um potente antioxidante. Desta forma, os resultados obtidos no presente estudo mostraram que carvacrol reduz pressao arterial, alem de melhorar a funcao eretil, a partir da diminuicao de disfuncao endotelial e hipercontratilidade induzida pelo aumento do estresse oxidativo, em ratos espontaneamente hipertensos.
  • JULIANA DA CAMARA ROCHA
  • INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DOS ADUTOS DE MORITA-BAYLIS-HILLMAN SOBRE Leishmania spp.
  • Data: 04/05/2018
  • Hora: 13:00
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  • O tratamento das leishmanioses e baseado na utilizacao de compostos antimoniais pentavalentes, como medicamentos de primeira escolha; sendo drogas altamente toxicas, de administracao parenteral e que apresentam varios efeitos colaterais. Esse complexo de doencas e um problema de saude publica, com desafios na identificacao de novas terapias que permitam uma maior adesao e melhor qualidade no tratamento aos pacientes. Com a elevada toxicidade e o aparecimento de resistencia as drogas, se justifica a busca de novas alternativas para o tratamento das leishmanioses. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade anti-Leishmania dos adutos de Morita-Baylis-Hillman em modelos experimentais in vitro e ex vivo. Das moleculas avaliadas oriundas da reacao de Morita-Baylis-Hillman, 35 apresentaram atividade sobre as formas promastigotas de L. donovani, tendo a MBH-A12 e MBH-A13 baixos valores de CI50 e serem do mesmo processo de sintese, por isso, foram selecionadas para continuacao da avaliacao biologica. Essas duas substancias tambem apresentaram inibicao de crescimento significativa sobre as formas promastigotas de L. infantum, L. amazonensis e L. braziliensis, demonstrando que elas apresentam efeito sobre a diversidade de especies de Leishmania que causam manifestacoes clinicas diferentes. Alem disso, apresentaram atividade biologica sobre as formas amastigotas axenicas de L. infantum e L. amazonensis. Dentro das concentracoes testadas, essas drogas nao apresentaram toxicidade para celulas mononucleares de sangue periferico e eritrocitos humanos, tendo assim otimos indices de seletividade com tropismo para o parasito. No modelo de avaliacao da taxa de infeccao em monocitos humanos, nao observamos diferenca estatistica com o tratamento das substancias, nem modulacao via sintese de oxido nitrico. O tratamento com o MBH-A12 e MBH-A13 se mostrou diferente entre as especies L. infantum e L. amazonensis, para o percentual de celulas marcadas com anexina e IP, mostrando sobretudo que as substancias sugerem um padrao de morte celular em promastigotas envolvendo a apoptose, diferente da anfotericina B que tambem leva ao processo de necrose. Os adutos de Morita-Baylis-Hillman apresentaram otimos resultados de atividade sobre as formas promastigotas e amastigotas axenicas de diferentes especies de Leishmania, nao sendo toxicas para celulas mononucleares de sangue periferico e eritrocitos humanos, alem do perfil de morte celular demonstrar ser via apoptose. Assim, conclui-se que os adutos de Morita-Baylis-Hillman sao compostos com expressiva atividade anti-Leishmania em modelo in vitro, sendo moleculas a serem melhor investigadas quanto ao mecanismo de acao, na busca por novos tratamentos para as leishmanioses.
  • TALISSA MOZZINI MONTEIRO
  • Estudo da atividade ansiolítica e imunomoduladora do Gama-terpineno
  • Data: 27/04/2018
  • Hora: 14:00
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  • A inflamacao e gerada em resposta a estimulos nocivos, tais como agentes patogenicos, podendo estar associada a uma patogenese aguda ou evoluir para um processo cronico. O gama-terpineno (GT) e um monoterpeno que, em estudos previos, apresentou acao anti-inflamatoria em processos inflamatorios agudos. O presente trabalho teve como objetivo elucidar os mecanismos anti-inflamatorios e ansioliticos do GT em modelos murinos de inflamacao aguda - Lesao Pulmonar Aguda (LPA) e inflamacao cronica - rinite e a asma. Para tal, camundongos BALB/c foram desafiados com lipopolissacarideo (LPS) para induzir a LPA e foram tratados, uma hora apos o desafio, com GT (12,5; 25 e 50 mg/kg) por tres dias. Apos 72 h os animais foram eutanasiados para coleta do fluido do lavado broncoalveolar (BALF). Para os modelos murinos de rinite e asma, camundongos BALB/c sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) e foram tratados com GT (12,5; 25 e 50 mg/kg) ou droga padrao (dexametasona) 1 h antes de cada desafio com OVA. Apos o ultimo desafio, os animais foram submetidos a analise de sintomas clinicos da rinite e testes de ansiedade e imunologicos no modelo de asma. Na LPA, os animais tratados com GT (50 mg/kg) apresentaram diminuicao, no NALF, na migracao das celulas totais (p<0.0001), diferenciais (neutrofilos e celulas mononucleares, p<0.0001), na concentracao de proteinas totais (p<0.0001), bem como no peso pulmonar (p<0.01) quando comparados ao do grupo OVA (doente). Estudos histopatologicos mostraram que o tratamento com GT50 diminuiu o infiltrado celular nas regioes alveolares e vasculares (p<0.0001), o edema (p<0.05), hemorragia (p<0.05), citocinas inflamatorias, IL-1β (p<0.001), IL-6 (p<0.001) e TNF-α (p<0.0001), bem como a expressao do receptor TLR4 (p<0.001), da MAPquinase p38 (p<0.001) e do p65NFkB (p<0.05). No protocolo de rinite, o tratamento com GT50 apresentou diminuicao dos sintomas clinicos, como friccao nasal (p<0.001) e espirros (p<0.001), celulas totais (p<0.001) e diferenciais, principalmente eosinofilos (p<0.001). Na histopatologia da cavidade nasal, o tratamento com GT50 promoveu diminuicao do infiltrado celular nesta area (p<0.001), da secrecao de muco (p<0.05) e do numero de mastocitos (p<0.05). Na asma, o tratamento com GT50 diminuiu significativamente os indices de ansiedade em comparacao com animais do grupo OVA (doente) de forma semelhantes ao diazepam (1 mg/kg), apresentando efeito ansiolitico. O tratamento com o GT50 tambem diminuiu a expressao de c-fos em areas cerebrais como o nucleo paraventricular hipotalamico (p<0.05) e nucleo central da amigdala (p<0.01) quando comparado com o grupo OVA. Em adicao, o tratamento com GT50 diminuiu parametros imunologicos como: IgE (p<0.001); migracao de celulas totais (p<0.001) e diferenciais principalmente eosinofilo (p<0.001); houve diminuicao do infiltrado e da secrecao de muco no tecido pulmonar (p<0.01; p<0.001, respectivamente) e modulacao da resposta Th2 por induzir tanto a citocinas do perfil Th1 como IFNg (p<0.001) como do perfil regulatorio IL-10 (p<0.001). Tambem foi capaz de diminuir as citocinas Th2, como a IL-4 (p<0.01) e IL-13 (p<0.001) e a ativacao da MAPquinase p38 (p<0.001) e a expressao do p65NFkB (p<0.01). Esses dados indicam que o GT possui ambas as propriedades: ansiolitica e anti-inflamatoria em processos agudos e cronicos pela inibicao da MAP quinasep38 e do fator de transcricao NFkB .
  • ANA LUISA DE ARAUJO LIMA
  • Estudo da atividade antifúngica do óleo essencial de Cymbopogon winterianus Jowitt ex Bor, citronelal e geraniol sobre o gênero Candida de origem hospitalar
  • Data: 23/04/2018
  • Hora: 14:00
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  • Candidemia e uma preocupacao na clinica pediatrica e a busca de novas drogas antifungicas se apresenta como importante estrategia para melhorar o arsenal terapeutico contra esta infeccao. O oleo essencial de Cymbopogon winterianus (OECw), bem como seus fitoconstituintes majoritarios citronelal e geraniol possuem propriedades farmacologicas, incluindo atividade contra fungos. Assim, os objetivos desse estudo foram identificar e estabelecer a frequencia de especies de Candida isoladas de candidemia de pacientes internados em um hospital publico pediatrico de Joao Pessoa, Brasil; analisar a susceptibilidade antifungica das cepas e estudar a atividade antifungica do OECw, citronelal e geraniol contra esses isolados. A identificacao foi realizada usando os sistemas de CHROMagar e VITEK®2. O teste de susceptibilidade antifungica foi determinado pelo sistema automatizado VITEK®2; a concentracao inibitoria minima (CIM) e a concentracao fungicida minima (CFM) foram determinadas pela tecnica de microdiluicao; o possivel mecanismo de acao dos produtos sobre a parede (0,8 M sorbitol) e membrana celular fungica (ligacao dos produtos ao ergosterol). A frequencia de isolamento de Candida albicans foi de 60% e as especies nao-albicans de 40%, sendo 13% para C. tropicalis, C. parapsilosis e C. pelliculosa. Todos os isolados foram sensiveis ao fluconazol, voriconazol, anfotericina B, flucitosina, micafugina e caspofugina, com CIM variando entre 1-4, 0,12-2, 0,5-1, 1-1, 0,06-0,5 e 0,25-1 ug/mL, respectivamente. Apenas uma cepa de C. albicans foi intermediaria ao fluconazol e voriconazol (CIM de 4 ug/mL). Para cepas de C. albicans, o valor de CIM50 do OECw, citronelal e geraniol foi, respectivamente, de 64, 64 e 32 ug/mL. Ja o valor de CFM90 do OECw, citronelal e geraniol foi, na sequencia 256, 128 e 64 ug/mL. Para isolados de Candida nao-albicans, o valor de CIM50 do OECw, citronelal e geraniol foi, consequentemente 128, 128 e 32 ug/mL. Ja o valor de CFM50 do OECw, citronelal e geraniol foi, respectivamente, de 128, 128 e 64 ug/mL. Envolvimento com a parede celular e ligacao ao ergosterol foram excluidos como possiveis mecanismos dos produtos. Diante disso, conclui-se que Candida albicans foi a especie predominante e que as cepas nao foram resistentes aos principais agentes antifungicos. Este estudo e o primeiro a expor dados epidemiologicos sobre candidemia na populacao pediatrica em Joao Pessoa, Brasil. Alem disso, o oleo essencial de Cymbopogon winterianus, citronelal e geraniol apresentou atividade antifungica in vitro contra isolados de Candida spp., e, consequentemente, podem ser considerados como potenciais produtos antifungicos.
