PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Dissertações/Teses


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2025
Descrição
  • THIAGO ARAÚJO DE MEDEIROS BRITO
  • Diversidade química do gênero Metternichia J.C.Mikan e atividade anti-inflamatória de lignanamidas isoladas de Metternichia macrocalyx (Solanaceae)
  • Orientador : MARCELO SOBRAL DA SILVA
  • Data: 30/06/2025
  • Hora: 09:00
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  • Os estudos fitoquímicos contribuem para com o desenvolvimento de novos medicamentos, compreensão de perfil metabólico, quimiotaxonômico e de segurança e eficácia de espécies vegetais. Entre as famílias de plantas de maior interesse fitoquímico destaca-se a família Solanaceae, conhecida pela alta capacidade biossintética de alcaloides, além de outros metabólitos secundários como lignanamidas e flavonoides. O gênero Metternichia J.C.Mikan é um dos gêneros taxonomicamente complexos e quimicamente pouco estudados da família Solanaceae. O táxon apresenta-se formado pelas espécies M. macrocalyx da Caatinga e M. princeps da Mata atlântica, habitando ambientes ecológicos e florísticos contrastantes. Para tanto, esse trabalho teve como objetivo estabelecer o perfil químico do gênero Meternichia e avaliar a atividade anti-inflamatória de lignanamidas isoladas de Metternichia macrocalyx. Nesse trabalho, o extrato seco e pulverizado das raízes de M. macrocalyx foi submetido à maceração em etanol 95% por 72h, sendo esse processo repetido três vezes. O extrato etanólico bruto (EEB) foi submetido ao particionamento em hexano, clorofórmio e acetato de etila para obtenção das respectivas fases. A fase clorofórmica foi submetida em duas oportunidades à cromatografia líquida de média pressão (CLMP) em sílica gel utilizando hexano, acetato de etila e metanol e em CLMP de fase reversa utilizando gradiente linear de metanol e água. As frações resultantes foram submetidas à cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) em escala analítica e preparativa para obtenção de 5 novas lignanamidas denominadas de metternichiamidas A-E, além da N1,N5,N10-Tri-p-cumaroil-espermidina. Todos os compostos testados reduziram os níveis de óxido nítrico (NO). Nos ensaios de quantificação de citocinas, apenas a metternichiamida B não reduziu significativamente os níveis de IL-10. Ademais, as metternichiamidas A-C e E também reduziram os níveis de IL-1β. Esses resultados sugeriram o potencial anti-inflamatório desses compostos. Além disso, o material vegetal seco e pulverizado das folhas de M. macrocalyx e M. princeps foram submetidos à maceração em etanol 95% por 72h. Os EEBs foram submetidos ao particionamento em hexano, clorofórmio e acetato de etila para obtenção das respectivas fases. A fase acetatoetílica (2,0 g) de M. macrocalyx foi fracionada por cromatografia de coluna clássica (CC) em sílica gel utilizando hexano, acetato de etila e metanol, seguido de CLAE para isolamento dos compostos majoritários quercetina-3-O-xilopiranosil-(1→2)-ramnopiranosídeo e canferol-3-O-xilopiranosil-(1→2)-ramnopiranosídeo. Posteriormente, foi realizada análise das fases das folhas por CLAE-IES-EM/EM. Os dados foram analisados em comparação com padrões, dados de EM/EM da literatura, MS-DIAL com bibliotecas do GNPS, Massbank, MassbankEU e Respect, além de rede molecular, levando à anotação de 49 compostos dessas espécies. Por fim, os dados foram submetidos às análises quimiométricas para demonstrar as principais diferenças e semelhanças entre esses perfis químicos. Esse trabalho gerou uma contribuição quimiotaxômica e farmacológica para o gênero Metternichia, por meio do estabelecimento do perfil químico das duas espécies do gênero e descoberta de novas lignanamidas com atividade anti-inflamatória.
  • HUGO FERNANDES OLIVEIRA PIRES
  • O monoterpeno hidroxicitronelal como potencial agente antiepiléptico e neuroprotetor: um estudo in sílico e in vivo
  • Orientador : MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
  • Data: 26/06/2025
  • Hora: 09:00
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  • A epilepsia é uma doença cerebral crônica que afeta cerca de 70 milhões de pessoas globalmente, sendo caracterizada por crises epilépticas recorrentes e espontâneas. O tratamento atual foca na redução da frequência e da intensidade das crises, mas não promove a cura. Ademais, devido à toxicidade e à alta taxa de refratariedade aos medicamentos disponíveis, há uma necessidade urgente de novas drogas eficazes e com melhores perfis de segurança. Na literatura, os monoterpenos já possuem evidências preliminares de ação antiepiléptica. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos antiepiléptico e neuroprotetor do hidroxicitronelal por meio de metodologias in sílico e in vivo. Para este fim, foram realizados estudos de docking molecular a fim de se verificar a sua possível interação química com importantes alvos envolvidos com a epilepsia. Além disso, a toxicidade oral aguda do composto e a sua DL50 foram avaliadas por meio do protocolo n.o 423 da OECD com camundongos Swiss albinos machos (25-30 g). Na sequência, para avaliarmos os possíveis efeitos antiepiléptico e neuroprotetor do composto, os roedores foram submetidos ao modelo agudo de crises epilépticas induzidas por pentilenotetrazol e ao modelo de abrasamento químico (kindling). Como resultados, o estudo in sílico mostrou que o hidroxicitronelal pode interagir com importantes alvos farmacológicos da epilepsia, como o receptor GABAA, os canais NMDA, Nav 1.6, Cav 1,2 e a proteína SV2A. Com o estudo in vivo, foi possível observar que o composto não é tóxico quando administrado de forma aguda e por via oral e que possui efeito antiepiléptico e neuroprotetor nas doses de 200, 100, 50, 25 e 12,5 mg/kg, tendo sido a dose de 100 mg/kg escolhida como a melhor dose dentro das condições experimentais avaliadas e a dose de 6,25 mg/kg como o ponto de perda do efeito antiepiléptico. Além disso, foi capaz de aumentar os níveis de glutationa reduzida nos hipocampos dos animais. No kindling, o composto foi capaz de retardar a epileptogênese, aumentando as latências para a primeira crise e para a morte. No exame histológico, foi possível verificar a proteção dos neurônios e a redução de nódulos gliais, em relação ao controle. Portanto, com base neste trabalho, o hidroxicitronelal surge como um importante candidato a fármaco antiepiléptico, porém, estudos mais aprofundados são necessários para elucidar o seu possível mecanismo de ação farmacológico.
  • GLEICE RAYANNE DA SILVA LINHARES
  • ESTUDO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DO (E)-1-(BENZO[D][1,3]DIOXOL-5-IL)-3-(3-BROMO-4-ETOXI-5-METOXIFENIL)PROP-2-EN-1-ONA CONTRA Leishmania braziliensis: produção de ROS, interação molecular e efeito potencializador da forma nanoparticulada
  • Orientador : FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
  • Data: 06/06/2025
  • Hora: 08:00
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  • A leishmaniose se caracteriza como uma doença tropical negligenciada que representa um importante problema de saúde pública. No Brasil, Leishmania braziliensis é a principal espécie causadora da forma mucocutânea da doença. O arsenal terapêutico disponível apresenta importantes limitações, como elevada toxicidade, resistência parasitária e esquemas terapêuticos prolongados. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi investigar através de testes in silico e in vitro o potencial leishmanicida de quatro chalconas sintéticas inéditas frente a L. braziliensis, a influência de FERAI na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), interações intermoleculares com possíveis alvos enzimáticos e uma provável potencialização dos efeitos com a forma encapsulada de FERAI. Para tal, foram utilizadas as ferramentas computacionais PASS filter e MolPredictX para predição de atividades farmacológicas. As avaliações de atividade antileishmania, ensaios de citotoxicidade e determinação da modulação de ROS foram realizados por meio de testes in vitro. Para investigação de interações moleculares com as enzimas de interesse foi utilizado docking molecular e simulações de dinâmica molecular através dos programas Molegro Virtual Docker (MVD) 6.0 e GROMACS, respectivamente. A caracterização das nanopartículas se deu por meio do Zetasizer Lab e os testes de atividade farmacológica das formas encapsuladas de FERAI se deram in vitro. Os estudos de predição indicaram uma provável atividade das 4 chalconas contra L. braziliensis. No estudo in vitro, FERAI apresentou potente atividade leishmanicida (CE50 < 11 μM) tanto para promastigotas como amastigotas de L. braziliensis, com baixa citotoxicidade (CC50 > 50 μM), reduzindo significativamente a infecção em macrófagos. Os ensaios de ROS revelaram aumento dos níveis de ROS de forma dependente de concentração (10 μM (56,33%), 20 μM (61,76%) e 30 μM (67,13%)), sugerindo a indução de um desequilíbrio redox como um dos mecanismos de ação. Os estudos de docking molecular identificaram a tripanotiona redutase (TryR) e a diidroorotato desidrogenase (DHODH) como alvos potenciais, com valores de afinidade de ligação de -132,276 e -151,281 Kcal/mol, respectivamente. A formulação nanoparticulada de FERAI demostrou possuir baixa citotoxicidade (CC50 > 50 μM) e uma potência ligeiramente superior em promastigotas de L. braziliensis (CE50 de 12,25 ± 0,12 µM. Além disso, FERAI-NANO foi capaz de reduzir tanto a infecção como o número de amastigotas em macrófagos infectados. Conclui-se, então, que FERAI representa um candidato promissor como nova droga antileishmania, combinando seletividade, mecanismo de ação multifatorial e potencial de otimização por nanoencapsulação, com necessidade de mais estudos futuros em modelos in vivo e investigação de sinergismo com fármacos convencionais.
  • LAZARO GOMES DO NASCIMENTO
  • Benzoatos e benzamidas 3,4,5-trisubstituídas: Avaliação antifúngica e tripanocida
  • Orientador : DAMIAO PERGENTINO DE SOUSA
  • Data: 28/05/2025
  • Hora: 08:15
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  • As infecções microbianas e parasitárias são motivo de preocupação no mundo por serem responsáveis pela mortalidade e morbidade em significa parcela da população, represen- tando uma séria ameaça à saúde pública. Portanto, é indispensável a busca de novos candi-datos a fármacos para o tratamento destas infecções. Desta forma, no presente estudo, foi preparada uma coleção de 20 análogos sintéticos, derivados do ácido gálico e ácido 3,4,5-trimetoxibenzoico, e realizado um estudo frente a cepas do gênero Candida e o parasita Trypanosoma brucei. As reações de esterificação de Fischer e de Schotten- Baumann foram utilizadas na preparação dos produtos, os quais foram caracterizados por espectroscopia de infravermelho, RMN de ¹H e 13C-APT. Utilizou-se o método de microdiluição em caldo, determinou-se a concentração inibitória mínima (CIM) e o possível mecanismo de ação antifúngico do composto com melhor atividade biológica. O galato de 4-metilbenzila (10) com CIM de 0,11 mM frente a C. albicans ATCC 60193 e CIM de 0,06 mM contra C. tropicalis ATCC 750 foi o derivado com maior potência antifúngica. Na investigação do mecanismo de ação, observou-se que os compostos 7 e 10 interagem diretamente com o ergosterol presente na membrana plasmática ou na parede celular fúngica, o que evidencia que essas estruturas sejam os alvos biológicos. Enquanto frente ao sorbitol, não houve interação. Na avaliação antiparasitária, os compostos 1-8 foram avaliados no teste de via-bilidade da linhagem celular mieloide humana (HL-60) através do método de redução da resuzarina. No ensaio tripanocida, as formas tripomastigotas sanguinea de T. brucei foram usadas na determinação da CIM e IC50 destes compostos. Em geral, os análogos 3, 5 e 7 demonstraram melhor ação tripanocida frente ao T. brucei, sugerindo que substituintes com cadeias laterais de três e quatro carbonos em arranjo linear aumentam a potência an-tiparasitária dos galatos. Os dados demonstram o potencial farmacológico destas classes químicas e que podem ser empregadas como protótipos em futuras pesquisas visando de-senvolvimento de produtos com melhor perfil tripanocida e antifúngica.
  • VITORIA GASPAR BERNARDO
  • SÍNTESE E PERFIL ADMET DE NOVOS DERIVADOS 2-AMINOTIOFÊNICOS PIPERIDÍNICOS COMO CANDIDATOS A FÁRMACOS PARA TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
  • Data: 23/05/2025
  • Hora: 09:30
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  • Diante do contexto terapêutico limitado das leishmanioses, marcado por opções de tratamento antigos, obsoletos, de conhecida toxicidade, e feitos através de vias de administração que não contribuem com a adesão ao tratamento, a busca por novos compostos anti-leishmania se mostra necessária. Nesse sentido, a classe química alternativa dos derivados 2-aminotiofenos (2-ATs) vêm se mostrando como uma terapêutica em potencial, em que vários protótipos têm se apresentado como contribuir candidatos a fármacos anti-leishmania. Neste contexto, esta pesquisa buscou com a otimização e desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas para posição as leishmanioses, avaliando o efeito na farmacomodulação, da modificação da C-6 para C-7 do grupo N-terc -butiloxicarbonila (N-Boc) no anel piperidinílico de derivados 2-ATs. A síntese dos compostos foi feita em duas etapas iniciando pela produção do adulto de Gewald, o qual foi condensado com cinco aldeídos indólicos e dois benzaldeídos, resultando em 8 compostos finais, que foram obtidos em rendimentos que variaram entre 35% a 69%. Todos os compostos tiveram suas estruturas parâmetros confirmadas por Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear. Os farmacocinéticos (ADMET) foram determinados com auxílio dos softwares Osiris Property Explorer e SwissADME, e foi verificado que 6 dos 8 derivados portanto não violam nenhuma das regras de Lipinsky e de Veber, apresentando perfis biodisponibilidade formas desejáveis para o desenvolvimento de moléculas com oral. Os ensaios de bioatividade in vitro foram realizados frente às promastigotas de Leishmania amazonensis , L. donovani, L. infantum e L. braziliensis , entretanto nenhum composto se mostrou ativo até a maior concentração avaliada (IC50 > 10 μM) . A partir da comparação dos valores de atividade do estudo anterior , concluímos que a modificação da posição do grupo N- Boc da posição C-6 para C-7 é desfavorável para a atividade anti-leishmania, resultando na redução de sua atividade. Dessa forma, estudos futuros buscarão a obtenção e avaliação da anti-leishmania de derivados 5-N-Boc substituídos a fim de se determinar a posição mais favorável do grupo N-Boc em derivados 2-ATs.
  • ADEGILDO ROLIM DE ABREU JUNIOR
  • POTENCIAL ANTITUMORAL DE Annona vepretorum Mart. (Annonaceae) EM CÉLULAS DE CÂNCER COLORRETAL
  • Data: 14/04/2025
  • Hora: 14:00
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  • O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tipo de câncer mais diagnosticado no mundo e o segundo mais letal. Aliado a isso, a terapia atual enfrenta desafios significativos incluindo a baixa seletividade, toxicidade, efeitos adversos e resistência aos medicamentos, justificando a busca por novos fármacos. Nesse contexto, os produtos naturais fornecem uma rica fonte de compostos bioativos com propriedades anticancerígenas. A planta Annona vepretorum Mart., conhecida como “pinha da Caatinga”, é uma espécie endêmica do nordeste brasileiro. Seus derivados vegetais apresentam efeitos citotóxicos descritos na literatura, mas não elucidados. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antitumoral in vitro do extrato éter de petróleo obtido a partir das cascas do caule de Annona vepretorum (EEP-Av). A citotoxicidade foi avaliada por meio do ensaio do brometo de 3-(4,5- dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT), frente a linhagens de células tumorais humanas (HCT 116, HT-29, SK-MEL-28, MCF-7 e LoVo) e linhagem celular humana não tumoral de indivíduo sadio (HaCaT). Após 72h de tratamento, a linhagem de carcinoma colorretal HCT 116 foi a mais sensível ao EEP-Av (CI50: 15,49 ± 2,28 μg/mL), não apresentando diferença significativa com a CI50 de 48h (14,66 ± 3,49 μg/mL), sendo escolhida para dar continuidade aos experimentos. Somado a isso, o extrato foi mais seletivo nessas células tumorais em 48h (Índice de seletividade – IS: 5,84) do que no tempo de 72h (IS: 5,0), em relação à atividade em HaCaT (CI50 72h: 77,55 ± 2,50 μg/mL / CI50 48h: 85,62 ± 2,42 μg/mL). Em comparação, após 48h, o controle positivo doxorrubicina (DXR) foi mais citotóxico em células HaCaT (CI50: 0,64 ± 0,98 μM) do que em HCT 116 (CI50: 4,30 ± 0,99 μM), com IS de 0,14. Portanto, o EEP-Av apresentou 41,71 vezes mais seletividade que a DXR. A análise do tipo de morte celular (apoptose/necrose) por marcação com laranja de acridina/iodeto de propídio (LA/IP), mostrou que o EEP-Av induziu apoptose em células HCT 116, apresentando características como formação de blebs de membrana e alterações nucleares, confirmadas pelo ensaio com marcação de Hoechst 34580. Na investigação de alteração mitocondrial por JC-1, foi observado que o extrato causou a perda do potencial de membrana mitocondrial, inferindo a participação da via intrínseca de apoptose em seu mecanismo. Em sequência, no estudo de modulação do estado redox, observou-se que EEP-Av induziu aumento dos níveis de EROs, parcialmente revertido por pré-tratamento com N-Acetilcisteína (NAC). Portanto, o estudo realizado sugere que EEP-Av induz morte celular em linhagem de carcinoma colorretal humano (HCT 116), de forma seletiva, por meio da modulação da via intrínseca da apoptose e indução de estresse oxidativo.
  • EDILEUZA BEZERRA DE ASSIS
  • Estudo Fitoquímico, Farmacológico e In Silico de Diterpenos de Medusantha martiusii (Lamiaceae)
  • Orientador : MARCELO SOBRAL DA SILVA
  • Data: 08/04/2025
  • Hora: 09:00
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  • A falta de evidências científicas sobre a atividade anti-inflamatória dos compostos isolados de Medusantha martiusii, apesar de seu uso tradicional na medicina popular, constitui o problema central deste estudo. Embora a espécie seja empiricamente utilizada para o tratamento de inflamações, até o momento, não existem dados que validem o potencial terapêutico de seus compostos isolados. Portanto, o objetivo deste estudo foi isolar, caracterizar estruturalmente e avaliar a atividade biológica dos diterpenos do tipo abietano extraídos das partes aéreas de M. martiusii. Por meio de uma combinação de técnicas de extração, cromatográficas e análises espectroscópicas — incluindo Ressonância Magnética Nuclear (RMN) 1D e 2D, Espectrometria de Massas de Alta Resolução (HRMS), Espectroscopia no Infravermelho (IR), Polarimetria e Dicrossismo Circular (ECD) — sete novos abietanos, medusanthol A–H (1–3, 5, 7–9), foram isolados, além de dois análogos previamente identificados (4 e 6). Ensaios in vitro utilizando células microgliais BV2 demonstraram atividade anti-neuroinflamatória significativa para alguns desses abietanos. O composto 1 apresentou um IC50 de 3,12 μM, enquanto o composto 2 mostrou um IC50 de 15,53 μM, indicando uma redução substancial nos níveis de óxido nítrico (NO) em comparação com o controle positivo (quercetina, IC50 de 11,8 μM). Ambos os compostos modulam o processo inflamatório por meio da redução dos níveis de NO e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), mediadores chave da inflamação. Além disso, foram realizadas avaliações complementares de triagem virtual in silico para investigar o potencial antiparasitário desses compostos. Os compostos 3, 4 e 5, que apresentaram resultados promissores in silico, também demonstraram atividade in vitro. Notavelmente, o composto 5 exibiu fortes interações moleculares com quatro proteínas-alvo: Leishmania amazonensis NDK, L. donovani G6PD, L. infantum CYP51 e Trypanosoma cruzi triparedoxina peroxidase, reforçando ainda mais seu potencial como agente multitarget. Os resultados fornecem validação científica para o uso tradicional de M. martiusii, sugerindo que seus compostos possam representar novas estratégias terapêuticas para o tratamento de processos inflamatórios e infecções parasitárias. Além disso, destacam o potencial da biodiversidade das regiões semiáridas da Paraíba como fonte de moléculas bioativas, incentivando a exploração sustentável desses recursos naturais.
  • MATHANIA SILVA DE ALMEIDA FEITOSA
  • Atividade senoprotetora do carvacrol na senescência endotelial do corpo cavernoso induzida por D-galactose: investigações in vitro e in silico
  • Data: 07/04/2025
  • Hora: 14:00
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  • O envelhecimento é um fenômeno natural, complexo e multifatorial marcado pelo declínio das funções fisiológicas à nível molecular e celular ao longo do tempo. No sistema cardiovascular, esse processo resulta no acúmulo progressivo de células senescentes endoteliais, que apresentam função anormal e perda da capacidade proliferativa, levando à disfunção endotelial, mecanismo-chave na origem de diversos distúrbios, incluindo a disfunção erétil (DE). A DE é a incapacidade de obter e/ou manter uma ereção peniana adequada para uma relação sexual satisfatória. Evidências crescentes sugerem que o estresse oxidativo é um dos principais mecanismos responsáveis pela senescência endotelial. Assim, a redução dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS) pode ser um fator importante para reverter os danos oxidativos e recuperar a função endotelial. Compostos antioxidantes como o carvacrol, limitam esses danos e, portanto, apresentam benefícios para a senescência endotelial. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade senoprotetora do carvacrol na senescência endotelial cavernosa induzida por D-galactose, através de investigações in vitro e in silico. Para isso, células endoteliais cavernosas de ratos (RCEC) foram cultivadas e tratadas por 48 horas, na ausência e na presença da D-galactose, agente indutor da senescência prematura, e carvacrol. Inicialmente, foi realizado um screening para avaliar a viabilidade celular, senescência associada a β-galactosidase (SA-β-galactosidase) e atividade antioxidante do carvacrol. No modelo D-galactose, o tratamento com o carvacrol restaurou a viabilidade celular e, em condições basais, não apresentou efeitos tóxicos. Quanto a SA-β-galactosidase, tanto na presença quanto na ausência, o carvacrol foi capaz de reduzir a senescência. Além disso, o carvacrol, em modelo de senescência, foi capaz de melhorar o estresse oxidativo. O estresse oxidativo é frequentemente acompanhado de uma menor produção de óxido nítrico (NO), o que pode enfraquecer o seu efeito protetor. Por isso, avaliamos se a diminuição do estresse oxidativo causada pelo carvacrol poderia estar aumentando a biodisponibilidade de NO. Essa análise demonstrou que o carvacrol, na presença da D-galactose, aumenta a biodisponibilidade de NO, indicando uma melhora na saúde endotelial. A apoptose também foi avaliada, revelando que o carvacrol é capaz de aumentar a sobrevivência celular e diminuir a apoptose inicial e tardia na presença da D-galactose, sugerindo que, por atuar como antioxidante e aumentar a biodisponibilidade NO, ele poderia estar reduzindo os danos oxidativos induzidos. Geralmente, considera-se que as células senescentes estão permanentemente paradas na fase G0/G1 do ciclo celular, portanto, avaliamos a proporção de RCEC em cada fase do ciclo. O carvacrol, na presença da D-galactose, reduziu a proporção dessas células na fase G0/G1 e aumentou nas fases S e G2/M, provavelmente por atuar como antioxidante, uma vez que o dano oxidativo é um dos principais mecanismos responsáveis pela parada do ciclo celular em células senescentes. Por fim, em busca de compreender ainda mais os mecanismos envolvidos nesses efeitos, os principais alvos moleculares das vias de senescência foram selecionados para a investigação de interação com o carvacrol, através de análises in silico. Esses estudos revelaram interações com os sete alvos avaliados, com destaque para o p53 e a NADPH oxidase que apresentaram interações de alta estabilidade, podendo ser até melhor do que o ligante padrão. Assim, a atividade antioxidante e a redução da parada do ciclo celular na fase G0/G1 do carvacrol, podem estar relacionadas com a interação e inibição da NADPH oxidase e p53, respectivamente.
  • GIOVANNA PINHEIRO MARTINS
  • "Influência da suplementação oral com Lactiplantibacillus plantarum 6.2 no desenvolvimento experimental da lesão pulmonar aguda"
  • Orientador : ADRIANO FRANCISCO ALVES
  • Data: 27/03/2025
  • Hora: 14:00
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  • A lesão pulmonar aguda (LPA) é definida como uma síndrome clínica, que afeta os capilares pulmonares, comprometendo as trocas gasosas, sendo umas de suas principais causas o edema pulmonar, hipoxemia e desconforto respiratório. É caracterizada como uma doença pulmonar comum e grave, que pode ser ocasionada por sepse, choque, infecção por bactérias gram- negativas, vírus e pneumonia. Morfologicamente, caracteriza-se por infiltrado de neutrófilos, que liberam citocinas pró-inflamatórias e causam danos às estruturas endoteliais e epiteliais. O objetivo deste projeto foi verificar a influência da suplementação oral com Lactiplantibacillus plantarum 6.2 (Lp62) no desenvolvimento da LPA induzida por lipopolissacarídeo em camundongos. Foram utilizados camundongos machos da linhagem Swiss, divididos em seis grupos: Controle, Lactiplantibacillus plantarum 6.2, Lesão pulmonar aguda, Dexametasona, Lesão pulmonar aguda+Lactiplantibacillus plantarum6.2-PRÉ e Lesão pulmonar aguda+Lactiplantibacillus plantarum6.2-PÓS. Foram realizadas as análises macroscópicas, histológicas imuno-histoquímicas e histomorfométricas. Os dados foram tabulados e analisados mediante análise de variância (ANOVA) one way e pós-teste de Tukey, com nível de significância estatística de 5% (p<0.05), de modo a estabelecer as diferenças encontradas entre os grupos experimentais. Os resultados obtidos demonstraram que a suplementação oral com Lp62 diminuiu a área total das lesões e o tamanho dos pulmões, atenuou o infiltrado inflamatório no parênquima pulmonar e consequentemente aumentou os espaços alveolares. Observamos também a diminuição do TLR4, NF-κB, IL-17 e IL-10, atenuando a resposta inflamatória por essas vias. Desse modo, a suplementação com Lactiplantibacillus plantarum 6.2 mostrou ser uma promissora alternativa terapêutica para a lesão pulmonar aguda, atuando na inibição da via do TLR4/NF-κB, na diminuição do recrutamento de neutrófilos por meio da via da IL-17 e na regulação do equilíbrio imunológico pela via da IL-10.
  • INDYRA ALENCAR DUARTE FIGUEIREDO
  • O ácido láurico previne as alterações morfofuncionais das vias aéreas de ratos Wistar com asma alérgica
  • Data: 28/02/2025
  • Hora: 14:00
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  • A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade, hipersecreção de muco, remodelamento e estreitamento do lúmen das vias aéreas. Nesse contexto, destaca-se o ácido láurico (AL), um ácido graxo saturado de cadeia média e componente majoritário do óleo de coco virgem, que já apresentou efeito preventivo nas alterações induzidas pela asma em animais. Neste trabalho, objetivou-se avaliar os efeitos morfofuncionais do AL em um modelo de asma induzido por ovalbumina (OVA) em ratos Wistar. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (nº 9310040522). Os ratos foram divididos randomicamente para as análises toxicológicas em grupo controle (GC) e grupo tratado com 100 mg/kg/dia do AL (GAL100), cada qual contendo 5 machos e 5 fêmeas. Para os demais protocolos experimentais (n = 5-6), os ratos foram divididos em GC, grupo asmático (GA), grupo asmático tratado com AL de 25 (GAAL25), 50 (GAAL50) e 100 mg/kg (GAAL100) ou com 5 mg/kg de dexametasona (GADEXA). Na avaliação da toxicidade de doses repetidas, o AL na dose de 100 mg/kg/dia não promoveu nenhum sinal de toxicidade. Nas análises das alterações promovidas pela asma, quantificou-se o volume minuto através da técnica de pletismografia e evidenciou-se que o AL (25 mg/kg) preveniu a redução desse parâmetro observada no GA. Na avaliação da responsividade traqueal, os animais do GA, previamente sensibilizados com OVA, apresentaram aumento da reatividade contrátil a este alérgeno in vitro, sendo esse efeito parcialmente prevenido pelo AL (25, 50 e 100 mg/kg) e pela dexametasona. As vias eletromecânicas de contração e de relaxamento parecem não estar envolvidas na hiper-responsividade das vias aéreas neste modelo de asma. Diferentemente, na avaliação do acoplamento farmacomecânico de contração, todos os grupos tratados com AL e dexametasona preveniram o aumento da eficácia contrátil ao carbacol observada no GA. Na avaliação da participação do acoplamento farmacomecânico de relaxamento, os grupos tratados com o AL também preveniram a redução da capacidade relaxante da aminofilina no GA. Os estudos in silico de docking molecular também revelaram que o AL apresenta uma boa afinidade de ligação para diversos alvos envolvidos na inflamação e na hiper-responsividade das vias aéreas, como o receptor adrenérgico-β2, CaV, BKCa, KATP, ciclase de adenilil, PKG, eNOS, iNOS e COX-2. Além disso, seguiu-se com a caracterização do mecanismo de ação do AL na dose de 25 mg/kg, a menor dose eficaz em reduzir a hiper-responsividade traqueal. Observou-se, portanto, que o AL promove uma provável redução tanto na produção de prostanoides contráteis pela via das cicloxigenases (COXs), como na produção exacerbada de óxido nítrico (NO) por um possível aumento na atividade e/ou expressão da sintase de óxido nítrico (NOS), além de uma possível diminuição na produção de ânion superóxido. Também foi evidenciado uma provável modulação negativa na via da RhoA-ROCK e do TGF-β. Na análise do desbalanço do estresse oxidativo e das defesas antioxidantes no homogenato pulmonar, o AL previne o aumento da peroxidação lipídica, dos níveis de nitrito e a redução da atividade da superóxido dismutase (SOD) observados no GA. Entretanto, não previne a redução dos níveis de glutationa reduzida (GSH). O AL em diferentes doses também preveniu o infiltrado inflamatório e aumento do depósito da matriz extracelular no parênquima pulmonar, assim como o aumento da expressão de α-actina do músculo liso e da ROCK1. Portanto, esses dados sugerem que o ácido láurico exerce efeito preventivo nas alterações morfofisiológicas promovidas pela asma nas vias aéreas de ratos Wistar por modular negativamente a sinalização mediada pelas COXs, NOS, RhoA-ROCK, TGF-β e as espécies reativas de oxigênio.
  • Natália Barbosa de Mélo Duarte
  • Planejamento, síntese e bioavaliação do potencial anti-leishmania de novos candidatos a fármacos baseados em derivados 2-aminotiofenos-3-carbonitrila
  • Data: 28/02/2025
  • Hora: 10:00
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  • As leishmanioses são um conjunto de doenças negligenciadas causadas pelo protozoário do gênero Leishmania, sendo transmitida por flebotomíneos. O tratamento atual enfrenta limitações devido à toxicidade e à resistência parasitária, tornando essencial a busca por novas alternativas terapêuticas. Nesse contexto, este estudo objetivou a síntese e avaliação de derivados 2-amino-6-(N)-benzil-4,5,6,7-tetrahidrotieno[2,3-c]piridina-3-carbonitrilas (6CNBs) com potencial atividade antileishmania com base na otimização de protótipos 2-amino-6-(N)-Boc-4,5,6,7-tetrahidrotieeno[2,3-c]piridina-3-carbonitrila (6CNPs) obtidos e avaliados anteriormente. A metodologia incluiu a obtenção dos compostos, seguidas pela caracterização por espectroscopia de RMN e IV-FTIR-ATR. O potenciam antileihsmania foi determinado por ensaios in vitro, frente a 4 diferentes espécies de Leishmania e a citotoxicidade frente à macrófagos. Os resultados demonstraram que dentre os 9 novos compostos sintetizados, três deles: 6CNB03 contendo indol não substituído; 6CNB09 e 6CNB10 contendo respectivamente, indol substituído nas posições 5 e 6 pelo grupo ciano, apresentaram expressiva atividade anti-promastigota frente às 4 espécies de Leishmania, com valores de IC50 variando entre (1,96-3,72 µM para L. amazonenses; 0,93-8,27 µM para L. brasiliensis; 1,15-9,10 µM para L. infantum; e 1,26-9,6 µM para L. donovani). Destes 3 compostos, apenas os compostos 6CNB03 (EC50 entre 2,46-7,26 µM) e 6CNB10 (EC50 entre 0,83-1,13 µM) apresentaram atividade anti-amastigota frete as 4 espécies de Leishmania. Esses compostos também apresentaram seletividade expressiva, com índices de seletividade variando entre 25,4 e 74,6 para 6CNB03, e entre 186,4 e 253,8 para 6CNB10. Esses resultados demonstraram que a substituição do grupo Boc (t-butiloxicarbonil) presente nos protótipos 6CNPs, pelo grupo benzil nos novos derivados (6CNBs) foi favorável tanto para o incremento da atividade antileishmania, quanto para o aumento da segurança. Esses resultados evidenciaram a molécula 6CNB10 como novo candidato à fármaco anti-leishmania, e indicaram que substituições do Boc por outros grupos químicos são uma estratégia promissora para modulação da atividade antileishmania desses derivados.
  • ALÉXIA GONÇALVES DIAS
  • CARREADORES LIPÍDICOS NANOESTRUTURADOS CONTENDO NORFLOXAXINO E DERIVADO 2-AMINO-TIOFÊNICO VISANDO A MODULAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIBIÓTICA EM STAPHYLOCOCCUS AUREUS
  • Data: 27/02/2025
  • Hora: 14:00
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  • A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da saúde pública global, destacando a necessidade de novos agentes antibacterianos. Esse estudo teve como objetivo desenvolver carreadores lipídicos nanoestruturados contendo um inibidor de bomba de efluxo, o derivado tiofênico 6CN-Etil e norfloxacino, visando reestabelecer a sensibilidade a norfloxacino das cepas Staphylococcus aureus resistentes que superexpressam bombas de efluxo. O 6CN-Etil foi reobtido pela reação de gewald. Os carreadores lipídicos foram obtidos pelo método de emulsão a quente por sonicação e caracterizados quanto tamanho das partículas (TMP), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (PZ), eficiência de encapsulação (EE%), difração de raios-x (DRX) e espectroscopia no infravermelho (FTIR), além disso, foi realizado um estudo de estabilidade a longo prazo. Foi validado um método de quantificação simultânea do 6CN-Etil e norfloxacino por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) de acordo com as diretrizes do ICH (Q2) para os fármacos. A atividade potencializadora do antibiótico foi avaliada pela Concentração Inibitória Mínima (CIM). A formulação otimizada CLN (carreador sem fármaco) após a liofilização apresentou o TMP de 196,36 ±1,87, PDI =0,084 ±0,06 e PZ = -17,52 ±1,70, após 90 dias mantiveram TMP = 232,3 ±3,21, PDI = 0,271 ±0,09 e PZ em -25,11 ±0,47, já nos carreadores contendo o norfloxacino e 6CN-Etil (CLN10NOR+106CN) após a liofilização apresentaram o TMP = 244,43 ±7,44, PDI = 0,319 ±0,00 e PZ = -34,09 ±0,84, no dia 90 apresentou TMP = 349,23 ±125,15, mas com PDI = de 0,381 ±0,11 e PZ = -23,88 ±1,45, atendendo ao esperado em relação a manutenção dos parâmetros e sem a presença de precipitados na formulação em comparação com a formulação em suspensão. A EE% apresentou um resultado de 99,50% para o 6CN-Etil e 90,91% para o norfloxacino. O DRX mostrou um grau de amorfização nos carreadores lipídicos corroborando que houve a encapsulação dos ativos, assim como na análise por FTIR os CLN10NOR+106CN não apresentaram picos relacionados os ativos indicando a encapsulação dos fármacos, um método analítico validado foi desenvolvido para a quantificação simultânea do 6CN-Etil e norfloxacino atendendo os critérios do ICH. A avaliação da atividade antimicrobiana do carreador lipídico nanoestruturado demonstrou que o CLN10NOR+106CN promoveu uma redução significativa (P < 0,0001) da CIM (CIM = 62,5 μg/mL) em comparação com o grupo contendo a mistura física 6CN-Etil+norfloxacino (CIM = 125 μg/mL), sendo eficiente em inibir a bomba de efluxo NorA, e reestabelecer a sensibilidade da cepa S. aureus 1199B ao norfloxacino. Resultado equivalente foi observado frente a cepa S. aureus K2068 onde se observou a CIM do CLN10NOR+106CN = 78,41 μg/mL), versus CIM mistura física = 125 μg/mL. Entretanto esse resultado foi ainda mais promissor, visto que a mistura física não encapsulada não foi capaz de inibir a bmba de efluxo MepA, e reestabelecer a sensibilidade a norfloxacino. Portanto, a incorporação do norfloxacino e do 6CN-Etil em um carreador lipídico nanoestruturado provou incrementar a atividade dos ativos frente as cepas S aureus resistentes, sendo uma abordagem promissora para potencializar a ação de antimicrobianos, sendo uma opção para combater a problemática da resistência bacteriana.
  • MAXSYARA FELISMINO DA SILVA SOARES
  • A Spirulina platensis previne a hipercontratilidade uterina ao KCl causada pela dismenorreia primária por modulação da via dos prostanoides e por diminuição do desbalanço do estresse oxidativo em ratas Wistar
  • Orientador : BAGNOLIA ARAUJO COSTA
  • Data: 27/02/2025
  • Hora: 14:00
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  • A dismenorreia primária (DisP) é a desordem ginecológica mais frequente em mulheres em idade fértil e pode ser definida como dores na região pélvica associadas ao período menstrual. A farmacoterapia baseia-se no uso dos anti-inflamatórios não esteroides, contraceptivos hormonais e antiespasmódicos, entretanto esses medicamentos por vezes são ineficazes ou não são tolerados. Nesse sentido, estudos anteriores demonstraram que a DisP aumentou a eficácia contrátil ao KCl e que a suplementação com Spirulina platensis (SP) na dose de 100 mg.kg-1 preveniu as alterações em útero de ratas Wistar. Assim, decidiu-se investigar o mecanismo de ação da SP no acoplamento eletromecânico na prevenção das alterações da reatividade contrátil uterina em ratas com DisP. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (n° 1659111022). As ratas Wistar virgens foram randomicamente alocadas nos grupos controle (GC); suplementas com a SP (SP100); com DisP (DisP) e DisP e suplementadas com SP 100 mg.kg-1 (DisP + SP100). Foram realizadas análises histológicas e a reatividade uterina foi avaliada in vitro. Desta forma, observou-se que na DisP ocorreu aumento da camada miometrial (GC 39,0 ± 0,6 μm2; DisP: 92,7 ± 1,1 μm2), e quando os animais recebiam a suplementação diária com SP, ocorreu prevenção parcial deste espessamento (DisP + SP100: 43,2 ± 1,0 μm2). Na avaliação funcional da reatividade uterina ao KCl, observou-se que a DisP aumenta a eficácia contrátil (GC: Emax = 100%; pCE50 = 1,9 ± 0,05 e DisP: Emax = 325 ± 5,8%; pCE50 = 1,5 ± 0,03) e para elucidação dos mecanismos envolvidos avaliou-se a participação da via dos prostanoides, do NO e do ânion superóxido. Para isto foram utilizados a indometacina (inibidor não seletivo das ciclo-oxigenases - COX), L-NAME (inibidor não seletivo das sintases de NO), apocinina (inibidor da NADPH oxidase) e o tempol (mimético da superóxido dismutase - SOD). Os resultados sugerem uma modulação positiva da via dos prostanoides (DisP + indometacina: pCE50 = 1,7 ± 0,02; Emax = 269,5% ± 5,9%), da síntese do NO (DisP + L-NAME: Emax = 122,1 ± 9,1%; pCE50 = 2,4 ± 0,05) e do ânion superóxido (DisP + apocinina: pCE50 = 1,5 ± 0,01; Emax = 98,2 ± 6,0%), e uma possível redução da atividade da SOD (DisP + tempol: pCE50 = 0,9 ± 0,07; Emax = 98,4 ± 6,7%). Esses efeitos são totalmente prevenidos pela suplementação com SP (pCE50 = 2,2 ± 0,15; Emax = 111,5 ± 3,2%), por provável inibição da COX (DisP + SP100 + indometacina: pCE50 = 1,7 ± 0,02; Emax = 269,5% ± 5,9%), da sintase de óxido nítrico (DisP + SP100 + L-NAME: pCE50 = 0,9 ± 0,07; Emax = 117,9,1 ± 4,2%), da NADPH oxidase (DisP + SP100 + apocinina = pCE50 = 1,4 ± 0,08; Emax = 86,6 ± 2,6%) e possível modulação positiva da SOD (DisP + SP100 + tempol = pCE50 = 1,2 ± 0,02; Emax = 35,8 ± 3,0%). Conclui-se que, pelo menos em nível funcional, o mecanismo pelo qual a suplementação diária com SP previne a hipercontratilidade uterina ao KCl, induzida pela DisP, envolve a prevenção da hipertrofia miometrial, modulação negativa da via dos prostanoides e, majoritariamente, a diminuição do desbalanço no estresse oxidativo.
  • CARLOS ALBERTO ARCELLY SANTOS BEZERRA
  • PREPARAÇÃO, OTIMIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOCRISTAIS DO DERIVADO 2-AMINO-TIOFENO, 6CN10, E AVALIAÇÃO DE SUA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA SOBRE CANDIDA SPP. E CRYPTOCOCCUS SPP.
  • Data: 27/02/2025
  • Hora: 09:00
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  • Infecções fúngicas, como candidíase e criptococose, representam um desafio crescente à saúde pública, especialmente entre indivíduos imunocomprometidos. A baixa diversidade de antifúngicos disponíveis e o surgimento de resistência medicamentosa aumentam a necessidade de novas terapias. O 6CN10, um derivado 2-amino-tiofeno com atividade antifúngica promissora, apresenta baixa solubilidade em água, limitando sua aplicação clínica. No presente trabalho, o desenvolvimento, otimização e caracterização de nanocristais de 6CN10, teve como objetivo avaliar o incremento da solubilidade em meio aquoso do nanosistema desenvolvido e avaliar sua atividade antifúngica contra linhagens de C. neoformans e Candida spp. Os nanocristais obtidos com sucesso pela técnica de nanoprecipitação por anti-solvente e apresentaram tamanho das partículas de inferior a 300 nm e índice de polidispersão (PDI) abaixo de 0.3. O estudo de otimização demonstrou com p>0.05 que as variáveis estudo solvente:anti-solvente, Tipo de estabilizante e concentração de estabilizante influenciam nas variáveis resposta tamanho de partícula e PDI. Houve um incremento na solubilidade em água na ordem de 8 vezes quando comparado ao fármaco puro. Os nanocristais liofilizados apresentaram-se estáveis após 90 dias com tamanho de partícula de 256,42 ± 3.25 nm e PDI 0,17 ±0.2. Os estudos de DRX e DSC comprovaram o perfil amorfo dos nanocristais liofilizados. Na avaliação da concentração inibitória mínima (CIM) e Concentração fungicida mínima (CFM) em linhagens distintas de C. neoformans suscetíveis ao tratamento apresentaram para 6CN10 livre e os Nanocristais de 6CN10 apresentaram mesmos valores de CIM com faixa de 250 - 125 μg/mL. Dentre as linhagens de C. albicans avaliadas, apenas a linhagem padrão 90028 apresentou suscetibilidade aos nanocristais CIM = 125 μg/Ml. Já para as linhagens de C. auris, apenas uma foi suscetível aos nanocristais, apresentando CIM de 125 μg/mL. Os nanocristais apresentaram atividade fungistática CFM/CIM ≥4 enquanto o fármaco livre apresentou atividade fungicida com CFM/CIM = 1.
  • GABRIELA RIBEIRO DE SOUSA
  • Fitoquímica e Potencial Farmacológico de Acosmium diffusissimum (Fabaceae:Papilionoideae)
  • Data: 27/02/2025
  • Hora: 09:00
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  • Acosmium diffusissimum (Mohlenbr.) Yakovlev, popularmente conhecida como lombo preto, pertence à família Fabaceae (Papilionaceae). Após revisões taxonômicas, foi reclassificada e atualmente pertence à tribo Dalbergieae. Apenas três espécies estão descritas para o gênero Acosmium s. strit., dentre as quais A. diffusissimum é endêmica do Brasil e a única espécie que se desenvolve em regiões da caatinga. Neste sentido, o presente estudo visa contribuir com conhecimento fitoquímico e potencial farmacológico das espécies da caatinga através do estudo sobre A. diffusissimum. O material vegetal foi coletado no município Boa Vista do Tupim, Bahia, identificado e uma exsicata encontra-se depositada no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) sob o número 246074. Este estudo está cadastrado no SisGen com o código A39AEA5. As raízes e caules foram submetidos a extração por maceração com etanol 95%, obtendo 39,8 g (EEBD-R) e 220 g (EEBD-C), respectivamente, e submetidos a etapas de desengorduramento. Para as raízes, o EEBD-R foi submetido a uma extração líquido-líquido, utilizando hexano, clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. A fase clorofórmica foi submetida a uma cromatografia líquida de média pressão utilizando sílica gel resultando em 19 frações. A fração 08 (118 mg) foi submetida a uma cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) em escala preparativa para isolamento e purificação. Para os caules, o EEBD-C foi submetido a uma cromatografia líquida à vácuo utilizando sílica gel obtendo 7 frações. As frações foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada com a espectrometria de massas (CLAE-EM) e inseridas na plataforma GNPS para gerar a rede molecular e utilizá-la como ferramenta de desreplicação. As frações clorofórmica (AdC-FC, 1,39 g) e acetato de etila (AdC-FA, 4,2 g) tiveram o isolamento priorizado. A AdC-FC e AdC-FA foi recromatografada por cromatografia clássica (CC) com sílica gel obtendo 14 frações e 13 frações, respectivamente. As frações obtidas destes fracionamentos também foram monitoradas por CLAE-EM. As frações 8-9 (68 mg) e frações 10-13 (328 mg) da AdC-FC foram submetidas a CLAE em escala preparativa. As frações 6 e 7 (78 mg) da AdC-FA foram reunidas e submetidas a uma CC com sílica gel obtendo 6 frações. A fração 67-2 foi submetida a CLAE em escala preparativa. As estruturas foram caracterizadas quimicamente usando técnicas de RMN 1D e 2D, IV e HRESIMS. Dois novos triterpenos cis-lupacosmeol (1) isolado e em mistura com trans-lupacosmeol (2), e dois compostos conhecidos, 16β-hidroxi-3β-trans-cafeoil-olean-12-eno (3) e 16β-hidroxi-3β-p-cumaroil-lup-20(29)-eno (4), foram isolados das raízes de Acosmium diffusissimum. A citotoxicidade foi avaliada contra três diferentes linhagens de células cancerígenas (MCF-7, HCT-116, SK-MEL-28). Apenas a mistura dos compostos cis e trans mostrou atividade contra todas as cepas testadas, com capacidade mais pronunciada de inibir o crescimento de SK-MEL-28 (IC50: 25,45 μg/mL). Estudos de docking molecular sugeriram que a atividade citotóxica foi fortemente atribuída a interações entre cis-lupacosmeol e trans-lupacosmeol com diferentes alvos moleculares de importância para o tratamento do melanoma. O isolamento guiado por CLAE-EM resultou no isolamento de cinco isoflavonoides prenilados, diffusiflavona A-E (1-4 e 9), dois pterocarpanos prenilados, diffusicarpano A e B (5,6) e dois compostos conhecidos 6-prenylorobol (7) e 3-O-metilquercetina (8). O potencial anti-inflamatório in vitro dos compostos 1-6 e 9 foi avaliado em macrófagos induzidos com lipopolissacarídeo (LPS). Os compostos 2, 3, 5 e 9 apresentaram redução nos níveis de NO em pelo menos uma das concentrações testadas (1,25, 2,5, 5, 10, 20 µg/mL) e também reduziram as citocinas IL-1β e IL-6, especialmente diffusicarpan A que reduziu os níveis de citocina em todas as concentrações testadas. Este trabalho destaca a utilidade da rede molecular como uma estratégia de desreplicação para isolar novos compostos bioativos assim como demonstram o potencial quimio-farmacológico da espécie A. diffusissimum.
  • ANNY LETÍCIA MARINHO RAMOS CARDOSO
  • CARREADORES LIPÍDICOS NANOESTRUTURADOS CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE ORÉGANO (Origanum vulgare L.) PARA TRATAMENTO DE MASTITE DO GADO LEITEIRO.
  • Data: 26/02/2025
  • Hora: 09:00
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  • A mastite bovina representa um desafio significativo para a pecuária leiteira, causando prejuízos substanciais à produção. Nesse contexto, torna-se imprescindível a busca por novas estratégias terapêuticas que aliem eficácia antimicrobiana à segurança biológica. A espécie Origanum vulgare L. (orégano) tem sido amplamente investigada devido ao seu potencial antimicrobiano, atribuído à presença de monoterpenoides, como timol e carvacrol. Entretanto, limitações relacionadas às suas propriedades físico-químicas têm despertado o interesse da indústria farmacêutica no desenvolvimento de sistemas que possam otimizar sua aplicação. Nesse sentido, a nanotecnologia emerge como uma ferramenta inovadora que possibilita a encapsulação de óleos essenciais, promovendo maior permeabilidade, biodisponibilidade e solubilidade, além de reduzir efeitos adversos. Assim, os carreadores lipídicos nanoestruturados (CLNs) apresentam-se como sistemas nanotecnológicos inovadores e promissores para o tratamento de diversas patologias, incluindo a mastite bovina. O objetivo deste trabalho foi desenvolver, otimizar e caracterizar nanossistemas funcionalizados do tipo CLNs contendo óleo essencial de orégano (OEO) para aplicação antioxidante e antimicrobiana visando o tratamento de mastite do gado leiteiro. O óleo essencial de orégano foi caracterizado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS), evidenciando o carvacrol (70,1%) como composto majoritário. Os CLNs foram produzidos pela técnica de emulsificação a quente seguida de sonicação, utilizando cera de abelha como lipídio sólido e Span® 60 e Tween® 80 como os surfactantes lipofílico e hidrofílico, respectivamente, em amplitude de 80% durante 30 segundos. A formulação inicial apresentou estabilidade macroscópica, com tamanho de partícula de 211,3 ± 1,9 nm; índice de polidispersão (PdI) 0,22 ± 0,01 e potencial Zeta (PZ) -37,5 ± 1,1 mV. Para otimizar o sistema, foi realizado um planejamento fatorial do tipo Box-benhken, gerando 15 formulações com três repetições no ponto central. As formulações otimizadas compostas por cera de abelha (1%), OEO (1%), Span® 60 (2%) e Tween® 80 (3%) apresentaram tamanho de partícula de 138,1 ± 3,2 nm; PdI de 0,15 ± 0,01 e PZ de -25,7 ± 1,0 mV. Os carreadores foram funcionalizados com polietilenoglicol (PEG) (0,2%), colesterol (0,2%) e Pluronic® F-68 (0,5%) resultando em partículas com tamanhos de 94,7 ± 1,9; 114,2 ± 0,7 e 69,3 ± 1,2 nm, PdI de 0,24 ± 0,01; 0,25 ± 0,02 e 0,26 ± 0,01 e PZ de -4,3 ± 0,2; -28,2 ± 0,7 e -28,4 ± 2,0 mV, respectivamente. A estabilidade físico-química das formulações foi monitorada por 60 dias nas temperaturas 4, 25 e 37 ºC, indicando estabilidade no decorrer do tempo, exceto para a formulação funcionalizada com PEG à 37 ºC. Os CLNs foram caracterizados por espectroscopia de infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), difração de raio-X (XRD), análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria diferencial exploratória (DSC), sugerindo dispersão do óleo essencial na matriz lipídica da cera de abelha. A eficiência de encapsulação para todas as formulações foi acima de 97%, com destaque para oCLN-Col (99,9%). A atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos ABTS, DPPH e FRAP, indicando um perfil antioxidante significativo para todas as formulações, sendo mais proeminente nos CLNs otimizados (oCLN). As formulações foram submetidas a testes antimicrobianos, incluindo determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e curva de morte celular. Todas as formulações demonstram atividade antimicrobiana contra diferentes cepas de bactérias patogênicas associadas à mastite bovina, com destaque para oCLN, que apresentou CIM de 1,92 mg/mL e redução logarítmica superior a 3 log na curva de morte (T0: 8,28 ± 0,16 para T4: 5,66 ± 0,07 UFC/mL). Portanto, os sistemas desenvolvidos apresentaram dimensões nanométricas e funcionalidade adequada, evidenciando a viabilidade da formulação otimizada na aplicação terapêutica. Dessa forma, os CLNs contendo OEO configuram-se como uma abordagem promissora no tratamento da mastite bovina, demonstrando potencial significativo para aplicações futuras na medicina veterinária.
  • LUIZ HENRIQUE DE AMORIM PEREIRA
  • Diterpenos latirânicos de Jatropha mollissima (Pohl.) Baill. e avaliação de atividade citotóxica
  • Data: 25/02/2025
  • Hora: 14:00
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  • Jatropha mollissima (Pohl.) Baill, pertencente à família Euphorbiaceae, é uma espécie endêmica do bioma Caatinga, sendo popularmente conhecida como “pinhão-bravo”, “pinhão de purga” ou “pinhão vermelho”. Essa espécie apresenta-se como um arbusto e o seu látex avermelhado é largamente utilizado no tratamento de úlceras e em acidentes ofídicos. Atividades citotóxica, antimicrobiana, antioxidante, antiparasitária e larvicida também já foram descritas para essa espécie. O objetivo geral deste trabalho visa contribuir com o conhecimento fitoquímico e farmacológico de J. mollissima através do isolamento de metabólitos secundários e avaliação de atividade citotóxica in vitro. As raízes foram coletadas no município de Serra Branca no estado da Paraíba, em que uma exsicata está depositada no Herbário Lauro Pires Xavier (JPB) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sob código JPB 37920, além de cadastro no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen) sob o código AB27FD4. Após a coleta, identificação, secagem e pulverização, o pó das raízes foi submetido à extração exaustiva por maceração durante sete dias, repetindo-se o processo três vezes. A solução extrativa foi concentrada, dando origem ao Extrato Hexânico das Raízes de J. mollissima (EHJM-R), o qual foi posteriormente submetido ao processo de desengorduramento com acetonitrila, a fim de diminuir os interferentes apolares. O Extrato Hexânico Desengordurado das Raízes (dEHJM-R) foi submetido à cromatografia em coluna (CC), resultando em trinta e sete frações, as quais foram monitoradas por cromatografia em camada delgada analítica (CCDA). Destas, duas frações (18 e 23) apresentaram melhores perfis cromatográficos e foram direcionadas à Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) em escala analítica e preparativa para o isolamento dos compostos. Todos os compostos foram identificados e/ou caracterizados por meio de Espectrometria de Massas (EM), Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e na região do infravermelho (IV). O dEHJM-R, a Fr18 e a Fr23 foram avaliadas quanto à atividade citotóxica in vitro nas linhagens celulares de câncer colorretal (SK-MEL-28) e melanona (HCT-116) e linhagem não tumoral de queratinócitos (HaCaT) através do ensaio de MTT. O estudo fitoquímico permitiu o isolamento de seis compostos da classe dos diterpenos latirânicos: jatrogrossidiona, 2-epi-hidroxiisojatrogrossidiona, 15-epi-4E-jatrogrossidentadiona, 15-epi-4Z-jatrogrossidentadiona e multifidiona, relatados pela primeira vez na espécie em estudo, e 6E-jatromollissimadiona, um composto inédito na literatura. A Fr23 demonstrou atividade citotóxica significativa in vitro frente às linhagens SK-MEL-28 e HCT-116, embora também tenha inibido a linhagem não tumoral HaCaT. O dEHJM-R e a Fr18 apresentaram atividade citotóxica in vitro moderada em todas as linhagens. Portanto, o presente estudo destaca a espécie J. mollissima como uma biofonte de diterpenos latirânicos, bem como revela a sua potencial atividade anticancerígena in vitro, o que contribui e amplia o seu potencial farmacoquímico.
  • ALLESSYA LARA DANTAS FORMIGA
  • Desenvolvimento, caracterização e avaliação da atividade antitumoral em células de adenocarcinoma mamário humano de nanocápsulas poliméricas contendo derivados de isatina.
  • Data: 25/02/2025
  • Hora: 08:30
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  • O câncer de mama é um dos tipos de tumores mais comuns e letais em todo o mundo. Devido à alta heterogeneidade, as células tumorais apresentam capacidade de desenvolver mecanismos de resistência aos tratamentos oncológicos. Por isso, o uso de isatinas tem ganhado notoriedade devido a sua ação antiproliferativa, principalmente inseridas em nanossistemas tecnológicos que favorecem sua endocitose por tumores. Por isso, o presente estudo objetivou desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antitumoral frente a células de adenocarcinoma mamário de nanocápsulas poliméricas (NCPs) contendo derivados de isatina. As isatinas (ISA7d, ISA8d e ISA11d) foram caracterizadas quanto aos grupos por FTIR e determinado seu comprimento de onda por espectroscopia no ultravioleta. A validação dos métodos de quantificação das isatina foi realizado por CLAE-UV, cujos resultados indicam que todos os métodos foram lineares, específicos, precisos, exatos e robustos. A solubilidade e o coeficiente de partição foram determinados, onde ISA8d (logP>1,05) apresentou maior coeficiente de partição em MCT quando comparadas a ISA7d (>0,80) e ISA11d (>0,78) e a degradação dessas substâncias em matriz complexa ocorreu após 30 dias principalmente em temperaturas mais baixas (4°C). NCP foram produzidas por nanoprecipitação e otimizadas pelo design experimental Box-Behnken, considerando PCL (50, 100, 150mg), MCT (50, 175, 300mg) e Kolliphor®ELP (20, 60, 100mg) como variáveis independentes. A formulação otimizada apresentou tamanho de partícula de 239,8 ±1,35 nm, PdI de 0,12±0,02 e potencial zeta de -20,1±0,4 mV. O Kolliphor reduziu significativamente o tamanho das partículas (R²=0,985). Posteriormente, NCP foram funcionalizadas com quitosana (qNCP) e Lipoid-PEG (pNCP), onde houve a versão de carga e neutralização dos sistemas, respectivamente, sem alterações significativas em seus tamanhos. A incorporação das isatinas não alteraram os parâmetros físico-químicos das NCPs, onde os espectros de infravermelho sugeriram a encapsulação das isatinas mantendo a forma esférica e uniforme das partículas em análise de superfície 3D. A eficiência de encapsulação para todas as formulações foi acima de 97,2%, apesar de um baixo doseamento (<130,1 µg/mL). Testes de estabilidade não mostraram mudança significativa nas amostras armazenadas a 4°C por 90 dias. As NCPs demonstraram boa estabilidade com albumina, se complexando independentemente da concentração, exceto pelas pNCP que necessitavam de um meio mais concentrado de albumina (>20mg/mL). As qNCPs foram as que exibiram maior toxicidade contra células MCF-7, onde ISA7d, ISA8d, ISA11d apresentaram IC50 superior a 7,34 µg/mL, cuja a morte celular está atrelado a via da JNK. Assim, NCPs funcionalizadas e estáveis foram produzidas, exibindo perfis variados de interação com albumina e alta eficácia anticancerígena, indicando seu potencial como sistema de entrega de fármacos.
  • ANAUARA LIMA E SILVA
  • Múltiplas abordagens usando espectrometria de massas, estudos de dereplicação, e métodos quimiometricos suportadas no desenvolvimento de estratégias para distinção, agrupamento e descoberta de compostos bioativos de espécies de Solanum subg. Leptostemonum (Solanaceae)
  • Orientador : JOSEAN FECHINE TAVARES
  • Data: 24/02/2025
  • Hora: 14:00
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  • Estudos morfológicos e filogenéticos não tem sido suficiente para esclarecer as relações entre as espécies de Solanum e definir limites entre os grupos subordinados, como os clados do subgênero Leptostemonum. Desta maneira, observa-se a necessidade do uso de novas abordagens, como a análise de metabólitos secundários, baseadas em metodologias e técnicas analíticas modernas, que possam fornecer subsídios para elucidar as relações e definir limites interespecíficos e infragenéricos, principalmente com relação as espécies Brasileiras. O Brasil apesar ser reconhecido como um dos centros de diversidade e endemismo do subgênero, as informações sobre sua diversidade são pouco conhecidas, com a ocorrência de espécies endêmicas que nunca foram estudadas ou incluídas em tratamentos morfológicos, filogenéticos e quimiossistemáticos já realizados. Muitas delas também possuem sua composição química e potencial biológico totalmente inexplorado. No presente estudo, são estabelecidas diversas abordagens suportadas no desenvolvimento de metodologias e estratégias para triagem e identificação de metabólitos (dereplicação) de espécimes secos de herbário, do extrato e frações da planta fresca, baseadas em estudos de perfil químico por CLAE-EM e auxiliadas por métodos estatísticos. Além de utilizar de dados de CLAE-EM para o isolamento de novos compostos com potencial bioativo. Desta forma, este trabalho está dividido em 4 capítulos: No capítulo um foram analisados metabólitos das partes aéreas de Solanum jabrense Agra e Nee, com auxílio de redes moleculares, com o objetivo de comprovar a hipótese de que estudos utilizando CLAE-EM e espécimes de herbário são capazes de determinar o perfil químico da espécie e identificar a presença de metabólitos que podem ser utilizados como metabólitos distintivos e ou marcadores quimiosistemáticos. Essa planta foi escolhida como modelo devido ao seu endemismo e disponibilidade de material em nosso laboratório, além de ser pouco explorada quanto ao potencial bioativo. O segundo capítulo descreve o desenvolvimento e implementação da metodologia baseada em CLAE-EM para a análise do perfil químico de 72 espécimes de herbário de Solanum subgênero Leptostemonum verificando se esta abordagem juntamente com métodos estatísticos, podem ser úteis para distinguir e classificar as espécies utilizadas, auxiliando na quimiotaxonomia do subgênero Leptostemonum, comparando os agrupamentos obtidos nas análises estatísticas às classificações taxonômicas existentes. No capítulo três, o material vegetal de S. jabrense foi coletado e reproduzida a mesma metodologia de extração, em escala proporcional, realizada para os espécimes de herbário para o preparo do extrato hidroalcóolico bruto. O extrato bruto e a fração rica em alcaloides obtida por precipitação do extrato bruto, foram analisados por CLAE-EM para conhecimento do conteúdo químico e comparação com os espécimes de herbário, e testados quanto a atividade larvicida e repelente contra o Aedes aegypti. No capítulo quatro, foram isoladas do extrato hidroalcóolico de S. jabrense três moléculas químicas com potencial bioativo, uma nova e duas já previamente conhecidas. Sendo o primeiro relato das três estruturas para a espécie. Essas substâncias isoladas serão posteriormente utilizadas como sementes em estudos de dereplicação.
  • ALISSA MARIA DE OLIVEIRA MARTINS
  • A própolis marrom produzida por abelhas Apis mellifera da região de Crateús - CE previne a hiper-reatividade traqueal de ratos Wistar com asma alérgica
  • Orientador : FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
  • Data: 21/02/2025
  • Hora: 14:00
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  • A asma é uma doença heterogênea, cuja principal característica é a obstrução das vias aéreas, em decorrência da redução do diâmetro dessa região. Também é observado o espessamento da camada muscular lisa e remodelamento tecidual. Sabe-se que cerca de 10% da população com asma grave não é responsiva à farmacoterapia usual, e, nesse contexto, surge a busca por novas alternativas terapêuticas. Um destaque é dado para os produtos naturais, em especial para os produtos apícolas, como a própolis marrom produzida por abelhas Apis mellifera de Crateús – CE. Diversos tipos de própolis são utilizados popularmente pelas suas atividades imunomoduladoras e atenuantes de afecções do sistema respiratório, como rinite e bronquite. Nesse trabalho, objetivou-se avaliar o efeito preventivo da própolis marrom nas alterações de ventilação pulmonar e reatividade traqueal de ratos Wistar com asma alérgica induzida por ovalbumina. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (nº 8719020621). Inicialmente, os ratos foram distribuídos de forma randômica em grupo controle (GC), grupo própolis 250 mg/kg (GP250) e 500 mg/kg (GP500) para a avaliação da toxicidade subcrônica, cada qual com 5 ratos e 5 ratas (n = 10). Para os demais protocolos, os animais foram divididos em GC, grupo asmático (GA), grupo asmático tratado com a própolis nas doses de 125, 250 e 500 mg/kg (GAP125, GAP250 e GAP500, respectivamente) ou com 5 mg/kg de dexametasona (GADEXA5). Na avaliação da toxicidade subcrônica, a própolis marrom apresentou baixa toxicidade nas doses avaliadas. No que concerne às avaliações in vivo ocasionadas pela asma, a própolis marrom não exerceu efeito preventivo nas alterações observadas na ventilação pulmonar de ratos asmáticos. Todavia, na avaliação da responsividade traqueal à ovalbumina (OVA) dos animais previamente sensibilizados, semelhante ao observado no GADEXA5, os animais do GAP125, GAP250 e GAP500 apresentaram uma prevenção das contrações induzidas pela OVA de maneira dependente de dose. Na avaliação do componente eletromecânico, tanto de contração como de relaxamento, não foram observadas diferenças entre as curvas do GC e do GA, sugerindo que, neste modelo de asma, não há uma participação majoritária desses acoplamentos. Entretanto, para o acoplamento farmacomecânico de contração, foi observado o aumento da eficácia contrátil ao carbacol no GA, comparado ao GC, e esse aumento foi prevenido no GAP125, GAP250, GAP500 e GADEXA5. De forma semelhante, na avaliação da participação do acoplamento farmacomecânico de relaxamento, também foi observada uma diminuição da eficácia relaxante à aminofilina no GA, comparado ao GC, e essa diminuição foi prevenida no GAP125, GAP250 e GAP500, não sendo prevenida no GADEXA5. Dessa forma, esses dados sugerem que própolis marrom produzida por abelhas Apis mellifera de Crateús – CE apresenta baixa toxicidade nas doses utilizadas, garantindo a segurança no seu uso em experimentos in vivo, além de exercer efeito preventivo nas alterações promovidas pela asma alérgica em ratos Wistar por prevenir a hiper-responsividade traqueal, através da modulação negativa do componente farmacomecânico de contração e da via das fosfodiesterases.
  • LEONARDO LIMA CARDOSO
  • Avaliação da Atividade Imunomoduladora da Quercetina na Infecção de Monócitos por Leishmania (Leishmania) infantum
  • Data: 21/02/2025
  • Hora: 14:00
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  • A leishmaniose é uma doença infecto-parasitária que acomete diversos tipos de mamíferos. Aproximadamente 1,2 milhão de casos novos são registrados todos os anos em humanos e estão concentrados principalmente em populações vulneráveis que vivem em áreas de risco. A doença possui diferentes manifestações clínicas, desde formas brandas à condições bastante degradantes. A leishmaniose visceral é a forma mais grave da doença e sem tratamento sua mortalidade pode atingir valores superiores a 90%. No contexto de cura da doença, diversos estudos vem tentando desenvolver novas terapias, pois as convencionais apresentam altos índices de toxicidade, problemas de resistência e recidivas. Dentre as novas terapias propostas para tratar a leishmaniose, a associação de fármacos convencionais com produtos naturais vem demonstrando ser uma das linhas mais promissoras. A quercetina é um flavonoide presente em uma ampla variedade de vegetais e suas atividades antioxidante, pró-oxidante, imunomoduladora, anti-tumoral, anti-bacteriana, anti- fúngica e anti-protozoária já foram estudadas. Com base nisso, o presente trabalho objetivou avaliar a atividade biológica da quercetina e sua associação à Anfotericina B contra culturas promastigotas de Leishmania (Leishmania) infantum e no contexto da infecção de monócitos humanos. Para isso, tratamos culturas de promastigotas, eritrócitos e PBMC não infectadas ou infectadas com múltiplas concentrações de quercetina e AmB isoladas e combinadas. Com isso, avaliamos: 1) a atividade isolada e sinérgica dos compostos na morte dos parasitas por MTT; 2) a citotoxicidade dos compostos sobre células humanas; 3) a influência dos compostos sobre a taxa de infecção; 4) produção de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs); 5) produção de Óxido Nítrico (NO) em monócitos; 6) a produção de nitrito em PBMC expostas à L. infantum por reação de Griess; e por fim 7) a modulação do perfil de citocinas em PBMC com e sem infecção por L. infantum. Diante dos resultados obtidos, a quercetina apresentou atividade anti-promastigotas e a associação com a AmB potencializou a morte dos parasitas, indicando sinergismo entre as moléculas. Além disso, a quercetina diminuiu a taxa de infecção de monócitos e modulou positivamente a produção de EROs, apesar da AmB não ter tido participação nesses mecanismos. Ademais, nenhuma das condições testadas modulou a produção de NO, mas a associação dos compostos tendeu a aumentar o NO na infecção. Por fim, a quercetina diminuiu a produção de IL-6 e IL-17, mas não modulou a expressão de IFN-γ, IL-10 e IL12, e AmB diminuiu os níveis de IL-6, mas não modulou IFN- γ, IL-10, IL12 e IL-17. Portanto, nossos dados sugerem que a quercetina é atua como modulador da resposta imune, podendo ser utilizado sinergicamente com a AmB potencializando o processo de cura.
  • RENATA ALBUQUERQUE DE ABRANTES
  • EFEITO APOPTÓTICO DO FENILPROPANOIDE BENZOATO DE (E)-4-(1-EPOXI-7,8-PROPENIL) FENILA (CV2) EM LINHAGEM DE CÉLULA DE CÂNCER DE MAMA HUMANO (MCF-7) E TOXICIDADE EM MODELO DE PEIXE ZEBRA
  • Data: 30/01/2025
  • Hora: 09:00
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  • O câncer de mama é uma doença caracterizada pela proliferação descontrolada de células malignas no tecido epitelial mamário. Apesar dos avanços consideráveis no diagnóstico e tratamento, permanece como a segunda principal causa de morte no mundo. A quimioterapia é uma das abordagens mais amplamente utilizadas no manejo da doença. Contudo, apesar de sua eficácia em suprimir o crescimento tumoral, frequentemente causa efeitos colaterais significativos, o que tem motivado a busca por alternativas mais seguras e eficazes, como os compostos naturais.Entre esses compostos, os fenilpropanóides se destacam como potenciais agentes terapêuticos para o câncer. O Benzoato de (E)-4-(1-epóxi-7,8-propenil) fenila (CV2) é um fenilpropanóide inédito, isolado das raízes de Croton velutinus (Euphorbiaceae). Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos antitumorais e toxicológicos do CV2.A citotoxicidade do CV2 foi avaliada por meio do ensaio do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT) em linhagens de células tumorais humanas (MCF-7, MDA-MB-231, SK-MEL-28, HeLa e HCT-116), uma linhagem não tumoral (MCF-10A) e em células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) humanas. Adicionalmente, a toxicidade foi investigada em embriões e larvas de peixe-zebra.Os resultados mostraram que o CV2 apresentou maior seletividade citotóxica para a linhagem de células tumorais MCF-7, com uma concentração inibitória média (CI₅₀) de 4,63 ± 0,16 μg/mL. No entanto, foi observada citotoxicidade dependente da concentração em PBMCs (CI₅₀ = 1,75 ± 0,06 μg/mL). A análise do ciclo celular revelou que o CV2 aumentou significativamente o percentual de células na fase sub-G1 (5 µM: 31,77 ± 4,93%; 10 µM: 11,29 ± 0,12%; p<0,05 para ambos). Além disso, a marcação com anexina V-FITC/IP evidenciou um aumento significativo no percentual de células em apoptose (5 µM: 50,17 ± 2,52%; 10 µM: 44,50 ± 2,37%; p<0,05 para ambos).O CV2 também estimulou a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), e o pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC) preveniu significativamente sua citotoxicidade (CV2 5 µM: 27,09 ± 1,02%; CV2 10 µM: 13,90 ± 1,00%; p<0,05 para ambos na presença de NAC). Ensaios in vitro utilizando marcação com anticorpos específicos indicaram que o CV2 induziu aumento significativo no percentual de células marcadas para as proteínas ERK1/2, JNK1/2, p38 MAPK, PKB/AKT e NF-κB. Notavelmente, o pré-tratamento com inibidores de JNK e p38 MAPK preveniu a citotoxicidade induzida pelo CV2.No modelo de peixe-zebra, apenas a dose mais alta do CV2 (4,0 μg/mL) causou coagulação dos ovos após 24 horas de exposição, além de provocar a morte de todos os embriões. Adicionalmente, foi observado um aumento significativo na atividade de enzimas associadas ao estresse oxidativo, como GPx e GST.Em resumo, o CV2 demonstrou efeito antitumoral in vitro por meio da indução de apoptose, aumento do estresse oxidativo e modulação de vias de sinalização intracelulares, incluindo MAPKs, PKB/AKT e NF-κB. Além disso, apresentou moderada embriotoxicidade no modelo de peixe-zebra, destacando-se como um composto promissor para futuras investigações terapêuticas.
  • VALGRICIA MATIAS DE SOUSA
  • Mecanismos de ação anticâncer colorretal in vitro e avaliação da toxicidade não clínica em modelo de peixe-zebra do derivado acridínico (E)-1’-((4-bromo-benzilideno)amino)5’-oxo-1’5’-dihidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (AMTAC-19).
  • Data: 29/01/2025
  • Hora: 09:00
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  • O câncer colorretal (CCR) é um importante problema de saúde pública mundial. Diante da necessidade de desenvolvimento de agentes mais efetivos e/ou com menor toxicidade, o derivado acridínico (E)-1’-((4-bromo-benzilideno)amino)5’-oxo-1’5’-dihidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (AMTAC-19) foi previamente sintetizado e testado quanto ao seu potencial antitumoral in vitro. AMTAC-19 apresentou significativa citotoxicidade em linhagem de células de câncer colorretal humano HCT-116 (concentração inibitória média – CI50 = 10,35 ± 1,66 µM). Diante disso, o presente trabalho objetivou caracterizar os mecanismos de ação anti-CCR do AMTAC-19 por meio de ensaios in silico e in vitro, e a sua embriotoxicidade em modelo de peixe-zebra. Os resultados do docking molecular evidenciaram interações favoráveis entre o AMTAC-19 e as estruturas cristalográficas da Proteína Cinase Regulada por Sinal Extracelular 1 (ERK1), da Proteína Cinase N-terminal c-Jun 1 (JNK1), da Proteína Cinase Ativada por Mitógeno p38α (p38α MAPK), da Proteína Cinase B (PKB/AKT), do Fator Nuclear kappa B (NF-κB; p50/p65) e da Linfoma de Células B-2 (BCL-2). Nos ensaios in vitro, a marcação com anticorpos específicos permitiu observar que, após 48 h de tratamento com o AMTAC-19, houve aumento significativo do percentual de células marcadas com anticorpos anti-p-ERK1/2 e anti-p-JNK1/2, e redução significativa do percentual de células marcadas com anticorpos anti-p-BCL-2. O pré-tratamento com inibidores de ERK1/2 ou JNK preveniu significativamente a citotoxicidade do AMTAC-19 em células HCT-116. Na análise do estado redox, o AMTAC-19 estimulou a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS) após 30 min e 1 h de tratamento, e o pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC) preveniu significativamente a sua citotoxicidade. O uso do cloreto de 5,5′,6,6′-tetracloro-1,1′,3,3′-tetraetilbenzimidazolilcarbocianina (JC-1) permitiu observar que o AMTAC-19 induz alteração no potencial de membrana mitocondrial (Δψm) de células HCT-116. O uso do corante Hoechst 34580, utilizado para analisar características morfológicas de apoptose por microscopia confocal a laser, demonstrou que o AMTAC-19 induziu aumento significativo do número de células fluorescentes após tratamento de 48 h, sendo observada condensação da cromatina, que corrobora o efeito pró-apoptótico induzido por esta molécula. Adicionalmente, o ensaio clonogênico foi utilizado para avaliar as alterações na sobrevivência e proliferação celular induzidas pelo AMTAC-19, mostrando que o composto teste, na concentração de 1,56 µM (correspondente a 1/8 da CI50), induziu redução significativa na capacidade de formação de colônias de células HCT-116. Por fim, a avaliação da toxicidade não clínica em modelo de peixe-zebra, evidenciou que o tratamento de embriões e larvas com AMTAC-19 (100 μM – correspondente a aproximadamente 10 vezes a CI50 em células HCT-116) por 96 h de exposição, não causou morte dos animais, estimando que a Concentração Letal Média (CL50) do composto foi maior que 100 μM. Em resumo, o AMTAC-19 apresenta efeito anti-CCR in vitro por indução de apoptose, estresse oxidativo e modulação das proteínas ERK1/2, JNK e BCL-2.
2024
Descrição
  • HEÍVILA MONIQUE DA SILVA ALEXANDRE
  • Avaliação da atividade antitumoral in vitro de Solanum jabrense Agra & M. Nee
  • Data: 22/11/2024
  • Hora: 14:30
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  • O câncer de mama, caracterizado pela proliferação desordenada de células mamárias, é o tipo de câncer mais comum entre mulheres em todo o mundo, representando aproximadamente 11,7% dos novos casos diagnosticados anualmente. Solanum jabrense, uma planta endêmica do Brasil, é rica em metabólitos bioativos, especialmente alcaloides com atividade antitumoral. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral in vitro da Solanum jabrense. Para a análise, foram utilizados dois extratos derivados dessa planta: o hidroalcóolico (ESJ) e sua fração alcaloídica (FSJ). Inicialmente, o ESJ foi testado quanto à citotoxicidade pelo ensaio de MTT em linhagens celulares tumorais (MCF-7, MDA-MB-231, PC-3, SK-MEL-28), apresentando maior citotoxicidade nas linhagens de adenocarcinoma mamário. Diante disso, essas linhagens foram selecionadas para avaliações subsequentes e determinação da CI50 e índice de seletividade nos períodos de 24, 48 e 72 horas. Observou-se que a linhagem MCF-7 apresentou a maior seletividade do ESJ no período de 48 horas, com uma concentração inibitória média (CI50) de 27,72 ± 0,02 μg/mL, enquanto em células HEK-293 foi de 78,56 ± 0,08 μg/mL. Assim, a linhagem MCF-7 e o período de tratamento de 48 horas foram selecionados para investigar o efeito antitumoral da fração alcaloídica do extrato (FSJ). O FSJ mostrou-se mais seletivo para MCF-7 quando comparado a linhagens não tumorais. Em relação à HEK-293, foi cerca de quinze vezes mais seletivo e aproximadamente cinco vezes mais seletivo em relação à MCF-10A. Além disso, apresentou maior seletividade do que a droga padrão doxorrubicina. Em seguida, foram avaliados os mecanismos de ação antitumoral na linhagem MCF-7. A análise do ciclo celular revelou que, após 48 horas de tratamento com o FSJ, houve um aumento significativo na fração sub-G1. A marcação com anexina V FITC/IP indicou um aumento no percentual de células em apoptose, o que foi corroborado por observações de características morfológicas de apoptose em microscopia confocal a laser. Nos estudos de alterações mitocondriais utilizando o marcador JC-1, foi observada uma redução do potencial de membrana mitocondrial, indicando a ativação da via intrínseca de apoptose. Além disso, a avaliação da citotoxicidade em modelo de cultura 3D de esferoides revelou que o FSJ foi eficaz na redução do tamanho dos esferoides, bem como teve efeitos antimigratórios. A citototóxicidade do composto majoritário do extrato, solamarjna, foi avaliada em 48 horas, com IC50 de 8,65 ± 0,04 µM. Ainda, a citotoxicidade do FSJ foi previnida pelo pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC), sugerindo a participação do estresse oxidativo. No docking molecular, observou-se que a solamargina, interage com os sítios ativos das proteínas caspases 3, 7 e 8, bem como com ERK2, JNK1, p38α MAPK e IKKβ. Em resumo, o FSJ demonstra efeito antitumoral in vitro, induzindo apoptose, estresse oxidativo e inibindo as proteínas p38 MAPK, ERK2, JNK1 e IKKβ.
  • THALISSON AMORIM DE SOUZA
  • Análise quimiofenética de diterpenos em quatro gêneros de Euphorbiaceae com ocorrência no semiárido brasileiro, estudo fitoquímico e avaliação da atividade biológica de Jatropha ribifolia (Pohl) Baill
  • Data: 22/11/2024
  • Hora: 08:00
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  • O presente trabalho demonstra a quimiodiversidade das espécies de Euphorbiaceae com ocorrência no semiárido brasileiro por meio da análise quimiofenética de diterpenos. Além disso, destaca a diversidade estrutural, atividades biológicas e potenciais aplicações farmacêuticas dos diterpenos isolados de espécies de Jatropha. Por fim, descreve a investigação fitoquímica e estudos de atividade do extrato e compostos isolados de Jatropha ribifolia por meio de análises in silico e in vitro. Como resultados, o uso da quimiofenetica com base em ferramentas de inteligência artificial e dados moleculares permitiram identificar padrões químicos entre, Jatropha, Cnidosculos, Sapium e Stillingia, gêneros de Euphorbiaceae com ocorrência na Caatinga, e sugerir relações filogenéticas entre as espécies analisadas. Estes achados, aliados à revisão de literatura, demonstraram grande potencial do gênero Jatropha para prospecção de novos agentes citotóxicos e antibacterianos. Estes achados permitiram identificar espécies de Jatropha ainda pouco exploradas do ponto de vista químico e farmacológico, levando a J. ribifolia. A investigação fitoquímica desta espécie permitiu o isolamento de 17 compostos, sendo sete deles inéditos na literatura, denominados então Ribifolonas A-G. Ensaios por docking molecular indicam grande potencial antitumoral para estas novas substâncias. Paralelamente, ensaios com o extrato e o seu composto majoritário, jatrophona, demonstraram atividade antibiofilme contra P. aeruginosa. Assim, este trabalho contribui para o conhecimento da quimiodiversidade do semiárido brasileiro e abre caminhos para o desenvolvimento de novas substâncias eficazes no combate a problemas graves de saúde pública na atualidade como o câncer e patógenos multirresistentes.
  • LUCAS NÓBREGA DE OLIVEIRA
  • A ação tocolítica em ratas de (S)- 8-formil-3’,5-dihidroxi-7-metoxi-6-metil-flavanona e 3’-formil-3,4’,6’- triidroxi-2’-metoxi-5’-metilchalcona, uma mistura de flavonoides obtida das partes aéreas de Piper montealegreanum Yuncker (Piperaceae), envolve modulação de canais de Ca2+ e K+
  • Orientador : FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
  • Data: 27/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • Várias espécies de Piper são utilizadas popularmente no tratamento da dismenorreia ou para evitar aborto espontâneo. Além disso, uma mistura de flavonoides, contendo (S)-8-formil-3’,5-dihidroxi-7-metoxi-6-metil-flavanona (PMT-1) e 3’-formil-3,4’,6’-trihidroxi-2’-metoxi-5’-metilchalcona (PMT-2), obtida do extrato clorofórmico das partes aéreas de Piper montealegreanum Yuncker (PMTmis), já apresentou atividade espasmolítica em aorta de rato e traqueia de cobaia. Com isso, resolveu-se investigar um possível efeito tocolítico da PMTmis em ratas, caracterizando o seu mecanismo de ação in vitro e in silico. Nos ensaios in vitro, após a eutanásia das ratas, o útero era montado em cubas de banho para órgãos isolados e as contrações isométricas foram avaliadas (n = 5). Nos ensaios in silico, a PMT-1 e a PMT-2 foram submetidas a docking molecular usando o PubChem, com foco em canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV), canais de K+, incluindo os dependentes de voltagem (KV) e os ativados por Ca2+ de grande condutância (BKCa). Esses canais foram comparados com nifedipino, 4-aminopiridina (4-AP) e tetraetilamônio (TEA+), respectivamente, obtidos do Protein Data Bank, utilizando valores energéticos como referência. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (Certidão 7660011018). E foi observado que a PMTmis induziu relaxamento equipotente no útero de ratas pré-contraído com KCl (CE50 = 63,9 ± 7,6 µg/mL) e com ocitocina (CE50 = 49,2 ± 8,8 µg/mL), sugerindo que a PMTmis pode exercer seu efeito tocolítico através de um mecanismo comum entre as duas vias, como os CaV. Para confirmar essa hipótese, foram realizadas curvas cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+ na ausência e na presença da PMTmis (3, 9, 27 e 81 µg/mL). Observou-se um desvio da curva controle para a direita, com redução da potência espasmogênica nas concentrações de 9, 27 e 81 µg/mL (CE50 = 8,5 ± 1,5, 12,7 ± 3,6 e 12,5 ± 1,7 x 10-4 M, respectivamente), entretanto a inibição máxima foi atingida com 27 µg/mL (Emax = 45,1 ± 4,4%), indicando que o bloqueio do influxo de Ca2+ através dos CaV parece ser indireto ou não ser o principal mecanismo tocolítico da PMTmis. Investigou-se também o efeito da PMTmis na presença de cloreto de césio, um bloqueador não seletivo de canais de K+, observando-se um desvio da curva controle de relaxamento da PMTmis para a direita, com redução da potência tocolítica (CE50 = 206,2 ± 52,6 µg/mL), sugerindo uma modulação positiva dos canais de K+ no efeito tocolítico da PMTmis. Para identificar quais os subtipos de canais de K+ envolvidos, foram utilizados bloqueadores seletivos. A potência tocolítica de PMTmis foi reduzida na presença de 4-AP (CE50 = 101,4 ± 11,8 µg/mL), glibenclamida (CE50 = 143,0 ± 23,3 µg/mL) e TEA+ (CE50 = 218,8 ± 39,4 µg/mL), sugerindo a participação dos KV, KATP e BKCa, respectivamente. Nos estudos in silico, os resultados corroboraram os ensaios in vitro para o bloqueio dos CaV, com a PMT-1 e PMT-2 apresentando valores energéticos de ligação (kcal/mol) mais negativos (-8,163 e -8,013) em comparação com o nifedipino (-8,030). Para os canais de K+, a PMT-1 e a PMT-2 (-6,677 e -6,602) exibiram valores de ligação em comparação com o 4-AP (-6,247) e o TEA+ (-6,722), com a PMT-1 e PMT-2 apresentando valores mais favoráveis (-7,292 e -7,144). Portanto, tanto os estudos in vitro como in silico sugerem que o mecanismo de ação tocolítica da PMTmis parece envolver a modulação positiva dos canais KV, KATP e BKCa, levando a uma repolarização da membrana e, indiretamente, a uma modulação negativa dos canais CaV no útero de ratas.
  • LUANNA DE OLIVEIRA E LIMA
  • (-)-Carveol: Atividade antifúngica sobre Sporothrix brasiliensis, citotoxicidade, ADMET e Docking molecular
  • Orientador : FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
  • Data: 26/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • A esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea causada por fungos pertencentes ao clado clínico de Sporothrix. É considerada uma doença endêmica no Brasil, sendo um importante problema na saúde pública. O fungo tem características saprófitas, logo, é comumente encontrado no solo, e em matérias orgânicas em decomposição. Nos últimos anos, observa-se que a principal forma de transmissão é a zoonótica, que consiste na transmissão dos propágulos fúngicos do animal (principalmente gatos infectados) para o ser humano ou para outros animais. Esta forma favorece a alta presença de S. brasiliensis entre humanos, sendo a espécie mais incidente no país. O tratamento atual apresenta opções escassas, sendo as principais, a solução saturada de iodeto de potássio, itraconazol, terbinafina e anfotericina B, que expressam, como principais problemas, seus efeitos adversos e toxicidade, em alguns casos. Fatores como o aumento de cepas resistentes a estes antifúngicos, o custo e duração prolongada do tratamento e efeitos adversos, têm impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, e as plantas medicinais e seus fitoconstituintes vem sendo amplamente investigadas nesse sentido. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar a atividade antifúngica do monoterpeno (-)-Carveol, apontar alvos moleculares, sua interação medicamentosa com antifúngicos de referência, visualizar sua atuação na célula fúngica e analisar sua toxicidade. Para análise da atividade antifúngica do (-)-Carveol frente S. brasiliensis, foram realizadas a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e da Concentração Fungicida Mínima (CFM), análise de interação com sorbitol e ergosterol, análise do efeito em combinação com outros fármacos. Além de avaliar a sua citotoxicidade em células de queratinócitos humano (HaCaT), análise in silico das propriedades farmacocinéticas e toxicológicas ADMET (absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade) e predizer o comportamento das ligações químicas por meio do docking molecular. (-)-Carveol apresentou CIM de 256 µg/mL sobre a maioria das cepas testadas, com caráter fungicida. Os resultados sugerem que esta atividade não ocorre sobre a parede celular fúngica e nem pela complexação do monoterpeno ao ergosterol da membrana fúngica. A associação do (-)-Carveol com o itraconazol apresentou efeito antagonista. A viabilidade celular foi mantida acima de 50% nas concentrações de 256 µg/mL e 512 µg/mL na linhagem celular testada. Nos estudos in silico, (-)-Carveol apresentou baixa probabilidade de interações medicamentosas farmacocinéticas e toxicidade, melhor distribuição nos tecidos e no plasma quando comparado ao itraconazol; bem como não foi hepatotóxico, não apresentou riscos de mutagenicidade, tumorigenicidade, características apresentadas pelo itraconazol. O (-)-Carveol e o itraconazol interagem ligando-se ao sítio ativo da CYP51, porém o itraconazol apresentou prioridade de ligação, e maior afinidade pelo sítio de ligação. O presente estudo demonstra que (-)-Carveol representa uma potencial alternativa no tratamento da esporotricose e no controle de disseminação do fungo, sendo necessários mais estudos que identifiquem seu mecanismo de ação, além de alternativas que melhorem sua citotoxicidade.
  • MATHEUS KELVIN DO NASCIMENTO MELCHIADES
  • Mecanismo de ação preventivo da Spirulina platensis na hipercontratilidade induzida por ocitocina em útero de ratas Wistar com dismenorreia primária”
  • Data: 26/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • A dismenorreia primária (DisP) é responsável pela dor pélvica crônica que afeta mulheres, podendo estar relacionada a fatores genéticos, sociais e comportamentais. O tratamento medicamentoso dessa condição inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e medicamentos antiespasmódicos, porém, um número significativo de mulheres não obtém resposta satisfatória com essas terapias. Em estudos anteriores foi observado que a DisP aumentou a eficácia contrátil uterina em resposta à ocitocina e a suplementação com Spirulina platensis (SP) na dose 100 mg/kg preveniu esses efeitos em útero de ratas Wistar. Dessa forma, decidiu-se investigar o mecanismo de ação farmacomecânico pelo qual a SP preveniu as alterações de reatividade contrátil farmacomecânica induzidas pela DisP em útero de rata. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (certidão 4080310124). Ratas Wistar virgens foram divididas nos grupos: 1) controle (GC); 2) Ratas com DisP (DisP), 3) Ratas com DisP e suplementadas com SP 100 mg/kg (DisP + SP) e, 4) Ratas com DisP que receberam a droga padrão escopolamina + dipirona (DisP + DP). Os animais receberam, 24 horas antes da eutanásia, o dietilestilbestrol (1 mg/kg, s.c.) para indução do estro. Após a eutanásia, o útero foi isolado, limpo e suspenso em cubas de banho para órgãos em condições experimentais apropriadas. As contrações isométricas induzidas pela ocitocina eram monitoradas adequadamente. Assim, foram avaliados a participação das vias das ciclo-oxigenase (COX) , estresse oxidativo e óxido nítrico (NO). Com base nos resultados obtidos, observou-se que a DisP aumenta a eficácia contrátil uterina devido ao aumento da atividade dos prostanoides contráteis, diminuição da atividade da superóxido dismutase e aumento da atuação da enzima NADPH oxidase, além de favorecer a reação do NO com o ânion superóxido formando peroxinitrito. Ademais, esses efeitos são prevenidos pela suplementação com S. platensis, por meio da inibição da via das COX, diminuição na expressão das espécies reativas de oxigênio (ROS), modulação negativa da NADPH oxidase e diminuição da atividade da síntase de óxido nítrico. Esses dados evidenciam que no útero de ratas há alterações na contratilidade uterina provenientes da DisP prevenidas pela suplementação com SP, sendo assim, caso esses resultados ocorram em mulheres, a SP poderia ser utilizada como suplemento alimentar na prevenção de danos oxidativos e desregulações contráteis uterinas em mulheres com DisP.
  • MAYARA THAYS ALCÂNTARA DA COSTA
  • DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS POLIMÉRICAS CONTENDO EXTRATO DE Cannabis sativa COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTI-LEISHMANIA
  • Data: 26/09/2024
  • Hora: 13:00
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  • As leishmanioses são infecções, em grande parte, zoonóticas, que são endêmicas em países em desenvolvimento, como o Brasil. A Leishmania infantum é a forma mais grave das leishmanioses. Cannabis sativa é uma planta oriunda do continente asiático, bastante utilizada, com inúmeros alvos farmacológicos com promissora aplicação em tratamento de leishmanioses. A nanotecnologia é uma área inovadora que busca o alívio e cura de doenças de maneira menos invasiva. Entre os nanossistemas existentes, destaca-se a nanocápsula polimérica. Ela apresenta um revestimento formada por polímero, e pode carregar internamente fármacos. Tais sistemas são vantajosos pois acarreta uma liberação controlada do fármaco, diminuindo efeitos adversos, gerando menos desconforto, aumentando a biodispinibilidade e eficácia do fármaco, consequentemente aumentado a adesão dos pacientes ao tratamento. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi desenvolver nanocápsulas de policaprolactona e nanocápsulas funcionalizadas com Lipoid-PEG 5000 e quitosana contendo extrato de Cannabis sativa para aplicação em formas promastigotas de Leishmania infantum. Desta forma, o extrato de Cannabis sativa foi caracterizado através de cromatografia gasosa acoplada a espectrofotometria de massas. A partir disso, as nanocápsulas de policaprolactona (PCL) 80 com o extrato foram desenvolvidas, otimizadas através do uso do planejamento experimental do tipo Box-Behnken e funcionalizadas com quitosana e Lipoid-PEG 5000 usando o método de polimerização interfacial. Os nanossistemas foram caracterizados através das análises de tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta, espectroscopia de infravermelho e microscopia eletrônica de varredura. As nanocápsulas também foram submetidas a ensaio de estabilidade, sendo armazenadas à diferentes temperaturas. As nanocápsulas foram dosadas e a eficiência de encapsulação foi analisada a partir da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Ademais, o Teste de viabilidade na forma promastigota de Leishmania infantum foi executado para analisar a CI50 das nanocápsulas De acordo com a cromatografia gasosa acoplada a espectrofotometria de massas, o composto majoritário do extrato foi o canabidiol. As nanocápsulas de policaprolactona e canabidiol (NCBDP) e nanocápsulas contendo canabidiol funcionalizadas com L-PEG (NCBDLP) e quitosana (NCBDQ), apresentaram tamanhos 174,4±1,2 nm, 197±2,6 nm e 269,8±4,5 nm, respectivamente. Com índice de polidispersão (PDI) 0,11±0,02, 0,1±0,04, 0,26±0,02, respectivamente e potencial zeta -32,77±0,9, -24,95±0,5 e 43,31±0,3, respectivamente. A espectroscopia de infravermelho detectou a presença dos principais grupos funcionais. Em geral, as nanocápsulas apresentaram homogeneidade e estabilidade. NCBDP, NCDLP e NCBDQ apresentaram eficiência de encapsulação de 99,3%, 99,8% e 99,8%, respectivamente. O teste de viabilidade na forma promastigota de Leishmania infantum demonstrou CI50 35,04 e 12,50, para NCBDP e NCBDQ respectivamente. Diante destes resultados, as nanocápsulas encapsuladas com extrato de Cannabis sativa podem se tornar uma alternativa para o tratamento da leishmaniose.
  • RAUEL ALVES NOBRE
  • Caracterização de Micro e Nanopartículas de Drogas Vegetais Medicinais por diferentes Técnicas Analíticas
  • Data: 24/09/2024
  • Hora: 15:00
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  • Os produtos naturais, vêm, nas últimas décadas, assumindo um importante papel para a sociedade no tratamento de enfermidades, sendo oriundo dos costumes tradicionais e sabedoria popular. A garantia da eficácia e segurança de seus tratamentos depende de diversos fatores, entre eles boas propriedades físico-químicas, devendo ser observada a legislação vigente. Esse estudo objetivou caracterizar micro e nanopartículas de M. urundeuva, S. obtusifolium e Z. joazeiro por diferentes técnicas analíticas, a fim de se obter dados que busquem qualificar e especificar essas drogas vegetais. Foram determinados seus perfis termoanalíticos por Termogravimetria (TG) pelo método da tangente e Análise térmica diferencial (DTA) pela mensuração de suas entalpias de combustão correspondentes às principais etapas de degradação. Para a Análise de Micropartículas, foram obtidas as faixas de tamanho, número e volume no intervalo entre ≤ 6,25µm e ≥ 150 µm, bem como seus aspectos morfológicos como Circularidade, Convexidade e Alongamento, por Morphologi G3SE. A quantificação de Nanopartículas foi possível a partir da prévia dispersão aquosa e filtração das drogas vegetais e análise do rastreamento de suas nanopartículas por NTA, Nanosight NS-300. Os resultados obtidos revelaram perfis térmicos distintos entre as diferentes populações das três espécies de drogas vegetais. Os aspectos morfológicos traduziram um maior número de partículas ≤ 6,25µm e uma maior quantidade em volume ≥ 150 µm em praticamente todas as populações de drogas vegetais. O rastreamento de nanopartículas obteve curvas polimodais com tamanhos variando entre 10-760nm para a maioria das drogas. Esse estudo atendeu aos objetivos propostos na caracterização térmica por TG e DTA, sendo possível distinguir as drogas vegetais. Seu perfil morfológico, por meio de Morphologi G3SE, permitiu avaliar a tecnologia utilizada na obtenção das drogas, e a determinação quantitativa das nanopartículas de drogas vegetais medicinais foi possível utilizando o Nanosight NS-300. Essas tecnologias se mostram bastante promissoras para a caracterização e controle de qualidade de drogas vegetais medicinais.
  • KARINNE KELLY GADELHA MARQUES
  • SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL IN VITRO DE UMA NANOCÁPSULA CONTENDO ÓLEO DE COPAÍBA (Copaifera sp.) EM CÉLULAS DE ADENOCARCINOMA MAMÁRIO HUMANO
  • Data: 24/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • O câncer de mama é um dos tipos neoplásicos mais incidentes no Brasil e no mundo, com tratamento limitado devido à resistência tumoral e/ou toxicidade das alternativas disponíveis. Nesse contexto, produtos naturais e seus derivados têm sido amplamente investigados como fontes promissoras para novos compostos com atividade antineoplásica. O óleo de copaíba, um potente derivado natural extraído do tronco das árvores do gênero Copaifera, possui atividade anticancerígena reconhecida. No entanto, seu uso pode ser limitado devido a sua alta volatilidade e lipofilicidade. Nanocápsulas poliméricas são sistemas de carreamento de compostos que podem trazer benefícios, como melhor estabilidade para o bioativo, maior penetração nas células tumorais e, consequentemente, melhor atividade farmacológica. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antitumoral de uma nanopartícula polimérica do tipo nanocápsula contendo óleo de copaíba (NPOC) em linhagens de células de adenocarcinoma mamário. Para isso, foi feito um estudo de pré-formulação de NPOC, seguido de caracterizações morfológicas e físico-químicas, além de estudos de estabilidade e internalização celular. NPOC mostrou-se com parâmetros desejados para uma nanopartícula e foi capaz de penetrar nas células de neoplasia mamária (MCF-7). Quando testada em linhagens de câncer de mama como MCF-7 e MDA-MB-231, a NPOC mostrou- se citotóxica (CI50 de 25 ± 0,83 e 31 ± 0,75 μg/mL, respectivamente), com atividade superior ao óleo de copaíba isolado (OC) (CI50 de 49 ± 2,1 e 63 ± 1,86 μg/mL, respectivamente). Além disso, nas linhagens não tumorais MCF-10A e HEK-293, apresentou toxicidade reduzida, mostrando-se mais seletiva que OC e que a droga padrão doxorrubicina (DXR). A linhagem MCF-7, por sua maior sensibilidade nos estudos de citotoxicidade, foi selecionada para experimentos subsequentes. Nos estudos de tipo de morte celular com laranja de acridina/iodeto de propídeo (LA/IP) e Hoechst 34580, NPOC mostrou-se capaz de induzir apoptose, levando as células a apresentarem características como formação de blebs de membrana e alterações nucleares, com resultados superiores ao OC. Nos estudos de alterações mitocondriais por JC-1, foi possível observar perda de potencial de membrana das mitocôndrias, indicando via de apoptose intrínseca induzida por NPOC e OC, sendo a resposta mais pronunciada com o tratamento com o nanossistema. Em estudos sobre o estado redox celular, o pré-tratamento com N-Acetilcisteína (NAC) revelou que tanto a NPOC quanto o OC induzem estresse oxidativo, sugerindo um possível mecanismo citotóxico. Além disso, experimentos de citotoxicidade com cultivo tridimensional de esferoides demonstraram que a NPOC foi eficaz na redução do tamanho dos microtumores (82,6% na CI50) e na diminuição do raio de migração celular (88% na CI50), com desempenho superior ao OC. Dessa forma, conclui-se que NPOC apresenta melhora de atividade antitumoral quando comparado com OC, com alta seletividade sobre células de câncer de mama, por meio de mecanismos envolvendo morte celular por apoptose e a via de estresse oxidativo.
  • ISIONE OLIVEIRA CASTRO
  • Citotoxicidade e potencial efeito antitumoral in vitro da organotelurana RF07(4-{2-Cloro-3-[clorometilideno]-1-oxa-2- (λαμβδα)4-teluraspiro [3.5]non-2-il}fenil Metil Éter) em células de adenocarcinoma mamário humano
  • Data: 24/09/2024
  • Hora: 08:30
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  • O câncer de mama é o tipo de câncer mais prevalente e a principal causa de mortalidade entre mulheres. A quimioterapia é a modalidade mais empregada no tratamento, porém apresenta limitações, principalmente relacionadas à alta toxicidade e desenvolvimento de resistência aos medicamentos. Considerando que as organoteluranas apresentam potencial antitumoral, o objetivo deste estudo foi aprofundar a investigação da citotoxicidade e dos efeitos antitumorais in vitro da organotelurana RF07 na linhagem celular de adenocarcinoma mamário humano, MCF-7. A citotoxicidade foi avaliada utilizando o ensaio de brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT) em células tumoral (MCF-7) e não tumoral (MCF-10A) humanas de mama. A RF07 apresentou uma concentração inibitória média (CI50) de 3,3 ± 0,08 μM e 21,16 ± 0,9 μM para MCF-7 e MCF-10A, respectivamente, após 72 horas de tratamento, mostrando seletividade 6 vezes maior para a linhagem tumoral (IS: 6,41). Para avaliar os mecanismos de ação da RF07 foram investigados seus efeitos no ciclo celular, na apoptose, na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e o potencial citotóxico em esferoides tumorais. A RF07 alterou a progressão do ciclo celular, aumentando o percentual de células na fase S e na fração sub-G1, após 48 horas de tratamento. Houve um aumento no percentual de células em apoptose, detectado por citometria de fluxo após a marcação celular com anexina V-FITC e iodeto de propídeo (IP). Análises microscópicas confirmaram o efeito apoptótico da RF07, mostrando características morfológicas indicativas, como alterações nucleares (cromatina condensada e/ou fragmentada) e na permeabilidade da membrana mitocondrial. O pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC) preveniu significativamente a citotoxicidade, sugerindo que a RF07 induz citotoxicidade por meio da produção de EROs. Além disso, a RF07 reduziu o tamanho e o raio de migração de esferoides tumorais, confirmando sua ação citotóxica neste modelo experimental. Em conclusão, os resultados indicam que a RF07 apresenta atividade antitumoral in vitro em células de adenocarcinoma mamário humano MCF-7, promovendo alterações no ciclo celular, aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e induzindo a apoptose.