  • NATHALIE HELEN PAES BARRETO BORGES
  • ANÁLISE IN SILICO DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS DOS ORGANOSSELÊNIOS E ENSAIOS IN VITRO DE ATIVIDADES ANTIBACTERIANA E MODULADORA DA RESISTÊNCIA A DROGAS EM Staphylococcus aureus
  • Data: 17/04/2018
  • Hora: 14:00
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  • Diversos compostos quimicos, sinteticos e naturais, tem sido relatados como inibidores de bombas de efluxo, atuando como ferramentas adicionais importantes no desenvolvimento de farmacos co-formulados com os antibioticos apropriados. Dentre diversas classes de compostos sinteticos, os organosselenios tem se mostrado importantes devido ao efeito antibacteriano frente a diferentes especies. O objetivo do trabalho foi avaliar uma classe de organosselenios, derivados do acido selenoglicolico, quanto as caracteristicas fisico-quimicas, toxicas, de biodisponibilidade oral e de permeabilidade pela barreira hematoencefalica, bem como a interacao com Glicoproteina-P e enzimas do citocromo P-450, realizado em estudos in silico por meio do software gratuito Swissadme. Alem disso, foram realizados estudos in vitro referente as atividades antibacteriana, moduladora da resistencia a drogas e de sinergismo com antibioticos frente as cepas SA-199B, RN-4220 e IS-58, que apresentam resistencia a antibioticos por superexpressao das bombas TetK (tetraciclina), MsrA (macrolideos) e NorA (fluoroquinolonas e multiplas drogas), respectivamente. Os organosselenios avaliados se apresentaram de um modo geral como bons candidatos a novos a farmacos, por apresentar boa permeabilidade em membrana celular, boa solubilidade em liquidos biologicos, biodisponibilidade oral adequada, interagiram com poucas isoformas do citocromo P-450 e alguns organosselenios apresentaram risco toxico teorico baixo, quando comparado com antibioticos comerciais. Alem disso, HSe-02 e HSe-11 apresentaram capacidade teorica de atravessar barreira hematoencefalica, importante no tratamento de meningites bacterianas. Nos estudos in vitro, HSe-01, HSe-06 e HSe-09 mostraram atividade antibacteriana moderada, com CIM de ate 64 µg/mL em cepas que superexpressam bombas de efluxo. No ensaio da modulacao da resistencia a drogas, todas as combinacoes em HSe/Tet reduziram a CIM de tetraciclina em ate 256 vezes. Combinacoes HSe/Eri tambem mostraram atividade moduladora promissora, com reducao da CIM de eritromicina em ate 16 vezes. A associacao entre organosselenios e brometo de etidio reduziu a CIM deste em ate 8 vezes, sugerindo algum tipo de interacao, direta ou indireta com bombas de efluxo. Varios organosselenios foram capazes de reduzir a CIM do substrato de bomba NorA, berberina, potencializando o efeito desta substancia. Os resultados aqui apresentados mostraram que derivados do acido selenoglicolico podem ser utilizados para potenciar o efeito de agentes antimicrobianos, de modo a facilitar a reintroducao de antibioticos atualmente ineficazes para o tratamento clinico de infeccoes multirresistentes.
  • DANILO DUARTE DE ASSIS GADELHA
  • Doador de óxido nítrico promove melhora das alterações cardiovasculares e ventilatórias decorrentes da hipertensão arterial pulmonar
  • Data: 09/03/2018
  • Hora: 13:00
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  • A hipertensao arterial pulmonar (HAP) e uma doenca associada com aumento na resistencia arteriolar pulmonar e disfuncoes endoteliais gerando diminuicao da expressao da sintase de oxido nitrico endotelial (eNOS), resultando em uma diminuicao na sintese e liberacao de oxido nitrico (NO). O 2-nitrato-1,3-dibutoxipropano (NDBP) e um doador de NO que demonstra ter efeitos promissores sobre os sistemas respiratorio e cardiovascular. No entanto, nao ha estudos que relatem seus efeitos no desenvolvimento da HAP. Assim, o presente trabalho teve o objetivo de investigar potencial terapeutico do NDBP sobre a funcao autonomica e ventilatoria em ratos com HAP. Para isso, foram utilizados ratos da linhagem Wistar (Rattus norvergicus) pesando de 250-300g. A inducao da HAP foi realizada por meio da administracao de monocrotalina (50 mg/Kg, i.p., Sigma-Aldrich) em dose unica. Os animais foram divididos em 4 grupos: controle (CTL, tratados com salina 0.09% em 0.1mL, i.p., unica dose), monocrotalina (MCT, tratados com monocrotalina 50 mg/kg i.p., unica dose), NDBP (tratados com NDBP 40 mg/kg/dia, i.p. durante 14 dias) e NDBP+MCT (tratados com monocrotalina 50 mg/kg i.p., unica dose e NDBP 40 mg/kg/dia, i.p., durante 14 dias). Apos administracao de monocrotalina, foram realizados os registros dos parametros ventilatorios nos dias 0, 7, 14, 21 e 28. O registro respiratorio foi realizado por pletismografia de corpo inteiro em condicoes basais e durante ativacao de quimiorreceptores respiratorios (7% CO2). No 27º dia, ratos foram anestesiados para implante de canulas na arteria e veia femorais para registro direto da pressao arterial e administracao de substancias, respectivamente. Os quimiorreceptores perifericos foram ativados com KCN (0,04 %, 100 ul/rato, i.v.) e o tonus autonomico simpatico foi avaliado indiretamente pela analise espectral e diretamente atraves da administracao de hexametonio (30 mg/kg, i.v). Os resultados foram expressos como media ± erro padrao da media (e.p.m). Teste t de Student ou a analise de variancia two-way foi utilizado de acordo com o experimento, seguido do pos-teste de Tuckey ou Bonferroni. Diferencas foram consideradas quando p<0,05. O programa utilizado foi o GraphPad Prisma versao 5.00®. O tratamento com NDBP melhora o Volume Corrente (VT) do grupo MCT quando comparado com o grupo MCT+NDBP nos dias 21 e 28 (6,12±0,36 vs. 9,04±0,85 e 5,78±0,30 vs. 8,76±0,57, respectivamente). Alem disso, tambem melhora a Ventilacao Pulmonar (VE) nos dias 7, 21 e 28 (770,37±55,58 vs. 1250,40±190,03; 621,62±34,67 vs. 969,42±142,88 e 573,37±21,15 vs. 897,83±108,99, respectivamente). A MCT foi capaz de aumentar a sensibilidade dos animais ao CO2 (131,55±3,51 vs. 156,81±6,20), porem o tratamento com o nitrato nao foi capaz de reverter o quadro. Esse aumento na sensibilidade do quimiorreflexo nao aumentou a atividade simpatica dos animais, porem o tratamento com o NDBP foi capaz de diminuir a frequencia cardiaca do grupo CTL+NDBP quando comparado com grupo MCT (387,71±11,65 vs. 316±8,50), com consequente aumento do ciclo cardiaco (0,164±0,0008 vs. 0,151±0,002). De modo interessante, o tratamento com NDBP foi capaz de diminuir a atividade simpatica do grupo MCT+NDBP quando comparado com o grupo CTL+NDBP (0,42±0,05 vs. 0,22±0,07), indicando que o nitrato tem capacidade de modular atividade parassimpatica. Dado que pode ser reafirmado com a diminuicao da frequencia cardiaca apos a administracao de KCN (0,04%) comparando os grupos CTL vs. CTL+NDBP (-361,6±25,70 vs. -208,6±38,35). Por fim, pode-se concluir que a MCT e capaz de aumentar a sensibilidade dos animais ao CO2, alem de induzir alteracoes nos padroes ventilatorios a partir do 7º dia apos sua administracao, e que o NDBP foi eficaz em reduzir essas alteracoes. O nitrato ainda e capaz de modular o componente parassimpatico dos animais, podendo ser apontado como uma potente ferramenta farmacologica no tratamento de doencas cardiovasculares.