  • IZABELE DE SOUZA ARAÚJO
  • Preparação, caracterização físico-química e avaliação in vitro da atividade anti-leishmania de nanopartículas de PLA encapsuladas com o derivado 2 amino tiofênico SB83
  • Data: 19/09/2024
  • Hora: 09:00
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  • A leishmaniose é uma doença negligenciada que afeta milhões de pessoas globalmente, sendo um grave problema de saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Este estudo teve como objetivo desenvolver e caracterizar nanopartículas poliméricas de poli (ácido lático) (PLA) encapsuladas com o derivado 2-amino-tiofênico e candidato à fármaco anti-leishmania SB83 visando o aprimoramento da eficácia e/ou segurança do tratamento da leishmaniose. As nanopartículas foram preparadas utilizando o método da nanoprecipitação, seguido do desenvolvimento de um método de quantificação por HPLC conforme as diretrizes do ICH (Q2) e ANVISA. As nanopartículas foram caracterizadas quanto ao tamanho, índice de polidispersão (PDI), potencial zeta, morfologia, eficiência de encapsulação (EE) e cinética de liberação do fármaco. Ensaios in vitro foram realizados para determinar a citotoxicidade (CC50) em macrófagos, a eficácia contra promastigotas (CI50) e amastigotas axênicas (CE50) em cepas de Leishmania amazonensis. Os resultados indicaram que as nanopartículas com o SB83 em suspensão (NPSB83), liofilizadas (NPSB83FD) e liofilizadas com trealose (NPSB83TFD) apresentaram tamanhos médios de 205,7 ± 4,75 nm, 273,2 ± 0,11 nm e 207,6 ± 0,08 nm, respectivamente, com PDI de 0,274 ± 0,04, 0,425 ± 0,03 e 0,355 ± 0,03, e potenciais zeta (mV) de -20,4 ± 0,65, -19,6 ± 0,12 e -18,1 ± 0,19, respectivamente. A EE foi de 64,92% ± 0,12 e 88,43% ± 0,8 para os métodos direto e indireto, respectivamente. Análises por microscopia eletrônica de transmissão confirmaram a morfologia esférica e a distribuição uniforme das partículas, sem evidências de agregação. A cinética de liberação in vitro revelou uma liberação lenta do SB83 a partir das nanopartículas, alcançando 72,82% para NPSB83, 69,47% para NPSB83FD e 90,48% para NPSB83TFD durante 96 horas. O desenvolvimento do método analítico por HPLC para quantificação do SB83 mostrou alta linearidade com concentrações de 4 a 16 µg/mL, com R² de 0,9999. O método demonstrou seletividade com adição de interferentes na matriz, utilizando as nanopartículas brancas. A repetibilidade e precisão intermediária demostraram que o método possui boa precisão, apresentando DPR% inferiores a 2%. O método foi exato e demonstrou valores de recuperação entre 101,75% e 103,75%, com DPR% entre 0,27% e 1,15%. Os limites de detecção e quantificação foram de 0,12 µg/mL e 0,36 µg/mL, respectivamente, indicando alta sensibilidade. Contudo, o método não foi robusto para variações no fluxo, temperatura e proporção da fase móvel. Os testes de citotoxicidade in vitro em macrófagos RAW 264.7 revelaram uma redução significativa (p < 0,0001) na citotoxicidade das nanopartículas encapsuladas com SB83 (CC50 entre 182,25 ± 8,27 e 194,63 ± 9,42) em comparação ao SB83 livre (CC50 = 105,51 ± 6,11) e ao medicamento de referência miltefosina (CC50 = 119,74 ± 8,53). Os ensaios de atividade anti-leishmania demonstraram que tanto o SB83 livre quanto as nanopartículas foram mais eficientes em inibir o crescimento das formas promastigotas de Leishmania amazonensis do que a miltefosina, entretanto o fármaco livre apresentou os menores valores de CI50 (5,72 ± 0,46 µM). Frente as formas amastigotas axênicas não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as atividades do SB83 livre, nanoencapsulado e a miltefosina, entretanto todas as nanopartículas apresentaram índices de seletividade 50% superiores, promovendo um significativo ganho na segurança terapêutica. Portanto, as nanopartículas de PLA encapsuladas com SB83 são uma estratégia promissora para o tratamento da leishmaniose, oferecendo liberação controlada do fármaco, estabilidade coloidal e ganhos na segurança terapêutica.
  • LARISSA ALVES DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE CEPAS CLÍNICAS DE Sporothix spp ISOLADOS DA PARAÍBA E POTENCIAL ANTIFÚNGICA DO (-) – MIRTENOL COMO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA
  • Data: 04/09/2024
  • Hora: 09:30
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  • A esporotricose é uma micose subcutânea, de curso subagudo ou crônico, capaz de acometer tanto os humanos quanto os animais. Essa infecção é causada pelo fungo pertencente ao gênero Sporothrix, de distribuição geográfica cosmopolita. Segundo o boletim epidemiológico da secretaria de saúde do estado da Paraíba, o número de casos notificados da doença foi crescente nos últimos anos, logo faz-se necessário compreender a distribuição populacional das espécies isoladas no estado. Além disso, o aumento de resistência antifúngica, custo do tratamento com antifúngicos atuais e seu limitado arsenal disponíveis, tem impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, e as plantas medicinais e seus fitoconstituintes vem sendo amplamente investigadas. Em vista disso, o objetivo desse estudo foi analisar a diversidade genética, a distribuição do tipo acasalamento e avaliar a atividade antifúngica do (-) - mirtenol em isolados clínicos de esporotricose humana na Paraíba-Brasil. Para isso, um total de 36 culturas de Sporothrix spp., de casos confirmados de esporotricose, previamente isolados de pacientes atendidos no Hospital Universitário Lauro Wanderley foram utilizados e seus dados clínicos e demográficos coletados. Foi realizada a identificação das espécies utilizando a técnica de PCR espécie – específica com marcadores direcionados ao gene da calmodulina. O idiomorfo do tipo acasalamento das espécies foi identificado por PCR utilizando primers visando a MAT1-1 e MAT1-2 loci. AFLP foram utilizadas para genotipagem dos isolados. Para análise da atividade antifúngica do (-) – mirtenol frente as espécies ensaiadas foram realizadas a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM), a formação de biofilme e atuação desse monoterpeno sobre o biofilme na fase de adesão e maduro, além de avaliar a citotoxicidade do (-) – mirtenol em células de queratinócitos humano (HaCaT). Como resultado, a distribuição da doença identificou que os casos ocorreram na capital de João Pessoa e região metropolitana. Entre os 36 isolados de Sporothrix, 75% acometeram o sexo feminino, com ocorrência de 69% na forma linfocutânea, e 98% da transmissão foi pela via zoonótica. Todos isolados foram identificados pelos métodos moleculares como S. brasiliensis e detectado a presença de um único idiomorfo sexual, MAT1-2, provável que esta espécie seja originária do genótipo de espécies do Rio de Janeiro. Os resultados do AFLP indicam a possibilidade de circulação de um ou dois grupos genéticos em João Pessoa e na região metropolitana. O (-) - mirtenol apresentou forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de S. brasiliensis testadas, com 84% das cepas testado com CIM em 128 µg/mL e CFM de 256 µg/mL, exibindo ação fungicida, também foi capaz de reduzir significativamente a formação do biofilme e inibição do biofilme maduro. Na citotoxicidade, o monoterpeno não reduziu a viabilidade celular de forma significativa na CIM (128 µg/mL). Diante dos resultados expostos, nossos dados caracterizaram geneticamente pela primeira vez isolados da Paraíba, observando uma baixa variação intragenotípica. Os achados desta pesquisa sugerem que (-) - mirtenol representa uma nova e promissora alternativa terapêutica no tratamento de infecções fúngicas causadas por Sporothrix spp.
  • DANIEL WILSON ARRUDA MAGALHAES
  • Efeito imunomodulador da ouabaína em células de neuroblastoma humano infectadas pelo ZIKV
  • Data: 30/08/2024
  • Hora: 09:30
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  • A ouabaína (OUA) faz parte da família dos esteroides cardiotônicos e classicamente atua como inibidor da Na+/K+-ATPase. Atualmente sua atividade imunomoduladora e antiviral já foi relatada em diversos estudos. O Zika vírus (ZIKV) é um arbovírus capaz de ocasionar distúrbios neurológicos, nesse contexto, a resposta inflamatória desregulada desempenha um papel importante durante a patogênese neural do vírus Zika (ZIKV). Atualmente, não existem vacinas ou antivirais disponíveis para tratar a doença causada pelo ZIKV. Dessa forma, diante das potencialidades da OUA, esse trabalho teve como objetivo avaliar sua atividade antiviral e anti-inflamatória contra o ZIKV, utilizando linhagem celular de neuroblastoma humano (SH-SY5Y). Inicialmente, as células SH-SY5Y foram tratadas com diferentes concentrações de OUA para avaliar a citotoxicidade da substância. Em seguida, após 1 hora de infecção pelo ZIKV (multiplicidade de infecção: 0.1), as células SH-SY5Y foram tratadas com OUA (18 nM) e as concentrações de citocinas pró-inflamatórias foram determinadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) e o título de ZIKV foi analisado pelo ensaio TCID50. Também foi avaliado por ELISA a produção das citocinas no sobrenadante de cocultura entre células SH-SY5Y infectadas com ZIKV e macrófagos humanos. OUA reduziu significativamente a liberação de interleucina (IL)-6 induzida pelo ZIKV (em 25%), do fator de necrose tumoral (TNF)-α (em 50%) e o título de ZIKV (99,9%). Na cocultura o tratamento com OUA das SH-SY5Y infectadas com ZIKV reduziu expressivamente a produção de IL-1B pela cocultura. Além disso, as vias de sinalização intracelular foram avaliadas por citometria de fluxo. Os resultados mostraram que a redução de IL-6 e TNF-α foi acompanhada pela supressão de NF-κB (em 75%), demonstrando a atividade anti-inflamatória da OUA durante infecção pelo ZIKV. Em adição, o tratamento com OUA foi capaz de restaurar a homeostase da fosforilação de mTOR, ERK e p38, destacando o potencial desta molécula na prevenção de danos à neurogênese causados pelo ZIKV. Em conjunto, esses dados evidenciam pela primeira vez a atividade anti-ZIKV e anti-inflamatória da OUA contra a infecção por ZIKV em linhagem de neuroblastoma humano. Além disso, este estudo contribui para confirmar a eficácia de esteroides cardiotônicos como potenciais agentes antivirais e imunomoduladores, tornando a OUA uma candidata promissora contra o ZIKV.
  • RODRIGO SILVA DE ANDRADE
  • Isolamento, elucidação estrutural e avaliação da atividade antineuroinflamatória de novos sesquiterpenos de Anaxagorea dolichocarpa.
  • Data: 29/08/2024
  • Hora: 08:30
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  • O Brasil, por ser o país com a maior biodiversidade do mundo, possuindo mais de 34 mil espécies de plantas, desperta o interesse científico e tecnológico, pois a maioria dos medicamentos da indústria farmacêutica é proveniente de espécies vegetais. Dentre essas, Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith (“paixinho”), vem sendo estudada pelos pesquisadores do PPgPNSB e nela foram isolados constituintes químicos de importância farmacológica, como alcaloides e sesquiterpenos, destacando a espécie como promissora para a continuidade dos estudos. Assim, este trabalho teve como objetivo expandir o conhecimento fitoquímico e farmacológico desta espécie. Para isso, as raízes de Anaxagorea dolichocarpa foram coletadas em maio de 2021 no município de Cruz do Espírito Santo - PB e submetidas a processos de extração e isolamento por métodos cromatográficos clássicos e técnicas hifenadas. Dessa forma, o estudo fitoquímico resultou no isolamento e identificação de dezenove substâncias, as quais tiveram suas estruturas determinadas inequivocamente por meio da análise dos dados de RMN, EM e IV, juntamente com cálculos teóricos de RMN (DP4+) e ECD. Foram isolados dezoito sesquiterpenos macrociclicos do tipo humuleno inéditos na literatura, denominados de dolichocarpols G-X (1−18) e um que já havia sido isolado previamente (nordine), porém neste trabalho foi feita a correção da sua estrutura bem como a determinação da sua estereoquímica absoluta por Raios-X e ECD. Ainda, as substâncias foram testadas para avaliar sua citotoxicidade e atividade antineuroinflamatória em uma linhagem celular BV2 estimulada com LPS/IFN-γ. Os compostos dolichocarpols G, K, N, O e T além de não apresentarem citoxicidade aparente, reduziram significativamente os níveis de NO nas células BV2 em concentrações variando de 25 a 200 μM, chegando a atingir um efeito máximo semelhante ao do controle (quercetina). Além disso, possíveis interações entre esses compostos e a enzima iNOS foram previstas por meio de estudos in silico, e os resultados demonstraram que os compostos apresentaram valores de probabilidade de atividade superiores a 0,5, indicando afinidade pelo alvo e que os complexos formados são estáveis, com baixas flutuações na estrutura terciária da enzima. Portanto, esses achados ampliam a compreensão sobre a diversidade estrutural e atividade biológica dos sesquiterpenos macrocíclicos humulenos da família Annonaceae e da espécie Anaxagorea dolichocarpa, contribuindo para o seu conhecimento fitoquímico e farmacológico.
  • DAVI AZEVEDO FERREIRA
  • Perfil imunomodulador do γ-benzilideno digoxina 8 (BD-8) em macrófagos peritoneais murinos
  • Data: 28/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • Os Esteroides Cardiotônicos (ECTs), são compostos naturais que apresentam várias atividades biológicas e que possuem a capacidade de interagir e gerar inibição na Na+/K+-ATPase. A secreção de algum desses esteroides (marinobufagina e ouabaína) é estimulada pelo aumento da concentração plasmática de sódio, angiotensina II e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Baixas concentrações de ouabaína, não inibem a bomba, mas promovem alterações conformacionais na Na+/K+-ATPase. Os ECTs apresentam a capacidade de gerar modulações na atividade do sistema imunológico, atuando no processo inflamatório, modulando moléculas como a Proteínas Kinases Ativadas por Mitógenos (MAPK) p38, CD18 e do Fator Nuclear kappa-B (NF-κB). O BD-8, é um novo ECT sintético derivado da digoxina. No entanto não se conhece o efeito biológico desse novo composto. Com isso, o presente estudo objetivou investigar a atividade imunomoduladora do BD-8 in vitro e desvendar os possíveis mecanismos envolvidos nessa atividade. Para isso, camundongos Swiss fêmeas foram previamente estimulados com uma injeção intraperitoneal (i.p.) de tioglicolato para a realização da cultura de macrófagos peritoneais. As células foram estimuladas com zymosan (ZYM) (0,2 mg/mL) e/ou tratadas com diferentes concentrações do BD-8 (1nM, 10nM, 100nM, 1μM, 10μM, 100μM). As células foram submetidas a um ensaio de MTT (Brometo de 3-metil-[4-5dimetiltiazol-2-il] -2,5 difeniltetrazólio), para determinação da citotoxicidade, além de serem submetidas a ensaio de dosagem de óxido nítrico (NO), pelo ensaio usando solução de Griess. A dosagem de citocinas (IL-1β, IL-6, TNF-α e IL-10) foi feita pelo ensaio de ensaio imunoenzimático (ELISA) do tipo sanduíche. A capacidade fagocítica foi feita por dois ensaios, ambos em placa de 24 poços (5x106 células/poço) e analisada a quantidade de ZYM fagocitado, sendo considerado com atividade fagocítica quando apresentava mais de três partículas de ZYM fagocitadas; e o ensaio com partículas fluorescentes de RedZYM e posteriormente analisada as partículas fagocitadas por citômetro de fluxo. A sinalização celular, as células foram fixadas, permeabilizadas e marcadas com anti-Akt, anti-mTOR, anti-iNOS, anti-p-p38, anti-p-ERK1/2, anti-p-NF-κB, anti-p-Src e anti-COX-2, as células foram ajustadas a 1x106 células/tubo de citômetro, e feita a leitura de 10.000 eventos em citômetro de fluxo. Como resultado, foi visto que o BD-8 apresentou atividade citotóxica na maior concentração testada (100μM), sendo então excluída dos experimentos subsequentes. A produção de NO foi modulada negativamente pelo BD-8 nas concentrações de 1μM (19,40%) e 10μM (32,08%). O tratamento com o BD-8, na concentração de 10μM, foi capaz de reduzir em 17% o nível da citocina IL-1β, já na concentração de 100nM foi capaz de aumentar em 39% o nível da IL-10. A capacidade fagocítica do ZYM em macrófagos foi diminuída no grupo tratado na concentração de 10μM (13,5%), bem como, na mesma concentração, reduziu a atividade fagocítica (36%) de partículas de RedZYM. O BD-8 foi capaz de modular negativamente as vias: da iNOS, Akt/mTOR, p38/ERK, translocação de NF-κB e Src, porém não modulou as EROs e COX-2. Dessa forma, este trabalho contribui para um melhor entendimento do efeito biológico da BD-8 e do papel imunológico desse esteroide cardiotônico.
  • JULIO CESAR PINHEIRO LUCIO DE OLIVEIRA
  • A microemulsão de galato de octila exerce ação antitrombótica em ratos.
  • Data: 28/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • O galato de octila é um composto fenólico derivado do ácido gálico que possui ação anti-inflamatória e antagonista do ATP, além de ter uma baixa toxicidade. Contudo, não é descrito na literatura qualquer estudo dessa molécula sobre o sistema cardiovascular ou hemostático. No entanto, sua baixa solubilidade em água tem sido um obstáculo para sua aplicação e investigação farmacológica. Neste sentido,esse estudo visa, assim, desenvolver uma microemulsão de galato de octila (MEGO) para aplicação como antiagregante plaquetária, anticoagulante, vasorrelaxante e antitrombótica. A MEGO, produzida com Cremophor EL, triglicerídeos de cadeia média e água deionizada, seguindo um planejamento fatorial do tipo Box-Behnken. A microemulsão otimizada apresentou gotículas com tamanho médio de 40 nm, potencial zeta de -15 mV e índice de polidispersão (PdI) de 0,198, mantendo-se estável por um período de 6 meses quando armazenada a 4°C. Testes de hemólise foram realizados para avaliar a segurança da MEGO para aplicação intravenosa, demonstrando que a microemulsão não provocou lise eritrocitária. Assim, foi investigada a ação antiagregante plaquetária e anticoagulante sobre as plaquetas e plasma de ratos. Com esses ensaios foi demonstrado pela primeira vez a ação antiagregante plaquetária da MEGO (Emáx = 37,59 ± 1,49% e CE50 = 0,68 µMol.L—1) frente a estimulação da agregação com ADP. Todavia, a microemulsão não demonstrou qualquer efeito sobre o tempo de protrombina (TP) ou tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) no plasma que foi com a MEGO incubado. Já na avaliação da ação vasorrelaxante da MEGO sobre aorta de ratos, fora observado que ela causava vasorrelaxamento nos anéis tanto na ausência (Emáx = 98,84 ± 1,4% e CE50 = 20,99 µMol.L—1) quanto na presença (Emáx = 100,1 ± 3,6 % e CE50 = 0,99 µMol.L—1) do endotélio, ficando evidente que a ação dependente do endotélio foi devido a estimulação da produção de óxido nítrico. Em vista dessas atividades, fora avaliada a ação antitrombótica da MEGO em animais que a receberam pela via intravenosa. O tratamento com a MEGO 10 mg.Kg-1 aumentou o tempo de obstrução da carótida por trombo estimulado por FeCl3 (tempo = 1.619 ± 40 s) e, supreendentemente, a associação da MEGO 5 mg.Kg-1 com a enoxiparina 5 mg.Kg-1 (anticoagulante) aumentou o tempo de obstrução (tempo = 3.627 ± 19 s) de forma superior aos tratamentos individualizados (nas doses de 5 mg.Kg-1), indicando o sinergismo desses efeitos. Além disso, nos animais tratados com a MEGO e na associação com a enoxiparina o peso do trombo estimado e a área do trombo em relação à carótida foram menores. Também, observou-se que o tratamento com a MEGO reduzia a agregação plaquetária e o TP e o TTPa não eram alterados. Já a associação da MEGO 5 mg.Kg-1 com a enoxiparina 5 mg.Kg-1 aumentou o TTPa tanto em relação ao controle quanto ao grupo tratado apenas com enoxiparina 5 mg.Kg-1. Esses resultados destacam o potencial terapêutico da MEGO como agente antitrombótico e sua possível utilidade em combinação com outros anticoagulantes para o tratamento de distúrbios trombóticos.
  • RUBENS DA SILVA ARAUJO
  • Estudo anatomopatológico da lesão pulmonar aguda em camundongos tratados com extrato de Musa paradisiaca Linnaeus (Musaceae)
  • Data: 27/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • As doenças respiratórias representam um enorme desafio à saúde humana, dentre elas podemos destacar a lesão pulmonar aguda, que é uma doença inflamatória que afeta o parênquima pulmonar e sua progressão apresenta altas taxas de morbimortalidade. Não há tratamento efetivo para esta doença, por isso, alternativas terapêuticas são buscadas. A inflorescência da bananeira é rica em polifenóis e flavonoides, que possuem atividade anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana, justificando sua investigação neste modelo de doença. Este estudo objetivou avaliar a capacidade do extrato hidroalcóolico de Musa paradisiaca Linnaeus de atenuar a lesão pulmonar aguda induzida por lipopolissacarídeo em camundongos e a via de sinalização associada ao seu efeito. Para tal, 20 camundongos machos da linhagem Swiss foram divididos em 4 grupos experimentais, e após o tratamento foram eutanasiados. Houve a macroscopia pulmonar, a microscopia com colorações de rotina e imunohistoquímica utilizando os anticorpos anti-NF-kB, anti-TNF-α e anti-IL-17. Foi realizada a histomorfometria e os dados foram tabulados e analisados mediante análise de variância (ANOVA) “one way” e pós-teste de Tukey, com nível de significância estatística de 5% (p<0.05). Como resultado, evidenciamos a redução da migração neutrofílica para o parênquima pulmonar, aumentando os espaços alveolares. Diminuição da expressão de citocinas pró-inflamatórias, e redução da deposição de fibras colágenas, prevenindo a fibrose. Houve a inibição da via de sinalização TLR4/NF-κB e a ativação da IL-17.
  • MARIA CAROLINE RODRIGUES BEZERRA REMIGIO
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO MONOTERPENO HIDROXICITRONELAL POR MEIO DE ABORDAGENS in vivo E in silico
  • Data: 12/08/2024
  • Hora: 14:30
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  • A dor é descrita como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou que se assemelha a um dano real ou potencial ao tecido, sendo um importante sistema de defesa do organismo. Porém, as condições de dor, apresentam grande impacto na qualidade de vida da população. A busca de novos analgésicos tem sido prioridade para os pesquisadores em farmacologia e para a indústria farmacêutica, procurando por fármacos mais seguros e eficazes. Nesse sentido, os produtos naturais apresentam diversos compostos bioativos potenciais para o tratamento da dor, dentre tais compostos encontra-se o hidroxicitronelal (HC), monoterpeno promissor para a regulação dos processos nociceptivos. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo investigar a o efeito antinociceptivo do HC por meio de metodologias in silico e in vivo. Inicialmente foram realizados os estudos in silico, utilizando a ferramenta de docking molecular, com o intuito de avaliar a energia de ligação e interação do HC com importantes alvos envolvidos na resposta nociceptiva. Após isso, foi feito os estudos in vivo, nos quais foram utilizados camundongos albinos Swiss (Mus musculus) machos, com cerca de 3 meses de idade, os quais foram submetidos ao Teste de Contorções Abdominais Induzidas por Ácido Acético, Teste da Placa Quente, Teste da Formalina, Teste de Nocicepção Induzida pela Injeção Intraplantar do Glutamato, e posteriormente, avaliado a participação da via opioide no teste da formalina. Para análise estatística dos estudos in vivo foi realizado o teste de Shapiro-Wilk, para verificar a normalidade dos dados, e em seguida os dados foram analisados através da Análise de Variância "one-way" (ANOVA), seguido do post hoc de Tukey, sendo considerados significativos quando p < 0,05. Os resultados dos estudos computacionais mostraram que o HC possui boa energia de ligação com 7 das 12 proteínas estudadas, sendo elas o receptor 5-HT2B, a enzima COX-2, o receptor muscarínico M5, o receptor adrenérgico alfa-2a, o receptor opioide μ e os canais iônicos TRPM3 e TRPV6. Em seguida, foram realizados os estudos in vivo, nos quais foram utilizadas as doses de 12,5, 25 e 50 mg/kg (i.p.) para avaliação da atividade antinociceptiva. No teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, o HC foi capaz de reduzir as contorções de maneira significativa nas três doses quando comparada ao controle, sem diferença entre as doses. Já na primeira fase do teste da formalina, ocorreu redução significativa do tempo de lambida da pata, com o HC em 12,5 mg/kg sendo o com maior redução, fato que se inverteu na segunda fase do teste, no qual as 3 doses obtiveram redução significativa quando comparada ao controle, sendo que o HC em 25 e 50 mg/kg apresentaram menor tempo de lambida quando comparada ao a menor dose (12,5 mg/kg). No teste da placa quente o HC não foi capaz de aumentar a latência para a resposta nociceptiva em nenhuma das doses testadas. Já no teste de nocicepção induzido pelo glutamato, o HC (12,5 mg/kg) foi capaz de diminuir o tempo de lambida nas duas fases do teste em comparação ao controle, e foi observado um efeito antinociceptivo potencializado pela associação do HC com o antagonista glutamatérgico MK-801. Já na investigação da participação da via opioide, o efeito antinociceptivo do HC não foi revertido pelo uso do antagonista opioide naloxona em nenhuma das duas fases do teste da formalina. Diante disso, esse trabalho demonstrou que o HC apresenta interações positivas com diversos alvos reguladores da nocicepção, apresentando efeito antinociceptivo em modelos animais, havendo uma possível atuação por via glutamatérgica.
  • LARISSA ADILIS MARIA PAIVA FERREIRA
  • ATIVIDADES ANTI-INFLAMATÓRIA E IMUNOMODULADORA DE 2-(3-HIDROXI1-METIL-2-OXOINDOLIN-3-IL) ACRILONITRILA (CISACN) NA SÍNDROME DA ASMA E RINITE ALÉRGICA COMBINADAS (CARAS) EXPERIMENTAL
  • Data: 17/07/2024
  • Hora: 14:00
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  • A síndrome da asma e rinite alérgica combinadas (CARAS) é uma doença caracterizada por uma resposta imune do tipo 2 (TH2) nas vias aéreas, acompanhada por um processo inflamatório intenso que afeta amplamente a população mundial. Devido ao comprometimento na qualidade de vida e à falta de farmacoterapia específica, a busca por novas moléculas torna-se relevante. Este estudo teve como objetivo avaliar o tratamento com o aduto de Morita Baylis-Hillman (CISACN) no modelo experimental de CARAS. Para tal, camundongos BALB/c fêmeas foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) por um período de 42 dias e tratados com CISACN nas doses de 6,25; 12,5; ou 25 mg/kg por via oral. O tratamento com o aduto diminuiu o infiltrado de eosinófilos e neutrófilos, a hiperplasia e hipertrofia de células caliciformes e o remodelamento tecidual da cavidade nasal nas doses de 12,5 e 25 mg/kg. A dose de 12,5 mg/kg foi escolhida para dar continuidade as análises por ser a menor dose capaz de promover o efeito anti-inflamatório investigado, sem diferenças estatísticas entre os grupos. Em adição, o CISACN reduziu o infiltrado de eosinófilos e neutrófilos no pulmão revertendo, a nível basal, o número de eosinófilos, a inflamação tecidual pulmonar, a hiperplasia/hipertrofia das células caliciformes, a hiperatividade da via aérea inferior, reduzindo a hiperplasia/hipertrofia do músculo liso e a espessura da matriz extracelular pulmonar. O CISACN reduziu os sinais clínicos de rinite alérgica, como fricção nasal e espirros, em ensaio de hiper-reatividade nasal induzida por histamina. O efeito imunomodulador do CISACN foi observado via a redução dos níveis séricos de IgE total e IgE OVA-específica e o número de eosinófilos no sangue. O tratamento também diminuiu a produção de IL-33, TSLP, IL-17, TNF-α e TGF-β com efeito imuno regulador via diminuição de IL-5, IL-4, IL-13, citocinas do perfil TH2, dependente da produção de IFN-γ, citocina do perfil TH1, mas independente da produção de IL-10, citocina do perfil Tregulador (Treg). Nas análises moleculares, observamos que o CISACN diminuiu, nos granulócitos pulmonares, a ativação da via de sinalização p-p38MAPK/p-NF-κB, independente de p-ERK1/2MAPK. Portanto, os resultados obtidos nesse trabalho demonstram os efeitos anti-inflamatório e imunomodulador do CISACN pela diminuição da migração de células inflamatórias para os tecidos das vias aéreas de animais com CARAS, de citocinas responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção do perfil da CARAS e diminuição na via de sinalização celular responsável pela produção dessas moléculas sinalizadoras. O respaldo científico fornecido por esse trabalho possibilita a utilização do CISACN em formulações farmacêuticas a serem testadas no tratamento de doenças inflamatórias das vias aéreas.
  • ANDRÉ AZEVEDO DOS SANTOS
  • ATIVIDADES ANTIFÚNGICA E ANTIBIOFILME DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lavandula dentata L. E DE L-FENCHONA CONTRA Candida albicans DE ORIGEM BUCAL
  • Data: 05/07/2024
  • Hora: 14:00
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  • A candidíase representa a micose mais comum da cavidade bucal. Candida albicans é a principal espécie causadora, seguida por C. glabrata. De maneira preocupante, os antifúngicos comerciais hoje disponíveis para o tratamento dessa doença, além de frequentemente causarem efeitos colaterais, enfrentam o grave problema da crescente resistência microbiana. Dessa forma, a busca por novos agentes antifúngicos de maior eficácia, menor toxicidade e que possuam um espectro de ação mais amplo torna-se urgente. Diante disso, o presente estudo buscou investigar a atividade e mecanismos de ação antifúngica, bem como a atividade antibiofilme, do óleo essencial de Lavandula dentata L. (OE-LD) do Brasil e do fitoconstituinte L-fenchona contra C. albicans isoladas de pacientes com candidíase bucal, incluindo um isolado resistente ao miconazol. Inicialmente, foi realizada a caracterização fitoquímica do OE-LD e, logo em seguida, um ensaio in silico para investigar as atividades antimicrobianas, características farmacocinéticas e risco de toxicidade de L-fenchona. A atividade antifúngica foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM) e Ensaio de associação com miconazol pela técnica do tabuleiro. Para elucidação de possíveis mecanismos de ação, foram realizados ensaios com Sorbitol e Ergosterol. A atividade antibiofilme foi avaliada na inibição da formação de biofilme, bem como na ruptura do biofilme pré-formado. Adicionalmente, a toxicidade das substâncias foi avaliada em eritrócitos humanos. A caracterização fitoquímica identificou eucaliptol (33.13%), cânfora (18.34%) e fenchona (15.67%) como fitoconstituintes majoritários do OE-LD do Brasil. Na avaliação in silico, L-fenchona demonstrou variadas atividades antimicrobianas, incluindo atividade antifúngica. Nos ensaios de atividade antifúngica, foi observada forte atividade, sobretudo fungicida, para o OE-LD (CIM100=8 μg/mL e CFM=16 μg/mL) e para o fitoconstituinte (CIM90=8 μg/mL e CFM=16 μg/mL) frente aos isolados bucais de C. albicans, inclusive contra duas cepas resistentes ao miconazol. A associação de ambas as substâncias com o antifúngico miconazol resultou em sinergismo. Em relação ao mecanismo de ação, nenhuma das substâncias atua por ligação ao ergosterol, nem provavelmente provocando danos à parede celular. Quanto à atividade antibiofilme, as duas substâncias demonstraram forte efeito inibitório à formação de biofilmes de C. albicans, mas não em romper o biofilme pré-formado. Por fim, no ensaio com eritrócitos humanos, observou-se baixa atividade hemolítica nas concentrações correspondentes às inibitórias. Em suma, os resultados obtidos na presente pesquisa demonstram com ineditismo que o OE-LD e L-fenchona têm potencial para representar futuros fármacos eficazes e seguros para tratamento da candidíase bucal, incluindo suas formas resistentes ao miconazol.
  • FERNANDO FERREIRA LEITE
  • SÍNTESE DE DERIVADOS CHALCONAS E BICHALCONAS COM AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA
  • Data: 28/06/2024
  • Hora: 10:00
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  • As chalconas são uma classe de compostos obtidos através do metabolismo secundário dos vegetais e apresentam uma gama de atividades farmacológicas, que incluem propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anticancerígenas e Leishmanicida. Apesar dos graves problemas de saúde que causa, a Leishmaniose ainda é uma das doenças negligenciadas, se concentrando principalmente em países emergentes como o Brasil. Segundo a OMS (2018) são registrados de 20 a 30 mil mortes anuais causadas por esse parasita. Com isso objetivamos nesse trabalho sintetizar uma série de derivados da classe chalcona, elucidar suas estruturas por técnicas espectroscópicas e avaliar suas propriedades antileishmania. Foram usados reagentes simples, baratos e de fácil acesso, além de técnicas já descritas na literatura como acilação de Friedel-Crafts e condensações de Claisem-Schimidt para a obtenção dos compostos. Técnicas espectroscópicas de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C foram usadas para caracterização dos compostos. Um total de 10 compostos foram selecionados e testados frente a formas promastigotas e amastigotas de Leishmania infantum, onde 3 desses compostos apresentaram poder de inibição, sendo o composto FER13 considerado o mais promissor, possuindo IC50 de 18 μm. Esse composto pode servir de modelo para a criação de novos derivados que possam se tornar candidatos promissores no combate a Leishmaniose.
  • FRANCINEIDE FERNANDES COSTA
  • Efeitos metabólicos e vasculares do mononitrato de isossorbida e do nitrato de sódio em camundongos diabéticos tipo 1
  • Data: 07/06/2024
  • Hora: 14:00
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  • O diabetes está associado a diversas comorbidades cardiometabólicas, as quais podem estar associadas à disfunção endotelial e redução da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO). Nesse estudo, avaliamos o efeito metabólico e vascular do nitrato orgânico mononitrato de isossorbida (ISMN, em inglês) em comparação ao efeito do nitrato de sódio inorgânico (NaNO3) em camundongos com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). O DM1 foi induzido por estreptozotocina (STZ i.p. 50 mg/kg, 5 dias) em camundongos C57BL6 machos e confirmado por glicemia sanguínea de jejum (> 250 mg/dL). Os animais foram tratados com ISMN (10 mg/kg, v.o.) ou NaNO3 (85 mg/L, v.o.) durante 2 semanas. Os resultados mostraram que ambos os nitratos diminuíram a hiperglicemia sanguínea e urinária em camundongos DM1, mas a redução da glicose sanguínea foi maior após o tratamento com o ISMN. Além disso, ISMN ou NaNO3 diminuíram de forma semelhante a ingestão de água, ração, o volume urinário e a intolerância à glicose. Além disso, aumentaram a sensibilidade à insulina, os níveis séricos de insulina e nitritos sérico e urinário de camundongos DM1. O tratamento com ISMN ou NaNO3 também melhorou de forma semelhante a função vascular independente do endotélio em anéis aórticos, bem como reduziu espécies reativas de oxigênio (ROS - DHE) e aumentou os níveis de NO (DAF) em anéis aórticos de camundongos DM1. Por fim, ambos os nitratos reduziram de forma semelhante a pressão arterial média em camundongos DM1. Em conclusão, nossos achados sugerem que o ISMN exibiu um efeito anti-hiperglicêmico mais pronunciado em comparação ao NaNO3, mas ambos os nitratos promoveram benefícios metabólicos e vasculares semelhantes, promovendo efeitos hipotensores e antioxidantes em camundongos diabéticos tipo I.
  • IGOR GABRIEL DA SILVA RAMALHO
  • Atividade antitumoral e mecanismo de ação do derivado sintético 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CH3ISACN)
  • Data: 08/03/2024
  • Hora: 14:00
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  • Com a estimativa de 704 mil novos casos diagnosticados no Brasil até 2025, o câncer apresenta-se atualmente como uma das doenças com maior prevalência mundial. Os tumores que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC), como os gliomas, possuem uma elevada taxa de mortalidade, dentre esses, o glioblastoma é o tipo mais corriqueiro em adultos, com uma taxa de sobrevivência dos pacientes de apenas 5% em até 5 anos. Apesar da crescente evolução das pesquisas envolvendo a busca para o tratamento desses casos, a melhora dos quadros clínicos de gliomas ainda permanece insatisfatória. Com o objetivo de contornar esse problema, a busca por novas substâncias com atividade antineoplásica tem crescido, pesquisas realizadas com a isatina e seus derivados têm apresentado uma notável capacidade de inibir o crescimento de células cancerosas sem afetar o desenvolvimento normal das células saudáveis. dentre essas, a CH3ISACN, um derivado sintético da isatina, é apresentada como como uma molécula promissora, com atividades antitumorais em modelos de câncer hepatocelular e de pulmão já documentadas. O presente estudo teve como objetivo investigar a atividade antitumoral da substância CH3ISACN, em modelos experimentais de glioblastoma humano, com a realização de ensaios de viabilidade celular utilizando as linhagens celulares U87 e U373-MG e investigação do mecanismo de ação da CH3ISACN utilizando bloqueadores farmacológicos. Nos ensaios de citotoxicidade, foi verificado que a CH3¬ISACN foi capaz de matar as células U373 e U87-MG, com as CI50 de 24,26 e 24,23 μM, respectivamente. O índice de seletividade da substância foi calculado a partir da CI50 da célula não tumoral embrionária humana (HEK-293), constatando que a CH3ISACN é 3 vezes mais seletiva para as células tumorais. No ensaio utilizando microscopia confocal, foram verificadas as morfologias das células tumorais U87-MG, na concetração de 24 μM, indicando apoptose como o tipo de morte das células tumorais tratadas com o derivado da isatina. A CH3ISACN, foi capaz de diminuir a formação de novas colônias de células U87- MG, além de ser capaz de desintegrar os esferóides (modelo de cultura 3D), diminuindo a área do esferóide para zero. Foi realizada investigação da via de sinalização de morte celular, por ensaio com bloqueadores farmacológicos e por docking molecular.
  • CHONNY ALEXANDER HERRERA ACEVEDO
  • Estudos quimioinformáticos da família Asteraceae na busca de estruturas com potencial atividade contra doenças parasitárias negligenciadas
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 17:00
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  • A leishmaniose, classificada como uma Doença Tropical Negligenciada (NTD), representa um desafio significativo para a saúde pública nas Américas. A forma clínica cutânea (CL) da doença tem um impacto considerável na América do Sul, com Brasil, Colômbia e Peru figurando entre os nove países que relatam 85% dos casos anuais em todo o mundo. O Brasil também enfrenta uma carga significativa de Leishmaniose Visceral (VL), a forma mais letal da doença. Apesar dos esforços de controle implementados nos últimos anos, a transmissão persiste em regiões pobres com condições precárias de higiene, facilitando o contato com os vetores da doença. Os tratamentos atuais, como compostos antimoniais, isetionato de pentamidina, miltefosina e anfotericina B liposomal, oferecem opções terapêuticas, mas não conseguem erradicar a infecção e apresentam diversos eventos adversos. Nesse contexto, surge a necessidade de desenvolver novas quimioterapias contra as diferentes formas clínicas da leishmaniose. Considerando a rica biodiversidade de Colômbia e Brasil, a busca por metabólitos secundários com propriedades leishmanicidas se torna relevante. A família botânica Asteraceae, com sua abundância de espécies (mais de 32.000) e uma ampla gama de metabólitos secundários, incluindo terpenoides e flavonoides, se apresenta como uma fonte promissória de moléculas bioativas. Atualmente, a seleção de moléculas com potencial atividade biológica é apoiada por ferramentas computacionais, demonstrando benefícios substanciais em termos de custo e tempo em comparação com abordagens clássicas, como a triagem em larga escala (High-throughput Screening). Esse enfoque permite uma exploração mais eficiente de compostos naturais para o desenvolvimento de novos tratamentos contra a leishmaniose. Assim, este trabalho buscou realizar estudos quimioinformáticos da família Asteraceae para encontrar novas estruturas com potencial terapêutico contra as diversas formas clínicas da leishmaniose. O estudo começa com um capítulo dedicado aos paradigmas da descoberta de medicamentos com base nas estruturas do alvo terapêutico. Em seguida, no capítulo II, é realizada uma revisão de vários estudos que utilizaram ferramentas computacionais para examinar diversos compostos identificados na família Asteraceae na busca por possíveis candidatos a medicamentos contra Leishmania, destacando o uso de bancos de dados como uma ferramenta-chave na busca por potenciais moléculas leishmanicidas. Os capítulos subsequentes focam em estudos computacionais, utilizando diferentes abordagens de triagem virtual, utilizando diversas classes de metabólitos secundários presentes na Asteraceae para selecionar potenciais leishmanicidas. O capítulo III utiliza um banco de sesquiterpenlactonas presentes no SistematX para a seleção de potenciais leishmanicidas, empregando uma abordagem combinada de triagem virtual baseada na estrutura do ligante assim como do receptor, identificando estruturas com potencial inibitório para múltiplos alvos. O capítulo IV, dividido em duas partes, avalia a inibição da Pteridina redutase 1 (PTR1) e diidrofolato redutase – timidilato sintase (DHFR-TS), duas enzimas cruciais para o metabolismo desses parasitas tripanosomatídeos. Dois compostos com atividade inibidora dual para múltiplas espécies de Leishmania foram identificados partindo de um banco composto por 360 diterpenoides. Finalmente, no capítulo V, foram selecionadas lignanas do tipo butirolactona híbrida C6C3 como inibidores da LmDHFR-TS entre um banco de 314 derivados de ácido cinâmico, validando os modelos computacionais construídos mediante ensaios in-vitro com a enzima recombinante de DHFR-TS.
  • THYFANNE SUELLEN TAVARES LINHARES
  • AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA E FARMACOLÓGICA NÃO-CLÍNICA DA FRAÇÃO ALCALOIDICA DE Sida rhombifolia L.: UM ESTUDO IN SILICO E IN VIVO
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 15:30
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  • Sida rhombifolia (Malvaceae) é uma planta conhecida popularmente no Brasil como “matapasto”, “guaxuma” e “relógio”, sendo muito utilizada pela população indígena para o tratamento de hipertensão, diabetes e gota. Dele já foram isolados compostos alcaloides, como a criptolepinona e o sal de criptolepina, que apresentaram atividade vasorrelaxante e antioxidante em ensaios não-clínicos em roedores. A doxorrubicina (Doxo) é um antibiótico amplamente utilizado como agente antineoplásico e é o tratamento de primeira escolha para tumores sólidos e malignidades hematológicas. Porém, esse medicamento tem como um de seus inúmeros efeitos colaterais os eventos cardiotóxicos. Nesse contexto, o monitoramento clínico do quadro cardíaco desses pacientes é realizado por meio de exames ecocardiográficos, a fim de analisar os efeitos cardiotóxicos e buscar alternativas para melhorar o prognóstico. Portanto, o presente estudo busca avaliar os efeitos toxicológicos e farmacológicos (como possível cardioproteção) da fração de alcaloides obtida de Sida rhombifolia. Portanto, para o estudo in silico, foi utilizada a ferramenta AdmetSAR para analisar os parâmetros farmacocinéticos dos alcaloides. Para o in vivo, camundongos Swiss adultos (machos e fêmeas) foram utilizados e tratados com a fração alcaloidica (FrAlc) na concentração de 200 mg/Kg, seguindo OCDE 407. Em dois grupos de animais, a cardiotoxicidade foi induzida com administração de doxo em doses cumulativas semanais, durante quatro semanas, concomitantemente ao uso da FrAlc. Avaliações de aspectos toxicológicos, como peso e consumo, e avaliações ecocardiográficas foram realizadas semanalmente. Como resultado, o estudo in silico serviu de base para a compreensão de alguns aspectos e também gerou questões que foram sanadas ao longo do trabalho. Devido aos registros ecocardiográficos não fornecerem reconhecimento de padrões para verificar os efeitos cardiotóxicos causados pela doxo, não foi possível observar se FrAlc (200 mg/kg) foi capaz de promover efeito cardioprotetor, porém foi possível inferir que seu uso minimizou alguns eventos induzidos por doxo. Observou-se também que o uso da FrAlc não apresentou alterações clínicas relevantes ou óbitos, indicando baixa toxicidade. Assim, a FrAlc demonstrou perspectivas favoráveis, toxicologicamente, o que a torna interessante na terapêutica e disponível para novos estudos sobre seus efeitos farmacológicos, principalmente no que diz respeito ao seu potencial antioxidante.
  • LARISSE VIRGOLINO DA SILVA PONTES
  • Investigação do potencial senoterapêutico das N benzoiltiraminas de Aniba Riparia em modelo de senescência endotelial induzida por D-galactose – Abordagens in sílico e in vitro
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • O envelhecimento biológico é uma proteção relacionada ao tempo das funções fisiológicas moleculares, celulares e teciduais. Durante o processo, há um acúmulo de células senescentes no organismo, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças, como as cardiovasculares (DCV), principal causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. As células endoteliais, camada interna que reveste os vasos sanguíneos, são suscetíveis a essa condição específica e, quando disfuncionais, causam alterações negativas no funcionamento do sistema cardiovascular. Por outro lado, as ferramentas senoterapêuticas podem retardar os danos causados pelo envelhecimento. Portanto, há uma necessidade urgente de busca por novos candidatos a fármacos capazes de mitigar os danos causados pelo envelhecimento. As Riparinas, moléculas extraídas da espécie nativa da região amazônica Aniba Riparia (Nees) Mez, já demonstraram efeitos anti- inflamatórios e antioxidantes significativos em estudos não clínicos, mecanismos críticos para atenuar a senescência celular. Portanto, este trabalho teve como objetivo investigar o potencial efeito quimioterápico de quatro análogos das N-benzoiltiraminas de Aniba Riparia (Nees) Mez em modelo de envelhecimento endotelial in vitro e caracterizar potenciais alvos para sua ação farmacológica in sílico. Para isso, foram cultivadas células endoteliais da aorta de rato (RAECs) e utilizada D-(+)-Galactose (Dgal) como indutor de senescência. Inicialmente, foi realizada uma triagem tripla para ação anti-senescente (SA-β-Gal), viabilidade celular (MTT) e ação antioxidante (DHE) para as quatro Riparinas. Esses testes ocorreram em duas situações experimentais: condição basal e em modelo de senescência endotelial. Somente a Riparina III conseguiu melhorar a viabilidade celular na condição modelo. Além disso, as quatro moléculas foram capazes de reduzir os níveis de sensibilidade e melhorar o estresse oxidativo. Outro achado importante foi que apenas a Riparina II promoveu redução da tolerância celular e aumento dos níveis de senescência na condição basal, demonstrando efeito deletério nas concentrações testadas. A Riparina III melhorou a viabilidade celular na condição basal, indicativo de maior proliferação ou melhora no metabolismo celular. Além disso, as Riparinas I e III apresentaram atividade antioxidante na condição basal. Visando testes in vivo, foi investigado o perfil farmacocinético das Riparinas, as quais mostraram-se boas candidatas para prospecção. Além disso, em busca de alvos para o mecanismo de ação, selecionamos a Riparina I e sistemas proteicos envolvidos nas vias de senescência celular como Nrf-2/Keap1, MAPK, p38, mTOR, NADPH oxidase, Nf-κB, Sirtuin 1 e 5, para realizar o acoplamento molecular. Em conjunto, os resultados revelaram a capacidade da Riparina I em se ligar de maneira energeticamente favorável aos alvos selecionados na abordagem in sílico, relacionados às vias antioxidantes e anti- senescentes, prospectando um possível mecanismo de ação para os efeitos encontrados.
  • FRANCISCO PATRICIO DE ANDRADE JÚNIOR
  • Perfil epidemiológico de micoses em pacientes atendidos em um laboratório privado de João Pessoa-PB e atividade anti-Trichophyton rubrum de citronelal, (R)-(+)- citronelal e (S)-(-)-citronelal
  • Data: 26/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • As dermatofitoses se apresentam como um importante problema de saúde pública, uma vez que, estão entre os grupos de micoses mais comuns e que, hodiernamente, o tratamento tem sido cada vez mais dificultado, sobretudo, graças aos fenômenos de resistência, entretanto, mesmo sendo uma problemática recorrente há a escassez de estudos epidemiológicos e farmacológicos envolvendo os patógenos responsáveis por essas infecções. Assim, o presente estudo objetivou investigar a atividade antifúngica de citronelal (CIT), (R)-(+)- citronelal (R-CIT) e (S)-(-)-citronelal (S-CIT) frente a isolados clínicos de T. rubrum e elucidar o perfil epidemiológico de afetados por micoses diagnosticados em um laboratório de análises clínica de João Pessoa-PB. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, analítico e experimental, em que neste último caso o potencial antifúngico de CIT, R-CIT e S-CIT, foi avaliado a partir da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), Associação por meio do método checkerboard, e ensaios com colesterol, ergosterol e sorbitol, para elucidação de possíveis mecanismos de ação. Entre os anos de 2015 a 2019 foram analisadas 1.204 suspeitas de micoses, entretanto, registrou-se somente 323 casos, sendo o ano de 2015 o mais prevalente (28,1%), o perfil clínico e epidemiológico foi composto majoritariamente por indivíduos do sexo feminino (71,2%), de 18 a 59 anos (57,6%), etnia branca (54,2%), com lesões de pele (32,8%) e unhas (46,7%) e a principal espécie identificada foi C.albicans (25,7%). Os valores de CIM de CIT, R-CIT e S-CIT variaram entre 4 a 512 µg/mL. A CFM para CIT variou entre 4 a 512 µg/mL, R-CIT e S-CIT, obtiveram variações de 4 a 1024 µg/mL. Ademais, todos os produtos naturais apresentaram caráter, predominantemente, fungicida. Ao associar CIT e seus isômeros ao fármaco fluconazol, evidenciou-se indiferença e antagonismo farmacológico. Em relação ao mecanismo de ação, todos os produtos naturais demonstraram estar relacionados ao ergosterol fúngico. Além disso, os três terpenos testados apresentam interações com o colesterol exógeno. Os resultados obtidos na presente pesquisa, demonstram que CIT, R-CIT e S-CIT se apresentam capazes de tornarem-se, no futuro, produtos para o tratamento de dermatofitoses, sendo este o primeiro estudo que buscou avaliar o potencial dessas substâncias frente a espécies do gênero Trichophyton.
  • BRÁULIO DE ALMEIDA TEIXEIRA
  • ATIVIDADES ANTIBIOFILME E FUNGICIDA DE 2-BROMO-N-FENILACETAMIDA FRENTE A Candida spp. FLUCONAZOL-RESISTENTES
  • Data: 23/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • Os microrganismos do gênero Candida são responsáveis por muitas entidades clínicas, envolvendo desde micoses localizadas a exemplo das onicomicoses, candidíases bucais e vulvovaginais a micoses sistêmicas como a candidíase disseminada. As espécies do gênero Candida estão entre os principais agentes responsáveis por óbitos cuja causa seja a infecção por fungos e merecem destaque Candida albicans, Candida tropicalis, Candida glabrata e Candida parapsilosis. Tais microrganismos também são lembrados por sua notável capacidade de resistência às drogas antifúngicas através de diversos mecanismos, a saber: vias metabólicas alternativas, formação de biofilmes, mutações nos genes para síntese de ergosterol e superexpressão de bombas de efluxo. A busca por novas moléculas antifúngicas sintéticas constitui-se como uma alternativa terapêutica neste cenário dada a possibilidade da descoberta de novas classes farmacológicas ou de novos esquemas de terapia combinada com os antifúngicos clássicos. Neste estudo foi investigado através de diferentes ensaios o perfil antifúngico de uma amida sintética, a 2-bromo-N-fenilacetamida, frente às espécies C. albicans, C. tropicalis, C. glabrata e C. parapsilosis. A molécula 2-bromo-N-fenilacetamida (“A1Br”) exibiu atividade fungicida, com Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 32 µg.mL-1 para 87,5% das cepas testadas e Concentração Fungicida Mínima (CFM) de 64 µg.mL-1 para 81,25% dos microrganismos. Também se mostrou um potente agente contra biofilmes maduros de C. albicans, cuja redução variou de 59-80%, estatisticamente tão significativa quanto a da anfotericina B (redução de 32-83%) na comparação de cada um desses tratamentos em relação ao grupo controle. Já quando associada aos antifúngicos licenciados fluconazol e anfotericina B a molécula “A1Br” exibiu efeitos indiferentes. Seu mecanismo de ação permanece passível de esclarecimento uma vez que não foram observadas alterações na sua CIM nos ensaios de sorbitol e ergosterol.
  • MARIANA COSTA ARAGÃO
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico, toxicológico e farmacológico de Banisteriopsis stellaris (Malpighiaceae)
  • Data: 20/02/2024
  • Hora: 14:30
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  • Banisteriopsis stellaris (Griseb.) B. Gates, conhecida popularmente como "marmelinha-da-flor-branca", pertence à família Malpighiaceae. O gênero Banisteriopsis é relevante na família devido a produção de importantes metabólitos secundários, incluindo alcaloides, flavonoides e terpenoides, que demonstram vários efeitos farmacológicos com resultados promissores. No entanto, ainda são poucas as evidências sobre o seu potencial fitoquímico e farmacológico. Assim, este trabalho visa contribuir para o conhecimento acerca da espécie Banisteriopsis stellaris. O material vegetal foi coletado em abril de 2022 no Pico do Jabre (Matureia - PB) e identificado pela botânica Dra. Maria de Fátima Agra. Uma exsicata da espécie foi depositada no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier da UFPB, sob o número JPB 37874. As partes aéreas foram secas em estufa a 40 oC, pulverizadas e extraídas com etanol a 95%, sendo concentradas em evaporador rotativo para obtenção do Extrato Etanólico Bruto (EEB). Posteriormente, o EEB foi submetido ao processo de Cromatografia Líquida à Vácuo (CLV) utilizando diferentes proporções e polaridades de solventes, resultando em 9 frações do extrato. Uma alíquota de 5 g da fração acetato de etila-metanol (AcOEt:MeOH) (1:1) foi submetida a cromatografia em coluna utilizando Sephadex LH-20, resultando em 39 frações destas. As frações 22-27 foram reunidas totalizando 875 mg e submetidas ao processo de Cromatografia Líquida de Média Pressão (CLMP), obtendo-se 15 frações. Para as frações 08 e 10 foram desenvolvidos métodos cromatográficos, individualmente, através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) preparativa. Ainda, foi utilizado 673,0 mg da fração clorofórmica, sendo submetida a cromatografia em coluna com gel de sílica, resultando em 10 frações. Para os testes de toxicidade aguda os camundongos receberam 2000 e 5000 mg/kg de extrato de Banisteriopsis stellaris (EEB-Bs) por via oral ou intraperitoneal. Quanto a avaliação do perfil genotóxico do EEB-Bs, foi utilizado o teste do micronúcleo em eritrócitos de camundongos tratados com ciclofosfamida (25 mg/kg/i. p) ou EEB-Bs (2.000 mg/kg/v. o) em dose única. Os testes anti- inflamatórios foram realizados com camundongos tratados com EEB-Bs (50, 100 ou 200 mg/kg v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg i.p.). As substâncias foram identificadas por espectroscopia de RMN (uni e bidimensionais) e comparadas com dados da literatura, confirmando o isolamento dos flavonoides C-glicosilados (orientina, vitexina, isovitexina e isovitexina-2”-O-α-L-ramnopiranosídeo) da fração AcOEt:MeOH. Da fração 04 proveniente da fase clorofórmica, foi isolada a mistura dos triterpenos α- amirina, β-amirina e lupeol, sendo todos os compostos isolados pela primeira vez na espécie em estudo. Os testes farmacológicos realizados com o EEB-Bs demonstraram sua segurança quando administrado via oral, visto que não houve sinais de toxicidade aguda e nem alterações micronucleares. Os resultados do estudo indicam que B. stellaris apresentou uma resposta anti-inflamatória significativa nos ensaios realizados nas doses observadas, reduzindo o edema e a exsudação de células inflamatórias, sendo na dose de 200 mg/kg do EEB uma redução de 66,71% na migração de leucócitos e de 67,72% na migração de neutrófilos. Portanto, este trabalho destaca a Banisteriopsis stellaris como nova fonte de biomoléculas e a sua capacidade anti-inflamatória, sugerindo sua utilidade no desenvolvimento de medicamentos. Pesquisas futuras podem explorar mecanismos específicos e outros aspectos farmacológicos dessa espécie.
  • FRANCISCO ALLYSSON ASSIS FERREIRA GADELHA
  • Avaliação in vitro e in vivo da atividade imunomoduladora do extrato e frações da inflorescência de Musa paradisiaca L.
  • Data: 05/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • A lesão pulmonar aguda (LPA) é uma doença inflamatória com alta mortalidade que afeta pacientes em terapia intensiva e se tornou um problema de saúde mundial durante a pandemia de COVID-19. A Musa paradisiaca L. (bananeira) é uma planta cosmopolita, e sua inflorescência é usada, em muitos países, no tratamento de inflamações, no entanto, no Brasil, é descartada na maioria das culturas. O objetivo deste estudo foi avaliar as atividades anti-inflamatória e imunomoduladora do extrato da inflorescência e de suas frações por meio de testes in vitro e in vivo, no modelo experimental de LPA induzido com lipopolissacarídeo (LPS). Microscopias óptica e de imunofluorescência, citometria de fluxo, ensaios imunoenzimáticos, colorimétricos (ELISA) e fluorimétrico, e ensaios histológicos foram utilizados para as avaliações dos parâmetros anti-inflamatórios e imunomoduladores. O extrato hidroalcoólico de Musa (HEM) (100 μg/mL) e suas frações acetato de etila (FA), n-butanólica (FNB), hexânica (FH) e diclorometano (FD) (25 e 50 μg/mL) não apresentaram toxicidade quando na presença de macrófagos peritoneais em cultura. Na triagem in vitro, o HEM e as FA e FH diminuíram a produção de NO e expressão dos receptores TLR4 e CD18. Em adição, o HEM aumentou a produção de IL-10. Nos experimentos in vivo foram avaliados o HEM e a FH. Nos animais com LPA tratados com o HEM, observou-se diminuição na migração, principalmente, de neutrófilos no BALF, na região alveolar (com diminuição de células GR1+) e no sangue correlacionando com a diminuição na expressão do receptor CD18, entretanto, a FH (100 mg/kg) não diminuiu a migração de células inflamatórias para a cavidade pulmonar bem como edema pulmonar, infiltrado celular e hemorragia no tecido. O tratamento com HEM reduziu o conteúdo proteico no BALF, o edema pulmonar, a ativação do NF-κB dependente da via de sinalização TLR4 e diminuiu da produção de IL-1β e TNF-α, reduziu a quantidade de DNA livre e da atividade da mieloperoxidase (MPO). Corroborando com os achados in vitro, o tratamento in vivo com HEM favoreceu a produção de IL-10 no BALF. Portanto, o extrato da inflorescência de M. paradisiaca demonstrou atividades anti-inflamatória e imunomoduladora em macrófagos peritoneais via diminuição de NO, aumento de IL-10 e, em camundongos com LPA, pela diminuição da inflamação pulmonar via TLR4-NF-κB, redução da produção de citocinas e, principalmente, desativação de neutrófilos pela diminuição da expressão de CD18, da liberação de DNA livre e da atividade de MPO. Assim, este estudo apresenta dados científicos que apoiam o uso da inflorescência de bananeira na medicina popular e sugere o desenvolvimento de uma formulação farmacêutica para auxiliar no tratamento da inflamação pulmonar.
  • LYVIA LAYANE SILVA ROSA
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIBACTERIANO DA 2-CLORO-N-(4-FLÚOR-3-NITROFENIL) ACETAMIDA SOBRE CEPAS DE Pseudomonas aeruginosa
  • Orientador : EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 10/01/2024
  • Hora: 14:00
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  • P. aeruginosa permanece como um dos patógenos mais perigosos, desencadeando infecções hospitalares graves devido à sua intrínseca resistência a diversos agentes antimicrobianos, o que é agravado pela aquisição adicional de resistência. As autoridades de saúde destacam a imperiosa necessidade de desenvolver novos medicamentos para enfrentar as infecções provocadas por esse patógeno. Estudos evidenciaram o potencial antimicrobiano de compostos derivados de acetamidas, mas poucas investigações foram conduzidas com a 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida. Este estudo propôs uma avaliação inédita da atividade antibacteriana dessa substância contra cepas de P. aeruginosa, além de buscar analisar parâmetros farmacocinéticos e toxicológicos, bem como realizar análises preditivas in silico sobre o mecanismo de ação. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi de 512 μg/mL para todas as cepas de P. aeruginosa testadas, com atividade bactericida observada a partir da CIM, apresentando também uma Concentração Bactericida Mínima (CBM) de 512 μg/mL. A substância A8 revelou propriedades farmacocinéticas favoráveis à absorção oral, contudo, foram identificados riscos potenciais de mutagenicidade, tumorigenicidade e efeitos sobre o sistema reprodutor. Além disso, exibiu atividade inibitória de LasR in silico, sugerindo um promissor potencial para análises in vivo. A combinação da 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida com antibacterianos demonstrou efeito aditivo frente cepas de P. aeruginosa. Assim, este estudo estabelece fundamentos para futuras estratégias relacionadas à aplicação clínica da 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida no tratamento de infecções causadas por P. aeruginosa.
2023
Descrição
  • JÉSSICA PAIVA DE MOURA
  • Estudo in silico de diterpenos abietanos contra o fotoenvelhecimento
  • Data: 30/11/2023
  • Hora: 14:00
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  • Fotoenvelhecimento é o envelhecimento prematuro da pele ocasionado pela exposição crônica à radiação ultravioleta. Atualmente a intervenção utilizada para a prevenção do fotoenvelhecimento se refere ao uso de protetor solar, porém estudos relatam que dificilmente a população aplica a quantidade ideal para a proteção adequada. Assim, é necessário o uso de substâncias que complementem o cuidado com a pele, além do uso de protetor solar. A pesquisa contínua de novas estratégias é essencial para prevenir os efeitos indesejáveis causados pela exposição solar. As análises in silico são abordagens importantes utilizadas no processo de descoberta de medicamentos contra o fotoenvelhecimento. Elas permitem a análise das propriedades físico-químicas e das atividades biológicas de compostos, e reduzem os custos financeiros e o tempo do processo de descoberta de novos fármacos. Os produtos naturais são metabólitos secundários de plantas que oferecem potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos. Com isso, o objetivo desse estudo foi realizar análises in silico e desenvolver uma triagem virtual de produtos naturais contra alvos do fotoenvelhecimento. Neste trabalho, foram selecionados 1630 produtos naturais para iniciar a triagem virtual. As metodologias utilizadas neste trabalho foram: a construção de modelos de QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationship), a análise dos riscos de citotoxicidade, a análise das violações à regra dos cinco de Lipinski, a análise do componente principal por consenso (CPCA), a análise do componente principal (PCA) e o docking molecular. O resultado do estudo de QSAR exibiu parâmetros estatísticos adequados e forneceu moléculas provavelmente ativas contra os alvos do fotoenvelhecimento, incluindo a metaloproteinase de matriz-1 (MMP-1) e a metaloproteinase de matriz-12 (MMP-12). Essas moléculas foram avaliadas com relação aos riscos de citotoxicidade e à quantidade de violações à regra dos cinco de Lipinski. Entre aquelas que não apresentaram riscos e não demonstraram violações, selecionou-se os diterpenos abietanos com provável atividade multialvo, obtendo-se: JS781, JS887, JS1233, JS1241, JS1352 e JS1513. A interação desses diterpenos abietanos com o CYP2D6 resultou em metabólitos que não demonstraram riscos de citotoxicidade, com exceção dos metabólitos M3, M6 e M8. A CPCA e a PCA indicaram que os diterpenos abietanos possuem regiões hidrofóbicas, regiões hidrofílicas, grupos doadores de ligação de hidrogênio e grupos aceptores de ligação de hidrogênio. Além disso, JS1352 apresentou um melhor perfil de solubilidade em comparação com os outros diterpenos abietanos estudados. No docking molecular, os diterpenos abietanos e os controles realizaram interações similares com alguns resíduos de aminoácido da MMP-1 e da MMP-12, através de ligações de hidrogênio ou de interações hidrofóbicas. Diante desses resultados, acredita-se que os seis diterpenos abietanos analisados possivelmente possuem atividade contra esses alvos e podem ser úteis na pesquisa de compostos contra o fotoenvelhecimento.
  • EMMANUEL MELQUIADES ARAUJO
  • Avaliação da atividade biológica do eugenol frente cepas de Penicillium citrinum
  • Data: 17/11/2023
  • Hora: 09:00
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  • Os fungos do gênero Penicillium apresentam ampla distribuição e são frequentemente isolados em ambientes que compreende desde lavouras, até hospitais. Suas espécies estão implicadas em diversas patologias, a exemplo penicilose, que acomete principalmente indivíduos imunocomprometidos. Em vista disso, e da elevada resistência fúngica aos antifúngicos atuais, tem-se impulsionado a busca por novos agentes antifúngicos. Para isso, as plantas medicinais e seus fitoconstituintes tem sido investigadas. Com base nisso, objetivou-se avaliar a atividade biológica do eugenol frente cepas de Penicillium citrinum. Para isso, foram realizados ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); efeito da associação entre eugenol e o antifúngico padrão anfotericina B; ação dos produtos na parede celular fúngica: ensaio com sorbitol e ação dos produtos sobre a membrana celular: interação com ergosterol. Além disso, foi avaliado o efeito citotóxico in vitro do eugenol sobre eritrócitos humanos. Ademais, o eugenol foi submetido aos softwares online (pkCSM e Osiris) para realizar a antevisão de parâmetros de drogabilidade e toxicidade. Do mesmo modo, o docking molecular foi realizado no AutoDock 4.2 com as proteínas envolvidas com a síntese e manutenção da membrana celular de P. citrinum. Assim observou-se forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de Penicillium citrinum avaliadas, visto que a CIM determinada foi de 1 µg/mL e a CFM de 1 µg/mL, demonstrando ação fungicida. Ademais, a permanência da CIM do eugenol na presença de sorbitol e ergosterol, revelaram que esta molécula possivelmente não afeta a integridade diretamente da parede e da membrana plasmática de Penicillium citrinum. No estudo de associação entre o eugenol e a anfotericina B, foi verificado que estes possuem um efeito indiferente. Já nos estudos in silico, o eugenol apresentou importante biodisponibilidade oral e risco mutagênico, entretanto não foi citotóxico na avaliação do potencial hemolítico em eritrócitos humanos. O docking molecular, propõe a hipótese preditiva de que o eugenol liga-se possivelmente ao sítio ativo da CYP51, enzima responsável pela biossíntese do ergosterol, sugerindo dessa forma que o produto testado atua de forma direta na formação do ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Assim sendo, as evidências desta pesquisa apontam que o eugenol retrata como promissor e possível opção para o tratamento de infecções fúngicas causadas por Penicillium citrinum, e também nos processos de contaminação pelo fungo nas culturais vegetais.
  • RAFAEL CARLOS FERREIRA
  • Óleo essencial das partes aéreas de Conyza bonariensis (L.) Cronquist (Asteraceae): caracterização química, efeito antimelanoma in vitro e toxicidade em modelo de peixe-zebra
  • Data: 10/11/2023
  • Hora: 10:00
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  • Conyza bonariensis (L.) Cronquist (Asteraceae), popularmente conhecida como rabo-de-raposa, é uma planta rica em óleos essenciais que apresentam efeito antitumoral, apesar de serem encontradas variações significativas na sua composição, o que está associado a fatores como local de cultivo e sazonalidade. O presente trabalho objetivou caracterizar e investigar os efeitos antitumorais e toxicológicos do óleo essencial das partes aéreas de C. bonariensis (OECB) coletado no Horto de Plantas Medicinais do Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos (IPeFarM) da UFPB. O OECB foi obtido por hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger e analisado por cromatografia gasosa-espectrometria de massas (GC-EM). A citotoxicidade foi avaliada por meio do ensaio do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio (MTT) em linhagens de células tumorais (SK-MEL-28, HeLa, HCT-116, HL-60 e K562) e não tumoral (HaCaT) humanas, e em células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) humanas. Diferentes vias de sinalização associadas com a citotoxicidade do OECB foram avaliadas in silico e in vitro. Em adição, a toxicidade do OECB foi investigada em modelo de peixe-zebra. O componente majoritário do OECB foi o éster (Z)-2-lacnofilum (EZ) (57,24%). O OECB induziu efeito citotóxico mais seletivo para a linhagem de células de melanoma SK-MEL-28 (concentração inibitória média – CI50 = 18,65 ± 1,16 µg/mL). Foi observada citotoxicidade dependente de concentração em PBMCs (CI50 = 2,68 ± 1,29). A análise do ciclo celular mostrou que o OECB aumentou significativamente o percentual da população sub-G1, e a marcação com anexina V-FITC/IP mostrou aumento do percentual de células em apoptose, o que foi corroborado pela observação de características morfológicas, como fragmentação do DNA, em análise por microscopia confocal a laser. O OECB estimulou a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS) e o pré-tratamento com N-acetil-L-cisteína (NAC) preveniu significativamente a sua citotoxicidade. No docking molecular, observou-se que o EZ apresentou interações moleculares com aminoácidos dos sítios ativos das proteínas ERK1, JNK1, p38α MAPK, PKB/AKT e NF-κB. Então, usando marcação com anticorpos específicos, observou-se que o OECB induziu aumento significativo no percentual de células marcadas com anti-ERK1/2, anti-JNK1/2, anti-PKB/AKT e anti-NF-κB e redução significativa do número de células marcadas com anti-p38 MAPK. Ainda, o pré-tratamento com inibidores de ERK1/2 ou JNK preveniu a citotoxicidade do OECB, enquanto o inibidor de p38 MAPK potencializou esse efeito. No modelo de peixe-zebra, OECB (1,5 µg/mL) induziu a morte de todos os embriões e efeitos não letais foram observados nas concentrações de 0,50 a 1,25 µg/mL. Além disso, foi observado aumento significativo na atividade de enzimas associadas ao estresse oxidativo (GPx, GST, CAT, LDH) e redução na AChE. Em resumo, o OECB apresenta efeito antimelanoma in vitro por indução de apoptose, estresse oxidativo e modulação das vias de sinalização intracelulares das MAPKs, PKB/AKT e NF-κB, além de moderada embriotoxicidade em modelo de peixe-zebra.
  • RAQUEL FRAGOSO PEREIRA CAVALCANTI
  • Efeito imunomodulador do Limosilactobacillus fermentum (LF61) e Lacticaseibacillus paracasei (LPc-G110) em modelo murino da Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS)
  • Data: 06/11/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS) é uma doença inflamatória alérgica das vias aéreas orquestrada pela resposta imune tipo 2. As vias aéreas e o intestino são considerados interfaces em que há estreita interação. O intestino abriga uma extensa comunidade microbiana, conhecida como microbiota que exerce influência não apenas in situ, mas também em outros sistemas, como o sistema respiratório. Mecanismos específicos de comunicação entre as interfaces, via eixo intestino-pulmão, têm sido objeto de intensa investigação, no entanto, o efeito de agentes funcionais moduladores do intestino, como os probióticos, nos distúrbios alérgicos das vias aéreas não está totalmente elucidado. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com o Limosilactobacillus fermentum (LF61) ou com o Lacticaseibacillus paracasei (LPc-G110) em animais com CARAS. Camundongos BALB/c (n = 5) foram distribuídos em grupos Basal, L. fermentum (LF61), L. paracasei (LPc-G110), Alérgico (CARAS), suplementado com LF61 e alérgico (LF61/CARAS), suplementado com LPc-G110 e alérgico (LPc-G110/CARAS) e alérgico tratado com dexametasona (Dexa). Os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (7316150420). Camundongos BALB/c foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) após serem suplementados com 1x109 CFU de LF61 ou de LPc-G110. Os animais com CARAS e previamente suplementados com os probióticos, apresentaram diminuição (p<0,05) da migração de células inflamatórias, principalmente eosinófilos, para os fluidos nasal (NALF) e broncoalveolar (BALF), bem como redução dos sinais clínicos da rinite alérgica, como espirros, fricções nasais, e hiper-reatividade nasal induzida pela histamina em comparação com animais com CARAS. No contexto sistêmico, o LF61 e o LPc-G110 reduziram a eosinofilia e os níveis séricos de IgE OVA-específica. Os aspectos histológicos alterados nos tecidos nasais e pulmonares de animais com CARAS foram significativamente melhorados pelo LF61 e LPc-G110. No BALF, o efeito imunomodulador se revelou pela diminuição das citocinas tipo 2 e 3 (IL-4, IL-13, IL-5 e IL-17A) correlacionado com o aumento das citocinas tipo 1 (IFN-γ) e Treg (IL-10). Em adição, foi evidenciado modulação positiva do fator de transcrição FOXP3 e modulação negativa das MAPKs (p-p38 e p-ERK1/2). Esses efeitos se correlacionam com a amplificação da resposta intestinal, via aumento dos níveis de ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), e manutenção da função de barreira do epitélio intestinal pelo aumento das junções de oclusão (ZO-1) corroborando a integridade do tecido do cólon. Portanto, os resultados desse estudo demonstram, de forma inédita, que o LF61 e o LPc-G110, administrados por via oral, modulam negativamente a resposta imune tipo 2 observada na CARAS, ativação de fator de transdução intracelular que induz a produção da molécula reguladora IL-10 e aumento dos ácidos graxos de cadeia curta (butirato, propionato e acetato).
  • PABLO RAYFF DA SILVA
  • Investigação do efeito ansiolítico-símile e antidepressivo-símile do monoterpeno tetrahidrolina-lol por meio de abordagens in silico e in vivo
  • Data: 27/10/2023
  • Hora: 09:00
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  • As abordagens terapêuticas farmacológicas para o tratamento da ansiedade e depressão são focadas na modulação de sistemas de neurotransmissão envolvidos em sua neurobiologia – podendo-se destacar as vias catecolamínicas, glutamatérgicas e oxidonitrérgica. Dentre pos-síveis tratamentos disponíveis, as plantas aromáticas são importantes arsenais terapêuticos, cujos constituintes químicos, a exemplo dos monoterpenos são agentes de estudo na busca de tratamento para as desordens citadas. Sendo assim, esse estudo buscou avaliar o poten-cial ansiolítico e antidepressivo símile do monoterpeno tetrahidrolinalol em modelos in vivo, realizar uma prospecção computacional de alvos para respectivas atividades a partir da técni-ca de docking molecular sugerir possíveis mecanismos a serem investigados in vivo. Para isso, camundongos machos Swiss (Mus musculus) foram tratados com o THL (37,5-600 mg kg-1 v.o) e submetidos aos testes de labirinto em cruz elevado, campo aberto, rota rod e nado forçado. No labirinto em cruz elevado, o THL nas doses de 37,5 e 75 mg kg-1 induziu aumento significativo na porcentagem de entradas (respectivamente em: 72,7 e 64,3) e no tempo de permanência (respectivamente 80,3 e 76,8 %) nos braços abertos. Essas mesmas doses não comprometeram a atividade locomotora, avaliadas pelo campo aberto e rota rod. No ensaio de nado forçado, o tratamento com o monoterpeno reduziu significativamente o tempo de imobilidade nas doses de 150, 300 e 600 mg kg-1, com percentual de 69,3, 60,9 and 68,7%, respectivamente. Com relação aos possíveis alvos investigados pelo ensaio de docking mole-cular, o THL apresentou valores de energia satisfatórios em: nNOs, GCs, IL-6, 5-HT1A, NMDAr e D1 – resultados corroborados nos ensaios in vivo, onde se foi possível evidenciar reversão do efeito quando empregado um antagonista D1 enantioseletivo e um sinergismo farmacológi-co quando utilizados doses subterapêuticas de antagonista do NMDA – cetamina – e da GCs/No – azul de metileno- com redução dos níveis de nitrito em estrutura de córtex e hipo-campo. A substância em questão também não apresenta potenciais falhas nas propriedades preditivas farmacocinéticas, apresentando boa absorção e alta biodisponibilidade in sílico. A partir desses estudos pioneiros iniciais é possível concluir que o THL reúne condições de con-tinuidade das pesquisas direcionadas à busca de um possível medicamento ansiolítico e anti-depressivo.
  • JOAO BATISTA DE OLIVEIRA
  • Avaliação do potencial anti-inflamatório do alcaloide sintético 2-(7-metoxi- 1,2,3,4-tetrahidroisoquinolina-1-il) fenol (MTF) em modelos experimentais de inflamação aguda.
  • Data: 19/09/2023
  • Hora: 14:00
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  • A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo para a manutenção homeostática tecidual frente a estímulos lesivos. A lesão pulmonar aguda (LPA), condição inflamatória que precede a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), ganhou evidência em pacientes com COVID-19, pois, devido ao acúmulo de neutrófilos e citocinas pró-inflamatórias nos pulmões, ocorre disfunção pulmonar. Até o momento, não há uma farmacoterapia padrão para essa patologia, e inúmeros estudos estão direcionados a elucidar novos fármacos com potencial anti-inflamatório. Assim, o alcaloide sintético 2-(7- metoxi-1,2,3,4-tetrahidroisoquinolina-1-il) fenol (MTF), surge como uma molécula promissora para agregar ao arsenal terapêutico de drogas anti- inflamatórias. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito anti- inflamatório do MTF, em modelos murinos de LPA, peritonite e edema de pata. No modelo experimental de LPA, camundongos BALB/c machos foram desafiados, por instilação nasal, com lipopolissacarídeo (LPS) e, uma hora após, foram tratados, oralmente, com MTF (1,25 mg/kg, 2,5 mg/kg ou 5 mg/kg) e, 24 horas após, foram coletados o fluido do lavado broncoalveolar (BALF), o soro e os pulmões. O tratamento com o MTF (2,5 mg/kg) reduziu a migração de neutrófilos independente de linfócitos e macrófagos no BALF, e diminuiu a produção de TNF-α, IL-1β e IL-6 no BALF e no soro. Reduziu a formação do edema pulmonar e atenuou alterações histopatológicas, como edema, infiltrado celular e hemorragia. Para o modelo de edema de pata, camundongos Swiss fêmeas foram pré-tratadas com o MTF (2,5 mg/kg) e desafiados, via intraplantar, com os agentes flogísticos carragenina, prostaglandina (PGE2), bradicinina (BK), serotonina (5-HT), composto 48/80 ou histamina e, para o modelo de peritonite os animais foram desafiados, via intraperitoneal, com carragenina (1%). O pré-tratamento com o MTF reduziu o edema de pata induzido pelos agentes flogísticos e, no peritônio, houve diminuição da migração de neutrófilos e células mononucleares, da permeabilidade vascular e das citocinas TNF-α, IL- 1β e IL-6. Em adição, análises in sílico mostraram que o MTF possui boa biodisponibilidade oral, com baixa toxicidade teórica, e que os efeitos anti- inflamatórios da molécula podem estar associados à inibição da via de sinalização TLR4/MAPK-p38. Logo, os resultados apresentados neste trabalho demonstram o potencial anti-inflamatório do MTF, colocando-o como uma molécula promissora no desenvolvimento de um fármaco que agregue ao arsenal terapêutico anti-inflamatório.
  • MATHEUS MARLEY BEZERRA PESSOA
  • ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DO CARVEOL E DA HESPERETINA E ANTI-INFLAMATÓRIA INTESTINAL DO CARVEOL EM MODELOS ANIMAIS.
  • Data: 06/09/2023
  • Hora: 09:00
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  • O monoterpeno carveol e o flavonóide hesperetina são metabólitos secundários presentes em diversas espécies medicinais, como a Mentha spicata (hortelã verde) e Citrus aurantium (laranja), respectivamente. Estudos farmacológicos já apontam seus efeitos anti-inflamatório, antioxidante e gastroprotetor. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antiulcerogênica gástrica e duodenal da hesperetina e do carveol e os mecanismos de ação relacionados, bem como, a atividade anti-inflamatória intestinal aguda do carveol em modelos animais. A partir do modelo de úlcera gástrica induzida por ácido acético foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias com o carveol e a hesperetina. Os resultados mostraram que ambos não alteraram (p>0,05) o peso dos órgãos (coração, fígado, baço e rins), nem os parâmetros bioquímicos e hematológicos. Ainda foi observado que as substâncias teste protegem os animais da redução do consumo de água e de ração. Na avaliação da atividade cicatrizante gástrica, o tratamento com o carveol e a hesperetina nas suas melhores doses (100 mg/kg, v.o.) durante 14 dias reduziu (p<0,05) a área de lesão ulcerativa (ALU), quando comparados aos grupos controles. Esses efeitos foram relacionados a um aumento (p<0,05) dos níveis de GSH, SOD e IL-10 e uma diminuição (p<0,05) dos níveis de MDA, MPO, IL-6, IL-1β e TNF-α. Já a administração oral (v.o) com o carveol e a hesperetina em todas as doses avaliadas (25, 50, 100 e 200 mg/kg) reduziu (p<0,05) a ALU em duodenos de ratos submetidos as lesões induzidas pela cisteamina. Esse efeito pode estar relacionado a um aumento (p<0,) dos níveis de GSH e SOD e uma diminuição (p<0,05) dos níveis de MDA e MPO. No modelo de indução aguda de inflamação intestinal induzida por TNBS, o carveol e a hesperetina em todas as doses (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) promoveram redução (p<0,05) no escore de lesão macroscópica, da ALU, da relação peso/comprimento e do índice diarreico. Em amostras de cólon provenientes desse modelo foi demonstrado que suas melhores doses (100 mg/kg) reduziram (p<0,05) os níveis de MDA e MPO e restauraram os níveis de GSH e SOD. Além disso, as substâncias teste foram capazes de diminuir (p<0,05) os níveis de IL-6, IL-1β e TNF-α, bem como, de aumentar (p<0,05) os de IL-10. Dessa forma, estes dados sugerem que o carveol e a hesperetina apresentam baixa toxicidade por doses repetidas, atividade cicatrizante gástrica e atividade anti-úlcera duodenal. Esses efeitos envolvem ainda a participação do sistema antioxidante e da imunomodulação. Além disso, o carveol possui atividade anti-inflamatória intestinal relacionada a atividade antioxidante e imunomoduladora, e que possivelmente essa atividade está relacionada a mecanismos citoprotetores.
  • LAISLA RANGEL PEIXOTO
  • ESTUDOS TECNOLÓGICOS PARA PADRONIZAÇÃO DO EXTRATO SECO DE Ocotea duckei Vattimo (LAURACEAE)
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 16:00
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  • “Louro-canela” é um membro da família Lauraceae encontrada no Nordeste do Brasil. Popularmente, é utilizada no tratamento de neuralgia, dispepsia, anorexia e dor. Com relação aos seus constituintes, apresenta os lignoides Iangambina (IAN) e EPI- Iangambina (EPI-IAN) como os principais marcadores vegetais. Visando contribuir para o avanço do potencial farmacológico das espécies vegetais brasileiras, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver metodologias analíticas e processos tecnológicos para obtenção de extratos secos (ES) padronizados de O. duckei. Após a coleta, as partes aéreas do material botânico passaram por processo de secagem e trituração para a obtenção da droga vegetal (DV). Com isso, realizou-se a sua caracterização físico-química, sendo realizados os testes de granulometria, determinação da densidade, teor de umidade, determinação do potencial hidrogeniônico (pH), espectroscopia na região de infravermelho com transformada de fourier (FTIR), análise termogravimétrica (TGA) e análise térmica diferencial (DTA). Foi realizado o processo extrativo líquido-líquido para obtenção de extratos e fases e executou-se técnicas cromatográficas para obtenção das substâncias majoritárias e outros compostos químicos. Além disso, através da fase clorofórmica e hexânica foi realizado o teste de toxicidade por Artemia salina da O. duckei. Para o desenvolvimento de métodos analíticos para quantificação dos marcadores, seguiu-se com a preparação da amostra e padrão, HPLC e avaliação dos parâmetros de seletividade, linearidade, limites de detecção e quantificação, precisão, efeito de matriz, exatidão e robustez. Para a realização dos estudos tecnológicos, a obtenção do extrato seco (ES) foi feita através de um planejamento para a extração por maceração, comparando a relação gradiente do solvente EtOH a 30, 50, 70 e 96% e a proporção droga/solvente a 10, 20 e 30% e um planejamento fatorial 3² para a secagem por rotaevaporação, no qual a celulose e o aerosil foram empregados como adjuvantes de secagem. Os ES obtidos foram caracterizados por teste de densidade, ângulo de repouso, granulometria, TG e DTA. O melhor ES obtido foi utilizado para desenvolver uma formulação farmacêutica sólida (cápsula). A DV foi classificada como pó grosso, apresentou propriedades de fluxo aceitável, como reafirmado pelo índice de compressibilidade (25%). Além disso, foi classificado como de fácil escoamento, baixo teor de umidade (5,8%) e valor médio do pH de 6,01. A presença das bandas no FTIR sugeriu a presença de grupos funcionais como aminas, álcoois, ésteres, cetonas, ácidos carboxílicos e indica uma variedade de metabólitos secundários, tais como flavonoides, alcaloides, esteroides, lignoides e polifenóis. A análise do TG da DV mostrou a ocorrência de três etapas de perda de massa e a análise da DTA mostrou três picos endotérmicos. O teste de toxicidade revelou um valor da CL 50 de baixa toxicidade. Através das técnicas cromatográficas, foi possível o isolamento de seis substâncias, sendo a IAN e EPI-IAN os compostos majoritários e os marcadores da O.duckei. O Extrato Etanólico Bruto (EEB) e os padrões (IAN e EPI-IAN) obtidos foram utilizados na validação do método analítico de acordo com os critérios da Conferência Internacional de Harmonização (ICH) e RDC 166, mostrando-se ser seletivo para os dois epímeros, linear na faixa de concentração de 5-25 μg/mL, preciso (CV ≤ 11%), exato (80-100%) e robusto, no qual a presente metodologia analítica pode ser aplicada no controle de qualidade de matérias-primas e produtos à base do EEB de O. duckei. Quanto ao planejamento da extração, as análises dos extratos por HPLC apresentaram concentrações crescente dos dois marcadores com aumento da proporção droga/solvente (v/m) e da proporção Etanol/água (v:v). O sistema contendo 96% de etanol e 30% da DV apresentou a melhor concentração de IAN e EPI-IAN equivalente a 61,39 e 124,24 µg/mL, respectivamente. O Resíduo Seco (RS) apresentou resultado médio de 2,8532%. Foram obtidos nove ES por rotaevaporação. De acordo com as características físico-químicas, os ES obtidos apresentaram propriedades de fluxo e compressibilidade insatisfatórios. Quanto ao ângulo de repouso foram classificados como bons e justos. O estudo de caracterização térmica com o ES mostrou perfis semelhantes quanto a alteração da razão, onde a análise do TG mostrou a ocorrência de quatro etapas de perda de massa e a análise da DTA mostrou três picos exotérmicos. A cinética de degradação térmica foi determinada pelo método de Ozawa apresentando ordem de degradação igual a um. O melhor ES foi classificado como fino e com baixa higroscopicidade. A caracterização analítica da DV e obtenção do ES por estudos tecnológicos são úteis no desenvolvimento de novos medicamentos, de forma que os resultados obtidos neste estudo poderão ser usados na transposição de escala e controle de qualidade de produtos originários das partes aéreas de O. duckei.
  • IGOR MIKAEL ALVES DE ARAUJO
  • TRIAGEM VIRTUAL DE ALCALÓIDES ISOLADOS DA FAMÍLIA EUPHORBIACEAE FRENTE A DOENÇA DE CHAGAS
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 09:30
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  • A Doença de Chagas é uma infecção causada pelo parasita Trypanosoma cruzi e é endêmica em vários países da América Latina. O tratamento para a doença de Chagas é limitado a alguns medicamentos, além disso apresentam limitações, incluindo efeitos colaterais significativos e eficácia variável nas diferentes fases da doença. Devido isso há uma necessidade urgente de novos medicamentos para tratar as formas evolutivas do parasita. Produtos naturais, como os derivados de plantas da família Euphorbiaceae, são considerados uma potencial fonte de novos tratamentos. Essas plantas são amplamente utilizadas na medicina tradicional e contêm diversos metabólitos secundários. O objetivo principal foi a identificação de compostos com potencial atividade biológica contra a doença de Chagas através de uma triagem virtual. O foco foram alcalóides isolados da família Euphorbiaceae. Dessa forma, um banco de dados de alcalóides isolados da família Euphorbiaceae foi construído, visando à elaboração de um perfil químico. Um modelo de predição foi elaborado no KNIME. Para isso, o conjunto de dados foi obtido da base de dados ChEMBL, e os compostos foram classificados de acordo com os valores de pIC50 e o cálculo de descritores foi realizado através do software Volsurf. A execução da docagem molecular foi conduzida no software Molegro Virtual Docker, juntamente com a análise das interações para quatro proteínas obtidas no Protein Data Bank. Além disso, as funções de pontuação Moldock score, PLANTS score e Rerank score foram utilizadas, e as energias de ligação foram consensualmente avaliadas. O modelo preditivo desenvolvido classificou moléculas com probabilidade acima de 70% para a forma tripomastigota de T. cruzi, resultando na identificação de 21 moléculas com potencial atividade. As análises de docking molecular foram positivas, indicando interações dos compostos selecionados com as enzimas alvo, evidenciadas por energias negativas. Quanto à absorção, os compostos demonstraram mais de 55% de absorção por via oral, com boa disponibilidade, geralmente com apenas uma violação nas regras. Na análise de toxicidade, somente nove compostos exibiram indícios de toxicidade em um ou dois parâmetros. Após o cálculo dos valores de probabilidade combinada (ancoragem molecular e modelo de predição), a molécula 149 foi selecionada por apresentar um maior percentual em todas as enzimas, demonstrando assim um potencial multitarget. Os resultados das simulações de dinâmica molecular demonstram que o RMSD do complexo para o composto teste (molécula 149) permanece estável. Além disso, pode-se sugerir que por meio dos cálculos de RMSF e energia de interação, o composto teste (molécula 149) interage com este alvo, possibilitando interação, flexibilidade e estabilidade.
  • FERNANDA SILVA GALDINO
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO CLÍNICA DE FORMULAÇÃO FITOCOSMÉTICA CONTENDO O EXTRATO DE Momordica charantia L.
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 15:00
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  • A espécie Momordica charantia, popularmente conhecida como melão-de-são-Caetano, possui uma vasta diversidade de aplicações terapêuticas na medicina tradicional brasileira. Os estudos farmacológicos realizados com essa espécie vegetal têm demonstrado por meio de ensaios in vivo e in vitro o seu potencial anti-inflamatório e modulador da resposta imune, apresentando-se como uma alternativa para tratamentos de doenças dermatológicas e inflamatórias. O presente estudo teve como objetivo o desenvolvimento de formulações fitocosméticas de shampoo e condicionador contendo o extrato de Momordica charantia, para aplicação em estudo clínico de fase I, após avaliação prévia da presença de efeitos citotóxicos no extrato, suas aplicações microbiológicas, assim como a qualidade, estabilidade e aspectos cosméticos das formulações de shampoo e condicionador desenvolvidas com a incorporação do extrato vegetal, visando avaliar a qualidade de sua utilização como tratamento auxiliar para a melhora das manifestações tópicas da psoríase em estudo clínico de fase II. Foram realizadas metodologias de avaliação de citotoxicidade in vitro para o extrato obtido, por meio da avaliação do índice de lise celular, efeito oxidante e antioxidante em células sanguíneas, testes de estabilidade acelerada para as formulações capilares, assim como a avaliação in vitro dos seus efeitos sobre os fios capilares, avaliação clínica e sensorial. O extrato etanólico obtido, foi padronizado por meio da identificação da presença de rutina como marcador fitoquímico, através da análise por RNMC13. No estudo de citotoxicidade não foram observados efeitos indicativos de toxicidade no extrato, com a ausência de efeitos hemolíticos e oxidantes. Com a realização da triagem microbiológica foi possível identificar atividade bactericida máxima na concentração de 1400µg/ml para a cepas de S. Pyogenes. Na avaliação de estabilidade das formulações fitocosméticas obtidas constatou-se uma característica estável das formulações em condições diferenciadas de temperaturas de armazenamento. Em relação às avaliações in vitro das caraterísticas mecânicas dos fios, as formulações contendo o extrato de M. charantia apresentaram diferenças significativas (p< 0,05) de melhora em relação aos aspectos de penteabilidade e brilho. Os resultados obtidos no estudo clínico de fase I, não demonstraram alterações ou manifestações tóxicas no couro cabeludo e nos fios capilares dos participantes, demonstrando o caráter promissor das formulações fitocosméticas obtidas para evoluir com os ensaios clínicos de fase II.
  • RAYANNE HELLEN DO NASCIMENTO SILVA
  • Análogos com o núcleo 3,4,5-trimetoxibenzoíla inspirados na piplartina: atividade tripanocida e citotóxica contra carcinoma bucal
  • Data: 29/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A doença de Chagas está entre as treze doenças mais negligenciadas do mundo, mesmo sendo uma patologia bastante relatada e conhecida, continua se tratando de um problema socioeconômico em vários países latino-americanos. Outra doença também considerada um problema de saúde pública é o câncer, a exemplo do câncer de cabeça e pescoço , sendo que os mais comuns estão localizados na região da cavidade oral e apresenta taxa de sobrevida de apenas cinco anos. Portanto, a pesquisa por novos candidatos a fármacos antiparasitários e antitumorais é imprescindível. No presente trabalho uma coleção de vinte e três derivados do ácido 3,4,5-trimetoxibenzoico foram preparados via esterificação de Fischer, substituição nucleofílica utilizando haleto de alquila ou arila, reação de Mitsunobu e amidação com PyBOP. As estruturas dos produtos foram caracterizadas por espectroscopia no infravermelho, RMN de ¹H e 13C, e espectrometria de massas de alta resolução. Nove compostos são inéditos na literatura. Os derivados foram avaliados quanto a sua ação inibitória contra o Trypanosoma cruzi e a atividade citotóxica frente a células de carcinoma de células escamosas da língua (SCC9). Na avaliação da atividade tripanocida os derivados 15-18 e 20 foram bioativos frente as formas epimastigotas, tripomastigotas e amastigotas de T. cruzi. O derivado N-iso-butil-3,4,5-trimetoxibenzamida (17) apresentou maior potência tripanocida com IC50 = 2,21 µM e IS = 298,6. O resultado evidencia que as benzamidas tem ação antiparasitária mais promissora e que a presença de um substituinte alquílico volumoso potencializa a ação tripanocida. No estudo de modelagem molecular sugeriu-se um mecanismo de ação em que o alvo mais provável de 17 no T. cruzi seria a enzima histona desacetilase (HDAC). Enquanto na avaliação da atividade citotóxica foi realizada pelo teste de MTT, com os compostos 1-8, 9, 13-17 e 19-23. Entre os compostos testados, o 3,4,5-trimetoxibenzoato de 4-metoxi-benzila (10) e o composto 3,4,5-trimetoxibenzoato de 4-metil-benzila (11) apresentaram IC50 de 46,21 e 68,69 µM, e demonstraram alta seletividade, IS > 16 e 53, respectivamente. Estes derivados também causaram apoptose seletiva em células cancerígenas SCC9, sugerindo que a presença de substituintes aromáticos com metila ou metoxila na posição para aumentam a potência e seletividade. A modelagem molecular de 10 sugeriu um mecanismo de ação multialvo para a sua atividade antitumoral com CRM1 como o principal receptor alvo. Dessa forma, pode-se concluir que alguns análogos da piplartina apresentam ação tripanocida e antitumoral, contudo, são necessários estudos mais avançados para um melhor entendimento dos seus possíveis mecanismos de ação.
  • ARATA OLIVEIRA CORTEZ COSTA
  • AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DE ENANTIÔMEROS DE CITRONELAL: UMA ABORDAGEM in silico E in vivo
  • Data: 29/08/2023
  • Hora: 08:00
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  • Devido à complexidade da dor e sua abrangência em aspectos físicos, cognitivos, psicológicos e comportamentais, o manejo da dor envolve diversas abordagens. Em países em desenvolvimento, o uso de plantas medicinais é uma prática significativa na busca por novas opções de tratamento para doenças emergentes ou debilitantes. Estudos recentes têm explorado a atividade dos monoterpenos nos receptores relacionados à nocicepção e a identificação das interações específicas dos monoterpenos promete o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o controle da dor. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos do monoterpeno citronelal, distinguindo suas atividades para os isômeros (R)-(+) e (S)-(-) citronelal. Ambos os isômeros não demonstraram efeitos significativos na coordenação motora dos animais testados. O isômero (S)-(-) citronelal apresentou melhores resultados em relação ao seu homólogo estrutural, mostrando efeito antinociceptivo nos testes de formalina e placa quente, mesmo em menor concentração (100 mg/kg), e com menos efeitos colaterais. No entanto, o estudo não conseguiu elucidar completamente o mecanismo de ação desse isômero, apesar de estudos anteriores indicarem sua atividade em alvos específicos, como os receptores de glutamato e capsaicina. A atividade do (S)-(-) citronelal não foi revertida com a utilização de antagonistas para as vias relacionadas à nocicepção, indicando a necessidade de pesquisas adicionais para entender seu mecanismo de ação.Por outro lado, o isômero (R)-(+) citronelal demonstrou atividade completa somente na concentração de 150 mg/kg e teve seu mecanismo de ação relacionado à via opioide, uma via já correlacionada com tratamentos de controle da nocicepção, embora também associada a efeitos colaterais indesejados. Isso sugere uma possível utilização em outras áreas relacionadas ao tratamento da dor ou inflamação, porém, mais pesquisas são necessárias para aprofundar a compreensão do mecanismo de ação do isômero (S)-(-) citronelal e suas possíveis aplicações terapêuticas. Portanto, os monoterpenos, mostram-se promissores como agonistas ou moduladores potenciais dos receptores TRP no controle da dor. O estudo destaca a importância de futuras pesquisas para elucidar os mecanismos moleculares envolvidos na modulação da dor e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes para o manejo da dor.
  • JAVANYR FREDERICO DE SOUZA JÚNIOR
  • Efeitos dos extratos hidroalcoólicos liofilizados da casca do fruto de Spondias mombin Linn e Spondias tuberosa Arruda em modelo de senescência induzida por D-Galactose em cultura primária de células endoteliais isoladas da artéria aorta de ratos.
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • As células entram num estado conhecido como senescência e estas aumentam em número com o avançar da idade. No endotélio vascular isto ocorre de igual forma, onde um dos reguladores-chave nesse processo é o estresse oxidativo. Vários são os métodos para se alcançar a indução celular de senescência, dentre estes o modelo D-galactose ganha destaque por mimetizar este estado e promover estresse oxidativo. Dessa forma, a busca por compostos com atividade antisenescente e antioxidantes devem ser exploradas. A literatura evidencia que árvores frutíferas como Spondias mombin Linn (cajazeira) e Spondias tuberosa Arruda (umbuzeiro) possuem boa quantidade de compostos fenólicos de caráter antioxidante. Nenhum estudo foi elaborado para estudo antisenescente envolvendo estas plantas. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos dos extratos hidroalcóolicos liofilizados da casca dos frutos de Spondias mombin Linn (EHLSM) e Spondias tuberosa Arruda (EHLST) em modelo de senescência induzida por D-Galactose em cultura primária de células endoteliais isoladas da artéria aorta de ratos (RAECs). Foram realizados os ensaios de determinação do conteúdo fenólicos totais, atividade sequestradora de radicais DPPH• e identificação e quantificação de compostos fenólicos por cromatografia líquida de alta eficiência. As RAECs cultivadas foram divididas em dois grupos: Basal (tratado apenas com os extratos EHLSM ou EHLST nas concentrações de 0,01; 0,05; 0,1; 0,5 e 1,0 µg⁄mL) e D-Galactose (desafiado com D-gal 20 mg⁄mL e tratadas com os extratos EHLSM ou EHLST nas concentrações de 0,01; 0,05; 0,1; 0,5 e 1,0 µg⁄mL) por 48 horas para avaliação da viabilidade celular, senescência celular e produção de ânions superóxido. O EHLSM e EHLST apresentaram um alto conteúdo de fenólicos totais, capacidade sequestradora de radicais DPPH•, sendo encontrados e quantificados vários compostos fenólicos. No ensaio de viabilidade celular do grupo Basal, o tratamento com EHLSM (1,0 μg/mL) e com EHLST (0,1, 0,5 e 1,0 μg/mL) reduziram viabilidade quando comparados ao controle (p<0,05). No grupo D-Galactose, D-gal reduziu viabilidade celular quando comparado ao controle, o tratamento com EHLSM (0,5μg/mL) e EHLST (0,5 e 1,0μg/mL) reduziram a viabilidade quando comparados ao D-gal (p<0,05). No ensaio de SA-β-gal do grupo Basal, nenhum dos extratos foi capaz de alterar a senescência. No grupo D-Galactose, D-gal aumentou o percentual de células senescentes quando comparado ao controle, EHLSM (0,1, 0,5 e 1,0µg⁄mL) e EHLST (0,05, 0,1, 0,5 e 1,0µg⁄mL) diminuíram o percentual de células senescentes quando comparados ao D-gal (p<0,05). No ensaio de produção de ânions superóxido do grupo Basal, EHLSM (0,5 e 1,0µg⁄mL) e EHLST (0,05, 0,1, 0,5 e 1,0µg⁄mL) aumentaram a produção de ânions superóxido quando comparados ao controle (p<0,05). No grupo D-galactose, D-gal aumentou a produção de ânions superóxido quando comparado ao controle, EHLSM (0,1, 0,5 e 1,0 µg⁄mL) e EHSLT (0,05, 0,1, 0,5 e 1,0 µg⁄mL) diminuíram a produção de ânions superóxido quando comparados ao D-gal (p<0,05). Estes resultados demonstram que os extratos EHLSM e EHLST possuem atividade antisenescente em RAECs desafiadas com D-gal, e que esta atividade pode estar relacionada, pelo menos em parte, com a capacidade antioxidante dos extratos.
  • LIDIANE SILVA DO NASCIMENTO
  • Avaliação do perfil toxicológico e antimicrobiano (in vitro) dos canabinoides Canabidiol (CBD) e δ-9-tetrahidrocanabinol (THC) derivados da Cannabis sativa L.
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • As plantas oferecem produtos naturais ricos em valor medicinal e cultural, uma gama de compostos bioativos que sustentam sua relevância. A presente pesquisa objetiva contribuir com os esforços científicos que buscam compreender de uma forma robusta as propriedades da C. sativa L. no contexto farmacológico. Os experimentos visaram avaliar aspectos toxicológicos e as atividades antioxidantes, de proteção contra o estresse osmótico e antimicrobiana dos canabinoides CBD e THC. Uma avaliação toxicológica foi realizada para examinar o potencial hemolítico de óleos ricos nos canabinoides, utilizando eritrócitos humanos dos tipos A-, B+ e O+. Os óleos foram testados em concentrações de 50, 100, 200, 300 e 400 μg/mL. A hemólise foi quantificada através da detecção de hemoglobinas liberadas pelos glóbulos vermelhos, medida a 540 nm por espectrofotometria. Os resultados indicaram que os óleos CBD, THC e CBD+THC não causaram ação hemolítica acima de 8% em todas as concentrações e tipos sanguíneos testados. O potencial oxidante dos canabinoides revelou que o CBD e o THC não foram capazes de promover níveis significativamente altos de oxidação da hemoglobina. Embora os valores de metemoglobina tenham mostrado uma tendência de aumento com a concentração das substâncias, essas diferenças não foram estatisticamente significativas. Em relação à fragilidade osmótica das células vermelhas, os canabinoides CBD e THC foram avaliados para determinar se eles protegem contra a hemólise em células fragilizadas por solução hipotônica. Os resultados indicaram que, embora tenham diminuído as porcentagens de hemólise em alguns casos, a proteção foi de baixa eficácia, mesmo nas maiores concentrações. Quanto à atividade antioxidante, os canabinoides CBD e THC mostraram resultados limitados na proteção contra a oxidação da hemoglobina pela fenilhidrazina. No entanto, a mistura dos dois canabinoides apresentou uma dinâmica mais potente na proteção contra a oxidação, embora os valores de proteção não fossem considerados altos em comparação com moléculas antioxidantes padrão. A atividade antimicrobiana foi avaliada em 34 cepas bacterianas, sendo 17 gram-positivas e 17 gram-negativas. Os resultados encontrados mostraram que os canabinoides possuem atividade antimicrobiana contra os dois grupos, porém, as gram-positivas foram as mais sensíveis, sendo a atividade bacteriostática predominante. A combinação dos canabinoides mostrou resultados semelhantes aos obtidos com os compostos isolados. No geral, concluímos que os canabinoides CBD e THC apresentaram baixa toxicidade em relação às células sanguíneas humanas, exibiram atividade antioxidante limitada e mostraram atividade antimicrobiana, principalmente como agentes bacteriostáticos.
  • ANDERSON FELLYP AVELINO DINIZ
  • Suplementação alimentar com Arthrospira (Spirulina) platensis previne os danos causados pelo consumo de dieta hipercalórica sobre a reatividade contrátil e estresse oxidativo no íleo de ratos Wistar
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A obesidade é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura proveniente do consumo de dietas hipercalóricas que podem favorecer o desenvolvimento de doenças e desordens gastrointestinais, associadas ao estresse oxidativo e a secreção e liberação de mediadores inflamatórios. A alga Arthrospira (Spirulina) platensis (AP) é bastante utilizada nas indústrias nutracêutica e farmacêutica, e vem sendo alvo de diversas pesquisas, principalmente por sua rica composição química e nutricional e seus benefícios para a saúde, além de seu potencial antioxidante. No entanto, ainda não se tem estudos envolvendo a suplementação alimentar com AP na prevenção dos efeitos deletérios promovidos pelo consumo de uma dieta hipercalórica sobre o estresse oxidativo e a reatividade intestinal no íleo de ratos, bem como os possíveis mecanismos de ação adjacentes envolvidos. Dessa forma, visando a busca por novas alternativas terapêuticas, avaliou-se os efeitos da AP, em um modelo de obesidade experimental induzida por dieta hipercalórica e os mecanismos pelos quais a alga previne os danos à reatividade contrátil do íleo de rato. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (certidão 2352101019). Os ratos Wistar foram divididos em grupo alimentado com dieta padrão (DP), grupo alimentado com dieta hipercalórica (DHC) e em grupo suplementado com AP na dose de 25 mg/kg (DHC + SP25), durante 8 semanas. Foram analisados os parâmetros nutricionais e histomorfométricos, o estresse oxidativo, os níveis de IL-1β tecidual e os mecanismos de ação funcionais envolvidos nas alterações da reatividade contrátil do íleo, in vitro. O consumo da dieta hipercalórica resultou no aumento da massa corporal final, como consequência do ganho de peso pelo consumo calórico, aumento das reservas adiposas epididimal, retroperitoneal e inguinal, e da adiposidade corporal, além disso aumentou o estresse oxidativo e os níveis de IL-1β, reduzindo proteínas antioxidantes e a capacidade antioxidante (CAT) no íleo. Interessantemente, tais efeitos deletérios promovidos pelo consumo da dieta hipercalórica sobre os parâmetros de obesidade experimental e estresse oxidativo foram prevenidos pela suplementação alimentar com A. platensis. Em relação à reatividade contrátil intestinal do íleo, os ratos (DHC) apresentaram redução da eficácia contrátil ao CCh (acoplamento farmacomecânico), que foram prevenidos pela AP. Esses efeitos preventivos da alga foram associados à modulação positiva das vias da Rho cinase (ROCK), do óxido nítrico (NO), dos prostanoides contráteis e do sistema antioxidante através da SOD. A integração de vias que favorecem a contração intestinal pode estar subjacente as alterações preventivas histomorfológicas evidenciadas pela ação da AP no íleo de ratos, bem como a presença do ácido gama linolênico (GLA), como componente majoritário da alga. Portanto, a suplementação alimentar com A. platensis previne os danos associados ao consumo da dieta hipercalórica e desponta como um candidato a fitoterápico, adjuvante na prevenção da obesidade e de doenças e/ou desordens intestinais agravadas por ela.
  • NAYANA DA ROCHA OLIVEIRA
  • Avaliação da atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A eficiência na distribuição dos conídios de Aspergillus pelo ambiente torna esse gênero um dos mais comuns em amostragens do ar interno, afetando a sua qualidade. Aspergillus niger é uma espécie frequentemente isolada e caracterizada como contaminante ambiental e implicada em uma variedade de infecções, como por exemplo a Síndrome do Edifício Doente. Além disso, é a terceira maior causa da aspergilose. O limitado arsenal de antifúngicos disponíveis, assim como a alta resistência fúngica relatada, tem impulsionado a busca por novas substâncias com atividade antifúngica, dentre elas, as plantas medicinais e seus fitoconstituintes. Em vista disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica de mirtenol sobre cepas de Aspergillus niger. Para isso, realizou-se os ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); ação sobre o crescimento micelial de A. niger; elucidação do seu mecanismo de ação e, por fim, o efeito da associação entre mirtenol e os antifúngicos padrões voriconazol e anfotericina B, através do método Checkerboard. O mirtenol apresentou forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de A. niger testadas, com uma CIM definida em 64 μg/mL e CFM de 256 μg/mL, exibindo ação fungicida. O efeito antifúngico do sanitizante PAC 200® foi constatado apenas na sua maior concentração investigada (10.000 μg/mL). O monoterpeno inibiu, significativamente (p<0,05), o crescimento micelial das cepas avaliadas na CIMx2 (128 μg/mL) e CIMx4 (256 μg/mL), com resultados superiores aos obtidos para a anfotericina B. O mecanismo de ação antifúngica de mirtenol envolve, possivelmente, a desestabilização da parede celular, assim como, a sua ligação ao ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Um efeito sinérgico foi observado na combinação do fitoconstituinte com o voriconazol, para ambas as cepas. No entanto, a associação entre mirtenol e a anfotericina B, resultou em sinergismo para a cepa ATCC-6245 e em aditividade para a cepa LM-03. Os achados desta pesquisa sugerem que mirtenol representa uma nova e promissora alternativa terapêutica no tratamento de infecções fúngicas causadas por A. niger
  • TERESA CAROLLINY M LUSTOZA RODRIGUES
  • Estudos de CADD na busca de fenilpropanoides multialvos para o tratamento da epilepsia
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A epilepsia é uma doença neurológica, caracterizada pela hiperatividade do sistema nervoso central. As crises epilépticas são ocasionada pelo desequilíbrio da neurotransmissão excitatórios e inibitórios. O tratamento das crises epilépticas são compostos por drogas antiepelepticas (AEDs) que agem por mecanismos de ação diversos. Muitos pacientes fazem uso da polifarmácia, pois necessitam de mais de um AEDs, que são dotados de efeitos colaterais que comprometem a adesão e a qualidade do tratamento. Ainda há pacientes que apresentam a epilepsia refratária, na qual os medicamentos não conseguem controlar mais as crises epilépticas. As plantas medicinais são usadas há séculos para o tratamento de inúmeras doenças, inclusive neurológicas, de forma empírica e destacam-se pela presença de metabólitos secundários, dentre eles, o fenilpropanoides que apresentam diversas atividades biológicas. Este trabalho teve como enfoque analisar, através da abordagem in silico, o uso dos fenilpropanoides como possíveis moléculas terapêuticas dos alvos farmacológicos com ação multialvos para o tratamento da epilepsia, através métodos de triagem virtual baseada no ligante (LBVS), quimiométricos, predição e ancoragem (docking) molecular. Na abordagem experimental em foi criado um banco com 468 moléculas de fenilpropanoides encontrados na literatura. Então aplicou-se as técnicas de predição da LBVS com modelos desenvolvidos para os alvos: ácido alfa-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolpropiônico (AMPA), canal de cálcio dependente de voltagem tipo T (CaV), ácido gama-aminobutírico tipo A (GABAA), transportador de ácido gama-aminobutírico tipo 1 (GAT -1), canal de potássio dependente de voltagem da família Q (KCNQ), canal de sódio dependente de voltagem (NaV) e N-metil D-aspartato (NMDA). Em seguida, foram analisadas e selecionadas as moléculas que apresentaram os melhores parâmetros de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade (ADMET) e capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. Por fim foi realizado o docking molecular com os melhores fenilpropanoides utilizando duas funções scores: Moldock score e PLANTS score e realizado o consenso das energias de ligação. Os resultados mostraram que, após a triagem virtual, a molécula TR430 possuiu absorção oral de 99,03% não violou nenhuma das cinco regras de Linpiski, portanto possui uma boa biodisponibilidade; também não demonstrou nenhuma toxicidade, nem da molécula nem dos seus metabólitos, e consegue atravessar a barreira hematoencefálica. No docking molecular apresentou um consenso score para o AMPA e GABAA de -260,184 kcal/mol e -254,422 kcal/mol, respectivamente. Logo, o TR430 é um composto multialvo com potencial atividade antiepiléptica e estudos futuros deverão ser feitos para comprovar as predições obtidas in silico.
  • FRANCISCA SABRINA VIEIRA LINS
  • Revisão sobre pregnanos glicosídeos da subfamília Asclepiadoideae (Apocynaceae) e estudo fitoquímico e farmacológico de Mandevilla dardanoi.
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • Apocynaceae, uma das maiores famílias de plantas com mais de 5.100 espécies amplamente distribuídas, serve como um modelo significativo para estudos evolutivos e bioquímicos. Dentro desta família, foram isolados compostos como alcaloides, flavonoides e terpenoides com potenciais atividades terapêuticas. Entre as suas subfamílias, Asclepiadoideae é reconhecida como uma fonte rica de derivados pregnanos C21. Mandevilla Lindl é um importante gênero da família Apocynaceae, não apenas como planta ornamental, mas também por seus usos medicinais. No Brasil, as espécies de Mandevilla são indicadas para o tratamento de asma e infecções de pele, e seu potencial anti-inflamatório e de cicatrização de feridas também são relatados na literatura. No que diz respeito à sua composição química, este grupo de plantas é um produtor notável de pregnanos glicosídeos. Mandevilla dardanoi é uma espécie endêmica do semiárido brasileiro não estudada por nenhum método fitoquímico. Esta pesquisa foi dividida em duas fases, na primeira foi realizada uma revisão abrangente dos pregnanos glicosídeos (PG) obtidos de Asclepiadoideae, empregando uma abordagem interdisciplinar que combina quimiofenética com análise de dados de redes neurais para identificar espécies promissoras e compostos bioativos. Para isto, foi compilado um conjunto de dados que incluiu 643 PGs únicos e 706 ocorrências botânicas. Os aspectos etnofarmacológicos, bem como a extração, o isolamento e a atividade biológica dos PGs, foram analisados e discutidos. A análise quimiofenética usando mapas auto-organizáveis (SOM) e a reconstrução filogenética revelaram semelhanças entre as tribos Marsdenia-Ceropegiae e destacaram a ocorrência dos tipos seco e diseco pregnano, predominantemente, na tribo Asclepiadeae. Ambas as estruturas apresentaram características intrigantes e os seus derivados demonstraram atividades anti-inflamatórias e citotóxicas. Tais resultados fornecem informações valiosas para investigação futura sobre estes compostos e as suas fontes vegetais medicinais. Além disso, no estudo filogenético constatou-se apenas uma espécie de Mandevilla, permitindo uma escolha mais assertiva da espécie a ser estudada, no que diz respeito ao isolamento de pregnanos com agliconas de esqueletos diferenciados. Na segunda fase do estudo, tendo em vista o potencial medicinal das espécies de Mandevilla, o objetivo foi isolar novos pregnanos glicosídeos de M. dardanoi. Para atingir este objetivo principal, foram utilizadas técnicas modernas de cromatografia. Cinco novos pregnanos glicosídeos, dardanois A-E, foram isolados das raízes através de CLAE. As suas estruturas foram determinadas utilizando dados de RMN 1D e 2D e de espectrometria de massas (MSn e HRESIMS). A citotoxicidade e o potencial anti-inflamatório destes compostos foram avaliados através da medição de citocinas pró-inflamatórias e da produção de óxido nítrico por macrófagos estimulados. Os dardanois foram capazes de inibir a produção de óxido nítrico e reduzir a IL-1β e o TNF-α. O presente trabalho demonstra a quimiodiversidade de espécies do semiárido brasileiro e contribui para ampliar o conhecimento sobre o potencial biológico do gênero Mandevilla
  • LOUISE MANGUEIRA DE LIMA
  • Atividade anti-inflamatória do 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CISACN) em modelos murinos de inflamação aguda
  • Data: 25/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo à injúria, entretanto, quando não controlada, pode causar danos aos tecidos. Um exemplo disso é a lesão pulmonar aguda (LPA) e sua forma mais grave, a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), que são patologias caracterizadas por taquipneia aguda, edema pulmonar grave e diminuição da complacência pulmonar, resultando em insuficiência respiratória hipoxêmica. Até o momento, não há uma farmacoterapia padrão e direcionada para a LPA/SDRA. O 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CISACN) é um aduto de Morita-Baylis-Hillman derivado da isatina que possui atividades antitumoral e antimalárica, toxicidade aguda e citotoxicidade baixas com boa disponibilidade oral teórica. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito anti-inflamatório do CISACN, administrado via oral (v.o.) em modelos murinos de edema de pata, peritonite e LPA. Para tal, camundongos Swiss fêmeas foram pré-tratados com o CISACN (3,125 mg/kg, 6,25 mg/kg ou 12,5 mg/kg) e desafiados via intraplantar (v.ipl) com os agentes flogísticos carragenina, prostaglandina (PGE2), bradicinina (BK), serotonina (5-HT), histamina ou composto 48/80, e via intraperitoneal com carragenina (1%). O pré-tratamento com o CISACN na dose de 6,25 mg/kg reduziu (p < 0,05) o edema de pata induzido pelos agentes flogísticos e diminuiu (p < 0,05) a migração de neutrófilos, a permeabilidade vascular e as citocinas pró-inflamatórias, TNF-α, IL-1β e IL-6, no lavado peritoneal coletado 4 horas após o desafio com a carragenina. No modelo experimental de LPA, camundongos BALB/c machos foram desafiados por instilação nasal (i.n.) com lipopolissacarídeo (LPS) e, uma hora após, foram tratados (v.o.) com CISACN (6,25 mg/kg,12,5 mg/kg ou 25 mg/kg) e, 24 horas depois, coletados o fluido do lavado broncoalveolar (BALF), o soro e os pulmões. O tratamento com CISACN (12,5 mg/kg) reduziu (p <0,05) a migração de neutrófilos e as citocinas TNF-α, IL-1β e IL-6 no BALF, a formação do edema pulmonar e diminuiu os níveis séricos de TNF-α, bem como atenuou alterações histopatológicas, como edema, infiltrado celular e hemorragia. Os efeitos anti-inflamatórios do CISACN podem estar associados à inibição da via de sinalização TLR4/MAPK-p38, visto que, a partir de uma abordagem in silico, evidenciou-se que o CISACN apresentou forte energia de ligação e afinidade com esses alvos moleculares. Portanto, os resultados apresentados nesse estudo demonstram o potencial anti-inflamatório do CISACN, colocando-o como uma molécula promissora no desenvolvimento de um fármaco anti-inflamatório.
  • COSMO ISAIAS DUVIRGENS VIEIRA
  • Investigação do efeito anti-inflamatório do alcaloide sintético tetrahidroisoquinolinico, o 2, 6-dimetoxi-4-(7-metoxi-1,2,3,4-tetra-hidroisoquinolin-1-il) fenol (Di-MTF) em modelos animais de inflamação aguda e estudo in silico.
  • Data: 22/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • A inflamação é um processo fisiológico desencadeado por células e moléculas de ação local capaz de dissipar o processo infeccioso/agressor e restabelecer a homeostase. Entretanto, se tornar persistente e duradouro, pode evoluir para estados doentios, como a lesão pulmonar aguda (LPA) que, em estágio avançado, é a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), acometendo os alvéolos pulmonares, com infiltrado de celular, lesão da barreira alvéolo-capilar e produção de citocinas. A taxa de mortalidade dessa doença é de 40%-60% com ineficaz controle farmacológico. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o efeito anti-inflamatório do alcaloide tetrahidroisoquinolinico, Di-MTF em modelos experimentais de inflamação aguda e estudos in silico. Para tal, camundongos fêmeas Swiss pré-tratados com Di-MTF (0,6; 1,25; 2,5mg/kg, via oral) e desafiados, no coxin plantar, com carragenina (CG), prostaglandina (PGE2), bradicinina (BK), 5 hidroxitriptamina (5HT), composto 48/80 ou histamina para avaliar a atividade anti-edematogênica e, com CG administrado intraperitoneal, avaliar a permeabilidade, migração de células totais e diferenciais e citocinas. Para avaliar a lesão pulmonar aguda, camundongos BALB/c foram desafiados com lipopolissacarídeo (LPS) e tratados com Di-MTF(1,25mg/kg). Vinte e quatro horas após o desafio, os animais foram eutanasiados, e o lavado broncoalveolar (BALF), sangue e pulmões foram coletados para as análises celulares e moleculares. Para a predição de alvos moleculares e perfil farmacocinético e farmacodinâmico, foram realizados estudos in silico utilizando o software ADMET (absorção, distribuição, metabolismo e toxicidade), HyperChem e Molegro Virtual Docker (MVD). O pré-tratamento com Di-MTF reduziu (p<0,05) o edema de pata, a migração de neutrófilos para o peritônio, o extravasamento peritoneal de proteínas e redução de citocinas pro-inflamatórias (IL-1β, IL-6 e TNF-α). Na LPA experimental o Di-MTF reduziu (p<0,05) a migração de leucócitos para o pulmão, principalmente de neutrófilos, fluidos proteicos, edema pulmonar, e as citocinas, IL-1β, IL-6 e TNF-α, a IL-6 e TNF-α foram reduzidas a nível sistêmico. As lesões histológicas do tecido pulmonar foram atenuadas com o tratamento, tais como infiltrado celulares, edema e hemorragia. Estudos in silico de docking molecular mostraram que o Di-MTF apresentou melhor interação com p38 MAPK e Toll-like 4 (TLR4), energia de ligação de -66,680 kcal/mol e -37,577 kcal/mol, respectivamente. Seus parâmetros ADMET foram aceitáveis, mostrando segurança e biodisponibilidade. Portanto, concluímos que o Di-MTF exerceu efeito anti-inflamatório por modular parâmetros inflamatórios atrelados a interrupção das vias de sinalização de Toll like 4 (TLR4), p38MAPK. A molécula mostrou-se segura com boa biodisponibilidade colocando-a a ser uma possível ferramenta farmacológica para o tratamento de inflamações agudas.
  • BRENDA KERCYA DA SILVA FARIAS
  • Avaliação da atividade antifúngica in vitro da molécula CH3ISACN sobre espécies de Candida albicans e Candida glabrata isoladas do trato urinário
  • Data: 16/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • A infecção do trato urinário (ITU) corresponde a colonização de microrganismos e invasão de qualquer estrutura do trato geniturinário. O gênero Candida é um dos mais prevalentes nessas infecções, com destaque para a espécie Candida albicans. Entretanto, o número de casos ocasionados por espécies não-albicans como C. glabrata tem crescido e representa um fator preocupante, pois apresenta resistência aos antifúngicos comumente utilizados na prática clínica. A busca por novas alternativas farmacológicas se torna um recurso importante para combater essas infecções. Nessa perspectiva, o potencial antifúngico do produto sintético derivado da isatina 2-(3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-il) acrilonitrila (CH3ISACN) foi investigado através de estudos in vitro contra cepas de C. albicans e C. glabrata. A atividade biológica da molécula foi avaliada por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), ensaio de associação por meio da técnica de Checkerboard, estudo dos possíveis mecanismos de ação (ensaios com sorbitol 0,8M e ergosterol 400 µg/mL) e inibição da formação de biofilme. O produto teste apresentou uma notável atividade antifúngica sobre as cepas testadas, com um valor de CIM 64 µg/mL, que foi capaz de inibir o crescimento de 11 (92%) das 12 cepas testadas na concentração, sendo 7 (87%) das 8 cepas de C. albicans e 100% de inibição para as 4 cepas de C. glabrata. A CFM foi definida em 128 µg/mL, apresentando efeito fungicida para a maioria das cepas testadas. A associação de CH3ISACN com fluconazol, bem como CH3ISACN com anfotericina B resultou em sinergismo para C. albicans e indiferença para C. glabrata para ambos fármacos padrões testados. Através dos ensaios de sorbitol e ergosterol, observou-se que a atividade antifúngica da molécula investigada provavelmente ocorre pela sua ação na parede celular fúngica. Por fim, a molécula apresentou inibição moderada na formação de biofilme para C. albicans ATCC-76485 e ausência de efeito frente C. glabrata. Diante dos resultados expostos, a molécula sintética pode ser considerada como possível tratamento para infecções fúngicas do trato urinário ocasionadas por espécies de Candida.
  • ANA JULIA DE MORAIS SANTOS OLIVEIRA
  • Explorando o potencial antimicrobiano e antiparasitário de salicilatos e salicinamidas
  • Data: 11/08/2023
  • Hora: 13:30
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  • As doenças negligenciadas afetam quase dois bilhões de pessoas no mundo, sendo o Brasil um dos países mais acometidos devido a elevada prevalência destas patologias. Em adição, as infecções por Candida é motivo de preocupação devido ao aumento da resistência microbiana aos antifúngicos. Portanto, é imprescindível a busca por novos candidatos a fármacos para o tratamento destas infecções. No presente estudo, uma coleção de 25 compostos derivados do ácido salicílico foram preparados através de reação de esterificação de Fischer, reação de Mitsunobu, reação de substituição nucleofílica com haleto de alquila e reação de Schotten-Baumann, obtendo-se seis produtos inéditos. As estruturas dos derivados sintéticos foram caracterizadas por espectroscopia de infravermelho, RMN de 1H e 13C, DEPT 135 e espectrometria de massas de alta resolução. Os compostos foram submetidos à avaliação biológica frente a espécies do gênero Candida e doze derivados avaliados in vitro contra Leishmania braziliensis, Trypanosoma cruzi e Plasmodium falciparum. Na investigação da atividade antifúngica utilizou-se o método de microdiluição em caldo para determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e verificação do provável mecanismo de ação antifúngico do composto com melhor bioatividade. A atividade citotóxica dos doze compostos foi avaliada pela viabilidade da linhagem celular promonocítica humana U-937 (ATCC CRL-1593.2TM) via o método de MTT. O ensaio tripanocida, leishmanicida e antiplasmódico foi realizado frente às formas epimastigotas de T. cruzi, em amastigotas intracelulares de L. braziliensis e culturas assincronizadas de P. falciparum 3D7, respectivamente, com determinação da EC50 dos compostos. Em geral, os compostos avaliados apresentaram valores de LC50 elevados no ensaio de citotoxicidade e baixa atividade antiparasitária. Na avaliação antifúngica, o composto com melhor perfil antifúngico foi o N-cicloexil-2-hidroxibenzamida (15) com CIM de 125 μg/mL frente a C. albicans ATCC 90028, C. albicans CBS 5602 e C. krusei CBS 573; e CIM = 250 μg/mL contra C. tropicalis CBS 94, sugerindo que salicilamida com anel alifático de seis membros pode potencializar essa bioatividade. No estudo do modo de ação em membrana ou parede celular fúngica de 15, observou-se que o composto não interage diretamente com o ergosterol presente na membrana plasmática ou com a parede celular fúngica, o que evidencia que seu mecanismo de ação seja através de outros alvos farmacológicos. Enquanto a análise in silico sugeriu um mecanismo de ação antifúngico multialvo.
  • TAYS AMANDA FELISBERTO DA SILVA
  • PAPEL MODULADOR DO CARVACROL SOBRE CÉLULAS PROGENITORAS ENDOTELIAIS – INVESTIGAÇÃO DE MECANISMOS REGENERATIVO EM NÍVEL MOLECULAR
  • Data: 28/07/2023
  • Hora: 09:00
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  • Carvacrol é um monoterpeno fenólico que apresenta uma diversidade de atividades biológicas, destacando-se sua capacidade antioxidante e anti-hipertensiva. No entanto, há poucas evidências demonstrando sua influência na regeneração vascular. No presente estudou, avaliou-se a possível modulação de carvacrol no reparo endotelial induzido por células progenitoras endoteliais (EPC). Para os ensaios in vitro, EPC foram isoladas da medula óssea de ratos Wistar e cultivadas por sete dias em meio basal de endotélio. As células cultivadas foram divididas em quatro grupos experimentais: controle (CTL), angiotensina 1 μM (ANG), carvacrol 0,1 μM (CTL-CAR) e angiotensina 1 μM tratado com carvacrol 0,1 μM (ANG-CAR). Todas as substâncias foram incubadas por 24 horas para a realização dos protocolos experimentais. A citotoxidade foi avaliada por meio do ensaio de MTT. A performance do carvacrol sobre a modulação das EPC foi avaliada através da detecção das espécies reativas de oxigênio (ROS) e óxido nítrico (NO), teste de adesão e migração celular, e avaliação da expressão da sintase de oxido nítrico endotelial (eNOS), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e Nrf2. Para os ensaios biológicos, os animais foram divididos em cinco grupos: controle normotenso Wistar Kyoto (WKY-CTL) e hipertenso (SHR-CTL); e hipertensos tratados com carvacrol 50 mg/kg (SHR-C50), carvacrol 100 mg/kg (SHR-C100) ou sildenafila (SHR-S1,5). Todos os ratos foram tratados por via intragástrica, uma vez ao dia, durante quatro semanas. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA-UFPB no 2171120320. A pressão arterial sistólica (PAS) foi medida semanalmente a partir do manguito da cauda. EPC foram isoladas da medula óssea e da circulação periférica, e quantificadas por citometria de fluxo. A funcionalidade do EPC foi avaliada após o cultivo por quantificação de unidades formadoras de colônias (UFC), avaliação de eNOS, detecção intracelular de ROS e avaliação da senescência. A artéria mesentérica superior foi isolada para avaliar a quantificação de ERO, CD34 e CD31. O tratamento do grupo ANG-CAR reduziu o estresse oxidativo e melhorou a adesão e migração de EPC. O aumento da performance da EPC envolve o aumento da expressão de eNOS, com consequente aumento de produção de NO. Ademais, foi observado o aumento da expressão de SOD, CAT e Nrf2. O tratamento com carvacrol induziu a migração de EPC, aumentou a formação de UFC, expressão e atividade de eNOS, além de reduzir ROS e senescência. Além disso, carvacrol reduziu ROS vasculares e aumentou a expressão de CD31 e CD34. Este estudo mostrou que o tratamento com carvacrol melhora a funcionalidade da CPE, contribuindo para a redução da disfunção endotelial.
  • RAWNY GALDINO GOUVEIA
  • Estudo da atividade antifúngica dos monoterpenos (R)-(+)-citronelal, (S)-(-)-citronelal e 7-hidroxicitronelal sobre o crescimento de Candida albicans isoladas de infecções ungueais.
  • Data: 16/06/2023
  • Hora: 08:00
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  • A onicomicose é uma doença comum que afeta a unidade ungueal, representando pelo menos 50% de todas as doenças ungueais. Essa infecção crônica da unha é causada principalmente por leveduras de Candida albicans, responsáveis por aproximadamente 70% dos casos. Essa condição apresenta complexidade e desafios no tratamento. Nesse estudo, foi investigado o efeito antifúngico dos monoterpenos 7-hidroxicitronelal, (R) e (S)-citronelal, bem como seus mecanismos de ação preditivos sobre C. albicans de onicomicoses resistentes ao voriconazol. Para este propósito, foram aplicadas técnicas in vitro de microdiluição em caldo e docking molecular de forma preditiva e complementar para os mecanismos de ação. Os principais resultados deste estudo indicam que C. albicans foi resistente ao voriconazol e sensível aos compostos (R)-citronelal, (S)-citronelal e 7-hidroxicitronelal, na dose de 256, 32, 64 μg/mL respectivamente. Além disso, houve aumento da concentração inibitória mínima (CIM) dos compostos na presença do sorbitol e do ergosterol, indicando que estas moléculas possivelmente afetem a integridade da parede e da membrana celular de C. albicans. O docking molecular com proteínas chave da biossíntese e manutenção da parede celular e da membrana plasmática fúngica, demonstraram a possibilidade destes monoterpenos interagirem com duas importantes enzimas: 1,3-β-glucan sintase e lanosterol 14α-demetilase. Somado a isso, o efeito dos enantiômeros e o 7-hidroxicitronelal na inibição da formação de biofilme de cepas de C. albicans foi investigado. O estudo constatou que os compostos inibiram a formação de biofilme das cepas testadas, C. albicans LM 600 e C. albicans ATCC 76645. O enantiômero (R)-citronelal e o 7-hidroxicitronelal apresentaram uma forte atividade antibiofilme, enquanto o enantiômero (S)-citronelal apresentou uma atividade moderada a forte. Além disso, o estudo também avaliou a combinação dos produtos naturais com antifúngicos fluconazol e voriconazol, e foi observado sinergismo para ambos os enantiômeros nas duas cepas de C. albicans, bem como aditividade e antagonismo para o enantiômero (S)-citronelal, e indiferença para o 7-hidroxicitronelal quando combinados com fluconazol nas cepas ATCC 76645. Portanto, os achados desse estudo indicam que os monoterpenos (R) -citronelal, (S)-citronelal e o 7-hidroxicitronelal são fungicidas sobre C. albicans de onicomicoses e provavelmente essas substâncias causem danos a parede e a membrana celular desses microrganismos possivelmente por interagir com as enzimas da biossíntese destas estruturas fúngicas. Estes resultados obtidos neste estudo fornecem evidências promissoras sobre o potencial antifúngico dos monoterpenos (R)-citronelal, (S)-citronelal e 7-hidroxicitronelal contra C. albicans em casos de onicomicose
  • ISADORA SILVA LUNA
  • Desenho racional de fármacos auxiliado por computador de novos derivados 2-amino-tiofeno como agente anti-leishmania e antifúngico
  • Data: 15/06/2023
  • Hora: 09:30
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  • A leishmaniose é uma doença negligenciada causada por um grupo de protozoários parasitas do gênero Leishmania cujo tratamento é limitado, obsoleto, tóxico e ineficaz em certos casos. Essas características motivam pesquisadores em todo o mundo a planejar novas alternativas terapêuticas para o tratamento da leishmaniose, onde o uso de ferramentas quimioinformáticas aplicadas ao design de fármacos permitiu que a pesquisa fizesse grandes avanços na busca de novos candidatos a fármacos. Neste estudo, uma série de derivados de 2-amino-tiofeno (2-AT) foi triada virtualmente usando ferramentas QSAR, filtros ADMET e modelos de predição, permitindo a síntese direta de compostos, que foram avaliados in vitro contra as formas promastigotas e amastigotas axênicas de Leishmania amazonensis. A combinação de diferentes descritores e métodos de aprendizado de máquina levou à obtenção de modelos QSAR robustos e preditivos, com taxas de classificação corretas variando de 0,53 (para amastigotas) a 0,91 (para promastigotas), permitindo selecionar onze derivados 2-AT, que não violam a regra de Lipinski, exibem boa semelhança com drogas e com probabilidade ≤ 70% de atividade potencial contra as duas formas evolutivas do parasita. Todos os compostos foram devidamente sintetizados e 8 deles demonstraram ser ativos contra pelo menos uma das formas evolutivas do parasita com valores de IC50 menores que 10 μM. Os compostos 8CN e DCN-83, respectivamente, são os mais ativos contra as formas promastigota e amastigota, com valores de IC50 de 1,20 e 0,71 μM. Em conjunto, esses achados demonstram que o uso de triagem virtual baseada em ligantes provou ser bastante eficaz e economizou tempo, esforço e dinheiro na seleção de potenciais agentes anti-Leishmania, e confirmam, mais uma vez, que os derivados de 2-AT são promissores compostos de sucesso para o desenvolvimento de novos agentes anti-Leishmania.
  • JEREMIAS JUSTO EMIDIO
  • Estudo antifúngico de derivados benzoxazóis e benzotiazóis frente a espécies de Candida
  • Data: 07/06/2023
  • Hora: 14:00
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  • Nos últimos anos houve um aumento na incidência das doenças decorrentes de infecção fúngica, prevalecendo atualmente como importante fator de morbidade e mortalidade em humanos. A resistência fúngica à terapia farmacológica tem sido constatada em várias espécies, com destaque no gênero Candida. Dessa forma, a busca por novos candidatos a fármacos é importante para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo preparar e avaliar a atividade farmacológica de treze derivados benzoxazóis e benzotiazóis através de estudos in vitro, com a perspectiva de obter compostos biologicamente ativos e investigar parâmetros químicos relevantes para a bioatividade. Os compostos foram preparados por meio do acoplamento descarboxilativo de derivados do ácido cinâmico com um reagente acoplador e foram estruturalmente caracterizados por técnicas espectroscópicas de Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio e Carbono Treze. Dentre os produtos obtidos, seis compostos são inéditos. Em seguida, realizou-se os ensaios antifúngicos via a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM). Em adição, investigou-se o mecanismo de ação (sorbitol e ergosterol), no qual evidenciou-se que a ação antifúngica ocorre tendo como alvo a membrana plasmática. A razão CFM/CIM < 4 demonstrou que os compostos apresentam atividade fungicida. O 2-benzil-5-metilbenzo[d]xazol (1) apresentou bioatividade forte contra C. krusei com CIM de 69,9 μM (15,6 μg/mL), moderada frente a C. albicans e fraca contra C. tropicalis, com CIM de 279,9 μM (62,6 μg/mL) e 559,8 μM (125,0 μg/mL), respectivamente. O 2-(2-fluorobenzil)-5-metilbenzo[d]xazol (2) por sua vez demonstrou bioatividade moderada com CIM igual a 250,0 μM (62,5 μg/mL) contra C. krusei e apresentou fraca atividade contra C. albicans e C. tropicalis com CIM de 1036,9 μM (250,0 μg/mL). A análise da relação estrutura-atividade dos compostos 1-5, todos com uma metila ligada ao carbono 5 do núcleo benzoxazóis, evidenciou que a inserção de grupos substituintes no anel benzílico reduz a potência farmacológica. Os benzotiazóis 6-9, sem substituição no anel benzotiazol, e os benzoxazóis 10-13, com um átomo de cloro ligado ao carbono 5 do núcleo benzoxazol, também exibiram bioatividade variando de muito fraca a fraca, independentemente das substituições no anel benzílico. De forma geral, os compostos bioativos podem representar um importante ponto de partida no planejamento futuro de novos candidatos a fármacos antifúngicos.
  • MICHELLE LIZ DE SOUZA PESSOA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GASTROPROTETORA DO FARNESOL EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 07/06/2023
  • Hora: 09:00
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  • O farnesol é um produto de origem natural, pertencente à classe dos sesquiterpenos, sendo encontrado nos óleos essenciais do capim-limão (Cymbopogon citratus) e camomila (Matricharia camomila), em frutas cítricas e vegetais. O farnesol apresenta atividades antioxidante, anti-inflamatória, ansiolítica, antinociceptiva, anti-obesidade, antimicrobiana, antitumoral e antidiarreica. Entretanto, não existem estudos na literatura sobre sua atividade gastroprotetora, o que motivou a escolha dessa substância para esse estudo. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda não clínica e o efeito gastroprotetor do farnesol em modelos animais. Para isso foi realizada a avaliação comportamental, estimativa da dose letal 50% (DL50), análise do efeito gastroprotetor com diferentes modelos de indução aguda pelos agentes lesivos (etanol, estresse, AINEs e ligadura do piloro) em diferentes doses e determinação dos mecanismos de ação envolvidos nesse efeito (antisecretórios, citoprotetores, antioxidantes e imunorregulatórios). Os resultados obtidos sugerem que o farnesol possui baixa toxicidade, com DL50 igual ou superior a 2.500 mg/kg conforme o guia nº 423 da OECD. No protocolo de úlcera induzida com etanol, o farnesol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) apresentou efeito gastroprotetor em 73%, 92%, 97% e 98%, respectivamente, reduziu o índice de lesão ulcerativa (ILU) (p < 0,001) em comparação ao grupo controle (tween 80 5%). Nas lesões induzidas pelo estresse por contensão e frio, o farnesol nas mesmas doses, reduziu o ILU (p < 0,001) em 29%, 38%, 54% e 54%, respectivamente, em comparação com o controle negativo. Na indução das lesões com AINEs (piroxicam), o farnesol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o ILU em 10% (p < 0,05), 23%, 46% e 51% (p < 0,001) respectivamente, em comparação ao controle negativo. No protocolo experimental de ligadura do piloro (contensão do suco gástrico), o farnesol (100 mg/kg, v.o. e i.d.) reduziu o ILU (p < 0,001) pela via oral e intraduodenal, não exerceu alterações no pH em ambas as vias e na concentração de H+ e volume do suco gástrico por via oral. Entretanto, reduziu a concentração de H+, o volume do suco gástrico na via intraduodenal. A administração prévia dos bloqueadores NEM (bloqueador dos grupamentos sulfidrílicos), L-NAME (inibidor da síntese de NO) e glibenclamida (bloqueador do canal KATP) e indometacina (inibidor da ciclo-oxigenase), reduziu a gastroproteção exercida pelo farnesol (p < 0,001), sugerindo a participação dessas vias na sua atividade gastroprotetora. O farnesol aumentou o muco gástrico no tecido estomacal sugerindo a participação dessa via na sua atividade gastroprotetora. O farnesol também apresentou efeitos antioxidantes ao aumentar a concentração de GSH e a atividade da SOD e reduzir os níveis de MDA e a atividade da MPO, como também, demonstrou efeito imunomodulador ao reduzir as citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α e aumentar a citocina anti-inflamatória IL-10.
  • CASSIO ILAN SOARES MEDEIROS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO LINALOL SOBRE Candida albicans DE SECREÇÕES VULVOVAGINAIS
  • Data: 26/05/2023
  • Hora: 08:00
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  • Candida albicans é o patógeno fúngico mais comumente encontrado em seres humanos, sendo responsável por mais de 90% dos casos de infecções fúngicas graves. É também a causa mais frequente de candidíase vulvovaginal (CVV), que representa de 70 a 90% dos casos de vulvovaginite, além de ser o agente etiológico mais prevalente de micoses profundas. O uso generalizado de um número limitado de agentes antifúngicos, particularmente fármacos azólicos como o fluconazol, levou ao desenvolvimento de resistência microbiana no tratamento de infecções por Candida, um problema de importância crescente. Portanto, há uma necessidade urgente de novos agentes antifúngicos para o manejo eficiente dessas infecções. Sendo assim, as pesquisas sobre os constituintes ativos de produtos naturais podem ser uma alternativa promissora a essa problemática. Nesse sentido, destaca-se o linalol, molécula com várias bioatividades e oriunda de várias plantas como Lavandula angustifolia, Lippia Alba, Coriandrum sativum L, entre outras. No entanto, não há muitos estudos na literatura sobre o mecanismo de ação do linalol em células fúngicas, a toxicidade, sinergismo com antifúngicos licenciados, ação sobre biofilme e a estabilidade do complexo receptor-ligante. Portanto, esse estudo tem por objetivo investigar o potencial farmacológico do linalol frente a cepas de C. albicans de secreções vulvovaginais. Para este propósito, foram aplicadas técnicas in vitro de microdiluíção em caldo RPMI 1640 para determinar a concentração inibitória e fungicida mínima (CIM e CFM), bem como ensaios com sorbitol e ergosterol para a parede e a membrana celular fúngica respectivamente, além do estudo de associação (checkerboard). Para avaliar a formação de biofilme e a interferência do linalol nesse processo, foi realizado o ensaio do cristal violeta. Além disso, o linalol foi submetido aos softwares online (pkCSM e Osiris) para realizar a previsão de parâmetros de drogabilidade e toxicidade. Outrossim, o docking molecular foi realizado no AutoDock 4.2 com as proteínas envolvidas com a síntese e manutenção da parede e membrana celular de C. albicans (1,3-β-glucano sintase, lanosterol 14α-demetilase e Δ14- esterol redutase), e por fim foi realizado a análise de trajetória por dinâmica molecular (DM) no GROMACS 2022.3 do complexo (1,3-β-glucano sintase – linalol) com 30ns de simulação. Os principais resultados desse estudo indicam que o linalol é bioativo frente as cepas de C. albicans resistentes ao fluconazol com uma CIM50 de 64µg/mL e de natureza fungicida. Ademais, o aumento da CIM do linalol na presença de sorbitol e ergosterol indicam que esta molécula possivelmente afeta a integridade da parede e da membrana plasmática de C. albicans. O linalol associado ao fluconazol, exibe efeito sinérgico frente as cepas de C. albicans, mas tem efeito indiferente quando associado a nistatina. O linalol também interfere no processo de formação do biofilme de C. albicans, diminuindo em 74.65% a sua formação. A análise farmacocinética in silico mostrou que o linalol tem significativa biodisponibilidade oral teórica, baixo potencial tóxico e alta similaridade a fármacos licenciados. Adicionalmente, o linalol interage quimicamente através de ligações de hidrogênio, van der Waals, e entre outras com as enzimas chave da biossíntese da parede e da membrana plasmática de C. albicans com melhor interação com a 1,3-β-glucano sintase (∆G = -6.0kcal/mol) no qual formam um complexo receptor-ligante estável ao longo de 30ns de simulação, indicando provável inibição enzimática. Tomando em conjunto, os achados deste estudo indicam que o linalol provavelmente causa danos à parede celular e à membrana plasmática de C. albicans, diretamente ou possivelmente pela interação com importantes enzimas envolvidas na biossíntese dessas estruturas fúngicas, age sinergicamente com o fluconazol, reduz significativamente a formação de biofilme, além de apresentar baixo potencial toxicológico in silico.
  • EMILLE WANNICK REINALDO DA SILVA
  • SESQUITERPENOS DE Guatteria olivacea R. E. FR. (ANNONACEAE)
  • Data: 05/04/2023
  • Hora: 09:00
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  • Cerca de 80% da população de países em desenvolvimento depende da medicina tradicional ou fitoterápica para tratar e prevenir doenças e, no Brasil, o uso de plantas medicinais é facilitado pela rica diversidade vegetal do país. As espécies da família Annonaceae possuem alto valor econômico, são utilizadas como matéria-prima de cosméticos e perfumaria e possuem uma gama de atividades biológicas. De uma de suas espécies, Guatteria olivacea, encontrada principalmente no Amazonas, Acre e Pará, foram publicados estudos com identificação de alcaloides e terpenoides, com relatos de atividade antitumoral in vitro. Desta forma, buscou-se nesse trabalho ampliar o conhecimento sobre essa planta, mediante estudo fitoquímico de seu extrato hexânico. Para isso, o material vegetal foi coletado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, próxima à cidade de Manaus, Amazonas, Brasil e submetido a processos de extração, purificação e análise dos constituintes químicos. Esses procedimentos foram realizados por métodos laboratoriais clássicos, assim como por técnicas modernas de CLAE e RMN. Portanto, a partir do extrato hexânico das folhas da planta, foi possível isolar e caracterizar as estruturas químicas de dois sesquiterpenos (alismóxido, oplodiol), uma mistura do sesquiterpeno precarabrona com uma fitolexina (4- bis(2-fenilpropan-2-il)fenol) e um disesquiterpeno, isolados pela primeira vez em Guatteria olivacea. Dessa forma, os resultados obtidos contribuíram com o conhecimento químico desta espécie e da família Annonaceae.
  • CARLOS ESPINOLA NETO SEGUNDO
  • Desenvolvimento e Validação de Metodologia Analítica por Cromatografia Líquida de alta eficiência da Cannabis spp.
  • Data: 31/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • Com o aumento de evidências científicas sobre as propriedades terapêuticas da Cannabis, cresceu também a demanda por medicamentos contendo os seus princípios ativos. Devido a burocracia e legislação ainda em construção no Brasil e no mundo, muitas famílias buscam esse tratamento através de medicamentos ainda não registrados onde muitos não cumprem as normas de boas práticas de fabricação, botando em risco a saúde do paciente. Diante desse cenário, é importante o desenvolvimento de técnicas de controle de qualidade que visam reduzir os riscos para a população que necessita deste tratamento. A Cannabis spp. possui em sua composição mais de 565 substâncias e devido a sua importância terapêutica se faz necessário o desenvolvimento de métodos analíticos eficientes para realizar a separação e posterior identificação e quantificação dos compostos presentes nela. Este trabalho teve por objetivo desenvolver um método de análise por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para 3 dos principais marcadores fitocanabinoides da Cannabis spp. bem como validá-lo de acordo com o regulamentado pela ANVISA através da RDC 166/2017 e assim ser usado no controle de qualidade desses medicamentos. Foram utilizados padrões cromatográficos de referência do Δ⁹-tetra-hidrocanabinol (Δ⁹-THC), Canabidiol (CBD) e Canabinol (CBN), e os óleos fornecidos pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, que se trata de uma solução oleosa de extrato de Cannabis spp. ricos em Δ⁹-THC e CBD, padronizados da seguinte forma: Óleo CBD 20mg/mL (clássico e gold) Óleo THC 15mg/mL (clássico e gold) e Óleo THC:CBD 15mg/mL (clássico e gold), para o desenvolvimento e validação do método. O CBN é um importante marcador para a estabilidade dos produtos a base de Cannabis por se tratar do produto de degradação do Δ⁹-THC. Após todos os parâmetros avaliados, foi possível concluir que metodologia para quantificação de canabinoides CBD, CBN e Δ⁹ -THC em produtos oleosos que utilizam óleo de milho como veículo foi validada de acordo com a RDC 166/2017. O método pode ser utilizado para dosear os canabinoides nos óleos com uma precisão e exatidão adequada a partir de 1,5 µg/mL.
  • EDVALDO BALBINO ALVES JÚNIOR
  • Atividade antiulcerogênica e anti-inflamatória intestinal do estragol em modelos animais
  • Data: 29/03/2023
  • Hora: 09:00
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  • Os fenilpropanóides são uma classe de compostos produzidos pelas plantas medicinais e são biossintetizados a partir da fenilalanina via ácido cinâmico. O estragol é um fenilpropanoide que está presente como constituinte de óleos essenciais de muitas espécies vegetais, como Ravensara anisata (Madeira), Ocimum basilicum (Manjericão) e Croton zehntneri (Canelinha). Atividades farmacológicas descrevem atividade antioxidante, antimicrobiana, ansiolítica, contrátil do músculo esquelético, relaxante do músculo visceral, anti-inflamatória e gastroprotetora. A administração oral (v.o) de estragol nas doses de 31; 62; 125 e 250 mg/kg) reduziu (p<0,001) a área de lesão ulcerativa (ALU) em duodenos de ratos submetidos as lesões induzidas pela cisteamina. A partir do protocolo de úlcera gástrica induzida por ácido acético foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias. Os resultados demostraram que o tratamento (v.o) com estragol na dose de 250 mg/kg reduziu (p<0,001) a ALU, quando comparado ao grupo controle. Esse efeito foi relacionado a um aumento dos níveis de GSH, SOD, IL-10 e TGFβ (p<0,001) e uma redução (p<0,001) dos níveis de MDA, MPO, IL-1β, TNF-α e NFκB. A administração de estragol durante 14 dias não alterou o peso dos órgãos (coração, fígado, baço e rins), nem os parâmetros bioquímicos e hematológicos avaliados. Além disso, a substância teste protege os animais da redução do consumo de água e de ração. No modelo de indução aguda de inflamação intestinal induzida por TNBS, o estragol reduziu (p<0,05) o escore de lesão macroscópica, a ALU, a relação peso/comprimento e o índice diarreico em todas as doses avaliadas. No protocolo sub-crônico de colite ulcerativa com recidiva, o estragol em sua dose mais efetiva (250 mg/kg) reduziu (p<0,01) o escore de lesão macroscópica, a ALU e a relação peso/comprimento do cólon. A partir dos protocolos agudo e subcrônico de colite, foi observado que o estragol (250 mg/kg) reduziu (p<0,001) os níveis de MDA e MPO e restaurou os níveis de GSH e SOD. Além disso, reduziu (p<0,001) os níveis de IL-1β, TNF-α e e NFκB, bem como, aumentou os níveis de TGFβ (p<0,001) e restaurou (p<0,01) os de IL-10. Na avaliação de função da barreira epitelial foi mostrado um aumento (p<0,001) da imunomarcação para zona de oclusão-1 (ZO-1). Com isso, a partir dos dados analisados, pode-se sugerir que o estragol apresenta atividade antiúlcera duodenal, atividade cicatrizante gástrica relacionada à indução da reepitelização da lesão e baixa toxicidade por doses repetidas. E atividade anti-inflamatória intestinal na fase aguda e sub-crônica, sendo relacionada à citoproteção da barreira intestinal por meio da preservação das junções comunicantes, sistema antioxidante e da imunomodulação.
  • ALBERTO SHELLYGTON LIMA
  • Avaliação da atividade antifúngica de 2-Cloro-N-Fenilacetamida (A1Cl) contra espécies de candida de origem clínica
  • Data: 03/03/2023
  • Hora: 09:00
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  • Candida e micoses são uma preocupação crescente de saúde pública global. Candida albicans, Candida tropicalis e Candida parapsilosis estão na lista de patógenos fúngicos prioritários desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde. Nesse contexto, é planejado o desenvolvimento de pesquisas para geração de novos fármacos com intuito de combater e prevenir o desenvolvimento de resistência. Desta forma, estudos de prospecção com intermediários de reações com grupamentos de amidas e átomos de cloro são uma estatégia promissora. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica da molécula sintética 2-Cloro-N-fenilacetamidas (A1Cl), frente C. albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica da molécula sintética A1Cl, frente C. albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis. A concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada por microdiluição, de modo que os valores variaram de 16 a 256 µg/mL para A1Cl e 8 a 512 µg/mL para fluconazol (controle positivo). A concentração fungicida mínima foi semelhante a CIM, para ambos os compostos avaliados, confirmando efeito fungicida de A1Cl. No modelo de alterações morfológicas (técnica de microcultivo), A1Cl e fluconazol reduziu a formação de estruturas de virulência comparados aos seus respectivos controles, evidenciando um efeito dependente de concentração. A presença de sorbitol e ergosterol exógeno não alterou os valores de CIM, confirmando que A1Cl não exerce efeito inteferindo na funcionalidade e/ou integridade da  parede e membrana celular, respectivamente. O estudo de associação (checkerboard) de A1Cl com fluconazol resultou em efeito antifúngico de indiferença. No ensaio de efeito antibiofilme in vitro A1Cl foi capaz de inibir a formação de biofilme em mais de 45% e 80% (***p<0,001), e capaz de promover ruptura de biofilme pré-formado em mais de 35% e 60% (***p<0,001), em concentrações sub e suprainibitórias, respectivamente, quando comparados aos respectivos grupos controle. Todavia, para fluconazol alcançar 50% (***p<0,001) ou mais de efeito de inibição foi necessário concentrações suprainibitórias. De forma semelhante, A1Cl (CIM) foi capaz de inibir em mais de 50% (***p<0,001) a formação de biofilmes ex vivo (fragmentos de unhas) e para o fluconazol alcançar o mesmo efeito antibiofilme em mais de 50% foi necessário 4xCIM. A1Cl apresentou valores de energia de ligação maiores ou próximos ao fluconazol em pelo menos uma função de pontuação, para Dihidrofolato redutase (DHFR), Geranilgeraniltransferase-I (GGTase-I) e Protease aspártica-2 (SAP-2), de modo que essas enzimas, podem ser alvos susceptíveis à ação antifúngica de A1Cl. O RMSD dos complexos avaliados revelou estabilidade em torno de 2-3ns e manteve sua estabilidade acima de 10 ns. Para o RMSF dos complexos, observamos interações semelhantes às pesquisadas no docking após simulações dinâmicas em tempos de 200 e 600ps e que A1Cl permaneceu no sítio ativo sob a influência de solventes e flexibilidade estrutural. Diante desses resultados é possível inferir que A1Cl apresenta efeito antifúngico e que essa atividade está relacionada com mecanismos antibiofilmes e ligação à DHFR e SAP-2.
  • CESAR AUGUSTO GONCALVES DANTAS
  • INVESTIGAÇÃO FITOQUÍMICA DE ESPÉCIES DO GÊNERO Erythroxylum
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • Diversos metabólitos secundários de diferentes classes podem ser evidenciados em espécies do gênero Erythroxylum, com destaque para os flavonoides, terpenos e alcaloides do tipo tropânico, estes últimos sendo considerados marcadores do gênero. Por muitos desses compostos já se encontram descritos na literatura científica, metodologias modernas de triagem e identificação, como a desreplicação, se fazem necessárias para direcionar ao isolamento dos metabólitos de interesse, representando uma estratégia eficiente, rápida e segura. Este trabalho teve como objetivo traçar o perfil químico dos metabólitos secundários presentes nas fases clorofórmicas, acetato de etila e n-butanólicas das partes aéreas das espécies Erythroxylum simonis Plowman, Erythroxylum pauferrense Plowman, Erythroxylum pulchrum St. Hil. e Erythroxylum revolutum Mart. por metodologias de desreplicação. Para tanto, as fases foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas com ionização por electrospray, em seguida os experimentos foram repetidos com o cromatógrafo acoplado a um espectrômetro de massas de alta resolução, também com fonte de ionização por electrospray, as fases acetato de etila e n-butanólicas foram analisadas no modo negativo e as fases clorofórmicas no modo positivo. A anotação dos compostos foi realizada com base nos íons de suas moléculas desprotonadas ou protonadas, fórmulas moleculares, padrões de fragmentação e por comparação dos dados obtidos com os presentes na literatura científica. Os compostos não anotados completamente foram isolados e caracterizados por espectroscopia RMN de 1H e 13C. Por meio das análises realizadas foi possível traçar e comparar o perfil químico dos metabolitos secundários das espécies de Erythroxylum. A desreplicação das fases acetato de etila e n-butanólicas promoveu a anotação de 55 compostos fenólicos, se destacando os flavonoides glicosilados, ácidos fenólicos, procianidinas, flavolignanas e lignoides, a maioria sendo descritos pela primeira nas espécies do estudo, e alguns inéditos para o gênero Erythroxylum e para a família Erythroxylaceae. A desreplicação das fases clorofórmicas promoveu a anotação de 29 alcaloides tropânicos, alguns também sendo descritos pela primeira vez no gênero e na família das espécies estudadas. Da fase acetato de etila de E. simonis foi realizado o isolamento das cinchonaínas Ia e Ib, epicatequina, quercetina-O-hexosídeo, e do bifenil-3,3’,4,4’-tetraol, descritos pela primeira vez na espécie. Da fase clorofórmica de E. revolutum foi realizado o isolamento de três compostos, o 6-(benzoiloxi)-3-(3,5-dimetoxi-4-hidroxibenzoiloxi)tropano protonado, 6-(benzoiloxi)-3-(3,4,5- trimetoxibenzoiloxi)tropano protonado e 6-(benzoiloxi)-3-(3,4,5-trimetoxicinamoiloxi)tropano protonado, relatados pela primeira vez na espécie E. revolutum. Este trabalho contribuiu para os conhecimentos fitoquímicos do gênero Erythroxylum e demonstra a eficiência e a importância da utilização de metodologias de isolamento guiado de metabólitos secundários na pesquisa em produtos naturais.
  • DAVID HENRIQUE XAVIER BARBOSA
  • Produção de hidrogel contendo óleo essencial de Coriandrum sativum L. (coentro) com efeito sobre Candida spp. envolvidas com infecções da cavidade bucal
  • Data: 23/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • Produzir um hidrogel contendo óleo essencial (OE) de C. sativum L. e avaliar o efeito antifúngico sobre Candida spp. envolvidas com infecções da cavidade bucal, bem como, verificar o perfil toxicológico deste produto. Métodos: A composição química do OE de C. sativum L. foi identificada por Cromatografia Gasosa Acoplada ao Espectrômetro de Massas, além disso, verificou-se a incorporação do OE ao hidrogel por Espectroscopia no Infravermelho por transformada de Fourier. Já no tocante aos ensaios in vitro, avaliou-se a atividade antifúngica do hidrogel contendo OE por meio do teste de susceptibilidade fúngica, bem como verificou-se a capacidade do OE em reduzir a atividade metabólica de biofilme multiespécie bucal. Também avaliou-se a interferência do óleo essencial de C. sativum L. sobre a micromorfologia fúngica. Em relação ao perfil toxicológico do OE, realizou-se o teste de citotoxicidade em eritrócitos humanos provenientes de sangue periférico humano e citotoxicidade em queratinócitos da linhagem HaCaT pelo método MTT. No que concerne aos ensaios in vivo, realizou-se a avaliação de genotoxicidade em teste de eritrócitos micronucleados de sangue periférico de camundongos e avaliação da toxicidade em mucosa oral ceratinizada de ratos. Resultados: Os componentes majoritários característicos deste OE foram descritos, tais como: 2-decen-1-ol (22.42%), dec-(2E)- enal (19.31%) e 1,6-octadien-3-ol (13.41%). Além disso, notou-se a incorporação sugerida por perpetuação de bandas do OE e interação do OE com moléculas do hidrogel com mudança de intensidade de bandas. No que se refere aos ensaios in vitro, o hidrogel em concentração de 20 mg/mL foi capaz de formar halo de inibição acima de 28mm. Este OE na concentração de 1600 µg/mL também apresentou capacidade de reduzir a atividade metabólica de biofilme multiespécie bucal em 37% (p<0.0001). Outrossim, o OE em concentrações referentes à CIM (62.5 µg/mL) e CIMx2 (125 µg/mL) foi capaz de reduzir a frequência de pseudo-hifas e modificar a estrutura de blastoconídios. Acerca da toxicidade relativa à atividade hemolítica do OE apontou-se uma CH50 superior a CIMx4 (250 µg/mL). Ademais, o OE em concentrações de 150 e 300 µg/mL causa inibição da viabilidade celular de queratinócitos e sua IC50 foi de 60.13 ± 2.02 µg/mL. No que toca à genotoxicidade, o tratamento em dose única de 20 mg/mL (5 mg/kg) de OE de C. sativum L. não estimulou o aumento do número de micronúcleos (16.40 ± 1.1). Por fim, a formulação se mostrou segura para uso em mucosa ceratinizada de ratos em concentração de 20 mg/mL. Conclusões: O OE de C. sativum L. apresentou constituintes químicos característicos e foi incorporado ao hidrogel com sucesso, apresentou atividade antifúngica vista em halo de inibição e alterações morfológicas em Candida albicans, além de reduzir a atividade metabólica de biofilme multiespécie bucal. Ademais, se demonstrou citotóxico para eritrócitos humanos, contudo foi tolerável para células de queratinócitos HaCaT e não foi genotóxico em teste com camundongos, bem como, é seguro para uso em mucosa oral ceratinizada de ratos. Esses resultados viabilizarão a realização de um ensaio clínico de fase I e II com o propósito de disponibilizar essa opção terapêutica no tratamento de infecções fúngicas.
  • ALANA RODRIGUES FERREIRA
  • Síntese de cumarinas, homoisoflavonoides e análogos bioativos.
  • Data: 16/02/2023
  • Hora: 08:30
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  • Um conjunto de vinte e quatro compostos sintéticos que englobam derivados cumarínicos, homoisoflavonoides e análogos foram preparados por diferentes métodos reacionais, obteve-se seis compostos inéditos. As estruturas dos produtos sintéticos foram caracterizadas por espectrometria do infravermelho, RMN de ¹H e RMN de 13C e espectrometria de massas de alta resolução. Em seguida, os compostos foram submetidos à avaliação de atividade antifúngica contra espécies de Candida, atividade tripanocida in vitro, e atividade citotóxica em linhagens de carcinoma de cólon humano (HCT-116) e melanócito humano (SK-MEL-28). Para a atividade antifúngica foi utilizado o teste de microdiluição em caldo com determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos análogos e verificação do possível mecanismo de ação antifúngica dos compostos com melhor bioatividade. O ensaio tripanocida foi realizado frente a forma tripomastigota sanguínea de Trypanosoma cruzi, com determinanação da IC50 dos compostos. A avaliação da atividade citotóxica foi realizada pelo teste de MTT. Em geral, os compostos avaliados apresentaram fraca atividade de redução da viabilidade celular das linhagens utilizadas no estudo citotóxico. Mas resultados promissores foram obtidos na ação antifúngica. O derivado cumarínico 8 exibiu o melhor perfil antifúngico sugerindo que o substituinte pentiloxi na posição C-7 da cumarina pode potencializar essa bioatividade. Para um melhor entendimento da sua capacidade antifúngica 8 e 21 foram submetidos a um estudo do modo de ação em membrana ou parede celular fúngica. Observou-se que as moléculas não interagem diretamente com o ergosterol presente na membrana plasmática ou com a parede celular fúngica, o que sugere que sua bioatividade seja decorrente da ação em outros alvos farmacológicos. O composto 8 foi também avaliado quanto a sua capacidade de inibir o biofilme de C. tropicalis 13803. O mesmo promoveu uma redução do biofilme estatisticamente significante nas concentrações de 0,268 µmol/mL e 0,067 µmol/mL, quando comparado ao grupo controle. Considerando o seu perfil antifúngico, 8 também foi submetido a um estudo de modelagem molecular, que sugeriu que sua capacidade antifúngica ocorre por interferência no balanço redox da célula da levedura e por comprometer a síntese da membrana plasmática, não através de uma interação direta com seus componentes, mas por interferir na síntese do ergosterol. Outro achado importante foi a capacidade antifúngica dos homoisoflavonoides 23 e 24, o derivado 23 apresentou atividade antifúngica ligeiramente superior, possivelmente devido à presença do substituinte metoxila na posição meta no anel B. No estudo de atividade tripanocida, o derivado homoisoflavonoide 23 apresentou a melhor bioatividade com IC50 = 0,0078 ± 0,0023 µmol/mL; LC50 = 0,0176 ± 0,0049 µmol/mL e IS = 2,3; a posição meta do substituinte -OCH3 contribuiu na ação antiparasitária de 23. Dessa forma, as moléculas 8 e 23 exbibiram resultadores promissores de atividade antifúngica e tripanocida, respectivamente. Estes resultados podem ser utilizados em pesquisas futuras na obtenção de candidatos com atividade antifúngica e antiparasitária, mais potentes e seguros.
  • DANILO DUARTE DE ASSIS GADELHA
  • Avaliação dos efeitos da suplementação com Lactobacillus acidophilus LA – 05 nos parâmetros cardiovasculares de animais normotensos e hipertensos
  • Data: 13/02/2023
  • Hora: 08:30
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  • A disbiose intestinal é caracterizada pelo desequilíbrio na microbiota intestinal, gerando uma diminuição da diversidade e estabilidade da população microbiana. Vários estudos apontam que a hipertensão está associada à disbiose. Estudos têm revelado efeitos benéficos na pressão arterial após mudança nos componentes dietéticos visando a modulação da microbiota com uso de probióticos. Probióticos são definidos como “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, beneficiam a saúde congênita do hospedeiro”. O gênero Lactobacillus possui efeitos benéficos frente ao sistema cardiovascular por diminuir a pressão arterial de humanos e animais espontaneamente hipertensos, além de promover uma melhora na disbiose. Com isso, nosso objetivo foi avaliar os efeitos induzidos pela suplementação com Lactobacillus acidophilus LA-05 no sistema cardiovascular de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos. Para isso, foram utilizados ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e Wistar Kyoto (WKY). Os animais foram divididos em três grupos: 1. Normotenso controle (WKY), 2. Hipertensos (SHR), e 3. Hipertensos + LA5 (SHR+LA5). Após instalação da hipertensão, os animais receberam diariamente a suspensão de Lactobacillus acidophilus (109 log CFU/animal) por um período de 8 semanas via oral. A implantação de cateteres em direção a aorta abdominal e a veia cava inferior foi realizada para registro da pressão arterial e frequência cardíaca, avaliação do barorreflexo e função autonômica dos animais. Em seguida, os animais foram eutanasiados e o plasma foi coletado para avaliação do estresse oxidativo. A artéria mesentérica superior foi coletada para ensaios de reatividade vascular. Os valores foram expressos como média ± erro padrão da média (e.p.m). Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. O programa utilizado foi o GraphPad Prisma versão 5.00®. Como resultados, pudemos observar que a suplementação com LA-5 por 8 semanas via oral reduziu a pressão arterial diastólica do grupo SHR+LA5 quando comparados os animais do grupo SHR (122,0±4,3 versus 153,0±6,7 mmHg, p<0,05, porém não houve diferença na pressão arterial sistólica, tampouco na pressão arterial média. A suplementação com LA-5 não alterou a frequência cardíaca dos animais. Com relação aos efeitos da suplementação com LA-5 na atividade autonômica, o grupo SHR+LA5 apresentou diminuição do componente LF, indicativo da atividade simpática, quando comparado com o grupo SHR (7,38±0,22 versus 9,5±0,75%, p<0,05). O componente HF e a relação LF/HF não sofreram alterações. O barorreflexo foi avaliado de maneira induzida, com auxílio de substâncias vasoativas, e de maneira espontânea. A suplementação com LA-5 por 8 semanas via oral foi eficaz em melhorar a sensibilidade do barorreflexo induzido quando comparados os grupos SHR+LA5 e SHR (-2,48±0,32 versus -0,94±0,09 bpm.mmHg-1, p<0,05), como também melhorou a sensibilidade do barorreflexo espontâneo (0,77±0,1 versus 0,44±0,04 ms.mmHg-1, p<0,05). Com relação ao estresse oxidativo, a suplementação com LA-5 foi capaz de reduzir os níveis de malondialdeído quando comparados os grupos SHR+LA5 e SHR (33,78±161 versus 60,45±2,89 nmol/mL, p<0,05, respectivamente). No que diz respeito à reatividade vascular, o grupo SHR apresentou um prejuízo no perfil de relaxamento induzido pela acetilcolina com redução do efeito máximo comparado com o grupo normotenso WKY (71,35±9,37 versus 94,18±3,32%, p<0,05, respectivamente) e a suplementação com LA-5 foi capaz de melhorar o relaxamento, observado no grupo SHR+LA5 (111,23±6,45%, p<0,05). Curiosamente, o LA-5 melhorou o efeito relaxante máximo induzido pelo nitroprussiato de sódio quando comparado os grupos SHR e SHR+LA5 (106,41±5,52 versus 134,40±4,02%, p<0,05, respectivamente). A suplementação não apresentou impacto no perfil de contração induzido pela fenilefrina (Emáx - WKY: 100,28±9; SHR: 113,17±12,9; e SHR+LA5: 97,47±12,5%). Em conjunto, os achados apontam o L. acidophilus LA-5 como um potencial adjuvante para o tratamento da hipertensão, uma vez que apresentou efeitos promissores na pressão arterial diastólica, melhorou a sensibilidade do barorreflexo, reduziu o estresse oxidativo no plasma e ainda melhorou a reatividade vascular mesmo sem produzir efeitos na pressão arterial média.
  • GEOVANA QUIXABEIRA LEITE
  • DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CARACTERIZAÇÃO DA DROGA VEGETAL E DOS EXTRATOS VEGETAIS OBTIDOS DE Ziziphus joazeiro (Juazeiro)
  • Data: 09/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • O Ziziphus joazeiro são árvores típicas do Nordeste brasileiro, com ampla distribuição no bioma Caatinga, popularmente conhecida como juazeiro. Em virtude do alto teor de saponinas presentes, o juazeiro é uma espécie de grande interesse para uso medicinal e para as indústrias produtoras de cosméticos, porém vem sofrendo intenso extrativismo vegetal. O objetivo deste estudo foi padronizar os extratos hidroalcóolicos e secos por nebulização dos indivíduos jovens, coletados em diferentes períodos de cultivo, e do indivíduo adulto, bem como aplicar no fitocosmético gel dentifrício, buscando obter uma fonte alternativa de matéria- prima vegetal de interesse para a indústria farmacêutica e cosmética preservando a espécie. Os extratos hidroalcóolicos dos indivíduos jovens e adulto foram obtidos por maceração em escala piloto, posteriormente, secos por aspersão utilizando o spray dried apresentando rendimento acima de 85%. Os métodos analíticos para quantificação de saponinas- taninos e saponinas foram validados utilizando a técnica espectrofotometria UV-Vis no comprimento de onda de 460nm. Os parâmetros avaliados seguiram a legislação vigente brasileira demonstrando a boa sensibilidade, precisão e robustez do método analítico, confirmando a adequabilidade para análises de rotina. Os dados mostram que o conteúdo do marcador majoritário presente no indivíduo jovem cresce em função do tempo, sendo a concentração de saponinas nos extratos do juazeirodo indivíduo jovem, após dezoito meses de cultivo, maior que o do indivíduo adulto. Com base nisso, foi desenvolvida uma formulação de gel dentifrício a base de juazeiro 2,5% utilizando o extrato seco do indivíduo jovem. Realizou- se ensaios de controle de qualidade e estudo de estabilidade preliminar durante 90 dias do gel dentifrício,observando ausência de alterações nas propriedades organolépticas e pH. Desta forma, a droga vegetal proveniente dos indivíduos jovens do Z. joazeiro representa uma excelente alternativa como insumo ativo farmacêutico na produção de fitocosméticos, além de reduzir consideravelmente o extrativismo predatório vegetal da espécime.
  • ALLANA BRUNNA SUCUPIRA DUARTE
  • 3,5-Dinitrobenzamidas e 3,5-dinitrobenzoatos sintéticos: avaliação antifúngica e desenvolvimento de uma nanoemulsão
  • Data: 24/01/2023
  • Hora: 08:30
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  • As infecções ocasionadas por fungos estão entre os mais frequentes agravos à saúde pública acometendo principalmente, pacientes imunocomprometidos. Atualmente, existe um número restrito de antifúngicos e a resistência dos microrganismos a esses medicamentos comprometem a eficácia do tratamento. Dessa forma, a pesquisa por compostos sintéticos antimicrobianos aumentou devido ao seu papel chave no desenvolvimento de novos fármacos. O ácido benzoico e seus derivados possuem um amplo espectro de atividades farmacológicas, dentre elas, a atividade antifúngica. Portanto, o objetivo deste trabalho foi preparar uma coleção de derivados do ácido 3,5-dinitrobenzoico, avaliar a atividade antifúngica dos compostos frente a cepas do gênero Candida e realizar o desenvolvimento e caracterização de uma nanoemulsão antifúngica. Os produtos foram obtidos através da esterificação de Fischer, esterificação com haletos de alquila e arila, reação de Mitsunobu e reação com cloreto ácido. Na caracterização estrutural dos derivados utilizou-se os métodos espectroscópicos de infravermelho, ressonância magnética nuclear de 1H e 13C e espectrometria de massas de alta resolução. Preparou-se vinte e um derivados sintéticos com rendimentos de 12,46%-85,17%. Nos testes antifúngicos utilizou-se o método de microdiluição para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Fungicida Mínima (CFM), bem como elucidar o provável mecanismo de ação. O éster 1 apresentou o melhor perfil antifúngico contras todas as cepas de Candida e foi selecionado para o desenvolvimento da nanoemulsão. A formulação foi produzida por ultrassom e caracterizada pela técnica de espalhamento de luz dinâmica (DLS). A MDNB-NE apresentou tamanho de gota de 181,16 ± 3,20 nm e índice de polidispersidade de 0,30 ± 0,03. O estudo in vitro mostrou que o composto 1 e a MDNB-NE inibiram o crescimento de todas as cepas com concentrações inibitórias mínimas de 0,27-1,10 mM. Os resultados biológicos corroboraram com a abordagem in silico, que apontou para um mecanismo de ação antifúngico multialvo para os compostos 1 e 2 em C. albicans, e estão de acordo com a interferência experimental do 2 na síntese do ergosterol. Assim, o presente estudo poderá servir de base para novas pesquisas envolvendo compostos com atividade antifúngica.
2022
Descrição
  • JOANDA PAOLLA RAIMUNDO E SILVA
  • Diversidade química e atividades farmacológicas da espécie Justicia aequilabris
  • Data: 29/11/2022
  • Hora: 14:00
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  • As espécies vegetais apresentam uma grande variabilidade de metabólitos secundários, que representam uma importante fonte de moléculas farmacologicamente ativas. As espécies do gênero Justicia já ofereceram a comunidade cientifica inúmeras moléculas bioativas, porém espécies como a Justicia aequilabris (Nees) Lindau, planta nativa e endêmica no Nordeste brasileiro não possuía estudos fitoquímicos e farmacológicos. Desta forma, o objetivo deste trabalho é investigar o perfil químico e farmacológico da J. aequilabris. Das partes aéreas da espécie foi obtido o extrato etanólico, sendo este particionado e as fases obtidas analisadas por CL-EM e rede molecular, a fase acetato de etila apresentou melhor perfil químico, desta forma, esta fase foi purificada por sephadex, e as frações obtidas foram analisadas por CL-EM, a fração B11-15 foi fracionada em CLAE preparativo, e as subfrações coletadas foram analisadas por RMN de 1H e 13C por técnicas uni e bidimensionais, desta forma, foi possível elucidar os compostos inéditos, aequilabrina A (1), B (2) e C (3), e identificar as moléculas, lariciresinol-4′-O-β-glicosídeo (4), alantoína (5) e roseosideo (6), secoisolariciresinol (7), pinoresinol-4-O-β-D-glicosídeo (8), epipinoresinol-4-O-β-D-glicosídeo (9), pinoresinol-4-O-β-D-apiosil-(1→2)-β-D-glicosídeo (10). Através de análise CL-EMn do extrato foram desreplicados 22 compostos, sendo estes, lignanas, flavonoides e ácidos fenólicos. Por docking molecular os compostos 1-3 demostraram atividade agonista no receptor glicocorticoide. As análises in vitro da inibição da produção de óxido nítrico e da atividade pró-inflamatória na citocina IL-1β demostraram potencial anti-inflamatório dos compostos 1-3. As moléculas 1 (IC50 = 9,1 μM) e 2 (7,3 μM) apresentaram atividade inibitória significativa contra a produção de óxido nítrico, e a inibição máxima da produção de IL-1β exibida foi de 23,5% (1), 27,3% (2) e 32,5% (3). As análises in sílico e in vitro sugerem que atividade anti-inflamatória possui relação com a substituição em C9 e C-9’. Por triagem virtual os compostos 7-10 foram selecionados para análise in vitro da atividade antileshmanicida frente às formas promastigotas de L. major e L. braziliensis, os compostos 7 (IC50 = 9,28 μM) e 9 (5,39 μM) apresentaram proeminente atividade frente a L. braziliensis. O uso de ferramentas como a rede molecular e o docking molecular foi essencial na priorização do isolamento de composto de interesse e direcionamento na analise farmacológica das moléculas, as lignanas descritas no trabalho apresentaram potencial atividade anti-inflamatória e antileshmanicida.
  • GEORGE LUIS DIAS DOS SANTOS
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DE ESPÉCIES DOS GÊNEROS Heliotropium e Euploca (BORAGINACEAE): BUSCA DE MOLÉCULAS COM ATIVIDADE BIOLÓGICA
  • Data: 28/11/2022
  • Hora: 09:00
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  • Pesquisas voltadas para os conhecimentos fitoquímicos e farmacológicos de espécies vegetais vêm aumentando com intuito de contribuir, juntamente com a etnofarmacologia e a medicina popular, na compreensão das respostas biológicas promovidas por esses vegetais. A família Boraginaceae, por apresentar uma riqueza de espécies e uma grande complexidade taxonômica, ainda são escassos os estudos sobre composição química. Porém, pesquisas revelaram a presença de metabólitos secundários de diversas classes como terpenoides, naftoquinonas, flavonoides, fenilpropanoides, alcaloides e lignanas. Heliotropium angiospermum, conhecida por “cauda de gato”, é utilizada popularmente na inflamação, cicatrização de feridas, disenteria e diarreia. Euploca procumbens, apresenta diversos nomes populares e num estudo etnomedicinal foi considerada tóxica por apresentar alcaloides pirrolizidínicos em sua constituição. Este trabalho teve como objetivo contribuir para a ampliação do conhecimento químico isolando, identificando e/ou caracterizando novos metabólitos secundários e avaliando atividade biológica dos constituintes de espécies da família Boraginaceae: H. angiospermum e E. procumbens. As plantas das duas espécies foram coletadas no município de Campina Grande, estado da Paraíba. Cada exsicata foi depositada no Herbário Arruda Câmara (HACAM) do Campus I da Universidade Estadual da Paraíba. O material vegetal, após seco sob temperatura de 40 ºC durante 96 horas, e triturado em moinho de facas, foi submetido a macerações com etanol a 96% com intervalo de 72 h, sendo esse processo repetido por cinco vezes, obtendo-se os extratos etanólicos das partes aéreas e raízes das duas espécies em estudo. Uma alíquota de cada extrato etanólico foi submetido a sucessivas partições com hexano, clorofórmio, acetato de etila e n-butanol e concentradas em evaporador rotativo obtendo-se as fases respectivas. Posteriormente, foram submetidas a coluna cromatográfica de Sephadex LH-20 e eluída com metanol (100%) obtendo-se as frações. Uma Alíquota de Fr3 partes aéreas (fase acetato) e Fr3 raízes (fase acetato) de H. angiospermum e, Fr5 partes aéreas (fase acetato), Fr5 raízes (fase acetato) e Fr5 raízes (fase n-butanol) de E. procumbens foram submetidas ao desenvolvimento de um método cromatográfico analítico e posteriormente transposto para escala preparativa resultando no isolamento de dez compostos, uma lignana diéster de sacarose do tipo arildihidronaftaleno (1), trigonotina A (2), ácido rosmarínico (3), narcissina (4) e litospermato de etila (5) da espécie H. angiospermum e um ácido euploico (6), ácido litospérmico B (7), ácido litospérmico (8), 9´´-metil litospermato (9) e luteolina-7-O-glicosídeo (10) de E. procumbens. Os compsotos 1 e 6 não induziram efeitos citotóxicos em macrófagos J774, bem como, a partir dos níveis de óxido nítrico e citocinas pró-inflamatória IL-1β produzida por macrófagos estimulados, 1 e 6 inibiram a produção e/ou liberação desses mediadores, com eficácia semelhante à da dexametasona, considerada o padrão-ouro anti-inflamatório. Portanto, esses resultados evidenciam o potencial anti-inflamatório de 1 e 6.
  • HERMES DINIZ NETO
  • Investigação da atividade antifúngica e anti-biofilme de 2-cloroN-fenilacetamida sobre Candida albicans e Candida parapsilosis resistentes a fluconazol
  • Data: 21/10/2022
  • Hora: 08:30
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  • Infecções causadas pelo gênero Candida, sobretudo as sistêmicas, representam um desafio para a saúde pública devido à alta morbimortalidade, elevados custos associados e dificuldade de tratamento com bom prognóstico clínico. A espécie Candida albicans é a mais frequente causadora desta infecção, entretanto, o número de casos provocados por espécies não-albicans como C. parapsilosis tem surgido, com notável registro de linhagens resistentes. A busca por novas alternativas terapêuticas se torna um recurso importante no controle destas infecções e o aproveitamento de algumas substâncias já conhecidas, como a 2-cloro-N-fenilacetamida, é uma maneira de se obter novos produtos potencialmente eficazes. Diante disto, o potencial antifúngico da 2-cloro-N-fenilacetamida foi investigado contra linhagens de C. albicans e C. parapsilosis resistentes a fluconazol. A atividade antifúngica da 2-cloro-N-fenilacetamida foi avaliada in vitro pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), inibição da formação de biofilme e sua ruptura, ensaios de sorbitol e ergosterol e associação desta molécula com antifúngicos comuns, anfotericina B e fluconazol. O produto teste inibiu o crescimento de todas as cepas de C. albicans e C. parapsilosis, com uma CIM variando de 128 a 256 μg.mL-1, e uma CFM de 512 a 1.024 μg.mL-1. A substância também inibiu até 92% da formação de biofilme e provocou uma ruptura de até 87% do biofilme pré-formado. Porém, a 2-cloro-N-fenilacetamida não promoveu atividade antifúngica através da ligação ao ergosterol da membrana celular nem prejudicou a integridade da parede celular do fungo. O antagonismo foi observado ao combinar esta substância com anfotericina B e fluconazol. A substância exibiu efeitos antifúngicos significativos inibindo tanto as células planctônicas quanto o biofilme de cepas resistentes ao fluconazol. Vale salientar que sua combinação com outros antifúngicos deve ser evitada e que ainda resta estabelecer seu mecanismo de ação.
  • JULIANA DE MEDEIROS GOMES
  • Atividade fotoprotetora e antioxidante do extrato otimizado de Mentha x villosa e estudo sazonal de suas atividades e metabólitos secundários
  • Data: 11/10/2022
  • Hora: 08:00
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  • Devido às agressões cutâneas causadas pela radiação solar, principalmente as ultravioletas (UVA e UVB), medidas preventivas precisam ser utilizadas para combater os danos dessas radiações. Dessa forma, a recomenda-se o uso de protetores solares, tópicos e orais. Os protetores tópicos podem ser constituídos por filtros químicos e/ou físicos, e compostos antioxidantes, visando uma proteção mais ampla. Entretanto, muitas vezes essa proteção deixa a desejar e, por isso, uma estratégia interessante é a adição de compostos naturais ou extratos vegetais ricos em polifenóis nessas formulações, já que os polifenóis são a principal classe de metabólitos secundários com atividade antioxidante e fotoprotetora existente. Dentro desse contexto, a família Lamiaceae torna-se bastante interessante, já que é a principal família vegetal utilizada na indústria cosmética e apresenta membros com grande quantidade de compostos fenólicos. Assim, Mentha x villosa, espécie de fácil cultivo e que pertence à família Lamiaceae, apresentando como principais compostos não voláteis, ácido rosmarínico (AR) e flavonoides, vem sendo estudada na fotoproteção. Dessa forma, este trabalho teve o objetivo de continuar avaliando a atividade fotoprotetora de M. x villosa através do estudo sazonal do fator de proteção solar (FPS), atividade antioxidante, teor de fenólicos, flavonoides e AR, avaliando também se a radiação UV e a precipitação poderiam influenciar na produção desses metabólitos. Posteriormente, foi feita a otimização da extração de polifenóis e AR através da utilização de um planejamento fatorial, variando a porcentagem de etanol e a razão pó/solvente utilizada. Após a otimização, análises de componentes principais (PCA), LC-HRMS e desreplicação (MSn) do extrato foram executadas a fim de identificar os compostos presentes em M. x villosa e entender quais substâncias tiveram sua extração favorecida pelo planejamento fatorial. A atividade antioxidante, através do teste do DPPH, ABTS e inibição da tirosinase foi avaliada, bem como o FPS, fator de proteção UVA (FPUVA) e o comprimento de onda crítico. Esses três últimos testes foram feitos a partir da preparação de 8 formulações diferentes contendo o extrato otimizado. Como resultados, foi visto que o melhor mês para a coleta de M. x villosa foi setembro e, que maiores concentrações de polifenóis e flavonoides favorecem o aumento do FPS, bem como a concentração de AR influencia diretamente a atividade antioxidante da espécie. Além disso, observou-se que a radiação solar influencia na produção de fenólicos e aumento do FPS, enquanto que a precipitação parece não influenciar nos parâmetros estudados. Com relação a otimização da extração, foi visto que as melhores condições para a extração conjunta de polifenóis e AR foram etanol 70% e razão pó/solvente de 5%, promovendo a obtenção de 264,58 mg EAG/g e 101,96 mg/g de fenólicos totais e AR, respectivamente. A PCA revelou que 7 componentes principais contribuíram para diferenciar as amostras e, com base na análise de LC-MS, esses compostos foram identificados como polifenóis, juntamente com outros 23 compostos. Em relação a atividade antioxidante, o extrato otimizado apresentou CE50 = 42,44 μg/mL no ensaio de inibição dos radicais DPPH e CE50 = 322,87 μg/mL no ensaio com radicais ABTS, enquanto que ele inibiu 64,28% da atividade da tirosinase na concentração de 25 μg/ml e o AR foi capaz de inibir a mesma porcentagem, porém na concentração de 5 μg/ml. Na avaliação da atividade fotoprotetora, as formulações 5 e 6 apresentaram os melhores valores de FPS e FPUVA, 23,20 e 30,63; 12,25 e 26,53, que aumentaram o FPS do etilhexilmetoxicinamato em 4 e 5 vezes, respectivamente. Dessa forma, corroborando com todos os resultados obtidos, esse trabalho demonstrou o grande potencial fotoprotetor de M. x villosa, que foi capaz de apresentar importante proteção de amplo espectro contra os raios UVA e UVB, associada à atividade antioxidante e ainda, diminuindo a concentração de filtro químico utilizado na formulação, sugerindo uma alternativa de um produto mais seguro.
  • FERNANDO EMANUEL DE SOUSA FERREIRA
  • Sinapatos sintéticos como candidatos a protótipos de fármacos antifúngicos
  • Data: 30/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • Nos últimos anos houve um aumento nos estudos sobre os fungos, devido à alta incidência de doenças causadas pelos mesmos, demonstrando que hoje esses microrganismos são importantes causadores de mortalidade em humanos, atingindo milhões de pessoas por ano no mundo. Devido ao uso indiscriminado dos medicamentos indicados para tratamento de candidíase observa-se a ocorrência de resistência fúngica, sendo necessário o desenvolvimento de novas alternativas farmacoterapêuticas. Os ácidos fenólicos, como o ácido sinápico, constituem grupos de ácidos carboxílicos aromáticos amplamente encontrados em vegetais, que apresentam diversidade estrutural e várias atividades biológicas descritas, com destaque para atividade antimicrobiana, a exemplo da ação anti-Candida. Desta maneira, o presente estudo teve o objetivo de preparar uma coleção de onze sinapatos (1-11), estruturalmente relacionados, e avaliar a atividade antifúngica desses compostos frente a duas espécies de fungos, C. albicans e C. tropicalis, e estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os derivados sintéticos foram preparados via esterificação de Fischer, reação de Steglich, e esterificações com haletos de arila na presença de trietilamina. Na caracterização estrutural utilizaram-se as técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C. Os produtos foram obtidos com rendimentos de 13,9–82,3%. Dentre os onze compostos obtidos, seis são inéditos na literatura (5, 7-11). Foi realizado o teste antifúngico via determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e estabelecendo a concentração fungicida mínima (CFM), incluindo a investigação do mecanismo de ação (sorbitol e ergosterol). Ao analisar os resultados pode-se verificar que os ésteres 4, 5 e 8 demonstraram efeito fungicida com valores de CIM = CFM = 213,8 μmol/mL e 53,4 μmol/mL, CIM = CFM = 25,3 μmol/mL e 25,3 μmol/mL, CIM = CFM = 43,8 μmol/mL e 175,3 μmol/mL A DISCUSSÃO DOS DADOS É EM MOLARIDADE OU micromoles/mL frente à C. albicans e C. tropicalis, respectivamente. Constatou-se por meio da razão (CFM/CIM<4), que as moléculas exerceram efeito fungicida. No tocante as características estruturais dos ésteres sobre a bioatividade antifúngica, evidenciou-se a importância das cadeias alquílicasmédias e substituinte arílico com grupo alquílico volumoso na posição para do anel. De acordo com o teste de ergosterol sugere-se que o mecanismo de ação ocorre na membrana plasmática da célula fúngica. A análise in silico sobre predição farmacocinética e toxicológico sugeriu que os compostos não são letais, carcinogênico e multagênico, sendo o 1 e 3 hepatotoxico e imunotoxico, quanto aos demais apresenteram apenas citotoxidade. Quanto a absorção todos apresentaram boa solubilidade em água, o que indica que podem ser admisnistrados por via oral. Portanto, foi possível estabelecer características químicas que podem servir de referência para o avanço no desenvolvimento de novos compostos antifúngicos com melhor ação biológica contra espécies de Candida.
  • YANNE CELESTE SILVA DE MEDEIROS
  • Estudo Fitoquímico da Espécie Croton lanjouwensis Jablonszky (Euphobiaceae)
  • Data: 29/09/2022
  • Hora: 08:00
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  • Os produtos naturais nunca foram esquecidos, mesmo com o apogeu dos sintéticos, devido à importância para a síntese, a pesquisa de novas substâncias e a associação à saúde. Dessa forma, não se pode deixar de lado o estudo de espécies pertencentes ao Brasil, país rico em biodiversidade e que abrange uma das maiores família de plantas angiospermas, como a família Euphorbiaceae, a qual detém grande poder farmacológico, alimentício e econômico com cerca de 72 gêneros e de 1100 espécies. Entre essas se destaca o gênero Croton, um dos mais ricos em variedade de metabólitos secundários, com cerca de 350 espécies existentes no Brasil, ricas em terpenos, com variáveis bioatividades. Mesmo assim, há espécies pouco estudadas, como por exemplo, a espécie Croton lanjouwensis, sinônimo da C. matourensís Aubl. não endêmica do Brasil, mas frequentemente encontrada no Amazonas. Poucos estudos relatam a fitoquímica da espécie, sendo mais bem estudado seu óleo essencial. Diante disto, este trabalho objetiva contribuir com o conhecimento fitoquímico sobre a espécie em destaque e ao gênero Croton, por meio do isolamento de metabólitos secundários da casca de Croton lanjouwensis. Assim, as cascas foram submetidas a processos de secagem, pulverização, extração e técnicas cromatográficas para o isolamento dos seus constituintes químicos. As estruturas químicas das substâncias isoladas foram identificadas através das análises dos dados de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais. Neste estudo, foram isoladas cinco substâncias: metoxieugenol, elemicina, ácido hardwickiic, ácido 8(17)12E, 14-labdatrien-18-óico e o communol. Sendo as três últimas, relatadas pela primeira vez nesta espécie. Foi avaliado a citotóxica do diterpeno lábdano isolado (communol) para linhagens celulares de melanoma (SK-MEL-28) e de leucemia promielocítica aguda (HL-60). Verificando inibição celular apenas para as células SK-MEL-28, com uma resposta de inibição celular de 2,02%. Por fim, este trabalho contribuiu para a ampliação do conhecimento químico da espécie, Croton lanjouwensis, demonstrando ser fonte de diterpenos.
  • ANTONIO RAPHAEL LIMA DE FARIAS CAVALCANT
  • Estudos in vitro e in silico do mecanismo de ação vasorrelaxante da amida sintética (E)-N-(4-metoxifenetil)-3-(tiofen-2-il)acrilamida (MFTA) em aorta de rato
  • Data: 28/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • (E)-N-(4-metoxifenotil)-3-(tiofen-2-il)acrilamida (MFTA) é uma amida tiofênica sintética, na qual o oxigênio do anel furano foi substituído pelo enxofre, formando um anel tiofeno, criando uma nova molécula. Diversas atividades de amidas foram relatadas no músculo liso, incluindo atividade vasorrelaxante em aorta de rato. Com o docking molecular é possível prever a melhor orientação de uma molécula para uma segunda, quando acopladas, formando um complexo. Considerando que a MFTA em trabalho anterior apresentou efeito espasmolítico não seletivo em modelos de músculo liso tônico e fásico, sendo mais potente em aorta de rato, decidiu-se caracterizar seu mecanismo de ação vasorrelaxante por meio de estudos in vitro e in silico. A aorta de ratos Wistar foi seccionada em anéis e suspensa em cubas de banho para órgãos isolados sob condições adequadas, e as contrações isométricas foram monitoradas. A MFTA foi submetida ao docking molecular (DM) no Molegro Virtual Docker v.6.0.1, utilizando-se o canal de cálcio dependente de voltagem (CaV) e a proteína cinase associada a Rho (ROCK) complexados com nifedipino e Y-27632, respectivamente, obtidos do Protein Data Bank, tomando como referência o valor energético dos algoritmos Moldock e Rerank score (kcal/mol). Todos os protocolos experimentais (n = 5) foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFPB (8073300419). A MFTA relaxou de maneira dependente da concentração e equipotente a aorta de rato pré-contraída com 3x10-7 M de fenilefrina, tanto na presença (Emax=100% e CE50=1,1±0,2x10-4 M) quanto na ausência (Emax=100% e CE50=1,3±0,3x10-4 M) do endotélio, sugerindo que seu efeito vasorrelaxante parece ser devido a um mecanismo independente dos fatores relaxantes derivados do endotélio. Assim, decidiu-se avaliar a participação dos canais de K+ e dos CaV no efeito vasorrelaxante da MFTA. Foi observado que a amida relaxou de maneira dependente de concentração a aorta pré-contraída com 30 (Emax=95,4±4,6% e CE50=1,9±0,2x10-4 M) ou 80 mM (Emax=98,7±1,3% e CE50=8,3±0,7x10-5 M) de KCl, sendo cerca de duas vezes mais potente quando esses anéis eram pré-contraídos com elevadas concentrações de KCl, indicando uma possível participação dos CaV. Essa hipótese foi confirmada pela observação de que a amida (10-5-3 x 10-4 M) inibiu de maneira dependente de concentração as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem cálcio, com desvio da curva controle para direita e redução do Emax de 100% (controle) para 95,6±4,5; 68,4±5,2; 54,0±3,4 e 19,4±3,5%, respectivamente. Os valores de CE50 do CaCl2 passaram de 2,0±0,2 x10-3 M (controle), para 1,5±0,2x10-3; 2,8±0,2x10-3; 7,0±1,2x10-3; 1,2±0,5x10-4 M, respectivamente. Além disso, a MFTA relaxou de maneira dependente de concentração a aorta pré-contraída com 3x10-7 M de S-(-)-Bay K8644, um agonista dos CaV1 (Emax=100% e CE50=6,3±1,6x10-5 M), indicando uma possível inibição do influxo de Ca2+, através dos CaV1. Também foi investigada a participação da via da ROCK e observou-se que não houve diferença na eficácia nem na potência relaxante da MFTA na presença de 10- 6 M de Y-27632 (Emax=100% e CE50=5,4±1,1x10-5 M), descartando a participação desta via no efeito vasorrelaxante in vitro da amida. Nos estudos in silico, pode-se comprovar os ensaios in vitro para o bloqueio dos CaV, evidenciado pelos valores energéticos mais negativos da MFTA (-132,99 e -111,60) quando comparados ao nifedipino (-81,77 e 122,98) para Moldock e Rerank score respectivamente. Para ROCK, os estudos in silico foram condizentes com os in vitro apenas na função Rerank score, uma vez que a MFTA (-60,64) não apresentou energia mais negativa que o Y-27632 (-73,35). Portanto, a MFTA possui efeito vasorrelaxante por bloquear Cav1, de modo que o score mais negativo do valores energéticos no DM corrobora com a confirmação dessa hipótese.
  • VINICIUS FERREIRA VIANA
  • Constituintes químicos de Harpochilus neesianus (Acanthaceae): isolamento direcionado por espectrometria de massas e caracterização
  • Data: 28/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • A segunda metade do século XX trouxe um avanço no desenvolvimento de medicamentos sintéticos mas ainda há obstáculos que dificultam o acesso de determinadas populações, a exemplo da população mais carente, a medicina profissional e saúde de qualidade. Com isso, as plantas medicinais acabam por se tornar a fonte terapêutica mais importante frente ao tratamento de doenças, principalmente em países subdesenvolvidos. Harpochilus neesianus, conhecida popularmente como “cansa-cavalo” e “canudo da Caatinga”, é uma espécie do gênero Harpochilus Nees pertencente a família Acanthaceae, endêmica dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia no nordeste do Brasil. O objetivo deste trabalho é realizar uma abordagem fitoquímica por meio da identificacação de constituintes químicos isolados de Harpochilus neesianus. As partes aéreas da espécie foram submetidas aos processos de secagem e pulveirização, foi realizada a extração do material vegetal, onde o extrato obtido foi submetido a uma partição resultando nas fases hexânica, clorofórmica, acetato de etila e n-butanólica. O emprego de técnicas cromatográficas utilizando a fase acetato de etila possibilitou o isolamento de três compostos: brazoides E, F e I. Estes foram identificados por meio da espectroscopia de massas e de RMN de 1H e 13C, utilizando técnicas uni e bidimenssionais. Os resultados obtidos neste trabalho, foram de grande importância para a contribuição de conhecimentos fitoquímicos do gênero Harpochilus, especificamente da espécie Harpochilus neesianus.
  • PEDRO THIAGO RAMALHO DE FIGUEIREDO
  • Estudo fitoquímico e antimicrobiano das raízes de Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek (Celastraceae) guiado por GNPS/espectrometria de massas
  • Data: 26/09/2022
  • Hora: 09:00
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  • Maytenus é considerado o gênero mais representativo da família Celastraceae, sendo representada, aproximadamente, por 123 espécies distribuídas nas regiões de clima tropical e subtropical do mundo. No Brasil, as espécies de Maytenus apresentam boa adaptação ao clima local, sendo o país considerado a região com a maior diversidade de espécies descritas do gênero. Foram relatadas 49 espécies das quais 36 são consideradas endêmicas das regiões brasileiras. Este gênero apresenta grande relevância para o tratamento dos distúrbios gastrointestinais, bem como para processos infecciosos e inflamatórios. Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek é conhecida popularmente como “pau-colher”, “casca-amarela”, “pau-doce” é endêmica da região do Nordeste brasileiro, sendo utilizada, na medicina popular, para tratar doença renal crônica e úlceras estomacais. Nas raízes de Maytenus são encontrados os alcaloides sesquiterpênicos piridínicos considerados marcadores quimiotaxonômico neste gênero. O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo fitoquímico e quimioinformático de M. distichophylla e avaliar a atividade antimicrobiana de extratos e substâncias isoladas. As raízes de M. distichophylla foram coletadas no município de Matureia-PB. Posteriormente, as raízes foram secas e trituradas para obtenção do pó vegetal, o qual foi submetido a sucessivas extrações com etanol a 95% para obter-se o extrato etanólico bruto, sendo submetido a métodos cromatográficos para isolamento e purificação dos metabólitos secundários. A identificação química das substâncias isoladas foi realizada pelo método espectroscópico de Ressonância Magnética Nuclear de 1H, 13C e bidimensionais. Foram isolados seis alcaloides sesquiterpênicos piridínicos das fases hexano:acetato (8:2) (Ebinifolina E2) e da fase diclorometano (Ebinifolina W1, Euojaponina K, F, A e Maiteína), sendo relatados pela primeira vez nesta espécie. Foram realizados estudos computacionais para avaliar a predição desses compostos em modelos contra os microorganismos C. albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis, P. aeruginosa e S. epidermides. O modelo Random Forest de predição para os microorganismos citados obtiveram uma porcentagem de acerto acima de 70%, área sob a curva, Receiver Operating Characteristic, acima de 0,82. Deste estudo, os seis ASP foram preditas como ativas contra os microorganismos C. albicans, C. tropicalis, C. parapsilopsis com potencial atividade variando entre 54% a 79%. Em seguida, foi realizado a atividade antimicrobiana das fases e das substâncias isoladas utilizando as cepas bacterianas: S. aureus ATCC-25923, S. epidermidis ATCC-12228, E. coli ATCC-1873, P. aeruginosa ATCC-9027, C. parapsilosis ATCC-22019, C. albicans ATCC-90028, C. albicans LM-22, no qual os extratos e substâncias testadas apresentaram atividades para as bactérias Gram-positivas e fungos leveduriformes.
  • CARLOS ARTHUR GOUVEIA VELOSO
  • ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE Varronia dardani E Varronia leucocephala (CORDIACEAE)
  • Data: 19/09/2022
  • Hora: 14:00
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  • O Brasil é um país que possui uma vasta biodiversidade, onde encontramos a região da Caatinga, representada por vegetais da família Cordiaceae, os quais são empregados pelas comunidades locais como uma alternativa para o tratamento de algumas doenças, como é o caso das espécies Varronia dardani e V. leucocephala, cujas infusões são utilizadas para o alívio das dores gástricas, cólica menstrual e artrite. Sendo assim, buscou-se contribuir para o conhecimento sobre essas espécies, mediante o estudo fitoquímico e biológico das mesmas. Para isso, o material vegetal foi coletado nos municípios de Serra Branca-PB e Maturéia-PB e submetidos a processos de extração. O extrato etanólico bruto de V. dardani (EEB-VD) foi submetido à determinação de fenólicos totais e à uma quantificação do ácido rosmarínico, considerado um dos marcadores quimiotaxonômicos da família Cordiaceae. Foi realizada uma triagem com o EEB-VD para avaliar a sua atividade espasmolítica em diversos órgãos. Além dessa atividade biológica, foi avaliada a atividade antiproliferativa dos extratos e frações de todas as espécies frente às células de melanoma humano (A2058). Através de técnicas de RMN foram identificadas as substâncias isoladas das espécies do estudo. A triagem relativa à atividade no músculo liso, mostrou que o EEB-VD apresentou uma atividade não seletiva nos diferentes tecidos e para os diferentes agonistas testados, apresentando maior potência no útero de ratos. Da fração acetato de etila do EEB-VD foi possível o isolamento e identificação de cinco flavonoides, sendo três agliconas (isosakuranetina, naringenina e ramnocitrina) e dois glicosilados (astragalina e isoquercitrina), além do ácido rosmarínico. Com relação ao teste citotóxico, a fração isopropanólica do extrato das raízes de V. dardani se mostrou mais ativa, e desta fração foi isolada a vardanona, primeira hidroantraquinona relatada na espécie V. dardani. O composto VD-R-I, foi utilizado para um estudo de quimioinformática, onde o conjunto de isômeros dessa substância foi analisado quanto à atividade na linhagem celular A2058 e foram observadas algumas interações entre resíduos de aminoácidos, comparando com o controle positivo dacarbazina e vemurafenibe, drogas utilizadas na terapia atual do melanoma. A segunda espécie mais ativa nos testes citotóxicos foi a V. leucocephala, de onde foi possível isolar uma saikosaponina, já isolada ateriormente na espécie. Logo, os resultados químicos e biológicos, obtidos nesse trabalho, contribuíram para o conhecimento sobre o gênero Varronia, ainda assim, o estudo revelou novas possibilidades de pesquisas nessas espécies envolvendo a busca de novos metabólitos secundários, principalmente da classe das quinonas.
  • ANA CAROLINE MENESES FERREIRA VERAS
  • Atividade espasmolítica da nova fórmula de um medicamento fitoterápico- Funchicórea®, pó - Ensaio Farmacológico de Estabilidade para Controle de Qualidade Biológico –
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • O funchicórea®, é um fitoterápico tradicional brasileiro utilizado na medicina popular há mais de 50 anos, indicado para constipação e cólicas intestinais em recém-nascidos. O uso tradicional do produto subsidia a sua segurança e eficácia. Mas, a legislação vigente preconiza a realização de testes que comprovem a segurança, eficácia e estabilidade da formulação. Com isso, no ano de 2012 foi realizado o primeiro estudo no laboratório de farmacologia cardiovascular da UFPB, comprovando que funchicórea® promoveu aumento do trânsito intestinal em camundongos constipados de ambos os sexos e redução da atividade espasmódica em íleo de cobaia. Contudo, em 2020 a ANVISA exigiu a modificação da formulação com a descontinuação do óleo de funcho e com isso solicitou novos estudos que comprovassem a manutenção da atividade biológica, bem como os testes de estabilidade acelerada e longa duração. Então, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade espasmolítica, em íleo de ratos, da nova formulação do produto fitoterápico Funchicórea®, com base na Resolução de Diretoria Colegiada – RDC Nº 26, de 13 de maio de 2014 e RDC Nº 318, de 6 de novembro de 2019 que preconizam o registro dos medicamentos fitoterápicos e os estudos de estabilidade. Além disso, avaliar o seu mecanismo de ação antioxidante. Com os resultados, observamos que a troca da formulação de funchicórea®, não alterou sua potência e eficácia. Em seu mecanismo de ação, foi possível constatar que nos testes de DPPH (in vitro), funchicórea® tem baixo efeito oxidante. Porém quando há a indução do estresse oxidativo por meio da Ang II, nas tiras ilíacas, a formulação demonstra potente atenuação da produção de ROS, com efeito comparado ao inibidor de NADPH, apocinina. Durante os testes de estabilidade longa duração por doze meses e acelerado seis e nove meses, observou-se ao longo do tempo uma padronização do efeito de funchicórea®, ou seja, manutenção da potência e eficácia. Dessa forma, conclui-se que a nova formulação de funchicórea® é eficaz e estável durante o período de ano e tem possível mecanismo de ação antioxidante.
  • ALINNE VILLAR DE ARRUDA
  • Participação dos canais para cálcio nos efeitos cardiovasculares induzidos pelo indol-3-carbinol em ratos
  • Data: 30/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • As doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos ambulatoriais no mundo. O principal fator de risco, modificável, para o desenvolvimento de DCV é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), uma condição clínica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial (PA). Os alcaloides têm demonstrado vários benefícios medicinais podendo serem úteis para o tratamento da HAS. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares induzidos pelo indol-3-carbinol (I3C), um alcaloide indólico, encontrado em vegetais crucíferos, buscando evidenciar o mecanismo de ação. No protocolo agudo foi realizada a administração intravenosa do I3C (5, 10, 30 e 50 mg/kg) em ratos Wistar e foram mensuradas a PA e a frequência cardíaca (FC). Nos ensaios in vitro, o I3C (10- 6-10-2 M) foi adicionado em anéis de artéria mesentérica superior com ou sem endotélio funcional pré-contraídos com fenilefrina (FEN) ou solução despolarizante (KCl 60 mM). Também, os efeitos do I3C sobre as contrações induzidas por CaCl2 foram avaliados na ausência ou presença do composto, bem como em outro protocolo os vasos foram expostos a pré-contração com S(-)-Bay K 8644, um ativador do canal Cav1.2. No estudo in silico foram realizados o docking e a dinâmica molecular para avaliar a interação do I3C com o canal Cav1.2. Já para a avaliação do tratamento com o I3C, os animais foram divididos em três grupos: controle normotenso Wistar Kyoto (WKY-CTL), hipertenso (SHR- CTL) e hipertenso tratado com I3C na dose de 50 mg/kg/dia (SHR-I3C 50 mg/kg/dia). Todos os animais foram submetidos a administração diária, via oral, por 28 dias e ao final do tratamento foram mensurados a PA e FC. Os protocolos foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) (nº 056/2016; 066/2017 e 4234221121). A administração aguda do I3C, promoveu hipotensão e bradicardia. Concentrações cumulativas do I3C induziu relaxamento dependente de concentração em anéis mesentéricos com e sem endotélio pré-contraídos com FEN, sendo essa resposta significativamente semelhante quando os anéis foram pré-contraído com KCl 60 mM. Além disso, o I3C inibiu as contrações induzidas por CaCl2 em meio livre de Ca+2, de forma dependente de concentração. Este composto, também induziu vasodilatação nas preparações arteriais pré-contraídas com S(-)-Bay K 8644. Nos resultados in silico foi observado fortes interações moleculares do I3C com a subunidade α1C do canal Cav1.2. O tratamento do I3C resultou em diminuição da PAM e da PAS nos animais em modelo de hipertensão espontânea. Em conclusão, este estudo mostra que o I3C promove redução da PAM, tanto de maneira aguda como após o tratamento em SHR. Além disso, induz vasorrelaxamento, envolvendo pelo menos em parte, a participação do bloqueio dos canais Cav1.2 resultando em redução da concentração de Ca+2 intracelular [Ca+2]i, modulando o tônus das células musculares lisas vasculares (CMLV). Esses achados contribuem para o entendimento das ações cardiovasculares do I3C
  • VIVIANE SILVA LIMA
  • Avaliação do efeito do carvacrol (2-metil-5-(1-metiletil)-fenol) sobre as alterações cardíacas e renais em ratos espontaneamente hipertensos
  • Data: 29/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica crônica não transmissível, caracterizada por um aumento sustentado da pressão arterial de etiologia variada. Possui elevadas taxas de morbidade e mortalidade e representa um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares. A hipertensão está associada a prejuízos progressivos na função e estrutura de órgãos-alvo, como o coração e o rim, que sofrem alterações estruturais e funcionais. O desenvolvimento da hipertensão tem sido associado, com o estresse oxidativo, um mecanismo que causa lesão tecidual em múltiplos sistemas e órgãos, afetando também os órgãos-alvo da hipertensão. Dessa forma, buscar alternativas de substâncias que possuam atividade anti-hipertensiva e antioxidantes, e que melhorem os danos nos órgãos-alvo da hipertensão, devem ser exploradas. Neste contexto, o carvacrol, um monoterpeno fenólico, presente em algumas plantas aromáticas, apresenta dentre as suas propriedades importantes a atividade vasorelaxante, anti-hipertensiva e antioxidante. Diante disto, o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do tratamento com carvacrol nas alterações cardíacas e renais em ratos espontaneamente hipertensos. Os animais foram divididos em cinco grupos: controle normotenso wistar kyoto (WKY-CTL) e hipertenso (SHR-CTL); e hipertensos tratados com carvacrol 50 mg/kg (SHR-C50), carvacrol 100 mg/kg (SHR-C100) e resveratrol 10 mg/kg (SHR-RE10). Todos os ratos foram tratados por via oral, uma vez ao dia, durante quatro semanas. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA-UFPB nº 6638150621. O tratamento não afetou o peso dos animais ao longo do tratamento. No ensaio de medida indireta de pressão arterial, o grupo SHR-CTL apresentou níveis de pressão arterial sistólica (PAS) significativamente elevados, em relação ao controle, ao longo do tratamento, comprovando a hipertensão nos animais. Os grupos SHR-C50, SHR-C100 e SHR-RE10 tiveram as PAS reduzidas em relação ao início do tratamento, quando comparados ao SHR-CTL. O carvacrol (50 mg/kg) conseguiu reduzir índice de massa do coração, quando comparado ao SHR-CTL. Através do ecocardiograma foi possível verificar modificações estruturais no coração, como o diâmetro ventricular esquerdo na diástole e na sístole, e calcular o índice massa ventricular esquerda, a fração de ejeção e a fração de encurtamento. O grupo SHR-CTL não apresentou alteração nos parâmetros ecocardiográficos em comparação ao grupo WKY-CTL. Assim como, os grupos SHR-C50, SHR-C100 e SHR-RE10, não apresentaram alterações em comparação ao SHR-CTL. Através do eletrocardiograma, foi possível observar que os animais hipertensos (SHR-CTL) possuíam um aumento da duração do QRS em relação ao WKY, e o carvacrol não foi capaz de reverter a duração do intervalo QRS. A duração do intervalo QT não demonstrou diferença entre os grupos SHR-CTL e WKY-CTL, assim como entre os grupos tratados com carvacrol e resveratrol. A avaliação das alterações renais foi realizada inicialmente através do índice de massa renal, onde o grupo SHR-CTL apresentou um aumento no índice quando comparado ao WKY-CTL. Entretanto, o tratamento com carvacrol não conseguiu reduzir esse índice. Nos ensaios de ureia e creatinina plasmática, os animais dos grupos avaliados não apresentaram diferenças de creatinina. Contudo, a ureia foi aumentada no grupo SHR-CTL quando comparado ao WKY-CTL. Nas duas condições experimentais o carvacrol conseguiu reduzir este parâmetro, quando comparados ao SHR-CTL. Entretanto, o tratamento com resveratrol diminuiu as concentrações de ureia plasmática em comparação ao SHR-CTL e não foi observado diferença com o grupo WKY-CTL. Os grupos hipertensos apresentaram maior deposição de colágeno cardíaco e renal, e houve a diminuição com o tratamento do carvacrol e resveratrol. Em cortes do tecido cardíaco e renal, o carvacrol reduziu significativamente a fluorescência basal da sonda DHE, quando comparados ao SHR-CTL. Desta forma, estes resultados demonstram que o tratamento com carvacrol foi eficiente em reduzir a pressão arterial, além de melhorar a fibrose cardíaca e renal, a função renal, e o estresse oxidativo.