  • ANA JULIA DE MORAIS SANTOS OLIVEIRA
  • AMIDAS DO ÁCIDO VANILICO: REAÇÕES DE ACOPLAMENTO E BIOATIVIDADE
  • Data: 07/03/2018
  • Hora: 14:00
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  • Na ultima decada observou-se um aumento consideravel na prevalencia da resistencia aos agentes antimicrobianos, o que motivou o estudo do presente trabalho, que teve como finalidade a preparacao de uma colecao de amidas derivadas do acido vanilico atraves de reacoes de acoplamento utilizando o PYBOP e DCC como agentes acopladores, como tambem avaliar a atividade antimicrobiana das amidas preparadas frente a especies do genero Candida, Staphylococcus e Pseudomonas. Nesse contexto, existem os compostos fenolicos, que podem ser extraidos de fontes naturais ou obtidos por meio de sintese, como exemplo, o acido vanilico que possui diversas atividades, dentre elas, antimicrobiana. Na caracterizacao das amidas foram utilizados metodos Espectroscopicos de Infravermelhos, Ressonancia Magnetica Nuclear 1H e 13C. Todas as amidas foram submetidas a testes antimicrobianos pelo metodo de microdiluicao em caldo, tendo como controle antimicrobiano a nistatina e a caspofugina. As dez amidas foram obtidas com rendimentos variando entre 28,81-86,44%, e tres sao ineditas. Todas as amidas apresentaram atividade antifungica em pelo menos uma cepa testada. Na avaliacao antibacteriana todas as amidas apresentaram bioatividade na maior concentracao testada frente a cepa de Staphylococcus aureus ATCC 25925. A amida com melhor perfil antifungico foi a AN5 que apresentou uma Concentracao inibitoria minima de CIM = 0,46 μmol/mL (125 μg/mL), sugerindo que a presenca de grupo doador de eletrons (metila) ligado ao anel aromatico potencializa a atividade da molecula. A presenca de grupos hidroxilas nas posicoes orto e para, e a presenca de metoxila na posicao meta tambem sao importantes para atividade antimicrobiana.
  • ALANA RODRIGUES FERREIRA
  • Ésteres sintéticos derivados do ácido 3-metil-4-nitrobenzoico e avaliação da sua atividade antifúngica
  • Data: 07/03/2018
  • Hora: 09:00
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  • O acido 3-metil-4-nitrobenzoico e um produto quimico obtido atraves de processos sinteticos, de baixo custo e utilizado em diversos estudos como precursor na obtencao de moleculas bioativas. O presente trabalho envolveu o preparo, purificacao e caracterizacao estrutural de onze esteres derivados do acido 3-metil-4-nitrobenzoico com o objetivo de avalia-los quanto a sua capacidade antifungica, frente a especies de leveduras do genero Candida: C. albicans, C. glabrata, C. krusei e C. guilliermondii, patogenos oportunistas de importancia clinica que, com o aumento do uso dos agentes antifungicos, vem desenvolvendo mecanismos de resistencia aos farmacos atualmente disponiveis; o que representa uma extrema dificuldade para o tratamento de infeccoes causadas por esses microrganismos. Foram utilizadas quatro diferentes metodologias para as esterificacoes: Esterificacao de Fischer, esterificacoes com haletos de alquila e arila, reacao de Mitsunobu e reacao de Steglich; os rendimentos dos esteres obtidos variaram de 12% a 83%. Nos testes antifungicos foi realizada a determinacao da concentracao inibitoria minima (CIM) com a tecnica de microdiluicao em placa de 96 pocos e posterior determinacao da concentracao fungicida minima (CFM) em meio de cultura solido. Com a avaliacao da capacidade antifungica dos esteres preparados, foi possivel observar que todos foram bioativos frente a pelo menos uma das cepas testadas e apresentaram atividade fungicida. Os melhores resultados encontrados foram referentes a cepa de C. guilliermondi 207, na qual, AR1 apresentou atividade inibitoria na concentracao de 0,039 µmol/mL (7,8 µg/mL) e AR6 em 0,031 µmol/mL (7,8 µg/mL). No tocante as caracteristicas estruturais dos esteres que influenciam a bioatividade antifungica, constatou-se a importancia do substituinte aromatico nitro (-NO2), como grupo aceptor de eletrons, e a participacao do tamanho das cadeias alquilicas laterais, que provavelmente estabelecem interacoes hidrofobicas com macromoleculas das celulas fungicas. Enquanto na insercao de um heteroatomo na cadeia lateral ou de grupos ciclicos e aromaticos que, em alguns casos nao foram relevantes para a otimizacao da bioatividade ou contribuiram para a inatividade do ester.
  • RAYANNE HELLEN DO NASCIMENTO SILVA
  • Derivados sintéticos do ácido 4-clorocinâmico e atividade antimicrobiana
  • Data: 06/03/2018
  • Hora: 14:00
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  • Atualmente a resistencia dos microrganismos como fungos e bacterias e considerado um grande problema de saude publica.O termo candidiase e utilizado para infeccoes oportunistas superficiais ou sistemicas causadas por diferentes especies do genero Candida. Individuos com HIV, doencas cronicas como cancer, diabetes e transplantados, por serem pacientes imunocomprometidos, como tambem idosos e recem-nascidos sao os grupos com maior predisposicao a estas infeccoes. Algumas das especies deste genero apresentaram resistencia a uma ampla quantidade de farmacos antifungicos, aumentando a gravidade destas infeccoes e a complexidade do seu tratamento. Os esteres derivados do acido cinamico possuem um amplo espectro de atividades farmacologicas, dentre elas, a atividade antimicrobiana. E relatado que esteres cinamicos clorados sao potencialmente bioativos frente a microrganismos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi preparar uma colecao de esteres derivados do acido 4-clorocinamico estruturalmente relacionados, avaliar a atividade antimicrobiana dos mesmos e estabelecer uma relacao entre a estrutura dos compostos obtidos. Para a preparacao dos esteres foram utilizadas as reacoes de esterificacao de Fischer, esterificacao utilizando haletos de alquila e arila, reacao de Mitsunobu e reacao de Steglich. Na caracterizacao dos produtos utilizaram-se metodos espectroscopicos de infravermelho (IV) e ressonancia magnetica nuclear de 1H e 13C. Todos os esteres foram submetidos a testes antimicrobianos frente cepas das especies Candida albicans, Candida glabrata, Candida krusei, Candida guilliermondii, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, realizados pelo metodo de microdiluicao em caldo, tendo como controle antimicrobiano o cloranfenicol e a nistatina. Obteve-se doze esteres derivados do acido 4-clorocinamico, os quais seus rendimentos variaram de 30,75% - 97,57%, sendo tres ineditos. Um ester apresentou atividade antibacteriana na maior concentracao testada, no entanto, na atividade antifungica todos os compostos foram bioativos. Na atividade antifungica os esteres que se destacaram RH-06 e RH-11 apresentaram CIM 31,25 e 7,8μg/mL, respectivamente. Estes resultados mostram que os substituintes de cadeias alquilicas curtas, com presenca de heteroatomo como o oxigenio e com subestrutura terpenica perilica apresentam melhor perfil antifungico.
  • MARIA SALLETT ROCHA SOUZA
  • Estudo Fitoquímico de duas espécies de Mimosa: Mimosa ophthalmocentra Mart ex Benth e Mimosa tenuiflora (Will) Poir - Fabaceae
  • Data: 28/02/2018
  • Hora: 08:00
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  • As especies de Mimosa (Fabaceae) destacam-se por sua utilizacao na medicina popular. Mimosa ophthalmocentra, conhecida popularmente como “jurema-de-imbira” e utilizada no tratamento de feridas, inflamacoes, tosse e bronquite, suas raizes sao utilizadas em celebracoes mistico-religiosas. Mimosa tenuiflora (Will) Poir conhecida como “Jurema preta”, e popularmente utilizada para o tratamento de infeccoes, queimaduras e lesoes, dessa especie ja foram relatadas diversas substancias. Os extratos de ambas as especies foram obtidos e fracionados. Da fase hexanica do extrato etanolico bruto das cascas de M. ophthalmocentra (MOC) foram isoladas utilizando cromatografia em coluna e identificadas por RMN 1H e 13C as substancias: esqualeno (Mo-1), lupeol (Mo-2), β-sitosterol (Mo-3a), estigmasterol (Mo-3b) e virescenol A (Mo-4) e da fase aquosa do extrato etanolico bruto das folhas de M. ophthalmocentra (MOF), kulkanina B (Mo-5) e luteolina (Mo-6), todas descritas pela primeira vez na especie. A analise dos extratos e fracoes por espectrometria de massas acoplada a armadilha de ions com interface de ionizacao por eletrospray e insercao direta da amostra permitiu a identificacao de compostos fenolicos e derivados glicosilados, apos analise de ions precursores e padroes de fragmentacao alem de comparacoes com dados da literatura mostrando que essa e uma tecnica rapida e eficiente para analise da composicao quimica de plantas. Foi possivel propor a presenca de 20 substancias nos extratos, fases e fracoes de M. ophthalmocentra e 12 em M. tenuiflora.
  • SARAH REBECA DANTAS FERREIRA
  • Atividade tocolítica in vitro do extrato etanólico e flavonoides isolados de Zornia brasiliensis Vogel (Leguminosae) em ratas.