  • MARIA ELAINE CRISTINA ARARUNA
  • ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA E ANTI-INFLAMATÓRIA INTESTINAL DO ISÔMERO (-)-FENCHONA EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 26/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Os monoterpenos são metabólitos secundários presentes em diversas espécies medicinais. A (-)-fenchona é um monoterpeno presente nas espécies vegetais Foeniculum vulgare (funcho), Thuja occidentalis L. (tuja) e Lavandula stoechas (rosmaninho). Estudos farmacológicos apontam seus efeitos anti-inflamatório, antioxidante, gastroprotetor, antidiarreico e antifúngico. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar sua atividade anti-úlcera duodenal cicatrizante gástrica e anti-inflamatória intestinal em modelos animais. A administração oral (v.o) de (-)-fenchona em todas as doses avaliadas (37,5; 75; 150 e 300 mg/kg) reduziu (p<0,001) a ALU em duodenos de ratos submetidos as lesões induzidas pela cisteamina. A partir do modelo de úlcera gástrica induzida por ácido acético foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias. Os resultados mostraram que o tratamento com (-)-fenchona na dose de 150 mg/kg (v.o) durante 14 dias reduziu (p<0,001) a área de lesão ulcerativa (ALU), quando comparado ao grupo controle. Esse efeito foi relacionado a um aumento dos níveis de GSH, SOD, IL-10 (p<0,001) e TGFβ (p<0,01) e uma redução (p<0,001) dos níveis de MDA, MPO, IL-1β, TNF-α e NFκB. A administração de (-)-fenchona durante 14 dias não alterou o peso dos órgãos (coração, fígado, baço e rins), nem os parâmetros bioquímicos e hematológicos. Ainda foi observado que a substância teste protege os animais da redução do consumo de água e de ração. No modelo de indução aguda de inflamação intestinal induzida por TNBS, a (-)-fenchona em todas as doses (37,5; 75; 150 e 300 mg/kg, v.o.) reduziu (p<0,05) o escore de lesão macroscópica, a ALU, a relação peso/comprimento e o índice diarreico. O efeito anti-inflamatório intestinal também foi avaliado em modelo sub-crônico de colite ulcerativa com recidiva. A (-)-fenchona sua melhor dose (150 mg/kg) reduziu (p<0,01) o escore de lesão macroscópica, a ALU e a relação peso/comprimento do cólon. Em amostras de cólon provenientes dos modelos agudo e sub-crônico foi demonstrado que na sua melhor dose (150 mg/kg) reduziu (p<0,001) os níveis de MDA e MPO e restaurou os níveis de GSH e SOD. Além disso, reduziu (p<0,001) os níveis de IL-1β, TNF-α e e NFκB, bem como, aumentou os níveis de TGFβ (p<0,001) e restaurou (p<0,01) os de IL-10. No estudo do mecanismo ciprotetor intestinal foi mostrado um aumento (p<0,001) da imunomarcação para zona de oclusão-1 (ZO-1). Dessa forma, estes dados sugerem que a (-)-fenchona apresentam apresenta atividade antiúlcera duodenal, atividade cicatrizante gástrica relacionada à indução da reepitelização da lesão e baixa toxicidade por doses repetidas. E atividade anti-inflamatória intestinal na fase aguda e sub-crônica, sendo relacionada à citoproteção da barreira intestinal por meio da preservação das junções comunicantes. Esses efeitos envolvem ainda a participação do sistema antioxidante e da imunomodulação.
  • RENATA PRISCILA BARROS DE MENEZES
  • Desenho computacional de metabólitos secundários de Annonaceae: Seleção e atividades antiparasitárias
  • Data: 25/08/2022
  • Hora: 08:00
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  • As plantas são fontes ricas de produtos naturais, que por sua vez são fonte potencial de substâncias bioativas para o desenvolvimento de novos medicamentos. A família Annonaceae é extremamente rica em metabolitos secundários, com grande diversidade química, apresentando uma grande variedade de potencial biológico. O uso de técnicas computacionais para a descoberta de novos fármacos tem se tornado cada vez mais comum e necessário, uma vez que leva à redução de custos de pesquisa e tempo. O desenvolvimento de drogas assistido por computador permite a exploração de grandes bases de dados químicos, reduzindo esses bancos a conjuntos de moléculas com potencial elevado de atividade biológica, processo conhecido como triagem virtual. Portanto, este estudo tem como objetivo realizar estudos computacionais com vistas a obtenção de moléculas promissoras com atividade biológica para as doenças negligenciadas, doença de Chagas e leishmaniose a partir de banco de dados de metabólitos secundários de Annonaceae. Além de investigar o potencial leishmanicida de extratos de quatro espécies de Annona (Annona glabra, Annona mucosa, Annona sylvatica e Annona dolabripetala) por meio de uma abordagem metabolômica usando análise estatística multivariada (PCA e PLS) e dados de LC-MS, para correlacionar dados espectroscópicos com atividade leishmanicida, buscando sugerir compostos ou grupos de compostos responsáveis pela atividade biológica. No capítulo 1 foi realizada uma revisão dos estudos de atividade biológica realizados com espécies da família Annonaceae objetivando evidenciar quão versátil e promissora é essa família na busca por novas drogas. No capítulo 2 foi realizada uma revisão sobre aprendizado de máquina aplicado a QSAR, escrito em português, com intuito de abordar o assunto de forma simples e didática para estudantes e pesquisadores que estão iniciando nesta área tão promissora e importante. No capítulo 3 a partir da construção de um banco de dados com os metabolitos secundários já isolados da família Annonaceae entre os aos de 1970 e 2019, foi realizada uma análise quimiotaxonômica utilizando a classe de diterpenos. Através deste estudo quimiotaxonômico foi possível separar as tribos Annoneae, Xylopieae e Miliuseae de acordo com a separação morfológica e taxonômica da família. Esse fenômeno permite prever a localização de um determinado diterpeno nas tribos Annoneae, Xylopieae e Miliuseae das Annonaceae e buscar esses metabólitos secundários e seus potenciais biológicos de forma mais eficaz. Nos capítulos 4 e 5 são realizados estudos de triagem virtual baseada em ligante em busca de moléculas com potencial atividade antichagásica e leishmanicida utilizando o banco de dados de metabólitos secundários de Annonaceae, constituído por 1860 moléculas. Os modelos preditivos criados para L. amazonensis e T. cruzi obtiveram uma acurácia acima de 72%. Para os dois protozoários foi possível identificar moléculas potencialmente ativas, selecionar algumas delas e realizar o teste in vitro. Para o T. cruzi o ácido 13-epicupressico foi o mais promissor, pois foi previsto como composto ativo no estudo in silico contra a forma amastigota do T. cruzi, além de possuir atividade in vitro contra a forma epimastigota. Já para L. amazonensis O triterpeno lupeol, apresentou a melhor atividade em ensaios biológicos in silico e in vitro para a forma promastigota, além de possuir probabilidade de potencial ativo superior a 77% contra a forma amastigota. No capítulo 6 foi realizado uma análise metabolômica utilizando análise estatística multivariada (PCA e PLS) e dados de LC-MS, para correlacionar dados espectroscópicos com atividade leishmanicida, buscando sugerir compostos ou grupos de compostos responsáveis pela atividade biológica de 4 espécies de Annona.
  • NATAN DIAS FERNANDES
  • Estudo in silico de diterpeno e alcaloide com potencial antibacteriano contra Klebsiella pneumoniae
  • Data: 24/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Klebsiella pneumoniae é uma bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae, em forma de bacilos gram-negativos. É responsável por diversos casos de infecções pulmonares e urinárias que podem evoluir para pielonefrite, pneumonia ou mesmo sepse em ambientes hospitalares. As populações mais atingidas são crianças e idosos. Os casos tendem a ser mais graves em pacientes imunocomprometidos, levando muitas vezes ao óbito. Aproximadamente 20% dos casos de pneumonia nos hospitais americanos são causadas por Klebsiella pneumoniae. Diversas classes de antibióticos são usadas no tratamento das infecções. Entretanto, a bactéria se mostra resistente a maioria das terapias existentes. Dessa forma a pesquisa de novos medicamentos se faz necessária e os métodos in silico são meios importantes, haja vista a possibilidade de prever a atividade biológica e propriedades físico-químicas de moléculas, contribuindo para redução de custos e tempo em pesquisas. Produtos naturais como alcaloides e terpenos mostraram-se eficazes em diversas pesquisas no combate à Klebsiella pneumoniae. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi encontrar moléculas capazes de combater o microorganismo por meio dos métodos in silico, utilizando-se a triagem virtual de estruturas contra um alvo enzimático deste. Neste estudo foi utilizado um banco de dados contendo 312 estruturas para triagem virtual e os métodos computacionais utilizados foram: triagem por consenso entre modelos de QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationship), análises de risco de citotoxicidade e docking molecular. A análise consensual entre os modelos de QSAR mostrou parâmetros estatísticos satisfatórios que indicaram moléculas com possível atividade contra topoisomerase IV de Klebsiella pneumoniae. Estas moléculas foram analisadas logo em seguida quanto ao risco de citotoxicidade, obtendo-se duas estruturas que não apresentaram risco: NT48, um alcaloide e NT262, um diterpeno. Dos metabólitos preditos para as moléculas, alguns demonstraram baixo risco de citotoxicidade. No docking molecular, NT48 e NT262, formaram interações significativas com resíduos de aminoácidos da enzima, fundamentais para sua inibição. Portanto, acredita-se que estas estruturas, ao demonstrar bom desempenho nas triagens realizadas são promissoras contra topoisomerase IV de Klebsiella pneumoniae, mostrando potencial para serem analisadas experimentalmente.
  • JÉSSICA CABRAL DE ANDRADE
  • ENVOLVIMENTO DOS SISTEMAS GABAÉRGICOS E GLUTAMATÉRGICOS NA ATIVIDADE ANSIOLÍTICA-SÍMILE DO HIDROXICITRONELAL
  • Data: 16/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • O hidroxicitronelal (HC), obtido a partir da semissíntese do citronelal, é amplamente utilizado como fragrância em cosméticos. Pertence à classe dos monoterpenos, sendo que alguns desses compostos já foram estudados em relação às suas atividades sobre o sistema nervoso central, inclusive atividade ansiolítica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possível atividade do tipo ansiolítico-símile do HC, e seu possível mecanismo de ação usando metodologias in vivo e in silico. Camundongos machos Swiss (Mus musculus) foram tratados com HC (12,5; 25 e 50 mg/kg, i.p.) e submetidos aos testes do Rota rod, labirinto em cruz elevado (LCE), campo aberto (CA) e placa perfurada (PP). Nenhuma diferença significativa foi observada no teste do Rota Rod, em relação ao grupo controle negativo, para a atividade motora dos animais tratados com HC em 12,5; 25 e 50 mg/kg, i.p., indicando ausência de efeito miorrelaxante ou sedativo. No labirinto em cruz elevado, HC (nas três doses) induziu aumento, significativo, na porcentagem de entradas (34,8%, 33,8% e 38,6%, respectivamente) e no tempo de permanência (49,9%, 56,1% e 57,0%, respectivamente) nos braços abertos do LCE, bem como o aumentou o número de cruzamentos no teste do campo aberto e o número de mergulhos na placa perfurada. A atividade ansiolítica foi revertida após a utilização do antagonista dos receptores GABAA. A administração da cetamina em associação com o HC resultou em aumento no número de entradas e tempo de permanência dos animais nos braços abertos do LCE, mesmo estando em doses sub-ativas. Os estudos in silico mostraram uma interação estável entre o HC e aminoácidos presentes nos receptores GABAA e nos receptores NMDA do glutamato. O possível mecanismo de ação da atividade do tipo ansiolítico-símile do composto pode ser atribuído, possivelmente, ao envolvimento da neurotransmissão GABAérgica e glutamatérgica essenciais no funcionamento do SNC, a qual foi observada em estudos in vivo e in silico, sugerindo que o HC possui uma modulação alostérica positiva sobre o receptor GABAA. Os dados farmacocinéticos obtidos mostram que o HC possui os parâmetros satisfatórios almejados para um futuro candidato a fármaco.
  • SARAH REBECA DANTAS FEREIRA
  • Hibiscus sabdariffa L. previne alterações na composição corporal e na função e reatividade das vias aéreas de ratos submetidos a um modelo de asma exacerbada pela obesidade: determinação do mecanismo de ação
  • Data: 12/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • Obesidade e asma quando associadas resultam em um fenótipo de asma com sintomas mais graves e redução da resposta ao tratamento com corticosteroides; entretanto, o exato mecanismo responsável por estas alterações permanece incerto. Nesse contexto, uma droga promissora é o Hibiscus sabdariffa L, popularmente conhecida como “hibisco”, que já demonstrou atividade antiobesidade e ação espasmolítica em traqueia de cobaia. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi padronizar e implantar um modelo animal de asma exacerbada pela obesidade utilizando uma dieta de alto índice glicêmico (DAIG) e ovalbumina (OVA), caracterizando in vivo e in vitro, morfológica e funcionalmente, as alterações induzidas pela doença, avaliando também se o tratamento com o hibisco preveniria as alterações induzidas por esta, caracterizando o seu mecanismo de ação. Ratos Wistar (n = 5-6) foram divididos em grupos controle (GC), obeso (GO), asmático (GA), obeso asmático (GOA), obeso asmático dexametasona (GOADEXA), obeso asmático hibisco 250 mg/kg (GOAH250), obeso asmático hibisco 500 mg/kg (GOAH500) e obeso asmático hibisco 1000 mg/kg (GOAH1000). Os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (5975030920). Observou-se que parâmetros relacionados à obesidade, como peso corporal, circunferência abdominal, índice de massa corpórea (IMC) e índice de adiposidade foram aumentados nos GO e GOA. O tratamento com dexametasona ocasionou perda de peso comparado ao GOA, entretanto não reverteu o aumento dos demais parâmetros observados. Hibisco, nas doses de 500 e 1000 mg/kg, preveniu o aumento de peso, de IMC, da circunferência abdominal e da adiposidade. A indução da obesidade também foi comprovada histologicamente, com aumento do diâmetro do tecido adiposo nos animais que consumiram a DAIG (GO e GOA), havendo prevenção destas no GOADEXA e no GOAH500. Para caracterizar a implantação da asma, a função pulmonar foi avaliada através da técnica de espirometria (dias 1, 12 e 21 de indução da asma) e observou-se que não houve alteração da frequência respiratória, entretanto, ocorreu redução do volume corrente e volume-minuto no dia 21 nos GA e GOA e esta alteração não foi revertida no GOADEXA e no GOAH500. A histologia do pulmão demonstrou exacerbação da inflamação peribroncovascular no GOA em relação às doenças isoladamente, bem como hipertrofia do músculo liso e remodelamento da matriz extracelular, em comparação ao GC. Funcionalmente, a traqueia foi utilizada para avaliar a reatividade contrátil, relaxante e elucidar o mecanismo de ação. Os animais que foram previamente sensibilizados com OVA apresentaram resposta contrátil ao alérgeno (GA e GOA), sendo esta ainda maior no GOA e sem reversão nos GOADEXA ou no GOAH500. As vias eletromecânica ou induzida por histamina parecem não estar alteradas nas doenças, com exceção do GA que apresentou aumento da eficácia contrátil sem alteração da potência frente à histamina. Diferentemente, a adição de concentrações cumulativas de carbacol (CCh) induziu aumento da eficácia contrátil em GO, GA e GOA, sendo GOA ainda maior que GA e sem alteração da potência entre os grupos. Este aumento não foi alterado no GOAH250, porém GOAH500 e GOAH100 preveniram, sem alterar a potência. Já a reatividade relaxante ao nifedipino e à aminofilina não foram alteradas entre os grupos. Enquanto o relaxamento induzido por isoprenalina apresentou redução da eficácia nos GO, GA e GOA, quando comparado ao GC. Na elucidação do mecanismo de hiper-reatividade contrátil ao CCh, caracterizou-se a provável participação do ânion superóxido e dos produtos da cicloxigenase na asma, sendo o primeiro também alvo do mecanismo do hibisco. Diferentemente, a participação do péroxido de hidrogênio, da via do óxido nítrico e dos produtos da 5-lipoxigenase parecem não estar envolvidos nos mecanismos das doenças ou do hibisco. Entretanto, foi evidenciado uma modulação positiva da via Rho cinase no GOA, sendo este prevenido pelo tratamento com o hibisco. Diante destes resultados, conclui-se que um modelo inédito de asma exacerbada pela obesidade foi implantado, sendo este resistente ao tratamento com dexametasona, provavelmente ocorrendo por aumento da atividade de RhoA/ROCK. Este efeito é prevenido pelo tratamento com o hibisco, se tornando uma droga promissora para o tratamento desta condição.
  • JOSÉ MARREIRO DE SALES NETO
  • Patulina inibe a produção de óxido nítrico induzida por LPS ao suprimir a via de sinalização das MAP quinases
  • Data: 10/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • A patulina (PAT) é um produto natural derivado de fungos, com propriedades imunossupressoras. No entanto, as vias de sinalização envolvidas no efeito da PAT permanecem indefinidas. Dentro desse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da PAT no processo inflamatório agudo. Para isso, macrófagos peritoneais murinos foram estimulados com lipopolissacarídeo (LPS) e tratados com a PAT (62,5-4.000 ng/ml). O ensaio de viabilidade celular mostrou que a PAT em concentrações de até 250 ng/ml não afetou a viabilidade dos macrófagos. Então, foi avaliada a produção de óxido nítrico usando concentrações não tóxicas de PAT. Como resultado, a PAT reduziu significativamente a produção do óxido nítrico (98,4%), a expressão da óxido nítrico sintase induzível (iNOS; 83,5%) e a expressão do ácido ribonucleico mensageiro da iNOS (100,0%) nas células estimuladas. Em seguida, foi investigado se a PAT interfere na produção de interleucina (IL) 1β, IL-6, IL-10 e fator de necrose tumoral-α. A PAT reduziu significativamente a produção da IL-1β (80,6%) induzida pelo LPS. Além disso, a PAT reduziu significativamente a expressão das proteínas grupamento de diferenciação (CD) 69 (63,1%) e receptor do tipo Toll (TLR) 4 (91,9%) na presença do LPS. Por fim, para investigar o mecanismo de ação da PAT, foi realizada a análise da fosforilação das proteínas quinases ativadas por mitógenos (MAPKs). A PAT reduziu significativamente a fosforilação induzida pelo LPS de todas as MAPKs avaliadas: quinase regulada por sinal extracelular (ERK; 89,5%), quinase N-terminal c-Jun (JNK; 77,5%) e p38 (72,3%). Em conjunto, esses dados sugerem que a PAT regula negativamente a resposta inflamatória aguda, inibindo a produção de óxido nítrico ao suprimir a via de sinalização CD69-TLR4/ERK-JNK-p38 MAPKs/Nos2/iNOS em macrófagos peritoneais murinos.
  • MARIANNA OLIVEIRA DE FARIAS
  • Cinamatos e tionocinamatos larvicidas: uma contribuição ao controle químico do Aedes aegypti L.
  • Data: 08/08/2022
  • Hora: 13:30
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  • A epidemia da dengue em 2015 no Brasil, aliada ao aparecimento da zika e chikungunya com notificação de maior número de casos em 2016, e o aumento de casos da febre amarela em 2017, motivou o desenvolvimento do tema proposto. Os derivados do ácido cinâmico possuem um amplo espectro de atividades biológicas, dentre elas, a atividade larvicida. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade larvicida de uma série de derivados do ácido cinâmico sobre as larvas L4 do Aedes aegypti L. e realizar análises in silico a partir dos dados obtidos. Os ésteres alquílicos e arílicos derivados do ácido cinâmico foram preparados através da esterificação de Fischer, reação com haletos de alquila e arila, e reação de Mitsunobu; enquanto os tionoésteres foram obtidos via reação de tionação. Na caracterização dos produtos utilizou-se os métodos espectroscópicos de IV, RMN de 1 H e 13 C, e EMAR para os derivados inéditos. Todos os produtos foram submetidos ao ensaio larvicida para determinação da concentração que mata 50% das larvas, a CL 50 . Obteve-se 32 derivados do ácido cinâmico, com rendimentos variando entre 10,9–90,0%, sendo 7 inéditos na literatura (12, 13, 14, 23, 28, 31 e 32). O ensaio larvicida demonstrou que 26 ésteres e 4 tionocinamatos apresentaram atividade larvicida; dos ésteres alquílicos, o 4, o 6 e 7 foram os que exibiram as melhores atividades larvicidas (0,52 mM, 0,21 mM e 0,17 mM, respectivamente), enquanto nos ésteres arílicos, o resultado mais pronunciado foi para 21 (0,55 mM). Em relação aos tionocinamatos, os derivados mais potentes foram 29 (0,24 mM) e 32 (0,28 mM). Esses resultados evidenciam que os ésteres com substituintes alquílicos de cadeia linear mediana, com o anel benzila sem substituinte ou a presença de tiocarbonila, potencializam a atividade larvicida. O resultado do docking molecular do composto mais bioativo, o cinamato de pentila (7), e do seu respectivo tionoéster, tionocinamato de pentila (31), sugeriu os possíveis alvos biológicos: HDAC2, CCC2, CA e CCC3 para 7; e CAV, SDH3 e TRYP para o 31. O QSAR indicou a predição ecotoxicológica dos derivados sintéticos, demonstrando serem produtos com baixa toxicidade e boa atividade larvicida.
  • ANDRESSA BRITO LIRA
  • Avaliação da atividade antiparasitária contra Giárdia lamblia in vitro e toxicidade de tiossemicarbazonas.
  • Data: 30/06/2022
  • Hora: 14:00
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  • As tiossemicarbazonas são bem conhecidas por seu amplo espectro de ação, incluindo atividades antitumorais e antiparasitárias. A giardíase causa diarreia em todo o mundo. O metronidazol é o tratamento padrão para a giardíase. No entanto, a resistência a este medicamento é uma realidade e alternativas terapêuticas podem constituir uma solução. Assim, o presente estudo se propôs a avaliar a atividade antiparasitária de tiossemicarbazonas contra trofozoítos de Giárdia lamblia in vitro, e a toxicidade por meio de ensaios in sílico, in vitro e in vivo. Dessa forma, esse estudo pretende desenvolver uma biblioteca genômica de Giárdia lamblia para o ancoramento de proteínas na superfície de leveduras para investigar os alvos de tiossemicarbazonas. Para tanto, investigou-se através de ensaios in sílico com os softwares AdmetSAR e Molinspiration as características farmacocinéticas e toxicológicas, as atividades antiparasitárias contra Giárdia lamblia selvagem e com resistência ao metronidazol. Foi realizada a análise da microestrutura dos trofozoítos utilizando MET. Ainda, foi medida a alteração intracelular de cálcio após o tratamento com tiossemicarbazonas. Para a avaliação do alvo da droga, foi criada uma biblioteca genômica de Giárdia lamblia para yeast surface display. A citotoxicidade foi avaliada utilizando linhagens celulares humanas imortalizadas (HEK-293, HepG2, e HT-29). Para a avaliação da toxicidade não clínica aguda foi observado os parâmetros de análise comportamental, consumo de água e ração, evolução ponderal, parâmetros bioquímicos, histopatológicos e estresse oxidativo no fígado. Os resultados obtidos demonstraram que in sílico, as tiossemicarbazonas possuem uma boa absorção por membranas biológicas e nenhuma toxicidade teórica. As tiossemicarbazonas testadas apresentaram atividade antiparasitária promissora contra Giárdia lamblia selvagem e a cepa resistente ao metronidazol em comparado ao metronidazol. Os compostos não apresentaram citotoxicidade contra células testadas, exceto TSC04 que apresentou toxicidade contra HEK-293. Contudo, todas as tiossemicarbazonas apresentaram índice de seletividade (SI) superior ao metronidazol para as duas cepas de Giárdia testadas. Para os testes subsequentes foram realizados apenas com TSC02 por possuir melhor atividade, menor citotoxicidade e melhor solubilidade. O tratamento com TSC02 revelou alterações significativas à microestrutura dos trofozoítos, assim como, aumentou o movimento de cálcio intracelular. A biblioteca genômica de Giárdia lamblia para YSD gerada apresentou alta eficiência. O tratamento Giárdia YSD com TSC02 foi capaz de regular genes envolvidos com o citoesqueleto, motilidade, organização de microtúbulos, ciclo celular, tráfego de vesículas, metabolismo, ativadores de genes, degradação de proteínas, ativação de enzimas e proteínas responsáveis pela virulência e resistência a drogas. Na avaliação da toxicidade aguda, os animais apresentaram alterações comportamentais nas duas doses de tratamento, que desapareceram após 24h. A estimativa da DL50 foi de 5000mg/kg, sendo classificado na GSH 5. Na análise do estresse oxidativo do fígado, houve um aumento da peroxidação lipídica e do óxido nítrico. Todavia, a análise histopatológica mostrou que a integridade do órgão foi mantida sem alterações. Por fim, os resultados mostram o potencial farmacológico dos derivados das tiossemicarbazonas para desenvolver novas e seguras opções de tratamento contra o parasita Giárdia lamblia.
  • ROSEANA FARIAS DE ARAUJO RAMOS
  • Constituintes químicos de Euphorbia phosphorea Mart.: isolamento, caracterização estrutural e avaliação antimicobacteriana
  • Orientador : JOSEAN FECHINE TAVARES
  • Data: 21/06/2022
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Euphorbia, pertencente à família Euphorbiaceae, está amplamente distribuído no mundo, principalmente em regiões tropicais. Compreendendo mais de 2000 espécies, algumas são usadas como plantas medicinais para tratamento de asma e inflamações no trato respiratório. Este gênero apresenta grande quantidade e diversidade de metabólitos secundários bioativos, como diterpenos ent-abietanos, com atividade contra tuberculose, doença infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Neste aspecto, um estudo fitoquímico de Euphorbia phosphorea Mart. foi realizado com o objetivo de isolar novos compostos e avaliar através de estudo in silico e experimentos in vitro a atividade antimicobacteriana dos compostos isolados. Para sua realização o material vegetal foi coletado no município de Pocinhos-PB, submetido à extração e à processos cromatográficos para isolamento e purificação dos constituintes químicos. Também foram utilizadas técnicas hifenadas, como espectrometria de massas para a realização de um isolamento direcionado. A determinação e elucidação estrutural dos compostos foi realizada através da análise de dados de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, Espectrometria de Massas, Infravermelho, Rotação Óptica, Dicroísmo Circular Eletrônico e comparação com dados disponíveis na literatura. Das raízes de E. phosphorea foram isolados 14 compostos, entre eles um novo diterpeno ent-abienano: 11β,12β-dihidróxi-ent-abieta-8(14),13(15)-dien-16,12α-olídeo, relatado pela primeira vez na literatura. Além de nove diterpenos conhecidos: jolkinolídeo A, jolkinolídeo E, euforina H, eufopilolídeo, jolkinolídeo F, ent-12-hidróxi-12[R]-abieta-8(14),13(15)-dien-16,12-olídeo, ent-11α-hidroxiabieta-8(14),13(15)-dien-16,12α-olídeo, 17-hidroxijolkinolídeo B e caudicifolina, e de duas cumarinas: 6-7-dimetoxicumarina e 5,6,7-timetoxicumarina. Das partes aéreas de E. phosphorea foi isolada uma mistura de ácido elágico e corilagina. Os diterpernos foram submetidos à análise do modelo de predição in silico para M. tuberculosis e posteriormente a teste in vitro para avaliação do potencial antimicobacteriano dos diterpenos. O modelo preditivo foi capaz de selecionar cinco destes diterpenos com potencial ativo, sendo o composto eufopilolídeo o que apresentou a maior probabilidade de potencial ativo. A partir dos testes in vitro foi observado que os compostos eufopilolídeo e 17-hidroxijolkinolídeo B resultaram em inibição do crescimento micobacteriano com concentração inibitória minima de 62,5 μM contra M. tuberculosis e M. smegmatis, respectivamente.
  • ROBERT DA SILVA TIBURCIO
  • PLANEJAMENTO, SÍNTESE E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE NOVOS 2-AMINOSELENOFENOS COMO CANDIDATOS A FÁRMACOS LEISHMANICIDAS
  • Data: 30/03/2022
  • Hora: 09:00
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  • A leishmaniose é uma doença tropical causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida por flebotomíneos e acometendo o homem com alta incidência em todo o mundo. Sua terapêutica apresenta-se limitada e obsoleta dispondo de fármacos com elevada toxicidade e baixa eficácia terapêutica, por essa razão há uma crescente necessidade de desenvolvimento e introdução de novos fármacos. Nesse contexto, a química medicinal se apresenta como uma ciência que integra as mais diversas áreas do campo farmacêutico otimizando o processo de planejamento e síntese de novas moléculas bioativas. Estudos prévios do Laboratório de Síntese e Vetorização de Moléculas tem demonstrado que derivados 2-aminotiofenos são potencias candidatos à agentes leishmanicidas. Dessa forma, e com base no príncipio do bioisosterismo, esse trabalho visou sintetizar novos 2-aminoselenofenos (2-AS) bioisósteros de 2-aminotiofenos, candidatos a fármacos leishmanicidas, afim de se avaliar os efeitos na atividade leishmanicida e na toxicidade da substituição bioisósterica do Enxofre pelo Selênio. Assim sendo, 12 derivados 2-AS foram sintetizados com base na reação de Gewald. Todos compostos foram caracterizados estruturalmente e avaliados quanto a sua atividade anti-promastigota in vitro frente a 4 espécies do gênero Leishmania: Leishmania amazonensis, L. braziliensis, L. infantum e L. major. Foi observado que 4 compostos (6CNSe2, 6CNSe4, 6CNSe9 e 6CNSe11) foram capazes de inibir o crescimento em concentrações inferiores a 3 µM. Sendo o composto 6CNSe2 o mais ativo da série, possuíndo IC50 = 0,16 µM inferior ao fármaco referência Anfotericina B (0,25 µM) frente a L. braziliensis. Todos 2-AS avaliados apresentaram segurança terapêutica com valores de índice de seletividade (IS) entre 20 - 1.181,2. Através de comparações com resultados anteriores foi possível observar que a modificação bioisósterica S ─ Se foi favorável para atividade leishmanicida na maioria dos compostos. Além disso, a influência da modificação bioisostérica mostrou-se positiva no perfil de segurança aumentando o IS dos candidatos à fármacos leishmanicidas. Esses resultados demonstram ser promissora a estratégia do bioisosterismo empregada na síntese de derivados 2-aminoselefenos como potenciais agentes leishmanicidas.
  • MIRLA MIRELY DANTAS FERREIRA
  • PLANEJAMENTO, SÍNTESE E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTILEISHMANIA DE NOVOS 2-AMINOTIOFENO-3-CARBOXAMIDAS OBTIDAS POR MODIFICAÇÃO MOLECULAR
  • Data: 28/03/2022
  • Hora: 14:00
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  • As leishmanioses pertencem ao grupo das doenças tropicais negligenciadas, sendo consideradas um problema de saúde pública, sobretudo em países emergentes e em populações de baixa renda. A falta de priorização, associado aos baixos investimentos de pesquisa por parte das empresas farmacêuticas, resultou na existência de poucas opções de tratamento, as quais tem se tornado obsoletas, com elevados efeitos adversos, e até certo ponto pouco efetivas. Por esseas razões, a pesquisa por novos fármacos eficazes e menos tóxicos é essencial, e pode ser iniciada através do uso de ferramentas da Química Medicinal, planejando, sintetizando e testando novos compostos bioativos. Os derivados 2-amino-tiofenos são uma classe versátil de heterociclos que tem apresentado destaque devido aos seus potenciais leishmanicidas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi sintetizar novos derivados 2-aminotiofeno-3- carboxamidas candidatos a fármacos leishmanicidas, através da realização da modificação molecular de protótipos 2-aminotiofenos-3-carbonitrila substituídos, a fim de verificar a importância do padrão de substituição da posição C-3 do anel tiofênico. Dessa forma, foram sintetizados 15 novos compostos, em rendimentos de 20 a 98%, utilizando a Reação de Gewald como etapa chave para obtenção dos 2-aminotiofeno-3- carboxamidas. Os compostos tiveram suas estruturas confirmadas por RMN1H e 13C, suas atividades leishmanicida avaliada frente às formas promastigotas de Leishmania amazonensis, L. braziliensis, L. infantum e L. major, e suas toxicidades avaliadas frente à macrófagos RAW 264.7. Todos compostos foram capazes de inibir o crescimento de pelo menos 1 espécie de Leishmania em concentrações inferiores a 10 μM. O composto 6BOC2 foi o que apresentou maior atividade inibitória com valores de IC50 inferior a 8μM para todas as espécies testadas, e índice de seletividade (IS) superior a 37,6. A comparação dos valores de inibição e IS dos derivados 3-carboxamidas em relação aos derivados 3-carbonitrila permite afirmar que a presença do radical 3-carbonitrila não é essencial para atividade leishmanicida. Apesar da substituição pelo grupo 3- carboxamida não ter resultado em compostos com atividade superior aos derivados 3- carbonitrila, a obtenção de novos compostos com esse padrão de substituição deve ser levado em consideração no planejamento de novos candidatos a fármacos leishmanicidas para essa classe de compostos.
  • NIKOLE DURAND TRIGUEIRO
  • Estudo fitoquímico de Pilocarpus spicatus subsp. aracatensis (Rutaceae) e avaliação da atividade moduladora da resistência bacteriana de cumarinas isoladas dessa espécie
  • Data: 25/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • As pesquisas na área de produtos naturais têm crescido nos últimos anos devido a grande procura da população por alternativas terapêuticas menos ofensivas e mais viáveis. A resistência bacteriana a drogas é um problema de saúde pública que pode ser contornado com a utilização de agentes modificadores da resistência obtidos de fontes naturais. A espécie Pilocarpus spicatus sbsp. aracatensis Kaastra conhecida popularmente como jaborandi-da-restinga, pertence a família Rutaceae e encontra-se distribuída no Nordeste do Brasil. Estudos anteriores relataram o potencial de P. spicatus como fonte de metabólitos biologicamente ativos, com isso o presente trabalho tem como objetivo a investigação fitoquímica dessa espécie e avaliação da atividade moduladora da resistência bacteriana contra uma cepa de efluxo de Staphylococcus aureus. As partes aéreas de P. spicatus foram coletadas em Maturéia-PB. Uma exsicata foi depositada no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (UFPB). O material vegetal foi desidratado, triturado e submetido à maceração com EtOH 95%. A solução extrativa foi concentrada em evaporador rotativo para obtendo-se o extrato etanólico bruto (EEB). Uma parte do EEB (100g) foi submetida à partição líquido-líquido utilizando os solventes Hexano, Clorofórmio e Acetato de Etila. A fase hexânica (4g) foi submetida à cromatografia em coluna (CC) utilizando sílica gel que resultou em vinte frações. A fração PAH03 foi submetida à nova CC para obtenção de xantoxilina. A fração PAH12 foi submetida à CLAE-preparativa para obtenção de bergaptol, heraclenol, pabularinona e isosaxalina. PAH13 foi submetida à CLAE semi-preparativa resultando no isolamento de mais quantidade de isosaxalina e 8-(3-etoxi-2-hidroxi-3-metilbutiloxi)-psoraleno. A fase clorofórmica (5,5g) foi submetida à cromatografia em coluna (CC) utilizando sílica gel resultando em vinte e cinco frações que foram reunidas em doze. A fração PACF foi identificada como heraclenol. A fração PACE foi submetida à CLAE semi-preparativa, resultando no isolamento de escopoletina e isopimpinelina. A identificação estrutural dos constituintes químicos isolados foi realizada através da análise dos espectros de RMN de 1H e 13C, HMBC, HSQC, COSY e NOESY, bem como espectros de massas de alta resolução. Foi avaliado o efeito modulador da resistência a drogas de duas cumarinas isoladas (heraclenol e isoxalina) sobre norfloxacino e brometo de etídio utilizando uma cepa de efluxo de S. aureus. O heraclenol reduziu duas vezes a CIM do norfloxacino e a isosaxalina reduziu oito vezes. A redução da CIM do brometo de etídio demonstrou que estes compostos são inibidores putativos do sistema de efluxo em bactérias. Este trabalho contribuiu para a ampliação dos conhecimentos químicos e farmacológicos da espécie P. spicatus, demonstrando seu potencial como alvo para estudos posteriores.
  • WALLACE AMORIM MACHADO DE QUEIROZ
  • Estudo fitoquímico e avaliação biológica pioneiros da espécie Sida ciliaris L. (Malvaceae sensu lato)
  • Data: 25/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • O uso medicinal de plantas para cura de doenças já é uma prática milenar, isso deu à humanidade um grande conhecimento sobre os efeitos terapêuticos e a toxicidade de algumas espécies. Na visibilidade mundial, o Brasil se destaca como uma das nações com maiores perspectivas de aproveitamento econômico de sua biodiversidade, pois possui as mais destacadas qualidades diferenciadas de espécies vegetais no mundo. Nesse contexto, o estudo com a espécie Sida ciliaris L. da família Malvaceae sensu lato, popularmente conhecido como “escova peluda” e “guanxuminha”, levou-nos a isolar e identificar seus constituintes químicos, bem como avaliar seu potencial fotoprotetor e antibacteriano. Primeiramente, as partes aéreas de Sida ciliaris foram secas em estufa a 40ºC em ar circulante e pulverizado em moinho mecânico, fornecendo 1,8 Kg de droga vegetal, que foram submetidos à maceração com hexano, hexano /acetato de etila (1:1) e etanol 95%, por 72 horas cada, resultando em soluções extrativas, que foram filtradas e concentradas em evaporador rotativo, fornecendo seus respectivos extratos. A partir do fracionamento cromatográfico utilizando sílica flash e/ou sephadex LH-20 (Merk) como fases estacionárias e solventes PA como fase móvel, foi possível o isolamento e caracterização estrutural,através de análise dos espectros de Ressonância Magnética Nuclear (RMN de 1H e 13C) Uni e Bidimencional e também comparações com modelos da literatura, de 4 compostos:uma mistura de hidroxifeofitinas:132-hidroxi-(132 -R)-feofitina a (Sc-1a) e 132-hidroxi-(132-S)-feofitina (Sc-1b) isolada do extrato de Hexano/acetato de etila (1:1 ); 5,7,3'-trihidroxi-4'-metoxiflavona (Diosmetina) (Sc-2) e a 5,7,3',4'-tetrahidroxiflavona (luteolina) (Sc-3) isoladas da fração metanólica do extrato etanólico bruto, sendo essas inéditas na espécie S. Ciliares. Os resultados obtidos para fotoproteção solar dos extratos e fase metanólica, mostraram que as concentrações de 500 e 1000µg.mL-1 apresentaram-se como potencial fotoprotetor, com FPS > 25, principalmente da fase metanólica, mostrando-se superior ao fator mínimo de proteção solar estabelecido, sugerindo que essa atividade protetora se deve aos flavonoides presentes nos extratos e fase, como a luteolina e diosmetina. Porém, a atividade antibacteriana dessas substâncias não se mostraram eficazes frente às cepas gram-positivasStaphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis e os gram-negativos, Klebsiella pneumoniae e Salmonella enterica typhimurium.
  • CAMILA MACAUBAS DA SILVA
  • Substâncias fenólicas de Helicteres eichleri K. SCHUM (Malvaceae sensu lato) e avaliação microbiológica de suas quinonas
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais são utilizados para a cura e tratamento de diversas doenças desde os tempos pré-históricos. Esses compostos apresentam alta diversidade estrutural e despertam interesse de muitos pesquisadores na busca de novas moléculas bioativas. Atualmente a resistência microbiana causada pelo uso inadequado de antibióticos, foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma ameaça à saúde da sociedade, havendo uma procura crescente por novas moléculas bioativas de plantas contra a resistência bacteriana. Diante da ampla gama de estruturas químicas vegetais, dos conhecimentos quimiotaxonômicos e biológicos do gênero Helicteres, buscou-se neste estudo os potenciais fitoquímicos e microbianos contra 4 linhagens bacterianas patogênicas, de substâncias isoladas de Helicteres eichleri K. Schum, endêmica do Brasil e conhecida popularmente como “fumo-de-macaco”, família Sterculiaceae (Malvaceae sensu lato). Para o estudo fitoquímico, o extrato etanólico bruto foi submetido a cromatografia líquido- líquido, utilizando Hex.; CH2Cl2; AcOEt; n-BuOH, obtendo-se suas respectivas fases, além da fase hidroalcoólica. 20 g da fase diclorometano foi submetida a cromatografia em coluna utilizando sílica flash e/ou Sephadex-LH 20, como fases estacionárias. O processo cromatográfico levou ao isolamento de três constituintes químicos, cujas estruturas químicas foram definidas por interpretação dos espectros de RMN 1H e 13C e bidimensionais, e comparações com modelos da literatura. As substâncias isoladas foram duas quinonas sesquiterpênicas, He-1: 4-metoxi-3,6,9-trimetil-2,3-di-hidrobenzo [de] cromeno-7, 8-diona (mansonona M) e He-2: 4-Hidroxi-3,6,9-trimetil-2,3-di-hidro-benzo [de] cromeno-7,8-diona (mansonona H), e um flavonóide sulfatado He-4: 7,4’-di-O-metil- 8-O-sulfato-isoscutelareina. Testes microbiológicos realizados com as duas quinonas sesquiterpênicas, demonstrou que He-1 e He-2 apresentou atividade antimicrobiana frente a Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis, e He-1 apresentou baixa atividade contra Salmonella enterica typhimurium, demonstrando-se substâncias promissoras.
  • FRANCISCO FERNANDES LACERDA JUNIOR
  • Padronização do modelo de dismenorreia primária e a prevenção das alterações induzidas no sistema reprodutor feminino de ratas Wistar tratadas com Spirulina platensis
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A dismenorreia primária (DisP) é a principal causa de dor pélvica crônica que acomete mulheres, podendo estar associada a fatores genéticos, sociais e comportamentais. A farmacoterapia desta desordem envolve o uso de anti- inflamatórios não esteroidais e antiespasmódicos, no entanto, muitas mulheres não respondem bem a estes tratamentos. Dessa forma, visando novas alternativas terapêuticas para prevenção da DisP, avaliou-se o efeito da suplementação com Spirulina platensis (SP), uma alga com efeitos anti- inflamatório e antioxidante, durante 8 semanas (v.o), em modelo de DisP. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (2240150621 e 1886010520). Os animais foram divididos nos seguintes grupos: controle (GC), DisP e grupos tratados com escopolamina + dipirona (Esc + Dip) ou ibuprofeno (IBU) e grupos suplementados com a SP nas doses de 50 (SP50) e 100 mg/kg (SP100). Para isso, foi padronizado um modelo de DisP induzida pela administração de dietilestilbestrol e ocitocina e promoveu, in vivo, o aumento na pontuação de contorções nas ratas, que foi diminuída pelas drogas padrão (Esc + Dip ou IBU). Além disso, in vitro, a DisP aumentou a camada miometrial e promoveu danos à camada endometrial uterina, aumentou a reatividade contrátil e diminuiu a relaxante em útero de ratas e aumentou o estresse oxidativo em útero e ovários de ratas. Frente a essas alterações ocasionadas pela DisP, a suplementação com SP promoveu efeito antidismenorreico. Os grupos SP50 e SP100 em estudos in vivo preveniram parcialmente o aumento das contorções uterinas, provavelmente por promover efeitos anti-inflamatórios ou antiespasmódicos, já nos parâmetros in vitro a SP nas duas doses preveniu o aumento da camada miometrial e os danos a camada endometrial uterina, porém, nos ovários a alga em ambas as doses não alterou a expressão dos folículos, tais efeitos possivelmente podem ser atribuídos a inibição dos efeitos estrogênicos. Na reatividade contrátil uterina induzida pela ocitocina somente SP100 preveniu totalmente o aumento da potência e parcialmente o efeito máximo da ocitocina, sugerindo que a alga pode estar diminuindo a afinidade da ocitocina ao seu receptor. Quando o agente contrátil utilizado era a PGF2α, verificou-se que somente SP100 preveniu parcialmente o aumento da potência sugerindo dessa forma, que a SP pode estar promovendo efeitos negativos na afinidade da PG ao seu receptor. Diferentemente, no acoplamento eletromecânico de contração frente ao KCl, SP, nas doses de 50 e 100 mg/kg, preveniu o aumento da potência, já em relação a prevenção do aumento da eficácia máxima, a SP foi mais eficaz na dose 100 do que na de 50 mg/kg, sugerindo que SP pode estar regulando negativamente a abertura/ativação dos Cav. No relaxamento, verificamos que SP (50 mg/kg) preveniu a diminuição da eficácia relaxante da isoprenalina e do nifedipino. Já na dose de 100 mg/kg, a SP preveniu a diminuição da potência e eficácia relaxante da isoprenalina e nifedipino, promovido pela DisP, esse conjunto de resultados sugere que SP pode modular positivamente alvos na via adrenérgica uterina e negativamente a ativação dos Cav. Além disso, SP (50 mg/kg) promoveu melhora nos parâmetros de estresse oxidativo, por prevenir o aumento dos níveis de MDA e a diminuição da CAT em ovários. Em SP (100 mg/kg) preveniu o aumento de MDA e diminuição da CAT e em útero e ovários iduzidos pela DisP, sugerindo que a alga pode estar reduzindo/neutralizando a formação de EROs. Portanto, a suplementação com S. platensis previne a hipercontratilidade uterina, bem como aumento do estresse oxidativo em útero e ovários de ratas provocadas pela DisP e surge como alternativa para o tratamento da DisP.
  • JOSE GUILHERME FERREIRA MARQUES GALVAO
  • AVALIAÇÃO DOS MECANISMOS IMUNOMODULADORES DA OUABAÍNA NO MODELO EXPERIMENTAL DE ASMA INDUZIDA POR OVALBUMINA
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • Distúrbios inflamatórios alérgicos como a asma tipo 2 (TH2 hi), podem ser tratados em sua fase tardia com corticosteroides, que acabam por promover uma melhora do quadro inflamatório crônico que se instala nas vias aéreas. A ouabaína, um esteroide cardiotônico com propriedades imunomoduladoras, é capaz de regular a liberação de histamina pelos mastócitos em processos alérgicos simples, e de atenuar a inflamação alérgica das vias aéreas induzida por ovalbumina (OVA). Estes achados reforçam o papel fisiológico desempenhado pela ouabaína durante respostas inflamatórias alérgicas, evidenciando indícios do potencial modulador fisiológico e farmacológico dessa substância em processos asmáticos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do tratamento com a ouabaína sob os parâmetros celulares, endoteliais e histológicos característicos do modelo de asma TH2 hi. Para isso utilizamos um modelo experimental de asma induzida por OVA com duração de 12 semanas. Camundongos Balb/c fêmeas foram sensibilizados com OVA nos dias 0 e 14 e desafiados com OVA por aerossol entre os dias 21 e 84, durante três dias consecutivos por semana. O tratamento com a ouabaína e a droga padrão budesonida ocorreu uma hora antes de cada desafio e no 85° dia do protocolo, foi realizada a coleta do material biológico. Os animais com asma tratados com ouabaína apresentaram redução (p<0,05) da migração de células totais e individualmente de eosinófilos, macrófagos e linfócitos no lavado do fluido broncoalveolar (BALF); dos níveis séricos de IgE total e OVA-específica; dos níveis de citocinas, no BALF (IL-33, TSLP, IL-4, IL-1β, TGF-β e TNF-α); da inflamação e da hiperprodução de muco nos pulmões; da hiper-reatividade brônquica e do remodelamento tecidual pulmonar. Adicionalmente, o tratamento com ouabaína reduziu a frequência de ativação da p-p38 MAPK em linfócitos no BALF. Assim, os resultados obtidos nesse estudo, sugerem que a ouabaína como um esteroide cardiotônico imunomodulador, é capaz de reduzir as principais características que determinam o endotipo asmático alérgico, conhecido como asma TH2 hi.
  • MARIA DAS NEVES SILVA NETA
  • Síntese e avaliação antituberculose de novos compostos organosselenio
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • A tuberculose tem como agente etiológico a Mycobacterium tuberculosis. Está entre as 10 causas de morte do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), isso se dar devido ao tardio diagnóstico, que desencadeia o tratamento inapropriado, seja pela demora para confirmação da doença, administração inadeuqada de medicamentos eficazes ou pela não adesão tratamento, tudo isso leva a evolução de cepas resistentes aos medicamentos existentes. Os compostos organosselênio vem se destacando pela aplicabilidade em estudos biológicos, apresentando atividades antimicrobiana, anti-inflamatórios, antinociceptivo, anticâncer, entre outros. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo preparar novas moléculas de selenorgânicos contendo anéis aromáticos, visando à obtenção de moléculas com potencialidades biológicas úteis caracterizadas como antimicrobianas e estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os compostos foram sintetizados usando a metodologia de Souza et al., (2019) e os compostos foram caracterizados pelas técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e de 13C e apresentaram rendimentos que variaram de 53 – 75,6%. Dentre as vinte e quatro substâncias obtidas, doze são inéditas na literatura. No teste de atividade antituberculose foi realizada a determinação da concentração inibitória mínima (CIM). Através dos resultados obtidos pode-se observar que todos os compostos demonstraram efeito antituberculose frente à cepa de Mycobacterium tuberculosis. Os compostos MSe4, MSe3, MSe6 e MSe7 apresentaram melhor atividade com valor de de CIM= 20,67; 21,6; 22,04 e 22,52 μg/ mL, respectivamente. Quanto as características estruturais dos compostos sobre a bioatividade antituberculose, evidenciou-se a importância das cadeias carbônicas menores e dos grupos substituintes. O estudo de docking molecular sugeriu que sugeriu que são os átomos de oxigênio e hidrogênios do grupo metóxi, carbonos do anel benzeno, átomos de oxigênio da carbonila e anel epóxido presentes na estrutura, responsáveis pelas interações com resíduos enzimáticos, sendo, portanto importantes para a atividade dos compostos de selênio em estudo.
  • RAYANE FERNANDES PESSOA
  • O tratamento com óleo de coco virgem (Cocos nucifera L.) melhora os parâmetros murinométricos, a função pulmonar e a reatividade traqueal de ratos Wistar obesos asmáticos
  • Data: 23/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A incidência de pacientes asmáticos com obesidade tem aumentado nos últimos anos, porém pouco se sabe sobre as características e alternativas terapêuticas para o manejo dessas comorbidades associadas. Uma possível alternativa para o tratamento da asma exacerbada pela obesidade é o óleo de coco virgem (OCV), que já demonstrou efeito benéfico em um modelo de inflamação pulmonar alérgica crônica em cobaias. Diante disso, objetivou-se avaliar um possível efeito do OCV sobre os parâmetros murinométricos, função pulmonar e a reatividade traqueal de ratos Wistar com asma exacerbada pela obesidade. Inicialmente foi realizada uma triagem comportamental e avaliação da toxicidade de doses repetidas do OCV em ratos e ratas (n = 5). Para realização dos demais parâmetros os animais foram divididos em quatro grupos experimentais (n = 6): controle (GC), obeso asmático (GOA) e obeso asmático tratados com o OCV nas doses de 1000 (GOAOCV1000) e 2000 mg/kg (GOAOCV2000). Para indução dessa desordem, os animais receberam durante 16 semanas uma dieta de alto índice glicêmico (DAIG) e foram sensibilizados e nebulizados com ovalbumina (OVA) durante os últimos 21 dias das 16 semanas e os animais do GOAOCV recebeu o OCV nos últimos nos últimos 30 dias. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (9133040520). Foi observado que o OCV nas doses de 1000 e 2000 mg/kg/dia não promoveu nenhuma alteração comportamental, não induziu mortes em nenhum animal, e não houve alterações no consumo de ração e peso dos animais. Entretanto, o OVC (1000/2000 mg/kg/dia) diminuiu a glicemia de jejum dos ratos (95,2 ± 1,7 e 108,4 ± 2,1 mg/dL, respectivamente), quando comparado ao GC (124,3 ± 1,3 mg/dL). Já nas ratas, apenas a dose de 2000 mg/kg/dia (103,2 ± 3,4 mg/dL) reduziu a glicemia de jejum, quando comparado ao GC (119,0 ± 1,1 mg/dL). Com relação ao peso dos diferentes órgãos, apenas as ratas tratadas com OCV 2000 mg/kg/dia apresentaram um aumento no peso do baço (0,27 ± 0,01 g) e diminuição do peso do fígado (3,0 ± 0,1 g), quando comparado ao GC (0,2 ± 0,01 e 3,5  ± 0,14 g, respectivamente). Na avaliação da obesidade experimental, foi observado que a ingestão da DAIG aumentou o peso corporal dos animais do GOA (460,2 ± 21,0 g), quando comparado ao GC (365,2 ± 3,5 g), e o tratamento com OCV na dose de 2000 mg/kg/dia (410,2 ± 9,8 g), reverteu esse aumento. Não foram observadas alterações no consumo diário de ração entre os grupos experimentais. Em relação aos parâmetros murinométricos, o tratamento com OCV nas doses de 1000 (95,3 ± 3,3 mg/dL) e 2000 mg/kg/dia (104,2 ± 6,2 mg/dL) diminuiu a glicemia de jejum destes animais, comparado ao GOA (113,8 ± 6,1 mg/dL). Diferentemente, em ambas as doses, o OCV não alterou o comprimento nasonal, índice de Lee, IMC e circunferência torácica. Porém, a dose de 2000 mg/kg/dia (19,1 ± 0,2 cm) reverteu o aumento da circunferência abdominal, quando comparado ao GC (18,8 ± 0,3 cm). Com relação aos depósitos de gorduras foi observado que o tratamento com o OCV nas doses de 1000 e 2000 mg/kg/dia reverteu o aumento desse tecido, ocasionado pela ingestão da DAIG, além de reduzir o índice de adiposidade em cerca de 30%. Durante o período de indução da asma foi avaliada a função pulmonar (volume corrente, frequência respiratória e volume minuto) destes animais. Observou-se que o tratamento com OCV na dose de 2000 mg/kg/dia, reverteu a redução da frequência respiratória e do volume corrente ocasionada pela desordem. Com relação à reatividade contrátil da traqueia de ratos asmáticos e obesos, o tratamento com OCV (1000 e 2000 mg/kg/dia) não alterou as contrações induzidas por KCl. Já quando essa contração era induzida pelo carbacol, apenas na dose de 2000 mg/kg/dia do OCV houve reversão da hiper-responsividade traqueal ocasionada por esta desordem. Observou-se ainda que o tratamento com o OCV levou a uma redução na potência relaxante do nifedipino, mas não alterou o relaxamento induzido pela aminofilina. Diante disso, pode-se concluir que o OCV pode se tornar uma alternativa terapêutica promissora no tratamento da asma e obesidade associadas.
  • JANDERSON BARBOSA LEITE DE ALBUQUERQUE
  • Estudo Fitoquímico da espécie Pavonia malacophylla (Link & Otto) Garcke (Malvaceae sensu lato) e avaliação microbiológica dos seus compostos fenólicos.
  • Data: 23/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • As plantas medicinais atuam como fontes alternativas ou complemento na terapia de fármacos alopáticos. A família Malvaceae sensu lato destaca-se em seus compostos isolados com propriedades farmacológicas que atuam como anticâncer, antioxidante, antimicrobiana e antiviral. Pavonia malacophylla é conhecida popularmente como malva-rosa e está distribuída por quase todo o território brasileiro. Essa pesquisa teve como objetivo isolar os fitoconstituintes de P. malacophylla e avaliar o potencial antimicrobiano de seus compostos isolados frente às cepas bacterianas Staphylococcus aureus MRSA (ATCC 43300), Staphylococcus epidermidis (ATCC 29641), Salmonella enterica Typhimurium (ATCC 14028) e Klebsiella pneumoniae (ATCC 700603). O estudo fitoquímico foi realizado com as partes aéreas de P. malacophylla que foram desidratadas, trituradas e submetidas à maceração com etanol 95%. O Extrato Etanólico Bruto (EEB) por filtração rápida com sílica gel, forneceu a fração AcOEt:MeOH (1:1) que foi submetido a uma coluna cromatográfica utilizando a fase estacionária Amberlite XAD-2 e como fases móveis H2O, metanol, hexano, acetona e acetato de etila. A fração MeOH 100% foi então submetida a sucessivas colunas cromatográficas utilizando sephadex LH-20 como fase estacionária e como eluentes o MeOH e MeOH:CHCl3 em diferentes graus de polaridade. As frações foram comparadas por CCDA e reunidas de acordo com a semelhança do perfil de eluição. Deste processo cromatográfico foi obtido da fração 14/20 da quarta coluna a substância codificada como Pm-3 (18,0 mg) e da fração 01/02 da quinta coluna obteve-se a substância codificada como Pm-4 (10,0 mg). Posteriormente, realizou-se uma cromatografia líquido-líquido com o EEB utilizando hexano, clorofórmio e acetato de etila como fases móveis, obtendo assim suas respectivas fases, além da fase hidroalcoólica. A fase clorofórmica foi submetida a uma cromatografia em coluna utilizando sílica flash como fase estacionária e como eluentes o hexano, acetato de etila e metanol, puros e em misturas binárias. As frações foram comparadas por CCDA e reunidas de acordo com a semelhança do perfil de eluição. Nesse processo cromatográfico foram obtidas as substâncias codificadas como Pm-1 (10,0 mg) e Pm-2 (12,0 mg), provenientes da mesma coluna. As substâncias foram caracterizadas por espectroscopia de RMN (1H, 13C) uni e bidimensionais e através de comparações com dados da literatura foi possível identificá-las como decanol (Pm-1), 5,7-dihidróxi-3,8,4´-trimetóxiflavona (Pm-2), canferol-3-β-D-glicopiranosídeo (Pm-3) e metil-4-hidróxi-cinamato (Pm-4). Os testes antimicrobianos de ensaio disco-difusão e o ensaio de concentração inibitória mínima (CIM) foram realizados com os três últimos compostos, porém Pm-3 e Pm-4 mostraram atividade inibitória de crescimento das cepas de S. aureus MRSA, S. epidermidis e S. enterica Typhimurium na concentração de 512 µg/mL. Todos os compostos foram isolados pela primeira vez na espécie, possibilitando determinar o perfil fitoquímico de P. malacophylla e o potencial microbiológico de seus compostos, fortalecendo assim o gênero Pavonia e ampliando os conhecimentos quimiotaxonômicos e etnofarmacológicos da família Malvaceae sensu lato.
  • CÉSAR AUGUSTO COSTA DE MEDEIROS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE CARVACROL ISOLADO E ASSOCIADO A ANFOTERICINA B FRENTE A CEPAS DE ASPERGILLUS FLAVUS ISOLADO DE MATERIAL BIOLÓGICO.
  • Data: 21/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • Os fungos compreendem um grupo de patógenos que podem causar sérios danos à saúde. Aspergillus flavus está entre os principais causadores de comorbidades sérias, dentre elas, as aspergiloses. A terapia atifúngica atual têm se apresentando cada vez mais ineficiente, devido uma série de questões relacionadas a mecanismos adaptativos da própria célula fúngica ou até mesmo devido a toxicidade associada as altas doses necessárias para que venham a surtir o efeito desejado. Diante disto, a pesquisa por novas substâncias que venham a surtir efeitos antifúngicos por diferentes mecanismos de ação vêm se tornando cada vez maior. Os produtos naturais apresentam-se como um forte aliado para estes achados, visto que são fitoconstituintes de origem vegetal que apresentam diversas atividades biológicas. Dentre estes, destaca-se o carvacrol, um monoterpeno encontrado principalmente em plantas como Origanum vulgare (orégano). Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a ação antifúngica do carvacrol e dos antifúngicos licenciados anfotericina B, fluconazol e voriconazol frente a isolados clínicos de A. flavus. Os ensaios para avaliar as atividades biológicas foram realizadas pela técnica de microdiluição para determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), estudos de associação e estudo dos possíveis mecanismos de ação. Nos resultados de atividade biológica foi observado que o carvacrol na concentração de 16 ug/ml inibiu o crescimento da maioria das cepas fúngicas, seguido da anfotericina B, com valores de CIM de 32 µg/mL fluconazol com 512 µg/mL e voriconazol com 1 µg/mL. Quanto aos ensaios de CFM, valores de 32 µg/mL para o carvacrol foram observados, representando efeito fungicida para a substância em questão. Ensaios de associação de drogas são muito bem vistos atualmente, pois além da diminuição da concentração eficaz de cada substância, reduzindo assim o risco de toxicidade, a utilização de mais de um mecanismo de ação pode ser uma alternativa bastante viável no combate a patologias fúngicas graves, sendo assim, a associação de carvacrol com anfotericina B representou valores de ICIF de 0,875, sendo considerada uma associação de aditividade. O mecanismo de ação proposto para o carvacrol frente aos isolados de A. flavus foi obtido a partir dos ensaios de sorbitol e ergosterol, onde podemos observar uma ação da substânia frente ao ergosterol da membrana celular fúngica, causando desbalanço da mesmo e levando a morte celular fúngica. Dessa forma, carvacrol apresenta-se como bom candidato na busca do desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas que venham a suprir as necessidades atuais frente as patologias fúngicas em questão.
  • NATALIA DINIZ NUNES PAZOS
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO MONOTERPENO TETRAHIDROLINALOL EM CAMUNDONGOS.
  • Data: 21/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A dor é uma experiência complexa e representa um mecanismo de proteção e sobrevivência, podendo impactar significativamente na qualidade de vida. O tratamento dessa condição utiliza fármacos analgésicos, compostos dotados de efeitos colaterais que podem prejudicar o bem-estar do paciente. Nesse sentido, as plantas aromáticas são fontes de moléculas que podem servir de moldes estruturais para a elaboração de substâncias com potencial analgésico, a exemplo do tetrahidrolinalol (2,6-dimentil-6-octanol), um monoterpeno derivado do linalol com potencial antinociceptivo em modelos animais. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito antinociceptivo do tetrahidrolinalol (THL) por meio de metodologias in silico e in vivo. Dentre as metodologias in silico, a técnica de docking molecular foi utilizada com intuito de prospectar possíveis alvos que pudessem estar relacionados ao efeito antinociceptivo do THL. Em adição, metodologias in vitro foram realizadas utilizando camundongos Swiss machos (Mus musculus), que foram tratados com THL (50, 100 e 200 mg/kg-1, v.o.) e submetidos ao teste do rota-rod e aos modelos de contorções abdominais por ácido acético, placa quente e formalina. Os resultados do docking revelaram que o THL apresentou afinidade para o receptor opióide μ (-55,6 e -47,3 Kcal/mol) e para o receptor de potencial transitório vanilóide tipo 1 (TRPV1) (40,9 e -34,1 Kcal/mol). Em relação aos testes/modelos in vivo, o THL não apresentou efeito miorrelaxante no teste da rota-rod. Por outro lado, o tratamento com THL reduziu significativamente o número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético nas doses de 50 mg/kg-1 (16,8 ± 4,5) e 100 mg/kg-1 (22,5 ± 6,0) em relação ao grupo controle (41,6 ±1,1). No modelo da placa quente, o THL aumentou significativamente, e de maneira dose-dependente, a latência para o reflexo nociceptivo nas doses de 50 mg/kg1(14,0 ± 0.1 s) e 100 mg/kg1 (8,6 ± 1,5 s) em relação ao grupo controle (1,0 ± 0,0 s). Por fim, o monoterpeno reduziu significativamente tempo de lambedura na pata, nas duas fases do teste, nas doses de 50 mg/kg-1 (11,8 ± 2,9 s; 115,6 ± 18,0 s), 100 mg/kg-1 (15,6 ± 1,5 s; 127,0 ± 34,1 s) e 200 mg/kg-1 (29,6 ± 2,4 s; 172,7 ± 13,8 s) em relação ao grupo controle (51,6 ± 10,2 s; 281,5 ± 31,2 s). Esse último efeito foi parcialmente revertido pela naloxona, um antagonista competitivo de receptores opióides. Diante dos resultados obtidos, o THL mostrou-se uma molécula segura, sendo destituída de efeito miorrelaxante. Além disso, o monoterpeno apresentou efeito antinociceptivo em nível central e periférico que parece envolver, pelo menos em parte, receptores opióides, receptor de potencial transitório vanilóide tipo 1 e mediadores inflamatórios.
  • JAISLANIA DE LUCENA CORDEIRO
  • Investigação da Ação do trans-anetol em Modelos Comportamentais de Convulsão em Camundongos.
  • Data: 18/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • A epilepsia é uma doença crônica, não transmissível e tratável. Pode ser caracterizada por descargas elétricas que afetam uma região do cérebro ou várias, ocorrendo de forma recorrente e não provocada. Há interesse em buscar alternativas de tratamento para suprir pacientes farmacorresistentes e intoleráveis aos efeitos adversos dos mesmos. Essa busca passa a ser crescente por produtos naturais seguros e eficazes, dentre eles os óleos essenciais oriundos das plantas e com inerentes atividades anticonvulsivantes. Com essa característica tem-se o trans-anetol (TAN), constituinte majoritário dos óleos essenciais da erva doce, anis verde e anis estrelado. Substância segura aprovada pelo FDA para uso como aromatizante em comidas e bebidas e atividade anticonvulsivante previamente comprovada. O trabalho teve objetivo investigar um possível mecanismo de ação para o TAN via método in sílico (Docking molecular) associando com sua possível atividade anticonvulsivante in vivo nas doses 50, 100 e 150 mg/kg (i.p), utilizando os agentes químicos convulsivantes Pilocarpina e o Ácido 3-mercaptopropiônico, como também avaliamos o sinergismo do TAN frente aos anticonvulsivantes clássicos. Para isso foram utilizados Camundongos Swiss (Mus musculus) machos, protocolos aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal da Paraíba, sob número de certidão 3890250918. Os estudos in sílico utilizando metodologia de docking molecular observaram sua afinidade por alvos GABAA e NMDA. Estudos in vivo, utilizando o agente químico Pilocarpina 350 mg/kg (i.p) observou atividade anticonvulsivante do TAN na dose de 100 mg/kg (i.p). Na observação das convulsões com o ácido 3-mercaptopropiônico 40 mg/kg (i.p), nenhuma dose do TAN foi eficaz. Quando se associou o TAN com o Fenobarbital (20 e 40 mg/kg i.p) e Fenitoína (12,5 mg/kg e 25 mg/kg i.p) houve uma redução na duração da extensão tônica dos membros posteriores dos animais. Assim como redução na mortalidade quando comparados ao grupo veículo. A partir dos resultados in silico pode-se prever que o trans-anetol age via receptores GABAA e NMDA e resultados in vivo a atividade anticonvulsivante do TAN, assim como associações benéficas desse com os anticonvulsivantes clássicos e seu efeito neuroprotetor.
2021
Descrição
  • ANDREZA BARBOSA SILVA
  • ESTUDOS QUIMIOTAXONÔMICOS E TRIAGEM VIRTUAL DE DITERPENOS ISOLADOS DA FAMÍLIA LAMIACEAE COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTITUBERCULAR
  • Data: 17/12/2021
  • Hora: 08:30
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  • A família Lamiaceae apresenta distribuição cosmopolita, sendo composta por uma grande variedade de metabólitos secundários, possui mais de 290 gêneros 7000 espécies. Estima-se que no Brasil essa família esteja representada por 36 gêneros e 490 espécies. Diante da grande diversidade da família Lamiaceae, o objetivo deste trabalho construir um banco de dados do diterpenos, realizar estudos quimiotaxonômicos auxiliando na prospecção de diterpenos com características estruturais específicas, como também através da triagem virtual, selecionando os mais promissores, e por fim validar por meio do teste atividade biológico. No capítulo 2 foi construído um banco de dados de diterpenos de Lamiaceae e com ele foi realizada uma análise quimiotaxonômica entre as subfamílias de Lamiaceae, utilizando descritores moleculares e mapas auto organizáveis ​​(SOMs). O levantamento de dados evidenciou 4.115 diterpenos diferentes correspondendo a 6.386 ocorrências botânicas, que estão distribuídas em oito subfamílias, 66 gêneros, 639 espécies diferentes e 4880 localizações geográficas, foram adicionados à SistematX. Em todos os mapas obtidos, observou-se uma taxa de acerto superior a 80%, demonstrando uma separação das subfamílias de Lamiaceae, corroborando com os dados morfológicos e moleculares propostos por Li et al. Portanto, por meio deste estudo quimiotaxonômico, foi possível predizer a localização de um diterpeno em uma subfamília e auxiliar na busca de metabólitos secundários com características estruturais específicas, como compostos com potencial atividade biológica. O capítulo 3 apresenta uma avaliação in sílico do diterpeno labdano ácido labda-8 (17), 14-dien-913-epoxi-12β-hidroxi-19-oico, denominado hyptenol (1), juntamente com cinco outros compostos: eritroxilol B (2), acetato de ácido oleanólico (3), ácido betulínico (4), ácido tormêntico (5) e ácido ent-3β-acetoxi-kaur-15-en-17-óico (6) que são constituintes químicos das partes aéreas de Leptohyptis macrostachys. Foi criado um modelo preditivo para determinar a suscetibilidade à microbactéria da tuberculose, com avaliações moleculares e, em seguida, realizou-se análises in vitro. Os resultados demonstraram que o ácido ent-3β-acetoxi-kaur-15-en-17-óico (6) apresenta atividade biológica significativa frente ao Mycobacterium tuberculosis. No capítulo 4, foi realizado a análise fitoquímica da espécie Mesosphaerum sidifolium, pertencente a subtribo Hyptidinae, como também uma triagem virtual do banco de dados de diterpenos dessa tribo, selecionou-se então os compostos mais promissores com atividade antiturbecular frente a M. tuberculosis. O estudo in-sílico evidenciou que dos 68 diterpenos de Hyptidinae analisados, 48 apresentaram probabilidade de apresentarem atividade biológica contra M. tuberculosis e, por meio do teste biológico, verificou-se que os diterpenos podem ser avaliados posteriormente como moléculas potenciais antituberculares.
  • HERBERT IGOR RODRIGUES DE MEDEIROS
  • Planejamento e Desenvolvimento Racional de Candidatos a Fármacos Inibidores de Influenza A.
  • Data: 06/12/2021
  • Hora: 09:00
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  • As RNA viroses tem sido uma grande problemática para todo o mundo, tendo em vista sua fácil replicação, mutação e transmissão. Especificamente, o influenza A é um vírus de rna responsável por um alto número de óbitos, seja atuando isoladamente ou agravando diversos quadros patológicos já existentes. Diante do quadro que tal vírus trás para a população e levando em consideração, os poucos fármacos utilizados para o tratamento da mesma, é de suma importância a busca por candidatos a fármacos que não apresentem tanto efeitos colaterais e que sejam eficazes para o mesmo, em alternativa para os atuais tratamentos, salientando a importância de candidatos que atuem em múltiplos alvos (multitarget), buscando através destes, fármacos mais eficazes e promissores, uma vez que, dentre as principais vantagens, tem a capacidade de bloquear mais de um alvo, obtendo melhor eficácia e perfis de resistência. Deste modo, a química medicinal, através da utilização da tecnologia, tem sido essencial no processo de planejamento de fármacos, uma vez que possibilita a otimização do tempo e de custos operacionais. Associado a isto, o crescente número de casos decorrentes de doenças endêmicas, como o influenza A, vem estimulando os órgãos de fomento a investir em pesquisas para o desenvolvimento de moléculas que possam a vir a serem utilizadas no tratamento de tais. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi propor moléculas naturais com potencial atividade anti-influenza A, predita por uma análise de consenso de três modelos de predição de atividade biológica e analisadas por uma triagem virtual hibrida, através dos mais diversos tipos de análises in silico. Frente a isto, o banco de dados de 986 moléculas naturais, foram triadas, através primeiramente, da análise por consenso oriundas de 3 modelos de predição de atividade biológica, o que resultou em apenas 36 moléculas preditas como ativas para o influenza A e com ótimo percentual de confiabilidade, resultante da construção dos 3 modelos preditivos. Posteriormente, tais moléculas foram submetidas a análises do perfil de absorção e biodisponibilidade oral, riscos de toxicidade e metabolismo frente ao CYP 450. Neste sentido, as moléculas de tais etapas de triagem foram: HER02, HER03, HER04, HER16, HER17 e HER35. Diante de seus promissores resultados, tais moléculas foram submetidas a docagem molecular, frente as 4 principais proteínas envolvidas no ciclo de replicação do influenza A, a citar: canal M2, hemaglutinina, neuraminidase e rna polimerase, salientando que não existem fármacos atuantes na hemaglutinina. Com tais resultados, no geral todas as moléculas apresentaram ótimas interações frente as 4 principais proteínas do influenza A, com destaque, para a molécula HER03, que demonstrou ser um potencial candidato a fármaco atuante em múltiplos alvos, tendo em vista resultantes que apresentou scores de energias de interação superior a todos os fármacos controle e para todas as 4 proteínas envolvidas no ciclo de replicação do influenza A, com exceção da hemaglutinina, que basicamente ficou em segundo lugar no ranking dos scores mais altos. Diante de tais resultados, foi demonstrado que das 986 moléculas naturais, 6 apresentaram potenciais para serem candidatos a fármacos frente ao influenza A, com destaque para a molécula HER03, que apresentou promissores e potenciais resultados para ser uma candidata a fármaco anti influenza A atuante em múltiplos alvos.
  • AZENATE CAMPOS GOMES
  • Tecnologias Analítica e de Produção Vegetal da Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium (Roem. e Schult.) Penn.)
  • Data: 28/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • Sideroxylon obtusifolium (Roem & Schult.) T.D.Penn. é considerada como uma das plantas promissoras do futuro, em função do seu elevado potencial medicinal, entretanto, a extração inadequada da matéria prima para drogas vegetais tem comprometido sua população nos sistemas naturais, sendo necessário estudos que deem subsídio ao seu uso sustentável. Objetivou-se com este trabalho estudar as características físicas, químicas e biológicas de S. obtusifolium em diferentes condições ambientais e estágios de desenvolvimento, visando à produção de droga vegetal padronizada. Foi realizado o estudo fenológico de 30 espécimes no Cariri Ocidental e Oriental da Paraíba e a produção vegetal desta espécie. Foi avaliado a intensidade e sincronia das fenofases, caracterização biométrica, tratamentos pré germinativos, vigor e índice de qualidade de indivíduos. Os indivíduos jovens foram avaliados em condição integral e podada. As drogas vegetais foram avaliadas quanto ao tamanho de partícula da parte aérea e periderme do caule em diferentes ambientes, e estágio de desenvolvimento dos indivíduos jovens por meio de diferentes técnicas analíticas, análises térmicas (TG e DTA), caracterização morfológica das partículas e caracterização física farmacopeica. Foram desenvolvidos e validados, métodos para quantificação de taninos e flavonoides em drogas vegetais de espécimes adultos de Sumé por espectrofotometria UV/Vis e co-validados em drogas vegetais de espécimes adultos de São João do cariri e de jovens nos extratos fluidos e secos nebulizados. A quantificação de taninos e flavonoides foram correlacionados com os parâmetros ecológicos avaliados. Os espécimes de Sumé e São João do Cariri apresentam comportamento fenológicos diferentes, caracterizando-se por diferentes respostas em relação a precipitação. Os eventos fenológicos reprodutivos de Sumé são assincrônicos e os de São João do Cariri sincrônicos. O índice de qualidade de Dickson dos indivíduos jovens apresentou correlação positiva com os dados biométricos das sementes. As drogas vegetais tamisadas com partículas 297-149 e 73-37 μm mostraram diferentes energias de ativação que permitiram a diferenciação dos espécimes adultos de diferentes ambientes. A entalpia diferenciou os indivíduos jovens em diferentes fases de desenvolvimento dos espécimes adultos. A análise morfológica demonstrou alta heterogeneidade na morfologia, tamanho e distribuição das partículas tamisadas, demonstrando que a tecnologia atual de produção e separação granulométrica das drogas vegetais medicinais precisa ser aperfeiçoada. O método analítico desenvolvido e validado para quantificação de taninos e flavonoides nas drogas vegetais de Sumé é seletivo, linear, preciso, exato e robusto. A validação parcial demonstrou linearidade, precisão e exatidão nas amostras dos espécimes adultos de São João do Cariri e nos extratos fluido e seco nebulizado dos espécimes jovens. Os extratos da parte aérea e periderme do caule apresentaram diferença significativa para os teores de taninos e flavonoides em relação ao tamanho de partícula, diferentes ambientes de coleta e diferentes estágios de desenvolvimento. Os dois primeiros componentes principais justificam mais de 98 % da variação total do conjunto de dados avaliados. A massa e diâmetro de sementes, índice de qualidade Dickson e frutificação contribuem como indicadores das concentrações de taninos e flavonoides em todos os extratos avaliados. Os dados relatados para S. obtusifolium, ratificam que o uso da periderme do caule deve ser substituído pelo cultivo de indivíduos jovens em função principalmente do elevado teor de flavonoides (89,54% a mais), contribuindo com a sustentabilidade da espécie.
  • GABRIELA CRISTINA SOARES RODRIGUES
  • IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS NOVOS INSETICIDAS E ANTIVIRAIS UTILIZANDO FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS E BANCO DE DADOS DE PRODUTOS NATURAIS
  • Data: 01/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os metabólitos secundários consistem numa importante fonte de compostos para o manejo de pragas, fornecendo uma alternativa para substituir inseticidas sintéticos, persistentes e tóxicos. Dentre as classes de produtos naturais, destacam-se os terpenos, que abrangem uma grande variedade de substâncias de origem vegetal com importância ecológica como defensivos de plantas e com atividade biológica frente a diferentes insetos. Os terpenos também têm sido investigados como agentes antivirais e com o surgimento da pandemia causada pela Sars-Cov-2, diversos pesquisadores concentraram suas pesquisas em identificar compostos potenciais para o tratamento da COVID-19. A aplicação de abordagens computacionais contribui para auxiliar na compreensão das propriedades físico-químicas de princípios ativos, modelar e elucidar fenômenos químicos e predizer a toxicidade e atividade biológica para diferentes efeitos. Portanto, o objetivo do trabalho é aplicar estudos de QSAR para encontrar novas estruturas a partir de bancos de dados de produtos naturais com potencial atividade inseticida e antiviral com o auxílio de ferramentas computacionais da Quimioinformática. No capítulo 2, foi avaliado o potencial bioinseticida de quarenta e dois monoterpenos contra Drosophila melanogaster e Reticulitermes chinensis Snyder. A modelagem QSAR foi realizada para ambos os organismos, enquanto o docking e a dinâmica molecular foram usados apenas para Drosophila melanogaster. Os resultados sugerem que pulegone, citronelal, carvacrol, acetato de linalila, acetato de nerila, acetato de citronelila e acetato de geranila podem ser considerados alguns candidatos potenciais a pesticidas. No capítulo 3, buscou encontrar produtos naturais com potencial inseticida contra Musca domestica e Mythimna separata. Para isso, foram desenvolvidos modelos preditivos QSAR usando abordagens MuDRA, PLS e RF, modelos de homologia e triagem virtual de 117 produtos naturais. Os resultados mostraram que os diterpenos Pimarane, diterpenos Abietanos, Diterpenos diméricos e diterpenos Scopadulane obtidos de partes aéreas de espécies do gênero Calceolaria (Calceolariaceae: Scrophulariaceae) podem ser considerados como potenciais inseticidas. No capítulo 4, realizamos previsões assistidas por computador para compostos com atividade inseticida conhecida contra Aphis gossypii e Drosophila melanogaster e os resultados revelaram os compostos bistenuifolina L e bistenuifolina K, foram potencialmente ativos contra as enzimas de A. gossypii; e salvisplendina C e salvixalapadieno, são potencialmente ativos contra D. melanogaster. Enquanto que no capítulo 5, utilizamos métodos computacionais para realizar uma triagem virtual de diterpenos candidatos com potencial para atuar como inibidores de CoV. Para isso, um conjunto de 1.955 diterpenos, derivados de uma subfamília Nepetoideae (Lamiaceae), foram selecionados por meio da ferramenta SistematX (https://sistematx.ufpb.br), que foram usados para fazer previsões. A partir da base de dados ChEMBL, 3 conjuntos de estruturas químicas foram selecionados para a construção de modelos preditivos. Os resultados mostraram que a abordagem de análise de consenso, baseados em ligante e estrutura, foi capaz de selecionar 19 compostos como potenciais inibidores de CoV, incluindo a isotansinona IIA (01), tansinlactona (02), isocriptotansinona (03) e tanshinketolactona (04), que não apresentaram toxicidade dentro dos parâmetros avaliados.
  • RYLDENE MARQUES DUARTE DA CRUZ
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA, ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA, ANTIPIRÉTICA, COGNITIVA E MECANISMOS DE AÇÃO DE UM ANÁLOGO DA TINORIDINA
  • Data: 17/09/2021
  • Hora: 09:00
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  • RMD86 é um análogo da tinoridina e derivado tiofênico o qual pertence a uma classe de compostos com diversas atividades farmacológicas como antifúngica, antitumoral e antioxidante. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda pré- clínica, o potencial antinociceptivo e antipirético e possível atividade em receptores NMDA. A administração aguda de RMD86 não provocou mortes nas doses avaliadas (300 ou 2000 mg/kg, via intraperitoneal i.p.), porém foi observado um efeito analgésico nas duas doses sendo sugestivo de depressão do SNC que pode ser proveniente de uma toxicidade neuronal. Para constatar se RMD86 seria capaz de provocar essa toxicidade foi realizado o teste do rota-rod o qual demonstrou que RMD86 não foi capaz de causar alterações na coordenação motora dos animais, indicando a ausência de toxicidade neuronal. Nos testes da nocicepção química com ácido acético e formalina RMD86 foi capaz de promover uma atividade antinociceptiva nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg. Já no teste do glutamato ele apresentou uma atividade antinociceptiva nas doses de 50 e 100 mg/kg. No teste de nocicepção térmica RMD86 (100 mg/kg) promoveu uma redução no tempo de latência nos primeiros 30 minutos do teste. Na avaliação da atividade antipirética RMD86 foi capaz de reduzir a pirexia nos tempos de 30, 60, 120 e 180 minutos nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg. No estudo dos mecanismos de ação, o derivado não apresentou mecanismos envolvendo o sistema opioide, adenosinérgico e nem canais de KATP. No entanto, em ensaios in silico o produto teve uma boa energia de ligação com enzimas como a COX-1/2, o que sugere o seu possível mecanismo de ação. Nos testes in vitro em receptores NMDA foi observado um efeito nas concentrações de 100 e 300 μM. O efeito direto de RMD86 em receptores NMDA foi confirmado com um uso do antagonista do receptor AMPA o NBQX. Em testes de LTP, observou-se que o produto foi capaz de promover o aumento do estímulo em células piramidais da região CA1 do hipocampo. Em ensaios in vivo, RMD86 promoveu uma redução do congelamento no teste do condicionamento aversivo, para determinar se esse resultado tinha relação com a deficiência da formação da memória ou com o aumento da movimentação do animal foi realizado um teste do campo aberto e foi constatado um aumento da velocidade média do grupo tratado. Além disso, observou-se um aumento da ansiedade nos animais tratados no teste do campo aberto no qual os animais passaram mais tempo na periferia do aparato. A partir disso, pode-se inferir que o produto analisado apresentou uma baixa toxicidade aguda, atividade antinociceptiva e antitérmica com possível mecanismo de ação envolvendo enzimas COX e apresentou uma ativação de receptores NMDA envolvidos com processos cognitivos.
  • MAYARA DOS SANTOS MAIA
  • Avaliação in silico do potencial de atividade de lignanas e neolignanas frente a doenças negligenciadas e neurodegenerativas
  • Data: 10/09/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais são considerados potenciais fontes de novos agentes terapêuticos devido à diversidade de estruturas e suas propriedades. Dentre os produtos naturais, destacam-se as lignanas e neolignanas, que possuem uma variedade de atividades biológicas, mas que devido à diversidade estrutural, se faz necessário identificar e investigar novas fontes de efeitos farmacológicos. As doenças negligenciadas ameaçam e atingem milhões de pessoas ao redor do mundo. Dentre elas, a leishmaniose, a doença de Chagas e a esquistossomose, cujo os tratamentos quimioterápicos disponíveis apresentam alta toxicidade e dificilmente apresentam eficácia na fase crônica da doença. As doenças degenerativas também têm acometido diversas pessoas, sendo o Alzheimer mais comum. O tratamento também é limitado, pois não evita a progressão da doença. Variadas abordagens computacionais da Quimio e Bioinformática podem auxiliar, mediar, orientar e identificar novos compostos para o tratamento de diversas doenças. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar o potencial farmacológico de lignanas e neolignanas frente a doenças negligenciadas e neurodegenerativas com o auxílio de ferramentas e abordagens computacionais. No capítulo 2, foram avaliadas lignanas a partir do banco de dados ChEMBL e aplicado abordagens como perfil farmacocinético, análise combinada baseada no ligante e na estrutura, modelagem por homologia, predição de resistência e simulações de dinâmica molecular. Quatro dentre as lignanas selecionadas na triagem, foram isoladas e testadas contra formas promastigotas de Leishmania major e L. (Viannia) braziliensis. Os resultados mostraram que o composto mais ativo, o (159) epipinoresinol-4-O-β-D-glucopiranosídeo, apresentou um valor IC50 de 5,39 µM para L. braziliensis e valor IC50 de 36,51 µM para L. major. No capítulo 3, previmos o potencial tripanomicida de 47 neolignanas usando modelos preditivos, docking molecular, simulações de dinâmica molecular e cálculos de energia livre. Dos compostos analisados, dois foram isolados e mostraram inibir o crescimento de formas epimastigotas em concentrações de 9,64 e 8,72 µM, e formas tripomastigotas em 4,88 e 2,73 µM. Enquanto que no capítulo 4, abordagens in silico, usando análise de perfil farmacocinético, docking consenso, modelos preditivos consenso, simulações de dinâmica molecular e cálculos de energia livre também foram utilizados para selecionar lignanas potenciais e seletivas contra um importante alvo do Schistossoma mansoni. Quatro lignanas obtiveram excelentes resultados e sugerimos ser um alternativa terapêutica em casos de resistência. No capítulo 5, lignanas foram analisadas com o objetivo de identificar compostos potenciais e multi-target para o tratamento do Alzheimer. Uma análise combinada, com base no ligante e na estrutura, seguida pela previsão das propriedades de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade (ADMET) foi realizada. Os resultados mostraram que a análise combinada foi capaz de selecionar 139 lignanas potencialmente ativas e multitarget, conferirindo alternativas de tratamento através da atividade neuroprotetiva e antioxidante. O capítulo 6 é uma revisão que descreve vários estudos, abordagens e métodos de docking consenso.
  • SEVERINO FERREIRA NETO
  • Avaliação Antimicrobiana de 3-Nitrobenzamidas Sintéticas sobre Espécies de Candida e Estudos de Docking Molecular
  • Data: 31/08/2021
  • Hora: 08:30
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  • As infecções fúngicas acometem uma significativa parte da população. Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo já foram afetadas por algum tipo de fungo. O gênero Candida é responsável por diversas doenças infecciosas, especialmente em indivíduos com imunidade comprometida. Além disso, é preocupante o surgimento de cepas resistentes aos fármacos disponíveis, o que resulta em maiores dificuldades para o tratamento e associação a casos de óbito. Portanto, é urgente a busca por novas alternativas farmacoterapêuticas. Derivados nitrobenzenos apresentam diversas propriedades antimicrobianas, incluindo ação antifúngica. Desse modo, no presente estudo investigou-se o potencial antifúngico de catorze derivados 3-nitrobenzamidas frente às espécies do gênero Candida (C. albicans, C. krusei e C. glabrata) e estabeleceu-se uma relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os derivados 3-nitrobenzamidas foram preparados utilizando a reação de Schotten-Baumann e foram estruturalmente caracterizados pelas técnicas de Espectroscopia de Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C. Os produtos obtidos tiveram rendimentos de 25,2-72,7% e três derivados da coleção são inéditos (6, 8 e 10). Nos testes antifúngicos determinou-se a Concentração Inibitória Mínima (CIM) com a técnica de microdiluição em placas de 96 poços e a Concentração Fungicida Mínima (CFM) em meio de cultura sólido. Também se investigou o possível modo de ação utilizando os ensaios do sorbitol e ergosterol. Nove compostos apresentaram atividade antifúngica com valores de CIM que variaram de 39,06 a 1250 µg/mL. Considerando a análise da razão de CFM/CIM, que apresentou valores em um intervalo de 1 a 3, pode-se verificar que os derivados apresentam ação fungicida. A imida 14 demonstrou o melhor efeito fungicida da coleção frente às cepas de C. albicans, C. krusei e C. glabrata, com valores de CIM e CFM de 39,06 µg/mL. Os dados sugerem que este composto não atua de forma direta sobre membrana celular fúngica ou por mecanismos que envolvam funções da parede celular. A respeito da relação estrutura e atividade antifúngica, a presença do sistema dicarbonílico ligado ao nitrogênio ou metilenodióxido potencializam a ação inibitória frente às espécies de fungos. O estudo de docking molecular mostra que sete dos dez alvos que compartilham as pontuações de docking mais altas pertencem à via biossintética do ergosterol, com energias favoráveis na ligação aos alvos proteína de ligação a GTP RHO1, difosfomevalonato descarboxilase, esqualeno monooxigenase, esterol 24-C-metiltransferase e esqualeno sintase; o pequeno tamanho da molécula e os grupos carbonilas, principalmente, foram ideais para estabilização da molécula nos receptores. A mesma análise foi feita para os alvos de C. krusei e C. glabrata, onde há uma pequena mudança apenas para C. krusei. Diante desses resultados, conclui-se que os derivados 3-nitrobenzamidas apresentam-se como compostos promissores para o desenvolvimento de novos fármacos antifúngicos contra Candida spp.
  • AIRLLA LAANA DE MEDEIROS CAVALCANTI
  • ESTUDO IN SILICO E CARACTERIZAÇÃO DOS EFEITOS CARDIOVASCULARES DO MONONITRATO ORGÂNICO 1,3-DIISOBUTOXIPROPAN-2-ILA (NDIBP) EM RATOS NORMOTENSOS E HIPERTENSOS
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os nitratos orgânicos são amplamente utilizados para restaurar os níveis e mimetizar a função do óxido nítrico (NO) endógeno reduzido pela disfunção endotelial presente na hipertensão arterial (HA). Entretanto, a maioria dos nitratos clinicamente disponíveis produz efeitos colaterais indesejados, especialmente a tolerância. O desenvolvimento de novos nitratos orgânicos que não apresentem essas desvantagens ainda se faz necessário. Este trabalho teve como objetivo investigar o novo nitrato orgânico 1,3-diisobutoxipropan-2-il (NDIBP) como alternativa para o tratamento da hipertensão, descrevendo sua síntese, o potencial biológico e farmacocinético in silico, seus efeitos vasculares, mecanismo de ação, toxicidade aguda, capacidade de induzir tolerância e sua ação no sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. O NDIBP foi sintetizado a partir da glicerina por meio de síntese orgânica e caracterizado por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e espectros de ressonância magnética nuclear, obtendo um rendimento de 85,7%. O espectro de atividade biológica foi obtido por PASS (Prediction of Activity Spectra for Substances) revelando que as atividades mais prováveis para o NDIBP estavam relacionadas a ações cardiovasculares, como efeito anti-hipertensivo e vasodilatador. As propriedades drug-like e os estudos ADMET foram realizados por software pkCSM (Predicting Small-Molecule Pharmacokinetic Properties using Graph-Based Signatures). Os parâmetros físico-químicos e a predição ADMET sugeriram que o NDIBP apresentou boa biodisponibilidade oral teórica, boa absorção no trato gastrointestinal e baixa distribuição nos tecidos. Estudos de quimioluminescência in vitro e técnicas ex vivo demonstraram que o NDIBP liberou NO tanto em um sistema livre de células em condições anaeróbias quanto em artérias mesentéricas isoladas por meio de um processo de metabolização catalisado pela enzima xantina oxidoredutase (XOR). Em experimentos ex vivo utilizando anéis de artéria mesentérica de rato, o NDIBP induziu um vasorrelaxamento independente do endotélio (Emáx = 105,97 ± 3,65% vs. 91,78 ± 4,08%, respectivamente, p <0,05) que foi significativamente atenuado na presença de PTIO (Emáx = 66,22 ± 5,22 %, p <0,05), ODQ (Emáx = 26,22 ± 3,32%, p <0,05), TEA (Emáx = 78,43 ± 3,55, p <0,05), febuxostato (Emáx = 69,96 ± 4,31%, p <0,05), e proadifeno (Emáx = 52,88 ± 3,04%, p <0,05). Além disso, este nitrato orgânico não foi capaz de induzir tolerância vascular e apresentou baixa toxicidade pré-clínica aguda por via oral. As alterações in vivo nos parâmetros cardiovasculares foram avaliadas utilizando ratos normotensos e hipertensos renovasculares. O NDIBP induziu um efeito hipotensor e uma ação dupla na freqüência cardíaca que foram significativamente maiores em animais hipertensos do que em normotensos. Nossos resultados indicam que o NDIBP possui boas atividades biológicas e propriedades drug-like in silico e atua como um novo doador de NO, agente hipotensivo e bradicárdico e é um nitrato orgânico não autotolerante, desenvolvendo vasorrelaxamento por liberação de NO, ativação da via NO-sGC-cGMP e modulação positiva dos canais para K+ no músculo liso vascular. Portanto, todos os dados sugerem que o NDIBP é um bom candidato para futuras investigações no tratamento da hipertensão arterial e estudos de desenvolvimento de medicamentos.
  • KIMBERLY STEFANNY DA SILVA
  • Composição química, avaliação antidepressiva e antioxidante do óleo essencial de Citrus sinensis (laranja doce)
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • As plantas medicinais são uma grande fonte de medicamentos, sendo utilizada pela população, e suas atividades biológicas são atribuídas a grande diversidade de metabólitos secundários. A espécie Citrus sinensis (Rutaceae) é conhecida como “laranja doce”, tem sido usado tradicionalmente para tratar diversos distúrbios, dentre eles distúrbios mentais. A depressão é um transtorno psiquiátrico crônico, multifatorial, caracterizada por sintomas como baixo humor e/ou anedonia, que podem ser acompanhados por déficits cognitivos, neurovegetativos. Aproximadamente 85% dos pacientes com depressão também apresentam sintomas significativos de ansiedade. O óleo essencial de C. sinensis apresenta atividades biológicas, tais como antimicrobianas, antioxidantes, e é amplamente estudado por possuir atividade ansiolítica. Com base nisso, o trabalho teve como objetivo realizar a caracterização química dos constituintes presentes no óleo essencial de C. sinensis, obtidos de três (3) diferentes fornecedores, e avaliar o efeito antidepressivo e antioxidante do óleo essencial. A caracterização química foi realizada através de CG-EM, onde foram identificados cinco componentes na amostra do óleo essencial, sendo o limoneno o composto majoritário. Para os testes farmacológicos, foi utilizado um protocolo de indução do comportamento do tipo depressivo por dexametasona. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no uso de animais (CEUA/UFPB) da Universidade Federal da Paraíba, com a certidão de aprovação nº 8690120320. Os camundongos Swiss foram divididos em seis grupos de 6 a 8 animais e submetidos à testes comportamentais como nado forçado, suspensão da cauda e campo aberto e após isso, foram realizados os testes antioxidantes in vivo. No teste de nado forçado não houve diferença entre os grupos tratados com o óleo essencial nas doses 25, 50 e 100 mg/kg e o grupo controle. No teste de suspensão da cauda, foi observado que CS 75 e CS 100 aumentaram o tempo de imobilidade, quando comparado com o grupo tratado com imipramina e não houve diferença significativa do tempo de imobilidade entre as concentrações do OE e o controle. No teste de campo aberto os grupos tratados com as doses CS 75 e CS 100 do óleo essencial, também reduziram o número de cruzamentos quando comparados com o grupo de controle. Os grupos dexametasona, CS 50, CS 75 E CS 100, aumentaram o número de rearing quando comparados com o grupo imipramina. No parâmetro de grooming houve uma redução na frequência de autolimpeza significativa entre o grupo dexametasona, imipramina, CS 75 e CS 100 em relação ao grupo controle. Os resultados encontrados sugerem que os grupos tratados com o OE de C. sinensis não apresentaram efeito antidepressivo quando submetido aos testes comportamentais. No teste antioxidante in vivo, o óleo essencial apresentou efeito antioxidante no teste de glutationa redutase (GSH), pois aumentou significativamente a concentração de GSH no grupo tratado CS 75 quando comparado ao grupo controle e imipramina. Já na concentração de nitrito foi observado um aumento significativo na concentração de nitrito no grupo tratado com imipramina e CS 50, em comparação com o grupo controle, sugerindo que esse aumento leva a oxidação de lipídios celulares, formação de radicais livres e geração de espécies reativas de oxigênio (ROS).
  • ÉRIKA PAIVA DE MOURA
  • Estudo in silico de flavonoides e compostos análogos pertencentes à família Asteraceae contra a doença de Alzheimer
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • A doença de Alzheimer é uma desordem neurodegenerativa que afeta mais de 20 milhões de pessoas no mundo. Atualmente, os fármacos disponíveis para o tratamento apresentam diversos efeitos colaterais e apenas reduzem as manifestações clínicas da doença, não sendo capazes de evitar que ela progrida. Assim, a pesquisa de novas alternativas terapêuticas que retardem o desenvolvimento da desordem é essencial. Uma das estratégias utilizadas no processo de descoberta de fármacos contra a doença de Alzheimer é a realização de um estudo in silico. Dessa forma, é possível prever as atividades biológicas e as propriedades físico-químicas de moléculas e contribuir para a redução do tempo e dos custos financeiros da pesquisa de medicamentos. Os flavonoides são metabólitos secundários de plantas que apresentam efeitos benéficos na prevenção de doenças, incluindo as doenças neurodegenerativas. Com base nisso, o objetivo deste trabalho foi desenvolver análises in silico e realizar uma triagem virtual de flavonoides e análogos da família Asteraceae contra os alvos da doença de Alzheimer. Neste estudo, foram selecionados 886 flavonoides para iniciar a triagem virtual e os seguintes métodos computacionais foram utilizados: construção de modelos de QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationship), análise dos riscos de citotoxicidade, análise das violações à regra do cinco de Lipinski, cálculos de parâmetros físico-químicos relacionados à atividade antioxidante, análise do componente principal por consenso (CPCA), análise do componente principal (PCA), docking molecular e simulações de dinâmica molecular. Os modelos de QSAR exibiram parâmetros estatísticos satisfatórios e indicaram moléculas possivelmente ativas contra acetilcolinesterase (AChE), peptídeo β-amilóide (Aβ) e glicogênio sintase quinase-3β (GSK-3β) que provavelmente atravessam a barreira hematoencefálica. Essas moléculas foram submetidas à análise dos riscos de citotoxicidade e entre aquelas que não foram tóxicas, selecionou-se os flavonoides com provável atividade multialvo, obtendo-se: FL319, FL339, FL466, FL511, FL775 e FL807. Os metabólitos preditos para esses flavonoides não demonstraram risco de serem tóxicos, com exceção de apenas um metabólito proveniente da interação de FL511 com CYP2D6. Os seis flavonoides analisados mostraram no máximo 1 violação à regra do cinco de Lipinski, demonstrando propriedades físico-químicas favoráveis à biodisponibilidade por via oral. Além disso, todos os flavonoides foram mais reativos e apresentaram maior capacidade de perder um elétron e neutralizar radicais livres em comparação com o antioxidante ácido ascórbico, sugerindo que eles possuem propriedades antioxidantes. Os resultados da CPCA e da PCA revelaram que todos os flavonoides, com exceção de FL319, formam interações hidrofóbicas altamente favoráveis com outras moléculas, e que FL466 e FL511 possuem um melhor perfil de solubilidade. Também foi observado que os flavonoides estudados têm regiões hidrofóbicas, hidrofílicas, grupos aceptores de ligação de hidrogênio e grupos doadores de ligação de hidrogênio. Os procedimentos de docking molecular forneceram dados sobre os possíveis mecanismos de ação dos flavonoides, no qual notou-se que FL466, FL511, FL775 e FL807 interagiram com todos os resíduos de aminoácidos do sítio aniônico periférico da AChE. Os seis flavonoides formaram interações com os resíduos fundamentais para a agregação de Aβ, que são os resíduos do núcleo hidrofóbico central do peptídeo. FL319, FL339 e FL775 também participaram de interações com os resíduos do sítio de ligação do trifosfato de adenosina (ATP) de GSK-3β. Nas simulações de dinâmica molecular, os flavonoides conseguiram estabilizar os alvos durante alguns nanosegundos. Portanto, acredita-se que os flavonoides investigados neste estudo são promissores contra os alvos da doença de Alzheimer e têm potencial para serem testados experimentalmente.
  • MANOEL FERNANDES DE OLIVEIRA NETO
  • Avaliação dos efeitos induzidos pelo ácido sinápico sobre o sistema cardiovascular de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • O ácido sinápico é um dos quatro ácidos hidroxinâmicos mais encontrados na natureza; presente em frutas, vegetais, oleaginosas, grãos de cereais. Ele apresenta diversas atividades farmacológicas como antioxidante, atividade anti-inflamatória, ansiolítica e anti-hipertensiva. Essa última em ratos L-NAME. Contudo, não há relatos de seus efeitos no modelo de hipertensão com ratos espontaneamente hipertensos (SHR) assim como também não há dados da sua participação na modulação autonômica da pressão arterial e seus mecanismos de controle. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos induzidos pelo ácido sinápico em parâmetros cardiovasculares de ratos normotensos (WKY) e espontaneamente hipertensos (SHR). Para isso, uma combinação de protocolos in vivo foi realizada em ratos WKY e SHR. Dessa forma, avaliou-se os efeitos do tratamento oral por 14 dias com o ácido sinápico sobre a pressão arterial, frequência cardíaca, atividade autonômica simpática, parassimpática e sensibilidade do barorreflexo. O tratamento oral com o ácido sinápico foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas em ratos SHR (184,5 ± 6,114 vs. 148,3 ± 5,39 mmHg, p < 0,05), sem provocar alterações na frequência cardíaca dos animais. Já em relação ao barorreflexo induzido farmacologicamente com drogas vasoativas, o tratamento oral com o ácido sinápico foi capaz de melhorar a sensibilidade do barorreflexo (-1,192 ± 0,1441 vs. -2,366 ± 0,1885 bpm/mmHg, p < 0,05) por aumentar o índice do ganho parassimpático (-0,683 ± 0,111 versus -2,814 ± 0,430 bpm/mmHg, p < 0,05), mas sem diferença significativa em relação ao simpático. A função autonômica foi avaliada utilizando ferramentas farmacológicas; e o ácido sinápico aumentou atividade parassimpática (39 ± 5,2 vs. 129 ± 6 bpm , p ˂ 0,05 ) e diminuiu a hiperatividade simpática em ratos SHR (-64,83 ± 4,5 vs -40,8 ± 7,7; p ˂ 0,05 ). O tratamento com o ácido sinápico também foi capaz de reduzir o estresse oxidativo sérico nos ratos SHR (54,75 ± 6,2 vs. 18,1 ± 1,3 nmol/ml, p ˂ 0,05). Finalmente, em ensaios in silico, o ácido sinápico apresentou boa biodisponibilidade teórica após administração oral, boa solubilidade, estabilidade e absorção, ainda apresentando baixa toxicidade oral, bem como possíveis outras atividades farmacológicas sobre o sistema cardiovascular. Esses dados sugerem um efeito anti-hipertensivo do ácido sinápico, visto que ele foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas dos ratos hipertensos. Esse efeito pode estar relacionado, em parte, com a diminuição do estresse oxidativo.. Com base no exposto, o ácido sinápico é uma molécula importante na busca de novos tratamentos contra a hipertensão arterial sistêmica.
  • MARIA FRANNCIELLY SIMOES DE MORAIS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE 2-OXO-2-FENILETIL BENZOATO FRENTE À LINHAGENS DE Escherichia coli PATOGÊNICAS E DE ORIGEM HOSPITALAR
  • Data: 27/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • Escherichia coli, pertencente à família Enterobacteriaceae, é um micro-organismos de grande importância para a saúde pública e devido à sua elevada recorrência em doenças, tanto no ambiente hospitalar como na comunidade, constitui uma das espécies mais pesquisadas no mundo. Possuem considerável capacidade de adaptação e de desenvolver resistência aos antibióticos, ocupando o terceiro lugar na lista dos “12 patógenos prioritários” resistentes a antibióticos descritos pela Organização Mundial da Saúde. A incidência dessas infecções tem aumentado ao longo das décadas, apresentando altas taxas de mortalidade com frequentes falhas terapêuticas, aumentando a necessidade de encontrar novas substâncias com propriedades antimicrobianas que sejam eficazes no combate a estes microrganismos. Nesse sentido, os compostos orgânicos sintéticos constituem uma importante fonte de novas substancias e tem auxiliado na descoberta de muitas terapias que melhoraram, significativamente, a saúde humana. Diante disso, este estudo avaliou a atividade antibacteriana da molécula 2-oxo-2-feniletil benzoato contra 15 linhagens clínicas de Escherichia coli através de ensaios realizados in vitro. A atividade antibacteriana foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Bactericida Mínima (CBM) e estudos de associação da molécula de 2-oxo-2-feniletil benzoato com um antibiótico-padrão (Imipeném) através da obtenção do Índice da Concentração Inibitória Fracionada (ICIF). Na avaliação da atividade antibacteriana, a substância apresentou CIM de 256 μg/mL e CBM de 1024 μg/mL. Logo, pode-se consider a atividade antibacteriana da molécula-teste como forte. A associação da molécula 2-oxo-2-feniletil benzoato com Imipeném apresentou efeito de indiferença tanto para linhagem clínica E.C 706 quanto para cepa ATCC-25922. Dessa maneira, reforça-se a necessidade de novos estudos com estratégias, abordagens e tecnologias inovadoras, de modo a elucidar e detalhar por outras vias metodológicas as potencialidades farmacológicas da molécula 2-oxo-2-feniletil benzoato, contribuindo para descoberta de um novo candidato à fármaco.
  • PATRICIA KEYTTH LINS ROCHA
  • Efeito hipotensor e anti-hipertensivo do nitrato orgânico benzoato de 4-nitrooxibutila em ratos.
  • Data: 24/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os nitratos orgânicos são comumente utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares. Neste trabalho foi verificado o efeito farmacológico do mononitrato orgânico benzoato de 4-nitrooxibutila (BBN) sobre o sistema cardiovascular de ratos. Utilizando abordagem in silico, foram preditas as atividades biológicas para o BBN por meio do programa PASS; as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas utilizando o software pkCSM; e o processo de bioativação do BBN pelas enzimas xantina oxirredutase (XOR), aldeído desidrogenase (ALDH), citocromo P450 (CYP450) e glutationa S-transferase (GST) utilizando o programa Molegro. Posteriormente, a abordagem ex vivo foi utilizada para verificar o efeito promovido pelo BBN em artéria mesentérica superior isolada de ratos e pré-contraídas com fenilefrina (PE; 1μM), além de identificar os mecanismos de ação envolvidos na resposta do BBN e avaliar o desenvolvimento da tolerância vascular pré-expondo as artérias mesentéricas a uma alta concentração de BBN (100 μM). Dentre os mecanismos de ação, foi avaliada a participação: da enzima guanilil ciclase soluvel (GCs), utilizando o inibidor ODQ (10mM); dos canais para K+ , utilizando o bloqueador TEA (3mM); além da inibição do influxo de Ca2+ pelos Cav, induzindo contrações com uma solução despolarizante KCl (60mM) e com um agonista seletivo para os CaV1, S(-)-Bay K 8644 (200nM). Por último, a abordagem in vivo foi realizada para verificar o risco toxicológico do BBN, administrando altas doses do composto (300 ou 2000 mg/kg) em ratas; e o efeito fisiológico sobre o sistema cardiovascular foi analisado administrando doses intravenosas de BBN (1; 5; 10; 20 mg/kg) em ratos não anestesiados. Como resultados da etapa in silico, o BBN foi predito como um potencial vasodilatador devido à liberação da molécula de óxido nítrico (NO) do seu composto. Pela análise farmacocinética sugeriu-se que o BBN apresenta boa biodisponibilidade oral teórica e baixa toxicidade. O teste de acoragem molecular identificou interações favoráveis entre o BBN com as enzimas XOR, ALDH, CYP450. Na etapa ex vivo foi confirmado o efeito vasorrelaxante induzido pelo BBN. Esse efeito é dependente de concentração e independente dos fatores vasoativos liberados pelo endotélio vascular. O vasorrelaxamento foi significativamente atenuado pelo inibidor da enzima GCs, sugerindo o envolvimento da via NO-GCs-PKG. Foi verificado que os canais de K + não estão envolvidos com o efeito induzido pelo BBN. Contudo, foi demonstrado que o bloqueio do influxo de Ca2+ pelos CaV participa do efeito promovido pelo BBN, uma vez que o BBN foi capaz de inibir tanto a contração mediada pela solução de Tyrode com 60 mM de KCl quanto a contração promovida pelo S(-)-Bay K 8644. Foi demonstrado ainda que o BBN não desenvolve tolerância vascular. Na avaliação da toxicidade aguda in vivo, não foram observadas mortes das ratas, sugerindo que o BBN apresenta baixa toxicidade. A administração aguda do BBN em ratos induziu redução na pressão arterial média e na frequência cardíaca tanto nos normotensos quanto nos espontaneamente hipertensos. Esses resultados indicam que o BBN induz atividades hipotensoras e anti-hipertensivas em ratos.
  • LAIANE CALINE OLIVEIRA PEREIRA
  • Compostos Bioativos das Partes Aéreas de Evolvulus linarioides
  • Data: 23/08/2021
  • Hora: 08:00
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  • A família Convolvulaceae compreende 55−60 gêneros e cerca de 1900 espécies, sendo conhecida como glória-da-manhã e apresentando distribuição cosmopolita. No Brasil ocorrem 24 gêneros e 416 espécies. Entre os gêneros, Evolvulus destaca-se por apresentar diversas classes de metabólitos e vários usos na medicina popular. Para a realização deste estudo, as partes aéreas de E. linarioides foram submetidas a processos de extração e técnicas cromatográficas. A caracterização estrutural dos constituintes químicos isolados foi realizada pela análise dos dados dos espectros no infravermelho, ressonância magnética nuclear de 1H e 13C, uni e bidimensionais, espectrometria de massas e rotação óptica. As configurações absolutas foram estabelecidas por dicroísmo circular eletrônico. As unidades de açúcar foram identificadas por comparação do tempo de retenção do padrão de D-glicose. No estudo fitoquímico da fase hexânica foram isoladas três substâncias inéditas na literatura: um novo sesquiterpeno, linariofileno B (2); dois novos derivados do hamamelitol, linaritols A (4) e B (5). Da fase diclorometano e n-butanol foram isoladas duas cromonas inéditas na literatura, nomeadas de linariosídeo B (7) e A (6), respectivamente. Além desses, também foram isolados e purificados compostos já conhecidos na literatura e/ou reportados na espécie: linariofileno A (1) e C (3), sesquiterpenos; cnidimol C (8), monnierisídeo A (9) e undulatosídeo A (10), cromonas. O potencial anti-inflamatório dos compostos foi avaliado pela sua capacidade de inibir a produção de óxido nítrico e da citocina pró-inflamatória IL-1β por macrófagos da linhagem J774 estimulados. Os compostos testados em concentrações não citotóxicas, inibiram a produção de NO por macrófagos, exibindo valores de IC50 entre 17,8 e 66,2 μM, e inibiram a produção de IL-1β por macrófagos estimulados com eficácia de inibição variando de 72,7 a 96,2%.
  • ANA LUIZA OLIVEIRA LOPES
  • Efeito antitumoral in vitro do óleo essencial de Lippia microphylla Cham (VERBENACEAE)
  • Data: 20/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • O câncer é um termo que se refere a um conjunto de doenças malignas caracterizadas pela proliferação descontrolada de células indiferenciadas, com capacidade de invasão e metástase. Várias modalidades de tratamento estão disponíveis, porém, sua efetividade é muitas vezes limitada pelo desenvolvimento de resistência e pela alta toxicidade. Produtos obtidos de plantas medicinais são uma importante fonte de novos agentes terapêuticos. Nesse contexto destacam-se os óleos essenciais, que são misturas complexas de substâncias voláteis, descritos na literatura com uma gama de efeitos biológicos. Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) é uma espécie aromática, cujo óleo essencial extraído das folhas possui relatos de atividade larvicida, antioxidante, antifúngica, antimicrobiana, citotóxica e antitumoral in vivo em modelo de sarcoma 180. Todavia, o mecanismo de ação deste óleo em linhagens de células tumorais humanas não foi descrito até o presente momento. Assim, esse trabalho buscou investigar a ação antitumoral in vitro do óleo essencial das folhas de L. microphylla (OE-LM). A citotoxicidade foi avaliada em linhagens de células tumorais (HCT-116, HeLa, MCF-7, PC-3, MDA-MB-231, SK-MEL-28) e não tumoral (HaCaT) humanas, por meio do ensaio de redução do MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio). A linhagem tumoral mais sensível ao OE-LM foi a linhagem de melanoma SK-MEL-28, para a qual o óleo apresentou concentração inibitória 50% (CI50) de 33,38 ± 1,16 µg/mL. Na linhagem não tumoral HaCaT, o valor de CI50 foi de 58,73 ± 1,10 µg/mL. Para a droga padrão doxorrubicina (DOX), os valores de CI50 foram de 4,0 e 0,28 μM, em células SK-MEL-28 e HaCaT, respectivamente. Com isso, foi possível determinar o índice de seletividade (IS), que mostrou que o OE-LM (IS: 1,75) foi mais seletivo para células SK-MEL-28 do que a DOX (IS: 0,07), em relação a ação em célula não tumoral HaCaT. Para investigar possíveis mecanismos de ação in vitro do OE-LM em células da linhagem SK-MEL-28 foram avaliados seus efeitos no ciclo celular, na indução apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) nas concentrações equivalentes a CI50 e o dobro (33 e 66 μg/mL). Na análise do ciclo celular, OE-LM induziu aumento significativo no pico sub-G1 (p<0,0001), o que é indicativo de apoptose. Características morfológicas desse tipo de morte celular, como formação de blebs na membrana e corpos apoptóticos, foram observadas na análise por microscopia confocal. Em paralelo, na análise por citometria de fluxo, foi observado aumento significativo na quantidade de células marcadas com anexina V-FITC (p<0,0001), o que confirma a indução de apoptose pelo óleo. Em adição, houve redução na produção na produção de EROs, o que indica que o efeito antitumoral do OE-LM envolve uma ação antioxidante. Portanto, o OE-LM apresenta atividade antimelanoma in vitro, o que sugere sua potencialidade como um agente anticâncer.
  • BARBARA CAVALCANTI BARROS
  • Investigação do mecanismo de ação preventivo da Spirulina platensis nas alterações do acoplamento eletromecânico induzidas pelo treinamento de força em útero de ratas Wistar.
  • Data: 20/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • O exercício físico é uma alternativa para a redução de riscos relacionados a doenças crônicas, no entanto, o treinamento inadequado pode apresentar prejuízos quando não prescrito corretamente, levando a estresse oxidativo e alterações no sistema reprodutor feminino. Em estudos anteriores foi observado que o treinamento de força aumentou a eficácia e diminuiu a potência do KCl e a suplementação com Spirulina platensis (SP) na dose 100 mg/kg preveniu esses efeitos deletérios em útero de ratas Wistar. Dessa forma, decidiu-se investigar o mecanismo de ação pelo qual a SP preveniu as alterações de reatividade contrátil eletromecânica induzidas pelo treinamento de força em útero de rata. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (certidão 5191200320). Ratas Wistar virgens foram divididas nos grupos: 1) controle (GC); 2) treinadas (GT); 3) treinadas e suplementadas com SP 100 mg/kg (GTSP100), após a eutanásia, o útero foi retirado limpo e suspenso em cuba de banho de órgãos em condições apropriadas, as contrações isométricas induzidas pelo KCl eram monitoradas adequadamente. Foi avaliado parâmetros histomorfométricos do ovário e do útero, e a participação da via do óxido nítrico, da ciclooxigenase e o crosstalk entre as vias do NO e das COX e as vias de estresse oxidativo/defesas antioxidantes nos experimentos de reatividade uterina ao KCl. Com base nos resultados obtidos, observou-se que o treinamento físico induz mudanças histológicas no útero, além de levar a uma hipertrofia uterina e a suplementação com a alga previne os danos histológicos sem alterar a hipertrofia uterina. Tendo em vista que o treinamento induz um aumento de estresse oxidativo e este pode ativar diversas vias, hipotetizamos que o treinamento de força induziria alterações na reatividade uterina por meio da ativação da via do NO e COX, além disso nos questionamos se esse aumento da contração se deu por espécies reativas de oxigênio e a suplementação com a alga preveniria esses efeitos. Observou-se que o treinamento de força aumenta a eficácia contrátil uterina por ter o NO reagindo com ânion superóxido formando peroxinitrito, aumento da síntese de prostanoides contráteis, leva ainda a uma alteração no crosstalk das vias e diminuição da atividade da superóxido dismutase. Ademais, esses efeitos são prevenidos pela suplementação alimentar com S. platensis, por meio da ativação da via do NO, inibição da via das ciclooxigenase, e inibição das espécies reativas de oxigênio. Esses dados, evidenciam que no útero de ratas há alterações provenientes do exercício, caso esses resultados ocorram em mulheres a suplementação com S. platensis torna-se favorável como suplemento alimentar, para prevenir os danos oxidativos e as desregulações em mulheres que praticam treinamento de força a fim de evitar desregulações na resposta contrátil uterina.
  • ALEX FRANCE MESSIAS MONTEIRO
  • TRIAGEM VIRTUAL HÍBRIDA, PREDIÇÕES ADMET E MODELAGEM MOLECULAR DE COMPOSTOS 2-AMINOTIOFENOS FRENTE AO HIV-1
  • Data: 20/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • O HIV é um vírus que afeta mais de 37 milhões de pessoas em todo o mundo, onde apenas 23,3 milhões recebiam tratamento retroviral em 2018, de acordo com a OMS, apenas 62% recebiam tratamento anti-HIV. Muitos grupos de pesquisa estão em busca de novos medicamentos para tratar e combater infecções crônicas causadas pelo vírus no corpo. Entre esses alvos estão três enzimas envolvidas no ciclo de vida do HIV: a transcriptase reversa, que é uma enzima responsável pela biossíntese do DNA viral do corpo. O RNA do vírus, a enzima protease responsável pela clivagem do DNA viral em unidades menores e funcionais, e a integrase, que é uma enzima responsável pela integração dessas unidades menores e funcionais no DNA dos linfócitos T CD4 +, dando a possibilidade de multiplicação retroviral e morte prematura. dessas células de defesa, cuja diminuição da concentração no organismo, deixa o infectado suscetível à doença oportunista devido à síndrome da imunodeficiência adquirida. Por conta disso, muitas pesquisas objetivam inibir uma dessas enzimas para tentar combater a progressão da AIDS, esta pesquisa teve como objetivo verificar através de técnicas in silico a possível atividade inibitória de um conjunto de derivados 2-aminotiofênicos contra essas três enzimas. , conceitos de planejamento racional de medicamentos, como triagem virtual e modelagem molecular de múltiplos alvos, foram empregados, usando diferentes ferramentas computacionais como modelos de predição, taxa de absorção baseada na área topológica total, violação da regra de Lipinski, docking molecular, análise. de metabólitos hepáticos e CPCA. Após todas as análises foi possível concluir que 12 compostos dos 180 inicialmente testados poderiam ter atividade potencial contra o HIV-1 com baixo efeito toxicológico.
  • THIAGO ARAÚJO DE MEDEIROS BRITO
  • INVESTIGAÇÃO FITOQUÍMICA DE Metternichia princeps (SOLANACEAE)
  • Data: 19/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A posição de maior biodiversidade mundial atribuída ao Brasil, proporciona um vasto potencial para descoberta de novos produtos naturais vegetais, fonte de materiais econômicos, destinados principalmente ao tratamento de problemas de saúde e do setor agrícola. O escasso conhecimento da composição química da flora nacional, é um empecilho primário para exploração desse vasto potencial, o que é perceptível no bioma mata atlântica onde existem espécies da família Solanaceae, a saber Metternichia princeps que nunca foram alvos de estudos fitoquímicos mais detalhados, apesar de serem relatados eventos de toxicidade animal devido a ingestão desse vegetal. Assim, esse trabalho teve por objetivo realizar a investigação fitoquímica de Metternichia princeps. Para tanto, a espécie foi coletada no município Boa Vista do Tupim – BA e submetida a técnicas extrativas e cromatográficas para o fracionamento inicial. O isolamento dos constituintes foi realizado utilizando cromatografia líquida de alta eficiência em escala analítica e preparativa. A caracterização estrutural dos constituintes químicos foi realizada perante análise de dados espectroscópicos de RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectrometria de massas de alta resolução utilizada na confirmação estrutural e a comparação com dados disponíveis na literatura. Foram isolados e identificados os primeiros dez metabólitos secundários classificados como amidas fenólicas da espécie em estudo, sendo as amidas fenilpropanoídicas: N-trans-sinapoiloctapamina (MP-1 e MP-3), possivelmente como isômeros ópticos, N-trans-feruloiloctapamina (MP-2), N-trans-feruloiltiramina (MP-4), N-cis-feruloiltiramina (MP-5), N-trans-p-cumaroiltiramina (MP-6), N-trans-feruoil-3-metoxitiramina (MP-7) e N-trans-sinapoiltiramina (MP-8), em mistura, e as lignanamidas: N-trans-grossamida (MP-9) e N-cis-grossamida (MP-10), em mistura. O presente trabalho contribuiu para o conhecimento do gênero Metternichia, por meio da primeira investigação fitoquímica de Metternichia princeps, e do isolamento e identificação de dez produtos naturais classificados como amidas fenólicas, sendo oito amidas fenilpropanoídicas e duas lignanamidas.
  • CAMYLA CAROLINY NEVES DE ANDRADE
  • Potencial antitumoral do óleo essencial das folhas de Croton grewioides (Euphorbiaceae): um estudo in vitro
  • Data: 18/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • O termo câncer constitui um conjunto de doenças que apresentam crescimento e diferenciação celular descontrolados, assim como capacidade invasiva e metastática. Apesar dos avanços na terapia contra o câncer, características como alta citotoxicidade e desenvolvimento de resistência ao tratamento ainda limitam sua efetividade. A fim de contribuir com a pesquisa de produtos naturais com potencial antitumoral, o presente estudo buscou avaliar propriedades farmacológicas da espécie vegetal Croton grewioides Baill. (Euphorbiaceae), conhecida popularmente como “canelinha” ou “canelinha de cheiro”. Esta é uma espécie do semiárido brasileiro com atividade antidiarreica, antioxidante e antitumoral em modelo de sarcoma 180 em camundongos. Então, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial antitumoral do óleo essencial extraído das folhas de C. grewioides (OEC), por meio de ensaios in vitro. A citotoxicidade foi avaliada em linhagens de células tumorais (HCT-116, HeLa, MCF-7, PC-3, MDA-MB-231, SK-MEL- 28) e não tumoral (HaCaT) humanas, por meio do ensaio de redução do MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio). O OEC induziu maior citotoxicidade em linhagem de melanoma, SK-MEL-28, obtendo-se um valor de concentração inibitória 50% (CI 50 ) de 70,0 μg/mL, em 72 horas. A citotoxicidade in vitro foi avaliada em linhagem não tumoral, HaCaT, obtendo-se um valor de CI 50  de 214,0 μg/mL. A droga padrão, doxorrubicina (DOX), apresentou alta toxicidade em SK- MEL-28 e em HaCaT, com valores de CI 50  de 4,0 e 0,28 μM, respectivamente. A partir desses resultados, foi possível determinar o índice de seletividade (IS), que estabelece o quanto a amostra é mais seletiva para a célula tumoral, em relação a célula não tumoral, sendo calculado um IS de 3,06 e 0,07 para o OEC e DOX, respectivamente. Para elucidar os mecanismos de ação in vitro envolvidos na atividade antitumoral do OEC, foram avaliados seus efeitos no ciclo celular, na indução de apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), usando concentrações correspondentes a CI 50  e ao dobro (70,0 e 140,0 μg/mL) em células SK-MEL-28. Após 48 horas de tratamento, OEC alterou a progressão do ciclo celular, induzindo aumento no percentual de células na fase G2/M (p<0,01) e o aparecimento da fração sub-G1 (p<0,0001), o que é indicativo de apoptose. Por meio da análise por microscopia confocal, foram observadas características morfológicas indicativas de morte celular por apoptose, como formação de blebs na membrana, corpos apoptóticos e condensação da cromatina, as quais foram confirmadas pela externalização da fosfatidilserina por meio da marcação com anexina V-FITC (p<0,0001), após 48 horas de tratamento com OEC. Em relação à produção de EROs, o OEC reduziu significativamente o nível de EROs (p<0,0001), em ambas as concentrações testadas após 24 horas de tratamento, sugerindo que o efeito antitumoral de OEC está associado a uma ação antioxidante. Em conclusão, os resultados apresentados indicam que o OEC possui atividade antitumoral in vitro em células da linhagem de melanoma, SK-MEL-28, por promover alterações no ciclo celular, indução de apoptose e efeito antioxidante, além de apresentar baixa toxicidade em linhagem de células não tumorais (HaCaT).
  • JULIANE SANTOS DE FRANCA DA SILVA
  • “Efeito do aduto de Morita-Baylis-Hillman 2-(3-hidroxi-2-oxoindolin-3-il)acrilonitrila (ISACN) na inflamação aguda experimental: abordagens in vitro e in vivo”
  • Data: 17/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo, essencialmente benéfica. Entretanto, quando exacerbada, a inflamação está envolvida na patogênese de inúmeras doenças. Neste contexto, os fármacos com propriedades anti-inflamatórias são utilizados rotineiramente na clínica. Atualmente, os anti-inflamatórios disponíveis no mercado apresentam inúmeros efeitos adversos quando utilizados a longo prazo. Dessa forma, faz-se necessária a busca por novas estratégias terapêuticas com fármacos anti-inflamatórios mais seguros. O 2-(3-Hidroxi-2-oxoindolin-3-il)acrilonitrila (ISACN) é um aduto de Morita-Baylis-Hillman derivado da isatina que apresenta ação anti-tumoral e antibacteriana além de baixa toxicidade aguda, baixo risco de genotoxicidade e boa biodisponibilidade teórica por via oral. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi investigar o efeito anti-inflamatório do ISACN e determinar o seu mecanismo de ação. Para isso utilizamos a peritonite induzida por zimosan, a lesão pulmonar aguda (LPA) induzida por lipopolissaacarídeo bacteriano (LPS) e a cultura de macrófagos peritoneais murinos estimulados com zimosan ou com LPS como modelos experimentais. Inicialmente, camundongos Swiss fêmeas foram tratados via intraperitoneal (i.p.) com diferentes doses de ISACN (1,5 mg/kg; 6mg/kg e 24 mg/kg) e submetidos a peritonite experimental através do desafio (i.p) com zimosan (2mg/mL). O tratamento com ISACN reduziu a migração de neutrófilos e a produção das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α. Camundongos Balb/c machos foram tratados com 24 mg/kg de ISACN (i.p.) e submetidos a LPA experimental através do desafio intranasal (i.n) com LPS (2,5 mg/kg). O tratamento com ISACN reduziu a migração de neutrófilos, a formação de edema pulmonar e produção das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α, e reverteu as alterações histopatológicas características da LPA. Para os experimentos in vitro, macrófagos peritoneais murinos foram cultivados na presença de diferentes concentrações de ISACN (20μM, 10μM, 5μM) e estimulados com zimosan (0,2 mg/mL) ou com LPS (1μg/mL). A concentração de 20μM se mostrou citotóxica enquanto as concentrações de 10 μM e 5 μM não promoveram alterações consideráveis na viabilidade dos macrófagos. Durante a cultura de macrófagos peritoneais murinos estimulados com zimosan, o ISACN reduziu consideravelmente a produção das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α. Na cultura de macrófagos estimulados com LPS, o ISACN reduziu a produção de óxido nítrico, das citocinas inflamatórias IL-1β, IL-6, TNF-α e da citocina anti-inflamatória IL-10. Para explorar o mecanismo de ação do ISACN, foram realizados experimentos para determinar a expressão das moléculas CD69, receptor toll-like 4 (TLR4), óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e da forma ativa das proteínas quinases ativadas por mitógeno ERK 1/2, JNK1/2 e p38 por citometria de fluxo, além de experimentos com reação em cadeia polimerase quantitativa onde foram determinados a expressão gênica do CD69 e da iNOS em macrófagos estimulados com LPS. O tratamento de macrófagos com ISACN (10μM) reduziu a expressão de todas as moléculas analisadas por citometria e reduziu a expressão gênica do CD69 e da iNOS. Considerando os resultados obtidos podemos sugerir que ISACN apresentou efeito anti-inflamatório e que esse efeito está associado a regulação negativa da via TLR4/MAPK-ERK-JNK-p38.
  • DIEGINA ARAUJO FERNANDES
  • Estudos fitoquímico e biológico de Helicteres velutina K. Schum (Sterculiaceae) nos estágios de desenvolvimento do Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae).
  • Data: 13/08/2021
  • Hora: 08:00
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  • Aedes aegypti é o vetor de doenças emergentes e negligenciadas, como dengue, chikungunya e zika. Helicteres velutina popularmente conhecida como ‘pitó’, é uma espécie endêmica do Brasil, tradicionalmente utilizada pela tribo indígena Pankararé/Raso da Catarina/Bahia, como repelente de insetos. O presente trabalho teve por objetivo isolar os fitoconstituintes da espécie H. velutina e avaliar o seu potencial inseticida e repelente frente ao Ae. aegypti. O extrato etanólico bruto (EEB) das partes aéreas de H. velutina foi submetido a uma cromatografia liquido-liquido com hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butnaol, obtendo suas respectivas fases. Foi realizado um screening biológico dessas fases frente aos estágios do ciclo de vida do mosquito. A viabilidade dos ovos foi avaliada utilizando diferentes concentrações das substâncias teste durante 25 dias, a sobrevivência de larvas, pupas e adultos foi verificada após 48 e 72 horas. O estudo fitoquímico das fases promissoras in vitro foi realizado usando técnicas cromatograficas clássicas e hifenadas, além dos métodos espectroscopicos (RMN 1D/2D, IV e LCMS), resultando no isolamento e identificação de doze constituintes químicos, entre eles dois flavoinoides sulfatados inéditos na literautura (mariahine e condadine). As moléculas isoladas desta espécie foram submetidas a um screening in silico, utilizando dominio de aplicabilidade e docking molecular com proteinas alvo do vetor (1YIY, 1PZ4 e 3UQI), as substâncias com maior probabilidade de ligação, foram testadas in vitro frente a larvas de Ae. aegypti. A repelência do extrato, fases e substâncias foi avaliada com um olfatômetro de tubo Y. A atividade citotóxica foi avaliada por meio da microscopia de fluorescência e marcação com iodeto de propideo, avaliando a produção dos hemócitos e concentração de óxido nitrico. O screening biológico mostrou que as fases hexano e diclorometano exibiram melhores resultados, causando inviabilização de 72,7% e 67,7% dos ovos; CL50 de 3,88 e 5,80 mg/mL para larvas; 0,12 mg/mL e 8,85 mg/mL para pupas; 8,01 mg/mL e 0,74 mg/mL para adultos (teste tarsal), 0,05 mg/mL e 0,23 mg/mL (teste corporal), respectivamente. O tilirosideo e 7,4’-di-O-metil-8-O-sulfato flavona mostraram atividade larvicida, com CL50 de 0,275 mg/mL após 72 h e 0,182 mg/mL após 24 h de exposição, respectivamente. A fase diclorometano e a 7,4’-di-O-metil-8-O-sulfato flavona no teste de repelência e atividade citotóxica foram mais promissoras, observando-se a presença de plasmócitos, levando a sugerir que esses seriam os hemócitos responsáveis pela maior produção de óxido nitrico nas larvas tratadas, atuando como agente de defesa. Esse é o primeiro relato de flavonoides sulfatados na família Sterculiaceae, foi possível comprovar que a presença do grupo sulfato (OSO3H) no C-8 foi crucial na atividade larvicida. Esses achados proporcionam uma melhor compreensão da atividade inseticida e repelente de H. velutina frente ao Ae. aegypti, dados que permitem vislumbrar o desenvolvimento de um produto natural mais eficaz no combate ao vetor que os repelentes alopáticos.
  • ELBA DOS SANTOS FERREIRA
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA CONTRA Aspergillus E CARACTERIZAÇÃO TOXICOLÓGICA DA AMIDA SINTÉTICA 2-CLORO-N-FENILACETAMIDA
  • Data: 09/08/2021
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Aspergillus compreende um grupo de fungos saprófitos, causadores de infecções oportunistas que acometem principalmente indivíduos imunocomprometidos. As espécies A. flavus e A. niger são, respectivamente, a segunda e terceira maiores causas de aspergilose documentada na literatura. Sabendo que a resistência de Aspergillus spp às atuais terapias vêm crescendo e reduzindo as possibilidades de tratamento com os antifúngicos disponíveis, e que a amida sintética 2-cloro-N-fenilacetamida têm mostrado potencial antifúngico contra esse gênero, o objetivo desse trabalho foi investigar a atividade antifúngica da 2-cloro-N-fenilacetamida contra A. flavus e A. niger e avaliar o perfil toxicologico dessa amida sintética em células humanas. Para tanto, foi avaliado a concentração inibitória mínima, concentração fungicida mínima, germinação de conídios, associações com antifúngicos, elucidação do provável mecanismo de ação por ensaios que envolvem parede e membrana celular fúngica, bem como predição molécular pelo docking. O perfil farmacocinético e toxicológico foi avaliado a partir de ensaios in silico utilizando os softwares Swiss ADME e OSIRIS. Além disso, foi avaliado in vitro a citotoxicidade por meio do teste de hemólise, a capacidade protetiva por meio do teste de fragilidade osmótica e os efeitos genotóxicos ex vivo em células da mucosa oral. Foi observado que 2-cloro-N-fenilacetamida apresentou atividade antifúngica contra cepas de A. flavus com concentrações inibitórias mínimas entre 16 e 256 μg/mL e concentrações fungicidas mínimas que variaram de 32 a 512 μg/mL. O composto avaliado apresentou atividade antifúngica contra cepas de A. niger com CIMs e CFMs variando, respectivamente, de 32 e 256 μg/mL, e 64 a 1024 μg/mL, exibindo, portanto, atividade fungicida para todas as cepas utilizadas. Para ambas as espécies, 2-cloro-N-fenilacetamida promoveu inibição da germinação dos conídios em todas as concentrações utilizadas, e a associação com à anfotericina B ou ao voriconazol foi antagônica. A ligação ao ergosterol na membrana plasmática fúngica é o provável mecanismo de ação, junto com a possível inibição da síntese de DNA por meio da inibição da timidilato sintase. Na avaliação do perfil farmacocinético in silico e toxicológico in vitro e ex vivo, foi observado que a 2-cloro-N-fenilacetamida apresenta parâmetros físico-quimicos favoráveis de acordo com a regra de Lipinski, apresentando boa biodisponibilidade por via oral, absorção pelo trato gastrointestinal, capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, inibição da CYP1A2 e efeitos mutagênicos, tumorigênicos e danos relacionados à reprodução. 2-cloro-N-fenilacetamida, apresenta baixa capacidade hemolítica nas concentrações de 50, 100 e 500 µg/mL, média toxicidade na concentração de 1000 µg/mL e mostra efeito protetivo das hemácias dos tipos sanguíneos A e O. Além disso, a molécula promove poucas alterações genotóxicas, incluindo cariólise e cariorrexe em células da mucosa oral, porém em frequência menor do que o observado para o controle positivo peróxido de hidrogênio. Diante disso, pode-se concluir que 2-cloro-N-fenilacetamida apresenta potencial antifúngico promissor com perfil farmacocinético favorável a administração pela via oral, e baixo potencial citotóxico e genotóxico, sendo um candidato promissor para estudos de toxicidade in vivo.
  • JOCIANO DA SILVA LINS
  • Fitoquímica de Cordia trichotoma Vell. Arráb. Ex Steud (Boraginaceae).
  • Data: 15/07/2021
  • Hora: 14:00
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  • A família Boraginaceae é composta por cerca de 130 gêneros e 2.300 espécies, possuindo distribuição cosmopolita. No Brasil, a família é representada por 9 gêneros e aproximadamente, 129 espécies, tendo os gêneros Cordia, Heliotropium e Tournefortia como os mais numerosos. A espécie Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud possui uma ampla distribuição nas regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, é conhecida popularmente como louro-pardo, estando amplamente distribuída no território brasileiro, desde o Nordeste até o Sul do país. O chá das folhas de louro-pardo é utilizado na medicina popular para o tratamento de reumatismo, artrite, raquitismo, doenças renais, gripe, resfriado e febre. Diante disto, este trabalho tem como objetivo contribuir com o conhecimento fitoquímico da família Boraginaceae por meio do isolamento de metabólitos secundários das partes aéreas de C. trichotoma. Para a realização deste trabalho, as folhas e ramos de C. trichotoma foram coletadas no município de Maturéia-PB, e foram submetidas à processos de secagem, pulverização, extração e técnicas cromatograficas para o isolamento dos seus constituintes químicos. As estruturas químicas das substâncias isoladas foram identificadas através das análises dos dados de ressonância magnética nuclear de 1 H e 13 C uni e bidimensionais, infravermelho e por comparações com a literatura. Neste estudo, foram isolados nove substâncias: o 2-hidroxibenzenoacetonitrila, relatado pela primeira vez como um produto natural de planta; uma mistura do 4- hidroxibenzenoacetonitrila e ácido-p-hidroxibenzoico, isolados pela primeira vez na família e na espécie, respectivamente; o E-coclauril e o cafeato de etila, relatados pela primeira vez na família e no gênero, respectivamente; o etil- 3,4-dihidroxifenilacetato, relatado pela primeira vez na espécie. Além destes, foram reisolados os compostos ácido cafeico, ácido rosmarínico e ácido p-hidroxibenzoico. Esses resultados contribuíram para o conhecimento químico da família Boraginaceae, por meio do estudo fitoquímico de C. trichotoma que resultou no isolamento de novos compostos nesta espécie.
  • LAISA VILAR CORDEIRO
  • Avaliação do efeito antibacteriano sobre cepas de Klebsiella pneumoniae e perfil citotóxico da 2-cloro-N-(4-flúor-3-nitrofenil)acetamida
  • Data: 13/07/2021
  • Hora: 09:00
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  • As bactérias da espécie Klebsiella pneumoniae estão entre os patógenos oportunistas de maior relevância clínica. Estima-se que essa espécie, sozinha, seja responsável por aproximadamente um terço do total das infecções causadas por bactérias Gram-negativas em geral. É também uma importante espécie formadora de biofilmes e fonte de resistência aos antibióticos, o que traz desafios no tratamento das infecções causas pela espécie. Autoridades de saúde enfatizam a necessidade crítica de desenvolver novos fármacos para combater infecções causadas por este patógeno. Estudos demonstraram potencial antimicrobiano de derivados acetamidas, entretanto, a 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida é uma substância pertencente a esse grupo para a qual ainda não há relatos de atividade antibacteriana encontrados na literatura. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antibacteriano da substância sobre cepas de K. pneumoniae e também analisar seu perfil citotóxico. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi de 512 µg/mL sobre todas as cepas de K. pneumoniae utilizadas no estudo. A substância apresentou atividade bactericida a partir da CIM, com Concentração Bactericida Mínima (CBM) também de 512 µg/mL. A análise por docking molecular sugere a ação sobre a parede celular bacteriana e o cloro presente na estrutura química ajuda na estabilização da molécula no sítio ativo, sendo tais dados reforçados pela observação de lise celular promovida pela acetamida in vitro. Também foi observada morte celular das cepas de K. pneumoniae após 6h de tratamento na concentração de 1024 µg/mL da acetamida. Os efeitos citotóxicos e mutagênicos in vitro, bem como a avaliação dos parâmetros farmacocinéticos in sílico, sugerem bom potencial para análise futura da aplicação in vivo. A 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida resultou em efeitos favoráveis quando administrada em combinação com antibacterianos, promovendo aditividade e sinergismo de ação sobre K. pneumoniae. Além disso, observou-se um efeito antibiofilme pronunciado, sendo a substância capaz de atuar de modo eficaz sobre biofilmes formados pela espécie. Assim, esse trabalho serve como base para que futuras perspectivas sejam traçadas sobre a aplicação clínica de 2-cloro-N-(4-flúor-3 nitrofenil)acetamida no tratamento de infecções causadas por K. pneumoniae.
  • ANA PAULA LOPES NUNES
  • Efeito antinociceptivo do geraniol (trans-3,7-dimetilocta-2,6-dien-1-ol) associado à codeína na região orofacial em camundongos
  • Data: 08/06/2021
  • Hora: 09:00
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  • A perspectiva de se obter novas alternativas para a terapia farmacológica da dor orofacial impulsiona a realização de investigações de produtos de origem natural com ação antinociceptiva associado a um analgésico opióide. Dessa maneira, o objetivo do referido estudo foi averiguar a atividade do geraniol associado a codeína na modulação da nocicepção orofacial, e possível efeito depressor a nível SNC. Este estudo caracteriza-se como não-clínico, controlado e triplo-cego. Foi adotado um modelo experimental de nocicepção em camundongos com a utilização de substâncias indutoras de nocicepção. Para cada teste realizado, seis animais por grupo foram tratados, 30 minutos antes do início do experimento, pela via intraperitoneal (i.p.), de acordo com os seguintes grupos experimentais: a) geraniol 50 mg/kg + codeína 30 mg/kg; b) geraniol 50 mg/kg + codeína 15 mg/kg; c) geraniol 50 mg/kg + codeína 7,5 mg/kg; d) geraniol 50mg/kg; e) codeína 30 mg//kg (controle positivo); f) 0,9% cloreto de sódio (controle negativo). A análise do comportamento de nocicepção dos animais foi realizada após a injeção de glutamato (20 μl, 25μM), capsaicina (20μl, 2.5μg) e formalina (20μl, 20%), na região de lábio superior direito (perinasal) do animal. Foi considerado o comportamento dos animais com a contagem, em segundos, do tempo de fricção da referida região pelas patas traseiras ou dianteiras. Os resultados mostraram que no teste do glutamato o geraniol e a codeína nas concentrações de 50 mg/kg e 30 mg/kg apresentaram uma redução de 54,23% no tempo de fricção, essa mesma concentração inibiu em 66,7% a nocicepção no teste da capsaicina (p<0,005). No teste da formalina, a associação nessa mesma concentração conseguiu reduzir a nocicepção em 86% (p<0,005). Como intuito de investigar uma possível atividade miorrelaxante e neurotóxica que pudessem interferir nos resultados, também foi realizado o teste do rota-rod, onde se observou ausência de tais efeitos. Nas três metodologias usadas para análise da atividade antinociceptiva da associação do óleo essencial com a codeína, foi possível detectar efetividade. Portanto, a partir destes dados experimentais, pode-se sugerir que exista um possível sinergismo na atividade antinociceptiva dessa associação.
  • DIEGO IGOR ALVES FERNANDES DE ARAUJO
  • Avaliação do perfil químico, variações sazonais e estudo de controle de qualidade de espécies do gênero Monteverdia: Monteverdia obtusifolia (Mart) Biral e Monteverdia rigida (Mart) Biral.
  • Data: 28/05/2021
  • Hora: 09:00
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  • Os produtos naturais apresentam-se como uma rica fonte de substâncias para o desenvolvimento de novos medicamentos, entretanto, a manutenção da qualidade de materiais de origem vegetal apresenta problemas ligados à insuficiência de dados fitoquímicos e especificações. As espécies Monteverdia obtusifolia Mart e Monteverdia rigida Mart são conhecidas popularmente como “bom-nome” sendo utilizadas na medicina popular para o tratamento de gastrites e úlceras. Estudos fitoquímicos relataram a presença de triterpenos, flavonoides e alcaloides em suas composições químicas. Todavia não existem estudos de controle de qualidade relatados para as espécies. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram realizar o controle de qualidade dos materiais vegetais, validar metodologias analíticas para quantificação de compostos fenólicos nos extratos etanólicos obtidos das espécies e verificar as variações sazonais na composição química de M. obtusifolia. Foram avaliados parâmetros otimizados para extração dos marcadores, determinação de água em drogas vegetais, cinzas totais e sulfatadas, análise granulométrica de pós, ensaio limite de metais pesados, densidade aparente de sólidos e contaminação microbiológica de acordo com as metodologias da Farmacopeia Brasileira 6ª edição. As quantificações dos flavonoides (FT) e compostos fenólicos totais (CFT) foram realizadas por método espectrofotométrico validado, utilizando a quercetina e ácido gálico como padrões. As composições químicas das espécies foram avaliadas por desreplicação dos extratos obtidos e as variações sazonais foram verificadas por uso de análises multivariadas (PCA/HCA). Os extratos etanólicos brutos obtidos das folhas de M. obtusifolia (EEBMO) e das folhas (F), caule (C), cascas da raiz (CR) e raízes (R) de M. rigida foram produzidos com partículas contendo > 600 µm e < 1200 µm de tamanho e submetidos à agitação, após otimização das condições de extração. O método analítico por (CLAE-DAD) para os marcadores (-)-Epigalocatequina (EPG), (+)-Catequina (CAT) e (-)- Epicatequina (EPI) foi validado e apresentou conformidade para todos os parâmetros estabelecidos pela RDC nº 166/2017. Foi possível constatar que as espécies apresentaram riqueza de compostos fenólicos, flavonoides e flavan-3-óis, com maior prevalência para os meses de outubro e novembro na espécie M. obtusifolia, bem como no extrato oriundo das folhas de M. rigida. O quenching utilizado em M. obtusifolia não promoveu diferenças estatísticas significativas (p <0.05) para os marcadores (EPG, CAT e EPI) frente à secagem em estufa. A análise de (PCA) confirmou a correlação positiva entre a radiação solar e temperatura, além do efeito negativo da pluviometria e umidade sobre a produção dos marcadores avaliados (EPG, CAT, EPI, FT e CFT). O agrupamento realizado pela ferramenta de HCA confirmou os dados observados no PCA com a reunião das amostras semelhantes. A desreplicação possibilitou a caracterização putativa de 25 fenólicos no (EEBMO) com 21 relatos inéditos na espécie M. obtusifolia e 28 compostos em M. rigida, dos quais 27 foram citados pela primeira vez na espécie. O presente estudo permitiu estabelecer metodologias, parâmetros e especificações mais adequadas para a avaliação dos materiais vegetais das espécies analisadas do gênero Monteverdia.
  • DANIELLE DA NOBREGA ALVES
  • Atividade antifúngica e investigação da segurança do cinamaldeído na forma isolada e de pomada orabase: um estudo in vitro, in vivo e clínico fase I.
  • Data: 21/05/2021
  • Hora: 08:00
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  • Avaliar a atividade antifúngica e investigar a segurança do cinamaldeído na forma isolada e de pomada orabase através de um estudo in vitro, in vivo e clínico fase I. Métodos e resultados: Foi avaliada a interferência do cinamaldeído sobre a micromorfologia fúngica e sua capacidade em reduzir o biofilme em análise in vitro. Para o estudo de citotoxicidade foi realizado o teste de hemólise em eritrócitos humanos. As microculturas tratadas com cinamaldeído mostraram desenvolvimento celular prejudicado, com raras expressões de pseudo-hifas e ausência de clamidoconídios. Ele reduziu a aderência do biofilme em 64,52% a 33,75% ( p<0,0001) em baixas concentrações (378,3-151,3 µM) bem como não se mostrou citotóxico frente a eritrócitos. A toxicidade aguda foi avaliada em estudos com larvas da Galleria mellonella e embriões de Danio rerio (zebrafish) e genotoxicidade em modelo com camundongos. A formulação farmacêutica (pomada orobase) contendo cinamaldeído foi avaliada para verificação da atividade antifúngica in vitro e toxicidade em mucosa oral ceratinizada de ratos. O cinamaldeído não foi tóxico até a maior dose testada (20 mg/Kg) nas larvas da Galleria mellonella, bem como não apresentou genotoxicidade até a dose de 4 mg/Kg em modelo com camundongos. Contudo, se mostrou tóxico nos embriões de zebrafish até a concentração de 0,035µg/mL; LC50 0,311; EC50 0,097(Egg hatching delay); 0,105 (Pericardial edema). No teste de susceptibilidade antifúngica da orabase, o cinamaldeído exibiu atividade em concentrações superiores a 200µg/mL. Quanto à segurança em modelo animal com ratos, a pomada orobase se mostrou segura para uso em mucosa ceratinizada até a máxima concentração testada (700 µg/mL). O ensaio clínico foi realizado em 35 indivíduos com mucosa oral saudável divididos em três grupos: pomada de 200µg/mL, n=12; 300µg/mL, n=11 e 400µg/mL, n=12. A segurança do produto foi avaliada por três parâmetros: (a) evolução clínica registrada por examinadores calibrados; (b) evolução dos processos inflamatórios registrados pelo exame de citologia esfoliativa e analisada por patologistas calibrados; (c) redução das Unidades Formadoras de Colônias (UFCs) para Candida spp. Os três parâmetros foram analisados antes e 15 dias após o tratamento. O exame clínico da mucosa mostrou que as três concentrações das pomadas não desencadearam nenhum processo inflamatório e evento indesejável. A análise micológica, mostrou uma redução de pelo menos 99% na quantidade de UFCs dos voluntários. Na análise por citologia esfoliativa, as células se apresentaram saudáveis. Os participantes relataram um sabor agradável e 17% relataram um leve ardor ao aplicar o produto. Conclusões: O cinamaldeído apresentou atividade antifúngica demonstrando capacidade em reduzir biofilme e alterar a micromorfologia fúngica. Além disso, não foi citotóxico para eritrócitos humanos, nem tóxico em modelo animal de vertebrados e invertebrados, bem como não apresentou atividade genotóxica. Além disso, quando utilizado na forma de pomada em orabase, com reconhecida atividade antifúngica contra Candida albicans, não mostrou evidências clínicas e histológicas de processo inflamatório em mucosa de animais. Em modelo com seres humanos, a pomada em orabase contendo cinamaldeído foi segura e tolerável para ser usado no ensaio clínico fase II com a finalidade de comprovar sua eficácia no tratamento da estomatite protética.
  • ALEFE BRITO MONTEIRO
  • O álcool cinâmico reduz a excitotoxicidade, o estresse oxidativo e a neuroinflamação em camundongos submetidos a modelos de crises epilépticas induzidas por pentilenotetrazol.
  • Data: 14/04/2021
  • Hora: 09:00
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  • Álcool cinâmico (AC) é um fenilpropanóide encontrado no óleo essencial das cascas de espécies do gênero Cinnamomum spp. Schaeff. (Lauraceae Juss.), popularmente conhecidas como canela. O objetivo principal foi avaliar o efeito antiepiléptico e neuroprotetor do AC e seus possíveis mecanismos de ação em camundongos submetidos a modelos de crises epilépticas induzidas por pentilenotetrazol (PTZ). Camundongos machos Swiss foram pré-tratados com AC (0,3 - 25 mg/kg, i.p.) e, 60 minutos após, cada animal recebeu o PTZ (80 mg/kg ou 30 mg/kg, i.p.) para indução dos modelos agudo e de abrasamento químico, respectivamente. No modelo agudo, os parâmetros comportamentais analisados foram: latência para primeira crise epiléptica tônico-clônica generalizada (LC), intensidade da primeira crise (IC) e latência para a morte (LM). Por sua vez, no modelo de abrasamento químico foi registrado a latência para a primeira crise epiléptica tônico-clônica bilateral focal (LCF), durante 21 dias. Para investigar o mecanismo de ação do AC foram realizados testes de antagonismo por flumazenil, análises neuroquímicas (TBARS, nitrito e GSH) e histomorfométricas em amostras de hipocampo de camundongos submetidos ao modelo agudo. O tratamento com o AC aumentou a LC (até 81,7%) e a LM (82,7%), mas sem alterar a IC em relação ao grupo veículo. O pré-tratamento com flumazenil reverteu parcialmente os efeitos do AC frente à LC (76,0%) e a LM (86,4%). As análises neuroquímicas indicaram que o AC reduziu a concentração de TBARS (34,8%) e nitrito (46,3%) e aumentou as concentrações de GSH (50,5%). As análises histomorfométricas mostraram uma redução da inflamação e aumento da preservação neuronal (22,7%) no hipocampo dos camundongos pré-tratados com o AC e submetidos ao modelo agudo. Por fim, os resultados do modelo de abrasamento químico, também, mostraram significativa proteção registrada pelo aumento da LCF (33,9 - 47,3%) em relação ao grupo veículo. Portanto, os possíveis mecanismos envolvidos na atividade antiepiléptica e neuroprotetora do AC envolvem, pelo menos em parte, a interação com o receptor GABAA e diminuição da excitotoxicidade, redução do estresse oxidativo e do processo neuroinflamatório. Os achados desse trabalho corroboram com a afirmação que a canela é uma fonte alimentar natural, rica em compostos dotados de efeitos farmacológicos sobre o sistema nervoso central, com potencial efeito neuroprotetor frente a doenças neurodegenerativas, como as epilepsias.
  • CATARINA ALVES DE LIMA SERAFIM
  • EFEITO GASTROPROTETOR DO MONOTERPENO (-)-CARVEOL EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 10/03/2021
  • Hora: 14:00
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  • O (-)-carveol (p-menta-6,8-dien-2-ol) é um álcool monoterpênico monocíclico, encontrado nos óleos essencias de espécies vegetais como Cymbopogon giganteus e Illicium pachyphyllum e em especiarias como o Carum carvi (cominho). Estudos farmacológicos mostram que o (-)-carveol apresenta atividade antitumoral, antimicrobiana, neuroprotetora, antioxidade e anti-inflamatória. Entretanto, não existem estudos na literatura sobre sua atividade gastroprotetora, motivando a escolha dessa substância para conduzir esse estudo. Dessa forma, o objetivo principal deste trabalho foi verificar a toxicidade oral aguda não clínica e o efeito gastroprotetor do (-)-carveol em modelos animais. Para alcançar esse objetivo, foi realizada uma avaliação comportamental, estimativa da dose letal 50% (DL 50 ), análise do efeito gastroprotetor com diferentes modelos de indução aguda pelos agentes lesivos (etanol, estresse, AINEs e ligadura do piloro) e os mecanismos envolvidos nesse efeito (antisecretórios, citoprotetores, antioxidantes e imunorregulatórios). Os resultados obtidos sugerem que o (-)-carveol possui baixa toxicidade, com DL 50 igual ou superior a 2.500 mg/kg conforme o guia nº 423 da OECD. No protocolo de úlcera induzida com etanol, o (-)-carveol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) apresentou efeito gastroprotetor com 46%, 70%, 91% e 93%, respectivamente, de inibição da lesão ulcerativa em comparação ao grupo controle (tween 80 5%). Nas lesões induzidas pelo estresse por contensão e frio, o (-)-carveol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o índice de lesão ulcerativa (ILU) em 18%, 43%, 61% e 62%, respectivamente, em comparação com o controle (tween 80 5%). Na indução com AINEs (piroxicam), o (-)-carveol (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o ILU em 14%, 30%, 59% e 60%, respectivamente, em comparação ao controle negativo. No protocolo experimental de ligadura do piloro (contensão do suco gástrico), o (-)-carveol (100 mg/kg, v.o. e i.d.) reduziu o ILU em ambas as vias, não alterou o pH e a [H + ], mas diminuiu o volume de secreção gástrica. A administração prévia dos bloqueadores NEM (bloqueador dos grupamentos sulfidrílicos), L-NAME (inibidor da síntese de NO), glibenclamida (bloqueador do canal K ATP ) e indometacina (inibidor da ciclo-oxigenase), reduziu de forma significativa a gastroproteção exercida pelo (-)-carveol, sugerindo a participação dessas vias na sua atividade gastroprotetora. O (-)-carveol também aumentou o muco gástrico no tecido estomacal e apresentou efeitos antioxidantes ao aumentar a concentração de GSH e a atividade da SOD e reduzir os níveis de MDA e a atividade da MPO, como também, demonstrou efeito anti-inflamatório e imunomodulador ao reduzir as citocinas IL-1β e TNF-α e aumentar a citocina anti-inflamatória IL-10.
  • GRASIELA COSTA BEZERRA
  • Efeito do Tratamento com o Monoterpeno Sintético 4-Carvomenthenol em Modelo Experimental da Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS)
  • Data: 24/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • O 4-carvomenthenol (Carvo) ou terpinen-4-ol é um monoterpeno presente em óleos essenciais de plantas aromáticas farmacologicamente ativas. Entre as atividades terapêuticas estão propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. Asma e rinite alérgica são doenças crônicas das vias aéreas que coexistem com alta prevalência global, gerando impactos econômicos e sociais negativos. Para controlar ambas as doenças, a associação medicamentosa é utilizada sem sucesso em um certo número de pacientes, além de gerar efeitos colaterais graves. O objetivo deste estudo foi analisar o tratamento oral com o Carvo no modelo experimental da Síndrome de Asma e Rinite Alérgica Combinadas (CARAS). Os camundongos BALB/c foram sensibilizados com ovalbumina (OVA) no dia zero e sétimo (50 μg/mL de OVA em 10 mg/mL de Al (OH)3) e desafiados por OVA (5 mg/mL, 20 μL/animal) por três semanas. Na última semana, os animais foram desafiados com um aerossol de OVA e o tratamento com Carvo (12,5, 25 ou 50 mg/kg) ocorreu uma hora antes de cada desafio de OVA. Os dados foram analisados e p <0,05 foi considerado significativo. O Carvo (12,5-50 mg/kg) diminuiu a migração de eosinófilos nas vias aéreas superiores (NALF) e inferiores (BALF), bem como nos tecidos nasais e pulmonares de animais doentes. O tratamento também diminuiu a produção de muco em ambas as seções de tecido coradas com PAS (ácido periódico-Schiff). As análises histológicas demonstraram que camundongos doentes apresentaram hiperplasia e hipertrofia da camada de músculo liso do pulmão, seguidos pelo aumento da matriz extracelular, no entanto, o Carvo (50 mg/kg) inibiu esses parâmetros asmáticos. Os sinais de rinite alérgica como fricções nasais e espirros foram analisados e observou-se que o carvo diminuiu esses dois sinais nasais, bem como o título serico de IgE- OVA específica, e a citocina IL13, com aumento de IL-10. A diminuição da produção de IL-13 corroborou com a diminuição da produção de muco e esses efeitos foram dependentes da inibição da via de sinalização de p38MAPK / NF-κB (p65). Portanto, esses dados demonstraram que o 4-carvomenthenol apresenta propriedade antialérgica em um modelo experimental de CARAS, sugerindo um novo protótipo de medicamento para o tratamento dessa síndrome alérgica.
  • MARCIO VINICIUS CAHINO TERTO
  • Atividade fotoprotetora e análise da variação sazonal de Plectranthus amboinicus
  • Data: 19/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • A exposição excessiva ao sol causa danos à pele e em última instância, o câncer. Por isso, é preconizado a utilização de filtros solares como maneira preventiva de proteção cutânea. A utilização de produtos naturais, principalmente com a presença de compostos fenólicos vem agregando alto potencial na indústria de protetores pela sua capacidade de proteção, tolerabilidade e sustentabilidade. Dentro desse contexto, a família Lamiaceae é a família vegetal com maior quantidade de representantes utilizados na indústria cosmética, entre elas, as espécies do gênero Plectranthus. Plectranthus amboinicus é conhecida pela presença de compostos fenólicos e óleos voláteis, muito utilizada popularmente para diversas doenças, principalmente do trato respiratório e gastrointestinal. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi determinar a atividade fotoprotetora e antioxidante da espécie e a variação sazonal ocorrida no extrato, bem como as implicações da radiação solar e precipitação para o extrato estudado. Para isso, foi determinado o perfil fitoquímico do extrato etanólico bruto (EEB) através de CLAE-EMn e foi desenvolvido e validado um método analítico por CLAE-DAD para a quantificação do composto majoritário, ácido rosmarínico. Para a determinação atividade fotoprotetora foi determinado o fator de proteção de solar (FPS) pelo método in vitro de Mansur. A atividade antioxidante foi avaliada a partir do método do DPPH e o teor de compostos fenólicos foi determinado seguindo o método de Folin-Ciocalteu. Também foi determinado o teor de flavonoides totais pelo método colorimétrico utilizando Cloreto de Alumínio. Além disso, foram determinadas as variações sazonais no FPS e atividade antioxidante, do teor de fenólicos e flavonoides totais, bem como de ácido rosmarínico. Assim, através de análise de componentes principais (PCA) foi vista a correlação da incidência de radiação solar e precipitação com o teor de fenólicos e flavonoides totais, ácido rosmarínico, FPS e CE50. Como resultados, detectou-se a presença de 31 compostos no extrato através de CLAE-EMn, onde 18 foram reportados pela primeira vez na espécie. O método analítico desenvolvido por CLAE-DAD foi validado, apresentando especificidade, linearidade, precisão, precisão intermediária, exatidão e robustez de acordo com as especificações exigidas pela ANVISA (RE nº 166/2017). O EEB de P. amboinicus apresentou teor de fenólicos totais de 142,39 ± 1,12 mg EAG/g, teor de ácido rosmarínico igual a 22,48 ± 0,07 µg/ml, CE50 igual a 112,39 µg/ml e FPS = 12,63. Através da análise sazonal, foi visto que o melhor mês para a coleta do extrato é julho, que apresentou um FPS = 14,79. A radiação solar apresentou influência na atividade antioxidante, porém pouca influência para o aumento do FPS e a precipitação não teve influência sobre as atividades. Dessa forma, conclui-se que P. amboinicus tem grande potencial para o desenvolvimento de um protetor solar com características inovadoras, com um alto FPS e atividade antioxidante, abrangendo as duas linhas de defesa.
  • THAMARA RODRIGUES DE MELO
  • Investigação da toxicidade, atividade antifúngica e antibiofilme do 2-bromo-N-fenilacetamida
  • Data: 10/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • A criptococose é um infecção fúngica causada principalmente pelas leveduras encapsuladas C. neoformans e C. gattii, podem afetar Sistema Nervoso Central com evolução grave e fatal. Com aumento do número de indivíduos imunossuprimidos, causado pelo HIV e por tratamento de imunossupressores, a casuística da criptococose por C. neoformans tem aumentado. Além disso, a terapia convencional com os antifúngicos apresenta dificuldades no que se refere à toxicidade e ao surgimento de linhagens resistentes. Diante desse contexto, a busca por novas substâncias antifúngicas têm sido uma alternativa promissora. As acetamidas são moléculas que possuem diversas atividades biológicas. No entanto, não há relatos sobre a atividade de 2-bromo-N-fenilacetamida (A1Br).Assim, o presente estudo teve como objetivo  avaliar a atividade antifúngica e antibiofilme da molécula A1Br e seus efeitos tóxicos. O A1Br foi sintetizado e sua estrutura caracterizada. Foram utilizados os softwares Pass online, Molinspiration, Osiris e Docking Molecular para análise in silico. Na análise in vitro, avaliação de atividade antifúngica pela técnica de microdiluição em caldo e método de checkerboard. a inibição da formação de biofilme pelo ensaio de cristal violeta. A citocitoxidade foi testada contra os eritrócitos do sistema ABO. A molécula A1Br, por meio da análise in silico, apresenta 410 atividades biológicas e boa biodisponibilidade oral e risco em efeitos mutagênico, tumorigênico e reprodutivo. No docking molecular, apresenta energia de ligação e interações favoráveis ​​para a ancoragem adequada nas enzimas 6ISJ e 6TZ8, sendo um possível local de ação do A1Br. O composto A1Br promoveu efeito antifúngico com concentração inibitória mínima (CIM), a CIM50 foi de 0,25 - 1 μg/mL com ação fungicida. Na investigação do mecanismo de ação, a CIM na presença de sorbitol permaneceu inalterado. Em contraste, CIM do A1Br aumentou na presença de ergosterol, mostrando um possível mecanismo de ação na membrana plasmática. Além disso, apresenta boa atividade antibiofilme CIMx4,com crescimento de inibição ≥80%. As combinações de A1Br-anfotericina B e A1Br-voriconazol foram antagonistas. A análise de citotoxicidade mostra-se favorável. Estes resultados sugerem que o A1Br representa uma promissora atividade antifúngica e antibiofilme contra Cryptococcus neoformans, por um mecanismo envolvendo a complexação com ergosterol, além de apresentar baixa citotoxicidade.
  • SAMIA SOUSA DUARTE
  • Toxicidade e potencial antitumoral do derivado espiro-acridínico (E)-1'-((4-clorobenzilideno)amino)-5'-oxo-1',5'-diidro-10H-espiro[acridina-9,2'-pirrol]-4'-carbonitrila (AMTAC-06)
  • Data: 05/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • O câncer é um termo genérico utilizado para definir um conjunto de doenças complexas, caracterizadas pelo crescimento celular descontrolado e potencial metastático. Atualmente os tratamentos quimioterápicos empregados apresentam limitações, principalmente devido à toxicidade e ao desenvolvimento de resistência tumoral. Considerando que os compostos acridínicos têm sido relatados como promissores agentes anticâncer, este trabalho teve como objetivo investigar a atividade antitumoral e a toxicidade do novo composto espiro-acridínico sintético (E)-1’-((4-clorobenzilideno)amino)-5’-oxo-1’,5’-diidro-10Hespiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’ carbonitrila (AMTAC-06), selecionado após triagem farmacológica. A atividade antitumoral in vitro foi avaliada pelo ensaio do MTT, utilizando linhagens tumorais humanas. AMTAC-06 induziu maior citotoxicidade em células de carcinoma colorretal, HCT-116, obtendo-se uma CI50 (concentração inibitória média) de 12,62 µM, após 72 horas de tratamento. A toxicidade in vitro foi avaliada nas células não tumorais HaCaT, L929 e PBMC (CI50: 17,87 µM; 26,15 µM e 7,89 µM, respectivamente), sugerindo que o AMTAC-06 foi mais seletivo para HCT-116, em comparação à droga padrão doxorrubicina (HaCaTCI50: 0,28 µM; PBMCCI50: 0,05 µM). Para elucidar seus mecanismos de ação in vitro, foram avaliados os efeitos no ciclo celular, apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), em células HCT-116. AMTAC-06 induziu um aumento no pico sub-G1 e parada do ciclo celular na fase S (p<0,05). Características morfológicas de apoptose, como formação de blebs na membrana, corpos apoptóticos, condensação da cromatina e fragmentação nuclear, foram observadas por microscopia confocal. Em paralelo, ocorreu um aumento na quantidade de células marcadas com anexina V (p<0,05), caracterizando apoptose. Ainda, houve uma redução na produção de EROs (p<0,05), o que sugere um efeito antioxidante. In vivo, a toxicidade do AMTAC-06 foi investigada em camundongos e em peixe-zebra (Danio rerio), e a atividade antitumoral foi estudada usando o modelo de Carcinoma Ascítico de Ehrlich (CAE). AMTAC-06 não induziu toxicidade em embriões/larvas de peixe-zebra (CL50, ou concentração letal média, superior a 126,2 µM) e em camundongos (DL50, ou dose letal média, maior que 5000 mg/kg, i.p.). A genotoxicidade foi avaliada pelo teste do micronúcleo em sangue periférico de camundongos, sendo observado que AMTAC-06 (2000 mg/kg, i.p.) não aumentou o número de eritrócitos micronucleados, indicando baixa genotoxicidade. Em modelo de CAE, observou-se que AMTAC-06 (12,5 mg/kg, i.p.) reduziu a viabilidade e o total de células tumorais peritoneais (p<0,05), bem como a microdensidade dos vasos peritumorais (p<0,05), indicando efeito antiangiogênico. Ainda, foi observado o aumento nos níveis das citocinas TNF-α e IL-1β, bem como redução de INF- no fluido peritoneal, caracterizando uma ação imunomoduladora associada à atividade antitumoral. A análise de parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos nos animais transplantados com Ehrlich e tratados com AMTAC-06 (12,5 mg/kg, i.p.) não evidenciou toxicidade. Em conclusão, o novo derivado espiro-acridínico AMTAC-06 apresenta atividade antitumoral in vitro e in vivo, com baixa toxicidade, o que indica sua potencialidade como um agente anticâncer.
2020
Descrição
  • MAYARA BARBALHO MONTEIRO
  • DESIGN RACIONAL DE FÁRMACOS AUXILIADO POR COMPUTADOR COM VISTAS AO DIRECIONAMENTO DA SÍNTESE DE NOVOS DERIVADOS HÍBRIDOS TIOFENO-INDÓLICOS PARA O TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE
  • Data: 27/08/2020
  • Hora: 14:00
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  • A quimioinformática se apresenta por meio de uma gama de aplicações no campo do design de medicamentos de forma a contribuir na identificação dos novos compostos contra uma variedade de doenças. Entre estas, a leishmaniose, cujo tratamento atual requer aprimoramento por acarretar diversos efeitos colaterais e não ter eficácia desejada. Com isso, este estudo visou o planejamento de novas moléculas derivadas do 2-aminotiofeno indólico usando ferramentas computacionais, síntese e avaliação biológica de forma a compreender sua eficácia contra Leishmania amazonensis (sp.). Além disso, predizer a atividade destes novos compostos frente a outras três espécies de Leishmania, utilizando a plataforma virtual Chembench. Para isso, com base na estrutura química dos híbridos de tiofeno-indol, foram construídos modelos de regressão e realizados o docking molecular. Os dados obtidos foram utilizados como base para o projeto de 92 novas moléculas com pIC50, sendo seis compostos selecionados para a síntese e para realização de ensaios biológicos (atividade leishmanicida e citotoxicidade). Em paralelo, partindo de bancos de dados de plantaformas virtuais (ChemBl e PubMed), foram construídos modelos de predição qualitativos no Chembench, de forma que, foram preditas as atividades dos novos derivados frente as espécies: L. donovani, L. infantum e L. braziliensis, utilizando descritores CDK e DRAGON 7 e os algoritmos Random Forest (RF) e kNN (MuDRA). Assim, por meio dos modelos de predição e docking molecular, pode-se inferir as características que poderiam ter influências positivas na atividade leishmanicida dos compostos planejados. Dos compostos sintetizados, um terço apresentou atividades anti-Leishmania promissoras com CI50 variando de 2,16 e 2,97 µM (contra formas promastigotas) e 0,9 e 1,71 µM (contra formas amastigotas), com índices de seletividade (IS) de 52 e 75. Dos modelos obtidos no Chembench. Selecionou-se duas estruturas com boa predição para duas espécies (37 e 87) e uma em comum com as três espécies estudadas (42), estrutura semelhante a derivados tiofênicos indólicos já avaliados biologicamente. Esses resultados demonstram a capacidade do planejamento racional de medicamentos baseado na Relação Quantitativa Estrutura-Atividade (QSAR) de prever moléculas com potencial leishmanicida promissor e confirmar o potencial de híbridos tiofeno-indol como potenciais novos agentes leishmaniais.
  • GABRIELA TAFAELA DIAS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA, ANTIPROLIFERATIVA E TOXICOLÓGICA IN SILICO, IN VITRO, IN VIVO, EX VIVO DE UM DERIVADO DA N-METIL ISATINA
  • Data: 18/08/2020
  • Hora: 14:00
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  • O derivado de N-metil-isatina (ISACN) é uma molécula semissintética obtida via Reação de Morita-Baylis-Hillman (RMBH) e em recentes estudos foi constatada a atividade para tratamento de câncer contra células da linhagem tumoral HL-60, fazendo desta molécula um promissor candidato. Esta pesquisa, visou avaliar a toxicidade através de ensaios in silico, in vitro, in vivo e ex vivo, atividade anticancerígena e antibacteriano de um aduto de Morita-Baylis-Hillman (ISACN) derivado da N-metil-isatina. ISACN apresentou na abordagem in silico boa biodisponibilidade teórica após administração oral, boa solubilidade, estabilidade e absorção, ainda apresentando baixa toxicidade teórica. Nos testes in vitro, mostrou possui baixo potencial citotóxico frente a células não tumoral de HEK-293, e baixa ou nenhuma atividade anti-tumoral frente linhagens de melanomas A375 e B16F10. Ainda, a atividade antibacteriana revelou o bom potencial de ISACN em concentrações inibitória mínima (CIM) entre 100 e 400 μg/mL, com efeito bacteriostática sobre cepas gram-positivas e gram-negativas. Pode-se atribuir baixo risco de genotoxicidade para ISACN, pois não demonstrou potencial mutagênico e carcinogênico nas cepas de S. typhimurium “TA”( teste de Ames). Na avaliação da toxicidade não-clínica aguda de ISACN apresentou baixa toxicidade in vivo, segundo classificação GSH. Sendo alterações no screening comportamental ausente, contudo, demonstrou redução na ingestão de alimentos dependente de dose e redução no ganho de peso corporal. Alterações no nível sérico de cálcio e redução na contagem de plaquetas. Por fim, nos estudos de doses repetidas com ISACN foi possível observar maior sensibilidade em camundongos swiss machos, ao apresentarem mortalidade nos primeiros dias, maior taxa de variações nos parâmetros comportamentais, de consumo, ganho de peso e bioquímicos. Diante do exposto, conclui-se que ISACN possui boa biodisponibilidade oral teórica, reduzida citotoxicidade e atividade antitumoral contra linhagens de melanoma, atividade antibacteriana com efeito bacteriostático, baixa toxicidade aguda e de doses repetidas e ausência de genotoxicidade constituindo-se numa promissora molécula com potencial farmacológico uso.
  • RENAN MARINHO BRAGA
  • Estudo do mecanismo antinociceptivo e anti-inflamatório do óleo essencial de Lippia pedunculosa e se complexo em β-ciclodextrina
  • Data: 14/08/2020
  • Hora: 08:00
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  • Na maioria das doenças, a inflamação e a dor são causa e consequência. As classes terapêuticas mais utilizadas, anti-inflamatórios não-esteróidais (AINEs) e os opioides, apresentam uma gama de efeitos adversos que motivaram abordagens para descoberta de novos fármacos. Nesse contexto, os óleos essenciais e seus constituintes tem surgido como uma das alternativas terapêuticas para o tratamento dessas condições dolorosas. O óleo essencial de Lippia pedunculosa (OELp), como já relatado na literatura, apresenta efeitos tripanocida e amebicida. No entanto, em modelos experimentais de analgesia e inflamação, essas atividades precisam ser mais estudadas. Várias abordagens são estudadas para melhorar as propriedades farmacêuticas dos óleos essenciais, incluindo o emprego de sistemas de carreamento de fármacos. Neste estudo, usamos OELp/β-ciclodextrina (β-CD) e OELp isolado para avaliar se a formulação do complexo de inclusão seria capaz de melhorar a atividade antinociceptiva do óleo essencial. Foi avaliado o efeito analgésico do OELp e OELp/β-CD de forma comparativa nos testes das contorções abdominais induzidas por ácido acético e teste da formalina. Avaliamos também o potencial analgésico e anti-inflamatório do OELp isolado nos testes de nocicepção orofacial induzida pela formalina, glutamato e capsaicina e pelo teste da peritonite induzida por carragenina. O OELp foi mais eficaz na redução do comportamento nociceptivo (p <0,05, p <0,01 e p <0,001) quando comparado ao complexo de inclusão de OELp/β-CD. Embora as ciclodextrinas sejam promissoras como hospedeiras de moléculas convidadas, para os óleos essenciais ricos em compostos de peróxido, elas não parecem ser a abordagem mais promissora (pelo menos em termos de efeito analgésico e anti-inflamatório). O OELp isolado ainda apresentou efeito antinoniceptivo significativo (p <0,05, p <0,01 e p <0,001) nos métodos de dor orofacial e na peritonite induzida por carragenina, a OELp reduziu a migração total de leucócitos para a cavidade peritoneal (p <0,05 ou p <0,01), bem como a redução dos níveis de IL-1β no líquido peritoneal (p <0,01), o que confirmou seu efeito anti-inflamatório.
  • KAIO ARAGAO SALES
  • ALCALOIDES E SESQUITERPENOIDES DE Anaxagorea dolichocarpa: ISOLAMENTO, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E CITOTOXICIDADE
  • Data: 07/08/2020
  • Hora: 09:00
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  • No Brasil, país considerado o mais rico em biodiversidade, o uso medicinal de espécies vegetais é uma prática comum. E a família Annonaceae, com cerca e 2.400 espécies, contribui significativamente para a diversidade em florestas neotropicais, além de ser utilizada na dieta e medicina tradicional, por conta de seus frutos comestíveis e propriedades terapêuticas. De uma de suas espécies, a Anaxagorea dolichocarpa, conhecida popularmente como envira e amplamente distribuída na regiao neotropical, foram publicados estudos com identificação de alcaloides e terpenoides, e relato de atividades antioxidante, antibacteriana e antitumoral in vitro de extratos e compostos isolados. Diante desse cenário, buscou-se nesse trabalho ampliar o conhecimento sobre essa planta, mediante estudo fitoquímico e de investigação da atividade citotóxica. Para isso, o material vegetal foi coletado em Cruz do Espírito Santo-PB e submetido a processos de extração, purificação e análise dos constituintes químicos. Esses procedimentos foram realizados por métodos laboratoriais clássicos, assim como por técnicas modernas de CLAE, RMN, Espectrometria de Massas e Dicroísmo Circular. Assim, a partir dos extratos das raízes da planta, foi possível isolar e caracterizar as estruturas químicas de seis alcaloides, dois deles inéditos, dolichocarpina e 9-metoxieupolauramina, além dos conhecidos eupolauramina, 3-metoxieupolauridina, eupolauridina e 4-metilsampangina, e seis sesquiterpenoides do tipo humuleno inéditos na literatura, denominados dolichocarpois A-F. Desses, cinco alcaloides e três sesquiterpenoides tiveram sua atividade citotóxica investigada contra linhagens de células HCT-116 (carcinoma colorretal humano) e L929 (fibroblastos murinos não-tumorais). Dessa forma, os resultados obtidos pelo estudo contribuíram com o conhecimento químico e de atividade biológica de A. dolichocarpa.
  • FLAVIO VALADARES PEREIRA BORGES
  • SÍNTESE DE DERIVADOS FENILPROPANÓICOS
  • Data: 31/03/2020
  • Hora: 14:00
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  • Fenilpropanóides e seus derivados vem sendo amplamente estudados pelas suas variedades estruturais e atividades bioógicas. Neste trabalho são relatadas a obtenção de ésteres de ácidos fenilpropanoicos e álcoois monoterpênicos, obtidos através das reações de Schotten-Bauman e Wittig-Horner, a obtenção da neolignana dehidrodieugenol por acoplamento oxidativo promovido pelo ferrocianeto de potássio e pela peróxidase contida na agua de coco, assim como o relato de suas atividades leishimanicida para Leishmania amazonensis e a comparação entre as técnicas quanto a estéreo seletividade. Foram obtidas as lignanas licarina-(A) e dehidrodicumarato de metila, com o acoplamento promovido pela água de coco e feitas variações na ordem de adição dos reagentes e velocidade de injeção, comparando a influência no rendimento. Também foram obtidas quatro cinamoilamidas de feniletilaminas e duas de indoletilaminas, estas inéditas através da formação do cloreto de acila com reagente de Vilsmeyer-Haack e posterior reação de Schotten-Baumann para formação da amida. Os resultados desse trabalho renderam três publicações em periódicos de farmacoquímica.
  • JOICE NASCIMENTO BARBOZA
  • Amidas cinâmicas sintéticas e investigação da atividade antifúngica frente às cepas de Candida spp
  • Data: 04/03/2020
  • Hora: 14:00
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  • Nas últimas décadas houve um aumento na incidência das doenças fúngicas, mostrando-se como importante causa de morbidade e mortalidade em seres humanos afetando mais de um bilhão de indivíduos em todo o mundo. As leveduras do gênero Candida spp. são fungos patógenos oportunistas, que destacam-se como os mais isolados em amostras clínicas (prevalência de 40-70%). O desenvolvimento de resistência fúngica associado à elevada toxicidade, custo e eficácia dos antifúngicos existentes no mercado, vêm impulsionando à busca por novas alternativas terapêuticas. Os ácidos cinâmicos constituem-se em um grupo de ácidos carboxílicos aromáticos amplamente encontrados em vegetais, que apresentam diversidade estrutural, baixa toxicidade e várias atividades biológicas descritas, com destaque para atividade anti-Candida. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo preparar uma coleção de treze amidas derivadas do cloreto de cinamoíla (1-13), estruturalmente relacionadas, e avaliar a atividade antifúngica desses compostos frente a três espécies de Candida spp.: C. albicans, C. krusei e C. tropicalis, assim como, estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. As amidas foram preparadas utilizando a metodologia de reação de cloreto ácido e os compostos foram caracterizados pelas técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e de 13C e apresentaram rendimentos que variaram de 36 – 85,6%. Dentre as treze substâncias obtidas, duas são inéditas na literatura. No teste antifúngico foi realizada a determinação da concentração inibitória mínima (CIM), a determinação da concentração fungicida mínima (CFM) e o ensaio de determinação do mecanismo de ação (sorbitol e ergosterol). Por meio dos resultados de bioatividade pode-se observar que as amidas 1 e 4 demonstraram efeito fungicida frente às cepas de Candida spp. O composto 4 apresentou melhor atividade antifúngica com valores de CIM=CFM=0,67 mM, 0,33 mM, 1,34 mM frente à C. albicans, C. krusei e C. tropicalis, respectivamente. Constatou-se por meio da razão (CFM/CIM<4), que as moléculas exerceram efeito fungicida, No tocante às características estruturais das amidas sobre a bioatividade antifúngica, evidenciou-se a importância das cadeias longas laterais de até oito carbonos. O estudo de docking molecular sugeriu que o possível mecanismo de ação dos compostos bioativos ocorre via multialvos com a inibição do HOS1 como principal alvo biológico. Portanto, pode-se concluir que foi possível estabelecer características químicas que podem servir de referência para o avanço no desenvolvimento de novos protótipos antifúngicos com melhor ação biológica contra espécies de Candida.
  • CARLOS DA SILVA MAIA BEZERRA FILHO
  • Planejamento estrutural visando otimização da atividade tripanocida de análogos sintéticos da piplartina.
  • Data: 03/03/2020
  • Hora: 14:00
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  • A doença de Chagas é considerada uma das principais doenças tropicais negligenciadas e representa um grande problema de saúde pública devido aos altos índices de morbidade e mortalidade associados. Atualmente, os fármacos disponíveis para o tratamento da doença encontram-se desatualizados, possuem eficácia limitada e efeitos adversos e/ou colaterais severos que resultam em falta de adesão ao tratamento e redução da qualidade de vida dos pacientes. Assim, torna-se necessária a busca por novas alternativas terapêuticas que promovam maior seletividade ao parasito, bem como por fármacos com novos mecanismos de ação e que apresentem boa eficácia. A piplartina, também conhecida como piperlongumina é um fenilpropanoide encontrado em plantas do gênero Piper. Dados da literatura relatam que a piplartina possui diversas atividades biológicas, incluindo atividade tripanocida. Deste modo, o objetivo do presente trabalho foi preparar uma coleção de treze ésteres análogos à piplartina (01 – 13), estruturalmente relacionados, e avaliar a atividade tripanocida dos compostos frente ao Trypanosoma cruzi, bem como, estabelecer a relação estrutura-atividade das substâncias avaliadas. Os ésteres foram preparados utilizando três diferentes metodologias: esterificação de Fischer, esterificações com haletos de alquila e arila e reação de Steglich. Na caracterização estrutural utilizaram-se as técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C. Os produtos foram obtidos com rendimentos de 26,7–91,1%. Os testes tripanocidas foram realizados frente às formas evolutivas epimastigota e tripomastigota utilizando a técnica de microdiluição em placas de 96 poços para a determinação da concentração capaz de inibir o crescimento do parasito em 50% (CI50), além disso, determinou-se a citotoxicidade dos compostos frente às células epiteliais renais de macaco Rhesus (LLC-MK2) para o cálculo do índice de seletividade (IS). O composto 10 apresentou boa atividade tripanocida frente à forma tripomastigota (CI50 = 40,75±12,36 μM). Enquanto 11 foi bioativo em ambas as formas evolutivas com CI50 = 28,21±5,34 μM e 47,02±8,70 μM (forma epimastigota e tripomastigota, respectivamente), além de apresentar alto índice de seletividade ao parasito (IS > 10). Na investigação do mecanismo de ação tripanocida foi estabelecido que ocorre através da indução de estresse oxidativo e lesão mitocondrial das células do parasito. Portanto, o presente estudo demonstra o potencial antiparasitário desta classe química para a pesquisa de novos fármacos com atividade tripanocida.
  • FRANCISCO PATRICIO DE ANDRADE JÚNIOR
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE DERMATOFITOSES EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO PRIVADO DE JOÃO PESSOA-PB, ENTRE 2015 A 2019 E AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DE 2-BROMO-N-FENILACETAMIDA FRENTE A ISOLADOS CLÍNICOS DO GÊNERO Microsporum
  • Data: 02/03/2020
  • Hora: 09:00
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  • As dermatofitoses são um tipo de infecção micótica cutânea causada por espécies dos gêneros Epidermophyton, Trichophyton ou Microsporum. Contudo, mesmo tratando-se de infecções fúngicas comuns, há poucos estudos epidemiológicos que caracterizam as populações mais susceptíveis, assim como, tem-se a escassez de pesquisas que busquem novas moléculas com potencial anti-Microsporum. O presente estudo objetivou elucidar o perfil epidemiológico de dermatofitoses em pacientes atendidos em um laboratório privado de João Pessoa-PB, entre 2015 a 2019, e investigar a atividade antifúngica de 2-bromo-N-fenilacetamida (A1Br) frente a isolados clínicos do gênero Microsporum. Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico, retrospectivo, documental e experimental, em que o potencial antifúngico de A1Br, frente a linhagens de M. canis e M. gypseum, foi avaliado a partir da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), Associação por meio do método checkboard, alterações na micromorfologia e ensaios com ergosterol e sorbitol para investigação do mecanismo de ação. Entre os anos de 2015 a 2019 foram analisadas 1055 suspeitas de micoses, entretanto foram registrados somente 94 casos de dermatofitoses. O perfil de acometidos, foi predominantemente de indivíduos do sexo feminino (58,5%), com 18 a 59 anos de idade (38,4%), brancos (53,6%) e com lesões, principalmente, em pele glabra (38,5%), pés (33,3%) e unhas (12,8%). Ao relacionar a faixa etária com o local da lesão, percebeu-se que lesões em pele glabra, pés e unhas, foram mais frequentes em indivíduos de 18 a 59 anos, enquanto que lesões no couro cabeludo foram majoritariamente elucidadas em indivíduos menos de 18 anos. As espécies mais prevalentes foram M. canis (31,9%) e T.rubrum (31,9%). Ao correlacionar a espécie fúngica com o local da lesão, notou-se que M. canis foi o principal agente responsável por lesões em pele glabra, couro cabeludo e mãos, enquanto T. rubrum foi predominantemente observado em unhas e T. mentagrophytes em pés. Em relação aos resultados experimentais, A1Br apresentou variações de CIM entre 16 a 64 µg/mL para ambas as linhagens e ao comparar estes resultados aos valores de CIM de cetoconazol, não houve diferença estatisticamente significativa (p>0,05). A CFM de A1Br, variou entre 64 µg/mL até valores superiores a 1024 µg/mL e a molécula demonstrou características fungistáticas. Contudo, indiferença farmacológica foi constatada ao associar A1Br ao cetoconazol. Ao analisar os efeitos de A1Br sobre a morfogênese, notou-se que o aumento da concentração dessa substância ocasionou na diminuição de estruturas fúngicas (p<0,05). Em relação ao mecanismo de ação, evidenciou-se que este está associado ao ergosterol fúngico. Conclui-se que os dados presentes nesta pesquisa podem fomentar o desenvolvimento de indicadores e políticas públicas para a população mais susceptível a dermatofitoses e que a molécula A1Br apresentou forte atividade antifúngica e potencial para tornar-se um futuro produto para o tratamento de dermatofitoses.
  • VALGRICIA MATIAS DE SOUSA
  • Potencial antitumoral e toxicidade do (E)-1’-((4-bromo-benzilideno)amino)5’-oxo-1’5’-dihidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (AMTAC-19), um novo derivado espiro-acridínico
  • Data: 28/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • O câncer é um termo utilizado para definir um grupo de doenças caracterizadas pela proliferação descontrolada de células transformadas, provenientes do acúmulo progressivo de alterações genéticas e epigenéticas. Diversos problemas na terapia do câncer, como desenvolvimento de resistência ao tratamento e alta toxicidade, impulsionam a busca por novos fármacos. Nesse contexto, destacam-se os compostos acridínicos que apresentam relatos de atividade antitumoral associada, principalmente, à intercalação no DNA e inibição de topoisomerases. O objetivo deste trabalho foi avaliar a citotoxicidade de derivados espiro-acridínicos em células tumorais e não tumorais, bem como os possíveis mecanismos de ação do composto mais promissor, na linhagem tumoral mais sensível. A citotoxicidade dos compostos foi avaliada pelo ensaio de redução do MTT em linhagens de células tumorais (HCT-116, MCF-7, HeLa, PC-3 e SK-MEL-28) e não tumorais (HaCat e L929), bem como em células mononucleares de sangue periférico (PBMC). O 5'-oxo-1'-((4-(piperidin-1-il) benzilideno)amino)-1',5'- dihidro-10H-espiro[acridina- 9,2'-pirrol]-4'-carbonitrila (AMTAC-23) induziu o menor percentual de inibição do crescimento em células tumorais PC-3 (0 ± 0,85%), e em células não tumorais L929 (11,93 ± 1,91%). O composto mais citotóxico foi o (E)-1’-((4-bromo-benzilideno)amino)5’-oxo-1’5’-dihidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (AMTAC-19), que inibiu o crescimento de células de carcinoma colorretal HCT-116 em 88,56 ± 0,58%, e de células não tumorais L929 em 70,42 ± 1,74%. A concentração que inibe 50% do crescimento celular (CI50) foi de 10,35 ± 1,66 µM em células HCT-116, e 4,89 ± 1,18 µM em PBMC, após tratamento de 72 horas com AMTAC-19. A análise do índice de seletividade mostrou que este acridínico apresenta um efeito mais seletivo em células HCT-116, quando comparado com a droga padrão doxorrubicina. Na sequência, foram avaliados os efeitos de AMTAC-19 sobre o ciclo celular, a indução de apoptose e a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), nas concentrações de 10 ou 20 µM, após 48 horas de tratamento. AMTAC-19 induziu aumento significativo do pico sub-G1 (p<0,05), que está associado a apoptose, bem como parada nas fases S e G2/M (p<0,05), impedindo a síntese do material genético e a multiplicação celular. Foi observado aumento da marcação com anexina V e iodeto propídeo (p<0,05), o que é indicativo de morte celular por apoptose. Alterações morfológicas características de apoptose foram observadas após tratamento com AMTAC-19 por meio de análise em microscopia confocal a laser utilizando laranja de acridina e iodeto de propídeo. Tais alterações incluíram a presença de blebs de membrana, fragmentação do DNA e condensação da cromatina, o que confirma a presença de células apoptóticas. Além disso, AMTAC-19 reduziu a produção de espécies reativas de oxigênio (p<0,05) em células HCT-116, o que sugere que o efeito antioxidante é parte do mecanismo de ação antitumoral do composto. Os dados apresentados indicam que AMTAC-19 induz atividade antitumoral em células HCT-116 por interferir na progressão do ciclo celular e induzir apoptose e efeito antioxidante.
  • FRANCISCO ALLYSSON ASSIS FERREIRA GADELHA
  • Efeito imunomodulador da inflorescência de Musa paradisiaca Linnaeus (Musaceae) na Síndrome de Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS) dependente da inibição do NF-кB e em macrófagos humanos.
  • Data: 28/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A síndrome de asma e rinite alérgicas combinadas (CARAS) apresenta mesma fisiopatologia nas vias aéreas superior e inferior com manifestações dos sintomas da rinite e da asma que podem aparecer concomitantemente ou separados. O tratamento do controle das duas doenças se faz com protocolos clínicos para a asma, entretanto, alguns pacientes, não respondem de forma adequada. A Musa paradisiaca L. (Musaceae), conhecida como banana cresce nas diversas regiões do planeta sendo utilizada como alimento. Estudos da planta demostraram várias atividades incluindo anti-inflamatória. No Brasil, a inflorescência (coração, mangará) da banana é utilizada no controle de alergias respiratórias. Portanto, no sentido de respaldar cientificamente a planta avaliamos a atividade imunomoduladora do extrato da inflorescência (EHM) em modelo murino de síndrome de asma e rinite alérgicas combinadas (CARAS). Para tal, camundongos fêmeas BALB/c foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) e tratados, após os desafios, com o EHM. Os resultados foram analisados estatisticamete via ANOVA one-way, onde p<0,05 foi considerado significativo. O EHM diminuiu os sinais clínicos espirros e fricções nasais e a hiper-reatividade nasal induzida com histamina exógena, o infiltrado celular dependente de eosinófilos nas cavidades nasal (NALF) e pulmonar (BALF), a produção de IgE, a produção de citocinas da resposta imune tipo 2 (IL-4, IL-13, IL-5) e do perfil Th17 (IL-17A) no BALF. Em adição, aumentou a produção de citocina do perfil Th1 (IFN-ɣ). Nas análises histológicas nasal e pulmonar o tratamento com o EHM promoveu melhora na arquitetura tecidual de ambas as regiões com diminuição do infiltrado celular, metaplasia das células caliciformes e produção de muco e do número de mastócitos. A análise de mecanismos intracelulares de transdução de sinal demonstrou que o EHM foi capaz de modular negativamente a ativação do fator de transcrição NF-κB. Estudos preliminares in vitro demonstram que o EHM filtrado diminuiu a expressão de receptores de superfície de macrófagos humanos (CD86, HLA-DR) envolvidos na sua ativação e atuação nos processos inflamatórios, bem como diminuiu a produção de IL-6 por essas células. Portanto podemos inferir que a inflorescência da banana possui atividade imunomoduladora, cientificamente comprovada, no modelo experimental de CARAS por diminuir a as citocinas do perfil Th2, a produção de IgE e migração de células inflamatórias para as vias aéreas bem comodiminuir o muco. Esses efeitos estão relacionados com a regulação negativa da ativação do NF-κB, com a estimulação do perfil Th1 (produção de IFN-ɣ) e inibição da tivação de macrófagos humanos, sendo assim o mangará apresenta alto potencial fitoterápico para o controle de doenças alérgicas.
  • DAIANA KARLA GOMES FRADE
  • Efeito antitumoral e toxicidade de um novo derivado acridínico (AMTAC-17) em modelos in vitro e in vivo
  • Data: 28/02/2020
  • Hora: 08:30
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  • O câncer é um termo que se refere a um conjunto de doenças caracterizadas pela proliferação descontrolada de células, com capacidade de invasão e metástase. Apesar dos avanços nas pesquisas no ramo da oncologia, ainda existem muitos problemas nas terapias empregadas, como a alta toxicidade e o desenvolvimento de resistência ao tratamento. Considerando os relatos na literatura de atividade antitumoral de derivados acridínicos, o presente trabalho objetivou investigar a toxicidade e a atividade antitumoral in vitro e in vivo de um novo composto espiro-acridínico, o (E)-5'-oxo-1'-((3,4,5-trimetoxi-benzilideno)amino)-1',5'-dihidro-10H-espiro [acridina-9,2'-pirrol]-4'-carbonitrila (AMTAC-17), selecionado após triagem farmacológica. A atividade antitumoral in vitro foi avaliada pelo ensaio de redução do MTT, obtendo-se um valor de concentração inibitória 50% (CI50) de 27,19 µM para a linhagem de câncer de cólon HCT-116. A toxicidade in vitro foi avaliada em células HaCaT, L929 e PBMC (CI50: 31,40 µM, 103,50 µM e 18,62 µM, respectivamente). Nas concentrações de 30 e 60 µM em células HCT-116, AMTAC-17 alterou a progressão do ciclo celular, induzindo aumento no pico sub-G1, bem como induziu morte celular por apoptose, caracterizada por externalização da fosfatidilserina e alterações morfológicas como formação de prolongamentos na membrana celular, condensação da cromatina e fragmentação nuclear, além de induzir redução no nível de espécies reativas de oxigênio (EROs). No ensaio de toxicidade não clínica aguda em camundongos, AMTAC-17 (2000 mg/kg; via intraperitoneal, i.p.) não induziu morte dos animais experimentais, sendo a dose letal 50% (DL50) estimada como maior que 5000 mg/kg. Para a avaliação da genotoxicidade foi realizado o teste do micronúcleo em sangue periférico de camundongos, sendo observado que AMTAC-17 (2000 mg/kg, i.p.) não induziu aumento no número de eritrócitos micronucleados. No teste de toxicidade em embriões de peixe (teste FET), a concentração letal média (CL50) do AMTAC-17 foi superior a 300 µM. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo, em modelo de Carcinoma Ascítico de Ehrlich (CAE), observou-se que AMTAC-17 (12,5; 25 ou 50 mg/kg, i.p., sete dias de tratamento) reduziu a viabilidade e o total de células tumorais peritoneais. Foi observado que AMTAC-17 (12,5 mg/kg) induziu aumento no pico sub-G1, relacionado a apoptose, reduziu a microdensidade vascular peritumoral, indicando ação antiangiogênica, bem como aumentou os níveis das citocinas IL-1β, TNF-α, e IL-12, o que está associado à capacidade imunomoduladora. In vivo, AMTAC-17 não induziu alterações no nível de EROs. Em relação a toxicidade após tratamento antitumoral, entre todos os parâmetros avaliados (parâmetros metabólicos, bioquímicos, hematológicos e histológicos), foi observado que AMTAC-17 (12,5 mg/kg) induziu poucas alterações. Os dados apresentados indicam que AMTAC-17 possui atividade antitumoral em células HCT-116, por induzir apoptose e promover efeito antioxidante, e in vivo por promover ação antiangiogênica e imunomoduladora, associado a uma baixa toxicidade não clínica.
  • MATHANIA SILVA DE ALMEIDA FEITOSA
  • Avaliação dos efeitos do carvacrol sobre a função erétil de ratos em modelo de envelhecimento induzido por D-galactose
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 16:00
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  • A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade de alcançar e/ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória, sendo o envelhecimento um dos fatores de risco envolvidos no seu desenvolvimento. Evidências crescentes sugerem que o estresse oxidativo é o mediador chave das alterações na função endotelial e no tônus vascular peniano no processo de envelhecimento. Assim, a redução dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS) pode ser um processo importante para preservar a bioatividade da vasculatura peniana. Compostos antioxidantes, como o carvacrol, limitam os danos causados pelas ROS e, portanto, apresentam benefícios para o tratamento da DE. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar um novo modelo experimental de DE no envelhecimento induzido por D-galactose, bem como avaliar os efeitos do carvacrol na função erétil desses ratos. Para isto, os animais foram divididos em cinco grupos: controle tratados com veículo (CTL), D-galactose 150 mg/kg (DGAL), D-galactose 150 mg/kg + carvacrol 50 ou 100 mg/kg (DGAL+CVC50 ou 100) e D-galactose 150 mg/kg + sildenafila 1,5 mg/kg (DGAL+SD1,5). Todos os animais foram submetidos a administrações diárias, via intraperitoneal (D-galactose) e oral (carvacrol e sildenafila), por oito semanas. Os protocolos experimentais foram previamente aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal da Paraíba nº 9706070319. Inicialmente, a aparência física dos animais foi analisada e verificou-se que o tratamento dos animais do grupo DGAL apresentavam características de envelhecimento, como queda de pelos severa, pelos crespos e opacos com tonalidades diferentes, diferentemente dos animais dos grupos CTL, DGAL+CVC50 ou 100 e DGAL+SD1,5 que tinham aparência saudável. Os animais apresentaram um aumento gradual no peso corporal sem diferenças entre os grupos tratados. Também não foram observadas diferenças estatísticas nos níveis glicêmicos desses animais. A função erétil foi avaliada pela relação pressão intracavernosa/pressão arterial média (ICP/MAP). A ICP/MAP no grupo DGAL foi significativamente reduzida quando comparada ao grupo CTL, demonstrando o desenvolvimento da DE. Os tratamentos com carvacrol ou sildenafila promoveram melhora deste parâmetro, sugerindo melhora da função erétil por estes tratamentos. Em relação a reatividade cavernosa, os grupos DGAL e SD1,5 apresentaram uma hipercontratilidade induzida por fenilefrina ou estimulação por campo elétrico, quando comparado com o grupo CTL e DGAL+CVC100, respectivamente. O tratamento com o carvacrol reduziu significativamente essa hipercontratilidade. A resposta relaxante induzida pela acetilcolina foi reduzida significativamente nos grupos DGAL e SD1,5 ao comparar com o grupo CTL. Esse efeito foi prevenido pelo tratamento com carvacrol. O relaxamento mediado pelo NPS não apresentou diferenças estatísticas entre os grupos. Em cortes histológicos de corpo cavernoso (CC), o grupo DGAL apresentou um aumento da produção de ânions superóxidos, quando comparado ao grupo CTL, enquanto que o tratamento com carvacrol e sildenafila preveniu esse aumento. Mudanças estruturais foram observadas com o tratamento do grupo DGAL, observando uma diminuição da área total do CC, quando comparado com o grupo CTL. O grupo DGAL+CVC100 foi capaz de prevenir essa alteração, diferentemente dos grupos DGAL+CVC50 e DGAL+SD1,5. O método biomarcador de senescência (senescência associada β- galactosidase - AS-β-gal) foi utilizado e observou-se que o grupo DGAL induziu o aumento da coloração positiva da atividade da AS-β-gal em tecido cavernoso em comparação com o grupo CTL. O tratamento com o cavacrol e sildenafila foi capaz de prevenir esse aumento. Em conclusão, esses resultados demonstram, pela primeira vez, que no modelo de envelhecimento induzido por D-galactose foi observado o estado de DE, hipercontratilidade, disfunção endotelial, além de produzir o aumento de ROS e diminuição dos componentes eréteis essenciais para a ereção peniana, e o tratamento com o carvacrol preveniu todas as alterações e danos associados a este modelo.
  • CINTHIA RODRIGUES MELO
  • ATIVIDADE ANTIPLASMODIAL IN VITRO DE UM DERIVADO DA N-METIL-ISATINA (CH3ISACN), E SUA TOXICIDADE IN SILICO E IN VIVO
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A malária é uma doença parasitária que apresenta grande prevalência no mundo. Em 2018 chegou a acometer cerca de 228 milhões de pessoas, e causar 405.000 mortes. Esta doença é ocasionada pelo parasita do gênero Plasmodium, que é transmitido ao homem através da picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles infectada. Um dos principais fatores que tem dificultado o controle da malária, é o grande número de parasitos que apresentam resistência aos antimaláricos usuais, incluindo a artemisinina e derivados. Portanto, é necessário a descoberta de novos medicamentos que tenham maior eficácia, e com baixa toxicidade para o ser humano. Os adutos de Morita-Baylis-Hillman apresentam diversas funcionalidades, entre elas, atividades antiparasitárias. Desta forma, o alvo de nosso estudo é um aduto, o 2- (3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila, também chamado por CH3ISACN. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar o potencial do aduto CH3ISACN como antimalárico através de estudos in vitro, e avaliar seus efeitos toxicológicos in silico e in vivo. Para isto, o composto CH3ISACN foi exposto à cepa W2 de P. falciparum em eritrócitos humanos, e avaliado se este era capaz de reduzir a parasitemia. Sendo verificado também se o mesmo era capaz de causar hemólise aos eritrócitos. Além disto, foi investigado as características farmacocinéticas e toxicológicas teóricas do aduto CH3ISACN, por meio de ensaios in silico com os softwares AdmetSAR e Molinspiration. Ainda, foi realizado o estudo toxicológico agudo in vivo, seguindo os protocolos experimentais adotados no Laboratório de Ensaios Toxicológicos (LABETOX) e o Guia da OECD 423 (2001). Desta forma, foi administrada uma dose inicial de 300 mg/kg da substância teste, em ratas Wistar e posteriormente, não havendo mortes, foi administrado em outras ratas da mesma espécie, uma dose de 2000 mg/kg. Durante o experimento foram avaliados parâmetros comportamentais, consumo de água, ração e evolução ponderal. Após 14 dias, os animais foram eutanasiados por sobredose de anestésico, e seu sangue coletado para avaliação de parâmetros bioquímicos e hematológicos. Os resultados mostraram que o aduto CH3ISACN apresentou boa atividade antiplasmodial, e baixa citotoxicidade, tendo uma boa viabilidade celular. Além do que mostrou ter uma boa biodisponibilidade oral teórica e não apresentou riscos de toxicidade nos estudos in silico. Ainda, o aduto CH3ISACN não causou morte em nenhum dos animais, apresentando assim uma alta DL50 e sendo classificado segundo a GSH na categoria 5, como tendo baixa toxicidade. Este também não ocasionou nenhuma alteração comportamental, bem como nos demais parâmetros avaliados a maior dose testada não provocou nenhuma alteração significativa. Apenas uma redução na concentração de ureia, mas que não trouxe significado clínico relevante. Por fim, o aduto CH3ISACN apresenta-se como um bom candidato à fármaco para o tratamento da malária. Sendo assim, de grande valia a continuação de seu estudo, até alcançar testes de fase clínica, e assim ser incluído no arsenal terapêutico contra a malária.
  • THAÍS MANGEON HONORATO LISBOA
  • TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DE UM HÍBRIDO TIOFÊNICO-ACRIDÍNICO
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • O câncer, no sentido mais amplo, refere-se a mais de 277 tipos diferentes de doenças carcinogênicas que se caracterizam pelo crescimento desordenado e potencial metastático. Os efeitos antitumorais dos compostos tiofeno e acridina foram descritos; no entanto, a utilidade clínica desses compostos é limitada devido ao risco de alta toxicidade e resistência ao medicamento. A estratégia de hibridação molecular apresenta a oportunidade de desenvolver novos fármacos que podem exibir melhor afinidade por alvo e efeitos colaterais menos graves. Aqui, 2 - ((6-cloro-2-metoxi-acridin-9-il) amino) -5,6,7,8-tetra-hidro-4H-ciclo-hepta [b] -tiofeno-3-carbonitrila (ACS03), a o composto híbrido tiofeno-acridina com atividade antileishmanial, foi testado quanto à toxicidade e atividade antitumoral. A toxicidade foi avaliada in vitro (em HaCat, L929 e células mononucleares de sangue periférico) e in vivo (embriões de peixe-zebra e toxicidade aguda em camundongos). A atividade antitumoral também foi avaliada in vitro em HCT-116 (linha celular de carcinoma do cólon humano), K562 (linha celular leucêmica mielóide crônica), HL-60 (linha celular de leucemia promielocítica humana), HeLa (linha celular de câncer cervical humano) e MCF -7 (linha celular de câncer de mama) e in vivo (modelo de carcinoma de Ehrlich ascites). ACS03 exibiu seletividade em relação às células HCT-116 (meia concentração inibitória máxima, IC50 = 23,11 ± 1,03 µM). Em embriões de peixe-zebra, o ACS03 induziu um aumento nas atividades de lactato desidrogenase, glutationa S-transferase e acetilcolinesterase. O valor de LD50 (dose letal de 50%) em camundongos foi estimado em mais de 5000 mg/kg (intraperitonealmente). In vivo, ACS03 (12,5 mg/kg) induziu uma redução significativa no volume do tumor e na viabilidade celular. A atividade antitumoral in vitro foi associada ao aumento da capacidade antioxidante e apoptose. A atividade antitumoral in vivo foi associada ao efeito citotóxico do óxido nítrico e atividade antiangiogênica. Em relação a toxicidade, após tratamento antitumoral, entre todos os parâmetros avaliados (parâmetros metabólicos, bioquímicos, hematológicos e histológicos), foi observado que ACS03 (12,5 mg/kg) não induziu alterações significativas. Em conclusão, foram registradas atividades antitumorais significativas e toxicidade fraca para este composto híbrido, caracterizando-o como um potencial composto anticâncer.