  • Data: 26/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Zornia brasilliensis Vogel, conhecida por “urinaria” ou “carrapicho”, e utilizada popularmente como diuretica, no tratamento de doencas venereas e desordens gastrintestinais. Em triagem realizada em nosso laboratorio, o extrato etanolico obtido das partes aereas de Zornia brasiliensis (ZB-EtOHPA) apresentou efeito espasmolitico em diversos musculos lisos (ileo e traqueia de cobaia, aorta e corpo cavernoso de rato e utero de rata. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o mecanismo de acao tocolitica in vitro do ZB-EtOHPA em ratas, alem de avaliar e comparar um possivel efeito tocolitico de flavonoides isolados desta especie. As contracoes isotonicas e isometricas foram monitoradas (n = 5). Baseado no fato de que o ZB-EtOHPA apresentou previamente efeito tocolitico em utero de rata frente as contracoes fasicas, decidiu investigar seu efeito sobre as contracoes tonicas induzidas por KCl e por ocitocina (OCI). O extrato foi mais potente em relaxar o utero pre-contraido com OCI (CE50 = 5,5 ± 1,3 μg/mL do que com KCl (CE50 = 22,0 ± 1,3 μg/mL). Como o passo comum na via de sinalizacao destes agentes contrateis sao os canais de calcio dependentes de voltagem (Cav), propos-se que o extrato estaria inibindo esses canais. O ZB-EtOHPA deslocou para a direita as curvas cumulativas controle de CaCl2 com reducao do seu efeito maximo, alem de relaxar o ileo pre‑contraido com o S‑(‑)‑Bay K8644, um agonista dos CaV1 (CE50 = 84,3 ± 10,6 μg/mL), demonstrando que o extrato inibe o influxo de Ca2+ atraves dos CaV1. Tendo em vista que os CaV podem ser modulados negativamente pela via do oxido nitrico (NO), decidiu‑se avaliar a participacao dessa via em utero de rata pre-contraido com OCI. Para tanto, utilizou‑se L‑NAME, um inibidor nao seletivo de sintase do NO (NOS) e foi observado que a potencia relaxante foi diminuida cerca de seis vezes (CE50 = 35,6 ± 6,2 μg/mL) quando comparada ao controle, sendo essa reducao parcialmente revertida na presenca concomitante de L-NAME e L-arginina (CE50 = 26,6 ± 1,3 μg/mL), substrato para a NOS, confirmando o envolvimento da via do NO no efeito tocolitico do ZB-EtOHPA (CE50 = 26,4 ± 3,8 μg/mL). O proximo passo da via do NO a ser investigado foi a participacao da ciclase de guanilil soluvel (sCG) e da proteina cinade G (PKG). Com isso, foi observado que a potencia tocolitica do extrato foi reduzida cerca de 5 e 3 vezes na presenca do ODQ, um inibidor da sCG (CE50 = 36,9 ± 7,3 µg/mL) e do Rp-8-Br-PET-cGMPS, um inibidor da PKG (CE50 = 15,4 ± 2,7 µg/mL), respectivamente, confirmando a modulacao positiva da via do NO/sCG/PKG no seu efeito tocolitico em rata. Compreendendo que essa via pode modular os canais de K+, resolveu-se investigar a participacao destes canais no efeito tocolitico do extrato na presenca de cloreto de cesio (CsCl), bloqueador nao seletivo de canais de K+ e foi observado um desvio para direita da curva concentracao‑resposta do extrato com reducao da potencia relaxante (CE50 = 15,44 ± 2,69 μg/mL), o que confirma a participacao dos canais de K+ no efeito tocolitico do ZB-EtOHPA. Para verificar os subtipos de canais utilizou‑se bloqueadores seletivos. A curva controle concentracao‑resposta tambem foi desviada para a direita e a potencia tocolitica reduzida na presenca de tetraetilamonio, bloqueador de BKCa (CE50 = 16,8 ± 2,8 μg/mL), de apamina, bloqueador de SKCa (CE50 = 22,0 ± 3,3 μg/mL), glibenclamida, bloqueador de KATP (CE50 = 28,2 ± 5,3 μg/mL) e de 4‑aminopiridina, bloqueador de Kv (CE50 = 73,2 ± 13,4 μg/mL). Por fim, o ZB-EtOHPA teve sua potencia tocolitica reduzida quando esses quatro bloqueadores foram pre‑incubados simultaneamente (CE50%= 31,3 ± 6,0 μg/mL), entretanto, nao foi identificado efeito sinergico entre eles. Tambem foi avaliado o efeito tocolitico de dois flavonoides isolados do ZB-EtOHPA, 7‑metoxiflavona (7-MF) e 5,7-dimetoxiflavona (5,7-DMF),e observou-se que ambos apresentaram efeito tocolitico, sendo a 7-MF equipotente frente a OCI (CI50 = 3,2 ± 0,9 x 10-5 M) e ao CCh (CI50 = 4,3 ± 0,4 x 10-5 M) e, diferentemente, o 5,7-DMF apresentou potencia cerca de 2 vezes maior frente ao CCh (CI50 = 1,7 ± 0,3 x 10-5 M) quando comparada a OCI (CI50 =4,2 ± 1,0 x 10-5 M).Dessa forma, o mecanismo de acao tocolitica proposto para o ZB-EtOHPA em rata pode ter envolvimento da modulacao positiva na via NO/sGC/PKG e canais de K+, apontando o bloqueio dos Cav-1 e, consequentemente, diminuicao do influxo de Ca2+, promovendo relaxamento do musculo liso uterino. Alem disso, os flavonoides, 7-MF e 5,7-DMF, provavelmente sao os responsaveis pelo efeito tocolitico do extrato.
  • CAMILA BOMFIM DE SÁ
  • INVESTIGAÇÃO DA TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO FERULATO DE ETILA
  • Orientador : MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
  • Data: 26/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • As plantas medicinais sao fontes de substancias bioativas conhecidas como metabolitos secundarios. O ferulato de etila (FE), um composto fenolico, da grande classe dos fenilpropanoides, e derivado do acido ferulico e pode ser encontrado naturalmente ou sintetico. Suas principais atividades farmacologicas sao: anti-inflamatoria, antioxidante, antibacteriana e antitumoral. Esse presente trabalho objetivou investigar a toxicidade e atividade antioxidante do FE. O local da pesquisa foi o Laboratorio de Ensaios Toxicologicos e o Bioterio Prof. Dr. Thomas George pertencentes ao Instituto de Pesquisa em Farmacos e Medicamentos (IPeFarM) da Universidade Federal da Paraiba (UFPB). A principio foram realizadas analises in silico atraves do programa Molinspiration, obtendo-se informacoes a respeito da cinetica, acoes biologicas e toxicidade do FE. Avaliou-se tambem a citotoxicidade do FE baseado no potencial hemolitico, utilizando suspensao de eritrocitos e o FE em concentracoes de 10, 50, 100, 250, 500 e 1000 µg/mL, onde a hemoglobina (Hb) foi quantificada em espectrofotometro a 540 nm. Foi avaliada ainda, a influencia do FE sobre a fragilidade osmotica de eritrocitos na presenca de solucao hipotonica de NaCl a 0,24%. Realizou-se um ensaio de toxicidade aguda in vivo, em camundongos Swiss femeas, onde 18 animais foram divididos e formados 3 grupos compostos por 6 animais cada: controle, tratados com o FE dose unica de 300 mg/kg (via oral) e outros tratados com o FE dose unica de 2000 mg/kg. Apos a administracao, foi realizada uma triagem comportamental e em seguida foi acompanhada a evolucao ponderal e consumo de agua e racao dos animais. Apos 14 dias, os animais foram eutanasiados com excesso de anestesico. Amostras de sangue foram coletadas e realizada analise bioquimica do soro. Os orgaos vitais desses animais tambem foram retirados, pesados e analisados macroscopicamente. Alem disso, os orgaos foram processados atraves de varias etapas e elaboradas laminas com cortes teciduais, as quais foram analisadas a histopatologia em microscopio. Para a atividade antioxidante, foi utilizada suspensao de eritrocitos, peroxido de hidrogenio e o FE nas concentracoes ja citadas e quantificada a Hb. O programa Molinspiration forneceu predicoes de diversas atividades farmacologicas do FE (inclusive algumas nao citadas na literatura), alem de mostrar o perfil ADME, onde as fases de absorcao, distribuicao, biotransformacao e excrecao da droga sao favoraveis. A respeito da predicao de toxicidade in silico, o FE mostrou-se com alta toxicidade ambiental. O FE nao apresentou efeito hemolitico nas principais concentracoes (para todos os tipos sanguineos), porem na maior concentracao de 1000 µg/mL houve hemolise significativa, sendo considerado de baixo potencial hemolitico. O FE nas concentracoes de 50 e 250 µg/mL (eritrocitos A) e 10, 50 e 100 µg/mL (eritrocitos O) mostrou exercer alguma protecao sobre a membrana eritrocitaria frente ao NaCl 0,24%. No ensaio toxicologico agudo, os animais tratados apresentaram alteracoes comportamentais (ex. sedacao); o consumo de racao foi superior para o grupo de 2000 mg/kg; sem diferenca significativa nos pesos; os parametros bioquimicos albumina, proteinas totais, AST, ALT, FAL, glicose, triglicerideos, colesterol, acido urico, ureia e creatinina nao evidenciaram alteracoes entre tratados e controle. Os orgaos mantiveram-se preservados. Os cortes histologicos de coracao, pulmao, estomago, figado e rins nao revelaram alteracoes de fibrose, infiltrado inflamatorio ou necrose. O FE em todas as concentracoes demonstrou efeito antioxidante frente ao H2O2, reduzindo a peroxidacao lipidica de eritrocitos de todos os tipos, diminuindo a hemolise e liberacao de hemoglobina. O ferulato de etila e uma droga com baixo perfil toxico e detentor de potente efeito antioxidante.
  • ALBERTO SHELLYGTON LIMA
  • Avaliação da atividade gastroprotetora da hesperetina em modelos animais
  • Data: 23/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A hesperetina e um composto organico aromatico polifenolico pertencente a classe das flavanonas que podem ocorrer tanto na forma livre (aglicona) ou ligado a residuos de acucar (glicosideos/heterosideos), sendo encontrada em especies vegetais, como Citrus sinensis e Citrus limon. Estudos farmacologicos relatam sua atividade anti-inflamatoria e antioxidante. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade pre-clinica aguda, atividade gastroprotetora e os mecanismos de acao relacionados a essa atividade. No ensaio de toxicidade aguda, utilizando as doses de 300 e 2000 mg/kg da hesperetina administradas por via oral (v.o.) nao foram observados sinais e alteracoes comportamentais ou mortes em camundongos swiss machos nas condicoes experimentais avaliadas. Desta forma, pode-se inferir que a dose letal 50% (DL50) e igual ou superior a 2500 mg/kg de acordo com o guia 423 da OECD. Para avaliacao da atividade gastroprotetora foram utilizados os modelos classicos de inducao aguda de ulcera gastrica: etanol/acidificado em camundongos, etanol em ratos, anti-inflamatorio nao-esteroidal (AINE-piroxicam) e estresse (por imobilizacao e frio) em camundongos e contensao do suco gastrico em ratos. No modelo de etanol acidificado, a carbenoxolona (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 63, 23, 46, 59, 65% (***p<0,001), respectivamente, quando comparados ao controle negativo. Em lesoes induzidas pelo etanol, a carbenoxolona (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o.) reduziram a area de lesao ulcerativa (ALU) em 96, 42, 64, 71, 70% (***p<0,001), respectivamente, em comparacao ao controle negativo. Nas ulceras gastricas induzidas pelo estresse por imobilizacao e frio a cimetidina (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o.) reduziram o ILU em 66, 21, 40, 62, 75% (*p<0,05) e (***p<0,001), respectivamente, quando comparados ao controle negativo. Nas ulceras gastricas induzidas por AINEs, a cimetidina (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o.) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 60, 24, 52, 69 e 75% (***p<0,001), respectivamente, quando comparados ao grupo controle negativo. Em ulceras gastricas induzidas por contensao do suco gastrico (ligadura do piloro) a cimetidina (100 mg/kg) e a hesperetina (100 mg/kg) diminuiram o ILU em 41 e 40% (v.o.) (***p<0,001) e em 42 e 48% (###p<0,001) (i.d.), respectivamente, quando comparados ao grupo controle negativo. Na perspectiva de investigar os mecanismos envolvidos na atividade gastroprotetora da hesperetina foram avaliados os mecanismos antissecretorios ou neutralizantes da secrecao acida gastrica, mecanismos citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorio. Os tratamentos (v.o. e i.d.) com hesperetina (100 mg/kg) nao alterou os parametros bioquimicos do suco gastrico. A atividade gastroprotetora da hesperetina (100 mg/kg) envolve a participacao de grupamentos sulfidrilicos, oxido nitrico, KATP, muco e prostaglandinas. Alem disso, apresentou atividade antioxidante por um aumento nos niveis de glutationa reduzida (GSH) e diminuicao nos niveis de malondialdeido (MDA) quando comparados ao controle negativo, no modelo de ulceras induzidas por etanol. A hesperetina (100 mg/kg) diminuiu os niveis de interleucina-1 beta (IL-1β) e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e aumentou os niveis de interleucina-10 (IL-10). Diante desses resultados foi possivel inferir que a hesperetina apresenta atividade gastroprotetora e que a atividade dessa substancia envolve mecanismos citoprotetores, antioxidantes e imunorregulatorios.
  • JULIANA DE MEDEIROS GOMES
  • Estudo preliminar da potencial atividade fotoprotetora e antioxidante de Mentha x villosa
  • Data: 23/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • Mentha x villosa e uma especie de planta pertencente a familia Lamiaceae, sendo um hibrido das especies Mentha spicata e Mentha suaveolens Ehrh. Ela e popularmente utilizada como antimicrobiana e antiparasitaria, entretanto, nao existem muitos estudos sobre sua composicao fenolicos, alem de nao haver registros sobre sua acao fotoprotetora relatadas. Portanto, com esse estudo, objetivou-se avaliar a atividade antioxidante e fotoprotetora da especie citada. Para isso, as partes aereas de Mentha x villosa foram coletadas no Horto do Instituto de Pesquisa em Farmacos e Medicamentos (IPeFarM) da Universidade Federal da Paraiba (UFPB), Campus I, municipio de Joao Pessoa-PB, e a partir do material vegetal fresco triturado, foi feita a maceracao com etanol 96% e posteriormente, foi obtido o Extrato Etanolico Bruto. Um metodo analitico foi desenvolvido e validado por CLAE-DAD para o marcador Acido Rosmarinico e apresentou especificidade, linearidade, precisao, precisao intermediaria, exatidao e robustez de acordo com as especificacoes exigidas pela ANVISA no Guia de Validacao de metodos analiticos e bioanaliticos (RE nº 899/2003). O teor de fenolicos totais da amostra foi determinado seguindo o metodo de Folin-Ciocalteu, utilizando o acido galico como padrao. Para a determinacao da atividade antioxidante da amostra foi utilizado o metodo do sequestro de radicais DPPH, baseado na reducao desse radical quando diante de uma substancia antioxidante, sendo o acido ascorbico a substancia padrao e todas as analises foram realizadas em triplicata. Para avaliacao da atividade fotoprotetora foi determinada a absorbancia maxima por meio de uma varredura de espectro na faixa de comprimento de onda entre 200 a 400 nm em espectrofotometro UV e o fator de protecao solar (FPS) in vitro atraves do metodo desenvolvido por Mansur. Alem do FPS do extrato, foi avaliado tambem o FPS do resveratrol e de sua associacao com o extrato. Apos analise, foi possivel constatar que o EEB de Mentha x villosa apresentou teor de fenolicos totais igual a 116,25 ± 1,42 mg EAG/ g de amostra e CE50 igual a 98,03 ± 1,47 µg / mL referente a atividade antioxidante. No que se refere a fotoprotecao, o EEB de Mentha x villosa apresentou bandas de absorcao intensas na regiao UVB e UVA e FPS = 13,23. Quanto a sua associacao com o resveratrol, o FPS foi igual a 14,29, enquanto que o resveratrol sozinho teve FPS = 21,80. Os resultados desse trabalho mostraram que Mentha x villosa tem uma boa atividade fotoprotetora preliminar, consideravel teor de fenolicos totais e atividade antioxidante frente ao DPPH, merecendo uma avaliacao mais aprofundada relacionada a fotoprotecao.
  • IARA LEAO LUNA DE SOUZA
  • Suplementação alimentar com Spirulina platensis previne o desenvolvimento da disfunção erétil em ratos Wistar alimentados com dieta hipercalórica
  • Data: 22/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A obesidade e uma doenca inflamatoria cronica, caracterizada pelo acumulo de tecido adiposo, e representa um fator de risco para o desenvolvimento da disfuncao eretil (DE). Esta e definida como a incapacidade de alcancar e/ou manter uma erecao peniana suficiente para a satisfacao sexual, com muitos pacientes nao respondendo apropriadamente a farmacoterapia. Dessa forma, visando a busca por novas alternativas terapeuticas, avaliou-se os possiveis efeitos da suplementacao alimentar com Spirulina platensis, alga com potencial vasodilatador e antioxidante, em um modelo de DE induzida pelo consumo de dieta hipercalorica. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais da UFPB (certidao 0201/14). Os ratos Wistar foram divididos em grupo alimentado com racao padrao que recebeu solucao salina (GCS), que foi suplementado com a alga nas doses de 25 (GC + SP25), 50 (GC + SP50) ou 100 mg/kg (GC + SP100) e que foi tratado com sildenafila na dose de 1,5 mg/kg/dia (GC + Sild) ou, em grupo alimentado com racao hipercalorica que recebeu solucao salina (GOS), que foi suplementado com a alga nas doses de 25 (GO + SP25), 50 (GO + SP50) ou 100 mg/kg (GO + SP100) e que foi tratado com sildenafila na dose de 1,5 mg/kg/dia (GO + Sild). Foram analisados os parametros nutricionais e morfometricos, a funcao eretil, in vivo, os mecanismos funcionais envolvidos nas alteracoes da reatividade contratil e relaxante do corpo cavernoso, in vitro, e o balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes sistemicas e teciduais. Spirulina platensis na dose de 50 mg/kg reduziu a ingestao alimentar e a massa corporal final dos ratos que consumiram a dieta padrao, ja na dose de 100 mg/kg promoveu reducao da massa e do diametro dos adipocitos do tecido adiposo inguinal e, consequentemente, do indice de adiposidade. Ademais, nao foi observada alteracao na funcao eretil basal desses ratos. Entretanto, o consumo da dieta hipercalorica resultou na diminuicao da ingestao alimentar, porem, houve aumento da massa corporal final, como consequencia da elevacao dos coeficientes de eficacia alimentar e de ganho de peso por consumo calorico, alem do aumento das reservas adiposas epididimal, retroperitoneal e inguinal, e do indice de adiposidade. Adicionalmente, a reducao do numero e o aumento da latencia para a erecao peniana foram correlacionados ao consumo da dieta hipercalorica. Interessantemente, esses efeitos deleterios do consumo da dieta hipercalorica sobre a adiposidade corporal e a funcao eretil, in vivo, foram prevenidos pela suplementacao alimentar com S. platensis. Em relacao a reatividade cavernosa, os ratos (GC + SP100) apresentaram reducao da eficacia contratil ao KCl (acoplamento eletromecanico). Por outro lado, a eficacia contratil a fenilefrina (FEN) (acoplamento farmaco-mecanico) foi potencializada (GC + SP50), o que foi associado a modulacao positiva da via da Rho cinase (ROCK) e dos prostanoides contrateis. Alem disso, observou-se regulacao positiva da via do oxido nitrico (NO), reducao das especies reativas de oxigenio (ROS) e potencializacao do efeito relaxante promovido pela acetilcolina (ACh). A integracao de vias que favorecem a contracao e o relaxamento do corpo cavernoso de rato pode estar subjacente a nao alteracao da funcao eretil desses ratos, in vivo. Por outro lado, o consumo da dieta hipercalorica resultou no aumento da eficacia contratil do KCl e da FEN, e atenuacao da eficacia relaxante induzida pela ACh, indicando o comprometimento dos acoplamentos eletro- e farmaco-mecanico da reatividade cavernosa. Os efeitos deleterios sobre a reatividade cavernosa decorrem da ativacao da via da ROCK, do aumento das ROS, da modulacao negativa da via do NO e do desbalanco dos prostanoides relaxantes/contrateis. Nesse contexto, a suplementacao alimentar com S. platensis, em ratos alimentados com a dieta hipercalorica, preveniu os danos a reatividade contratil e relaxante cavernosa. Na analise do balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes, a capacidade antioxidante total (CAT) tecidual, foi aumentada pela suplementacao com a alga na dose de 50 mg/kg em ratos alimentados com dieta padrao. Ja nos ratos que consumiram a dieta hipercalorica, observou-se elevacao nos niveis de malondialdeido (MDA) sistemico e tecidual, bem como reducao da CAT sistemica, resultando em danos oxidativos aos ratos. Essa alteracao do balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes foi prevenida pela suplementacao com a alga. Portanto, a suplementacao alimentar com S. platensis previne os danos associados ao consumo da dieta hipercalorica e desponta como um avanco futuro para o tratamento da DE.