  • ANDERSON ANGEL VIEIRA PINHEIRO
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Vellozia plicata MART.: CARACTERIZAÇÃO, ESTUDOS in silico E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTI-HIV-1
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 13:30
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  • Os produtos naturais são empregados historicamente para o tratamento de diversas ameaças à saúde e são uma fonte em potencial para a obtenção de compostos bioativos. Nessa perspectiva, foi realizado um reestudo de Vellozia plicata M. com o objetivo de quantificar o marcador químico, avaliar, por meio de estudos in sílico, a atividade anti-HIV de compostos isolados, bem como predizer seus riscos de citotoxicidade, taxa de absorção oral, intestinal e metabolização hepática. Além disso, também foi possível realizar o doseamento de fenólicos totais, investigar a viabilidade celular e atividade anti-HIV-1 dos compostos e avaliar a atividade antioxidante. Nesse estudo fitoquímico foram isolados treze compostos, dentre eles a amentoflavona (9), 3’, 8’’-biisocampferídeo (10) e a 3’-apigenin-8’’-isocaempferídeo (11), sendo este último relatado pela primeira vez na literatura. O composto (9) foi proposto como marcador químico da espécie, quantificado em 106,92 μg/mg de extrato bruto de V. plicata, com desvio padrão inferior a 5%, conforme preconizado pela Resolução 899/2003. Os biflavonoides foram preditos e aprovados quanto ao potencial de atividade biológica (HIV-1), a taxa de absorção oral e aos parâmetros toxicológicos de mutagenicidade e carcinogenicidade. Eles apresentaram o percentual ABS superior ao controle (36,60%) e não foram observados riscos de toxicidade dentro dos parâmetros analisados pelo software OSIRIS. As análises preditivas de permeabilidade e absorção intestinal dos três biflavonoides isolados apresentaram possibilidade positiva. Os compostos demonstraram bons resultados MolDock Score no docking molecular, ocorrendo melhor interação entre o composto (9) com a protease, e o (10) com a integrase e transcriptase reversa. Os três compostos tiveram suas estruturas preditas após metabolização hepática, indicando que a via metabólica no fígado para (9) se daria pela hidroxilação aromática das enzimas do citocromo P450, já nos compostos (10) e (11) ocorre uma maior expressão de alguns grupos aromáticos e alifáticos por O-desalquilação, hidroxilação e carboxilação. Os compostos gerados a partir da metabolização de (9), (10) e (11) foram preditos, utilizando o OSIRIS, quanto a capacidade de mutagenicidade e carcinogenicidade, entretanto, apenas o (9) apresentou um score de 29,95%, demostrando alto risco de mutagenicidade. Dentre os compostos testados nos estudos biológicos, o extrato etanólico de V. plicata M. (71,19%) e a amentoflavona (70,98%) apresentaram melhor viabilidade celular frente as células JLTRF – R5 não infectadas. Na avaliação do potencial anti-HIV-1 não foi observado diferença significativa entre o controle positivo, os biflavonoides e o extrato etanólico. O doseamento de fenólicos totais do extrato identificou um conteúdo de 271,71 ± 3,08 mg EAG/g. A avaliação da atividade antioxidante corroborou com o doseamento de fenólicos totais, no qual o extrato etanólico da espécie apresentou CE50 de 132,3 ± 2,77, quando comparado com o ácido ascórbico (padrão) que deteve CE50 de 9,14 ± 0,19. Nessa perspectiva, este reestudo demonstrou o potencial químico de V. plicata e demonstou informações farmacocinéticas preditivas dos biflavonoides que poderão auxiliar do processo de investigação e/desenvolvimento de futuros fármacos. Além disso, demonstrou uma boa atividade antioxidante e a necessidade de investigação por outras metodologias do potencial anti-HIV.
  • NATALIA FERREIRA DE SOUSA
  • TRIAGEM VIRTUAL DE SELENOETILENOLACTICAMIDAS E N-ARILPROPANAMIDAS COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTILEISHMANIA
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • As doenças tropicais negligenciadas caracterizam-se como um grupo de 17 enfermidades transmissíveis, causadas por agentes parasitários que prevalecem em regiões de clima tropical e subtropical e alcançam estimativas de 500 mil casos por ano. A Leishmaniose, é uma patologia infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania sp pertencentes a família Trypanosomatidae. Os medicamentos disponíveis para tratamento apresentam muitos inconvenientes relacionados. Como possíveis alternativas terapêuticas figuram os compostos de organosselênio, visto que o selênio representa um elemento traço essencial as funções biológicas e nutrição dos seres vivos, e até o presente momento são relatados inúmeras atividades e aplicações destes bioativos. Como alternativas para a obtenção dos resultados, menciona-se os métodos de Desenvolvimento de Drogas Assistidos por Computador (do inglês, Computer Aided Drug Designer - CADD), os quais representam alternativas rápidas, eficazes e de custo acessível que garantem um maior direcionamento e praticidade ao estudo desenvolvido. Nessa perspectiva, o presente estudo objetivou realizar a triagem virtual de derivados sintéticos de selenoetilenolacticamidas como potenciais atividades para os protozoários Leishmania infantum e Leishmania amazonensis. Para obtenção dos resultados foram elaborados 8 modelos de predições referentes as formas amstigota e promastigota dos organismos em estudo. Os conjuntos de dados foram obtidos na base de dados ChEMBL, sendo os compostos classificados de acordo com os valores de pIC50, para gerar e validar o modelo utilizando o algoritmo Random Forest, além disso, foi realizado análise de consenso entre os modelos analisados. As simulações de docking molecular foram realizadas no software Molegro Virtual Docker e foram utilizadas duas proteínas obtidas no Protein Data Bank e as seis restantes foram construídas por homologia, além disso, realizou-se um estudo farmacofórico simples com análises de componentes principais (PCA) e consenso (CPCA), por fim foram avaliados parâmetros relacionados a biodisponibilidade como absorção por via oral e violações a regra de Lipinski, além de avaliações da toxicidade, e as moléculas de maior probabilidade foram selecionas para a síntese orgânica. Os modelos de consenso elaborados, com exceção do modelo para a forma amastigota da Leishmania amazonensis, permitiram a classificação de moléculas com probabilidades acima de 60%, correspondendo respectivamente para a L. infantum na seleção de 22 moléculas para a forma amastigota, para a forma promastigota o númeo correspondeu a 28 compostos, e para a L. amazonensis o número correspondeu a 26 moléculas. As análises de docking molecular realizadas foram favoráveis demonstrando que os compostos selecionados interagiram com as enzimas selecionadas, visto que todos apresentaram energias negativas, sendo que para a L. infantum as moléculas 27 e 28 apresentaram potencial multitarget, pois obtiveram energias menores que os ligantes. As análises de CPCA e PCA identificaram que os grupos de descritores mais representativos correspondem ao OH2 e LOGS, sendo estes descritores relacionados a hidrossolubilidade. Em relação a absorção, esta foi superior a 60% indicando que os compostos apresentam altas taxas de absorção por via oral, como também uma boa disponibilidade, visto que, na maioria dos compostos foi registrada a ocorrência de apenas 1 violação a regra. Na avaliação de toxicidade apenas sete compostos apresentaram indícios de toxicidade em até um ou dois parâmetros. A metodologia utilizada foi eficaz e apresentou uma boa reprodutibilidade, visto que permitiu a seleção de 16 compostos que foram sintetizados e encontram-se sob teste biológicos.
  • MARINA DE SOUZA FARIAS SANTOS
  • Híbridos Moleculares Derivados do Álcool Perílico e Borneol: Avaliação Antifúngica.
  • Data: 21/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • O gênero Candida é responsável pela maioria das infecções fúngicas em ambientes hospitalares. Atualmente, diversas pesquisas estão direcionadas na busca de novos fármacos bioativos frente a espécies deste gênero. Dados da literatura relatam moléculas com o núcleo perila ou bornila que possuem atividade antimicrobiana. Em estudos anteriores desenvolvidos pelo nosso grupo de pesquisa foi demonstrado que o uso de derivados cinâmicos e benzóicos conjugados com monoterpenos é uma estratégia interessante para obter novos protótipos anti-Candida. Portanto, dando continuidade à busca por candidatos a fármacos antifúngicos, na presente dissertação investigou-se o potencial antifúngico de onze híbridos moleculares derivados do álcool perílico e borneol contendo as subestruturas cinâmicas ou benzóicas. Utilizou-se três metodologias nas reações de esterificação: Preparação de cloreto ácido via SOCl2, Reação de Steglich e Reação de Schotten-Baumann; os rendimentos dos produtos variaram entre 22,5% e 40,4%. Dos onze híbridos obtidos, oito são derivados sintéticos inéditos na literatura. No teste antifúngico frente as espécies C. albicans, C. krusei e C. tropicalis, determinou-se a concentração inibitória mínima (CIM) com a técnica de microdiluição em placa de 96 poços e a concentração fungicida mínima (CFM) em meio de cultura sólido. Na avaliação da capacidade antifúngica dos híbridos, foi possível observar que todos foram bioativos frente as cepas testadas, apresentando atividade fungicida. Os compostos com maior potência antifúngica foram bioativos contra a cepa de C. albicans, na qual, MF3 apresentou atividade inibitória na concentração de 186,88 μM e MF5 em 622,50 μM. Os dados sugerem que a presença de grupos lipofílicos volumosos como substituintes no anel aromático potencializa a ação antifúngica dos híbridos moleculares.
  • GABRIELA RIBEIRO DE SOUSA
  • Síntese, estudo in silico e avaliação da atividade antimicrobiana de análogos e homólogos das riparinas de Aniba riparia (Nees) Mez
  • Data: 20/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • As N-benzoiltiraminas isoladas de Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae), conhecidas como riparinas, compõem uma classe especial de alcaloides com função amida. As riparinas denominadas de I, II, III e do análogo sintético riparina IV, apresentam amplo espectro de atividade biológica, destancando-se para atividade antimicrobiana, antidepressiva e ansiolítica. Devido a rara ocorrência em plantas e pelo importante potencial farmacológico, a síntese de análogos e derivados das riparinas tem sido de grande interesse no ambiente acadêmico-científico. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo a síntese de análogos e homólogos das riparinas naturais e sintéticas, assim como a avaliação in vitro e in silico da atividade antimicrobiana para tais substâncias. A obtenção dos análogos das riparinas I, II, III e IV foi feita a partir do método clássico de Schotten-Baumann e pela aminólise de ésteres via DBU com rendimentos de 56-64%. Para a obtenção dos homólogos nor e dinor, os métodos de preparação consistiram na reação de Schotten-Baumann, aminólise de ésteres e amidação via BOP/pyBOP, obtendo rendimentos de 34-70%. Foi realizado a atividade antimicrobiana das substâncias obtidas utilizando as cepas bacterianas: S. aureus (ATCC-25923), S. epidermidis (ATCC-12228), E. coli (ATCC-18739), P. aeruginosa (ATCC-9027) e cepas de fungos C. albicans (ATCC-60193), C. tropicalis (ATCC-13803) e C. krusei (ATCC-6258), este estudo revelou que os produtos testados apresentaram atividade de forte a moderada. Paralelamente, foi realizado o estudo de docking molecular das substâncias com as enzimas 14α-lanosterol-dimetilase, exo-beta-(1,3)-glucanase, N-Myristoyltransferase, protease aspártica secretada (SAP) e proteína de ligação à Penicilina (PBP3). Deste estudo, o análogo à riparina IV, apresentou melhor energia de ligação na interação com a 14α-lanosterol-dimetilase e com a proteína de ligação à penicilina (PBP3) e a riparina IV, II, III, norRiparinaIII, riparina I apresentaram melhores energias de ligação na interação com a exo-beta-(1,3)-glucanase, o que foi possível sugerir que estas enzimas são potenciais alvos de atuação antimicrobiana para tais substâncias.
  • ANA RITA RODRIGUES DE ALMEIDA SILVA
  • Constituintes químicos isolados de Schwartzia brasiliensis (Choisy) Bedell ex Gir.-Cañas
  • Data: 19/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • Schwartzia brasiliensis Choisy pertence à família Marcgraviaceae, possui ampla ocorrência desde o nordeste até o sul do Brasil, é popularmente conhecida como “rabo-de-arara”, “chinelo-de-anjo”, “pente-de-macaco” e “agarrapé”. Suas folhas são utilizadas pela população nordestina no preparo de chás e garrafadas para o tratamento de doenças cardíacas. Estudos fitoquímicos já relatados com esta espécie demonstraram potencialidade farmacológica, porém há poucas evidências do conhecimento químico. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo contribuir para a ampliação do conhecimento químico desta espécie. O material vegetal foi coletado em maio de 2017 no município de Puxinan㠖 PB e identificado pelo botânico Dr. José Iranildo Miranda de Melo, uma exsicata encontra-se depositada no Herbário Arruda Câmara (HACAM – UEPB), sob código 1268 e com cadastro de acesso no Sistema Nacional de Gestão de Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SISGEN) sob número: A021E1B. As partes aéreas de Schwartzia brasiliensis foram secas em estufa à40 ºC, trituradas e extraídas com etanol a 95%, e concentrado em rotaevaporador obtendo-se o Extrato Etanólico Bruto (EEB), em seguida submetido à partição liquido/liquido obtendo-se as fases hexânica, diclorometano e acetato de etila. Uma alíquota da fase hexânica foi submetida a cromatografia em coluna com sílica gel, resultando em 13 frações de onde foi isolada a mistura triterpênica de α- amirina e β-amirina e também foi realizada a identificação de alguns hidrocarbonetos presentes nesta fase analisados e identificados por CG/EM. Uma alíquota da fase diclorometano foi submetida a cromatografia liquida de média pressão de onde foi isolada a 7-hidroxicumarina. Também foi utilizada uma alíquota da fase acetato de etila e submetida à cromatografia em coluna utilizando sephadex LH-20 e desta foi isolada a saponina triterpênica bidesmosídicas. As substâncias foram identificadas por espectroscopia por RMN de 1H e 13C, bidimensionais e comparação com a literatura. Além disso, foi realizada uma metodologia específica de extração para saponinas com o EEB, a qual possibilitou as propostas de identificação de 4 saponinas triterpênicas bidesmosídicas utilizando CLAE-ESI-DAD-EM/EM. Por fim, esse trabalho contribuiu para a ampliação do conhecimento fitoquímico da espécie Schwartzia brasiliensis, através do isolamento de substâncias relatadas pela primeira vez na espécie em estudo, evidenciando o primeiro relato de saponinas na família Marcgraviaceae, bem como direciona para que mais estudos sejam realizados posteriormente.
  • DANIELE DE FIGUEREDO SILVA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA, CITOTÓXICA E MUTAGÊNICA DOS MONOTERPENOS R - (+)-β-CITRONELOL e S - (-) β-CITRONELOL
  • Data: 19/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A frequência e a morbimortalidade substancial de infecções invasivas provocadas por Candida spp. em ambientes nosocomias, estimulam o interesse na pesquisa de novos fármacos antifúngicos que possam melhorar, este cenário, que em parte é o reflexo da ineficácia que os antifúngicos vem mostrando nas últimas décadas em decorrência a mecanismos de resistência impostos por essas leveduras. Os terpenos consistem em uma das classes de produtos naturais, precusora de inúmeros compostos moleculares biologicamente ativos que já conduziram ao desenvolvimento de fármacos. Dos monoterpenos, o β-citronelol vem mostrando uma série de inúmeras propriedades farmacológicas que o destaca como um possível candidato a fármaco com finalidades terapêuticas diversas. No entanto, este composto revela enantiomeria e pouco é estudado sobre o comportamento de seus isômeros em ambientes biológicos. Diante dessas premissas, buscou-se avaliar a atividade antifúngica, citotóxica e mutagênica dos monoterpenos R - (+) - β-citronelol e S - (-) - β-citronelol. Vários ensaios microbiológicos foram realizados in vitro contra linhagens de Candida albicans e Candida tropicalis para avaliar o desempenho como antifúngico. Os ensaios utilizados foram: determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fungicida Mínima (CFM), cinética de crescimento, estudo de mecanismo de ação, associação e inibição da formação de biofilme. Já para o estudo in vitro dos efeitos tóxicos, foram realizados: análise de hemólise de células do sistema ABO para verificar o comportamento citotóxico e quantificação das alterações nucleares em células de mucosa oral humana, para analisar o desempenho desses isômeros como agentes genotóxicos/mutagênicos. Nos ensaios de atividade anti-Candida spp. ambos os isômeros, apresentaram CIM50% de 64 µg/mL e CFM50% de 256 µg/mL para as linhagens de Candida albicans e para Candida tropicalis, os isômeros exibiram um CIM50% de 256 µg/mL e um CFM50% de 1024 µg/mL. A atividade antifúngica exibida foi do tipo fungicida e sem diferença estatística entre eles. A cinética de crescimento mostrou que quanto maior a concentração utilizada desses monoterpenos menor é o tempo necessário para impedir o processo de formação de colônias. Os isômeros atuaram nessas células por provocar danos a membrana fúngica. A associação com anfotericina B demonstraram efeitos diferentes entre as linhagens fúngicas analisadas. No entanto, o sinergismo e a aditividade constatados sugerem que os compostos podem ser utilizados para reduzir a resistência fúngica de células planctônicas e a formação de biofilme, já que todas as concentrações subinibitórias inibiram o desenvolvimento desse mecanismo de virulência e resistência. No que diz respeito, ao comportamento tóxico, foram constatados que ambos os isômeros tem baixa capacidade citotóxica sobre os eritrócitos do sistema ABO. Sendo que a baixa atividade hemolítica, está por nenhum tipo de mecanismo protetivo a superfície dos eritrócitos, mas sim, pelo simples fato das substâncias não se mostrarem agressivos. Além disso, os isômeros causaram poucas alterações nucleares, o que permitiu configurá-los como compostos com pouca capacidade genotóxico/mutagênica. Desta forma, em virtude da atividade antifúngica e baixo potencial tóxico que esses isômeros apresentaram, estes podem ser considerados como candidatos ao desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas antifúngicas, desde que, estudos mais detalhados sejam realizados para tornar mais sólido os perfis de bioatividade e toxicidade do R e S - β - citronelol frente as espécies de Candida.
  • INDYRA ALENCAR DUARTE FIGUEIREDO
  • Atividade tocolítica in vitro e in vivo do extrato etanólico das folhas de Varronia dardani (Taroda) J.S. Miller (Cordiaceae) em roedores
  • Data: 18/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • Tendo em vista que o extrato etanólico obtido das folhas de Varronia dardani (VD‑EtOHF) apresentou efeito espasmolítico não seletivo em modelos de músculos lisos tônicos e fásicos, sendo mais potente em útero de rata, decidiu-se caracterizar o mecanismo de ação tocolítica in vitro em ratas e in vivo em camundongos fêmeas. Para os ensaios in vitro, após a eutanásia das ratas, o útero era montado em cubas de banho para órgão isolado e as contrações isométricas eram avaliadas (n = 5). Para os ensaios in vivo, eram utilizados camundongos fêmeas (n = 6). Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (certidão 3864230519). Observou-se que o VD‑EtOHF relaxou de maneira equipotente o útero de rata pré-contraído tanto com KCl (CE50 = 27,7 ± 3,1 μg/mL), quanto com ocitocina (CE50 = 33,1 ± 0,7 μg/mL), sugerindo que o extrato pode exercer seu efeito tocolítico através de um passo comum entre as duas vias, como os canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV). Para confirmar essa hipótese, foram realizadas curvas cumulativas ao CaCl2 na ausência (CE50 = 4,7 ± 0,2 x 10‑4 M) e na presença do VD‑EtOHF e observou-se um desvio da curva controle para direita com redução da potência espasmogênica apenas na concentração de 729 μg/mL (CE50 = 7,9 ± 1,8 x 10‑3 M), indicando que o bloqueio do influxo de Ca2+ através dos CaV não seja o principal mecanismo tocolítico do extrato. Também foi observado que os canais de potássio, os receptores adrenérgicos-β, a via das ciclo-oxigenases e do óxido nítrico não estão envolvidas no mecanismo de ação tocolítica do VD-EtOHF. A inibição de vias contráteis também pode ocasionar relaxamento do miométrio. Com isso, avaliou-se a participação da via RhoA/Rho cinase (ROCK) no efeito tocolítico do VD‑EtOHF. Observou-se que na presença de Y‑27632, um bloqueador não seletivo de ROCK, a curva controle de relaxamento do extrato foi deslocada para a esquerda, com aumento da potência relaxante em torno de 2 vezes (CE50 = 14,5 ± 2,7 μg/mL), sugerindo que o VD-EtOHF modula negativamente a via RhoA/ROCK no seu mecanismo tocolítico. A calmodulina desempenha um papel fundamental na sinalização do Ca2+ e contração da musculatura lisa. Dessa forma, avaliou-se a participação desta proteína no mecanismo tocolítico do VD‑EtOHF, e foi observado um aumento da potência relaxante do extrato em torno de 17 vezes na presença do calmidazolium, um bloqueador da calmodulina (CE50 = 2,0 ± 0,3 μg/mL), sugerindo que o VD‑EtOHF exerce seu mecanismo tocolítico por modular negativamente a calmodulina. No ensaio de toxicidade aguda, o VD-EtOHF (2000 mg/kg, v.o.) não induziu sinais de toxicidade nas condições experimentais avaliadas. No protocolo que simula a dismenorreia primária, foi observado que o extrato inibiu as contorções abdominais induzidas por ocitocina apresentando efeito máximo na dose de 1000 mg/kg (Emax = 80,2 ± 10,1% e DE50 = 105,5 ± 14,8 mg/kg), sugerindo que o mesmo apresenta atividade tocolítica in vivo em camundongos fêmeas. Uma vez que a dismenorreia está relacionada com o aumento da produção de PGF2α, observou-se que o VD-EtOHF relaxou o útero de rata pré-contraído com PGF2α (CE50 = 15,4 ± 3,5 μg/mL), sugerindo que o extrato pode modular negativamente a via de sinalização deste agonista contrátil. Pode-se concluir que o VD‑EtOHF modula negativamente a via RhoA/ROCK e a calmodulina em útero de ratas, além de apresentar efeito anti-dismenorreico em camundongos fêmeas.
  • MARIA DENISE LEITE FERREIRA
  • Estudo fitoquímico aliado a uma análise quimiométrica e ensaios de atividade larvicida frente ao Aedes aegypti L. da espécie Waltheria viscosissima A. St.-Hil
  • Data: 18/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • Waltheria viscosissima A. St. Hil (Sterculiaceae), Malvaceae sensu lato, conhecida popularmente como "malva branca" e "malva viscosa" é uma espécie endêmica do Nordeste brasileiro, utilizada tradicionalmente como antitussígena, expectorante e anti-inflamatória. Considerando a importância de pesquisas sobre espécies da família Malvaceae s.l. explora-se neste estudo o potencial fitoquímico, aliado a uma analise quimiométrica com modelos de análise multivariada de dados (PCA e PLS) e a atividade larvicida frente ao Ae. Aegypti da espécie W. viscosissima. O isolamento dos compostos foi realizado utilizando técnicas cromatográficas e a elucidação estrutural por RMN 1D e 2D. O estudo levou a identificação de quatorze compostos do extrato etanólico bruto das partes aéreas, um álcool (decanol), uma mistura de esteróides, um derivado de clorofila, três triterpenos e sete flavonoides relatados anteriormente na literatura. A quantificação dos compostos por métodos espectrofotométricos mostrou que o extrato das partes aéreas possui alta concentração de flavonoides, enquanto o extrato das raízes era rico em outros compostos fenólicos. No ensaio antioxidante frente ao radical DPPH o extrato das partes aéreas apresentou EC50 = 118,10 ± 1,21 g/ml e o extrato da raiz EC50 = 77,32 ± 4,37 g/ml, mostrando-se com interessante potencial antioxidante. O extrato das raízes e partes aéreas de W. viscosissima apresentaram atividade larvicida, sendo o da raiz mais potente frente ao Ae. aegypti (CL50 = 4,78 mg/ml), caracterizando-se como uma alternativa favorável a ser utilizada em um sistema de controle integrado desse vetor. Na busca por explorar os possíveis mecanismos envolvidos, na atividade larvicida dos extratos, se verificou a possível alteração na produção de NO e perfil de mortalidade. Observou-se nas larvas expostas ao extrato das partes aéreas diminuição da produção de NO, em relação ao controle. Para o extrato da raiz sugere-se que outros mecanismos de ação estejam envolvidos na atividade larvicida desencadeada. Determinou-se que o tempo afeta positivamente a sobrevivência das larvas, sendo que o extrato da raiz apresentou melhor perfil de mortalidade que o extrato das partes aéreas. Além disso, as fases hexânicas, acetato de etila e hidroalcoólica de ambos os extratos e algumas substâncias isoladas também foram avaliadas frente a larvas no quarto estágio de Ae. aegypti, dessas as fases hexano e acetato de etila da raiz e partes aéreas exibiram as melhores atividades com CL50 de 1,02 , 0,83, 2,10 e 1,30 mg/ml, respectivamente. Os compostos, ácido betulônico e vitexina mostraram atividade “in vitro” após 48 e 72 horas de exposição. Complementarmente, um perfil metabólico realizado por espectroscopia de 1H-RMN e análise multivariada de dados foi aplicado com as fases de alta, média e baixa polaridade dos extratos. A análise de componentes principais (PCA) com os espectros foi capaz de distinguir as diferenças e semelhanças metabolômicas entre cada parte da planta. A regressão de mínimos quadrados parciais (PLS) confirmou uma forte correlação entre os efeitos observados e os perfis metabólicos da espécie. Os dados mostram que principalmente as substâncias como o decanol, triterpenos e flavonas glicosiladas são os compostos dominantes potencialmente associados com a bioatividade contra Ae. Aegypti. Os resultados demonstraram o potencial da RMN de 1H no desenvolvimento de metodologias para previsão de atividades biológicas.
  • GLEICE RAYANNE DA SILVA LINHARES
  • Atividade espasmolítica do extrato metanólico bruto obtido das partes aéreas de Evolvulus linarioides Meisn. (Convolvulaceae) e seu possível mecanismo de ação em íleo isolado de cobaia
  • Data: 17/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • Varias espécies de Convolvulaceae são utilizadas popularmente para o tratamento de desordens do músculo liso e outras já apresentaram efeito espasmolítico. Entre as espécies dessa família, destaca-se Evolvulus linarioides Meisn., uma espécie comumente encontrada nos estados de Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba. Dessa forma, esse estudo teve como objetivo investigar a atividade espasmolítica do extrato metanólico bruto obtido das partes aéreas (EL‑MeOHPA) em aorta e traqueia de rato, útero de rata e íleo de cobaia, além de caracterizar seu mecanismo de ação no órgão que apresentou maior potência relaxante. Todos os procedimentos experimentais funcionais (n = 5) realizados foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (certidão 3059100918). O EL‑MeOHPA apresentou atividade espasmolítica não seletiva em relação aos órgãos testados, sendo mais potente em traqueia de rato (CE50 = 139,4 ± 17,4 µg/mL) e íleo de cobaia (CI50 = 124,8 ± 18,1 µg/mL). Seguindo com o estudo do mecanismo de ação em íleo de cobaia, observou-se que o EL‑MeOHPA relaxou de maneira equipotente o íleo pré-contraído com 40 mM de KCl (CE50 = 53,5 ± 5,7 µg/mL) e com 10-6 M de CCh (CE50 = 49,6 ± 7,2 µg/mL) ou de histamina (CE50 = 36,0 ± 5,2 µg/mL), sugerindo que o extrato deve inibir o influxo de Ca2+ através dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV). Essa hipótese foi confirmada, uma vez que o extrato inibiu as contrações cumulativas induzidas por CaCl2 em meio despolarizante (KCl 70 mM) nominalmente sem Ca2+. Além disso, o EL-MeOHPA relaxou de maneira equipotente o íleo pré‑contraído com S‑(‑)‑Bay K8644, um agonista dos CaV1 (CE50 = 83,2 ± 6,4 µg/mL), em comparação ao efeito observado com KCl, demonstrando que o extrato inibe de forma direta o influxo de Ca2+ através dos CaV1. Também foram investigadas outras vias de relaxamento, entretanto foi constatado a não participação dos canais de K+ e das vias adrenérgica, do óxido nítrico e das ciclo-oxigenases no efeito espasmolítico desse extrato em íleo de cobaia. Tendo em vista que os mecanismos de mobilização de Ca2+ nas células musculares das camadas circular e longitudinal se diferenciam, investigou-se também um possível bloqueio da mobilização de Ca2+ dos estoques intracelulares. Para isso, foi utilizada a camada circular do íleo de cobaia, e observou-se que o extrato antagonizou as contrações fásicas induzidas por 10-5 M de histamina (CE50 = 53,5 ± 5,7 µg/mL), modulando assim negativamente a liberação de Ca2+ dos estoques intracelulares. Diante do exposto, conclui-se que o EL-MeOHPA possui atividade não seletiva nos órgãos testados e que seu mecanismo de ação em íleo isolado de cobaia envolve bloqueio do influxo de Ca2+ via CaV1, além de uma modulação negativa dos mecanismos de liberação de Ca2+ dos estoques intracelulares, resultando na redução da [Ca2+]c, promovendo assim o relaxamento muscular.
  • LAERCIA KARLA DIEGA PAIVA FERREIRA
  • Estudo dos mecanismos imunomoduladores do alcaloide sintético MHTP na Síndrome da Asma e Rinite Alérgica Combinadas (CARAS) experimental induzida por Ovalbumina
  • Data: 17/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • O alcaloide sintético 2-metoxi-4-(7-metoxi-1,2,3,4-tetrahidroisoquinolin-1-il) fenol, (MHTP), apresenou rendimento de 93,45%, baixa toxicidade aguda não clínica com DL50 superior a 1.0 g/kg e sem efeito genotóxico. O MHTP apresentou efeito anti-inflamatorio em modelos de inflamação aguda devido a modulação da via TLR4- p38MAPquinase/p65NF-κB e, em modelo de inflamação pulmonar alérgica diminuiu os níveis de células TCD4+. O objetivo deste trabalho foi investigar os mecanismos imunomoduladores do tratamento com o MHTP, pelas vias intranasal (in) ou oral (vo), no modelo experimental de síndrome de asma e rinite alérgicas combinadas (CARAS) induzida por ovalbumina (OVA). Para tal, camundongos BALB/c fêmeas foram sensibilizadas com OVA nos dias zero e sete e durante três dias consecutivos, em três semanas consecutivas, foram desafiadas com OVA por instilação nasal. A partir do 38° dia, por cinco dias consecutivos, os animais foram desafiados com aerossol de OVA durante 30 minutos diários. O tratamento ocorreu uma hora antes de cada desafio. No 43° dia do protocolo, foi realizada a coleta do material biológico para análise dos parâmetros imunológicos. Os sinais clínicos foram quantificados após o último desafio semanal e após o último desafio por aerossol. A reatividade nasal induzida pela histamina foi realizada no 37º dia. O tratamento de animais saudáveis com MHTP (vias in ou vo) não alterou os parâmetros fisiológicos dos animais. Os animais com CARAS tratados com o alcaloide (in ou vo) apresentaram redução (p<0,05) dos sinais clínicos (espirros e fricção nasal); na hiper-reatividade nasal à histamina; na migração de células totais e majoritariamente de eosinófilos nos fluidos nasal (NALF) e broncoalveolar (BALF); na inflamação tecidual, na hiperprodução de muco nas cavidades nasal e pulmonar; na hiper-reatividade brônquica e no remodelamento tecidual pulmonar; nos níveis séricos de IgE total e OVA-específica; nos níveis de citocinas, no BALF: IL-33, TSLP, IL-4, IL-13, IL-5, TGF-β e IL-17. O MHTP aumentou os níveis de INF-γ e consequentemente da razão IFN-γ/IL-4. A ativação das MAPK p-ERK1/2 e p-p38 em granulócitos e linfócitos foram reduzidas pelo tratamento com o MHTP assim como a p65-NF-κB em linfócitos. Ao se comparar as duas vias de administração, a via oral foi mais eficaz em reduzir (p<0,05) os níveis de eosinófilos, inflamação tecidual, muco, hiper-reatividade brônquica e remodelamento tecidual da cavidade pulmonar; IgE total e específica e, no BALF, reduzir os níveis de IL-4 com aumento nos níveis de IL-10 e nos granulócitos reduziu as MAPK p-ERK1/2 e p-p38. Os resultados obtidos no presente estudo propõem que os mecanismos imunomoduladores do MHTP independente da via administração (in ou vo), estejam relacionados a modulação negativa das MAPK (ERK1/2 e p38) em granulócitos e linfócitos e do NF-κB em linfócitos consequentemente o quadro patológico estabelecido na CARAS foi suprimido pelo MHTP. Em adição, a regulação do perfil TH2 pelo perfil TH1 foi observada em ambas as vias de administração do MHTP e a pela via oral o alcaloide também promoveu uma regulação via aumento da IL-10 no BALF. Diante do exposto sugerimos que o MHTP é um candidato em potencial para se tornar um fármaco no sentido de ser inserido no arsenal terapêutico no tratamento da CARAS uma vez realizado os ensaios clínicos apropriados.
  • LUIZ HENRIQUE AGRA CAVALCANTE SILVA
  • Interações imunoendócrinas: efeito do hormônio ouabaína sobre os neutrófilos
  • Data: 14/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A ouabaína é um esteróide carditônico inicialmente descrito como um metabólito secundário proveniente de plantas. No entanto, posteriormente, essa molécula foi descrita como uma substância endógena presente no plasma de mamíferos. Além de seu papel clássico como inibidora da Na+/K+-ATPase, que está associado aos seus efeitos cardiovasculares, a ouabaína é capaz de ativar diferentes vias de sinalização mediadas por essa bomba. Inúmeras evidências indicam que a ouabaína regula diversas funções imunológicas. Nosso grupo demonstrou que esse hormônio pode modular negativamente muitos aspectos da resposta inflamatória, como a permeabilidade vascular, a produção de citocinas e a migração de neutrófilos em diferentes modelos. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos da ouabaína em neutrófilos, bem como as possíveis vias de sinalização ativadas pela interação desse hormonio com a Na+/K+-ATPase presente nessas células. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da ouabaína sobre os neutrófilos em nível funcional e molecular, a fim de compreender o papel desse hormônio nos processos inflamatórios. Para tanto, esse estudo foi realizado com neutrófilos isolados da medula óssea de camundongos e de sangue periférico humano. Inicialmente, foi realizado um ensaio de citotoxicidade, no qual foi observado que a ouabaína (1, 10 e 100 nM) não altera a viabilidade dos neutrófilos de camundongos nos tempos avaliados (2, 4 e 24 h). No entanto, a viabilidade basal dos neutrófilos nos tempos de 4 h (78,7%) e 24 h (35,2%) foram menores que no tempo de 2 h (88,1%). Dessa forma, os ensaios posteriores foram realizados usando o menor tempo de tratamento. Posteriormente, foi analisado se a ouabaína modularia a função migratória dos neutrófilos de camundongos in vitro (ensaio de transwell). Como já previamente demonstrado em estudos in vivo, a ouabaína também reduz a migração neutrofílica in vitro (inibição: 1 nM = 80,12%; 10 nM = 76,24%; 100 nM = 56,36%). Ao avaliar se a ouabaína estaria modulando as moléculas relacionadas com a migração celular, foi visto que esse hormônio, na concentração 1 nM, reduz a expressão (30%) da molécula de adesão CD18 (β2-integrina) em neutrófilos de camundongos, no entanto, sem interferir na expressão do receptor de quimiocinas CXCR2. A ouabaína também não modulou os níveis de CXCL-1 em cultura de macrófagos, que são células teciduais produtoras de quimiocinas. Considerando que a interação da ouabaína com a Na+/K+-ATPase pode modular diferentes vias de sinalização, foi, então, avaliado se em neutrófilos essas vias seriam reguladas. Observou-se que o tratamento com a ouabaína induz um aumento de 55,18% (1 nM), 98,56% (10 nM) e 59,75% (100 nM) na fosforilação da proteína cinase Src. No entanto, esse tratamento não modulou os níveis de fosforilação das proteínas MAPK ERK e p38 e do fator de transcrição NF‑κB. Foi ainda estudado se a ouabaína poderia modular outra função neutrofílica, a liberação de armadilhas de neutrófilos (NETs). O tratamento com a ouabaína (1, 10 e 100 nM) não modulou os níveis de NETs induzidas pelo PMA em neutrófilos humanos. Entretanto, apenas o tratamento com a ouabaína (100 nM) induziu a produção de NETs. Conclui-se que os efeitos moduladores da ouabaína sobre os neutrófilos estão relacionados ao seu potencial anti-inflamatório observado anteriormente em diversos modelos. Esses dados contribuem para o conhecimento do papel fisiológico da ouabaína e sugerem um novo modo de ação para esse hormônio.
  • NATANAEL TELES RAMOS DE LIMA
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico de Cissampelos sympodialis Eichl. (Menispermaceae)
  • Data: 14/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • Cissampelos sympodialis Eichl. é a única espécie de Cissampelos L. encontrada apenas no território brasileiro, popularmente conhecida como “milona”,“jarrinha”, “abuteira” e “orelha-de-onça”, é rica em alcaloides e tem uso tradicional no tratamento de asma, bronquite, reumatismo e artrite. Dessa forma, objetivo deste trabalho foi contribuir com o conhecimento químico e farmacológico da espécie. As partes aéreas foram coletadas no horto do Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos – IpeFarM da UFPB e uma exsicata encontra-se depositada no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier sob registro AGRA 1476 e no Sistema Nacional de Gestão de Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional Associado (SisGen) sob código A9B2EFC. Após a coleta, secagem e trituração foi feita a extração com etanol 95% e em seguida o solvente foi concentrado em rotevaporador, sendo obtido o Extrato Etanólico Bruto (EEB). O EEB foi particionado usando solventes de polaridade crescente: hexano, clorofórmio e acetato de etila. A fase aquosa passou por uma cromatografia em coluna aberta usando Sephadex-LH 20, resultando na fração CSFT-1 que foi processada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) preparativa. Foi realizada uma marcha para alcaloides a fim de obter a Fração de Alcaloides Totais (FAT). Os compostos isolados foram identificados através de técnicas espectrométricas (Espectrometria de massas – EM) e espectroscópicas (Ressonância Magnética Nuclear - RMN) e comparadas com a literatura. Outros compostos presentes na fração CSFT-1 foram identificados por EM por comparação com a literatura. Foi realizado um estudo de docking molecular de alcaloides já isolados da milona: laurifolina, milonina, warifteina, metilwarifteina, roraimina, des-7’-O-metilroraimina e epi-des-7’-O-metilroraimina e suas interações com a Topoisomerase IIα e com o DNA. Realizou-se um ensaio de MTT com amostras de C. sympodialis em células câncer de mama, melanoma humano, carcinoma de cólon, adenocarcinoma cervical e em células normais de queratinócitos humanos. Foi possível isolar 4 substâncias por CLAE preparativo: o nucleosídeo adenosina e três flavonoides, a vicenina-2, a quercetina-3-O-β-glicopiranosil-(1→6)- β-galactopiranosídeo e o canferol-3-O-β-glicopiranosil-(1→6)-β-galactopiranosídeo. Foram identificadas 10 substâncias por EM: ácido cafeico-hexosídeo, salsolinol, guanosina, ácido siríngico-O-hexosideo, magnoflorina, álcool benzílico-hexose-pentose, aromadendrina-hexosideo, apigenina-6-C-glicosídeo, isoquercetina e astragalina. O docking apontou que a roraimina possui capacidade antitumoral por interação com a Toposiomerase IIα e com o DNA e a des-7’-O-metilroraimina como ligante do DNA. O ensaio de MTT indicou que o EEB possui atividade inibitória de células de câncer de cólon e de mama e a FAT foi capaz de inibir fortemente o crescimento de todas linhagens testadas, embora tenha apresentação ação contra células normais. O teste também demonstrou que os flavonoides glicosilados não possuem atividade significante contra as linhagens testadas. Conclui-se que a milona tem potencial atividade antitumoral e que eventualmente pode ser usada como complemento no tratamento do câncer, além de teoricamente possuir compostos químicos que podem se tornarem fármacos atuantes contra neoplasias.
  • THALISSON AMORIM DE SOUZA
  • Estudo fitoquímico de Neocalyptrocalyx longifolium Mart. Cornejo e Iltis Capparaceae
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A caatinga é um ecossistema encontrado exclusivamente no nordeste brasileiro, ocupa uma grande extensão geográfica, cerca de 60% da área total da região. Historicamente esse bioma é associado à seca, no século XIX von Martius o definiu como “uma floresta sem folhas no verão“. Contudo, nos dias atuais essa perspectiva tem mudado e sua biodiversidade se torna cada vez mais reconhecida, estima-se que a caatinga possui 1159 espécies endêmicas, dentre as quais várias possuem utilização medicinal descrita a partir dos saberes populares e tradicionais dos grupos que habitam a região. Entre as famílias de plantas adaptadas as condições típicas desse domínio fitogeográfico Capparaceae surge como uma das principais, devido ao seu número espécies amplamente distribuídas e seu uso na medicina popular. Comumente conhecido como "incó" Neocalytrocalix longifolium Mart. Cornejo & Iltis (sin. Capparis jacobinae, Cholicodendron longifolium) é endêmico do nordeste brasileiro e indicado para o tratamento de várias doenças como; problemas digestivos, dor abdominal, intoxicação, febre, diabetes, inflamação, problemas pulmonares, cardíacos e emenagogo. Apesar da vasta indicação, não há relatos na literatura sobre sua composição química. Assim, o objetivo deste trabalho é isolar e identificar as substâncias presentes em N. longifolium. O material vegetal, composto por partes subterrâneas, foi coletado no Estado da Paraíba, identificado pelo Prof. Dr. José Iranildo Miranda e armazenado como voucher no Herbário Manuel de Arruda Câmara da Universidade Estadual da Paraíba, registrado no Sisgen sob o número A885D6F. A raiz foi seca, pulverizada e extraída em etanol. A solução utilizada foi concentrada em evaporador sob pressão reduzida a 40 ° C. Em seguida, o extrato foi particionado, adicionando solventes aumentando a ordem de polaridade. As soluções foram concentradas, e a fase diclorometano fracionada por meio de coluna cromatográfica, em gel de sílica com hexano e acetato de etila em gradiente. Depois disso, as frações foram purificadas por HPLC tendo como fase móvel MeOH / H2Oac. As amostras foram analisadas por ressonância magnética nuclear de 1H e 13C e sua fórmula molecular confirmada por espectrometria de massas de alta resolução. Os resultados permitiram identificar 5-etil-5-metil, 5-dimetil oxazolidin-2-ona bem como 5-etil-5-metil, 5-dimetil oxazolidina-2-tiona e ácido siríngico isoladas pela primeira vez neste gênero. O estudo contribui para ampliar o conhecimento sobre espécies de Capparaceae neotropicais endêmicas do semiárido brasileiro.
  • THALLITA KARLA SILVA DO NASCIMENTO GONZAGA
  • Estudo não clínico do efeito ansiolítico-símile e antidepressivo-símile do álcool piperonílico em camundongo
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • As alterações neurocomportamentais tem atingido considerável parcela da população mundial, dentre estes transtornos está a ansiedade que causa limitações tanto psicológicas, como também físicas. E muitas plantas medicinas tem sido alvo de estudos na psicofarmacologia, com intuito de contribuir para a produção de novos fármacos psicoativos com menor apresentação de efeitos adversos. O piperonal, sendo um composto derivado do safrol, produto obtido da Piper hispidinervum, possui comprovada ação antibacteriana, na prevenção da esteatose hepática, na prevenção da resistência a insulina e possível atividade ansiolítica. O álcool piperonílico é um metabólito do piperonal, obtido de espécies do gênero Piper spp. ou da biotransformação da piperina e piperonal em ratos. Portanto, o estudo objetivou investigar a influência álcool piperonílico no sistema nervoso central e seus efeitos ansiolíticos – símile e antidepressivos – símile através da análise de alterações neurocomportamentais em camundongos e melhor caracterização do seu mecanismo de ação. Em estudos iniciais o álcool piperonílico apresentou efeito estimulante no teste de triagem farmacológica, também a dose letal 50 foi definida acima de 2.000 mg/kg, caracterizando uma substância com baixa toxicidade. A investigação da atividade ansiolítica foi realizada no teste do labirinto em cruz elevado e teste da placa perfurada, em que o composto diminuiu o comportamento ansiogênico causado pelo aparato nos camundongos nas doses escolhidas, sendo a dose de 50mg/kg a melhor. Os métodos para investigação de efeito tipo antidepressivo foram o teste de nado forçado, no qual a diminuição do tempo de imobilidade foi melhor obtida nas doses de 25 e 50 mg/kg e o teste de suspensão da cauda em que apenas a dose de 50mg/kg apresentou redução significativo sobre o tempo de imobilidade. E para validar os resultados obtidos e comprovar que o efeito tipo antidepressivo do álcool piperonílico não foi devido a um efeito estimulante no sistema nervoso central, foram realizados os teste de campo aberto em que o animal não apresentou alteração motora em relação ao grupo controle na avaliação da ambulação espontânea e também, o teste de rota-rod com o qual não se observou alterações motoras induzidas pelo composto. O último teste realizado foi para investigar a atuação do álcool piperonílico na via serotoninérgica através do teste de nado forçado, então utilizando a cetanserina 1mg/kg, antagonista do receptor 5-HT2, verificou-se uma reversão da redução do tempo de imobilidade obtida com o álcool piperonílico, obtendo-se um tempo de imobilidade do grupo tratado com cetanserina 1mg/kg /álcool piperonílico 50mg/kg similar ao observado no grupo controle, caracterizando um possível envolvimento do sistema serotoninérgico na atividade ansiolítica - símile e antidepressiva – símile do álcool piperonílico. É possível concluir, diante dos resultados obtidos que o álcool piperonílico apresentou atividade significativa tipo antidepressiva e na redução do comportamento ansiogênico dos animais.
  • LARISSA ADILIS MARIA PAIVA FERREIRA
  • Efeito do alcaloide Curina nas vias de transdução de sinais TLR4/NfκB em granulócitos do pulmão no modelo experimental de Lesão Pulmonar Aguda
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A lesão pulmonar aguda (LPA) e, a sua forma mais grave, a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) são doenças inflamatórias que acometem os pulmões, com ruptura da barreira alvéolo-capilar e perda da complacência pulmonar orquestradas por intenso processo inflamatório mediado, majoritariamente por neutrófilos que culmina com o dado alveolar difuso e hipóxia tecidual. Até o momento, não se tem uma farmacoterapia adequada, portanto, a busca por alternativas farmacológicas que melhorem o quadro inflamatório, os danos teciduais e restaure a arquitetura pulmonar torna- se promissora. Neste contexto, a Curina, um alcaloide natural bisbenzilisoquinolínico, com propriedades antialérgica, analgésica e anti- inflamatória é o alvo desse estudo, o qual objetivou desvendar o(s) mecanismo(s) de ação do alcaloide no modelo experimental de lesão pulmonar aguda (LPA). Para tal, camundongos BALB/c machos foram desfiados com lipopolissacarídeo (LPS) e tratados com Curina uma, 24 e 48 horas após o desafio e, 72 horas após a administração do LPS, os animais foram eutanasiados e coletado o material biológico para as análises. O tratamento com a curina inibiu (p<0,05) a migração celular para o fluido do lavado broncoalveolar (BALF) dependente majoritariamente da inibição de neutrófilos. Em adição, a curina restaurou a arquitetura pulmonar, diminuindo o edema, a permeabilidade vascular e reduzindo a concentração de proteínas totais no BALF bem como a razão Úmido/Seco do pulmão. A curina também diminuiu (p<0,05) a produção das citocinas inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-6. De maneira surpreendente, a curina demonstrou sua atividade anti-inflamatória via modulação negativa na expressão do receptor TLR-4, com consequente diminuição da fosforilação e ativação da porção p65 do NFκB, interferindo, portanto, no processo inflamatório característico da LPA. De forma conclusiva, o tratamento com a curina reverteu o quadro inflamatório e edematogênico na LPA, via a sinalização TLR4/NFκB, tornando-a uma molécula promissora, candidata a possível fármaco, a ser testado em ensaios clínicos no sentido de ser incluída no arsenal diminuto e restrito de medicamentos para a síndrome do desconforto respiratório agudo.
  • RANNA BEATRIS DE LIMA SOUZA
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Macroptilium martii (Fabaceae): ISOLAMENTO GUIADO POR ESPECTROMETRIA DE MASSAS, CARACTERIZAÇÃO E CITOTOXICIDADE
  • Data: 13/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A utilização das plantas pelos seres humanos vem desde os primórdios fazendo parte da organização das comunidades, como alimento, fonte de tratamento alternativo e para a promoção da saúde. Esta prática ainda é comum em vários povos, sendo mais evidente nos países em desenvolvimento, mas na atualidade tem ganhado importância, pois a sociedade moderna vem explorando os recursos naturais e sua imensa diversidade de substâncias. Dentre as famílias encontradas na Caatinga, as plantas da família Fabaceae são as predominantes e entre elas está a espécie Macroptilium martii (Benth.), conhecida como orelha de onça que tem ocorrência por toda a região Nordeste. Devido aos raros estudos com este gênero e ausência de estudos químicos e farmacológicos da espécie, este trabalho tem como objetivo realizar uma abordagem fitoquímica e monitorar o potencial citotóxico desde o extrato etanólico bruto até as substâncias isoladas de M. martii. As partes aéreas da espécie foram coletadas entre os municípios de Monteiro e Sumé na Paraíba, após secagem e pulverização foi realizada uma extração do material vegetal com etanol e posterior partição líquido-líquido do extrato etanólico bruto, resultando nas fases hexânica, clorofórmica, acetato de etíla e n-butanólica. A fase acetato de etila foi analisada por CLAE-EM/EM, apresentando 12 picos principais, que foram identificados como sendo flavonoides glicosilados e saponinas. Esta mesma fase foi submetida a cromatografia em coluna com Sephadex-LH20, e uma das suas frações (04) foi analisada por CLAE em escala analítica e fracionada em escala preparativa, levando ao isolamento de quatro substâncias: canferol-3-O-galactose-6’’-O-rhamnose, isorhamnetin-3-O-galactose-6’’-O-rhamnose, um protoalcaloide denominado 2-[(carboxi-acetil)amino] ácido benzoico e um novo flavonoide glicosilado ainda não descrito anteriormente na literatura Isorhamnetin-3-O-galactose-6’’-O-ramnose-4-O-galactose-ácido-2-metilbutírico. As substâncias foram identificadas por espectroscopia por RMN de 1H e 13C, bidimensionais e HR-ESI-EM. A citotoxicidade foi avaliada desde o extrato etanólico até as substâncias isoladas de M. martii por meio do ensaio de redução do MTT, utilizando as linhagens de células tumorais humanas HCT-116 (carcinoma colorretal humano), HeLa (carcinoma cervical), SKMEL (melanoma), PC-3 (carcinoma de próstata) e MDA-MB-231 (adenocarcinoma mamário humano), além do L929 (fibroblasto murino) mantidas em meio de cultura RPMI-1640. Essa triagem mostrou um resultado em que EEB – M. martii, Fase AcOET, AcOET-04, MM-04 e MM-02 não apresentaram atividade (1 a 20% de inibição), para as linhagens HCT-116, SKMEL , PC-3 e MDA-MB-231 e apenas MM-04 e MM-02 apresentaram pouquíssima atividade (inibição de crescimento celular variando de 20 a 50%) para a linhagem HeLa. Deste modo foi observado que essa triagem teve resultado pouco promissor e apenas para uma linhagem celular. Os resultados deste trabalho, colaboraram com o conhecimento químico e farmacológico do gênero Macroptilium e da espécie Macroptilium martii, bem como direciona para que mais estudos sejam realizados posteriormente.
  • ERIKA DA CRUZ GUEDES
  • Ação do trans-anetol em modelos agudo e crônico de convulsão em camundongos
  • Data: 11/02/2020
  • Hora: 09:30
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  • A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico comum que afeta 1-2% da população mundial, e um terço dos pacientes são refratário ao tratamento farmacológico. Esse fato vem estimulando pesquisas para novos medicamentos antiepiléticos com maior segurança e eficácia do que os atualmente disponíveis. Nesse sentido, os produtos naturais têm sido uma fonte importante no desenvolvimento de novos medicamentos anticonvulsivantes. O trans-anetol (TAN) é um fenilpropanoide, componente de alguns óleos essenciais, utilizado na fitoterapia, na indústria farmacêutica e na indústria alimentícia, como aromatizante em alimentos, bebida, perfumes e medicamentos, por exemplo. Inúmeros óleos essenciais já demonstraram atividade no sistema nervoso central, inclusive a anticonvulsivante. Diante disso, este trabalho objetivou investigar o efeito do TAN em modelos clássicos de convulsão agudo como eletrochoque máximo (ECM) e teste das convulsões induzido pelo pentilenotetrazol (PTZ) e em modelo crônico como o kindling, bem como avaliar o perfil eletroencefalográfico dessa substância. Camundongos Swiss (Mus musculus) machos, foram utilizados e os protocolos experimentais aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal da Paraíba, sob número de certidão 3890250918. No teste do ECM, o TAN nas doses de 300 e 400 mg/kg (i.p.) foi capaz de reduzir a duração das convulsões tônicas induzidas pela descarga elétrica (0,5 mA, 150 pulsos/s, por 0,5 s). No teste das convulsões induzidas pelo PTZ (75 mg/kg, i.p.), o TAN 400mg/kg (i.p.) foi capaz de aumentar a latência para o primeiro espasmo, a latência para o início das convulsões generalizadas, bem como diminuiu a duração das mesmas. Em relação a mortalidade nesse teste, nenhuma morte foi constatada nos grupos pré-tratados com TAN 400 mg/kg quando comparados ao grupo veículo. Na análise eletroencefalográfica, houve uma diminuição na amplitude das ondas dos grupos TAN 200, 300 e 400 mg/kg, em que se pode notar uma redução da frequência da taxa de disparos dos potenciais de ação induzidos pelo PTZ. No modelo crônico de epilepsia, kindling ou abrasamento, o TAN 100 mg/kg reduziu os escores segundo a escala de Racine adaptada, frente aos estímulos subconvusivantes de PTZ (30 mg/kg, i.p.) durante 31 dias alternados, mantendo os escores abaixo de 1 durante o todo experimento, semelhante ao grupo padrão tratado com o fármaco diazepam. Sendo assim, os dados comportamentais e eletroencefalográficos obtidos indicam um efeito anticonvulsivante e antiepileptogênico do TAN nos modelos agudos e crônico desenvolvidos.
  • RODRIGO SILVA DE ANDRADE
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico de Krameria tomentosa A.St.-Hil (Krameriaceae)
  • Data: 10/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • A família Krameriaceae é composta por um único gênero, Krameria Loef., o qual possui 18 espécies distribuídas principalmente em regiões tropicais da América do Norte, Central e do Sul. Dentre essas, a espécie Krameria tomentosa A. St.-Hil, é conhecida popularmente como “carrapicho”, sendo amplamente distribuída no Nordeste brasileiro e utilizada na medicina popular para o tratamento da diarreia e úlceras, além da prevenção de hemorragias gengivais e vaginais. Estudos anteriores com esta espécie evidenciaram a presença de novos neo-lignoides de interesse farmacológico. Além disso, K. tomentosa já foi avaliada quanto a sua toxicidade, e a nor-neolignana isolada desta espécie, a 2-(2'-hidroxi-4',6'-dimetoxifenil)-5-(E)-propenilbenzofurano apresentou efeito vasorrelaxante em aorta de rato, destacando a espécie como promissora para a continuidade dos estudos. Portanto, optou-se neste trabalho, continuar o estudo de K. tomentosa, de modo a ampliar o seu conhecimento fitoquímico e possibilitar a realização de estudos farmacológicos das substâncias obtidas. Para isso, as raízes de K. tomentosa foram coletadas no município de Santa Rita-PB, e foram submetidas à processos de secagem, pulverização, extração, partição e cromatografia para isolamento dos seus constituintes químicos. As substâncias isoladas foram identificadas através de métodos espectroscópicos de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, infravermelho, espectrometria de massa e por comparações com a literatura. O presente estudo resultou no isolamento e identificação de oito substâncias e duas misturas. Sendo, uma mistura dos epímeros do multifidol glicosídeo e uma mistura do (-)-siringaresinol e p-hidroxi-benzaldeído, relatados pela primeira vez na família Krameriaceae, além da substâncias (2S,3S,4R,16E)-2-[(2’R)-2’-hidroxinonadecanoilamino]-heneicosadec-16-en-1,3,4-triol e 2,4-bis(2-fenilpropan-2-il) fenol, isoladas pela primeira vez na família Krameriaceae; e a neo-lignana (2R,3R)-2,3-diidro-2-(4-hidroxi-3-metoxifenil)-3-metil-(E)-propenilbenzofurano e o polímero cíclico kramecina, relatados pela primeira vez nesta espécie. Além destas, foram re-isoladas as substâncias ottomentosa, sobralina, 2-(2'-hidroxi-4',6'-dimetoxifenil)-5-(E)-propenilbenzofurano e 2-(2’,4’-diidroxifenil)-5-(E) propenilbenzofurano. Assim, este trabalho contribuiu com o conhecimento quimiotaxonômico da família Krameriaceae e da espécie Krameria tomentosa, além de fornecer substâncias para investigações dos seus potenciais farmacológicos.
  • RAQUEL FRAGOSO PEREIRA CAVALCANTI
  • Efeito antialérgico e imunomodulador dos alcaloides warifteina e metilwarifteina em modelo murino de Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas (CARAS)
  • Data: 07/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • A CARAS (Síndrome da Asma e Rinite Alérgicas Combinadas) é caracterizada por inflamações crônicas das vias aéreas superior e inferior e pela resposta imune tipo 2 (TH2), com aumento sérico de IgE-alérgeno específica, infiltração eosinofílica, além da hiperplasia e hipertrofia das células caliciformes. A farmacoterapia da CARAS é baseada em princípios ativos que apresentam uma vasta quantidade de efeitos colaterais e adversos relevantes. Dessa forma, visando à busca por novas alternativas terapêuticas, avaliou-se os possíveis efeitos dos tratamentros com a warifteina ou com a metilwarifteina, alcaloides da Cyssampelos sympodialis, planta com potencial anti-inflamatório, em modelo murino de CARAS induzida por ovalbumina (OVA). Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (CEUA Nº 2518050618) e os dados analisados por ANOVA One-way com significância estatística quando p<0,05. Os camundongos BALB/c foram separados em grupos (n=5) com animais normais (Basal), sensibilizados e desafiados com OVA (OVA), sensibilizados, desafiados e tratados, via intranasal, com warifteina (War 2 mg/kg), metilwarifteina (Mwar 2 mg/kg) ou budesonida (BUD 0,9 mg/kg) após o último desafio alergênico. Os animais tratados com warifteina ou metilwarifteina apresentaram diminuição (p<0,05) dos sinais clínicos, espirros e fricções nasais e redução (p<0,05) na hiper-reatividade nasal induzida por histamina a partir da dose de 1nmol. As células do Fluido do Lavado Nasal (NALF) e do Fluido do Lavado Broncoalveoar (BALF) dos diferentes grupos experimentias foram quantificadas e observou-se redução (p<0,05) no número de células totais e diferenciais, principalmente de eosinófilos nos grupos tratamentos com warifteina ou metilwarifteina quando comparados com o grupo OVA. No contexto sistêmico, apenas a metilwarifteina reduziu a eosinofilia. Os níveis séricos de de IgE-OVA específica foram reduzidos (p<0,05) nos grupos de animias tratados com ambos os alcaloides. A análise histológica revelou que os grupos War e Mwar apresentaram diminuição da infiltração de células inflamatórias na região subpetelial e perivascular na cavidade nasal e na região peribronquiolar e perivascular no tecido pulmonar corado em hematoxilina eosina. A hiperplasia e a hipertrofia das células caliciformes nasais e pulmonares, ressaltadas após coloração do PAS, foram reduzidas nos grupos War e Mwar. Os alcaloides não alteraram o número de mastócitos nos tecidos nasal e pulmonar após coloração com o Azul de Toluidina. Em contraste, a quantidade de fibras colágenas nos grupos War e Mwar, observadas após coloração com o Tricomo de Gomori, foi reduzida. Em adição, os tratamentos com a warifteina ou com a metilwarifteina diminuíram (p<0,05) os níveis de citocinas do pefil TH2 (IL-4, IL-13 e IL-5) e do perfil TH17 (IL-17A) com aumento nos níveis de IFN-γ (perfil TH1), indicando um efeito imunomodulador de ambos alcaloides em direção ao perfil TH1 em detrimento ao perfil TH2. A expressão do fator de transcrição NF-кB foi analisada em granulócitos e em linfócitos e foi observado que os grupos War e Mwar apresentaram redução na expressão de NF-кB em ambas as populações. A integração de vias que favorecem a transcrição de citocinas do perfil TH2 via NF-кB pode estar subjacente a alteração da expressão desse fator em granulócitos e linfócitos. Esses dados indicam que a warifteina e a metilwarifteina apresentam efeito antialérgico e imunomodulador em modelo murino de CARAS.
  • LUCAS SILVA ABREU
  • Investigação fitoquímica e bioatividade de espécies de Euphorbiaceae da Caatinga
  • Data: 07/02/2020
  • Hora: 08:30
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  • Este trabalho descreve o estudo fitoquímico das espécies Stillingia loranthaceae, Croton velutinus e Dictyoloma vandellianum do semiárido nordestino. As espécies foram coletas na cidade de Morro do Chapéu – Bahia. Foram utilizados técnicas de extração por maceração para obtenção dos extratos e cromatografia em coluna aberta para fracionamento inicial. Para o isolamento dos constituintes químicos foi utilizado Cromatografia Líquida de Alta Eficiência em escalas analíticas, semi e preparativa, e quando necessário acoplado a espectrometria de massas para realização de um isolamento direcionado, utilizando como base informações obtidas por dados de rede molecular. Os compostos isolados tiveram suas elucidações estruturais determinadas por dados espectroscópicos de RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, dados espectrométricos para confirmação estrutural e da fórmula molecular, infravermelho, rotação óptica e comparação com os dados disponíveis na literatura. Das cascas das raízes de S. loranthacea, foram isolados quatorze compostos sendo quatro novos derivados do esqueleto 28-nor-taraxareno (SL1-SL4), quatro novos diterpenos tiglianos (SL5-SL8), três diterpenos tiglianos conhecidos (SL9-SL11) e três diterpenos fexibilenos conhecidos (SL12-SL14). A citotoxicidade e atividade antiviral dos compostos SL1, SL2, SL5-SL14 foram avaliadas contra células Vero e contra um vírus da Zika epidêmico (ZIKV) que circula no Brasil. Seis dos doze compostos (SL2, SL5, SL9-SL11 e SL14) exibiram efeito antiviral significante contra o ZIKV. Especificamente, os compostos SL2 e SL5 demonstraram serem os compostos alvos mais promissores. Das raízes de C. velutinus, foram isolados quatro novos derivados de fenilpropanoides (CV1-CV4) e de três conhecidos (CV5-CV7). As atividades anti-inflamatória, citotóxica e tripanocida dos compostos foram avaliadas. Apenas os compostos CV2 e CV5 apresentaram atividade citotóxica para as linhas celulares de câncer (B16F10, HL-60, HCT116, MCF-7 e HepG2) assim como atividade tripanocida. Todos os compostos diminuíram a produção de nitrito e apenas o composto CV5 diminuiu a produção de IL-1β. Da espécie D. vandellianum, foi realizado uma determinação do perfil químico da fase éter etílico, oriundo do extrato metanólico das folhas, por CLAE-DAD-IESEM2, onde foi possível propor a presença de 42 compostos derivados de taninos gálicos e flavonoides. Além disso, foi realizado a atividade antinociceptiva dos extratos, fases e compostos isolados.
2019
Descrição
  • YURI MANGUEIRA DO NASCIMENTO
  • Zornia brasiliensis: ESTUDO DE DESREPLICAÇÃO, ISOLAMENTO E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE CONSTITUINTES QUÍMICOS.
  • Data: 06/12/2019
  • Hora: 08:30
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  • Estudos com extratos de espécies vegetais refletem em pontos básicos, como: desenvolvimento de medicamentos, informações sobre eficácia e segurança daquelas espécies com uso etnomedicinais, descoberta de novos usos terapêuticos e contribuição ao conhecimento da memória químico-biológica de espécies vegetais. A espécie Zornia brasiliensis Vogel pertence à família Leguminosae, o gênero Zornia possui cerca de 80 espécies no mundo, com representantes na América, África, Oceania e a Ásia. Z. brasiliensis é uma espécie conhecida popularmente como “urinária”, “urinana” e “carrapicho” e seu uso popular é relatado como diurética e para tratamento de doenças venéreas, encontra-se distribuída em vários estados do Brasil, sendo abundante no Nordeste. Este trabalho tem como objetivo contribuir com a ampliação do conhecimento químico do gênero Zornia através do isolamento, identificação e/ou caracterização de metabólitos secundários da espécie Z. brasiliensis. Partes aéreas de Z. brasiliensis foram coletadas no município de Serra Branca, estado da Paraíba. Uma exsicata foi depositada no Herbário Arruda Câmara (HACAM) do Campus I da UEPB. O material vegetal, após seco e moído, foi submetido a uma maceração com etanol a 95% por 72 horas, sendo esse processo repetido por quatro vezes, obtendo-se o extrato etanólico bruto (EEB). Uma alíquota do EEB (100,0g) foi submetido a uma cromatografia líquida à vácuo (CLV) com sílica utilizando como móvel os solventes hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol. Uma alíquota da fração acetato de etila-metanol 50% foi submetido a uma cromatografia em coluna para realizar um fracionamento prévio desta fração. Em seguida foi desenvolvido um método analítico por CLAE-DAD, posteriormente, transposto para uma escala preparativa, resultando no isolamento de nove compostos, o roseosídeo, 7-metoxiflavanona, 7,4’-dimetoxisoflavona, isoorientina-3’- O-metil éter, isovitexina, ácido (Z)-O-cumárico glicosilado, ácido (E)-O-cumárico glicosilado, diidromelilotosídeo e o zorniosídeo, uma diidrochalcona C-glicosilada relatada pela primeira vez na literatura. O zorniosídeo apresentou potencial citotóxico frente a linhagem celular HL-60. Outra alíquota da fração acetato de etila- metanol 50% foi submetido a uma metodologia específica de extração de saponinas, esta foi então submetida a CLAE-DAD preparativo, que resultou no isolamento da Soyasaponina II. Além disso, foi desenvolvida uma metodologia por CLAE-ESI-DAD- EM/EM que possibilitou por desreplicação e/ou análise estrutural a caracterização putativa de 35 saponinas triterpênicas oleânanicas. Por fim, esse trabalho contribui com o conhecimento químico e farmacológico desta espécie, pois corroborou com bioprodução de compostos fenólicos por Zornia através do estudo fitoquímico de Zornia brasiliensis, mostrou o potencial citotóxico do zorniosídeo e é o primeiro relato de saponinas em Zornia, que é uma classe de metabólitos secundários com relevante importância biológica, farmacêutica, na indústria cosmética e agricultura.
  • CINTHIA NOBREGA DE SOUSA DIAS
  • CÉLULAS T CD8+ NA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA CHIKUNGUNYA: AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS E INVESTIGAÇÃO DO PAPEL IMUNOMODULADOR DA RIPARINA III
  • Data: 08/11/2019
  • Hora: 08:00
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  • O vírus da chikungunya (CHIKV) é um alfavírus que causa doença febril acompanhada de dores articulares. No Brasil, a primeira transmissão autóctone foi detectada no estado do Amapá em 2014, disseminando-se por todo o país. A fase aguda da infecção é de início abrupto dos sintomas e é acompanhada de um quadro inflamatório intenso. A desregulação da resposta imune inflamatória pode estar relacionada ao desenvolvimento de cronicidade da doença que é acompanhada de sintomas articulares mais leves, porém recidivantes e persistentes podendo causar limitação de movimento. A resposta imune desempenhada no combate a infecção determina o estabelecimento ou não da doença. Nesse contexto, o entendimento do papel dos linfócitos T CD8+, células importantes na eliminação viral, bem como sua ativação e os mecanismos de combate virais desempenhados por eles na infecção por CHIKV são importantes na compreensão da imunopatologia desta infecção. Estudos do papel acetilcolina influenciando repostas imunes têm sido conduzidos e nos últimos anos o sistema colinérgico tem sido associado a respostas imunes inflamatórias e anti-inflamatórias. A ausência de um medicamento eficaz para o tratamento da infecção por CHIKV bem como a gravidade dos sintomas inflamatórios na infecção leva a urgência na busca de novas moléculas com atividades bioativas e/ou farmacológicas. Os produtos naturais constituem uma fonte de moléculas com diversas atividades biológicas. Dentre eles, a Riparina III, uma alcamida, possui atividade anti-inflamatória e foi relatado seu papel na reversão da contração em músculo liso provocado pela acetilcolina em modelo animal. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi estudar as características fenotípicas de linfócitos T CD8+ periféricos na infecção por CHIKV em humanos, o papel imunomodulador da Riparina III nestas células e investigar a participação de receptores colinérgicos da acetilcolina na modulação fenotípica desses linfócitos nesta infecção. Para realização dos ensaios, leucócitos de pacientes em fase aguda e crônica da infecção e indivíduos saudáveis foram obtidos e em seguida foi realizada marcação com anticorpos extracelulares e intracelulares ex vivo e após o tratamento com as drogas em estudo in vitro para avaliação de características fenotípicas de células T CD8+ e do papel imunomodulador da Riparina III pelo método de citometria de fluxo. Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que os linfócitos T CD8+ estão ativados tanto na fase aguda quanto na fase crônica da infecção e expressam altos níveis de moléculas citotóxicas (Granzima B e Perforina) na fase aguda e moléculas apoptóticas em ambas as fases da doença. A expressão de altos níveis de IL-17A e diminuição da expressão de IL10R também foram demonstradas. A Riparina III foi capaz de modular negativamente a expressão de IL-17A principalmente em fase aguda da infecção e modulou negativamente a expressão de INF-γ, evidenciando seu papel anti-inflamatório. Além disso, houve aumento de expressão de IL-10R, o que permite o aumento interação da IL-10 com seu receptor, reafirmando o papel anti-inflamatório dessa molécula. O efeito anti-inflamatório desempenhado pela Riparina III não foi relacionado à modulação em receptores colinérgicos. Logo, pode-se concluir com os dados obtidos neste trabalho que os linfócitos T CD8+ estão fortemente envolvidos na resposta celular na infecção aguda por CHIKV e as características fenotípicas dessas células podem estar diretamente relacionadas com o desenvolvimento dos sintomas observados nesta infecção. Além disso, a Riparina III tem um efeito imunomodulador anti-inflamatório nos linfócitos T CD8+ de pacientes infectados com CHIKV na fase aguda da doença.
  • JANINE AGRA PADILHA
  • ENSAIO FARMACOLÓGICO CLÍNICO COM GEL DO EXTRATO ETANÓLICO DA CASCA DO CAULE DE Anacardium occidentale L., ATRAVÉS DA FONOFORESE NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
  • Data: 07/08/2019
  • Hora: 14:00
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  • Conhecida popularmente pelos seus efeitos anti-inflamatorio, Anacardium occidentale Linn., e uma arvore pertencente a familia Anacardiaceae, originaria do Brasil.O objetivo desse estudo foi avaliar a eficacia terapeutica do gel obtido do extrato etanolico da casca do caule da Anacardium occidentale L., atraves da fonoforese, comparado ao tratamento fisioterapeutico utilizando o ultrassom terapeutico em pacientes com Sindrome do Tunel do Carpo.O ultrassom terapeutico e um recurso eletrofisico, utilizado por fisioterapeutas no tratamento de afeccoes do sistema musculoesqueletico. A sindrome do tunel do carpo e um processo complexo doloroso que e caracterizado por sinais e sintomas associados a compressao do nervo mediano quando passa pelo tunel carpal, na regiao do punho. Esse estudo foi uma pesquisa do tipo experimental com abordagem quantitativa que constou de um ensaio farmacologico clinico, de fase II, randomico, controlado e duplo-cego. Foi aprovado pelo Comite de Etica do CCS da UFPB, sendo realizado no Laboratorio de Analise do Movimento Humano (LAMH), localizado no CCS, da UFPB. A amostra foi formada por 21 voluntarios, que foram randomizados e avaliados quanto a integridade do nervo mediano, a intensidade da dor, o grau de forca muscular, a intensidade do processo inflamatorio e a qualidade de vida. Os mesmo foram divididos em dois grupos, Grupo A (UST convencional) e Grupo B (UST + fonoforese). Para a analise descritiva dos dados, bem como a execucao dos Testes de Hipoteses foi utilizado o software R versao 3.4.1. Considerou-se significancia estatistica de 5% (α = 0,05).Quanto a avaliacao da dor e a avaliacao da forca muscular, existiu diferenca estatisticamente significativa entre as etapas do tratamento tanto para o grupo A quanto para o grupo B. Sobre a avaliacao da integridade do nervo mediano, existiu diferenca estatisticamente significativa para a aplicacao do Teste de Phalen, entre as etapas do tratamento para o Grupo A. Ja para o Grupo B, nao apareceu diferenca significativa entre as etapas de tratamento. Para a realizacao do Sinal de Tinel, nao existiu diferenca estatisticamente significativa entre as etapas do tratamento para nenhum dos grupos. Sobre a avaliacao da qualidade de vida (SF-36) houve diferenca estatisticamente significativa entre as etapas do tratamento tanto para o Grupo A, quanto para o Grupo B e existiu diferenca estatisticamente significativa entre os tratamentos para o dominio dos “aspectos emocionais”. Sobre a avaliacao do processo inflamatorio, nao existiu diferencas estatisticamente significativas entre as etapas do tratamento para nenhum dos grupos. Nao houve diferenca estatisticamente significativa entre os dois tratamentos, quanto a avaliacao da dor, integridade do nervo mediano, forca muscular e termografia. Almeja-se que este estudo contribua para os conhecimentos cientificos a cerca da Anacardium occidentale L., uma vez que, as propriedades farmacologicas do cajueiro sao tao conhecidas que o torna uma planta de grande uso na medicina popular.
  • ROMULO PEREIRA DE MOURA SOUSA
  • Análise da atividade antifúngica in vitro de 2-bromo-N-fenilacetamida frente às espécies de Candida provenientes de um Hospital Universitário
  • Data: 14/06/2019
  • Hora: 09:00
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  • A candidiase sistemica, tambem conhecida como candidiase invasiva, e uma infeccao fungica oportunista provocada por leveduras do genero Candida. A forma invasiva e a manifestacao mais grave em decorrencia de sua disseminacao para outros orgaos, promovendo hospitalizacao prolongada e altas taxas de morbimortalidade. O tratamento para essa infeccao grave ainda dispoe de um pequeno arsenal terapeutico, o qual se resume em tres classes: agentes triazolicos, as equinocandinas e os polienos. Embora os farmacos de primeira linha (agentes triazolicos e as equinocandinas) sejam eficazes, algumas especies de Candida sao naturalmente resistentes e outras desenvolvem resistencia adquirida, esta ultima vem ocorrendo de forma crescente e causando uma grande preocupacao devido ao surgimento da multirresistencia fungica. Diante desse quadro preocupante, a busca por novas alternativas farmacoterapeuticas tem sido constante, e uma das fontes de substancias potencialmente ativas sao os compostos sinteticos. Destarte, com base no potencial farmacologico das substancias sinteticas, este estudo investigou a atividade antifungica in vitro do composto sintetico 2-bromo-N-fenilacetamida atraves da determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Fungicida Minima (CFM), frente as especies de Candida isoladas de pacientes com candidiase invasiva assistidos no Hospital Universitario Lauro Wanderley, Joao Pessoa-PB, no ano de 2017, bem como identificou os agentes etiologicos e seus perfis de resistencia atraves do Kit comercial Candifast® e testou a associacao da substancia teste com o fluconazol. Assim sendo, a presente pesquisa revelou que em 2017, 56% dos casos de candidiase sistemica foram provenientes de pacientes internos nas unidades de terapia intensiva do Hospital Universitario Lauro Wanderley, tendo a especie C. albicans como agente etiologico mais comum (52%), e que, 47% dos isolados clinicos foram resistentes ao fluconazol, dos quais, seis (06) isolados de C. albicans e um de (01) C. parapsilosis. Nos ensaios de atividade antifungica, a substancia teste apresentou CIM50 de 8 µg/mL para C. albicans e 16 µg/mL para C. parapsilosis, e CFM50 de 16 µg/mL para aquela e 32 µg/mL para esta. A associacao entre a 2-bromo-N-fenilacetamida com o fluconazol nao apresentou sinergismo ou antagonismo, sendo caracterizada como indiferente. Portanto, o presente estudo revelou que no ano de 2017, a maioria dos casos de candidiase invasiva foi proveniente de pacientes internos nas unidades de terapia intensiva do citado hospital, tendo a especie C. albicans como agente etiologico mais comum e o fluconazol como unico farmaco que apresentou resistencia. Por fim, a substancia sintetica testada apresentou uma forte atividade fungicida contra isolados clinicos de C. albicans e C. parapsilosis, no entanto, nao apresentou sinergismo ou antagonismo quando associada com o fluconazol.
  • LUCIANO LEITE PAULO
  • EFEITOS HIPOTENSOR E ANTI-HIPERTENSIVO DO NITRATO ORGÂNICO 1,3-BIS (HEXILOXI) PROPANO-2-ILA (NDHP) SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR DE RATOS NORMOTENSOS E HIPERTENSOS
  • Data: 24/05/2019
  • Hora: 14:00
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  • A hipertensao arterial (HA) e uma doenca cronica degenerativa de etiologia multifatorial responsavel por milhares de mortes a cada ano. Um dos pincipais processos fisiopatlogicos na HA e a disfuncao endotelial, que e ocasionada pricipalmente por uma diminuicao da biodisponibilidade do oxido nitrico (NO). O NO e uma importante molecula responsavel pela manutencao da homeostase vascular. O uso de compostos que aumentam a biodisponibilidade de NO representa uma estrategia terapeutica no tratamento da HA. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o nitrato de 1,3-bis(hexiloxi)propano-2-ila (NDHP) como um doador de NO e avaliar seus efeitos sobre o sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. Todos os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. Utilizando metodologias in vitro, observou-se que a xantina oxidorredutase (XOR) catalisa a geracao de NO a partir do NDHP sob condicoes anaerobicas nos sitios flavina adenina dinucleotido (FAD) e molibdenio. O NDHP promoveu vasorrelaxamento em arterias mesentericas de ratos e camundongos, utilizando miografo. A pre-exposicao dos aneis de arteria mesenterica ao NDHP (10-3), durante 30 minutos, nao diminuiu o efeito vasorelaxaante induzido do proprio nitrato (EM = 124 ± 4% vs. 100 ± 3%, n = 7 e 6, respectivamente). Na presenca da nicotinamida adenina dinucleotideo (NADH) e da XOR, a administracao de NDHP (0,1, 1 e 10 mM) aumentou a producao de NO de uma maneira concentracao-dependente. O tratamento com NDHP aumentou os niveis de NO em secoes de arteria mesenterica em comparacao com o controle (95.7 ± 3.4 vs. 10.9 ± 0.8 a.u., respectivamente, p < 0,05). O bloqueio da enzima sintase de oxido nitrico endotelial (eNOS) pelo L-NG-Nitroarginina (L-NNA, 100 μM) nao inibiu o aumento dos niveis de NO (94.2 ± 3.6 vs. 95.7 ± 3.4 u.a., respectivamente). O aumento dos leveis de NO apos o tratamento com NDHP foi bloqueado pelo inibidor da XOR, o febuxostate. NDHP induziu efeito vasorrelaxante em arteria mesenterica com endotelio funcional (EM = 83.3 ± 6.7%, n = 6). Este efeito maximo (EM) foi maior em aneis sem endotelio funcional (EM = 113.4 ± 5.3%, n = 7, p < 0,05). A pre-incubacao com o Nw-Nitro-L-arginina metil ester (L-NAME), inibidor da NOS, em arteria mesenterica com endotelio funcional aumentou o relaxamento induzido pelo NDHP (EM = 109.7 ± 1.5%; n = 6, p < 0,05). O pre-tratamento com o 2-(4-fenil)-4,4,5,5-tetrametilimidazolina-1-oxi-3-oxido (PTIO, 300 μM), um sequestrador de NO, juntamente com a hidroxocobalamina (HDX) promoveu uma diminuicao do efeito vasorrelaxante do NDHP (EM = 90.8 ± 0.8%, n = 6, p <0,05). Da mesma forma, foi observado em aneis sem endotelio funcional uma diminuicao do efeito vasorrelaxante do NDHP quando usado o 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-ona (ODQ, 10 μM), um inibidor seletivo da enzima ciclase de guanilil soluvel (sGC) (EM = 84.9 ± 9.5%, n = 6, p < 0,05). A potencia do efeito vasorrelaxante do NDHP foi diminuida utilizando um bloqueador inespecifico dos canais para potassio (K+) pelo cloreto de tetrametilamonio (TEA) na concentracao 3 mM (pD2 = 4,8 ± 0,1; n = 6, p < 0,05), pelo bloqueador especifico dos BKCa, com TEA (1 mM) (pD2 = 5.1 ± 0.1; n = 6, p < 0,05) e dos KV, com 4-aminopiridina (4-AP, 1 mM) (pD2 = 5.7 ± 0.1; n = 6, p < 0,05). O tratamento agudo com NDHP em altas doses (300 e 2000 mg/kg) nao apresentou efeito toxico no teste de toxicidade. Em modelos in vivo, a administracao aguda do NDHP (1, 5, 10, 20 mg/Kg, i.v.) induziu hipotensao em animais normotensos (−11 ± 1; −19 ± 2; −28 ± 2; −44 ± 5 mmHg, respectivamente; n = 8) e hipertensos (−16 ± 3; −23 ± 4; −50 ± 1; e −71 ± 8 mmHg respectivamente; n = 8). O tratamento cronico (15 dias) com NDHP (10 mg/kg/dia), via i.p, atenuou significativamente a disfuncao endotelial e o aumento da pressao arterial media em animais com hipertensao induzida por angiotensina II (PAMveiculo: 49 mmHg vs. PAMNDHP 18 mmHg), quando comparados com animais hipertensos tratados com o veiculo (PAMveiculo: 98 ± 2 mmHg vs. PAMNDHP 99 ± 3 mmHg, basal). Os niveis de nitrato plasmatico foram quatro vezes maiores nos animais tratados com NDHP em comparacao com o grupo controle (21.6 ± 2.9 vs 4.4 ± 1.1 µM, p <0,05). Esses resultados demonstram que NDHP atua como doador de NO, induz vasorrelaxamento por meio da via NO-cGMP-PKG e ativacao de subtipos especificos de canais para K+ (Kv e BKca), nao provoca tolerancia vascular em arteria mesenterica, apresenta efeito anti-hipertensivo em modelos animais de hipertensao renovascular e por infusao de angiotensina II, necessita da XOR para a formacao do NO e apresenta baixa toxicidade aguda.
  • JORDANA KALINE DA SILVA SANTANA
  • Bioprospecção de cianobactérias dulcícolas isoladas do semiárido brasileiro
  • Data: 24/05/2019
  • Hora: 09:30
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  • O objetivo deste trabalho foi testar diferentes especies de cianobacterias dulcicolas quanto a sua capacidade de producao de metabolitos secundarios de interesse biotecnologico na industria farmaceutica. Os cultivos foram realizados com linhagens do Banco de Cultura de Microalgas do LARBIM/UFPB que atraves de analises morfologicas e moleculares foram identificadas como Arthrospira platensis (D39Z), Stanieria cyanosphaera (D112Z) e Brasilonema sp. (D298WC). Nenhuma das linhagens apresentou microcistina. Os teores de proteinas hidrossoluveis (%) foram de 23,3±1,20 (D39Z), 36,7±0,50 (D112Z), 36,0±1,57 (D298WC); para carboidratos totais (%) foram de 8,27±0,68 (D39Z), 13,3±1,55 (D112Z), 17,4±2,35 (D298WC); e para lipideos totais (%) foram de 6,00±3,31 (D39Z), 6,00±0,00 (D112Z), 14,00±1,09 (D298WC). A analise do perfil de FAMEs para as tres linhagens permitiu identificar e quantificar dezoito acidos graxos distintos (saturados, insaturados e poli-insaturados). Visando extrair e isolar metabolitos secundarios foram obtidos extratos metanolicos das tres linhagens. Uma pequena fracao do extrato bruto foi direcionada para realizacao de testes de atividade antioxidante e de atividade antimicrobiana. A parte excedente do extrato da D298WC foi desengordurada e submetida a analises por Cromatografia Liquida de Media Pressao (CLMP) para fracionamento. As fracoes foram analisadas por RMN 1H, avaliado o perfil quimico e posteriormente purificadas em cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE) semi-preparativa e preparativa, sendo as fracoes obtidas analisadas por RMN (1H, 13C, HMBC e HSQC) visando a elucidacao estrutural das substancias obtidas, sendo estas, confirmadas pela tecnica de espectrometria de massas e direcionadas para avaliacao da atividade citotoxica. Os maiores teores de fenolicos extraiveis totais foi apresentado pela D112Z (33,35±0,05) e D298WC (34,19±0,95). Quanto a determinacao da capacidade antioxidante, o resultado do ensaio com DPPH, a atividade foi maior para a D39Z (79,33±013); para o ensaio de ABTS, as melhores capacidade antioxidante total foi para a D39Z (18,16±0,26) e D112Z (10,27±0,69); e para o ensaio FRAP a maior capacidade foi para a D39Z (16,14±0,18). Quanto a atividade antimicrobiana, o extrato metanolico da D39Z, nas concentracoes de 512 a1024 µg/mL inibiu o crescimento de seis das oito cepas (75 %) dos microorganismos, incluindo bacterias e fungos, enquanto da D112Z e D298WC apresentaram atividade inibitoria sobre tres das seis cepas dos micro-organismos utilizados nos ensaios.O estudo fitoquimico da Brasilonema sp. permitiu o isolamento e identificacao de uma substancia derivada da clorofila, o ester trimetilico da clorina-e6 e duas misturas, sendo uma dela uma mistura dos alcaloides aporfinicos metil12-metoxi-7a,8-di-hidro-5H-[1,3]dioxolo[4 ',5':4,5]benzo[1,2,3-de]benzo[g]quinolina-7(6H)-carboxilato (Sassicina A) e 12-metoxi-7a,8-di-hidro-5H-[1,3]dioxolo[4',5':4,5]benzo[1,2,3-de]benzo[g]quinolino-7(6H)de etilo-carboxilato (Sassicina B), de natureza inedita, e a outra uma mistura de nucleosideos (desoxicitidina e citidina) e aminoacidos (tirosina, isoleucina eleucina). Quando em avaliacao de atividade citotoxica apresentaram atividade moderada, exceto para os alcaloides que a atividade foi baixa para celulas de carcinoma colorretal (HCT-116) e nulo para as celulas de adenocarcinoma mamario (MCF-7).
  • PAULA BENVINDO FERREIRA
  • Avaliação dos efeitos do exercício de força agudo e crônico sobre a reatividade uterina de ratas Wistar e efeito preventivo da Spirulina platensis
  • Data: 11/04/2019
  • Hora: 14:00
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  • Os beneficios do exercicio na saude fisica e mental sao bem estabelecidos como uma alternativa para a manutencao do bem-estar e como um meio para reduzir o risco de varias doencas cronicas. Entretanto, quando nao e prescrito da forma correta, esta associado ao estresse oxidativo, envolvido na fisiopatologia de desordens no sistema reprodutor feminino. Nesse contexto, Spirulina platensis, uma alga com potencial antioxidante, promoveu efeitos beneficos em modelos de musculo liso. Dessa forma, visando a busca por novas alternativas terapeuticas, avaliou-se os efeitos do exercicio de forca agudo e cronico e um possivel efeito preventivo da S. platensis sobre o utero de rata. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (certidao 0211/14). Os animais foram divididos em grupos salina (GS) e suplementados com S. platensis nas doses de 50 (GSP50) e 100 mg/kg (GSP100), grupo somente adaptado (GC, controle), grupos exercitados e eutanasiados imediatamente (GO), 12 horas (G12) e 24 horas apos a sessao de exercicio fisico (G24), grupo treinado por 8 semanas (GT) e suplementados com a alga na dose de 50 (GT50) e 100 mg/kg (GT100). Foi avaliada a reatividade contratil e relaxante do utero, o balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes sistemicas e teciduais, a modulacao da via das proteinas cinases ativadas por mitogenos (MAPK) e parametros histomorfometricos do utero e da glandula adrenal. Observou-se que uma unica sessao de exercicio de forca aumentou a reatividade contratil, diminuiu a reatividade relaxante uterina, sem alterar o estresse oxidativo tecidual nem a via das MAPK, diminuiu o numero de eosinofilos, aumentou a vascularizacao e a area da camada muscular uterina, contribuindo para o aumento da reatividade contratil, alem de um aumento da area cortical da adrenal, sugestiva de aumento da producao de hormonios catabolicos, como o cortisol. Tendo em vista as diferencas entre as respostas fisiologicas agudas e cronicas do exercicio e que o treinamento de forca induz um aumento de estresse oxidativo, nos ultimos anos, observa-se o aumento do consumo de suplementos antioxidantes como uma ferramenta nao invasiva util para diminuir o dano muscular, melhorar o desempenho no exercicio, prevenir ou reduzir o estresse oxidativo. Asim, hipotetisamos que o treinamento de forca induziria alteracoes na reatividade uterina por meio do aumento do estresse oxidativo e que a suplementacao com a alga preveniria esses efeitos. Observou-se que o treinamento de forca aumenta a eficacia contratil, diminui a potencia relaxante e que esses efeitos sao previnidos pela suplementacao alimentar com S. platensis, por meio da inibicao da via das ciclooxigenase, aumento na biodisponibilidade de NO e especies reativas de oxigenio; ademas, previne a diminuicao da expressao de JNK, sugerindo um papel anti-inflamatorio tanto do exercicio quanto da suplementacao com S.platensis e aumenta a vascularizacao e a area vascular e previne a reducao da espessura do miometrio, alem de previnir parcialmente o aumento da area fasciculada e de degeneracao lipidica, demonstrando um papel protetor frente a liberacao de hormonios catabolicos como o cortisol. Portanto, ressalta-se o utero como um orgao-alvo para o exercicio, bem como se demonstra que o exercicio de forca agudo e cronico alteram a reatividade uterina e a suplementacao alimentar com a alga previne os danos associados ao treinamento de forca revelando o potencial promissor da suplementacao alimentar com S. platensis em processos fisiopatologicos que envolvem a desregulacoes na homeostase contratil uterina e como preventiva para mulheres que praticam atividade fisica de maneira intensa.
  • MARIA DA CONCEIÇÃO CORREIA SILVA
  • Derivados sulfonamídicos do LASSBio-448 relaxam a traqueia de cobaia com inflamação pulmonar alérgica crônica: papel das vias do óxido nítrico e das ciclo-oxigenases na ação relaxante do LASSBio-1611
  • Data: 29/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • A asma e uma doenca inflamatoria cronica e multifatorial do sistema respiratorio, caracterizada por remodelamento e hiper-responsividade bronquica, com tratamento voltado para prevenir sintomas e crises agudas. Nesse sentido, ainda faz‑se necessario o aperfeicoamento de moleculas e testes em modelos animais como o de inflamacao pulmonar alergica cronica (IPAC) induzida por ovalbumina para se chegar a um tratamento mais eficaz. Portanto, avaliou‑se o possivel efeito relaxante do LASSBio‑448 e de 12 derivados, bem como investigou‑se o mecanismo de acao relaxante do LASSBio mais potente em traqueia isolada de cobaia dos grupos controle (GC) e com IPAC (GIPAC). Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais da UFPB (Certidao Nº 018/2015). O LASSBio‑448 relaxou a traqueia com e sem epitelio do GIPAC. Assim como o prototipo, os LASSBios N‑metilssulfonamidicos ( ‑1610, ‑1630, ‑1631, ‑1628, ‑1612 e ‑1623) e sulfonamidicos (‑1622, ‑1613, ‑1722, ‑1629, ‑1625 e ‑1611) tambem relaxaram, a traqueia com e sem epitelio funcional, pre‑contraida com carbacol, do GC e do GIPAC, sendo o LASSBio‑1611 o mais potente de todos quando comparado ao LASSBio‑448, na ausencia de epitelio, tanto no GC (1.380 vezes) como no GIPAC (575 vezes). Sendo assim, decidiu‑se investigar seu mecanismo de acao relaxante em traqueia sem epitelio do GIPAC. Como uma das vias de relaxamento nas vias aereas e a do oxido nitrico (NO), decidiu‑se avaliar se a via sintase do NO (NOS)/ciclase de guanilil soluvel (sGC)/proteina cinase G (PKG) seria ativada por esse derivado. A potencia relaxante do LASSBio‑1611 foi reduzida na presenca de L‑NAME, de ODQ e de Rp‑8‑Br‑PET‑cGMPS, inibidores da NOS, da sGC e da PKG em aproximadamente 170, 155 e 195 vezes, respectivamente. Alem disso, a potencia inibitoria do L‑NAME sobre o efeito relaxante do LASSBio‑1611 foi revertida na presenca do substrato de NOS, L‑arginina. Esses resultados fornecem indicios de que esse derivado ativa essa via de sinalizacao para relaxar a traqueia de cobaia com IPAC, sem epitelio. Como os canais de K+ e os de Ca2+ dependentes de voltagem sao alvos da PKG, avaliou-se o efeito do LASSBio‑1611 sobre as contracoes induzidas por 18 ou 60 mM de KCl, observando uma equipotencia, sugerindo um possivel bloqueio do influxo de Ca2+. Esse bloqueio foi confirmado pelo deslocamento da curva concetracao‑resposta cumulativa ao CaCl2 de maneira pararela para a direita com reducao do Emax na presenca de diferentes concentracoes do LASSBio‑1611. Alem disso, ha evidencias de uma interligacao entre as vias da NOS e das ciclo‑oxigenases (COXs) e se demonstrou que na presenca de indometacina, um inibidor de COXs, e de indomentacina + L‑NAME, a potencia relaxante do LASSBio‑1611 foi reduzida bruscamente em 813 e 537 vezes, respectivamente, indicando que ha uma modulacao das COXs, que aumenta a producao de prostanoides relaxantes nas vias aereas. Adicionalmente, observou‑se, in silico, que o LASSBio‑1611 tem uma entalpia de formacao do complexo ligante‑enzima aumentada para as iNOS e nNOS, a PKG, o CaV1.2 e a COX‑2, comparada a entalpia de ativadores e/ou inibidores padroes. Alem disso, o LASSBio‑1611 segue a regra de Lipinski, assim como apresenta caracteristicas farmacocineticas essenciais para um bom candidato a farmaco. Portanto, de maneira geral, todos os LASSBios relaxam traqueia de cobaia, tanto do GC como do GIPAC e que o mecanismo de acao relaxante do LASSBio‑1611 no GIPAC, sem epitelio, e dependente da via NO/NOS/sGC/PKG/COX. Essa potencia relaxante aumentada do LASSBio‑1611 pode ser em decorrencia da insercao do substituinte 1‑naftila na funcao sulfonamida, aumentando sua lipofilicidade e estabilidade estrutural.
  • PRISCILLA MARIA PEREIRA MACIEL
  • CARACTERIZAÇÃO DOS EFEITOS DE Dioclea grandiflora Martius ex Bentham SOBRE A FUNÇÃO CARDIOVASCULAR DE RATOS COM HIPERTENSÃO PULMONAR INDUZIDA POR MONOCROTALINA
  • Data: 29/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • Hipertensao pulmonar (HP) e caracterizada por pressao arterial pulmonar (PAP) elevada e hipertrofia ventricular direita (HVD). Devido a heterogeneidade dessa doenca e seu carater progressivo, os farmacos estabelecidos para o seu tratamento se tornam menos eficazes em longo prazo. Dessa forma, visando a descoberta de novos candidatos para o tratamento da HP, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato hidroalcoolico da casca da raiz de Dioclea grandiflora (Dg) sobre HP induzida por monocrotalina (MCT) em ratos. Os animais foram divididos nos grupos: controle (normotenso), hipertenso-MCT (HP-MCT), hipertenso-MCT tratado com Dg 12,5 (HP-Dg12,5) e 37,5 mg/kg (HP-Dg37,5), hipertenso-MCT tratado com sildenafila 50 mg/kg (HP-Sild), e hipertenso-MCT tratado com a associacao de sildenafila e Dg 37,5 mg/kg, os quais receberam tratamento por via intragastrica, durante 28 dias apos 24 horas da administracao de MCT. Na avaliacao dos parametros ecocardiograficos, os grupos HP-Dg 37,5 mg/kg e HP-Sild apresentaram menor delta de tempo de aceleracao da arteria pulmonar e menores medidas de espessura da parede do VD e de diametro diastolico em relacao ao grupo HP-MCT. O tempo de aceleracao da arteria pulmonar nao foi modificado apos o tratamento com Dg ou sildanafila. No ensaio de medida direta de pressao sistolica ventricular direita (PSVD), o grupo HP-MCT apresentou niveis de pressao significativamente elevados, em relacao ao grupo CTL. Os tratamentos isolados com Dg (37,5 mg/kg) e sildenafila, ou o tratamento combinado reduziu significativamente os valores de PSVD, quando comparado ao grupo HP-MCT. A hipertrofia ventricular direita foi prevenida parcialmente nos grupos HP-Dg 37,5, HP-Sild e para o grupo HP-COMB, a qual foi acompanhada da melhora da funcao sistolica e diastolica ventricular direita. Nos ensaios de reatividade vascular nao foram observadas diferencas significantes nas respostas vasoconstritoras a fenilefrina entre os grupos. O tratamento com Dg nao reverteu a resposta prejudicada aos agentes vasodilatadores, acetilcolina (ACh) e nitroprussiato de sodio (NPS) quando comparado ao grupo HP-MCT. Nos grupos HP-Sild e HP-COMB a resposta a ACh foi restaurada, entretanto este efeito nao foi observado para o NPS. Nos grupos HP-Dg (37,5 mg/kg), HP-Sild e HP-COMB apresentaram menor espessamento de parede vascular pulmonar, bem como niveis reduzidos de anions superoxido em comparacao ao grupo HP-MCT. Para estes grupos tambem foi observado menor infiltracao de celulas inflamatorias em tecido pulmonar. Estes resultados demostram que o tratamento com a Dg reduz estresse oxidativo vascular, a inflamacao e previne o remodelamento hipertrofico dos vasos pulmonares. Estas mudancas estao associadas a reducao de PSVD, e consequentemente, a hipertrofia e funcao ventricular direita melhorando a HP induzida por MCT.
  • TATIANNE MOTA BATISTA
  • TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DO DERIVADO ACRIDÍNICO (E)-1’-{(4-flúorbenzilideno)-amino}-5’oxo-1,5’diidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’carbonitrila (AMTAC-07)
  • Data: 29/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • O cancer abrange mais de 200 doencas distintas que sao unificadas pelo principio comum de crescimento celular descontrolado e potencial metastatico. Os derivados acridinicos sao agentes intercaladores de DNA e inibidores de topoisomerase e, desta forma, a sintese de novos derivados acridinicos tem sido de consideravel interesse na quimica medicinal. O composto (E)-1’-{(4-fluorbenzilideno)-amino}-5’oxo-1,5’diidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’carbonitrila (AMTAC-07) e um derivado acridinico capaz de inibir a topoisomerase II. Todavia, apesar dos dados relacionados a esse mecanismo de acao, nao ha relatos na literatura que descrevam o potencial antitumoral e o perfil de toxicidade do AMTAC-07. Sendo assim, o presente trabalho objetivou avaliar a toxicidade nao clinica e a atividade antitumoral in vivo e os possiveis mecanismos de acao antitumorais de AMTAC-07 em modelo de carcinoma ascitico de Ehrlich (CAE). No ensaio de toxicidade nao clinica aguda em camundongos, a administracao de AMTAC-07 (2000 mg/kg), via intraperitoneal (i.p.), nao induziu morte dos animais experimentais, sendo a dose letal media (DL50) estimada como maior que 5000 mg/kg. O uso do teste de toxicidade em embrioes de peixe (teste FET), indicou que a concentracao letal media (CL50) do AMTAC-07 e superior a 36,8 µg/mL. Para a avaliacao da genotoxicidade foi realizado o teste do micronucleo em sangue periferico de camundongos, sendo observado que AMTAC-07 (2000 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados. Em modelo de CAE, observou-se que AMTAC-07 (12,5, 25 ou 50 mg/kg, i.p., sete dias consecutivos de tratamento) reduziu o volume e massa tumorais, a viabilidade celular e a quantidade total de celulas tumorais peritoneais. Foi observado que o AMTAC-07 (50 mg/kg) nao induziu parada do ciclo celular. Foi determinada a microdensidade dos vasos no peritonio dos animais, sendo observada reducao deste parametro apos tratamento com AMTAC-07 (50 mg/kg) indicando acao antiangiogenica. Observou-se ainda que o AMTAC-07 atua na modulacao da resposta imune contra o tumor por induzir aumento nos niveis das citocinas IL-1β, TNF-α, CCL2 e IL-4. A realizacao de ensaio fluorimetrico utilizando o 2’,7’-diacetato diclorofluoresceina (DCFH-DA) permitiu a observacao de que o AMTAC-07 nao induz alteracoes no nivel de estresse oxidativo, no modelo experimental utilizado. Em relacao a toxicidade, apos tratamento antitumoral, entre todos os parametros avaliados (parametros metabolicos, bioquimicos, hematologicos e histologicos), foi observado que AMTAC-07 (50 mg/kg) nao induziu alteracoes significativas. Os dados apresentados, em conjunto, sugerem que AMTAC-07 possui baixa toxicidade nao clinica e significativa atividade antitumoral via mecanismos antiangiogenicos e imunomoduladores.
  • VIVIANNE MENDES MANGUEIRA
  • EFEITOS ANTITUMORAL E ANTINOCICEPTIVO DO n’-(6-cloro-2-metoxiacridin-9-il)-2-cianoacetohidrazide (ACS-AZ), UM NOVO DERIVADO ACRIDÍNICO
  • Data: 28/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • O cancer e considerado uma das causas mais comuns de mortalidade no mundo e designa um conjunto de doencas determinadas pela presenca de celulas com alteracoes morfologicas e bioquimicas, e com proliferacao sustentada. Problemas na eficacia, seguranca e desenvolvimento de resistencia ao tratamento impulsionam pesquisas de novas moleculas com potencial antitumoral. Alem disso, efeitos fisiopatologicos associados ao cancer, como a dor, tambem sao tratados com baixa efetividade. Os derivados acridinicos sao descritos por apresentar diversas atividades biologicas, dentre estas, antitumoral e antinociceptiva. O objetivo deste trabalho foi investigar a toxicidade e as atividades antitumoral e antinociceptiva, bem como, os possiveis mecanismos de acao envolvidos no efeito do derivado acridinico inedito n’-(6-cloro-2-metoxiacridin-9-il)-2-cianoacetohidrazide” (ACS-AZ). Inicialmente, foi avaliada a toxicidade nao clinica aguda de ACS-AZ em camundongos por via intraperitoneal (i.p.) nas doses de 300 ou 2000 mg/kg e sua DL50 (dose letal 50%) foi estimada em torno de 500 mg/kg, considerando o guia n. 423 da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD). Para a avaliacao da genotoxicidade foi realizado o teste do micronucleo em sangue periferico de camundongos, sendo observado que ACS-AZ (150 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade in vivo. ACS-AZ (25 ou 50 mg/kg), apos sete dias de tratamento (i.p.), mostrou significante atividade antitumoral in vivo em modelo de Carcinoma Ascitico de Ehrlich (CAE), considerando todos os parametros avaliados (volume, massa e viabilidade celular) (p<0,05). Em relacao aos mecanismos de acao antitumoral, foi observado que ACS-AZ reduziu a microdensidade vascular peritumoral (p<0,05), bem como os niveis das citocinas IL-1β e da quimiocina CCL-2 (p<0,05). Entretanto, aumentou os niveis de TNF-α e IL-4 (p<0,05) mostrando que ACS-AZ foi capaz de modular o microambiente tumoral inflamatorio para exercer seu efeito antitumoral. Considerando o vasto papel do estresse oxidativo na propagacao de tumores, foi avaliado o efeito de ACS-AZ por meio do ensaio fluorimetrico do 2-70-dichlorofluoresceina diacetato (DCFH-DA). Observou-se reducao do nivel de estresse oxidativo apos tratamento com ACS-AZ (50 mg/kg) (p<0,05), o que sugere efeitos antioxidantes. Ainda, foi detectado que ACS-AZ (50 mg/kg) promoveu reducao da producao de oxido nitrico (NO) (p<0,05), um mediador chave envolvido em processos de crescimento, angiogenese e metastase tumoral. Entre todos os parametros de toxicidade avaliados (parametros metabolicos, bioquimicos, hematologicos e histologicos), foi observado que ACS-AZ (50 mg/kg) induziu apenas hepatotoxicidade, caracterizada pela deteccao de esteatose grau leve e processos degenerativos no tecido hepatico. Em relacao aos testes de antinocicepcao, ACS-AZ (50 mg/kg, i.p.) apresentou potente atividade antinociceptiva de acao central nos testes de placa quente e, em ambas as fases do teste formalina (p<0,05), envolvendo a participacao da via opioide nessa reposta. Portanto, e possivel inferir que o ACS-AZ apresenta baixa toxicidade, atividade antitumoral via efeitos antiangiogenicos e imunomoduladores, e atividade antinociceptiva que envolve a via opioide.