  • CARLOS ARTHUR GOUVEIA VELOSO
  • Estudo fitoquímico e avaliação da atividade antimicrobiana das folhas de Varronia dardani (Taroda) J.S. Mill (Boraginaceae) e de seu óleo essencial
  • Data: 22/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • O genero Varronia pertence a familia Boraginaceae, antes classificada como Cordia, compreende cerca de 100 especies. Algumas especies sao descritas na literatura com atividades, ant-inflamatoria, analgesica e cicatrizante. A especie V. dardani nao possui relatos na medicina popular. O material vegetal foi coletado em Serra Branca – PB, uma exsicata encontra-se depositada no hebario Prof. Lauro Pires Xavier sob registro JPB 29509. As folhas de V. dardani foram secas em estufa 40 ºC, trituradas e extraida com etanol a 95%, concentrado em rotaevaporador obtendo-se o Extrato Etanolico Bruto (EEB), o qual foi desengordurado com hexano e em seguida submetido a particao liquido/liquido (7:3 v/v) obtendo-se as fases hexanica, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. As estruturas quimicas foram identificadas atraves de espectroscopia de massa, Ressonancia Magnetica Nuclear (RMN) e em comparacoes com a literatura. A fase diclorometano foi submetida a cromatografia liquida de media pressao de onde foram isoladas seis substancias, sendo duas chalconas (pinostrobina chalcona e gimnogrameno) e quatro flavanonas (pinocembrina, isosakuranetina, pinostrobina e sakuranetina-4’-metil eter). O oleo essencial das folhas V. dardani (Vd-OE) foi extraido por hidrodestilacao em aparelho de Clevenger e caracterizado por cromatografia gasosa acoplada a espectroscopia de massas (CG-EM). A constituicao quimica do oleo de V. dardani foi de 97,2% de monoterpenos e sesquiterpenos. Sendo os δ-Cadineno (8,71%), timol (7,43%), carvacrol (5,92%), γ-cadineno (5,66%), p-cimeno (5,25%) e δ-cadinol (5,20%) os constituintes majoritarios. Foi investigada a atividade antimicrobiana, atraves da da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e da Inibicao da Formacao de Biofilme (IFB), realizadas por microdiluicao e utilizando o EEB, sua fase diclorometano, o Vd-OE e de algumas flavanonas e chalconas isoladas e/ou em misturas frente a especies de microrganismos de interesse na Odontologia. O oleo essencial inibiu o crescimento de Enterococcus faecalis e Streptococcus salivarius com a CIM de 2 mg/mL, Vd-EEB inibiu o crescimento de S. salivarius, Vd-FD exibiu uma CIM frente as cepas de E. faecalis e S. salivarius, a pinostrobina chalcona inibiu o crescimento de S. salivarius, e em mistura com o gimnogrameno, apresentou CIM para as cepas E. faecalis e S. salivarius. A pinocembrina inibiu o crescimento de E. faecalis e S. salivarius. A pinocembrina, a pinostrobina chalcona e sua mistura com o gimnogrameno apresentaram inibicao da formacao do biofilme de S. salivarius na maior concentracao testada. A pinostrobina chalcona inibiu a formacao do biofilme de E. faecalis na sua menor concentracao. Os resultados in vitro indicaram que a especie contem em sua composicao quimica, substancias com potencial antimicrobiano, necessitando assim, de estudos complementares visando buscar uma nova terapia para infeccoes dentais utilizando a referida especie.
  • JESSICA MARCELINO GUEDES
  • Avaliação da atividade gastroprotetora do isômero (-) - fenchona
  • Data: 21/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A fenchona e um monoterpeno presente nos oleos essencias de especies vegetais, a exemplo de Foeniculum vulgare (funcho/erva-doce) e Peumus boldus (boldo), utilizadas no tratamento de desordens gastrointestinais. Estudos farmacologicos mostram que a (-) – fenchona apresenta atividade mucotropica, antinoceptiva e antimicrobiana. Os monoterpenos em geral apresentam propriedades antiulcerogenicas e sao importantes fontes de materia-prima para sintese de novos farmacos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade pre-clinica aguda, a atividade gastroprotetora e os mecanismos envolvidos na gastroprotecao da (-) – fenchona (antissecretorios, citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorio). Os resultados foram considerados significativos quando o valor p < 0,05. No ensaio de toxicidade aguda, as doses de 300 e 2000 mg/kg da (-) – fenchona administradas por via oral (v.o.) nao induziram sinais de toxicidade em camundongos machos nas condicoes experimentais avaliadas e a dose letal 50% (DL50) estipulada foi de igual ou superior a 2500 mg/kg de acordo com o guia 423 da OECD, o que sugere baixa toxicidade. Para avaliacao da atividade gastroprotetora, foram utilizados os modelos de inducao aguda de ulcera gastrica induzida por etanol em ratos, estresse (imobilizacao e frio), anti-inflamatorio nao-esteroidal (AINE - piroxicam) em camundongos e contensao do suco gastrico em ratos. No modelo de ulcera induzida por etanol, a carbenoxolona (100 mg/kg) e a (-) – fenchona (75; 150 e 300 mg/kg - v.o.) reduziram a area de lesao ulcerativa (ALU) em 74 (23,82 ± 4,98), 31 (63,48 ± 18,73) 83 (15,52 ±, 4,19) e 83% (15,85 ±, 5,26) respectivamente, em comparacao ao controle negativo (tween 80 5%), 92,18 ± 8,29. Em lesoes induzidas por estresse (imobilizacao e frio), a cimetidina e a (-) – fenchona (37,5; 75; 150 e 300 mg/kg - v.o.) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 26 (185,5 ± 15,82), 33 (167,80 ± 17,08), 41 (148,70 ±16,90), 56 (111 ± 7,66) e 55% (112,80 ± 8,25), respectivamente, quando comparados ao controle negativo (251,1 ± 29,13). Nas ulceras induzidas por AINE (Piroxican), a cimetidina e a (-) – fenchona nas mesmas doses reduziram o ILU em 35 (180 ± 44,83), 20 (220,70 ± 20,19), 21 (218,30 ± 25,12), 60 (110,40 ± 29,22) e 60% (110,80 ± 15,48) respectivamente, quando comparados ao controle negativo (275 ± 14,90). Nas ulceras induzidas por contensao do suco gastrico, a cimetidina (100 mg/kg) e a (-) – fenchona em sua dose mais efetiva (150 mg /kg) diminuiram o ILU em 31 e 37% (v.o.) e em 35 e 46 % (i.d.), respectivamente, em comparacao ao controle negativo (363,20 ± 79,01- v.o.) e (336,80 ± 49,90 - i.d.). Na perspectiva de investigar os mecanismos envolvidos na atividade gastroprotetora da (-) – fenchona, foi avaliada a participacao dos mecanismos antissecretorios ou neutralizante (pH, conteudo gastrico e [H+]), citoprotores (grupamentos sulfidrila, oxido nitrico, canais de potassio sensiveis ao ATP, muco e prostaglandina), antioxidante (GSH e MDA) e imunorregulatorio (IL-1b e TNF-a). Dessa forma, foi observado que o efeito gastroprotetor da (-) – fenchona nao envolve mecanismos antissecretorios, nem a participacao do oxido nitrico, mas esta relacionado a participacao de grupamentos sulfidrilas, canais de potassio sensiveis ao ATP, muco, prostaglandinas, aumento dos niveis de GSH e reducao dos niveis de MDA e das citocinas pro-inflamatorias IL-1b e TNF-a. Desta forma, e possivel inferir que a (-) – fenchona apresenta atividade gastroprotetora, relacionada a mecanismos citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorios.