  • TATYANNA KELVIA GOMES DE SOUSA
  • Potencial antitumoral e toxicidade do 5’-oxo-1’-fenil-1’,5’-diidro-10h-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (ACMD)
  • Data: 28/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • O cancer e caracterizado pelo crescimento descontrolado de celulas que podem invadir diversos tecidos, sendo uma das causas mais comuns de morte no mundo. Diversos problemas na terapia do cancer, como baixa efetividade, toxicidade e desenvolvimento de resistencia ao tratamento impulsionam a busca por novos farmacos. Nesse contexto, destaca-se o potencial antitumoral de derivados acridinicos. O objetivo deste trabalho foi investigar a toxicidade e a atividade antitumoral, bem como os possiveis mecanismos de acao de um novo derivado acridinico 5’-oxo-1’-fenil-1’,5’-diidro-10H-espiro[acridina-9,2’-pirrol]-4’-carbonitrila (ACMD). A atividade antitumoral in vitro foi avaliada pelo ensaio de reducao do MTT em celulas HL-60, sendo obtido um valor de concentracao inibitoria 50% (CI50) de 9,8 µM. Nas concentracoes de 11,4 e 22,8 µM, ACMD alterou a progressao do Lciclo celular, induzindo parada em G2/M, bem como induziu morte celular por apoptose, caracterizada por externalizacao da fosfatidilserina, ativacao de caspases -3 e -7 e alteracao do potencial de membrana mitocondrial. No ensaio de toxicidade nao clinica aguda em camundongos, a dose letal 50% (DL50) de ACMD foi estimada em torno de 1000 mg/kg (via intraperitoneal, i.p.), considerando o guia n. 423 da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) o que indica baixa toxicidade aguda. Para a avaliacao da genotoxicidade foi realizado o teste do micronucleo em sangue periferico de camundongos, sendo observado que ACMD (300 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade. Na avaliacao da atividade antitumoral in vivo, em modelo de Carcinoma Ascitico de Ehrlich (CAE), observou-se que apos sete dias de tratamento com ACMD (25 ou 50 mg/kg, i.p.) houve significante atividade antitumoral, considerando todos os parametros avaliados (volume, massa e viabilidade celular). Em relacao aos mecanismos de acao antitumoral, foi observado que ACMD (50 mg/kg) reduziu a microdensidade vascular peritumoral, bem como os niveis da quimiocina CCL-2. Ainda, foi observado aumento nos niveis das citocinas IL-12 e TNF-α, o que indica que ACMD foi capaz de modular a resposta imune contra o tumor. Considerando o vasto papel do estresse oxidativo na propagacao de tumores, foi avaliado o efeito de ACMD por meio do ensaio fluorimetrico do 2’7 – dicloro dihidrofluoresceina diacetato (DCFH-DA). Observou-se reducao do nivel de estresse oxidativo apos tratamento com ACMD (50 mg/kg), o que sugere efeitos antioxidantes. Ainda, foi detectado que ACMD (50 mg/kg) promoveu reducao de nitrito, indicativo da producao de oxido nitrico (NO), que e um mediador chave envolvido em processos de crescimento, angiogenese e metastase tumoral. Entre todos os parametros de toxicidade avaliados (parametros metabolicos, bioquimicos, hematologicos e histologicos), foi observado que ACMD (50 mg/kg) induziu apenas alteracoes na concentracao serica de ureia e creatinina, bem como nos niveis de hemoglobina e no percentual de hematocrito, porem permaneciam dentro dos limites de normalidade. Os dados apresentados, em conjunto, indicam que ACMD induz atividade antitumoral em celulas HL-60 por interferir na progressao do ciclo celular e induzir apoptose, e apresenta baixa toxicidade in vivo e potencial antitumoral via efeitos antiangiogenicos e imunomoduladores.
  • RAYSSA MARQUES DUARTE DA CRUZ
  • Síntese de novos derivados híbridos contendo 2-amino-tiofenos e aminoglicosídeos como potenciais agentes antimicrobianos com ação sob membranas bacterianas, constituintes aniônicos e bombas de efluxo
  • Data: 19/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • As bacterias sao microorganismos potencialmente causadores de infeccoes, com potencial de levar a morte. A introducao dos antibioticos na terapeutica promoveu um declinio da mortalidade decorrente dessas infeccoes, contudo, o uso indiscriminado dos antibioticos acelerou o processo de selecao natural, fazendo com que cepas de microorganismos desenvolvessem rapidamente mecanismos de resistencia, tornando muito dos antibioticos inefetivos, e provomendo uma continua necessidade de busca de novos agentes antimicrobianos. Dentro desse contexto, a quimica medicinal atraves de suas ferramentas, permite o desenho e a obtencao de novas moleculas com potenciais acoes biologicas. Dentre essas ferramentas, a hibridizacao molecular, se destaca, sendo uma estrategia que combina dois ou mais farmacoforos numa mesma entidade quimica visando a obtencao de moleculas com propriedades biologicas mais pronunciadas. Nesse contexto, esse trabalho objetivou o planejamento e a sintese, atraves da estrategia de hibridizacao molecular, de novos compostos contendo como farmacoforos os aminoglicosideos e os 2-amino-tiofenos, que pudessem ter suas acoes antimicrobianas potencializadas pela acao dos compostos sob as membranas bacterianas, constituintes anionicos e bombas de efluxo. Os 2-aminotiofenicos foram sintetizados atraves da reacao de Gewald, seguido por etapas de reacoes diversas de: acetilacao, reducao, protecao e desprotecao, e reacao de acomplamento com linkers. Para a sintese do hibrido, foi escolhido um 2-aminotiofeno para a reacao de acomplamento com a neamina. Foi possivel obter 18 compostos, dentre eles: 17 2-amino-tiofenos e 1 hibrido neamina + 2-aminotiofeno (RMD70). As rotas sinteticas se mostraram adaptadas, simples e eficazes, gerando os compostos em rendimentos entre 8,2% a 89,3%. Alguns compostos tiveram sua citotoxicidade avaliada atraves do ensaio de MTT, apresentando moderada a baixa viabilidade celular (de 64,27 e 82,72%). Os compostos tiveram suas atividades antibacterianas avaliadas frente a diferentes linhagens de S. aureus (ATCC e mutantes que superexpressam genes codificadores de bombas de efluxo) utilizando duas metodologias. Nenhum composto apresentou atividade antibiotica direta, porem, muitos se mostraram adjuvantes de antibioticos por atuacao na inibicao de bombas de efluxo. Na metodologia A, os compostos RMD70 e 7EST-ACET apresentaram excelente atividade, modulando a atividade da ciprofloxacina em 8x. Na metodologia B, o melhor composto foi o 6ME-EST, que modulou as 3 linhagens estudadas: 8x para IS-58 (TertK) e SA-1199B (NorA) e 16x para RN-4220 (MrsA). Observou-se que a presenca da amina livre no C-2, a ausencia de grupos volumosos na posicao C-3 e na amina piperidinica sao importantes para a atividade biologica desses compostos. Conclui-se que a hibridizacao molecular realizada foi um sucesso, resultando em compostos com importantes propriedades antibacterianas. A avaliacao complementar do hibrido (e de outros hibridos), assim como dos compostos frente a outras cepas bacterianas quesspossuem outras bombas de efluxo se faz necessario, para determinacao do espectro de acao.
  • JEFFERSON RODRIGUES NOBREGA
  • Avaliação da atividade antifúngica in vitro do α-pineno sobre Candida spp. isoladas de pacientes com otomicose
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Os fungos se destacam em meio as doencas infecciosas devido ao aumento da incidencia e das taxas de morbidade e mortalidade. Esses micro-organismos sao geralmente de natureza oportunista, capazes de desenvolver diversas infeccoes, entre elas a otomicose. Esta e uma infeccao causada fungos filamentosos e/ou por leveduras que acomete o sistema auditivo. Os principais agentes etiologicos envolvidos na otomicose sao especies pertencentes aos generos Aspergillus e Candida. O tratamento dessa infeccao envolve a eliminacao dos fatores de risco, remocao de detritos, uso de substancia antisseptica e/ou farmacos antifungicos. No entanto, o aumento do numero de casos de otomicoses, o pequeno numero de agentes antifungicos disponiveis, o uso de substancia antisseptica sem seguranca comprovada e o aumento de cepas fungicas resistentes tem despertado o interesse dos pesquisadores pela busca por terapias alternativas, especialmente por derivados de plantas e seus metabolitos, o qual destaca-se o monoterpeno α-pineno. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade antifungica do α-pineno contra especies de Candida isoladas de otomicoses, atraves dos ensaios in vitro de determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM), Concentracao Fungicida Minima (CFM) e avaliacao das alteracoes micromorfologicas na presenca do fitoconstituinte, bem como investigar o efeito da associacao entre o monoterpeno e o acido borico, atraves da tecnica de Checkerboard. O α-pineno apresentou atividade antifungica significativa frente as estirpes ensaiadas, com superior atividade inibitoria frente a especie C. parapsilosis. Alem disso, a CFM frente as cepas C. albicans e C. parapsilosis caracterizou o monoterpeno com acao fungicida. O α-pineno demonstrou ainda ser eficaz em inibir o aparecimento de estruturas fungicas, como pseudohifas e causar acentuada diminuicao de blastoconidios. Por fim, o estudo de associacao entre o fitoconstituinte e o acido borico produziu efeitos aditivos, sendo os melhores resultados observados sobre as cepas de C. parapsilosis. No entanto, apesar de resultados sinergicos nao terem sido evidenciados nesse trabalho, e importante destacar que resultados antagonicos nao foram produzidos em nenhuma das combinacoes realizadas. Em conclusao, os dados obtidos no presente trabalho fornecem expectativas mais claras para estudos farmacologicos futuros, alem de destacar a importancia do α-pineno como notavel composto antifungico e estimular sucessivas pesquisas no intuito de viabilizar sua insercao na terapeutica tradicional, otimizando as estrategias farmacologicas contra otomicoses.
  • FERNANDO FERREIRA LEITE
  • Estudo fitoquímico da espécie Piper mollicomum Kunth e atividade antibacteriana
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • O genero Piper e considerado o maior da familia Piperaceae. Com mais de 2000 especies ja descritas, e encontrado principalmente em regioes tropicais e neotropicais. Possui um alto valor comercial pelo seu amplo uso tanto na medicina popular como na culinaria tradicional, se tornando alvo de diversas pesquisas. Possuem um metabolismo diferenciado, produzindo classes de substancias que nao sao usualmente encontradas como alcamidas aristolactamas, alcaloides aporfinicos e kavalactonas, aumentando ainda mais seu potencial terapeutico. Dentre as especies do genero Piper encontra-se a Piper mollicomum Kunth, conhecida popularmente como jaborandi ou jaborandi-manso e nesse trabalho, investigacoes quimicas foram realizadas com suas raizes que foram coletadas no campus I da Universidade Federal da Paraiba, municipio de Joao Pessoa-PB. Os extratos metanolicos foram submetidos as cromatografias convencionais (adsorcao-gel de silica e XAD-2 e exclusao- gel de dextrana) resultando, apos analises por metodos fisicos (ponto de fusao) e espectrometricos (Espectrometria na regiao do Infravermelho e Ressonancia Magnetica Nuclear de 1H e 13C, incluindo tecnicas uni e bidimensionais), em quatro substancias identificadas como sendo duas aristolactamas – a 10-Metilamina-4-hidroxi-2,3-dimetoxifenantreno-1-acido carboxilico-lactama e a 10-Metilamina-4-hidroxi-3-metoxifenantreno-1-acido carboxilico-lactama, alem de um acido identificado como Acido 3,4,5-trimetoxifenil-propanoico e uma amida isobutilica identificada como a 2-Propenamida, 3-(6-metoxi-1,3-benzodioxol-5-il)-N-(2-metilpropil)-(2E), sendo as 3 primeiras relatadas pela primeira vez na especie. Foram analisadas a atividade antimicrobiana dessas quatro substancias em bacterias Gram-positivas (Bacillus. subtilis CCT 0516; Staphylococcus aureus 47; Staphylococcus aureus ATCC8027; ); e Gram-negativas (Escherichia coli 13; Escherichia coli ATCC 2536; Pseudomonas aeruginosa ATCC 8027; Pseudomonas aeruginosa 102) no entanto nenhuma delas exibiu atividade antibacteriana visto que nao houve inibicao do crescimento das cepas Gram-positivas e Gram-negativas testadas.
  • RAFAEL CARLOS FERREIRA
  • Toxicidade e ação antitumoral in vivo do 4-(4-nitrobenzoato)-piperinoato de butila, um novo derivado da piperina.
  • Data: 27/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • O cancer e um conjunto de doencas caracterizadas, principalmente, pela proliferacao descontrolada de celulas que sofreram mudancas geneticas e/ou epigeneticas. E a segunda principal causa de mortalidade no mundo, sendo responsavel por importantes taxas de morbidade. A quimioterapia, uma das principais modalidades de tratamento dessa doenca, esta associada ao surgimento de resistencia e a significativos efeitos adversos. Pensando nisso, diversas moleculas tem sido sintetizadas, visando o desenvolvimento de medicamentos mais efetivos e/ou com menor toxicidade. A piperina, um alcaloide encontrado em plantas do genero Piper, tem diversas atividades biologicas relatadas, incluindo efeito antitumoral. Contudo, essa molecula esta associada a significativa toxicidade. Desta forma, objetivando a potencializacao e/ou reducao da toxicidade da piperina, foi sintetizado o derivado inedito 4-(4-nitrobenzoato)-piperinoato de butila (DE-07). O objetivo deste trabalho foi a avaliacao da atividade antitumoral e da toxicidade nao clinica do DE-07. No ensaio de toxicidade aguda, o tratamento com das doses de 2000 e 300 mg/kg permitiu estimar o valor da dose letal media (DL50) em aproximadamente 1000 mg/kg. O uso do teste de toxicidade em embrioes de peixe (teste FET), indicou que a concentracao letal media (CL50) do DE-07 e superior a 100 µg/mL. A exposicao de embrioes/larvas de peixe-zebra ao DE-07 nao mostrou alteracoes nos indicadores de letalidade avaliados. O tratamento com DE-07 (300 mg/kg) nao aumentou a frequencia de eritrocitos micronucleados em sangue periferico de camundongos Swiss. A avaliacao da atividade antitumoral foi realizada utilizando o carcinoma ascitico de Ehrlich (CAE) e mostrou significativa reducao dos parametros de viabilidade e total celular. Na avaliacao dos possiveis mecanismos de acao antitumorais, o tratamento com DE-07 (50 mg/kg) mostrou significativa reducao da microdensidade vascular peritoneal. Em adicao, o aumento das especies reativas de oxigenio (ROS), apos tratamento com DE-07, mostrou que a inducao do estresse oxidativo esta envolvido com o seu efeito antitumoral. Em relacao a determinacao das citocinas, o DE-07 induziu aumento significativo da IL-1β, do TNF-α e da IL-4, sugerindo que o DE-07 modifica a resposta inflamatoria no microambiente tumoral contribuindo para a resposta antitumoral do DE-07. A avaliacao da toxicidade apos tratamento de sete dias com DE-07 nao mostrou alteracoes nos indices do coracao, figado, rins, baco e timo. Foi observada reducao dos consumos de agua e racao, mas sem alteracao significativa na avaliacao ponderal. Discretas alteracoes histologicas no figado foram evidenciadas. Reducao da atividade serica da aspartato aminotransferase (AST), em comparacao ao grupo controle tambem foi observada, mas dentro dos valores de normalidade para a especie. A analise histologica dos rins nao evidenciou nenhuma alteracao morfologica nesses orgaos e, corroborando com esses resultados, nao foram observadas alteracoes significativas nas concentracoes sericas de ureia e creatinina. Em relacao aos parametros hematologicos, foi observada leucocitose, acompanhada de linfocitose que, por sua vez, encontra-se dentro do intervalo de normalidade para a especie. Em adicao observou-se aumento do hematocrito (HCT) que nao foi acompanhado de alteracoes nos demais parametros do eritrograma e, desta forma, nao possui significado clinico. Esses resultados permitem inferir que o DE-07 apresenta baixa toxicidade nao clinica e significativa atividade antitumoral por efeitos antiangiogenicos, de inducao do estresse oxidativo e modulacao da resposta inflamatoria no microambiente tumoral.
  • PEDRO THIAGO RAMALHO DE FIGUEIREDO
  • ISOLAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE QUIMIOINFORMÁTICA DE TRITERPENOS DA ESPÉCIE Maytenus erythroxylon Reissek
  • Data: 25/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • Maytenus e um genero que pertence a familia Celastraceae, apresenta em torno de 300 especies distribuidas nas regioes pantropicais do mundo. Este genero, apresenta grande relevancia para o tratamento dos disturbios gastrointestinais. Maytenus erythroxylon var. Maytenus erythroxyla e endemica da regiao do nordeste brasileiro e estudos recentes mostraram que o extrato etanolico desta especie apresenta uma potente atividade antidiarreica. O objetivo deste trabalho e realizar o estudo fitoquimico e quimioinformatico de M. erythroxylon e avaliar a atividade antimicrobiana de extratos e substancias isoladas. As partes aereas de M. erythroxylon foram coletadas no municipio de Mamanguape-PB, em seguida foram secas e trituradas para a obtencao do po vegetal, este foi submetido a sucessivas extracoes com etanol a 95%, para obtencao do extrato etanolico bruto, sendo submetido a metodos cromatograficos para isolamento e purificacao dos metabolitos secundarios. Para a identificacao das estruturas quimicas foram utilizados metodos espectroscopicos de Infravermelho e Ressonancia Magnetica Nuclear de 1H, 13C e bidimensionais. Da fracao hexanica desengordurada foram isolados cinco triterpenos pentaciclicos, tres com esqueleto do tipo friedelano (3β-friedelanol, acido- 3,4-seco-friedelano-3-oico e 3-oxo-30-hidroxifriedelano) e dois com esqueleto lupano, (29-norlupan- 3,20-diona e 30-hidroxi-20(29)-lupen-3-ona). Sendo todos os compostos relatados pela primeira nesta especie, porem a 29-norlupan-3,20-diona foi isolado pela primeira vez no genero. No estudo da Relacao Estrutura-Atividade Quantitativa (QSAR) para avaliar a predicao das atividades das substancias isoladas contra os microorganismos Salmonella enteritidis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans. Os compostos foram classificados de acordo com valores de pMIC50 para gerar e validar o modelo por “Random Forest” (RF). O modelo RF de predicao para os microorganismos citados obtiveram uma porcentagem de acerto acima de 72%, area sob a curva, Receiver Operating Characteristic, acima de 0,8. Deste estudo, o triterpeno isolado acido-3,4-seco-friedelano-3-oico foi considerado ativo para o modelo de C. albicans. Paralelamente, foi realizado o estudo de docking molecular das substancias isoladas com as enzimas 14α-lanosterol-dimetilase, exo-beta-(1,3)-glucanase e N-Myristoyltransferase. Desse estudo, os triterpenos acido-3,4-seco-friedelano, 30-hidroxi-(20)29- lupen-3-ona e 29-norlupan-3,20-diona apresentaram melhores energias de ligacao na interacao com 14α-lanosterol-dimetilase e os triterpenos acido-3,4-seco-friedelano, 3-oxo-30-hidroxifriedelano e 3β- friedelanol apresentaram melhores energias de ligacao na interacao com a exo-beta-(1,3)-glucanase. Todos os triterpenos citados apresentaram interacoes semelhantes com os ligantes descritos na literatura. Foi realizado a atividade antimicrobiana das fases e substancias isoladas utilizando as cepas bacterianas: S. enteritidis (ATCC-6017), S. enteritidis (LM-13), E. coli (ATCC-18739), P. aeruginosa (ATCC-9027) e cepas de fungos C. albicans (ATCC-60193), C. tropicalis (ATCC-13803). Este estudo revelou que os produtos testados apenas inibiram as cepas dos fungos leveduriformes.
  • ANDERSON FELLYP AVELINO DINIZ
  • Suplementação alimentar com Spirulina platensis restaura os danos causados pela dieta hipercalórica em corpo cavernoso de ratos Wistar
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Caracterizada por sua natureza multifatorial, a disfuncao eretil (DE) e considerada um disturbio predominantemente vascular, definida como a incapacidade constante de alcancar e/ou manter uma erecao peniana para uma relacao sexual satisfatoria, tendo, portanto, o aumento na adiposidade corporal como um fator independente para o seu desenvolvimento. Recentemente, demonstrou-se que a suplementacao alimentar com Spirulina platensis, uma alga verde-azulada com potente atividade antioxidante, previne danos a funcao eretil. Assim, visando evidenciar novas alternativas terapeuticas para o tratamento da DE, avaliaram-se os possiveis efeitos da suplementacao alimentar com S. platensis, na reversao dos danos causados sobre a funcao eretil de ratos Wistar alimentados com uma dieta hipercalorica. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais da UFPB (certidao 6061090318). Os ratos foram divididos em grupo alimentado com dieta padrao (318,0 kcal/100g), que recebeu solucao salina (DP), grupo alimentado com a dieta hipercalorica (417,0 kcal/100g), que recebeu solucao salina (DHC), grupo alimentado com dieta hipercalorica e suplementado com a alga nas doses de 25 (DHC + SP25), 50 (DHC + SP50) e 100 mg/kg (DHC + SP100) e grupo alimentado com a dieta hipercalorica e, posteriormente, alimentado com a dieta padrao (DHC + DP). Foram analisados os parametros bioquimicos, a funcao eretil (in vivo), os mecanismos funcionais envolvidos nas alteracoes da reatividade contratil e relaxante do corpo cavernoso (in vitro), e a relacao estresse oxidativo/defesas antioxidantes tecidual. A suplementacao alimentar com S. platensis nas doses de 50 e 100 mg/kg foi eficaz na reducao dos niveis de trigliceridios nos ratos que consumiram a dieta hipercalorica. Ademais, nao houve alteracao dos parametros bioquimicos dos ratos que foram alimentados com a dieta hipercalorica em relacao aos que consumiram a dieta padrao. Adicionalmente, foi observado reducao do numero e aumento da latencia para iniciar a erecao peniana nos ratos que consumiam a dieta hipercalorica. Entretanto, tais efeitos foram restaurados pela suplementacao alimentar com a alga em todas as doses testadas, bem como, no grupo alimentado com dieta hipercalorica e posteriormente com dieta padrao. Em relacao a reatividade cavernosa, a eficacia contratil a fenilefrina (FEN) (acoplamento farmaco-mecanico) foi potencializada 61,5% no grupo DHC. Similarmente, o consumo da dieta hipercalorica promoveu uma reducao de 73,6% da eficacia relaxante induzida pela acetilcolina (ACh), evidenciando assim, os efeitos deleterios do consumo dessa dieta sobre a reatividade cavernosa, estando diretamente associada a modulacao negativa das vias do oxido nitrico (NO) e dos prostanoides. Em contrapartida, a S. platensis aumentou a biodisponibilidade de NO, reduziu a liberacao das especies reativas de oxigenio (ROS) e potencializou o efeito relaxante promovido pela acetilcolina (ACh), restaurando os danos a reatividade contratil e relaxante cavernosa. A capacidade antioxidante total (CAT) cavernosa foi aumentada, e os niveis de malondialdeido (MDA) reduzidos, pela suplementacao alimentar com a alga na dose de 50 mg/kg nos ratos do grupo DHC, restaurando, portanto, os danos oxidativos correlacionados ao consumo da dieta hipercalorica. Dessa forma, a suplementacao alimentar com S. platensis restaura os danos ao corpo cavernoso, decorrentes do consumo da dieta hipercalorica, despontando, portanto, como uma alternativa terapeutica promissora para o tratamento da disfuncao eretil causada pelo aumento da adiposidade corporal.
  • EDVALDO BALBINO ALVES JÚNIOR
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GASTROPROTETORA DO ESTRAGOL EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • O estragol e um composto organico aromatico pertencente a classe dos fenilpropanoides derivados de aldeidos cinamicos presente em oleos essenciais de especies vegetais, como Ravensara anisata (madeira), Ocimum basilicum (manjericao/alfavaca), e Croton zehntneri (canelinha). Estudos farmacologicos relatam sua atividade anti-inflamatoria, antioxidante e vasorelaxante. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade nao-clinica aguda, a atividade gastroprotetora e os mecanismos de acao relacionados. O ensaio foi considerado significativo quando *p<0,05. No ensaio de toxicidade aguda, em que foram utilizadas as doses de 300 ou 2000 mg/kg do estragol administradas por via oral (v.o.) nao foram observados sinais de alteracoes comportamentais, exceto para dose de 2000 mg/kg com diminuicao do consumo de agua e racao. Desta forma, foi possivel estimar que a dose letal 50% (DL50) e igual ou superior a 2500 mg/kg, de acordo com o guia 423 da OECD. Para a avaliacao da atividade gastroprotetora foram utilizados os modelos de inducao aguda de ulcera gastrica pelo etanol em ratos, anti-inflamatorio nao-esteroidal (AINE-piroxicam) e estresse (por imobilizacao e frio) em camundongos e contensao do suco gastrico em ratos. No modelo de inducao da ulcera pelo etanol, a carbenoxolona (100 mg/kg}) e o estragol (31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg – v.o) reduziram a area de lesao ulcerativa em 55, 25, 69, 74 e 95% (***p<0,001), respectivamente, quando comparada ao controle negativo. Alem disso, a dose mais efetiva (250 mg/kg) melhorou os parametros histologicos avaliados. Nas ulceras gastricas induzidas pelo estresse (imobilizacao e frio) a cimetidina (100 mg/kg) e o estragol (31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg – v.o) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 42, 45, 53, 59 e 65% (*p<0,01) e (***p<0,001), respectivamente, quando comparada ao controle negativo. Nas ulceras gastricas induzidas por AINEs, a cimetidina (100 mg/kg) e o estragol (31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg – v.o) reduziram o ILU em 59, 46, 47, 56 e 64% (***p<0,001), respectivamente quando comparado ao grupo controle negativo. Em ulceras gastricas induzidas por contensao do suco gastrico (ligadura do piloro) a cimetidina (100 mg/kg) e o estragol (250 mg/kg) reduziram o ILU em 42 e 52 % (v.o) (***p<0,001) e em 42 e 43 % (i.d) (###p<0,001), respectivamente. Na perspectiva de investigar os mecanismos envolvidos na atividade gastroprotetora do estragol foram avaliados os mecanismos antissecretorios ou neutralizantes da secrecao gastrica, citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorio. O tratamento i.d com estragol (250 mg/kg) diminuiu o volume do suco gastrico. A atividade gastroprotetora do estragol (250 mg/kg) envolve a participacao de grupamentos sulfidrilas, oxido nitrico, muco e prostaglandinas. Aumentou os niveis de glutationa reduzida (GSH) e glutationa peroxidase (GPx) e reduziu os niveis de malondialdeido (MDA) e mieloperoxidase. Reduziu os niveis de interleucina-1 beta (IL-1β), do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e da expressao de sintase do oxido nitrico induzivel (iNOS), alem de aumentar os niveis de interleucina-10 (IL-10) e de ciclooxigenase 2 (COX-2). Assim e possivel inferir que o estragol apresenta atividade gastroprotetora relacionada a mecanismos antissecretorio, citoprotetores, antioxidantes e imunomoduladores.
  • HIDNA NASCIMENTO DA CUNHA
  • Compostos fenólicos de Erythroxylum pauferrense Plowman: Isolamento e caracterização por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • A populacao humana sempre buscou nas especies vegetais importantes propriedades terapeuticas e, com isso, passou a utiliza-las no tratamento de diversas doencas, a partir da observacao de que nas plantas existem substancias que atuam na recuperacao da saude humana. Erythroxylum pauferrense Plowman, conhecida popularmente como “Guarda Orvalho” e uma especie da familia Erythroxylaceae endemica da regiao Nordeste do Brasil com ocorrencia confirmada apenas no estado da Paraiba. Devido a ausencia de estudos quimicos e farmacologicos, este trabalho tem como objetivo efetuar uma abordagem fitoquimica e avaliar o potencial de citotoxicidade da fase acetato de etila de E. pauferrense. As partes aereas da especie foram coletadas no municipio de Areia – PB, apos secagem e pulverizacao foi realizada uma extracao do material vegetal, e posterior particao do extrato resultando nas fases hexanica, cloroformica, acetato de etila e n-butanolica. A fase acetato de etila foi analisada por cromatografia liquida acoplada a espectrometro de massas, apresentando 14 picos principais, que foram identificados putativamente como sendo flavonoides glicosideos e flavonoides oligomericos. Essa mesma fase foi submetida a cromatografia em coluna, e uma das suas fracoes foi analisada por cromatografia liquida de alta eficiencia com detector por arranjo de diodos em escala analitica e fracionamento em escala preparativa, levando ao isolamento de tres substancias majoritarias: Quercetina-3-sambubiosideo, Quercetina-3-O-α-L-raminosideo e Ombuin-3-rutinosideo. Estes foram identificados por espectroscopia por RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais. Para a avaliacao da citotoxicidade da fase acetato de etila da E. Pauferrense foi realizada uma triagem utilizando as linhagens de celulas tumorais humanas HL-60 (leucemia promielocitica aguda), MCF-7 (adenocarcinoma mamario) e HCT-116 (carcinoma colorretal) mantidas em meio de cultura RPMI-1640. a citotoxicidade foi avaliada por meio do ensaio de reducao do MTT. Essa triagem mostrou um resultado de pouca atividade (inibicao de crescimento celular variando de 20 a 50%) para a linhagem HCT-116, uma atividade moderada (inibicao de crescimento celular variando de 50 a 70%) para a linhagem MCF-7 e muita atividade para a linhagem HL-60 promovendo uma inibicao de crescimento variando de 70 a 100%. Logo, essa triagem tem um resultado bastante promissor para a linhagem HL-60. Os resultados obtidos deste trabalho, contribuiram para o conhecimento fitoquimico e farmacologico do genero Erythroxylum e da especie Erythroxylum pauferrense.
  • ANA LAURA DE CABRAL SOBREIRA
  • Definição do perfil fitoquímico por LC/MS e primeiros metabolitos isolados de Sida planicaulis Cav. (Malvaceae) e atividade antimicrobiana
  • Data: 22/02/2019
  • Hora: 08:30
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  • Considera-se que a utilizacao milenar das plantas medicinais com a finalidade de curar as enfermidades da humanidade, proporcionou um vasto conhecimento sobre as acoes terapeuticas e a toxicidade de determinados especies. Apesar da riqueza da flora brasileira, nos ultimos 20 anos, o numero de informacoes sobre plantas medicinais tem crescido apenas 8% anualmente, buscando contribuir com este enriquecimento cientifico, o presente estudo realizou um trabalho fitoquimico pioneiro da Sida planicaulis Cav., visando a descoberta de seus constituintes quimicos e acao antimicrobiana, e assim colaborar com o enriquecimento quimiotaxonomico da familia Malvaceae. Para atingir estes objetivos fez-se uso de tecnicas cromatograficas e espectroscopicas, utilizando Ressonancia Magnetica Nuclear (RMN), uni e bidimensionais, e Espectrometria de Massas. Com a metodologia utilizada foi possivel isolar uma cumarina e um alcaloide, e identificar por FIA-ESI-IT-MS oito metabolitos secundarios, entre eles acidos fenolicos e flavonoide glicosilados. Entre as amostras que foram testadas sua atividade antimicrobiana, o alcaloide (sal da criptolepina) isolado foi o que apresentou uma CIM mais promissora, tendo uma atividade farmacologica considerada otima a moderada, podendo assim ser alvo de futuros testes microbiologicos.
  • FIAMA FEREIRA FIGUEIREDO
  • Constituintes químicos e avaliação da atividade biológica de Xylopia frutescens Aubl. (Annonaceae).
  • Data: 20/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • A familia Annonaceae reune cerca de 2.500 especies distribuidas em 108 generos por regioes tropicais e subtropicais. Entre os generos que a compoe, Xylopia e considerado um dos maiores, apresentando uma predominancia de alcaloides e diterpenos como metabolitos secundarios nas suas especies, como tambem um grande potencial farmacologico. Xylopia frutescens, comumente conhecida como “embira-vermelha”, e utilizada amplamente na medicina popular, mas poucos estudos cientificos sao relatados para a especie. Para a realizacao do estudo, as cascas de caule de X. frutescens foram coletadas em Santa Rita – PB, secas em estufa a 40 ºC e trituradas. O po seco foi submetido a extracao com etanol 95% e a solucao resultante foi concentrada em rotaevaporador, obtendo-se o extrato etanolico bruto. Este foi particionado, resultando nas fases hexanica, cloroformica e acetato de etila. As estruturas quimicas foram identificadas por espectroscopia de ressonancia magnetica nuclear, espectrometria de massas e em comparacao com dados da literatura. Um precipitado formado na fase hexanica foi identificado como uma mistura de diterpenos: o acido ent-caur-16-en-19-oico e acido ent-traquiloban-19-oico. A fase cloroformica foi submetida a cromatografia liquida de media pressao, obtendo-se fracoes que foram analisadas por cromatografia liquida de alta eficiencia acoplada ao detector de arranjo de diodos em escala analitica e fracionamento em escala semi-preparativa, levando ao isolamento de quatro alcaloides e uma lignana, identificados como pseudopalmatina, oxobuxifolina, lisicamina, laurotetanina e siringaresinol-β-D-glicosideo, respectivamente. As substancias identificadas estao sendo descritas pela primeira vez para a especie, com excecao da laurotetanina. Outra fracao dessa mesma fase foi analisada por cromatografia liquida acoplada ao espectrometro de massas, apresentando oito picos principais que foram identificados putativamente como alcaloides aporfinicos e oxoaporfinicos com seus substituintes. O oleo essencial foi extraido por hidrodestilacao em aparelho de Clevenger e caracterizado por cromatografia gasosa acoplada a espectroscopia de massas. A composicao quimica do oleo essencial foi de monoterpenos e sesquiterpenos, sendo o β-pineno (2,52 %), 1,3,5-trimetilbenzeno (3,2 %), citronelol (1,06 %), geraniol (2,35 %), timol (2,96 %), elemol (1,36 %), espatulenol (1,08 %) e cadin-4-en-10-ol (1,79 %) como constituintes majoritarios. A atividade antimicrobiana do oleo essencial foi investigada atraves da concentracao inibitoria minima (CIM), apresentando atividade antibacteriana contra Pseudomonas aeruginosa e Morganella morganii (CIMs:1024 µg/mL) e forte atividade antifungica contra Cryptococcus gattii (INCQS-40113) de 32 μg/mL e de 256 μg/mL para Candida tropicalis (ATCC-13803), sendo classificado como forte potencial antimicrobiano para estudos complementares.
  • JÉSSIKA DE OLIVEIRA VIANA
  • Investigações in silico e proposição de farmacóforo na pesquisa de novos agentes tuberculostáticos
  • Data: 20/02/2019
  • Hora: 08:30
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  • A tuberculose, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, e a doenca infecciosa causada por bacteria com os mais altos niveis de mortalidade em todo o mundo. Existem inumeros casos de resistencia a medicamentos de primeira e segunda linha, o que fortalece a necessidade continua para a descoberta de novas entidades quimicas bioativas contra esta infeccao. Dentre os metodos utilizados na busca de novos farmacos contra a tuberculose estao os estudos in silico que realiza a elaboracao de modelos quimicos e biologicos em ferramentas computacionais, possibilitando predizer e interpretar caracteristicas moleculares. Nesta perspectiva, objetivou-se empregar QSAR (Quantitative Structure-Activity Relationships) e modelagem molecular afim de se propor um possivel farmacoforo de derivados benzotiazinonas, que reuna caracteristicas estruturais responsaveis pela atividade contra a M. tuberculosis. Neste estudo foi utilizado um conjunto de 70 derivados benzotiazinonas, empregando ferramentas computacionais, como: analise dos descritores moleculares com auxilio da quimiometria, analise de suas propriedades quanticas por meio de superficies eletronicas, predicao de metabolitos, interacoes com o citocromo P450 e o acoplamento molecular em 4 proteinas importantes para o bacilo: DprE1, InhA, PS e DHFR. Como resultado, o modelo quimiometrico computado nos programas Volsurf+ e Pentacle apresentaram bons valores preditivos, onde os descritores referentes a anfifilicidade e ao volume molecular mostraram-se essenciais para a atividade dos derivados benzotiazinonas. As superficies eletronicas demonstraram o carater de alta estabilidade dos compostos com substituintes nitro, trifluorometil e hidrocarbonetos alifaticos presentes nos compostos mais ativos, corroborando com os estudos de QSAR. Os metabolitos provenientes da interacao com as CYP3A4 e 2D6 apresentaram divergencias de acoplamento no sitio dos citocromos, o que podem ser devido ao meio reacional e as divergencias existentes na estrutura das benzotiazinonas. De forma similar, o docking molecular realizado com as quatro enzimas da TB demonstraram boa interacao dos compostos mais ativos. Os fragmentos encontrados no QSAR como essenciais para a atividade biologica tambem se apresentaram como essenciais para a interacao do ligante com o sitio ativo das proteinas, sendo os grupos trifluorometil, grupo nitro e fragmento de piperazina com grupos hidrocarbonetos alifaticos os provaveis farmacoforos para as benzotiazinonas do estudo.
  • EDILEUZA BEZERRA DE ASSIS
  • ESTUDO FITOQUÍMICO E ABORDAGEM SOBRE A ATIVIDADE LARVICIDA DE Helicteres eichleri K. SCHUM (STERCULIACEAE) FRENTE A Aedes aegypti L. (DIPTERA: CULICIDAE).
  • Data: 19/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Desde os primordios da existencia humana, populacoes de todo o mundo vem utilizando produtos naturais com fins medicinais e difundindo esses conhecimentos por geracoes. Na contemporaneidade, com os avancos da ciencia, intensifica-se o interesse de pesquisadores que buscam nas plantas medicinais a descoberta de novas substancias bioativas. No cenario mundial, o Brasil se destaca como um dos paises com maiores perspectivas para exploracao sustentavel de sua biodiversidade, uma vez que e detentor da maior diversidade de especies vegetais do mundo. Nesse contexto, ressaltamos a importancia das pesquisas sobre especies vegetais que se apresentam como fontes naturais de combate aos varios estagios do mosquito Aedes aegypti, principal vetor responsavel pela transmissao dos virus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Essa busca por inseticidas naturais, oriundos de recursos renovaveis, rapidamente degradaveis e menos prejudiciais para o meio ambiente e para a saude humana, quando comparados aos inseticidas sinteticos, levou-nos a isolar e identificar os constituintes quimicos, alem de avaliar o potencial larvicida da especie Helicteres eichleri K. Schum (Sterculiaceae), conhecida popularmente no Brasil como “fumo-de-macaco”. Atraves de um estudo pioneiro do ponto de vista quimico e biologico do extrato etanolico bruto obtido das partes aereas desta especie e utilizando tecnicas cromatograficas e espectroscopicas, foram isoladas e identificadas, respectivamente, dez substancias: decanol (He-1), acido rosmarinico (He-2), uma mistura de estigmasterol e β-sitosterol (He-3a e He-3b), lupeol (He-4), uma mistura do acido ursolico e acido oleanolico (He-5a e He-5b), uma mistura do acido micromerico e acido ursolico (He-6a e He-6b), e 3-β-esteariloxi-urs-12,20-dieno (He-7). Uma abordagem preliminar, a partir da exposicao das larvas no estagio L4 de Aedes aegypti a diferentes concentracoes do extrato etanolico bruto das partes aereas de Helicteres eichleri, demonstrou promissora atividade larvicida. Apos 24 e 48 horas de exposicao, a concentracao de 20mg/mL foi capaz de matar 92,5% e 93,3% das larvas, respectivamente. A CL50 foi calculada em 4,4 mg/mL para o intervalo de 24 horas, e, utilizando o modelo de teste de Tukey, apos 48 horas de exposicao apresentou CL50 de 3,73 mg/mL, caracterizando-se assim, como uma alternativa favoravel a ser utilizada em um sistema de controle integrado desse vetor, sendo necessaria a continuidade desse estudo.
  • JOSE LUCAS FEREIRA MARQUES GALVAO
  • Estudo da atividade antibacteriana do isoeugenol contra cepas clínicas de Pseudomonas aeruginosa
  • Data: 19/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Evidencias cientificas ao longo do tempo, demonstra-se que a bacteria da especie Pseudomonas aeruginosa destaca-se dentre os patogenos que promovem elevadas taxas de morbidade, mortalidade e aumento de custos hospitalares em ambito mundial. Este micro-organismo e intrinsicamente resistente a ampla diversidade de farmacos e e capaz de se tornar resistente a diversos agentes antimicrobianos. Atualmente, verifica-se uma significativa limitacao do arsenal terapeutico que pode ser empregado para o tratamento de infeccoes causadas por esta bacteria multirresistente, uma vez que a Pseudomonas aeruginosa pode desenvolver seus mecanismos de resistencia durante a terapia antimicrobiana. Portanto, baseado na resistencia promovida por essa bacteria desperta-se a atencao dos pesquisadores a possibilidade do uso de compostos naturais, sendo estes, plantas medicinais e oleos essenciais e seus fitoconstituintes na prevencao e tratamento de enfermidades, dentre esses fitoconstituientes destaca-se o isoeugenol, um fenilpropanoide. Diante disso, foi avaliada atividade antibacteriana do isoeugenol contra cepas clinicas de Pseudomonas aeruginosa atraves de ensaios realizados in vitro: Determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Bactericida Minima (CBM) e estudos de associacao do isoeugenol com antimicrobianos convencionais (gentamicina e meropenem). Na avaliacao da atividade antibacteriana, o isoeugenol apresentou uma CIM de 64 µg/mL e uma CBM de 128 µg/mL, ja para os antimicrobianos convencionais a gentamicina apresentou uma CIM de 1024 µg/mL e uma CBM >1024 µg/mL, enquanto que o meropenem teve sua CIM e sua CBM de 32 µg/mL. A associacao do fenilpropanoide primeiramente com a gentamicina mostrou-se tanto para a cepa ATCC quanto para a cepa clinica L.M 297 um efeito sinergico, diferentemente foi observado que na associacao do meropenem com a cepa ATCC resultou-se um efeito de aditividade ou indiferenca e para a cepa clinica L.M 297 um efeito de antagonismo. Com isso, os resultados obtidos nesse estudo sugerem uma atividade antibacteriana do isoeugenol frente a cepas clinas de P. aeruginosa, seja de forma isolada ou em associacao com antimicrobiano padrao.
  • ANA LIGIA DA COSTA PEREIRA
  • Síntese, elucidação estrutural e estudos in sílico de novos compostos 2-amino-tiofênicos imídicos candidatos a fármacos antifúngicos, antileishimanicida e antitumorais
  • Data: 18/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Criptococose, leishmaniose e cancer, a exemplo do adenocarcinoma cervical, sao doencas que apesar de divergirem quanto a etiologia possuem em comum uma alta incidencia, e problemas relacionados a biodisponibilidade, a toxicidade e a resistencia aos farmacos disponiveis na terapeutica. Com o intuito de trazer novas alternativas para essas enfermidades, diversas estrategias do planejamento racional de farmacos podem ser empregadas, envolvendo etapas de estudos in silico (ADMET e docking molecular), alem de sintese organica (hibridacao molecular) permitindo a validacao de alvos moleculares e o desenvolvimento de novos farmacos. Nesse contexto, e sabendo que os heterociclos 2-amino-tiofeno e as imidas ciclicas se mostram como farmacoforos atraentes para a quimica medicinal, e tambem para essas 3 doencas, o objetivo desse trabalho foi sintetizar novos hibridos 2-amino-tiofenicos-imidicos e realizar estudos in silico ADMET e de docking molecular para diversos alvos de Cryptococcus neoformans, leishmania e adenocarcinoma cervical, visando a predicao dos compostos potencialmente mais ativos, para conducao futura de testes biologicos. Para tanto, foram testadas diversas metodologias sinteticas, dentre as quais o metodo de reacao sem solvente a 150ºC foi o escolhido para obtencao dos diferentes derivados hibridos. Foram obtidos em rendimentos variados (5,83-81,29%) 18 hibridos tiofenos-imidicos, sendo 3 maleimidicos, 6 ftalimidicos, 5 iso-indolinicos e 4 bis-indolilicos. Esses compostos tiveram suas caracteristicas fisico-quimicas determinadas e suas estruturas foram comprovadas atraves de espectroscopia de ressonancia magnetica nuclear de 1H e 13C, espectrometria de massas e difratometria de raios X (para CNF-08 e ESF-07). Os softwares SwissADME e Osiris Property Explore foram utilizados nos estudos in silico ADMET, onde se observou que os hibridos contendo maleimidas e ftalimidas apresentaram melhores perfis de biodisponibilidade, absorcao gastrointestinal e toxicidade, destacando-se os compostos CNMA-06 e ESMA-06 que mostraram o melhor valor de drugscore. A maioria dos compostos nao tem potencial de interacao com as isoformas CYPCD6, CYPC3A4 do citocromo CYP450, nem com P-gp, especialmente os hibridos bis-indolinas (a exemplo de ESDP-06 e IPDP-06). Quanto ao potencial de induzir efeitos mutagenicos tumorigenicos, irritantes e reprodutivos, todos os compostos com excecao de IPDP-06 (que apresentou baixo risco) e de todas bis-indolinas (que apresentaram medio a alto risco), apresentaram-se atoxicos. Os estudos de docking molecular foram conduzidos com auxilio do software Molegro Virtual docking 6.0, usando de 3 a 4 alvos moleculares para cada uma das doencas. Todas as moleculas apresentaram valores negativos de energia de ligacao, muitos dos quais inferiores as drogas referencias utilizadas, e ate mesmo aos ligantes co-cristalizados, indicando que as moleculas tem grande potencial de se ligar com estabilidade e afinidade as macromoleculas selecionadas. Os melhores ligantes para os alvos foram os hibridos iso-indolinicos e, principalmente, bis-indolinicos, que possuem radical -COOEt na posicao C-3 do nucleo tiofenico. Alem disso, em sua maioria, as bis-imidas como CNBT-07, ESBT-06, ESBT-07 e IPDP-06 para Cryptococcus neoformans, ESDP-06, IPDP-06 e IPBT-06 para leishmania e ESBT-06, ESBT-07 e IPBT-06 para adenocarcinoma cervical apresentaram um perfil multi-target, o que sugere um grande potencial terapeutico, e estimula a realizacao dos ensaios para comprovacao das atividades biologicas.
  • LAZARO GONCALVES CUINICA
  • Tecnologias analíticas para caracterização química e biológica de drogas vegetais e extratos secos da Urtica dioica L. e Cnidoscolus urens L.
  • Data: 06/02/2019
  • Hora: 09:00
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  • Os extratos da Urtica dioica L. e das especies do genero Cnidoscolus tem demostrado a capacidade de diminuir respostas inflamatorias em pesquisas in vivo e in vitro, por meio de varios mecanismos, cujas consequencias sao a reducao de citocinas pro-inflamatorias como IL-1β, IL-2, IL-6, IFNγ, TNF-α e TNF-κ e inibicao das ciclo-oxigenases (COXs). Assim, neste trabalho pesquisaram-se as tecnologias analiticas para caracterizacao quimica e biologica de drogas vegetais e extratos secos da Urtica dioica L. e Cnidoscolus urens L. Os experimentos foram desenvolvidos em quatro etapas de pesquisa. 1 – A caracterizacao termoanalitica da droga vegetal e do extrato seco da U. dioica, foi feita atraves de termogravimetria (TG), analise termica diferencial (DTA) e pirolise acoplada a cromatografia gasosa e espectrometria de massa (Pyr-GC/MS). As amostras foram submetidas a TG-dinamica nas atmosferas de nitrogenio e do ar, TG-isotermica na atmosfera do ar e DTA em nitrogenio. Os parametros cineticos foram determinados pelo modelo de Ozawa e pela equacao de Arrhenius. As moleculas termodegradaveis ​​a 250, 350 e 450 °C foram identificadas por Pyr-GC/MS. A amostra da droga vegetal com menor tamanho de particulas, teve maior perda da massa total, menos tempo para a degradacao de 5% da massa a 30 °C, apresentou entalpia e energia de ativacao baixas em relacao as outras amostras com tamanho de particulas maiores. O extrato seco por spray dryer mostrou maior estabilidade termica em comparacao com o extrato seco na estufa. Foram identificados 54 fragmentos moleculares em todas as amostras da droga vegetal e 42 em extratos secos. 2 – O extrato de C. urens foi preparado em maceracao dinamica e seco em estufa, tendo sido obtido 82,49% de rendimento do extrato seco. A validacao dos metodos analiticos para quantificacao de flavonoides e taninos totais foi feita espectrofotometricamente. Os metodos propostos mostraram-se especificos, sensiveis, precisos, exatos e robustos, sendo adequados para uso laboratorial de rotina. 3 – Tendo sido demostrado que a lise das hemacias no local de inflamacao esta envolvida em acoes anti-inflamatorias e processos imunologicos, analisou-se o efeito hemolitico do extrato de Cnidoscolus urens (ECU), diclofenaco sodico, piroxicam e meloxicam no local da inflamacao. Foi preparado 0,8% (v/v) de suspensao de hemacias humanas em solucao salina (0,9% NaCl). Testou-se 100, 250, 500, 1000 e 1500 μg/mL do ECU, e 20, 40, 60, 80 e 100 μg/mL de cada farmaco em meio com e sem solucao hiposalina. As absorbancias de hemoglobina foram lidas no espectrofotometro UV/VIS a 405 nm. No meio hiposalino, o efeito hemolitico do ECU foi significativamente maior em relacao ao efeito do diclofenaco sodico e significativamente inferior ao efeito de piroxicam e meloxicam nas concentracoes testadas. O efeito do ECU, piroxicam e meloxicam no meio hiposalino foi significativamente maior em relacao ao efeito dos mesmos no meio sem solucao hiposalina. A partir de 80 μg/mL em meio sem solucao hiposalina, o meloxicam induziu um efeito hemolitico elevado em relacao ao agente hemolisador. Os efeitos hemoliticos do diclofenaco sodico em ambos meios nao mostraram diferencas significativas entre si e em ralacao ao controle. Concluindo-se que uma das acoes do ECU, piroxicam e meloxicam no local de inflamacao e a inducao da hemolise. 4 – A validacao de metodologia de analise da quercetina no extrato seco de C. urens foi feita por cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE-UV/DAD). Os tempos de retencao da quercetina na amostra do padrao e do extrato foram de 10,3 e 10,7 minutos, respectivamente. A metodologia analitica foi eficiente para o fim desejado, cumprindo satisfatoriamente com os parametros exigidos pela ANVISA-Brasil. O metodo sera util para a determinacao do teor da quercetina em derivados vegetais de C. urens.
  • NORMANDO ALEXANDRE DA SILVA COSTA
  • Síntese, caracterização, estudos in silico e avaliação biológica de novos derivados da piperina
  • Data: 05/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • A piperina e um alcaloide presente nas especies do genero Piper, essa molecula possui diversas atividades biologicas, muitas de interesse para a industria farmaceutica, como atividade antitumoral. Sendo uma molecula de ocorrencia natural, de extracao simples com altos rendimentos. Neste trabalho, foi descrito a sintese e caracterizacao de 15 amido esteres derivados da piperina, sendo todas as moleculas ineditas. Os Produtos finais foram obtidos atraves de uma reacao substituicao nucleofilica (SN2) entre o sal do acido piperico e as 2-cloroacetamidas substituidas, apresentando rendimentos entre 63 a 92%. A confirmacao das estruturas foi feita utilizando metodos espectroscopicos, tais como IV, RMN de 1H e 13C e analise elementar. As caracteristicas fisico-quimicas, toxicologicas, biodisponibilidade oral, permeabilidade pela barreira hematoencefalica, interacoes com a enzima Citocromo p-450 e Glicoproteina-P, ambas analises realizadas por testes In Silico atraves de Software gratuitos (SwissAdme, Osiris e Molispiration). Com excecao da molecula HE12 todas as moleculas apresentam biodisponibilidade oral adequada. Na avaliacao toxicologicas, as moleculas apresentaram risco reprodutivo, proveniente da estrutura natural da piperina, as moleculas HE03 e HE05 apresentaram tambem risco irritante e tumorogenico respectivamente. Na avaliacao microbiologica das moleculas, foi usada a tecnica de diluicao para obter as concentracoes inibitorias minimas do crescimento dos microrganismos (CIM) contra os seguintes microrganismos patogenicos aos seres humanos: Staphylococcus aureus ATCC-13150; Staphylococcus epidermidis ATCC-12228; Pseudomonas aeruginosa ATCC-25853; Candida albicans – ATCC 76645, LM-1108, LM; Candida tropicalis ATCC 13803, LM 18 e Aspergillus flavus LM-714. Os resultados demonstraram que os compostos nao apresentaram atividade biologica ate a concentracao maxima de 1024 µg/mL. Os derivados HE02 e HE03 foram submetidos a ensaios de toxicidade pre-clinica aguda, a dose letal (DL50) foi estimada em 2000mg/Kg para o HE02 e 5000 mg/kg para o HE03 (nao provocou a morte de camundongos). Os compostos HE02 e HE03 apresentaram significante atividade antitumoral in vivo em modelo de Carcinoma Ascitico de Ehrlich (CAE), considerando especialmente os parametros viabilidade e total celular, foi observado uma diminuicao significativa nos animais tratados com HE02 e HE03 em todas as doses experimentais. Nao houve diferenca significativa entre as doses de 12,5 e 25 mg/kg de HE02 e HE03, apresentando, potente atividade antitumoral in vivo frente CAE. Alem disso, o HE-03, nessa linhagem tumoral e nas concentracoes de 6,25 e 12,5 mg/kg, reduziu os parametros avaliados semelhante ao 5-Fluorouracil, utilizado como controle positivo nesse ensaio. Esses derivados revelam-se importantes compostos para serem avaliados em testes in vivo.
2018
Descrição
  • TAYNARA BATISTA LINS MELO
  • ESTUDO DE PRÉ FORMULAÇÃO DE RECRISTALIZADOS E MICROPARTICULAS DO ÁCIDO FERÚLICO
  • Data: 14/12/2018
  • Hora: 14:00
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  • O acido ferulico (AF) e um acido fenolico e sua principal atividade biologica relatada e antioxidante, porem possui solubilidade limitada. O presente trabalho realizou o estudo de pre-formulacao do acido ferulico (AF) para o desenvolvimento de cristais e microparticulas com quitosana visando o aumento de solubilidade e, tambem, foram avaliadas as caracteristicas do estado solido. Para a caracterizacao do estado solido utilizaram-se as tecnicas de difracao de raio X (DRX), espectroscopia na regiao do infravermelho (IV), calorimetria exploratoria diferencial (DSC), termogravimetria (TG), analise termica diferencial (DTA), microscopia eletronica de varredura (MEV) e granulometria a laser. Os cristais de acido ferulico foram obtidos pelo processo de cristalizacao atraves de duas tecnicas diferentes (cristalizacao de anti-solvente e sonocristalizacao). Um metodo analitico foi desenvolvido para a quantificacao do AF por Cromatografia Liquida de Alta Eficiencia (CLAE) e para o doseamento das microparticulas. A obtencao das microparticulas foi delinada atraves de um planejamento fatorial 23 variando a proporcao de acido ferulico e quitosana, o percentual de quitosana e tempo de agitacao, e foram caracterizadas por DRX, IV, DSC e TG, eficiencia de encapsulacao e estudo de dissolucao. Para o AF e cristais obtidos foi observado nos difratogramas e nos espectros de IV picos com angulos de difracao e bandas de absorcao semelhantes, respectivamente, com variacoes nas intensidades relativas. Na curva de DSC e DTA do AF na razao de aquecimento de 10 °C min-1 observou-se um pico endotermico referente a fusao do farmaco em 176,2 e 173,9 °C (ΔHfus=0,14 e 1,16 KJ g-1), respectivamente, que foi semelhante para os cristais. Nas curvas de TG podemos ver uma unica etapa de degradacao ocorrendo apos a fusao com temperatura de onset de 218,5°C e perda de massa de 87,9% enquanto para os cristais esse estagio ocorre em temperaturas inferiores. No tamanho de particula observamos que o AF possuia o tamanho de 45,43 µm, que sofreu reducao devido o processo de cristalizacao, principalmente para o cristal com alcool isopropilico por anti-solvente, com 7,59 µm e, consequentemente, a solubilidade do AF foi melhorada em 15%. O metodo para quantificacao do AF foi validado segundo a RDC 166/2017 pelos parametros de seletividade, linearidade, precisao, exatidao e robustez. A caracterizacao do estado solido das microparticulas (MP) obtidas pelo planejamento mostram diferencas no padrao de DRX, e por IV, apresentaram diminuicao de intensidade, somatorio e sobreposicao de bandas de absorcao referentes ao AF e quitosana. As curvas da analise termica mostraram um perfil calorimetrico e termogravimetrico diferente. A dissolucao das MPs foi realizada em tampao acetato (pH 4,5) que foi escolhido previamente pela dissolucao do AF, mostrando diferenca na taxa de dissolucao do AF com aumento do tempo para liberacao maxima de AF. As MPs apresentaram eficiencia de encapsulacao maior que 70%. A partir dos resultados, a melhor condicao para obtencao da microparticula foi 1 parte de AF para 2 de quitosana, 1,5% de quitosana e tempo de agitacao de 90 minutos, pois apresentou um padrao mais amorfo no DRX, no DSC, com desaperecimento do pico de fusao do AF e a dissolucao apresentou um tempo maximo de liberacao de 270 minutos. Diante desses resultados, a MP escolhida foi obtida em maior quantidade (30g) e foi caracterizada pelas tecnicas de DRX, IV, DSC, TG e MEV. Alem disso, foram realizados os testes de solubilidade, dissolucao, eficiencia de encapsulacao (CLAE), estudo de propriedades de fluxo do po e estudo de compatibilidade. A MP apresentou as mesmas caracteristicas fisico-quimicas observadas no primeiro lote a partir das tecnicas de DRX, IV, DSC e TG. No estudo de solubilidade, a MP mostrou um aumento de solubilidade de 53% frente ao AF. O perfil de dissolucao da MP foi caracteristico de cinetica de ordem zero e o tempo para liberacao maxima do AF foi de 270 minutos. Avaliando as propriedades de fluxo do po do AF e MP, observou-se que a MP apresentou melhor classificacao quanto ao escoamento do po. O estudo de compatibilidade para as misturas binarias (AF + excipientes) constatou compatibilidade com celulose, estearato de magnesio e lactose enquanto que na mistura ternaria (MP + excipientes) nao houve incompatibilidade com os excipientes por DSC, TG e IV. Diante disso, o AF mostrou caracteristica de IFA de classe IIb e por isso foi necessario o desenvolvimento de um sistema microparticulado com quitosana (polimero hidrosoluvel) para um incremento da solubilidade, o que influencia na melhora da biodisponibilidade, bem como nas propriedade tecnologicas para o desenvolvimento de produtos farmaceuticos.
  • RAYANNE SALES DE ARAUJO BATISTA
  • DESENVOLVIMENTO E ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DE PRÉ-FORMULADOS DO ÁCIDO CINÂMICO
  • Data: 14/12/2018
  • Hora: 09:00
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  • O acido cinamico (AC) e um composto fenolico presente em alimentos e vegetais, que possui ampla variedade de atividades biologicas, porem baixa solubilidade aquosa. Assim, o objetivo desse estudo foi desenvolver pre-formulados do acido cinamico atraves de estudos de caracterizacao e pre-formulacao, visando melhora na solubilidade aquosa. Foram produzidos cristais de AC pelas tecnicas de cristalizacao por anti-solvente e sonocristalizacao. O AC e os cristais obtidos foram caracterizados pelas tecnicas de Calorimetria Exploratoria Diferencial (DSC), Analise Termica Diferencial (DTA), Termogravimetria (TG), Difracao de raio-X do po (DRXP), Espectrofotometria de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletronica de Varredura (MEV), granulometria, e tambem foi realizado o estudo de solubilidade por saturacao. Foi desenvolvido e validado um metodo analitico por cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE-DAD) para quantificacao do AC e doseamento da microparticula. Pelo metodo de evaporacao de solvente atraves de um planejamento fatorial foram produzidas microparticulas de AC com quitosana, onde cada amostra proveniente dos tratamentos obtidos foi avaliada atraves das tecnicas DRXP, FTIR, TG, DSC, e eficiencia de encapsulacao (EE). A partir das condicoes escolhidas no planejamento, um novo lote da microparticula foi produzido, e caracterizado pelas tecnicas ja citadas, adicionando a tecnica de MEV, e os ensaios de solubilidade, estudo de dissolucao, de propriedades de fluxo do po. Tambem foi realizado o estudo de compatibilidade fisico-quimico do AC com excipientes pelas tecnicas de DSC, TG e FTIR. De acordo com os resultados obtidos para os cristais, nao se observaram mudancas nas caracteristicas fisico-quimicas do AC, apenas foi constatada uma forma mais regular e distribuicao mais uniforme do tamanho dos cristais. A cristalizacao por anti-solvente foi a tecnica que apresentou melhores resultados no tocante ao incremento de solubilidade para o AC, porem nao foi suficiente para obter uma melhora expressiva na solubilidade aquosa, sendo necessario o uso de tecnologias alternativas, como o uso de sistemas microparticulados. Os resultados da validacao da metodologia por CLAE-DAD mostraram o tempo de retencao do AC de 8,65 minutos e linearidade com coeficiente de correlacao r = 0,9999 para um modelo homocedastico, preciso e exato, com recuperacao do padrao variando entre 98,35 e 104,50%. Atraves do planejamento fatorial do tipo 23, avaliando os parametros proporcao de AC e quitosana na amostra (AC/Q), percentual de quitosana em solucao (% Q) e o tempo de agitacao da solucao, foi possivel distinguir entre as amostras as melhores condicoes de preparo da microparticula, sendo escolhida a microparticula MP5. Esta apresentou um perfil cristalografico predominantemente amorfo, confirmado pela ausencia de pico de fusao do AC por DSC, sem alteracoes na estabilidade visto os dados de TG, e somado aos dados de FTIR indica-se a formacao do sistema microparticulado, com 99 % de EE do AC na microparticula. Foi produzido um segundo lote da microparticula nas condicoes delineadas, a qual manteve as caracteristicas fisico-quimicas encontradas no lote anterior, porem com relativa reducao da EE para 89 %. Os resultados de MEV mostraram uma morfologia homogenea e ausente de poros. A microparticula obteve aumento de solubilidade, exibindo 85,5 % de AC soluvel em meio aquoso frente a 32,5 % do AC puro, como tambem aumentou a taxa de dissolucao e eficiencia de dissolucao, de 52,7 % para 94,4 %, e de 44,6 % para 80,9 %, respectivamente. Quanto as propriedades tecnologicas de fluxo do po, a microparticula obteve melhor classificacao comparada ao AC puro. E mediante os resultados para o estudo de compatibilidade, observou-se ausencia de interacoes para as misturas binarias e ternarias com os excipientes avaliados para producao de formulacoes farmaceuticas solidas. Das tecnicas empregadas para melhoramento da solubilidade do AC, constatamos que a producao de um sistema microparticulado, utilizando a quitosana como matriz polimerica, apresentou resultados mais satisfatorios que a recristalizacao. Logo, a microparticula obtida, associada as propriedades terapeuticas do AC, apresenta-se interessante do ponto de vista tecnologico para o desenvolvimento de produtos farmaceuticos em formulacoes solidas de uso oral.
  • ANALU FREITAS DE SOUZA BRITO
  • Novas saponinas isoladas de Cereus jamacaru
  • Data: 13/12/2018
  • Hora: 14:00
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  • Cereus jamacaru pertence a familia Cactaceae, e popularmente conhecido no Brasil por mandacaru, com ocorrencia nos estados do Piaui, Paraiba, Ceara, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais. O uso popular desta especie e relatado no tratamento de problemas uretrais, sifilis, dores na coluna cervical, sendo indicado tambem no controle de diabetes, no tratamento de pedras vesiculares, problemas no aparelho respiratorio como tosses e bronquites, alem de ulceras. Este trabalho teve como objetivo contribuir com a ampliacao do conhecimento quimico do genero Cereus atraves do estudo fitoquimico de Cereus jamacaru. Para isto, o material vegetal, apos seco e moido, foi submetido a uma maceracao com etanol a 95% por 72 horas, sendo esse processo repetido por tres vezes, obtendo-se o extrato etanolico bruto (EEB). Uma aliquota do EEB (30,0g) foi submetida a uma particao liquido-liquido em uma ampola de separacao com os solventes hexano, diclorometano e acetato de etila. A fracao acetato de etila foi submetida a uma cromatografia em coluna para realizar um fracionamento previo desta fracao. Em seguida foi desenvolvido um metodo analitico por CLAE-DAD, posteriormente, transposto para uma escala semipreparativa, sendo assim possivel isolar uma saponina relatada pela primeira vez na literatura. Posteriormente, foi desenvolvido um metodo de isolamento porCLAE-ESI-EM/EM, sendo assim possivel isolar uma outra saponina, tambem relatada pela primeira vez na literatura Desta forma, este trabalho revelou esta especie como bioprodutora de saponinas triterpenicas.
  • AMILTON DA SILVA SOUZA
  • TECNOLOGIAS ANALÍTICAS E DE PRODUÇÃO VEGETAL DE Bauhinia Cheilantha (Bong.) Steud.
  • Data: 13/12/2018
  • Hora: 08:30
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  • A Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud, conhecida popularmente como mororo na regiao Semiarida do Brasil, a especie apresenta alto valor economico devido a seu uso medicinal popular e industrial, sendo uma planta de ocorrencia na caatinga. Este trabalho objetivou-se a desenvolver tecnicas analiticas e de producao vegetal voltados para B. cheilantha como subsidios para fortalecer a geracao de conhecimento voltado para caracterizacao de produtos (farmacologicos) com potencialidades dentro do contexto do Semiarido brasileiro. Foram utilizadas no experimento cinco matrizes da especie, coletadas no municipio de Monteiro, cariri paraibano. Apos a coleta dos frutos e sementes, foram realizadas as analises morfologicas (biometria), onde determinou-se o diametro, largura e espessura de 100 frutos e 100 sementes para cada matriz. Foram realizadas analises de emergencia, utilizando-se sementes sem tratamento pre-germinativo. A producao vegetal se deu pela implementacao do plantio de 96 sementes de cada matriz, fazendo-se a caracterizacao das plantulas desde sua emergencia, desenvolvimento, e retirada. As analises fisico-quimicas da droga vegetal ocorreu por tecnicas convencionais (teor de umidade e cinzas), e por tecnicas termoanalitica, TG e DTA em diferente granulometria, foram aplicados para a avaliacao dos parametros cineticos. Os resultados das caracteristicas biometricas dos frutos e sementes apresentaram similaridade entre as matrizes. As sementes sem interferencia de tecnica de quebra de dormencia, apresentaram uma certa pre disposicao germinativa, nao sendo necessario a quebra de dormencia. O teor de umidade apresentou similaridade entre as matrizes, apresentando perca de umidade percentuais entre 12,34% a 13,17%. O mesmo ocorreu com a determinacao teor de cinzas, com um valor percentual medio restante de materia de 3%. As curvas TG apresentaram, na atmosfera inerte e oxidativa, cinco eventos de degradacao de massa, onde a principal etapa foi observada no segundo evento, apresentando respectivas temperatura e a perca de massa que variaram entre 225 – 452ºC e 29 – 48% atmosfera inerte, e 237 – 417ºC e 29 – 43% oxidativa, para todos as razoes. As curvas DTA por GT mostraram dois eventos exotermicos nas faixas de temperatura entre 274°C – 408°C e 427°C – 582°C, e o pico variando entre 336 – 345 °C e 462 – 486°C, respectivamente primeiro e segundo evento. Ja as curvas de DTA por GP apresentaram variacoes na quantidade de picos, mostraram dois ou tres eventos com caracteristica endotermica. Na producao vegetal, quatro matrizes apresentaram percentuais de EP aproximado entre 78,1% – 80,2%, exceto a M5 com EP = 64,4%. As plantulas apresentaram um alto indice de mortalidade com menos de 60 dias emergidas, apresentando um valor medio percentual de 92,7% de mortalidade, obtendo assim a caracterizacao das plantulas apenas com 30 e 60 dias, tendo respectivamente valores medios de altura igual a 2,7cm e 3,4cm e de diametro do caule igual a 0,66mm e 0,77mm. Com a retirada das plantulas com 60 dias, obteve-se valor medio de 5,8g da massa das plantulas. Pode-se concluir que a M5 apresentou um melhor desempenho desse estudo, mediante as correlacao de dados, e mesmo diante do curto periodo de desenvolvimento das plantulas de B. cheilantha, decorrente do alto percentual de mortalidade, o presente estudo tem grande importancia para a especie, considerando os resultados apresentados e suas correlacoes, apresentam informacoes sobre caracteristicas fisicas e termicas da sementes, e sobre o desenvolvimento dessa especie nativa da caatinga.
  • JOAO PAULO PEREIRA DE LIMA
  • Tecnologias analíticas e de produção vegetal da aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão)
  • Data: 12/12/2018
  • Hora: 14:00
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  • Myracrodruon urundeuva Fr. Allemao (Anacardiaceae) e uma especie de ocorrencia na regiao nordeste do Brasil, conhecida popularmente como aroeira-do-sertao, uma das plantas cujo uso medicinal e dos mais difundidos na regiao, especialmente por suas propriedades etnofarmalogicas, incluindo atividades antimicrobianas. De acordo com o conhecimento documentado sobre o uso fitoterapico da aroeira, a mesma foi incluida na lista oficial de Plantas ANVISA, mas devido ao extrativismo inadequado a especie foi considerada na Lista Oficial das Especies da Flora Brasileira Ameacadas de Extincao elaborada pela Fundacao Biodiversitas sob os auspicios do Ministerio do Meio Ambiente. Este trabalho buscou desenvolver um modelo metodologico para avaliar a integridade da M. urundeuva considerando a caracterizacao biologica e termica da especie. As sementes foram estudadas em tres diferentes estagios de maturacao I verde, II intermediario e III maduro, utilizando diferentes metodos analiticos para sua caracterizacao. O material foi coletado nos municipios de Sume e Sao Joao do Cariri na regiao semiarida da Paraiba, Brasil. Na caracterizacao biometrica determinou-se o diametro, a largura e a espessura de 100 sementes em cada estagio de maturacao utilizando-se um paquimetro manual. Sementes em diferentes fases tiveram comprimento medio, respectivamente, da fase I (4,44 mm), fase II (4,42 mm) e fase III (3,33 mm). Na caracterizacao Termogravimetrica foi determinado teor de umidade pelo metodo de estufa com circulacao a ar na qual a amostra S1, S2 e S3 apresentou 74%,56% e 8,8% respectivamente, para as amostras de SJ1, SJ2 e SJ3 apresentaram 69%, 9,3% e 3,4% da umidade presente nas sementes, e o teor de cinzas foi determinado pela metodologia 018/IV Residuo por incineracao – Cinzas (IAL, 2005). As amostras foram analisadas por tecnicas termogravimetricas (TG) nas razoes de aquecimento 5, 10, 20 e 40 °C.min-1 e analise termica diferencial (DTA) 10°C.min-1. Nas curvas TG observaram-se seis eventos de degradacao de massa, tanto na atmosfera inerte como oxidativa, indicando similaridade entre os perfis tendo como resultados da energia de ativacao S1, S2 e S3 102,37, 94,41, 94,34 jmol-1 e SJ1, SJ2 e SJ3 97,66, 100,85 e 96,75 jmol-1. As curvas DTA mostraram dois eventos exotermicos nas faixas de temperatura de 250°C a 380°C e 420°C a 510°C, e o pico variando entre 312 – 349 °C e 449 – 475°C. A pirolise acoplada a cromatografia gasosa / espectrometria de massa (PYR-GC / MS) apresentou fragmentos semelhantes ao diferentes estagios. Para a producao vegetal e acompanhamento do desenvolvimento dos brotos utilizou-se seis arvores matrizes e 20 baldes por matriz, sendo depositadas 4 sementes por balde e 80 sementes por matriz. Os resultados da producao vegetal de M. urundeuva foram apresentados por sua emergencia, desenvolvimento e mortalidade.
  • POLYANNA BARBARA DE MEDEIROS OLIVEIRA
  • Tecnologias Analítica e de Produção Vegetal de Erythrina velutina Willd.
  • Data: 12/12/2018
  • Hora: 08:30
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  • A especie Erythrina velutina WILLD., tambem conhecida na regiao semiarida do Brasil, como mulungu, e uma arvore de ampla resistencia a seca, proporcionando rusticidade e rapido crescimento, largamente utilizada na recuperacao de areas degradadas, com forte presenca na regiao. Possui caracteristicas quimicas e farmacologicas para a producao de fitoterapicos. O objetivo da pesquisa e desenvolver tecnicas termoanaliticas e tecnicas de producao vegetal da especie Erythrina velutina WILLD. como forma de maximizar o conhecimento da potencializacao farmacologica da materia-prima vegetal na regiao semiarida brasileira. Durante a pesquisa, foram escolhidas cinco matrizes de E. velutina, na regiao do Cariri Ocidental no municipio de Serra Branca, localizado na Paraiba, Brasil. Foram feitas triagens do material coletado e, em seguida, foram feitas analises morfologicas das sementes. Iniciando com a biometria, foram selecionados 100 sementes de cada matriz, onde verificou-se os parametros de comprimento, largura e massa de cada semente. Na caracterizacao biologica, foram realizadas analises de emergencia, a fim de obter melhores resultados com tratamentos pre-germinativos. Para a implementacao da producao vegetal, foi semeada 96 sementes de cada matriz em baldes, observando a emergencia das plantulas, a fim de caracteriza-las desde a emergencia, desenvolvimento e retirada, em periodos fixos de desenvolvimento. As analises fisico-quimicas foram organizadas em analises convencionais, como umidade e cinzas, e tambem em analises termoanaliticas como TG e DTA, em granulometrias diferenciadas, a fim de avaliar parametros cineticos e parametros termicos. Para os resultados biometricos das sementes obtiveram-se medias do parametros de comprimento, diametro e massa para cada matriz. Na producao vegetal, analisando os dados de emergencia das plantulas, houve significativa diferenca entre as matrizes, variando entre 70,8% e 34,4%. Sendo assim, a matriz 2 e a matriz 4 apresentaram indice de emergencia iguais, 70,8%. Tratando-se da mortalidade, as plantulas obtiveram baixos teores de mortalidade, somente na matriz 1 (34,4%) e na matriz 2 (10,4%), esses indices foram registrados. Nas medidas das plantulas em 30, 60, 90 e 120 dias, obteve-se valores medios de comprimento entre 38,09 cm e 57,8 cm e diametro do caule entre 16,13 mm e 19,39 mm. As sementes apresentaram singularidade no teor de umidade entre as matrizes da especie, apresentando perda de umidade percentuais entre 4,27% a 5,24%. Da mesma forma ocorreu para a determinacao do teor de cinzas, com valor percentual entre 26,7% ate 43,2%. As curvas TG apresentaram, na atmosfera inerte e oxidativa, cinco eventos de degradacao de massa, onde a principal etapa de degradacao foi observada no terceiro evento, apresentando respectivas temperatura e a perda de massa que variaram entre 213,26 – 378.46ºC e 34,14 – 40,17% atmosfera inerte, e 252,87 – 466,98ºC e 20,28 – 22,73% oxidativa, para todos as razoes. As curvas DTA por GT mostraram tres eventos exotermicos com media de temperatura entre 467,61°C, e a entalpia com media de 535,79 kJ/g. Ja as curvas de DTA por GP apresentaram variacoes na quantidade de picos, mostraram dois ou tres eventos com caracteristica tambem exotermica. Sendo assim, pode-se concluir que a matriz 3 apresentou maior numero de sementes germinadas, consequentemente, apresentou as maiores medidas de crescimento em 30 e 120 dias. Na retirada de algumas plantulas a maior massa fresca aconteceu para a matriz 3. Na analise Termica Diferencial (DTA) a matriz 3 apresentou maior entalpia.
  • SANY DELANY GOMES MARQUES
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DE Sidastrum paniculatum (L.) FRYXELL E SÍNTESE DE AMIDAS ANÁLOGAS AS ISOLADAS DA FAMÍLIA MALVACEAE.
  • Data: 30/11/2018
  • Hora: 14:00
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  • Sidastrum paniculatum (L.) Fryxell, especie pertencente a familia Malvaceae, e popularmente conhecida como “malva roxa” ou “malvavisco”. O presente trabalho teve como finalidade aumentar o conhecimento sobre os fitoconstituintes de S. paniculatum atraves de um estudo fitoquimico para isolamento de suas substancias polares e reacoes de sintese para preparar amidas analogas aquelas isoladas de especies Malvaceae. Para o isolamento e analise dos constituintes quimicos foram adotados metodos cromatograficos como cromatografia em coluna e cromatografia plana. A fim de sintetizar amidas, avaliando metodos que possibilitem obter um maior grau de pureza nas reacoes, foram utilizados adutos de MBH (Morita-Baylis-Hillman) como substratos para a sintese destas moleculas, tendo como reagentes de partida aldeidos aromaticos e aminas comerciais, em uma sintese que segue de 3- 5 etapas reacionais. Este estudo relata o isolamento e identificacao de 11 substancias: acido estearico (Sp-1), N-trans-feruloiltiramina (Sp-2), acacetina (Sp-3), apigenina (Sp-4), tilirosideo (Sp-5), wissadulina (Sp-6); 7,4'-di-O-metil-7-O-sulfato isoscutelareina (Sp-7); yannina (Sp-8), beltraonina (Sp-9a), alem de dois novos flavonoides sulfatados: a 7-O-sulfato iso-isoscutelareina (paniculatumina) (Sp-9b) em mistura com Sp-9a, e 7,4'-O-dimetil-8-O-sulfato hipoaletina (sidastrumina) (Sp-10). Os flavonoides sulfatados foram submetidos a estudos moleculares em proteinas alvos (1YIY and 1PZ4) do mosquito Aedes aegypti, onde os flavonoides Sp-7 e Sp-9a apresentaram a capacidade de interagir com ambas as proteinas alvos e o Sp-6 apenas com uma proteina, 1PZ4, sendo estes os mais indicados para serem estudados in vitro. Este estudo tambem relata a sintese de 40 moleculas, sendo 20 amidas, destas 18 sao ineditas na literatura, a partir de reacoes com uma media de rendimento de 82%. Os compostos tiveram suas estruturas quimicas determinadas e identificados por analise dos espectros de RMN (1H, 13C, HMQC, HMBC e COSY), TOFMS, infravermelho, polarimentria e comparacoes com dados da literatura. Dentre os compostos sintetizados os adutos 2d e 2b, o acido 7c e as amidas 4g, 4h e 8e foram avaliados quanto a atividade antifungica, onde os adutos e o acido apresentaram atividade contra os fungos leveduriformes incluindo C. albicans, C. tropicalis e C. krusei e as amidas demonstraram menor perfil de atividade antifungica, com inibicao promovida apenas pelas amidas 4g e 4h contra poucas cepas, enquanto a amida 8e se mostrou inativa.
  • LECIA PINTO FERREIRA DE MORAIS
  • Análise de Componentes Principais Aplicada ao Estudo Termoanalítico de Sementes e a Produção Vegetal do Mandacaru (Cereus jamacaru DC).
  • Data: 21/11/2018
  • Hora: 14:00
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  • Cereus jamacaru DC., popularmente chamado mandacaru, e um cacto colunar, da familia Cactaceae, encontrado de forma espontanea e disperso na Caatinga, sendo uma especie subutilizada pelo sertanejo como planta forrageira. Entretanto, a literatura etnofarmacologica descreve sua aplicacao no combate ou prevencao a diversas doencas, tais como: doencas respiratorias, renais, ulceras estomaquicas, hipertencao arterial, enterite e reumatismo. O objetivo deste estudo consistiu-se em estudar a caracterizacao de sementes e plantas juvenis de Cereus jamacaru DC., cultivadas em condicoes de producao vegetal controladas utilizando tecnicas estatisticas multivariadas. Nesta perspectiva, conduziu-se o trabalho com observacoes no campo da fase reprodutiva, coleta de frutos de seis Matrizes (M) da especie, em estagio semelhante de maturacao, em dois locais do Semiarido Paraibano, Sume (M1, M2 e M3) e Monteiro (M4, M5 e M6) para a caracterizacao biometrica de frutos e sementes da especie. As sementes de C. jamacaru foram utilizadas como materia prima para estudos termoanaliticos e de producao vegetal com aplicacao de analise de componentes principais (PCA) nos dados originais obtidos. Determinaram-se: teor de umidade; cinzas; termogravimetria (TG) nas razoes de aquecimento 5, 10, 20 e 40 °C min-1 para atmosfera de ar sintetico e na razao de aquecimento 10 °C min-1 para atmosfera de nitrogenio; parametros cineticos e analise termica diferencial (DTA), 10 °C min-1. Atraves da PCA, evidenciou-se a variabilidade biometrica dos frutos e sementes das matrizes estudadas. Analisando as curvas TG na razao de aquecimento 10 °C min-1, observaram-se cinco eventos de degradacao de massa na atmosfera oxidativa e quatro eventos de degradacao de massa em atmosfera inerte, exceto para M1 que apresentou cinco eventos de degradacao de massa tambem em atmosfera de nitrogenio. A temperatura e a perda de massa das duas principais etapas de degradacao variaram entre as matrizes. As curvas DTA mostraram tres eventos exotermicos para sementes trituradas de M1, M2, M3, M5 e M6 com pico variando entre 354,0–358,9 °C, 492,9–508,1 °C e 509,8–523,7 °C, tendo M4 apresentado quatro eventos exotermicos. As curvas DTA para sementes inteiras de M2 e M5 revelaram dois eventos exotermicos sendo M2 com pico variando entre 349,2–355,8 °C e 538,3–543,7 °C, e M5 com pico variando entre 361,8–374,0 °C e 537,7–551,4 °C. A PCA aplicada a TG nas quatro razoes de aquecimento (atmosfera oxidativa) indicou similaridade entre os perfis termicos das matrizes. A PCA da producao vegetal indicou um padrao para os individuos juvenis de M6 nos parametros: maior numero de germinacoes, menos dias para germinar, maior altura da parte aerea e diametro ao nivel do solo; alem de permitir diferenciacoes entre os agrupamentos de individuos gerados de cada uma das matrizes monitoradas pela visualizacao grafica. Os resultados obtidos neste estudo indicaram que a aplicacao da PCA para avaliacao de perfil termico de sementes de C. jamacaru, especificamente na TG, nao forneceu visualizacao de padrao determinado entre as matrizes avaliadas, entretanto, para avaliacao da producao vegetal revelou-se como uma excelente ferramenta para estudo de diferenciacao e caracterizacao entre as matrizes de C. jamacaru avaliadas, possibilitando a determinacao da matriz com maior potencial produtivo, sendo M6 detentora do melhor desempenho na producao vegetal para esta especie.
  • JEANE UILMA GALINDO JARDIM
  • DERIVADOS DO EUGENOL E ISOEUGENOL E SUAS POTENCIALIDADES ANTIFÚNGICA E ANTIBIOFILME
  • Data: 31/10/2018
  • Hora: 14:00
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  • Neste trabalho descreve-se a sintese, caracterizacao e potencial antifungico e antibiofilme de dezoito derivados de monoterpenos, sendo nove derivados do eugenol e outros nove do isoeugenol. A sintese desses compostos, que apresentou rendimentos satisfatorios (74 a 92 %), ocorreu em duas etapas: inicialmente foram sintetizadas nove acetamidas e em seguida estas foram derivatizadas com o eugenol e o isoeugenol, separadamente, em uma reacao de eterificacao do tipo SN2. Todos os compostos, acetamidas e derivados, foram caracterizados por tecnicas espectroscopicas de IV, RMN de 1H e 13C e avaliou-se o potencial antifungico dos derivados contra cepas de Candida albicans e a atividade antibiofilme contra Escherichia coli e Staphilococcus aureus. Dentre os dezoito derivados investigados, os estudos antifungicos indicaram que os derivados do isoeugenol (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-fenilacetamida e (E)-N-(4-clorofenil)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)acetamida e o derivado do eugenol 2-(4-alil-2-metoxifenoxi)-N-(4-metoxifenil)acetamida inibiram moderadamente o crescimento das especies de Candida e o derivado do eugenol 2-(4-alil-2-metoxifenoxi)-N-(4-cloro-3-nitrofenil)acetamida apresentou uma forte atividade inibitoria de 85 % das cepas do genero Candida. A atividade antiaderente foi observada em seis dos dez derivados do isoeugenol frente a E. coli, sendo evidenciado a aderencia de apenas 2,9% do derivado do isoeugenol (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-fenilacetamida. Em relacao a S. aureus, os derivados do isoeugenol (E)-N-(4-etilfenil)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)acetamida e (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-(ptolil)acetamida apresentaram atividade antiaderente excelente inferior a 10%, e osderivados do eugenol apresentaram atividade antiaderente entre 3,72 e 90,43%. Todosos derivados do eugenol apresentaram atividade antibiofilme inferior a 10% contra E.coli. Os estudos antibacterianos mostraram que a mais baixa CIM foi observada nocomposto (E)-2-(2-metoxi-4-(prop-1-en-1-il)fenoxi)-N-(4-metoxifenil)acetamida frente a E. coli (35 μg/mL) e por 2-(4-alil-2-metoxifenoxi)-N-(4-cloro-3-nitrofenil)acetamida (66,8 μg/mL) para S. aureus. Os estudos de relacoes estrutura atividade quantitativas (QSAR) indicaram que os descritores que contribuiram significativa e positivamente para a serie do isoeugenol sao os DIFF (difusividade, controle da dispersao quimica em agua a 25°C) e CP (Parametro de embalagem critica), enquanto, para a serie do eugenol, apenas o descritor V (volume molecular) o qual influencia de forma crescente, ou seja, um maior volume em uma solucao aquosa e maior repulsao a agua resulta em atividade antifungica consideravel.
  • GRACIELLE ANGELINE TAVARES DA SILVA
  • Síntese, caracterização e avaliação antimicrobiana de novos derivados do timol e carvacrol
  • Data: 30/10/2018
  • Hora: 09:00
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  • A partir da investigacao na literatura sobre as vastas propriedades terapeuticas e medicinais dos monoterpenos aromaticos timol e carvacrol (anti-inflamatoria, antioxidante, antifungica, antitumoral, antibacteriana, entre outras), buscou-se, neste trabalho, sintetizar, atraves dos intermediarios halogenados (o cloreto de timol e de carvacrol), uma serie heterologa de 14 esteres, contendo os nucleos metilenodioxifenila, aromatico orto-substituido, N-ftalimidico, N-ftaloglicina e terfeftalato, com objetivo de verificar a influencia farmacoforica que os novos grupos funcionais exercem nas moleculas derivadas. Os produtos finais derivados do timol (DT 1-7) e do carvacrol (DC 1-7) foram sintetizadas por meio de uma reacao de substituicao nucleofilica bimolecular (SN2), entre os cloretos de timol e carvacol e os anions carboxilatos/imidatos provenientes dos sais dos acidos carboxilico/imidas selecionados (sais de potassio do acido piperinico, do acido benzoico, da ftalimida, da ftaloglicina e do acido tereftalico), apresentando rendimentos entre 70 a 90%. A confirmacao das estruturas foi feita utilizando metodos espectroscopicos, tais como IV, RMN de 1H e 13C. As substancias obtidas e seus precursores foram submetidas a ensaio microbiologico in vitro, com intuito de investigar sua acao farmacologica antifungica e antibacteriana. O derivado timolico com nucleo N-ftaloglicina apresentou forte atividade contra C. albicans e A. flavus (CIM 64 a 512 µg/mL), o haleto de carvacrol exibiu boa atividade frente a cepa de Staphylococcus aureus IS-58 (CIM de 64 µg/mL). Timol, carvacrol, seus intermediarios haleto de timol e haleto de carvacrol, bem como os produtos derivados finais do acido benzoico, ftalimida e ftalogicina, foram capazes de modular a resistencia ao antibiotico tetraciclina (Tetk) contra linhagens de Staphylococcus aureus multirresistentes a drogas, com reducao da CIM da tetraciclina de ate 32 vezes, revelando-se importantes compostos para serem avaliados em testes in vivo.
  • MICHELLE DE OLIVEIRA PEDROSA
  • DESENHO, SÍNTESE E AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DE CVIB, UM HÍBRIDO MULTI-ALVO DE CARVACROL E IBUPROFENO COMO NOVO AGENTE ANTI-INFLAMATÓRIO
  • Data: 19/09/2018
  • Hora: 14:00
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  • A busca por novos farmacos com propriedades antiinflamatorias continua sendo um desafio para a medicina moderna, portanto o reposicionamento de medicamentos, derivando novas entidades quimicas a partir de compostos bioativos naturais e/ou sinteticos conhecidos, permanece um caminho promissor. Aqui, projetamos e sintetizamos o CVIB, um pro-farmaco hibrido e multi-alvo desenvolvido pela associacao de carvacrol (um monoterpeno fenolico) com o ibuprofeno (um medicamento anti-inflamatorio nao esteroidal). A farmacocinetica in silico e a avaliacao das propriedades fisico-quimica indicaram baixa solubilidade aquosa (LogP ≥ 5,0), porem, apesar disso, o hibrido apresentou excelente biodisponibilidade oral, absorcao do trato gastrintestinal e baixa toxicidade. Abaixo de 50 µM CVIB nao apresentou citotoxicidade nas Celulas Mononucleares do Sangue Periferico (PBMC), e promoveu uma reducao estatisticamente significativa nos niveis de citocinas IL-10, IL-17A, IFN-γ e TNF (p = 0,03) in vitro. A DL50 foi estimada em aproximadamente 5000 mg/kg. A avaliacao anti-inflamatoria in vivo revelou que o CVIB a 10 e 50 mg/kg, i.p., causou uma diminuicao significativa na contagem total de leucocitos (p <0,01) e provocou uma reducao significativa na IL-1β (p <0,01). CVIB a 10 mg/kg, i.p. diminuiu eficientemente os parametros inflamatorios de maneira mais eficiente do que a mistura fisica (carvacrol + ibuprofeno 10 mg/kg, i.p.). Estudos de docking sugeriram que o CVIB tambem e um melhor ligante frente as enzimas COX-1 e COX-2 do que seus precursores (carvacrol e ibuprofeno). Os resultados provam que a abordagem de hibridizacao molecular, baseado na obtencao de pro-farmacos muti-alvo e uma boa opcao para o desenho e desenvolvimento de novos farmacos, e estimula a possibilidade de combinacoes entre AINES com produtos naturais, a fim de obter novos farmacos hibridos uteis para doencas inflamatorias.
  • NATASHA LORENNA FERREIRA DA SILVA LEAL
  • Alcalóides de Erythrina Velutina Willd: Caracterização por Cromatografia Gasosa e Líquida Acoplada a Espectrometria de Massas
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 09:00
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  • O genero Erythrina apresenta cerca de 110 especies, das quais 70 sao nativas das America. Este genero pertence a familia Fabaceae. A especie estudada Erythrina velutina popularmente conhecida como suina, mulungu, canivete, corticeira, eritrina-mulungu e bico-de-papagaio. Encontra-se distribuida no Brasil do Nordeste ate Minas Gerais. Na medicina popular e utilizada como calmante e para outras desordens no sistema nervoso central como insonia e depressao. Especies do genero sao muito importantes na industria farmaceutica para producao de fitoterapicos ansioliticos. Os marcadores quimicos do genero Erythrina sao os alcaloides eritrinicos, a estes e atribuida a atividade ansiolitica. Diante disto, este trabalho objetiva contribuir com a ampliacao do conhecimento quimico do genero, por meio da caracterizacao de alcaloides das cascas do caule de Erythrina velutina Willd. por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas e cromatografia liquida acoplada a espectrometria de massas. Para a realizacao do estudo o material vegetal seco e triturado foi submetido a extracao por maceracao exaustiva e concentrado em evaporador rotativo, posteriormente por meio de extracao acido-base foi obtido a fracao de alcaloides totais e em seguida a mesma foi analisado por espectrometria de massas com ionizacao por eletrons e espectrometria de massas com ionizacao por eletrospray. Com os resultados foi possivel observar a presenca de alcaloides eritrinicos no extrato etanolico das cascas do caule da especie em estudo, sendo eles: erisodina ou erisovina, eritrascina, eritralina, eritraditina ou seu epimero, erimelantina, erisotina ou erisosalvina, Hidroxierisosalvina/hidroxierisotina, eritratina, erisotrina, eritrinina, eritroculina e eritratina N- oxido. Com excecao de eritralina, erisotrina, erisodina, eritratina e erisovina as demais substancias sao relatadas pela primeira vez para Erythrina velutina.
  • DAYSE PEREIRA DIAS SILVA
  • Caracterização de Compostos fenólicos por Espectrometria de Massas e atividade antioxidante das cascas de Myracrodruon urundeuva (aroeira-do-sertão) do cariri paraibano.
  • Data: 30/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • Myracrodruon urundeuva Fr. Allemao pertencente a familia Anacardiaceae conhecida popularmente no Brasil por Aroeira-do-sertao com ocorrencia natural nos estados do Ceara e Sao Paulo com ocorrencia nos estados de Alagoas, Bahia, Espirito Santa, Goias, Maranhao, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraiba, Pernambuco, Piaui, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe, Sao Paulo, Tocantins e Distrito Federal. E considerada uma das principais plantas utilizadas como medicinal na regiao do Nordeste, sendo conhecida por suas propriedades farmacologicas antiinflamatoria, cicatrizante, antiulcerogenicas e contra vaginites. Diante disto, este trabalho teve como objetivo contribuir atraves do estudo fitoquimico para o conhecimento quimico da especie, bem como avaliar a sua atividade antioxidante e realizar a quantificacao de fenois totais. Para isto, o material vegetal, foi seco e submetido a extracao para posterior procedimento de caracterizacao dos constituintes quimicos. A caracterizacao quimica foi realizada por Cromatografia Liquida de Alta Eficiencia acoplada a Espectrometria de Massas. A caracterizacao resultou na identificacao de 42 compostos com estruturas e propostas de fragmentacao sugeridas putativamente por comparacoes com dados da literatura. A atividade antioxidante do extrato etanolico bruto (EEB) foram analisadas atraves do metodo de sequestro do radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) e o teor de fenois totais foi realizado pelo metodo de Folin-Ciocalteu, os resultados obtidos foram comparados com os padroes de acido ascorbico e acido galico, respectivamente. A analise da atividade antioxidante resultou em uma boa atividade do EBB (IC50 = 18,764 µg/mL) quando corroborada com a do padrao (IC50 = 16,343 µg/mL) e um alto teor de fenolicos totais de 387,49 ± 15,09 mg EAG/g de EEB. Logo, os compostos fenolicos podem ser um importante sinalizador para a atividade antioxidante. Os resultados aqui relatados corroboram com os dados descritos na literatura para esta especie.
  • LAIZ ALINE SILVA BRASILEIRO
  • A 7-metoxiflavona apresenta efeito tocolítico por modulação negativa da via Rho cinase e da calmodulina em ratas
  • Data: 27/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • Uma vez que o flavonoide 7-metoxiflavona (7-MF), um dos componentes majoritarios isolados de Zornia brasiliensis Vogel, apresentou efeito tocolitico in vitro em ratas, resolveu-se caracterizar esse mecanismo de acao. O utero de rata era montado em cubas de banhos para orgao isolado onde as contracoes isotonicas e isometricas eram monitoradas (n = 5). Observou-se que a 7-MF relaxou o utero de rata pre-contraido tanto por ocitocina (OCI) (CE50 = 3,5 ± 0,3 x 10-5 M) como por KCl (CE50 = 2,2 ± 0,2 x 10-5 M) sendo cerca de 2 vezes mais potente frente a este ultimo agente contratil, sugerindo a participacao dos canais de calcio dependentes de voltagem (CaV) no efeito tocolitico da 7-MF. Para confirmar essa hipotese, foram realizadas curvas cumulativas ao CaCl2 na ausencia e na presenca da 7-MF e observou-se um deslocamento da curva controle para direita com reducao do seu efeito maximo apenas na concentracao de 3 x 10-5 M (30%), indicando que provavelmente o bloqueio do influxo de Ca2+ atraves dos CaV nao seja o principal mecanismo tocolitico do flavonoide. Resolveu-se avaliar uma possivel participacao dos canais de potassio no efeito tocolitico da 7-MF, utilizando o cloreto de cesio, um bloqueador nao seletivo de canais de K+, e na sua presenca a curva controle de relaxamento da 7-MF nao foi alterada (CE50 = 3,3 ± 0,6 x 10-5 M), descartando uma modulacao positiva dos canais de K+ no efeito tocolitico da 7-MF. Uma vez que as prostaglandinas estao envolvidas em processos fisiopatologicos uterinos e sendo os inibidores de ciclo-oxigenases (COXs) uma das principais classes utilizadas para o tratamento da dismenorreia, resolveu-se avaliar o possivel envolvimento da via da COX no mecanismo de acao tocolitica da 7-MF e observou-se que na presenca da indometacina, um inibidor nao seletivo das COXs, a curva controle nao foi deslocada (CE50 = 4,8 ± 0,6 x 10-5 M), indicando que a inibicao destas enzimas nao esta envolvida na acao tocolitica da 7-MF. Outra via de relaxamento muscular liso e a dos receptores adrenergicos-β. Para avaliar uma possivel ativacao destes receptores na acao da 7-MF, utilizou-se o (S)-(-)-propranolol, um antagonista dos receptores adrenergicos-β, e observou-se que nao houve alteracao da potencia relaxante na presenca do bloqueador (CE50 = 2,2 ± 0,5 x 10-5 M), indicando que a 7-MF nao age por modulacao positiva desses receptores para induzir o efeito tocolitico. Como uma das principais vias de relaxamento do musculo liso e a via do oxido nitrico (NO), avaliou-se a participacao dessa via no efeito tocolitico da 7-MF e observou-se que na presenca de L-NAME, um inibidor nao seletivo de sintase do NO (NOS), nao houve alteracao da potencia relaxante (CE50 = 4,4 ± 1,2 x 10-5 M), descartando tambem essa via no efeito tocolitico da 7-MF. Um passo downstream em comum das vias Gs e do NO e a acao da enzima fosfodiesterase (PDE). Na presenca da aminofilina, um bloqueador nao seletivo de PDE, observou-se que nao houve alteracao da potencia relaxante da 7-MF (CE50 = 2,8 ± 0,5 x 10-5 M), indicando que provavelmente nao e por ativacao desta que o flavonoide exerce seu mecanismo de acao tocolitica. A inibicao de vias contrateis tambem pode ocasionar relaxamento muscular liso, desta forma avaliou-se a participacao da via RhoA/Rho cinase (ROCK) no efeito tocolitico da 7-MF. Na presenca de Y-27632, um bloqueador nao seletivo de ROCK a curva foi deslocada para a esquerda, com aumento da potencia relaxante em torno de 22 vezes (CE50 = 1,6 ± 0,7 x 10-6 M), sugerindo que 7-MF modula negativamente a via ROCK para exercer seu efeito tocolitico. Ainda no mecanismo contratil, da-se um destaque para a calmodulina, um dos principais mediadores para a sinalizacao do Ca2+. Para avaliar a sua participacao no efeito tocolitico da 7-MF, utilizou-se o calmidazolium, um bloqueador da calmodulina e observou-se uma potencializacao do efeito relaxante da 7-MF (CE50 = 6,5 ± 1,6 x 10-7 M), em torno de 54 vezes, confirmando a modulacao negativa da calmodulina no seu efeito tocolitico. Dessa forma, o mecanismo de acao tocolitica proposto para a 7-MF em ratas e a inibicao da via ROCK e da calmodulina.
  • EVANDRO FERREIRA DA SILVA
  • Estudo fitoquímico, avaliação da atividade larvicida e antioxidante de Chresta pacourinoides
  • Data: 23/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • O genero Chresta pertence a familia Asteraceae, mas tem sido pouco estudado na literatura e e relativamente pequeno, sendo composto por 15 especies, das quais 14 sao endemicas do Brasil. A especie Chresta pacourinoides, que pode ser encontrada na Paraiba, apresenta apenas um estudo realizado anteriormente encontrado na literatura, fazendo-se necessario um estudo mais amplo, utilizando tecnicas espectroscopicas mais sensiveis com objetivo de disseminar mais informacoes sobre os constituintes quimicos presentes na especie bem como avaliar sua atividade antioxidante. Para isso, partes aereas de Chresta pacourinoides (3 kg) foram coletadas no municipio de Fagundes-PB. Uma amostra (30g) do extrato etanolico bruto (EEB) foi submetido a uma particao, que gerou a fase hexanica e a metanolica. Atraves de tecnicas como cromatografia liquida de media pressao e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas, a fase hexanica foi trabalhada. Ja a fase metanolica foi submetida a cromatografia liquida de alta eficiencia (CLAE) analitica e preparativa, para analise e isolamento dos constituintes presentes. Os compostos isolados foram identificados atraves de RMN de ¹H e ¹³C, bem como por tecnicas bidimensionais e espectrometria de massas (EM) por injecao direta. Tambem foi determinado o teor de fenolicos totais do EEB e da fase metanolica seguindo o metodo de Folin-Ciocalteu. Para a determinacao da atividade antioxidante das mesmas amostras bem como da fracao 14-17, foi utilizado o metodo do sequestro de radicais DPPH. Alem disso, a atividade larvicida contra larvas de Aedes Aegypti foi testada para a amostra do extrato, fase metanolica e uma das fracoes isoladas. Como resultados, foram identificados 14 substancias, sendo da fracao 14-17 isoladas nove substancias, das quais, oito flavonoides: Kaempferol; Isoquercetrin; Crisoeriol; Apigenina; 3-Ometilquercetina; Luteolina; Eriodictiol; Stricnobiflavona e um acido fenolico (Acido Protocatecuico). Alem disso, foi possivel identificar 06 compostos por EM: Ac. Cafeico O-hexose; Acido Cafeoilquinico; Acido. 3,4-dicafeoilquinico; Luteolina-O-hexose; Apigenina; Quercetina-O-Hexose. Como resultados para o teor de fenolicos totais, foi possivel observar que o EEB apresentou 128 ± 3,29 EAG / g de amostra e a fase metanolica 98,5± 5,4 EAG / g de amostra. No que se refere a atividade antioxidante, o EEB apresentou CE50 288,83 ± 9,47, a fase metanolica 355,71 ± 9,87 e a fracao 14-17 de 35,657 ± 0,6893, mostrando que a fracao teve melhor atividade. No teste para atividade larvicida as amostras testadas nao causaram mortalidade significativa. Diante dos resultados obtidos e possivel concluir que o estudo fitoquimico de Chresta pacourinoides resultou no isolamento e identificacao de 9 compostos, onde 7 foram isolados pela primeira vez no genero, bem como, a identificacao de outras 7 substancias por EM. Na fase hexanica, algumas fracoes foram analisadas por CGEM. Com relacao as atividades biologicas, a atividade larvicida das amostras testadas nao se mostraram significantes, embora o extrato e a fase metanolica tenham apresentado boas concentracoes de compostos fenolicos, suas atividades antioxidantes nao foram satisfatorias pelo metodo de DPPH, ja a fracao 14-17, apresentou atividade antioxidante necessitando de mais estudos para confirma-la.
  • RENATA ALBUQUERQUE DE ABRANTES
  • TOXICIDADE E POTENCIAL ANTITUMORAL DO TONANTZITLOLONE B, UM DITERPENO DE STILLINGIA LORANTHACEAE (EUPHORBIACEAE).