  • KIVIA SALES DE ASSIS
  • Avaliação das Atividades Antifúngica e Toxicológica do Óleo Essencial de Gaultheria procumbes
  • Data: 21/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Candidiase e uma infeccao causada por leveduras do genero Candida, sejam essas infeccoes superficiais, da pele e da mucosa ou infeccoes sistemicas. A disseminacao de fungos resistentes aos medicamentos e uma das mais graves ameacas para o sucesso do tratamento das doencas fungicas, alem disso, algumas drogas sao muito toxicas, dificultando a adesao a terapeutica o que estimula a busca por novos agentes antifungicos mais eficazes, menos toxicos neste contexto os produtos derivados de plantas medicinais sao excelentes alternativas para esse proposito. Neste sentindo o objetivo desse estudo foi investigar a atividade antifungica do oleo essencial de Gaultheria Procumbens (OEGp) contra cepas do genero Candida, avaliar a sua citotoxicidade, bem como a biodisponibilidade oral e o perfil toxicologico teoricos do constituinte majoritario deste oleo, o salicilato de metila. Para a realizacao dos estudos antifungicos utilizou-se o teste de microdiluicao com diferentes cepas fungicas do genero Candida para avaliacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e da Concentracao Fungicida Minima (CFM). Para a analise do potencial antimicrobiano do salicilato de metila foi utilizado a analise in silico com o software Pass online. Para realizacao dos estudos de atividade citotoxica utilizou-se hemacias humanas.As analises realizadas revelaram que o OEGp apresentou uma excelente atividade antifungica frente as cepas clinicas de C. parapsilosis e C. krusei com uma CIM e CFM entre 8 e 128 µg/mL, em contrapartida para C. tropicalis e C. glabrata foram insensiveis com excecao da C. t. LM – 64 que teve CIM de 32 µg/mL. O OEGp tambem apresentou excelente atividade antifungica frente a 5 cepas das 8 testadas de C. albicans, com uma CIM e CFM entre 4 e 8 µg/mL, e esse efeito teve natureza fungicida. Seu mecanismo de acao nao envolve efeito sobre a parede celular bem como na membrana plasmatica. Promoveu um efeito sinergico ao ser associado a anfotericina B (um antifungico clinico conhecido). Apresentou baixa citotoxicidade baixa citotoxicidade para o tipo sanguineo A e de baixa a moderada para a maioria das concentracoes testadas no diferentes tipos sanguineos (B e O). Com relacao ao estudo das propriedades farmacologicas e toxicologicas teoricas do constituinte majoritario do OEGp, o salicilato de metila, , observou-se que de forma teorica demonstrou ser um composto que possui varios possiveis efeitos biologicos sobre o corpo humano, bem como boa biodisponibilidade e baixo risco de toxicidade. Em conjunto, esses resultados sugerem que o oleo essencial de Gaultheria procumbens representa uma nova e promissora possibilidade entre os produtos com atividade antifungica em especial contra cepas de C. albicans.
  • SAVIO BENVINDO FERREIRA
  • Caracterização Toxicológica e Investigação da Atividade Antifúngica do Isoeugenol frente a Penicillium citrinum
  • Data: 20/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • A perda de alimentos causada por uma variedade de micro-organismos tem sido reconhecida como inconveniente e uma das maiores preocupacoes das industrias de alimentos, principalmente, pelo impacto economico. Alem disso, com o aumento da prevalencia de agentes patogenicos resistentes as drogas ocorre em um momento em que a descoberta e o desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos ocorrem lentamente. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo investigar in vitro e in silico a atividade antifungica do isoeugenol frente a cepas Penicillium citrinum e seus efeitos toxicos. Para avaliar as bioatividades e risco toxicologico in silico, foram utilizadas os softwares PASS on-line, Molinspiration e Osiris. Para investigar a atividade antifungica in vitro, foram utilizadas as tecnicas de microdiluicao, checkerboard e os ensaios com ergosterol e sorbitol. O efeito citotoxico foi demonstrado utilizando eritrocitos humanos. O fitoconstituinte apresentou parametros de biodisponibilidade oral satisfatorios e risco toxicologico reprodutivo e mutagenico na analise in silico, mas nao foi citotoxico. Apresentou acao antifungica nas cepas testadas com efeito fungicida, causando perturbacao na membrana plasmatica antifungica. Desta forma, o isoeugenol demonstrou ser um possivel candidato a biocida e/ou droga antifungica para tratamento de infeccoes fungicas.
  • CÉSAR AUGUSTO GONÇALVES DANTAS
  • Estudo fitoquímico e investigação da atividade imunomoduladora de metabólitos secundários de Erythroxylum simonis Plowman (Erythroxylaceae)
  • Data: 19/02/2018
  • Hora: 08:00
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  • Durate seculos a sociedade humana faz uso de plantas com fins medicinais, sendo provavelmente um dos primeiros meios que a humanidade buscou para aliviar suas dores e enfermidades. Erythroxylum simonis Plowman, conhecida popularmente como “Guarda Orvalho” e uma especie da familia Erythroxylaceae com distribuicao em alguns estados da regiao Nordeste do Brasil. Devido a ausencia de estudos quimicos desta especie, este trabalho tem como objetivo efetuar uma abordagem fitoquimica e avaliar o potencial imunomodulador de metabolitos secundarios isolados de Erythroxylum simonis. As partes aereas da especie foi coletada na Mata Pau-Ferro no municipio de Areia – PB, apos secagem e pulverizacao foi realizada uma extracao do material vegetal e posterior particao do extrato resultando nas fases hexanica, cloroformica, acetato de etila e n-butanolica. O teor de fenolicos totais no extrato etanolico bruto foi determinado pelo metodo espectrofotometrico de Folin-Ciocalteau. A partir de tecnicas cromatograficos realizadas com a fase acetato de etila foi possivel isolar 6 compostos: acido protocatecuico, acido 3-O-cafeoilquinico, acido 4-O-cafeoilquinico, quercetina-3-sambubiosideo, canferol-3-sambubiosideo e canferol-3-O-β-D-glicopiranosideo. Estes foram identificados por espectroscopia de massas e de RMN de 1H e 13C uni e bidimenssionais. Para avaliacao da atividade imunomoduladora dos flavonoides quercetina-3-sambubiosideo e canferol-3-sambubiosideo, camudongos femeas foram estimulados com tioglicolato (4%) na cavidade peritoneal para obtencao dos macrofagos. A determinacao da viabilidade celular foi realizada pelo ensaio do MTT. Foi estudado, in vitro, o efeito de diferentes concentracoes das amostras (10 µM, 50 µM e 100 µM) na producao de oxido nitrico (NO) pelo metodo colorimetrico indireto conhecido como reacao de Griess. O efeito modulador desses flavonois em diferentes concentracoes, sobre os niveis das citocinas TNF-α e IL-6 foram analisadas por ELISA. Nenhuma das concentracoes dos flavonois testados foi capaz de reduzir a viabilidade celular e de interferir na producao do NO e das citocinas TNF-α e IL-6 produzidas por macrofagos estimulados com lipopolissacarideo (LPS) bacteriano. Os resultados obtidos deste trabalho, contribuiram para o conhecimento fitoquimico e farmacologico do genero Erythroxylum e da especie Erythroxylum simonis.
  • BIANKA MARCIA DO NASCIMENTO XAVIER
  • EFEITO IMUNOMODULADOR DO 2-METOXI-4-(7-METOXI-1,2,3,4-TETRAHIDROISOQUINOLIN-1-IL)FENOL (MHTP) EM UM MODELO DE LESÃO PULMONAR AGUDA
  • Data: 16/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A lesao pulmonar aguda e uma sindrome de doenca critica que consiste em insuficiencia respiratoria aguda com infiltrado celular e e caracterizada por lesao da barreira capilar alveolar, acumulacao de neutrofilos e inducao de citocinas pro-inflamatorias, seguido de uma fibrose pulmonar. Devido a complexidade dos eventos fisiologicos e imunologicos que envolvem a lesao pulmonar aguda, ainda nao ha uma farmacoterapia totalmente estabelecida. O MHTP e um alcaloide inedito sintetizado que possui semelhanca quimica com as criptostilinas e com os alcaloides CKD712 e THI52. O objetivo desse estudo foi investigar o potencial farmacologico do MHTP no tratamento da lesao pulmonar aguda experimental em dois momentos: 72 horas (fase aguda) e dez dias (fase cronica). Para tal, foi usado o modelo de lesao pulmonar aguda induzida por LPS em camundongos BALB/c machos. Foram realizados tres tratamentos, por instilacao nasal, com MHTP, sendo o primeiro uma hora apos o desafio com LPS, o segundo com 24 horas e o terceiro com 48 horas. Para escolha da dose da substancia, foi realizado experimento piloto com as doses de 1,25mg/kg; 2,5mg/kg; 5mg/kg; 10mg/kg e 20mg/kg. No tempo de 72 h, o tratamento com MHTP (2,5mg/kg; 5mg/kg; 10mg/kg e 20mg/kg) diminuiu significantemente (p<0,05) a migracao de celulas totais, neutrofilos e linfocitos. A partir desse experimento, foi escolhida a dose de 2,5mg/kg por ter apresentado melhores resultados. Portanto, essa dose foi utilizada nos demais experimentos. Tal dose tambem diminuiu significativamente (p<0,05) a producao das citocinas TNF-α e IL-6 e os parametros histologicos tais como: hemorragia, edema, infiltracao celular e deposicao de fibrose. No periodo de dez dias, o tratamento com MHTP, diminuiu significantemente (p<0,05) a migracao de celulas totais, neutrofilos, macrofagos e linfocitos com aumento de peso e retorno normal as atividades nos animais. A taxa de sobrevivencia dos animais tratados com MHTP foi significantemente (p<0,05) maior quando comparada com a dos animais LPS (doentes). Portanto, os resultados obtidos nesse trabalho indicam que o MHTP exerce um efeito protetor na lesao pulmonar aguda, tanto na fase aguda (72h) como na fase cronica (dez dias) protegendo as celulas epiteliais alveolares e regulando a inflamacao pulmonar, e sugerindo que o MHTP e um agente terapeutico promissor para o manejo dessa doenca.
  • HERMES DINIZ NETO
  • Avaliação da atividade antifúngica do geraniol sobre Candida albicans e Candida tropicalis isoladas de conteúdo pulmonar.
  • Data: 08/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Recentemente, tem ocorrido um aumento nos casos de infeccoes hospitalares provocadas por leveduras do genero Candida, com notavel crescimento da ocorrencia de especies nao-albicans. As formas superficiais de candidiase sao capazes de evoluir para a forma sistemica afetando diferentes orgaos, podendo atingir as vias aereas inferiores, compondo um quadro de candidiase disseminada pulmonar de diagnostico complexo, dificil tratamento e alta mortalidade. Como meio de se obter novas opcoes terapeuticas no combate a estas infeccoes, os produtos naturais de origem vegetal possuem alto valor cientifico por oferecem uma vasta quantidade de diferentes substancias de variadas classes fitoquimicas. Uma destas classes, os monoterpenos, se destacam por apresentarem multiplas atividades biologicas de interesse medico. Diante destas premissas, foi avaliada a atividade antifungica do monoterpeno geraniol contra cepas de Candida albicans e Candida tropicalis por meio de ensaios realizados in vitro: Determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Fungicida Minima (CFM), estudo do efeito do fitoconstituinte sobre a micromorfologia fungica, avaliacao do efeito da substancia sobre a cinetica de crescimento microbiano (time-kill) e ensaio de associacao entre o monoterpeno e antifungico-padrao (anfotericina B). Nos ensaios de atividade antifungica, o geraniol apresentou CIM de ate 64 μg/mL e CFM de ate 256 μg/mL. O monoterpeno tambem demonstrou eficacia em inibir o aparecimento de estruturas de virulencia como pseudohifas e causar acentuada diminuicao de blastoconidios no ensaio de efeito sobre micromorfologia fungica. No ensaio de cinetica de morte microbiana (time-kill), o monoterpeno demonstrou atividade fungicida concentracao-dependente ao inibir o crescimento de aproximadamente 99% das leveduras ao final do periodo de 24 h com eficacia de inibicao de crescimento diretamente proporcional a concentracao utilizada. A associacao entre o geraniol e a anfotericina B nao apresentou sinergismo ou antagonismo, sendo caracterizada como indiferente por nao ser observada divergencias entre a CIM da associacao e a CIM de cada substancia isolada. Em conclusao, o monoterpeno geraniol apresentou importante atividade antifungica de carater fungicida, inibindo surgimento de estruturas de resistencia e virulencia fungicas com eficacia dependendo diretamente da concentracao utilizada, porem, sem atuar em sinergismo com antifungico-padrao.
  • ELIDA BATISTA VIEIRA DE SOUSA
  • ESTUDOS QUIMIOTAXONÔMICOS E TRIAGEM VIRTUAL DE FLAVONOIDES ISOLADOS DA FAMÍLIA ASTERACEAE COM POTENCIAL ATIVIDADE LEISHMANICIDA
  • Data: 07/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • As doencas negligenciadas afetam milhoes de pessoas ao redor do mundo, uma delas e a leishmaniose causada por protozoarios do genero Leishmania, cujo tratamento ainda constitui um desafio para a ciencia. Diversos grupos de pesquisa comprovaram que os produtos naturais tem sido uma fonte rica de compostos com atividade leishmanicida, dentre estes se destacam os flavonoides, amplamente encontrados nas especies da familia Asteraceae que, portanto, podem ser utilizados como marcadores taxonomicos em niveis hierarquicos mais baixos, alem disso, nos ultimos anos ha um aumento dos estudos de triagem virtual que demostraram atividade antiprotozoaria destes compostos. O objetivo deste trabalho e combinar metodologias de triagem virtual atraves de aprendizado de maquina utilizando descritores moleculares e o docking molecular, afim de predizer a potencial atividade leishmanicida de flavonoides isolados de especies da familia Asteraceae. O capitulo 2 apresenta uma publicacao no livro Multi-Scale Approaches in Drug Discovery (2017) que relata as propriedades farmacologicas e o potencial dos flavonoides de Asteraceae para se tornarem candidatos a novos medicamentos com atividade multitarget contra agentes causadores de doencas protozoarias. O capitulo 3 aborda o estudo realizado para classificacao das tribos de Asteraceae com base no numero de ocorrencias de flavonoides do nosso banco de dados interno (disponivel em sistematx.ufpb.br) usando descritores calculados pelo software DRAGON 7.0. As 2371 ocorrencias botanicas com seus respectivos 74 descritores de fragmentos moleculares foram utilizadas como dados de entrada no SOM Toolbox 2.0 (Matlab) para gerar Mapas Auto-Organizaveis (SOMs), classificando cinco tribos: Anthemideae (A), Gnaphalieae (G), Tageteae (T), Senecioneae (S) e Carduoideae (CR). No capitulo 4 foi realizada a construcao de modelos de predicao atraves do programa Knime utilizando descritores calculados pelo software Volsurf englobando 899 flavonoides cadastrados no nosso banco de dados (in-house databank) associado a outros bancos de dados (ChEMBL) contendo compostos com atividade frente a cepas de especies de Leishmania. Tambem foi realizada uma triagem virtual baseada na estrutura do receptor atraves do docking molecular do mesmo banco de flavonoides utilizando 11 enzimas alvos de especies de Leishmania incluindo um modelo de homologia da enzima Arginase. Por fim, mediante uma analise de consenso das duas tecnicas, buscou-se normalizar os valores de probabilidades, para verificar compostos potencialmente ativos contra a leishmaniose.
  • MARCELA LINS CAVALCANTI DE PONTES
  • Própolis vermelha oriunda de Dalbergia ecastophyllum L. Taub. (Paraíba, Brasil): avaliação da toxicidade in vitro e in vivo e da atividade sobre bactérias de importância odontológica
  • Data: 05/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Foram estudados os efeitos farmacologicos e toxicologicos do Extrato Etanolico de Propolis Vermelha Brasileira (EPVP) oriunda de Joao Pessoa (Paraiba, Brasil). Foi realizada a cromatografia em camada delgada para a caracterizacao de seus compostos majoritarios. Na realizacao dos estudos antimicrobianos in vitro, utilizaram-se diferentes cepas bacterianas planctonicas e nao-planctonicas, a fim de determinar a Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Bactericida Minima (CBM) do EPVP isolado e em associacao a clorexidina (Clx). Na realizacao dos estudos toxicologicos do EPVP, foram realizados ensaios de atividade antioxidante e citotoxicidade utilizando-se hemacias humanas obtidas do banco de sangue do Hospital Universitario Lauro Wanderley. Nos estudos de toxicidade in vivo, foi realizado o Brine Shrimp Test utilizando larvas de Artemia salina L., um microcrustaceo da classe Anostracea na forma de metanauplio, alem do teste de toxicidade em membrana corioalantoide utilizando ovos de galinha fertilizados, observando sinais de alteracao vascular. Nos ensaios com camundongos, utilizou-se a especie Swiss, oriundos do Bioterio Thomas George/UFPB e foi avaliada a genotoxicidade e toxicidade aguda do EPVP. Os experimentos de atividade antimicrobiana revelaram que o EPVP promoveu um efeito antibacteriano contra especies do genero Streptococcus e Pseudomonas aeruginosa, com CIM variando entre 62,5 e 125 µg/mL e CBM variando entre 250 e 500 µg/mL. No teste de associacao com Clx, a CIM das substancias diminuiu ate 16 vezes, apresentando sinergismo contra S. mutans, S. oralis e S. salivarius. O EPVP demonstrou possuir potente efeito antibiofilme contra especies de S. mutans, S. mitis, S. oralis e multiespecie. O EPVP em concentracoes ate 500 μg/mL nao induziu a morte em A. salina nem provou ser irritante no teste de membrana corioalantoide em ovo de galinha, pois nao conseguiu promover vasoconstricao, hemorragia ou coagulacao na vascularizacao. Alem disso, o EPVP induziu hemolise fraca (< 45%) a 500 μg/mL em todos eritrocitos tipo A, B e O, inibiu a oxidacao induzida por fenilhidrazina e nao promoveu a oxidacao da hemoglobina. Tambem nao foram detectados micronucleos em eritrocitos dos roedores que utilizaram EPVP. Na avaliacao da toxicidade aguda, apos a administracao oral do EPVP pode-se observar que o composto em estudo nao induziu alteracoes comportamentais nem alterou o consumo de racao dos animais tratados, sem modificar o peso corporal, peso dos orgaos e os parametros bioquimicos avaliados. Em conclusao, estes resultados sugerem que o EPVP apresenta feito antibacteriano, com baixa potencia citotoxica, toxicologica e genotoxica.
  • ANA CAROLINE DE LIMA SILVA
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO LINALOL SOBRE LINHAGENS DE Candida albicans e Candida tropicalis
  • Orientador : EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 02/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Leveduras patogenas como C. albicans e C. tropicalis vem se tornando cada vez mais importantes como causa das infeccoes fungicas invasivas, principalmente nos individuos imunossuprimidos. Atualmente e reconhecido, no mundo todo, o surgimento de micro-organismos cada vez mais resistentes aos antibioticos convencionais devido ao uso abusivo e indiscriminado de antimicrobianos, diante dessa realidade, a busca por farmacos antimicrobianos novos e mais eficazes tem sido constante. Nesse contexto os produtos naturais, sao otimos precursores de uma diversidade de compostos moleculares ativos. Dentre eles, os candidatos a farmacos bioativos naturais como o linalol que possui um enorme potencial biologico de interesse humano. Diante dessas premissas, nesse estudo foi avaliada a atividade antifungica do linalol sobre linhagens clinicas de C. albicans e C. tropicalis de origem pulmonar, por meio de ensaios microbiologicos realizados in vitro, por determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM), seguido da Concentracao Fungicida Minima (CFM), pelo metodo de microdiluicao. O linalol obteve uma CIM50% de 32 µg/mL e CFM50% 128 µg/mL frente as linhagens de Candidaspp sendo esse efeito de carater fungicida. Em seguida foi realizada a analise micromorfologica, estudo do mecanismo de acao, ensaios de associacao e de modulacao. Foram observadas alteracoes na micromorfologia das linhagens expostas ao linalol, verificando uma reducao das estrutur