  • Data: 03/08/2018
  • Hora: 13:30
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  • Produtos naturais representam uma rica fonte de compostos bioativos para o tratamento de diversas doencas. Entre os produtos naturais com potencial antitumoral destacam-se os diterpenos, metabolitos secundarios da classe dos terpenoides que apresentam 20 atomos de carbono em sua estrutura. Tonantzitlolone B (TNZ-B) e um diterpeno raro da classe dos flexibilenos que apresenta relatos de atividade antitumoral in vitro em diferentes linhagens celulares. Todavia, nao ha dados na literatura relacionados a sua toxicidade e atividade antitumoral in vivo. Sendo assim, o presente trabalho objetivou avaliar a toxicidade e o potencial antitumoral in vivo de TNZ-B em modelo de carcinoma ascitico de Ehrlich (CAE), bem como investigar possiveis mecanismos de acao envolvidos nesse efeito. Inicialmente foi avaliada a toxicidade pre-clinica aguda de TNZ-B em camundongos por via intraperitoneal (i.p.). A DL50 (dose letal 50%) foi estimada em 25 mg/kg, considerando o Guia n. 423 da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), o que indica alta toxicidade. Ainda, na triagem farmacologica comportamental, foram observados poucos efeitos induzidos pelo TNZ-B, como contorcoes abdominais e perda do reflexo corneal e auricular, que desapareceram logo apos o tratamento. O teste do micronucleo foi usado para a avaliacao da genotoxicidade de TNZ-B. Foi observado que este diterpeno (3,0 ou 6,0 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade. Em modelo de CAE observou-se que TNZ-B (1,5 ou 3,0 mg/kg, i.p., sete dias consecutivos de tratamento) reduziu os parametros volume do tumor, massa tumoral e a quantidade total de celulas tumorais (p<0,05). Para estudar o mecanismo de acao antitumoral de TNZ-B, foram avaliados os efeitos antiangiogenicos e antioxidantes. TNZ-B (3 mg/kg) reduziu a microdensidade dos vasos no peritonio dos animais (p<0,05), o que sugere acao antiagiogenica. Em seguida, considerando o vasto papel do estresse oxidativo na propagacao de tumores, foi avaliado o efeito de TNZ-B por meio do ensaio fluorimetrico com o 2’7-dichlorofluoresceina diacetato (DCFH-DA). Observou-se reducao do nivel de estresse oxidativo (p<0,05) apos tratamento com TNZ-B (3,0 mg/kg), o que sugere efeitos antioxidantes. Ainda, foi detectado que TNZ-B (3,0 mg/kg) promoveu reducao da producao de oxido nitrico (NO) (p<0,05), um mediador chave envolvido em processos de crescimento, angiogenese e metastase tumoral. Na avaliacao da toxicidade em animais transplantados com CAE submetidos a sete dias de tratamento com TNZ-B (3,0 mg/kg, i.p.) foi observado apenas reducao da contagem de eritrocitos, indicando que TNZ-B possui baixa toxicidade bioquimica e hematologica. Por outro lado, TNZ-B induziu aumento nos indices dos orgaos figado, baco, rins e coracao, o que deve ser melhor avaliado por meio de analise histopatologica. Os dados apresentados, em conjunto, sugerem que TNZ-B possui atividade antitumoral por exercer acao antiangiogenica via modulacao do estresse oxidativo e reducao dos niveis de oxido nitrico.
  • LYVIA LAYANE SILVA ROSA
  • Atividade antibacteriana do Isoeugenol frente cepas clínicas de Staphylococcus aureus
  • Data: 03/08/2018
  • Hora: 09:00
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  • Staphylococcus aureus sao microorganismos de grande importancia clinica, pois sao um dos principais agentes responsaveis por infeccoes bacterianas, tanto no ambiente hospitalar como na comunidade, e apresentam grande resistencia aos antibioticos. Sabendo que bacterias resistentes a multiplas drogas representam um desafio para o tratamento das infeccoes e necessario encontrar novas substancias com propriedades antimicrobianas que sejam eficazes no combate a estes microrganismos. Na busca de novas alternativas terapeuticas para o tratamento dessas infeccoes, os produtos naturais de origem vegetal constituem umas das mais importantes fontes de novas substancias que podem ser utilizadas para estes fins, destacando os oleos essencias e seus fitoconstituintes, como o Isoeugenol, um fenilpropanoide. Diante disso, foi avaliada a atividade antibacteriana do isoeugenol frente cepas clinicas de Staphylococcus aureus atraves de ensaios realizados in vitro: Determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Bactericida Minima (CBM), avaliacao do efeito da substancia sobre a cinetica de crescimento microbiano (time-kill) e estudos de associacao do isoeugenol com antibiotico padrao (gentamicina). Na avaliacao da atividade antibacteriana, o isoeugenol apresentou CIM de 512 μg/mL e na CBM houve crescimento do microrganismo em todas as concentracoes. No ensaio de cinetica de morte microbiana (time-kill), o isoeugenol demonstrou atividade bacteriostatica que nao dependente da concentracao, ja que o aumento da mesma nao provoca aumento significativo da atividade. A associacao do fenilpropanoide com a gentamicina mostrou que para a cepa clinica de S. aureus S.A-116 a associacao resultou em um efeito sinergico, e para a cepa ATCC-150 efeito de aditividade ou indiferenca. Com isso, os resultados desse estudo sugerem que o isoeugenol apresenta atividade antibacteriana frente cepas de S. aureus, seja de forma isolada ou em associacao com o antimicrobiano padrao.
  • TAYS AMANDA FELISBERTO DA SILVA
  • Caracterização dos benefícios do carvacrol na disfunção erétil de ratos hipertensos.
  • Data: 01/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • Carvacrol e um monoterpeno aromatico encontrado em oleos essenciais de diversas plantas. Estudos demonstram uma ampla atividade farmacologica deste composto, tais como: atividade antioxidante, vasorrelaxante e hipotensora. Entretanto, nao ha relatos sobre a sua atividade na funcao eretil. Neste contexto, o presente estudo teve a finalidade de caracterizar o efeito do tratamento com o carvacrol sobre a disfuncao eretil (DE) de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Para os ensaios biologicos, os animais foram divididos em cinco grupos: controle normotenso Wistar Kyoto (WKY-CTL) e hipertenso (SHR-CTL); e hipertensos tratados com carvacrol 50 mg/kg (SHR-C50), carvacrol 100 mg/kg (SHR-C100) ou sildenafila (SHR- S1,5). Todos os ratos foram tratados por via intragastrica, uma vez ao dia, durante quatro semanas. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA-UFPB nº 132/2017. O tratamento com as substancias utilizadas nao afetou o ganho ponderal dos animais ao longo do tratamento. No ensaio de medida indireta da pressao arterial, o grupo SHR-CTL apresentou niveis de pressao arterial sistolica (PAS) significativamente elevados, em relacao ao grupo WKY-CTL, durante todo o tratamento. O tratamento do grupo SHR-C50, SHR-C100 ou SHR- S1,5 reduziu significativamente os valores de PAS, quando comparado com o grupo SHR-CTL. A funcao eretil foi avaliada pela relacao pressao intracavernosa/pressao arterial media (ICP/MAP), apos estimulacao eletrica do ganglio pelvico maior (0,2 a 12 Hz). A ICP/MAP no grupo SHR-CTL foi significantemente reduzida, quando comparada ao grupo WKY-CTL, o que comprova o desenvolvimento de DE nos SHR. Esta relacao foi significativamente aumentada nos grupos SHR-C50, SHR-C100 e SHR-S1,5, o que sugere reducao da DE por estes tratamentos. Em preparacoes de corpos cavernosos (CC), o grupo SHR-CTL apresentou um aumento na resposta contratil maxima induzida por fenilefrina ou estimulacao eletrica de campo, quando comparada ao grupo WKYCTL. Nas duas condicoes experimentais, o tratamento com carvacrol reduziu esta hipercontratilidade. Entretanto, o tratamento com sildenafila nao alterou este parametro. Alem disso, o grupo SHR-CTL apresentou uma reducao do relaxamento dependente de endotelio induzido pela acetilcolina, quando comparadas ao grupo WKY-CTL. O tratamento dos grupos SHR-C100 e SHR-S1,5 aumentou a vasodilatacao induzida por acetilcolina. Contudo, o tratamento do grupo SHR-C50 nao alterou esta resposta. A resposta maxima ao NPS foi atenuada significativamente em CC de animais hipertensos, quando comparados ao grupo normotenso. Este efeito foi revertido pelos tratamentos com carvacrol ou sildenafila. O efeito protetor do tratamento com o carvacrol sobre a hipercontratilidade induzida por fenilefrina, em CC, envolve a reducao da formacao de anions superoxidos, avaliado pela contracao da fenilefrina na presenca do tempol. Em cortes de CC, o tratamento com carvacrol ou sildenafila reduziu significativamente a fluorescencia basal da sonda DHE, quando comparados aos animais SHR-CTL. Tal resposta sugere que carvacrol e um potente antioxidante. Desta forma, os resultados obtidos no presente estudo mostraram que carvacrol reduz pressao arterial, alem de melhorar a funcao eretil, a partir da diminuicao de disfuncao endotelial e hipercontratilidade induzida pelo aumento do estresse oxidativo, em ratos espontaneamente hipertensos.
  • JULIANA DA CAMARA ROCHA
  • INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DOS ADUTOS DE MORITA-BAYLIS-HILLMAN SOBRE Leishmania spp.
  • Data: 04/05/2018
  • Hora: 13:00
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  • O tratamento das leishmanioses e baseado na utilizacao de compostos antimoniais pentavalentes, como medicamentos de primeira escolha; sendo drogas altamente toxicas, de administracao parenteral e que apresentam varios efeitos colaterais. Esse complexo de doencas e um problema de saude publica, com desafios na identificacao de novas terapias que permitam uma maior adesao e melhor qualidade no tratamento aos pacientes. Com a elevada toxicidade e o aparecimento de resistencia as drogas, se justifica a busca de novas alternativas para o tratamento das leishmanioses. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade anti-Leishmania dos adutos de Morita-Baylis-Hillman em modelos experimentais in vitro e ex vivo. Das moleculas avaliadas oriundas da reacao de Morita-Baylis-Hillman, 35 apresentaram atividade sobre as formas promastigotas de L. donovani, tendo a MBH-A12 e MBH-A13 baixos valores de CI50 e serem do mesmo processo de sintese, por isso, foram selecionadas para continuacao da avaliacao biologica. Essas duas substancias tambem apresentaram inibicao de crescimento significativa sobre as formas promastigotas de L. infantum, L. amazonensis e L. braziliensis, demonstrando que elas apresentam efeito sobre a diversidade de especies de Leishmania que causam manifestacoes clinicas diferentes. Alem disso, apresentaram atividade biologica sobre as formas amastigotas axenicas de L. infantum e L. amazonensis. Dentro das concentracoes testadas, essas drogas nao apresentaram toxicidade para celulas mononucleares de sangue periferico e eritrocitos humanos, tendo assim otimos indices de seletividade com tropismo para o parasito. No modelo de avaliacao da taxa de infeccao em monocitos humanos, nao observamos diferenca estatistica com o tratamento das substancias, nem modulacao via sintese de oxido nitrico. O tratamento com o MBH-A12 e MBH-A13 se mostrou diferente entre as especies L. infantum e L. amazonensis, para o percentual de celulas marcadas com anexina e IP, mostrando sobretudo que as substancias sugerem um padrao de morte celular em promastigotas envolvendo a apoptose, diferente da anfotericina B que tambem leva ao processo de necrose. Os adutos de Morita-Baylis-Hillman apresentaram otimos resultados de atividade sobre as formas promastigotas e amastigotas axenicas de diferentes especies de Leishmania, nao sendo toxicas para celulas mononucleares de sangue periferico e eritrocitos humanos, alem do perfil de morte celular demonstrar ser via apoptose. Assim, conclui-se que os adutos de Morita-Baylis-Hillman sao compostos com expressiva atividade anti-Leishmania em modelo in vitro, sendo moleculas a serem melhor investigadas quanto ao mecanismo de acao, na busca por novos tratamentos para as leishmanioses.
  • TALISSA MOZZINI MONTEIRO
  • Estudo da atividade ansiolítica e imunomoduladora do Gama-terpineno
  • Data: 27/04/2018
  • Hora: 14:00
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  • A inflamacao e gerada em resposta a estimulos nocivos, tais como agentes patogenicos, podendo estar associada a uma patogenese aguda ou evoluir para um processo cronico. O gama-terpineno (GT) e um monoterpeno que, em estudos previos, apresentou acao anti-inflamatoria em processos inflamatorios agudos. O presente trabalho teve como objetivo elucidar os mecanismos anti-inflamatorios e ansioliticos do GT em modelos murinos de inflamacao aguda - Lesao Pulmonar Aguda (LPA) e inflamacao cronica - rinite e a asma. Para tal, camundongos BALB/c foram desafiados com lipopolissacarideo (LPS) para induzir a LPA e foram tratados, uma hora apos o desafio, com GT (12,5; 25 e 50 mg/kg) por tres dias. Apos 72 h os animais foram eutanasiados para coleta do fluido do lavado broncoalveolar (BALF). Para os modelos murinos de rinite e asma, camundongos BALB/c sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) e foram tratados com GT (12,5; 25 e 50 mg/kg) ou droga padrao (dexametasona) 1 h antes de cada desafio com OVA. Apos o ultimo desafio, os animais foram submetidos a analise de sintomas clinicos da rinite e testes de ansiedade e imunologicos no modelo de asma. Na LPA, os animais tratados com GT (50 mg/kg) apresentaram diminuicao, no NALF, na migracao das celulas totais (p<0.0001), diferenciais (neutrofilos e celulas mononucleares, p<0.0001), na concentracao de proteinas totais (p<0.0001), bem como no peso pulmonar (p<0.01) quando comparados ao do grupo OVA (doente). Estudos histopatologicos mostraram que o tratamento com GT50 diminuiu o infiltrado celular nas regioes alveolares e vasculares (p<0.0001), o edema (p<0.05), hemorragia (p<0.05), citocinas inflamatorias, IL-1β (p<0.001), IL-6 (p<0.001) e TNF-α (p<0.0001), bem como a expressao do receptor TLR4 (p<0.001), da MAPquinase p38 (p<0.001) e do p65NFkB (p<0.05). No protocolo de rinite, o tratamento com GT50 apresentou diminuicao dos sintomas clinicos, como friccao nasal (p<0.001) e espirros (p<0.001), celulas totais (p<0.001) e diferenciais, principalmente eosinofilos (p<0.001). Na histopatologia da cavidade nasal, o tratamento com GT50 promoveu diminuicao do infiltrado celular nesta area (p<0.001), da secrecao de muco (p<0.05) e do numero de mastocitos (p<0.05). Na asma, o tratamento com GT50 diminuiu significativamente os indices de ansiedade em comparacao com animais do grupo OVA (doente) de forma semelhantes ao diazepam (1 mg/kg), apresentando efeito ansiolitico. O tratamento com o GT50 tambem diminuiu a expressao de c-fos em areas cerebrais como o nucleo paraventricular hipotalamico (p<0.05) e nucleo central da amigdala (p<0.01) quando comparado com o grupo OVA. Em adicao, o tratamento com GT50 diminuiu parametros imunologicos como: IgE (p<0.001); migracao de celulas totais (p<0.001) e diferenciais principalmente eosinofilo (p<0.001); houve diminuicao do infiltrado e da secrecao de muco no tecido pulmonar (p<0.01; p<0.001, respectivamente) e modulacao da resposta Th2 por induzir tanto a citocinas do perfil Th1 como IFNg (p<0.001) como do perfil regulatorio IL-10 (p<0.001). Tambem foi capaz de diminuir as citocinas Th2, como a IL-4 (p<0.01) e IL-13 (p<0.001) e a ativacao da MAPquinase p38 (p<0.001) e a expressao do p65NFkB (p<0.01). Esses dados indicam que o GT possui ambas as propriedades: ansiolitica e anti-inflamatoria em processos agudos e cronicos pela inibicao da MAP quinasep38 e do fator de transcricao NFkB .
  • ANA LUISA DE ARAUJO LIMA
  • Estudo da atividade antifúngica do óleo essencial de Cymbopogon winterianus Jowitt ex Bor, citronelal e geraniol sobre o gênero Candida de origem hospitalar
  • Data: 23/04/2018
  • Hora: 14:00
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  • Candidemia e uma preocupacao na clinica pediatrica e a busca de novas drogas antifungicas se apresenta como importante estrategia para melhorar o arsenal terapeutico contra esta infeccao. O oleo essencial de Cymbopogon winterianus (OECw), bem como seus fitoconstituintes majoritarios citronelal e geraniol possuem propriedades farmacologicas, incluindo atividade contra fungos. Assim, os objetivos desse estudo foram identificar e estabelecer a frequencia de especies de Candida isoladas de candidemia de pacientes internados em um hospital publico pediatrico de Joao Pessoa, Brasil; analisar a susceptibilidade antifungica das cepas e estudar a atividade antifungica do OECw, citronelal e geraniol contra esses isolados. A identificacao foi realizada usando os sistemas de CHROMagar e VITEK®2. O teste de susceptibilidade antifungica foi determinado pelo sistema automatizado VITEK®2; a concentracao inibitoria minima (CIM) e a concentracao fungicida minima (CFM) foram determinadas pela tecnica de microdiluicao; o possivel mecanismo de acao dos produtos sobre a parede (0,8 M sorbitol) e membrana celular fungica (ligacao dos produtos ao ergosterol). A frequencia de isolamento de Candida albicans foi de 60% e as especies nao-albicans de 40%, sendo 13% para C. tropicalis, C. parapsilosis e C. pelliculosa. Todos os isolados foram sensiveis ao fluconazol, voriconazol, anfotericina B, flucitosina, micafugina e caspofugina, com CIM variando entre 1-4, 0,12-2, 0,5-1, 1-1, 0,06-0,5 e 0,25-1 ug/mL, respectivamente. Apenas uma cepa de C. albicans foi intermediaria ao fluconazol e voriconazol (CIM de 4 ug/mL). Para cepas de C. albicans, o valor de CIM50 do OECw, citronelal e geraniol foi, respectivamente, de 64, 64 e 32 ug/mL. Ja o valor de CFM90 do OECw, citronelal e geraniol foi, na sequencia 256, 128 e 64 ug/mL. Para isolados de Candida nao-albicans, o valor de CIM50 do OECw, citronelal e geraniol foi, consequentemente 128, 128 e 32 ug/mL. Ja o valor de CFM50 do OECw, citronelal e geraniol foi, respectivamente, de 128, 128 e 64 ug/mL. Envolvimento com a parede celular e ligacao ao ergosterol foram excluidos como possiveis mecanismos dos produtos. Diante disso, conclui-se que Candida albicans foi a especie predominante e que as cepas nao foram resistentes aos principais agentes antifungicos. Este estudo e o primeiro a expor dados epidemiologicos sobre candidemia na populacao pediatrica em Joao Pessoa, Brasil. Alem disso, o oleo essencial de Cymbopogon winterianus, citronelal e geraniol apresentou atividade antifungica in vitro contra isolados de Candida spp., e, consequentemente, podem ser considerados como potenciais produtos antifungicos.
  • NATHALIE HELEN PAES BARRETO BORGES
  • ANÁLISE IN SILICO DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS E TOXICOLÓGICAS DOS ORGANOSSELÊNIOS E ENSAIOS IN VITRO DE ATIVIDADES ANTIBACTERIANA E MODULADORA DA RESISTÊNCIA A DROGAS EM Staphylococcus aureus
  • Data: 17/04/2018
  • Hora: 14:00
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  • Diversos compostos quimicos, sinteticos e naturais, tem sido relatados como inibidores de bombas de efluxo, atuando como ferramentas adicionais importantes no desenvolvimento de farmacos co-formulados com os antibioticos apropriados. Dentre diversas classes de compostos sinteticos, os organosselenios tem se mostrado importantes devido ao efeito antibacteriano frente a diferentes especies. O objetivo do trabalho foi avaliar uma classe de organosselenios, derivados do acido selenoglicolico, quanto as caracteristicas fisico-quimicas, toxicas, de biodisponibilidade oral e de permeabilidade pela barreira hematoencefalica, bem como a interacao com Glicoproteina-P e enzimas do citocromo P-450, realizado em estudos in silico por meio do software gratuito Swissadme. Alem disso, foram realizados estudos in vitro referente as atividades antibacteriana, moduladora da resistencia a drogas e de sinergismo com antibioticos frente as cepas SA-199B, RN-4220 e IS-58, que apresentam resistencia a antibioticos por superexpressao das bombas TetK (tetraciclina), MsrA (macrolideos) e NorA (fluoroquinolonas e multiplas drogas), respectivamente. Os organosselenios avaliados se apresentaram de um modo geral como bons candidatos a novos a farmacos, por apresentar boa permeabilidade em membrana celular, boa solubilidade em liquidos biologicos, biodisponibilidade oral adequada, interagiram com poucas isoformas do citocromo P-450 e alguns organosselenios apresentaram risco toxico teorico baixo, quando comparado com antibioticos comerciais. Alem disso, HSe-02 e HSe-11 apresentaram capacidade teorica de atravessar barreira hematoencefalica, importante no tratamento de meningites bacterianas. Nos estudos in vitro, HSe-01, HSe-06 e HSe-09 mostraram atividade antibacteriana moderada, com CIM de ate 64 µg/mL em cepas que superexpressam bombas de efluxo. No ensaio da modulacao da resistencia a drogas, todas as combinacoes em HSe/Tet reduziram a CIM de tetraciclina em ate 256 vezes. Combinacoes HSe/Eri tambem mostraram atividade moduladora promissora, com reducao da CIM de eritromicina em ate 16 vezes. A associacao entre organosselenios e brometo de etidio reduziu a CIM deste em ate 8 vezes, sugerindo algum tipo de interacao, direta ou indireta com bombas de efluxo. Varios organosselenios foram capazes de reduzir a CIM do substrato de bomba NorA, berberina, potencializando o efeito desta substancia. Os resultados aqui apresentados mostraram que derivados do acido selenoglicolico podem ser utilizados para potenciar o efeito de agentes antimicrobianos, de modo a facilitar a reintroducao de antibioticos atualmente ineficazes para o tratamento clinico de infeccoes multirresistentes.
  • DANILO DUARTE DE ASSIS GADELHA
  • Doador de óxido nítrico promove melhora das alterações cardiovasculares e ventilatórias decorrentes da hipertensão arterial pulmonar
  • Data: 09/03/2018
  • Hora: 13:00
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  • A hipertensao arterial pulmonar (HAP) e uma doenca associada com aumento na resistencia arteriolar pulmonar e disfuncoes endoteliais gerando diminuicao da expressao da sintase de oxido nitrico endotelial (eNOS), resultando em uma diminuicao na sintese e liberacao de oxido nitrico (NO). O 2-nitrato-1,3-dibutoxipropano (NDBP) e um doador de NO que demonstra ter efeitos promissores sobre os sistemas respiratorio e cardiovascular. No entanto, nao ha estudos que relatem seus efeitos no desenvolvimento da HAP. Assim, o presente trabalho teve o objetivo de investigar potencial terapeutico do NDBP sobre a funcao autonomica e ventilatoria em ratos com HAP. Para isso, foram utilizados ratos da linhagem Wistar (Rattus norvergicus) pesando de 250-300g. A inducao da HAP foi realizada por meio da administracao de monocrotalina (50 mg/Kg, i.p., Sigma-Aldrich) em dose unica. Os animais foram divididos em 4 grupos: controle (CTL, tratados com salina 0.09% em 0.1mL, i.p., unica dose), monocrotalina (MCT, tratados com monocrotalina 50 mg/kg i.p., unica dose), NDBP (tratados com NDBP 40 mg/kg/dia, i.p. durante 14 dias) e NDBP+MCT (tratados com monocrotalina 50 mg/kg i.p., unica dose e NDBP 40 mg/kg/dia, i.p., durante 14 dias). Apos administracao de monocrotalina, foram realizados os registros dos parametros ventilatorios nos dias 0, 7, 14, 21 e 28. O registro respiratorio foi realizado por pletismografia de corpo inteiro em condicoes basais e durante ativacao de quimiorreceptores respiratorios (7% CO2). No 27º dia, ratos foram anestesiados para implante de canulas na arteria e veia femorais para registro direto da pressao arterial e administracao de substancias, respectivamente. Os quimiorreceptores perifericos foram ativados com KCN (0,04 %, 100 ul/rato, i.v.) e o tonus autonomico simpatico foi avaliado indiretamente pela analise espectral e diretamente atraves da administracao de hexametonio (30 mg/kg, i.v). Os resultados foram expressos como media ± erro padrao da media (e.p.m). Teste t de Student ou a analise de variancia two-way foi utilizado de acordo com o experimento, seguido do pos-teste de Tuckey ou Bonferroni. Diferencas foram consideradas quando p<0,05. O programa utilizado foi o GraphPad Prisma versao 5.00®. O tratamento com NDBP melhora o Volume Corrente (VT) do grupo MCT quando comparado com o grupo MCT+NDBP nos dias 21 e 28 (6,12±0,36 vs. 9,04±0,85 e 5,78±0,30 vs. 8,76±0,57, respectivamente). Alem disso, tambem melhora a Ventilacao Pulmonar (VE) nos dias 7, 21 e 28 (770,37±55,58 vs. 1250,40±190,03; 621,62±34,67 vs. 969,42±142,88 e 573,37±21,15 vs. 897,83±108,99, respectivamente). A MCT foi capaz de aumentar a sensibilidade dos animais ao CO2 (131,55±3,51 vs. 156,81±6,20), porem o tratamento com o nitrato nao foi capaz de reverter o quadro. Esse aumento na sensibilidade do quimiorreflexo nao aumentou a atividade simpatica dos animais, porem o tratamento com o NDBP foi capaz de diminuir a frequencia cardiaca do grupo CTL+NDBP quando comparado com grupo MCT (387,71±11,65 vs. 316±8,50), com consequente aumento do ciclo cardiaco (0,164±0,0008 vs. 0,151±0,002). De modo interessante, o tratamento com NDBP foi capaz de diminuir a atividade simpatica do grupo MCT+NDBP quando comparado com o grupo CTL+NDBP (0,42±0,05 vs. 0,22±0,07), indicando que o nitrato tem capacidade de modular atividade parassimpatica. Dado que pode ser reafirmado com a diminuicao da frequencia cardiaca apos a administracao de KCN (0,04%) comparando os grupos CTL vs. CTL+NDBP (-361,6±25,70 vs. -208,6±38,35). Por fim, pode-se concluir que a MCT e capaz de aumentar a sensibilidade dos animais ao CO2, alem de induzir alteracoes nos padroes ventilatorios a partir do 7º dia apos sua administracao, e que o NDBP foi eficaz em reduzir essas alteracoes. O nitrato ainda e capaz de modular o componente parassimpatico dos animais, podendo ser apontado como uma potente ferramenta farmacologica no tratamento de doencas cardiovasculares.
  • ANA JULIA DE MORAIS SANTOS OLIVEIRA
  • AMIDAS DO ÁCIDO VANILICO: REAÇÕES DE ACOPLAMENTO E BIOATIVIDADE
  • Data: 07/03/2018
  • Hora: 14:00
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  • Na ultima decada observou-se um aumento consideravel na prevalencia da resistencia aos agentes antimicrobianos, o que motivou o estudo do presente trabalho, que teve como finalidade a preparacao de uma colecao de amidas derivadas do acido vanilico atraves de reacoes de acoplamento utilizando o PYBOP e DCC como agentes acopladores, como tambem avaliar a atividade antimicrobiana das amidas preparadas frente a especies do genero Candida, Staphylococcus e Pseudomonas. Nesse contexto, existem os compostos fenolicos, que podem ser extraidos de fontes naturais ou obtidos por meio de sintese, como exemplo, o acido vanilico que possui diversas atividades, dentre elas, antimicrobiana. Na caracterizacao das amidas foram utilizados metodos Espectroscopicos de Infravermelhos, Ressonancia Magnetica Nuclear 1H e 13C. Todas as amidas foram submetidas a testes antimicrobianos pelo metodo de microdiluicao em caldo, tendo como controle antimicrobiano a nistatina e a caspofugina. As dez amidas foram obtidas com rendimentos variando entre 28,81-86,44%, e tres sao ineditas. Todas as amidas apresentaram atividade antifungica em pelo menos uma cepa testada. Na avaliacao antibacteriana todas as amidas apresentaram bioatividade na maior concentracao testada frente a cepa de Staphylococcus aureus ATCC 25925. A amida com melhor perfil antifungico foi a AN5 que apresentou uma Concentracao inibitoria minima de CIM = 0,46 μmol/mL (125 μg/mL), sugerindo que a presenca de grupo doador de eletrons (metila) ligado ao anel aromatico potencializa a atividade da molecula. A presenca de grupos hidroxilas nas posicoes orto e para, e a presenca de metoxila na posicao meta tambem sao importantes para atividade antimicrobiana.
  • ALANA RODRIGUES FERREIRA
  • Ésteres sintéticos derivados do ácido 3-metil-4-nitrobenzoico e avaliação da sua atividade antifúngica
  • Data: 07/03/2018
  • Hora: 09:00
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  • O acido 3-metil-4-nitrobenzoico e um produto quimico obtido atraves de processos sinteticos, de baixo custo e utilizado em diversos estudos como precursor na obtencao de moleculas bioativas. O presente trabalho envolveu o preparo, purificacao e caracterizacao estrutural de onze esteres derivados do acido 3-metil-4-nitrobenzoico com o objetivo de avalia-los quanto a sua capacidade antifungica, frente a especies de leveduras do genero Candida: C. albicans, C. glabrata, C. krusei e C. guilliermondii, patogenos oportunistas de importancia clinica que, com o aumento do uso dos agentes antifungicos, vem desenvolvendo mecanismos de resistencia aos farmacos atualmente disponiveis; o que representa uma extrema dificuldade para o tratamento de infeccoes causadas por esses microrganismos. Foram utilizadas quatro diferentes metodologias para as esterificacoes: Esterificacao de Fischer, esterificacoes com haletos de alquila e arila, reacao de Mitsunobu e reacao de Steglich; os rendimentos dos esteres obtidos variaram de 12% a 83%. Nos testes antifungicos foi realizada a determinacao da concentracao inibitoria minima (CIM) com a tecnica de microdiluicao em placa de 96 pocos e posterior determinacao da concentracao fungicida minima (CFM) em meio de cultura solido. Com a avaliacao da capacidade antifungica dos esteres preparados, foi possivel observar que todos foram bioativos frente a pelo menos uma das cepas testadas e apresentaram atividade fungicida. Os melhores resultados encontrados foram referentes a cepa de C. guilliermondi 207, na qual, AR1 apresentou atividade inibitoria na concentracao de 0,039 µmol/mL (7,8 µg/mL) e AR6 em 0,031 µmol/mL (7,8 µg/mL). No tocante as caracteristicas estruturais dos esteres que influenciam a bioatividade antifungica, constatou-se a importancia do substituinte aromatico nitro (-NO2), como grupo aceptor de eletrons, e a participacao do tamanho das cadeias alquilicas laterais, que provavelmente estabelecem interacoes hidrofobicas com macromoleculas das celulas fungicas. Enquanto na insercao de um heteroatomo na cadeia lateral ou de grupos ciclicos e aromaticos que, em alguns casos nao foram relevantes para a otimizacao da bioatividade ou contribuiram para a inatividade do ester.
  • RAYANNE HELLEN DO NASCIMENTO SILVA
  • Derivados sintéticos do ácido 4-clorocinâmico e atividade antimicrobiana
  • Data: 06/03/2018
  • Hora: 14:00
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  • Atualmente a resistencia dos microrganismos como fungos e bacterias e considerado um grande problema de saude publica.O termo candidiase e utilizado para infeccoes oportunistas superficiais ou sistemicas causadas por diferentes especies do genero Candida. Individuos com HIV, doencas cronicas como cancer, diabetes e transplantados, por serem pacientes imunocomprometidos, como tambem idosos e recem-nascidos sao os grupos com maior predisposicao a estas infeccoes. Algumas das especies deste genero apresentaram resistencia a uma ampla quantidade de farmacos antifungicos, aumentando a gravidade destas infeccoes e a complexidade do seu tratamento. Os esteres derivados do acido cinamico possuem um amplo espectro de atividades farmacologicas, dentre elas, a atividade antimicrobiana. E relatado que esteres cinamicos clorados sao potencialmente bioativos frente a microrganismos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi preparar uma colecao de esteres derivados do acido 4-clorocinamico estruturalmente relacionados, avaliar a atividade antimicrobiana dos mesmos e estabelecer uma relacao entre a estrutura dos compostos obtidos. Para a preparacao dos esteres foram utilizadas as reacoes de esterificacao de Fischer, esterificacao utilizando haletos de alquila e arila, reacao de Mitsunobu e reacao de Steglich. Na caracterizacao dos produtos utilizaram-se metodos espectroscopicos de infravermelho (IV) e ressonancia magnetica nuclear de 1H e 13C. Todos os esteres foram submetidos a testes antimicrobianos frente cepas das especies Candida albicans, Candida glabrata, Candida krusei, Candida guilliermondii, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, realizados pelo metodo de microdiluicao em caldo, tendo como controle antimicrobiano o cloranfenicol e a nistatina. Obteve-se doze esteres derivados do acido 4-clorocinamico, os quais seus rendimentos variaram de 30,75% - 97,57%, sendo tres ineditos. Um ester apresentou atividade antibacteriana na maior concentracao testada, no entanto, na atividade antifungica todos os compostos foram bioativos. Na atividade antifungica os esteres que se destacaram RH-06 e RH-11 apresentaram CIM 31,25 e 7,8μg/mL, respectivamente. Estes resultados mostram que os substituintes de cadeias alquilicas curtas, com presenca de heteroatomo como o oxigenio e com subestrutura terpenica perilica apresentam melhor perfil antifungico.
  • MARIA SALLETT ROCHA SOUZA
  • Estudo Fitoquímico de duas espécies de Mimosa: Mimosa ophthalmocentra Mart ex Benth e Mimosa tenuiflora (Will) Poir - Fabaceae
  • Data: 28/02/2018
  • Hora: 08:00
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  • As especies de Mimosa (Fabaceae) destacam-se por sua utilizacao na medicina popular. Mimosa ophthalmocentra, conhecida popularmente como “jurema-de-imbira” e utilizada no tratamento de feridas, inflamacoes, tosse e bronquite, suas raizes sao utilizadas em celebracoes mistico-religiosas. Mimosa tenuiflora (Will) Poir conhecida como “Jurema preta”, e popularmente utilizada para o tratamento de infeccoes, queimaduras e lesoes, dessa especie ja foram relatadas diversas substancias. Os extratos de ambas as especies foram obtidos e fracionados. Da fase hexanica do extrato etanolico bruto das cascas de M. ophthalmocentra (MOC) foram isoladas utilizando cromatografia em coluna e identificadas por RMN 1H e 13C as substancias: esqualeno (Mo-1), lupeol (Mo-2), β-sitosterol (Mo-3a), estigmasterol (Mo-3b) e virescenol A (Mo-4) e da fase aquosa do extrato etanolico bruto das folhas de M. ophthalmocentra (MOF), kulkanina B (Mo-5) e luteolina (Mo-6), todas descritas pela primeira vez na especie. A analise dos extratos e fracoes por espectrometria de massas acoplada a armadilha de ions com interface de ionizacao por eletrospray e insercao direta da amostra permitiu a identificacao de compostos fenolicos e derivados glicosilados, apos analise de ions precursores e padroes de fragmentacao alem de comparacoes com dados da literatura mostrando que essa e uma tecnica rapida e eficiente para analise da composicao quimica de plantas. Foi possivel propor a presenca de 20 substancias nos extratos, fases e fracoes de M. ophthalmocentra e 12 em M. tenuiflora.
  • SARAH REBECA DANTAS FEREIRA
  • Atividade tocolítica in vitro do extrato etanólico e flavonoides isolados de Zornia brasiliensis Vogel (Leguminosae) em ratas.
  • Data: 26/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Zornia brasilliensis Vogel, conhecida por “urinaria” ou “carrapicho”, e utilizada popularmente como diuretica, no tratamento de doencas venereas e desordens gastrintestinais. Em triagem realizada em nosso laboratorio, o extrato etanolico obtido das partes aereas de Zornia brasiliensis (ZB-EtOHPA) apresentou efeito espasmolitico em diversos musculos lisos (ileo e traqueia de cobaia, aorta e corpo cavernoso de rato e utero de rata. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o mecanismo de acao tocolitica in vitro do ZB-EtOHPA em ratas, alem de avaliar e comparar um possivel efeito tocolitico de flavonoides isolados desta especie. As contracoes isotonicas e isometricas foram monitoradas (n = 5). Baseado no fato de que o ZB-EtOHPA apresentou previamente efeito tocolitico em utero de rata frente as contracoes fasicas, decidiu investigar seu efeito sobre as contracoes tonicas induzidas por KCl e por ocitocina (OCI). O extrato foi mais potente em relaxar o utero pre-contraido com OCI (CE50 = 5,5 ± 1,3 μg/mL do que com KCl (CE50 = 22,0 ± 1,3 μg/mL). Como o passo comum na via de sinalizacao destes agentes contrateis sao os canais de calcio dependentes de voltagem (Cav), propos-se que o extrato estaria inibindo esses canais. O ZB-EtOHPA deslocou para a direita as curvas cumulativas controle de CaCl2 com reducao do seu efeito maximo, alem de relaxar o ileo pre‑contraido com o S‑(‑)‑Bay K8644, um agonista dos CaV1 (CE50 = 84,3 ± 10,6 μg/mL), demonstrando que o extrato inibe o influxo de Ca2+ atraves dos CaV1. Tendo em vista que os CaV podem ser modulados negativamente pela via do oxido nitrico (NO), decidiu‑se avaliar a participacao dessa via em utero de rata pre-contraido com OCI. Para tanto, utilizou‑se L‑NAME, um inibidor nao seletivo de sintase do NO (NOS) e foi observado que a potencia relaxante foi diminuida cerca de seis vezes (CE50 = 35,6 ± 6,2 μg/mL) quando comparada ao controle, sendo essa reducao parcialmente revertida na presenca concomitante de L-NAME e L-arginina (CE50 = 26,6 ± 1,3 μg/mL), substrato para a NOS, confirmando o envolvimento da via do NO no efeito tocolitico do ZB-EtOHPA (CE50 = 26,4 ± 3,8 μg/mL). O proximo passo da via do NO a ser investigado foi a participacao da ciclase de guanilil soluvel (sCG) e da proteina cinade G (PKG). Com isso, foi observado que a potencia tocolitica do extrato foi reduzida cerca de 5 e 3 vezes na presenca do ODQ, um inibidor da sCG (CE50 = 36,9 ± 7,3 µg/mL) e do Rp-8-Br-PET-cGMPS, um inibidor da PKG (CE50 = 15,4 ± 2,7 µg/mL), respectivamente, confirmando a modulacao positiva da via do NO/sCG/PKG no seu efeito tocolitico em rata. Compreendendo que essa via pode modular os canais de K+, resolveu-se investigar a participacao destes canais no efeito tocolitico do extrato na presenca de cloreto de cesio (CsCl), bloqueador nao seletivo de canais de K+ e foi observado um desvio para direita da curva concentracao‑resposta do extrato com reducao da potencia relaxante (CE50 = 15,44 ± 2,69 μg/mL), o que confirma a participacao dos canais de K+ no efeito tocolitico do ZB-EtOHPA. Para verificar os subtipos de canais utilizou‑se bloqueadores seletivos. A curva controle concentracao‑resposta tambem foi desviada para a direita e a potencia tocolitica reduzida na presenca de tetraetilamonio, bloqueador de BKCa (CE50 = 16,8 ± 2,8 μg/mL), de apamina, bloqueador de SKCa (CE50 = 22,0 ± 3,3 μg/mL), glibenclamida, bloqueador de KATP (CE50 = 28,2 ± 5,3 μg/mL) e de 4‑aminopiridina, bloqueador de Kv (CE50 = 73,2 ± 13,4 μg/mL). Por fim, o ZB-EtOHPA teve sua potencia tocolitica reduzida quando esses quatro bloqueadores foram pre‑incubados simultaneamente (CE50%= 31,3 ± 6,0 μg/mL), entretanto, nao foi identificado efeito sinergico entre eles. Tambem foi avaliado o efeito tocolitico de dois flavonoides isolados do ZB-EtOHPA, 7‑metoxiflavona (7-MF) e 5,7-dimetoxiflavona (5,7-DMF),e observou-se que ambos apresentaram efeito tocolitico, sendo a 7-MF equipotente frente a OCI (CI50 = 3,2 ± 0,9 x 10-5 M) e ao CCh (CI50 = 4,3 ± 0,4 x 10-5 M) e, diferentemente, o 5,7-DMF apresentou potencia cerca de 2 vezes maior frente ao CCh (CI50 = 1,7 ± 0,3 x 10-5 M) quando comparada a OCI (CI50 =4,2 ± 1,0 x 10-5 M).Dessa forma, o mecanismo de acao tocolitica proposto para o ZB-EtOHPA em rata pode ter envolvimento da modulacao positiva na via NO/sGC/PKG e canais de K+, apontando o bloqueio dos Cav-1 e, consequentemente, diminuicao do influxo de Ca2+, promovendo relaxamento do musculo liso uterino. Alem disso, os flavonoides, 7-MF e 5,7-DMF, provavelmente sao os responsaveis pelo efeito tocolitico do extrato.
  • CAMILA BOMFIM DE SA
  • INVESTIGAÇÃO DA TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO FERULATO DE ETILA
  • Orientador : MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
  • Data: 26/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • As plantas medicinais sao fontes de substancias bioativas conhecidas como metabolitos secundarios. O ferulato de etila (FE), um composto fenolico, da grande classe dos fenilpropanoides, e derivado do acido ferulico e pode ser encontrado naturalmente ou sintetico. Suas principais atividades farmacologicas sao: anti-inflamatoria, antioxidante, antibacteriana e antitumoral. Esse presente trabalho objetivou investigar a toxicidade e atividade antioxidante do FE. O local da pesquisa foi o Laboratorio de Ensaios Toxicologicos e o Bioterio Prof. Dr. Thomas George pertencentes ao Instituto de Pesquisa em Farmacos e Medicamentos (IPeFarM) da Universidade Federal da Paraiba (UFPB). A principio foram realizadas analises in silico atraves do programa Molinspiration, obtendo-se informacoes a respeito da cinetica, acoes biologicas e toxicidade do FE. Avaliou-se tambem a citotoxicidade do FE baseado no potencial hemolitico, utilizando suspensao de eritrocitos e o FE em concentracoes de 10, 50, 100, 250, 500 e 1000 µg/mL, onde a hemoglobina (Hb) foi quantificada em espectrofotometro a 540 nm. Foi avaliada ainda, a influencia do FE sobre a fragilidade osmotica de eritrocitos na presenca de solucao hipotonica de NaCl a 0,24%. Realizou-se um ensaio de toxicidade aguda in vivo, em camundongos Swiss femeas, onde 18 animais foram divididos e formados 3 grupos compostos por 6 animais cada: controle, tratados com o FE dose unica de 300 mg/kg (via oral) e outros tratados com o FE dose unica de 2000 mg/kg. Apos a administracao, foi realizada uma triagem comportamental e em seguida foi acompanhada a evolucao ponderal e consumo de agua e racao dos animais. Apos 14 dias, os animais foram eutanasiados com excesso de anestesico. Amostras de sangue foram coletadas e realizada analise bioquimica do soro. Os orgaos vitais desses animais tambem foram retirados, pesados e analisados macroscopicamente. Alem disso, os orgaos foram processados atraves de varias etapas e elaboradas laminas com cortes teciduais, as quais foram analisadas a histopatologia em microscopio. Para a atividade antioxidante, foi utilizada suspensao de eritrocitos, peroxido de hidrogenio e o FE nas concentracoes ja citadas e quantificada a Hb. O programa Molinspiration forneceu predicoes de diversas atividades farmacologicas do FE (inclusive algumas nao citadas na literatura), alem de mostrar o perfil ADME, onde as fases de absorcao, distribuicao, biotransformacao e excrecao da droga sao favoraveis. A respeito da predicao de toxicidade in silico, o FE mostrou-se com alta toxicidade ambiental. O FE nao apresentou efeito hemolitico nas principais concentracoes (para todos os tipos sanguineos), porem na maior concentracao de 1000 µg/mL houve hemolise significativa, sendo considerado de baixo potencial hemolitico. O FE nas concentracoes de 50 e 250 µg/mL (eritrocitos A) e 10, 50 e 100 µg/mL (eritrocitos O) mostrou exercer alguma protecao sobre a membrana eritrocitaria frente ao NaCl 0,24%. No ensaio toxicologico agudo, os animais tratados apresentaram alteracoes comportamentais (ex. sedacao); o consumo de racao foi superior para o grupo de 2000 mg/kg; sem diferenca significativa nos pesos; os parametros bioquimicos albumina, proteinas totais, AST, ALT, FAL, glicose, triglicerideos, colesterol, acido urico, ureia e creatinina nao evidenciaram alteracoes entre tratados e controle. Os orgaos mantiveram-se preservados. Os cortes histologicos de coracao, pulmao, estomago, figado e rins nao revelaram alteracoes de fibrose, infiltrado inflamatorio ou necrose. O FE em todas as concentracoes demonstrou efeito antioxidante frente ao H2O2, reduzindo a peroxidacao lipidica de eritrocitos de todos os tipos, diminuindo a hemolise e liberacao de hemoglobina. O ferulato de etila e uma droga com baixo perfil toxico e detentor de potente efeito antioxidante.
  • ALBERTO SHELLYGTON LIMA
  • Avaliação da atividade gastroprotetora da hesperetina em modelos animais
  • Data: 23/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A hesperetina e um composto organico aromatico polifenolico pertencente a classe das flavanonas que podem ocorrer tanto na forma livre (aglicona) ou ligado a residuos de acucar (glicosideos/heterosideos), sendo encontrada em especies vegetais, como Citrus sinensis e Citrus limon. Estudos farmacologicos relatam sua atividade anti-inflamatoria e antioxidante. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade pre-clinica aguda, atividade gastroprotetora e os mecanismos de acao relacionados a essa atividade. No ensaio de toxicidade aguda, utilizando as doses de 300 e 2000 mg/kg da hesperetina administradas por via oral (v.o.) nao foram observados sinais e alteracoes comportamentais ou mortes em camundongos swiss machos nas condicoes experimentais avaliadas. Desta forma, pode-se inferir que a dose letal 50% (DL50) e igual ou superior a 2500 mg/kg de acordo com o guia 423 da OECD. Para avaliacao da atividade gastroprotetora foram utilizados os modelos classicos de inducao aguda de ulcera gastrica: etanol/acidificado em camundongos, etanol em ratos, anti-inflamatorio nao-esteroidal (AINE-piroxicam) e estresse (por imobilizacao e frio) em camundongos e contensao do suco gastrico em ratos. No modelo de etanol acidificado, a carbenoxolona (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 63, 23, 46, 59, 65% (***p<0,001), respectivamente, quando comparados ao controle negativo. Em lesoes induzidas pelo etanol, a carbenoxolona (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o.) reduziram a area de lesao ulcerativa (ALU) em 96, 42, 64, 71, 70% (***p<0,001), respectivamente, em comparacao ao controle negativo. Nas ulceras gastricas induzidas pelo estresse por imobilizacao e frio a cimetidina (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o.) reduziram o ILU em 66, 21, 40, 62, 75% (*p<0,05) e (***p<0,001), respectivamente, quando comparados ao controle negativo. Nas ulceras gastricas induzidas por AINEs, a cimetidina (100 mg/kg) e a hesperetina (25, 50, 100 e 200 mg/kg - v.o.) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 60, 24, 52, 69 e 75% (***p<0,001), respectivamente, quando comparados ao grupo controle negativo. Em ulceras gastricas induzidas por contensao do suco gastrico (ligadura do piloro) a cimetidina (100 mg/kg) e a hesperetina (100 mg/kg) diminuiram o ILU em 41 e 40% (v.o.) (***p<0,001) e em 42 e 48% (###p<0,001) (i.d.), respectivamente, quando comparados ao grupo controle negativo. Na perspectiva de investigar os mecanismos envolvidos na atividade gastroprotetora da hesperetina foram avaliados os mecanismos antissecretorios ou neutralizantes da secrecao acida gastrica, mecanismos citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorio. Os tratamentos (v.o. e i.d.) com hesperetina (100 mg/kg) nao alterou os parametros bioquimicos do suco gastrico. A atividade gastroprotetora da hesperetina (100 mg/kg) envolve a participacao de grupamentos sulfidrilicos, oxido nitrico, KATP, muco e prostaglandinas. Alem disso, apresentou atividade antioxidante por um aumento nos niveis de glutationa reduzida (GSH) e diminuicao nos niveis de malondialdeido (MDA) quando comparados ao controle negativo, no modelo de ulceras induzidas por etanol. A hesperetina (100 mg/kg) diminuiu os niveis de interleucina-1 beta (IL-1β) e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e aumentou os niveis de interleucina-10 (IL-10). Diante desses resultados foi possivel inferir que a hesperetina apresenta atividade gastroprotetora e que a atividade dessa substancia envolve mecanismos citoprotetores, antioxidantes e imunorregulatorios.
  • JULIANA DE MEDEIROS GOMES
  • Estudo preliminar da potencial atividade fotoprotetora e antioxidante de Mentha x villosa
  • Data: 23/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • Mentha x villosa e uma especie de planta pertencente a familia Lamiaceae, sendo um hibrido das especies Mentha spicata e Mentha suaveolens Ehrh. Ela e popularmente utilizada como antimicrobiana e antiparasitaria, entretanto, nao existem muitos estudos sobre sua composicao fenolicos, alem de nao haver registros sobre sua acao fotoprotetora relatadas. Portanto, com esse estudo, objetivou-se avaliar a atividade antioxidante e fotoprotetora da especie citada. Para isso, as partes aereas de Mentha x villosa foram coletadas no Horto do Instituto de Pesquisa em Farmacos e Medicamentos (IPeFarM) da Universidade Federal da Paraiba (UFPB), Campus I, municipio de Joao Pessoa-PB, e a partir do material vegetal fresco triturado, foi feita a maceracao com etanol 96% e posteriormente, foi obtido o Extrato Etanolico Bruto. Um metodo analitico foi desenvolvido e validado por CLAE-DAD para o marcador Acido Rosmarinico e apresentou especificidade, linearidade, precisao, precisao intermediaria, exatidao e robustez de acordo com as especificacoes exigidas pela ANVISA no Guia de Validacao de metodos analiticos e bioanaliticos (RE nº 899/2003). O teor de fenolicos totais da amostra foi determinado seguindo o metodo de Folin-Ciocalteu, utilizando o acido galico como padrao. Para a determinacao da atividade antioxidante da amostra foi utilizado o metodo do sequestro de radicais DPPH, baseado na reducao desse radical quando diante de uma substancia antioxidante, sendo o acido ascorbico a substancia padrao e todas as analises foram realizadas em triplicata. Para avaliacao da atividade fotoprotetora foi determinada a absorbancia maxima por meio de uma varredura de espectro na faixa de comprimento de onda entre 200 a 400 nm em espectrofotometro UV e o fator de protecao solar (FPS) in vitro atraves do metodo desenvolvido por Mansur. Alem do FPS do extrato, foi avaliado tambem o FPS do resveratrol e de sua associacao com o extrato. Apos analise, foi possivel constatar que o EEB de Mentha x villosa apresentou teor de fenolicos totais igual a 116,25 ± 1,42 mg EAG/ g de amostra e CE50 igual a 98,03 ± 1,47 µg / mL referente a atividade antioxidante. No que se refere a fotoprotecao, o EEB de Mentha x villosa apresentou bandas de absorcao intensas na regiao UVB e UVA e FPS = 13,23. Quanto a sua associacao com o resveratrol, o FPS foi igual a 14,29, enquanto que o resveratrol sozinho teve FPS = 21,80. Os resultados desse trabalho mostraram que Mentha x villosa tem uma boa atividade fotoprotetora preliminar, consideravel teor de fenolicos totais e atividade antioxidante frente ao DPPH, merecendo uma avaliacao mais aprofundada relacionada a fotoprotecao.
  • IARA LEAO LUNA DE SOUZA
  • Suplementação alimentar com Spirulina platensis previne o desenvolvimento da disfunção erétil em ratos Wistar alimentados com dieta hipercalórica
  • Data: 22/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A obesidade e uma doenca inflamatoria cronica, caracterizada pelo acumulo de tecido adiposo, e representa um fator de risco para o desenvolvimento da disfuncao eretil (DE). Esta e definida como a incapacidade de alcancar e/ou manter uma erecao peniana suficiente para a satisfacao sexual, com muitos pacientes nao respondendo apropriadamente a farmacoterapia. Dessa forma, visando a busca por novas alternativas terapeuticas, avaliou-se os possiveis efeitos da suplementacao alimentar com Spirulina platensis, alga com potencial vasodilatador e antioxidante, em um modelo de DE induzida pelo consumo de dieta hipercalorica. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais da UFPB (certidao 0201/14). Os ratos Wistar foram divididos em grupo alimentado com racao padrao que recebeu solucao salina (GCS), que foi suplementado com a alga nas doses de 25 (GC + SP25), 50 (GC + SP50) ou 100 mg/kg (GC + SP100) e que foi tratado com sildenafila na dose de 1,5 mg/kg/dia (GC + Sild) ou, em grupo alimentado com racao hipercalorica que recebeu solucao salina (GOS), que foi suplementado com a alga nas doses de 25 (GO + SP25), 50 (GO + SP50) ou 100 mg/kg (GO + SP100) e que foi tratado com sildenafila na dose de 1,5 mg/kg/dia (GO + Sild). Foram analisados os parametros nutricionais e morfometricos, a funcao eretil, in vivo, os mecanismos funcionais envolvidos nas alteracoes da reatividade contratil e relaxante do corpo cavernoso, in vitro, e o balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes sistemicas e teciduais. Spirulina platensis na dose de 50 mg/kg reduziu a ingestao alimentar e a massa corporal final dos ratos que consumiram a dieta padrao, ja na dose de 100 mg/kg promoveu reducao da massa e do diametro dos adipocitos do tecido adiposo inguinal e, consequentemente, do indice de adiposidade. Ademais, nao foi observada alteracao na funcao eretil basal desses ratos. Entretanto, o consumo da dieta hipercalorica resultou na diminuicao da ingestao alimentar, porem, houve aumento da massa corporal final, como consequencia da elevacao dos coeficientes de eficacia alimentar e de ganho de peso por consumo calorico, alem do aumento das reservas adiposas epididimal, retroperitoneal e inguinal, e do indice de adiposidade. Adicionalmente, a reducao do numero e o aumento da latencia para a erecao peniana foram correlacionados ao consumo da dieta hipercalorica. Interessantemente, esses efeitos deleterios do consumo da dieta hipercalorica sobre a adiposidade corporal e a funcao eretil, in vivo, foram prevenidos pela suplementacao alimentar com S. platensis. Em relacao a reatividade cavernosa, os ratos (GC + SP100) apresentaram reducao da eficacia contratil ao KCl (acoplamento eletromecanico). Por outro lado, a eficacia contratil a fenilefrina (FEN) (acoplamento farmaco-mecanico) foi potencializada (GC + SP50), o que foi associado a modulacao positiva da via da Rho cinase (ROCK) e dos prostanoides contrateis. Alem disso, observou-se regulacao positiva da via do oxido nitrico (NO), reducao das especies reativas de oxigenio (ROS) e potencializacao do efeito relaxante promovido pela acetilcolina (ACh). A integracao de vias que favorecem a contracao e o relaxamento do corpo cavernoso de rato pode estar subjacente a nao alteracao da funcao eretil desses ratos, in vivo. Por outro lado, o consumo da dieta hipercalorica resultou no aumento da eficacia contratil do KCl e da FEN, e atenuacao da eficacia relaxante induzida pela ACh, indicando o comprometimento dos acoplamentos eletro- e farmaco-mecanico da reatividade cavernosa. Os efeitos deleterios sobre a reatividade cavernosa decorrem da ativacao da via da ROCK, do aumento das ROS, da modulacao negativa da via do NO e do desbalanco dos prostanoides relaxantes/contrateis. Nesse contexto, a suplementacao alimentar com S. platensis, em ratos alimentados com a dieta hipercalorica, preveniu os danos a reatividade contratil e relaxante cavernosa. Na analise do balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes, a capacidade antioxidante total (CAT) tecidual, foi aumentada pela suplementacao com a alga na dose de 50 mg/kg em ratos alimentados com dieta padrao. Ja nos ratos que consumiram a dieta hipercalorica, observou-se elevacao nos niveis de malondialdeido (MDA) sistemico e tecidual, bem como reducao da CAT sistemica, resultando em danos oxidativos aos ratos. Essa alteracao do balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes foi prevenida pela suplementacao com a alga. Portanto, a suplementacao alimentar com S. platensis previne os danos associados ao consumo da dieta hipercalorica e desponta como um avanco futuro para o tratamento da DE.
  • CARLOS ARTHUR GOUVEIA VELOSO
  • Estudo fitoquímico e avaliação da atividade antimicrobiana das folhas de Varronia dardani (Taroda) J.S. Mill (Boraginaceae) e de seu óleo essencial
  • Data: 22/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • O genero Varronia pertence a familia Boraginaceae, antes classificada como Cordia, compreende cerca de 100 especies. Algumas especies sao descritas na literatura com atividades, ant-inflamatoria, analgesica e cicatrizante. A especie V. dardani nao possui relatos na medicina popular. O material vegetal foi coletado em Serra Branca – PB, uma exsicata encontra-se depositada no hebario Prof. Lauro Pires Xavier sob registro JPB 29509. As folhas de V. dardani foram secas em estufa 40 ºC, trituradas e extraida com etanol a 95%, concentrado em rotaevaporador obtendo-se o Extrato Etanolico Bruto (EEB), o qual foi desengordurado com hexano e em seguida submetido a particao liquido/liquido (7:3 v/v) obtendo-se as fases hexanica, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. As estruturas quimicas foram identificadas atraves de espectroscopia de massa, Ressonancia Magnetica Nuclear (RMN) e em comparacoes com a literatura. A fase diclorometano foi submetida a cromatografia liquida de media pressao de onde foram isoladas seis substancias, sendo duas chalconas (pinostrobina chalcona e gimnogrameno) e quatro flavanonas (pinocembrina, isosakuranetina, pinostrobina e sakuranetina-4’-metil eter). O oleo essencial das folhas V. dardani (Vd-OE) foi extraido por hidrodestilacao em aparelho de Clevenger e caracterizado por cromatografia gasosa acoplada a espectroscopia de massas (CG-EM). A constituicao quimica do oleo de V. dardani foi de 97,2% de monoterpenos e sesquiterpenos. Sendo os δ-Cadineno (8,71%), timol (7,43%), carvacrol (5,92%), γ-cadineno (5,66%), p-cimeno (5,25%) e δ-cadinol (5,20%) os constituintes majoritarios. Foi investigada a atividade antimicrobiana, atraves da da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e da Inibicao da Formacao de Biofilme (IFB), realizadas por microdiluicao e utilizando o EEB, sua fase diclorometano, o Vd-OE e de algumas flavanonas e chalconas isoladas e/ou em misturas frente a especies de microrganismos de interesse na Odontologia. O oleo essencial inibiu o crescimento de Enterococcus faecalis e Streptococcus salivarius com a CIM de 2 mg/mL, Vd-EEB inibiu o crescimento de S. salivarius, Vd-FD exibiu uma CIM frente as cepas de E. faecalis e S. salivarius, a pinostrobina chalcona inibiu o crescimento de S. salivarius, e em mistura com o gimnogrameno, apresentou CIM para as cepas E. faecalis e S. salivarius. A pinocembrina inibiu o crescimento de E. faecalis e S. salivarius. A pinocembrina, a pinostrobina chalcona e sua mistura com o gimnogrameno apresentaram inibicao da formacao do biofilme de S. salivarius na maior concentracao testada. A pinostrobina chalcona inibiu a formacao do biofilme de E. faecalis na sua menor concentracao. Os resultados in vitro indicaram que a especie contem em sua composicao quimica, substancias com potencial antimicrobiano, necessitando assim, de estudos complementares visando buscar uma nova terapia para infeccoes dentais utilizando a referida especie.
  • JESSICA MARCELINO GUEDES
  • Avaliação da atividade gastroprotetora do isômero (-) - fenchona
  • Data: 21/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A fenchona e um monoterpeno presente nos oleos essencias de especies vegetais, a exemplo de Foeniculum vulgare (funcho/erva-doce) e Peumus boldus (boldo), utilizadas no tratamento de desordens gastrointestinais. Estudos farmacologicos mostram que a (-) – fenchona apresenta atividade mucotropica, antinoceptiva e antimicrobiana. Os monoterpenos em geral apresentam propriedades antiulcerogenicas e sao importantes fontes de materia-prima para sintese de novos farmacos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade pre-clinica aguda, a atividade gastroprotetora e os mecanismos envolvidos na gastroprotecao da (-) – fenchona (antissecretorios, citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorio). Os resultados foram considerados significativos quando o valor p < 0,05. No ensaio de toxicidade aguda, as doses de 300 e 2000 mg/kg da (-) – fenchona administradas por via oral (v.o.) nao induziram sinais de toxicidade em camundongos machos nas condicoes experimentais avaliadas e a dose letal 50% (DL50) estipulada foi de igual ou superior a 2500 mg/kg de acordo com o guia 423 da OECD, o que sugere baixa toxicidade. Para avaliacao da atividade gastroprotetora, foram utilizados os modelos de inducao aguda de ulcera gastrica induzida por etanol em ratos, estresse (imobilizacao e frio), anti-inflamatorio nao-esteroidal (AINE - piroxicam) em camundongos e contensao do suco gastrico em ratos. No modelo de ulcera induzida por etanol, a carbenoxolona (100 mg/kg) e a (-) – fenchona (75; 150 e 300 mg/kg - v.o.) reduziram a area de lesao ulcerativa (ALU) em 74 (23,82 ± 4,98), 31 (63,48 ± 18,73) 83 (15,52 ±, 4,19) e 83% (15,85 ±, 5,26) respectivamente, em comparacao ao controle negativo (tween 80 5%), 92,18 ± 8,29. Em lesoes induzidas por estresse (imobilizacao e frio), a cimetidina e a (-) – fenchona (37,5; 75; 150 e 300 mg/kg - v.o.) reduziram o indice de lesao ulcerativo (ILU) em 26 (185,5 ± 15,82), 33 (167,80 ± 17,08), 41 (148,70 ±16,90), 56 (111 ± 7,66) e 55% (112,80 ± 8,25), respectivamente, quando comparados ao controle negativo (251,1 ± 29,13). Nas ulceras induzidas por AINE (Piroxican), a cimetidina e a (-) – fenchona nas mesmas doses reduziram o ILU em 35 (180 ± 44,83), 20 (220,70 ± 20,19), 21 (218,30 ± 25,12), 60 (110,40 ± 29,22) e 60% (110,80 ± 15,48) respectivamente, quando comparados ao controle negativo (275 ± 14,90). Nas ulceras induzidas por contensao do suco gastrico, a cimetidina (100 mg/kg) e a (-) – fenchona em sua dose mais efetiva (150 mg /kg) diminuiram o ILU em 31 e 37% (v.o.) e em 35 e 46 % (i.d.), respectivamente, em comparacao ao controle negativo (363,20 ± 79,01- v.o.) e (336,80 ± 49,90 - i.d.). Na perspectiva de investigar os mecanismos envolvidos na atividade gastroprotetora da (-) – fenchona, foi avaliada a participacao dos mecanismos antissecretorios ou neutralizante (pH, conteudo gastrico e [H+]), citoprotores (grupamentos sulfidrila, oxido nitrico, canais de potassio sensiveis ao ATP, muco e prostaglandina), antioxidante (GSH e MDA) e imunorregulatorio (IL-1b e TNF-a). Dessa forma, foi observado que o efeito gastroprotetor da (-) – fenchona nao envolve mecanismos antissecretorios, nem a participacao do oxido nitrico, mas esta relacionado a participacao de grupamentos sulfidrilas, canais de potassio sensiveis ao ATP, muco, prostaglandinas, aumento dos niveis de GSH e reducao dos niveis de MDA e das citocinas pro-inflamatorias IL-1b e TNF-a. Desta forma, e possivel inferir que a (-) – fenchona apresenta atividade gastroprotetora, relacionada a mecanismos citoprotetores, antioxidante e imunorregulatorios.
  • KIVIA SALES DE ASSIS
  • Avaliação das Atividades Antifúngica e Toxicológica do Óleo Essencial de Gaultheria procumbes
  • Data: 21/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Candidiase e uma infeccao causada por leveduras do genero Candida, sejam essas infeccoes superficiais, da pele e da mucosa ou infeccoes sistemicas. A disseminacao de fungos resistentes aos medicamentos e uma das mais graves ameacas para o sucesso do tratamento das doencas fungicas, alem disso, algumas drogas sao muito toxicas, dificultando a adesao a terapeutica o que estimula a busca por novos agentes antifungicos mais eficazes, menos toxicos neste contexto os produtos derivados de plantas medicinais sao excelentes alternativas para esse proposito. Neste sentindo o objetivo desse estudo foi investigar a atividade antifungica do oleo essencial de Gaultheria Procumbens (OEGp) contra cepas do genero Candida, avaliar a sua citotoxicidade, bem como a biodisponibilidade oral e o perfil toxicologico teoricos do constituinte majoritario deste oleo, o salicilato de metila. Para a realizacao dos estudos antifungicos utilizou-se o teste de microdiluicao com diferentes cepas fungicas do genero Candida para avaliacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e da Concentracao Fungicida Minima (CFM). Para a analise do potencial antimicrobiano do salicilato de metila foi utilizado a analise in silico com o software Pass online. Para realizacao dos estudos de atividade citotoxica utilizou-se hemacias humanas.As analises realizadas revelaram que o OEGp apresentou uma excelente atividade antifungica frente as cepas clinicas de C. parapsilosis e C. krusei com uma CIM e CFM entre 8 e 128 µg/mL, em contrapartida para C. tropicalis e C. glabrata foram insensiveis com excecao da C. t. LM – 64 que teve CIM de 32 µg/mL. O OEGp tambem apresentou excelente atividade antifungica frente a 5 cepas das 8 testadas de C. albicans, com uma CIM e CFM entre 4 e 8 µg/mL, e esse efeito teve natureza fungicida. Seu mecanismo de acao nao envolve efeito sobre a parede celular bem como na membrana plasmatica. Promoveu um efeito sinergico ao ser associado a anfotericina B (um antifungico clinico conhecido). Apresentou baixa citotoxicidade baixa citotoxicidade para o tipo sanguineo A e de baixa a moderada para a maioria das concentracoes testadas no diferentes tipos sanguineos (B e O). Com relacao ao estudo das propriedades farmacologicas e toxicologicas teoricas do constituinte majoritario do OEGp, o salicilato de metila, , observou-se que de forma teorica demonstrou ser um composto que possui varios possiveis efeitos biologicos sobre o corpo humano, bem como boa biodisponibilidade e baixo risco de toxicidade. Em conjunto, esses resultados sugerem que o oleo essencial de Gaultheria procumbens representa uma nova e promissora possibilidade entre os produtos com atividade antifungica em especial contra cepas de C. albicans.
  • SAVIO BENVINDO FERREIRA
  • Caracterização Toxicológica e Investigação da Atividade Antifúngica do Isoeugenol frente a Penicillium citrinum
  • Data: 20/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • A perda de alimentos causada por uma variedade de micro-organismos tem sido reconhecida como inconveniente e uma das maiores preocupacoes das industrias de alimentos, principalmente, pelo impacto economico. Alem disso, com o aumento da prevalencia de agentes patogenicos resistentes as drogas ocorre em um momento em que a descoberta e o desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos ocorrem lentamente. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo investigar in vitro e in silico a atividade antifungica do isoeugenol frente a cepas Penicillium citrinum e seus efeitos toxicos. Para avaliar as bioatividades e risco toxicologico in silico, foram utilizadas os softwares PASS on-line, Molinspiration e Osiris. Para investigar a atividade antifungica in vitro, foram utilizadas as tecnicas de microdiluicao, checkerboard e os ensaios com ergosterol e sorbitol. O efeito citotoxico foi demonstrado utilizando eritrocitos humanos. O fitoconstituinte apresentou parametros de biodisponibilidade oral satisfatorios e risco toxicologico reprodutivo e mutagenico na analise in silico, mas nao foi citotoxico. Apresentou acao antifungica nas cepas testadas com efeito fungicida, causando perturbacao na membrana plasmatica antifungica. Desta forma, o isoeugenol demonstrou ser um possivel candidato a biocida e/ou droga antifungica para tratamento de infeccoes fungicas.
  • CESAR AUGUSTO GONCALVES DANTAS
  • Estudo fitoquímico e investigação da atividade imunomoduladora de metabólitos secundários de Erythroxylum simonis Plowman (Erythroxylaceae)
  • Data: 19/02/2018
  • Hora: 08:00
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  • Durate seculos a sociedade humana faz uso de plantas com fins medicinais, sendo provavelmente um dos primeiros meios que a humanidade buscou para aliviar suas dores e enfermidades. Erythroxylum simonis Plowman, conhecida popularmente como “Guarda Orvalho” e uma especie da familia Erythroxylaceae com distribuicao em alguns estados da regiao Nordeste do Brasil. Devido a ausencia de estudos quimicos desta especie, este trabalho tem como objetivo efetuar uma abordagem fitoquimica e avaliar o potencial imunomodulador de metabolitos secundarios isolados de Erythroxylum simonis. As partes aereas da especie foi coletada na Mata Pau-Ferro no municipio de Areia – PB, apos secagem e pulverizacao foi realizada uma extracao do material vegetal e posterior particao do extrato resultando nas fases hexanica, cloroformica, acetato de etila e n-butanolica. O teor de fenolicos totais no extrato etanolico bruto foi determinado pelo metodo espectrofotometrico de Folin-Ciocalteau. A partir de tecnicas cromatograficos realizadas com a fase acetato de etila foi possivel isolar 6 compostos: acido protocatecuico, acido 3-O-cafeoilquinico, acido 4-O-cafeoilquinico, quercetina-3-sambubiosideo, canferol-3-sambubiosideo e canferol-3-O-β-D-glicopiranosideo. Estes foram identificados por espectroscopia de massas e de RMN de 1H e 13C uni e bidimenssionais. Para avaliacao da atividade imunomoduladora dos flavonoides quercetina-3-sambubiosideo e canferol-3-sambubiosideo, camudongos femeas foram estimulados com tioglicolato (4%) na cavidade peritoneal para obtencao dos macrofagos. A determinacao da viabilidade celular foi realizada pelo ensaio do MTT. Foi estudado, in vitro, o efeito de diferentes concentracoes das amostras (10 µM, 50 µM e 100 µM) na producao de oxido nitrico (NO) pelo metodo colorimetrico indireto conhecido como reacao de Griess. O efeito modulador desses flavonois em diferentes concentracoes, sobre os niveis das citocinas TNF-α e IL-6 foram analisadas por ELISA. Nenhuma das concentracoes dos flavonois testados foi capaz de reduzir a viabilidade celular e de interferir na producao do NO e das citocinas TNF-α e IL-6 produzidas por macrofagos estimulados com lipopolissacarideo (LPS) bacteriano. Os resultados obtidos deste trabalho, contribuiram para o conhecimento fitoquimico e farmacologico do genero Erythroxylum e da especie Erythroxylum simonis.
  • BIANKA MARCIA DO NASCIMENTO XAVIER
  • EFEITO IMUNOMODULADOR DO 2-METOXI-4-(7-METOXI-1,2,3,4-TETRAHIDROISOQUINOLIN-1-IL)FENOL (MHTP) EM UM MODELO DE LESÃO PULMONAR AGUDA
  • Data: 16/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A lesao pulmonar aguda e uma sindrome de doenca critica que consiste em insuficiencia respiratoria aguda com infiltrado celular e e caracterizada por lesao da barreira capilar alveolar, acumulacao de neutrofilos e inducao de citocinas pro-inflamatorias, seguido de uma fibrose pulmonar. Devido a complexidade dos eventos fisiologicos e imunologicos que envolvem a lesao pulmonar aguda, ainda nao ha uma farmacoterapia totalmente estabelecida. O MHTP e um alcaloide inedito sintetizado que possui semelhanca quimica com as criptostilinas e com os alcaloides CKD712 e THI52. O objetivo desse estudo foi investigar o potencial farmacologico do MHTP no tratamento da lesao pulmonar aguda experimental em dois momentos: 72 horas (fase aguda) e dez dias (fase cronica). Para tal, foi usado o modelo de lesao pulmonar aguda induzida por LPS em camundongos BALB/c machos. Foram realizados tres tratamentos, por instilacao nasal, com MHTP, sendo o primeiro uma hora apos o desafio com LPS, o segundo com 24 horas e o terceiro com 48 horas. Para escolha da dose da substancia, foi realizado experimento piloto com as doses de 1,25mg/kg; 2,5mg/kg; 5mg/kg; 10mg/kg e 20mg/kg. No tempo de 72 h, o tratamento com MHTP (2,5mg/kg; 5mg/kg; 10mg/kg e 20mg/kg) diminuiu significantemente (p<0,05) a migracao de celulas totais, neutrofilos e linfocitos. A partir desse experimento, foi escolhida a dose de 2,5mg/kg por ter apresentado melhores resultados. Portanto, essa dose foi utilizada nos demais experimentos. Tal dose tambem diminuiu significativamente (p<0,05) a producao das citocinas TNF-α e IL-6 e os parametros histologicos tais como: hemorragia, edema, infiltracao celular e deposicao de fibrose. No periodo de dez dias, o tratamento com MHTP, diminuiu significantemente (p<0,05) a migracao de celulas totais, neutrofilos, macrofagos e linfocitos com aumento de peso e retorno normal as atividades nos animais. A taxa de sobrevivencia dos animais tratados com MHTP foi significantemente (p<0,05) maior quando comparada com a dos animais LPS (doentes). Portanto, os resultados obtidos nesse trabalho indicam que o MHTP exerce um efeito protetor na lesao pulmonar aguda, tanto na fase aguda (72h) como na fase cronica (dez dias) protegendo as celulas epiteliais alveolares e regulando a inflamacao pulmonar, e sugerindo que o MHTP e um agente terapeutico promissor para o manejo dessa doenca.
  • HERMES DINIZ NETO
  • Avaliação da atividade antifúngica do geraniol sobre Candida albicans e Candida tropicalis isoladas de conteúdo pulmonar.
  • Data: 08/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Recentemente, tem ocorrido um aumento nos casos de infeccoes hospitalares provocadas por leveduras do genero Candida, com notavel crescimento da ocorrencia de especies nao-albicans. As formas superficiais de candidiase sao capazes de evoluir para a forma sistemica afetando diferentes orgaos, podendo atingir as vias aereas inferiores, compondo um quadro de candidiase disseminada pulmonar de diagnostico complexo, dificil tratamento e alta mortalidade. Como meio de se obter novas opcoes terapeuticas no combate a estas infeccoes, os produtos naturais de origem vegetal possuem alto valor cientifico por oferecem uma vasta quantidade de diferentes substancias de variadas classes fitoquimicas. Uma destas classes, os monoterpenos, se destacam por apresentarem multiplas atividades biologicas de interesse medico. Diante destas premissas, foi avaliada a atividade antifungica do monoterpeno geraniol contra cepas de Candida albicans e Candida tropicalis por meio de ensaios realizados in vitro: Determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Fungicida Minima (CFM), estudo do efeito do fitoconstituinte sobre a micromorfologia fungica, avaliacao do efeito da substancia sobre a cinetica de crescimento microbiano (time-kill) e ensaio de associacao entre o monoterpeno e antifungico-padrao (anfotericina B). Nos ensaios de atividade antifungica, o geraniol apresentou CIM de ate 64 μg/mL e CFM de ate 256 μg/mL. O monoterpeno tambem demonstrou eficacia em inibir o aparecimento de estruturas de virulencia como pseudohifas e causar acentuada diminuicao de blastoconidios no ensaio de efeito sobre micromorfologia fungica. No ensaio de cinetica de morte microbiana (time-kill), o monoterpeno demonstrou atividade fungicida concentracao-dependente ao inibir o crescimento de aproximadamente 99% das leveduras ao final do periodo de 24 h com eficacia de inibicao de crescimento diretamente proporcional a concentracao utilizada. A associacao entre o geraniol e a anfotericina B nao apresentou sinergismo ou antagonismo, sendo caracterizada como indiferente por nao ser observada divergencias entre a CIM da associacao e a CIM de cada substancia isolada. Em conclusao, o monoterpeno geraniol apresentou importante atividade antifungica de carater fungicida, inibindo surgimento de estruturas de resistencia e virulencia fungicas com eficacia dependendo diretamente da concentracao utilizada, porem, sem atuar em sinergismo com antifungico-padrao.
  • ELIDA BATISTA VIEIRA DE SOUSA
  • ESTUDOS QUIMIOTAXONÔMICOS E TRIAGEM VIRTUAL DE FLAVONOIDES ISOLADOS DA FAMÍLIA ASTERACEAE COM POTENCIAL ATIVIDADE LEISHMANICIDA
  • Data: 07/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • As doencas negligenciadas afetam milhoes de pessoas ao redor do mundo, uma delas e a leishmaniose causada por protozoarios do genero Leishmania, cujo tratamento ainda constitui um desafio para a ciencia. Diversos grupos de pesquisa comprovaram que os produtos naturais tem sido uma fonte rica de compostos com atividade leishmanicida, dentre estes se destacam os flavonoides, amplamente encontrados nas especies da familia Asteraceae que, portanto, podem ser utilizados como marcadores taxonomicos em niveis hierarquicos mais baixos, alem disso, nos ultimos anos ha um aumento dos estudos de triagem virtual que demostraram atividade antiprotozoaria destes compostos. O objetivo deste trabalho e combinar metodologias de triagem virtual atraves de aprendizado de maquina utilizando descritores moleculares e o docking molecular, afim de predizer a potencial atividade leishmanicida de flavonoides isolados de especies da familia Asteraceae. O capitulo 2 apresenta uma publicacao no livro Multi-Scale Approaches in Drug Discovery (2017) que relata as propriedades farmacologicas e o potencial dos flavonoides de Asteraceae para se tornarem candidatos a novos medicamentos com atividade multitarget contra agentes causadores de doencas protozoarias. O capitulo 3 aborda o estudo realizado para classificacao das tribos de Asteraceae com base no numero de ocorrencias de flavonoides do nosso banco de dados interno (disponivel em sistematx.ufpb.br) usando descritores calculados pelo software DRAGON 7.0. As 2371 ocorrencias botanicas com seus respectivos 74 descritores de fragmentos moleculares foram utilizadas como dados de entrada no SOM Toolbox 2.0 (Matlab) para gerar Mapas Auto-Organizaveis (SOMs), classificando cinco tribos: Anthemideae (A), Gnaphalieae (G), Tageteae (T), Senecioneae (S) e Carduoideae (CR). No capitulo 4 foi realizada a construcao de modelos de predicao atraves do programa Knime utilizando descritores calculados pelo software Volsurf englobando 899 flavonoides cadastrados no nosso banco de dados (in-house databank) associado a outros bancos de dados (ChEMBL) contendo compostos com atividade frente a cepas de especies de Leishmania. Tambem foi realizada uma triagem virtual baseada na estrutura do receptor atraves do docking molecular do mesmo banco de flavonoides utilizando 11 enzimas alvos de especies de Leishmania incluindo um modelo de homologia da enzima Arginase. Por fim, mediante uma analise de consenso das duas tecnicas, buscou-se normalizar os valores de probabilidades, para verificar compostos potencialmente ativos contra a leishmaniose.
  • MARCELA LINS CAVALCANTI DE MELO
  • Própolis vermelha oriunda de Dalbergia ecastophyllum L. Taub. (Paraíba, Brasil): avaliação da toxicidade in vitro e in vivo e da atividade sobre bactérias de importância odontológica
  • Data: 05/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Foram estudados os efeitos farmacologicos e toxicologicos do Extrato Etanolico de Propolis Vermelha Brasileira (EPVP) oriunda de Joao Pessoa (Paraiba, Brasil). Foi realizada a cromatografia em camada delgada para a caracterizacao de seus compostos majoritarios. Na realizacao dos estudos antimicrobianos in vitro, utilizaram-se diferentes cepas bacterianas planctonicas e nao-planctonicas, a fim de determinar a Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Bactericida Minima (CBM) do EPVP isolado e em associacao a clorexidina (Clx). Na realizacao dos estudos toxicologicos do EPVP, foram realizados ensaios de atividade antioxidante e citotoxicidade utilizando-se hemacias humanas obtidas do banco de sangue do Hospital Universitario Lauro Wanderley. Nos estudos de toxicidade in vivo, foi realizado o Brine Shrimp Test utilizando larvas de Artemia salina L., um microcrustaceo da classe Anostracea na forma de metanauplio, alem do teste de toxicidade em membrana corioalantoide utilizando ovos de galinha fertilizados, observando sinais de alteracao vascular. Nos ensaios com camundongos, utilizou-se a especie Swiss, oriundos do Bioterio Thomas George/UFPB e foi avaliada a genotoxicidade e toxicidade aguda do EPVP. Os experimentos de atividade antimicrobiana revelaram que o EPVP promoveu um efeito antibacteriano contra especies do genero Streptococcus e Pseudomonas aeruginosa, com CIM variando entre 62,5 e 125 µg/mL e CBM variando entre 250 e 500 µg/mL. No teste de associacao com Clx, a CIM das substancias diminuiu ate 16 vezes, apresentando sinergismo contra S. mutans, S. oralis e S. salivarius. O EPVP demonstrou possuir potente efeito antibiofilme contra especies de S. mutans, S. mitis, S. oralis e multiespecie. O EPVP em concentracoes ate 500 μg/mL nao induziu a morte em A. salina nem provou ser irritante no teste de membrana corioalantoide em ovo de galinha, pois nao conseguiu promover vasoconstricao, hemorragia ou coagulacao na vascularizacao. Alem disso, o EPVP induziu hemolise fraca (< 45%) a 500 μg/mL em todos eritrocitos tipo A, B e O, inibiu a oxidacao induzida por fenilhidrazina e nao promoveu a oxidacao da hemoglobina. Tambem nao foram detectados micronucleos em eritrocitos dos roedores que utilizaram EPVP. Na avaliacao da toxicidade aguda, apos a administracao oral do EPVP pode-se observar que o composto em estudo nao induziu alteracoes comportamentais nem alterou o consumo de racao dos animais tratados, sem modificar o peso corporal, peso dos orgaos e os parametros bioquimicos avaliados. Em conclusao, estes resultados sugerem que o EPVP apresenta feito antibacteriano, com baixa potencia citotoxica, toxicologica e genotoxica.
  • ANA CAROLINE DE LIMA SILVA
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO LINALOL SOBRE LINHAGENS DE Candida albicans e Candida tropicalis
  • Data: 02/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Leveduras patogenas como C. albicans e C. tropicalis vem se tornando cada vez mais importantes como causa das infeccoes fungicas invasivas, principalmente nos individuos imunossuprimidos. Atualmente e reconhecido, no mundo todo, o surgimento de micro-organismos cada vez mais resistentes aos antibioticos convencionais devido ao uso abusivo e indiscriminado de antimicrobianos, diante dessa realidade, a busca por farmacos antimicrobianos novos e mais eficazes tem sido constante. Nesse contexto os produtos naturais, sao otimos precursores de uma diversidade de compostos moleculares ativos. Dentre eles, os candidatos a farmacos bioativos naturais como o linalol que possui um enorme potencial biologico de interesse humano. Diante dessas premissas, nesse estudo foi avaliada a atividade antifungica do linalol sobre linhagens clinicas de C. albicans e C. tropicalis de origem pulmonar, por meio de ensaios microbiologicos realizados in vitro, por determinacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM), seguido da Concentracao Fungicida Minima (CFM), pelo metodo de microdiluicao. O linalol obteve uma CIM50% de 32 µg/mL e CFM50% 128 µg/mL frente as linhagens de Candidaspp sendo esse efeito de carater fungicida. Em seguida foi realizada a analise micromorfologica, estudo do mecanismo de acao, ensaios de associacao e de modulacao. Foram observadas alteracoes na micromorfologia das linhagens expostas ao linalol, verificando uma reducao das estruturas fungicas como pseudo-hifas e clamidoconideos. O efeito antifungico do linalol nao se deu pela desestabilizacao da parede celular ou pela complexacao com o ergosterol da membrana plasmatica. Nao foram encontrados aditividade, sinergismo ou antagonismo resultantes da associacao linalol-anfotericina B avaliada pelo metodo de checkerboard. Alem disso, o linalol nao modulou a atividade antifungica de anfotericina B. Estes resultados sugerem que o linalol representa uma nova possibilidade entre os produtos de origem natural com atividade antifungica no combate a infeccoes ocasionadas pelo menos por duas especies de Candida.
2017
Descrição
  • MAYARA CASTRO DE MORAIS
  • AMIDAS SINTÉTICAS DERIVADAS DO ÁCIDO FERÚLICO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CITOTÓXICA EM CÉLULAS TUMORAIS
  • Data: 15/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • O cancer e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Atualmente, 8,2 milhoes de pessoas morrem a cada ano por cancer no mundo. As amidas derivadas do acido ferulico possuem um amplo espectro de atividades farmacologicas, incluindo a atividade antitumoral. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade citotoxica de dez amidas derivadas de acido ferulico em quatro tipos de celulas, HepG2 (carcinoma hepatocelular humano), HCT116 (carcinoma do colon humano), HL-60 (leucemia promielocitica humana) e MRC5 (Human fibroblasto do pulmao). Estas amidas foram preparadas atraves de reacoes de acoplamento utilizando dois tipos de agentes de acoplamento: o hexafluorofosfato de benzotriazol-1-iloxi-tris-(dimetilamino)-fosfonio (BOP) e diciclo-hexilcarbodiimida (DCC) com 4-dimetilaminopiridina (DMAP). Na caracterizacao dos produtos foram utilizados metodos Espectroscopicos de Infravermelhos, Ressonancia Magnetica Nuclear 1H e 13C, bem como Espectrometria de Massa de Alta Resolucao para os derivados ineditos. Todas as amidas foram submetidas a testes citotoxicos pelo metodo azul alamar, com a doxorrubicina como controle positivo. As dez amidas foram obtidas, com rendimentos variando entre 43,17-91,38%, das quais duas sao ineditas. Oito amidas mostraram atividade citotoxica, no entanto, duas apresentaram citotoxicidade para celulas de fibroblastos humanos. As aminas MA3, MA4, MA6, MA8, MA9 e MA10 foram seletivas para o tipo de celulas HL60 (celulas leucocitarias promielociticas). MA9 mostrou o CI50 mais baixo. Os resultados mostram que compostos com substituintes contendo dois grupos metoxilicos nas posicoes meta e para do anel benzilico tem um aumento na atividade citotoxica, e seletividade para um tipo de celula tumoral.
  • RODRIGO DE OLIVEIRA FORMIGA
  • Atividade antiulcerogênica e anti-inflamatória intestinal do p-cimeno e do ácido rosmarínico em modelos animais
  • Data: 15/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • O monoterpeno p-cimeno (p-C) e o polifenol acido rosmarinico (AR) sao metabolitos secundarios presentes em diversas especies medicinais, como o tomilho (Thymus vulgaris L.) e o alecrim (Rosmarinus officinalis L.), respectivamente. Estudos farmacologicos ja apontam seus efeitos anti-inflamatorio, antioxidante e gastroprotetor. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar suas atividades cicatrizante gastrica, antiulcera duodenal e anti-inflamatoria intestinal em modelos animais. A partir do modelo de ulcera gastrica induzida por acido acetico foi investigada a toxicidade por doses repetidas durante 14 dias com o p-C e o AR. Os resultados mostraram que ambos nao alteraram (p>0,05) o peso dos orgaos (coracao, figado, baco e rins), nem os parametros bioquimicos e hematologicos. Ainda foi observado que as substancias teste protegem os animais contra a perda de peso, devido a um aumento (p<0,05) do consumo de racao e agua. Na avaliacao da atividade cicatrizante gastrica, o tratamento com o p-C e o AR nas suas melhores doses (200 mg/kg, v.o.) durante 14 dias reduziu (p<0,05) a area de lesao ulcerativa (ALU), quando comparados aos grupos controles. Esses efeitos foram relacionados a um aumento (p<0,05) dos niveis de GSH e IL-10 e uma diminuicao (p<0,05) dos niveis de MDA, IL-1β e TNF-α. Na avaliacao dos mecanismos cicatrizantes demonstrou-se um aumento (p<0,05) de celulas positivas para imunomarcacao com VEGF, MMP-2 e COX-2 nos grupos tratados com o p-C e AR. Ja a administracao oral (v.o) com o p-C e o AR em todas as doses avaliadas (25, 50, 100 e 200 mg/kg) reduziu (p<0,05) a ALU em duodenos de ratos submetidos as lesoes induzidas pela cisteamina. No modelo de inducao aguda de inflamacao intestinal induzida por TNBS, o p-C e o AR em todas as doses (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) promoveram reducao (p<0,05) no escore de lesao macroscopica, da ALU, da relacao peso/comprimento e do indice diarreico. Em amostras de colon provenientes desse modelo foi demonstrado que suas melhores doses (200 mg/kg) reduziram (p<0,05) os niveis de MDA e MPO e restauraram os niveis de GSH. Alem disso, as substancias teste foram capazes de diminuir (p<0,05) os niveis de IL-1β e TNF-α, bem como, de aumentar (p<0,05) os de IL-10. No estudo do mecanismo ciprotetor intestinal foi mostrado um aumento (p<0,05) de celulas positivas para imunomarcacao com mucina (MUC2) e zona de oclusao-1 (ZO-1). Dessa forma, estes dados sugerem que o p-C e o AR apresentam baixa toxicidade por doses repetidas, atividade cicatrizante gastrica, que esta relacionada a inducao da reepitelizacao da lesao, da angiogenese e do remodelamento da matriz extracelular. Alem disso, ambos apresentam atividade antiulcera duodenal e atividade anti-inflamatoria intestinal, sendo essa ultima devido a citoprotecao da barreira intestinal por meio da manutencao da camada de muco e preservacao das juncoes comunicantes. Esses efeitos envolvem ainda a participacao do sistema antioxidante e da imunomodulacao.
  • PATRICIA NERIS ANDRADE
  • Estudos in vitro e in vivo da atividade da neolignana licarina A livre ou associada ao ácido ascórbico sobre Leishmania (Leishmania) amazonensis sensível e resistente ao antimonial trivalente
  • Data: 11/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • As drogas disponiveis para o tratamento das leishmanioses sao geralmente toxicas. No Brasil, o tratamento dessas doencas e realizado principalmente pela da administracao parenteral do antimonial pentavalente Glucantime®, utilizado como droga de primeira escolha. Todavia, a terapeutica com este medicamento, alem de apresentar serios efeitos colaterais, comumente apresenta falhas devido a frequente selecao de parasitos Leishmania sp. resistentes aos antimoniais. Portanto torna-se necessaria a busca por moleculas bioativas que sejam efetivas contra os parasitos, sem apresentarem toxicidade significativa para humanos. Neste contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antileishmania da neolignana Licarina A em modelos experimentais in vitro e in vivo. A Licarina A apresentou atividade antileishmania in vitro sobre formas promastigotas (CI50 de 22,13µg/mL), amastigotas axenicas (CE50 de 10,78µg/mL) e amastigotas intracelulares (CE50/72h de 5,68µg/mL) de Leishmania (L.) amazonensis. A sua acao sobre macrofagos infectados foi associada a uma atividade imunoloduladora devido ao aumento nos niveis de Interleucina (IL)-12 e oxido nitrico (NO), sendo esse aumento de 15,2% (p ≤ 0,05) e 120,34% (p ≤ 0,05) respectivamente, alem de diminuicao dos niveis de IL-6 e IL-10 em 51,5% (p ≤ 0,05) e 42,78% (p ≤ 0,05), respectivamente, apos tratamento com 15 µg/mL da licairna A por 72h. Verificou-se que a licarina A tambem foi efetiva sobre parasitos de L. (L.) amazonensis resistente ao antimonial trivalente (SbIII). Embora esses parasitos resistentes ao antimonio tenham apresentado uma maior virulencia do que a correspondente cultura sensivel, tanto em modelos de infeccao in vitro como in vivo, a licarina A foi igualmente efetiva sobre ambas as culturas. Observou-se tambem que camundongos Swiss infectados com L. (L.) amazonensis e tratados com a licarina A e o acido ascorbico apresentaram uma reducao significativa de 40,78% (p ≤ 0,05) no tamanho de lesao a partir da quarta semana de tratamento, bem como reducao na carga parasitaria do linfonodo e baco destes animais. Adicionalmente, a histoarquitetura da pata dos animais tratados foi parcialmente restaurada, observando-se reorganizacao das fibras colagenas, diminuicao do edema e do infiltrado celular na derme, hipoderme e entre as fibras musculares. Esse resultado foi tambem associado a uma resposta imunomoduladora, devido a um aumento na producao de Interferon (IF)-γ de 266,7% (p ≤ 0,001) pelas celulas dos linfonodos dos animais tratados. Verificou-se que o co-tratamento com licarina A e acido ascorbico nao apresentou toxicidade significativa, visto que os animais nao apresentaram alteracao no peso, na pelagem, nem nos parametros bioquimicos e hematologicos analisados. Assim, conclui-se que a licarina A apresenta expressiva atividade antileishmania em modelo murino, sendo uma molecula promissora a ser melhor investigada na busca por novos tratamentos para as leishmanioses.
  • DEBORAH RIBEIRO PESSOA MEIRELES
  • Avaliação da Atividade Antibacteriana, Antioxidante e Toxicológica do Flavonoide isolado de Lonchocarpus araripensis (Leguminosae): Estudos in silico e in vitro
  • Data: 04/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • As infeccoes bacterianas, que acometem milhoes de pessoas em todo o mundo, tem aumentado progressivamente nos ultimos anos, impactando na taxa de morbidade e mortalidade. A disseminacao de bacterias resistentes aos medicamentos e uma das mais graves ameacas para o sucesso do tratamento das doencas bacterianas, alem disso, algumas drogas sao muito toxicas, dificultando a adesao ao tratamento. Nesse contexto, os flavonoides tem se destacado por apresentarem diversas atividades farmacologicas, tais como: bactericida, fungicida e antioxidante. Com base nisto, foram estudados os efeitos antibacteriano e antioxidante, a biodisponibilidade oral teorica e o perfil toxicologico do flavonoide 2,4-cis-3,4-cis-3,4,5,8-tetrametoxi-[1'',2'':6,7]-furanoflavana, isolado do extrato hexanico das cascas das raizes de Lonchocarpus araripensis. Para a analise do potencial antimicrobiano do flavonoide foi utilizado a analise in silico com o software Pass online. Para a realizacao dos estudos antibacterianos utilizou-se o teste de microdiluicao com diferentes cepas das bacterias Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa para avaliacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM). Alem disso, determinou-se tambem a Concentracao Bactericida Minima (CBM). No estudo de associacao do flavonoide com antibioticos usados clinicamente, avaliou-se a capacidade do flavonoide em promover sinergismo, indiferenca ou antagonismo, apos a associacao. Na realizacao dos estudos de atividade antioxidante in vitro utilizou-se a tecnica do efeito quelante sobre o ion ferroso. Para a analise toxicologica in silico utilizou-se a ferramenta admetSAR e para a avaliacao da biodisponibilidade por via oral teorica in silico utilizou-se o programa Molinspiration Cheminformatics. O estudo in silico demonstrou que o flavonoide apresentou uma grande probabilidade de ser ativo, frente a varios micro-organismos, incluindo bacterias. Os experimentos de atividade antibacteriana revelaram que o flavonoide apresentou um efeito bacteriano frente especies gram-positivas e gram-negativas, com CIM50 de 64 µg/mL para algumas cepas de Pseudomonas aeruginosa, sobre diferentes cepas de Staphylococcus aureus o flavonoide apresentou CIM50 de 256 µg/mL e sobre uma das cepas testadas de Escherichia coli a CIM50 foi de 512 µg/mL. O flavonoide demonstrou ser bacteriostatico para todas as especies de bacterias testadas e tambem apresentou um efeito sinergico. Nos estudos da atividade antioxidante, o flavonoide apresentou um efeito quelante sobre o ion ferroso. O flavonoide demonstrou uma baixa toxicidade teorica, bem como uma boa biodisponibilidade oral atraves da analise in silico. Estes resultados sugerem que o flavonoide apresenta efeito antibacteriano e antioxidante, com baixo efeito toxicologico.
  • CHONNY ALEXANDER HERRERA ACEVEDO
  • ESTUDOS QUIMIOTAXONÔMICOS E TRIAGEM VIRTUAL DE SESQUITERPENOS LACTONIZADOS ISOLADOS DA FAMÍLIA ASTERACEAE COM POTENCIAL ATIVIDADE LEISHMANICIDA E TRIPANOCIDA
  • Data: 01/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • Das doencas negligenciadas que afetam milhoes de pessoas ao redor do mundo a leishmaniose e a tripanossomiase americana, sao das mais preocupantes. Anualmente apresentam-se uma grande quantidade de casos que afetam numa ampla percentagem a populacao do Brasil e da Colombia. Algumas das principais dificuldades para o controle e eliminacao destas doencas estao a limitacao e ineficacia dos atuais tratamentos usados, principalmente nas fases cronicas. Multiplos estudos validaram o efeito dos produtos naturais como potenciais fontes de novos e seletivos agentes para o tratamento de doencas tropicais causados por protozoarios e outros parasitos. Dentro das investigacoes realizadas, a familia Asteraceae tem permitido o isolamento de uma grande variedade de substancias que exibem diversas atividades biologicas, entre elas tripanocida e leishmanicida. Os sesquiterpenos lactonizados sao metabolitos secundarios caracteristicos desta familia, os quais ainda nao tem sido estudado com profundidade, mas presentam um grande potencial de atividade antiprotozoaria. Os metodos computacionais, tem emergido nos ultimos anos, como uma importante ferramenta na area da quimica medicinal, melhorando a eficiencia de multiplos processos para o desenvolvimento de novos tratamentos, reduzindo custos e recursos. Especificamente, as metodologias de triagem virtual destacam-se porque brindam a possibilidade de pesquisar partes extremamente amplas do espaco quimico, propor novas estruturas, assim como a avaliacao dos mecanismos de acao das moleculas potencialmente ativas. Portanto, este estudo tem como objetivo, utilizar, criar e combinar diversas metodologias de triagem virtual baseadas na estrutura: atraves de docking molecular, descritores moleculares e algoritmos de aprendizado de maquina, baseado em banco de dados de produtos naturais com o fim de propor sesquiterpenos lactonizados com potenciais atividades, tripanocida e leishmanicida. No capitulo 2, apresenta-se a importancia biologica dos sesquiterpenos lactonizados na luta contra as doencas tropicais negligenciadas, comecando pela revisao dos atuais tratamentos usados contra Leishmaniose e tripanossomiase assim como as dificuldades que estes apresentam. Posteriormente, sao mencionados os principais estudos in vitro que tem demonstrado o grande potencial dos sesquiterpenos lactonizados como agentes terapeuticos para estas doencas. Por ultimo, sao revisadas as investigacoes desenvolvidas com ferramentas in silico na busca de novas moleculas com atividade leishmanicida e antichagasica. O capitulo 3, apresenta uma moderna e inovadora ferramenta web para o gerenciamento do banco de dados de metabolitos secundarios, chamada SISTEMATX a qual foi desenvolvida no laboratorio de quimioinformatica da Universidade federal da Paraiba. Em seguida, no capitulo 4, modelos classificatorios “Random forest” com poder preditivo acima de 74% de acuracia para cada uma das tres formas parasitarias de Trypanosoma cruzi foram criados. Posteriormente, levou-se a cabo uma triagem virtual baseada na estrutura do ligante, usando um banco de dados proprio (SISTEMATX) constituido por 1,306 sesquiterpenos lactonizados. O numero de estruturas classificadas como ativas foram: 34 (amastigota), 17(tripomastigota) e 420 (epimastigota). Igualmente, um estudo de triagem virtual baseado na estrutura do receptor foi realizada mediante docking molecular do mesmo banco de moleculas usando 8 enzimas alvos do parasita. Mediante uma analise de consenso das duas tecnicas, buscou-se normalizar os valores de probabilidades, para verificar compostos potencialmente ativos e estabelecer o possivel mecanismo de acao destes. O ultimo capitulo, apresenta um estudo computacional dirigido a busca de estruturas com potencial atividade leishmanicida, usando o mesmo grupo de 1,306 sesquiterpenos lactonizados do SistematX. A triagem virtual baseada na estrutura do ligante mostrou 741 moleculas classificadas como ativas para a forma parasitaria amastigota e 11 estruturas ativas para promastigota. A triagem virtual baseado na estrutura do receptor foi feita usando 3 estruturas de proteinas alvo de L. donovani, assim como um modelo de homologia de Pteridine reductase 1 (LdPTR1). Finalmente, mediante uma aproximacao combinada das duas metodologias de triagem virtual, 11 moleculas foram classificadas como ativas, sendo dois deles classificados como potenciais estruturas leishmanicidas multialvo.
  • LUIZ HENRIQUE CESAR VASCONCELOS
  • Suplementação alimentar com óleo de coco virgem previne as alterações na reatividade contrátil e relaxante em traqueia de cobaia submetida à inflamação pulmonar alérgica crônica
  • Data: 30/10/2017
  • Hora: 14:00
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  • A asma e uma doenca inflamatoria cronica das vias aereas caracterizada pelo infiltrado de celulas imunes Th2, hiper‑responsividade bronquica e declinio da funcao pulmonar, com muitos pacientes nao respondendo apropriadamente a farmacoterapia. Nesse sentido, visando a busca por uma forma alternativa para a terapia antiasmatica, avaliou‑se os possiveis efeitos do oleo de coco virgem (OCV) em um modelo de inflamacao pulmonar alergica cronica (IPAC) induzida por ovalbumina (OVA). Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais da UFPB (certidao no 0410/13). Os animais foram divididos em grupos controle (GC), com IPAC (GASM), com IPAC tratados com dexametasona (2 mg/kg/dia, i.p.) (GASM/DEXA) ou suplementados com OCV 1 (GASM/OC1), 2 (GASM/OC2) ou 4 g/kg/dia (p.o.) (GASM/OC4). Foram analisados a morfologia do tecido pulmonar e aereo, a reatividade contratil e relaxante da traqueia, os niveis de malondialdeido (MDA) e a capacidade antioxidante total (CAT) no plasma e no pulmao e a expressao proteica no pulmao por Western blot. Os cobaias com IPAL apresentaram infiltrado inflamatorio peribronquico, hiperplasia epitelial e espessamento da camada muscular lisa, que foram prevenidos pela dexametasona e pelo OCV nas tres doses. O tempo para a resposta aguda a OVA tambem foi reduzido nesses animais, sendo prevenido apenas pelo OCV 4 g/kg. Nos animais com IPAC, a traqueia contraiu em resposta a OVA, sendo parcialmente prevenida pelo OCV 4 g/kg, indicando uma atenuacao na liberacao de mediadores contrateis. Os animais com IPAC apresentaram maior reatividade contratil ao carbacol (CCh) e a histamina, mas nao ao KCl, na presenca de epitelio, sendo essa resposta prevenida pela dexametasona e pelo OCV 2 e 4 g/kg para o CCh, e 4 g/kg para a histamina. A potencia relaxante da traqueia foi dificultada frente a isoprenalina, mas nao ao nifedipino, na presenca de epitelio, que foi prevenida pelo OCV 4 g/kg, indicando um comprometimento do acoplamento farmaco‑, mas nao do eletro‑mecanico, de contracao e relaxamento, dependente do epitelio. Nos grupos GC, GASM e GASM/OC4, a apocinina, inibidora da NADPH oxidase, nao reduziu a potencia do CCh, enquanto o tempol, mimetico da superoxido dismutase (SOD), reduziu no GC, e a catalase no GC e GASM/OC4, indicando a participacao do anion superoxido e do peroxido de hidrogenio na hiper‑contratilidade, sendo seu aumento prevenido pelo OCV. A indometacina, inibidora da cicloxigenase (COX), aumentou a reatividade contratil ao CCh no GC e a eficacia e a potencia no GASM, indicando um aumento na liberacao de produtos da 5‑lipoxigenase (5‑LO) na IPAC. No GASM/OC4, a curva do CCh nao foi alterada, indicando um equilibrio entre os prostanoides relaxantes com os contrateis e os cisteinil‑leucotrienos (Cys‑LTs). Ja a zileutona, inibidora da 5‑LO, aumentou a eficacia do CCh no GC, mas nao no GASM, corroborando o aumento na liberacao de Cys‑LTs. Ja no GASM/OC4, reduziu a potencia do CCh, sugerindo um deslocamento em direcao aos prostanoides relaxantes. Na presenca do L‑NAME, inibidor da sintase de oxido nitrico (NOS), a curva do CCh permaneceu inalterada no GC, mas teve a eficacia e a potencia aumentadas no GASM, indicando uma inibicao da NOS endotelial (eNOS), mas ineficaz em inibir a NOS induzida (iNOS). Ja no GASM/OC4, a eficacia e a potencia nao foram alteradas, indicando uma reducao na liberacao de NO pela iNOS. A potencia do Y­‑27632, inibidor da Rho cinase (ROCK), em reduzir pela metade a potencia do CCh foi cerca de 9 vezes maior para o GC e 22 vezes para o GASM/OC4, comparado ao GASM, sugerindo um aumento da expressao ou da atividade da ROCK na IPAC, revertida pelo OCV. O SB431542, antagonista dos receptores do tipo I de TGF‑β (TGF‑β‑RI), nao alterou a reatividade relaxante no GC, enquanto a iberiotoxina (IbTX), bloqueador dos canais de K+ sensiveis ao Ca2+ de grande condutancia (BKCa), reduziu a potencia da isoprenalina; ja no GASM, o bloqueio dos TGF‑β‑RI aumentou em 7 vezes a potencia da isoprenalina, enquanto a IbTX nao alterou a potencia, mas aumentou a eficacia relaxante, indicando um mecanismo compensatorio, e que o TGF‑β esta modulando negativamente a via receptores β/BKCa na IPAC. No GASM/OC4, o SB431542 e a IbTX nao alteraram o relaxamento da isoprenalina, indicando que o oleo previne apenas os efeitos do TGF‑β, mas nao a reducao na atividade/expressao dos BKCa. A IPAC reduziu a potencia relaxante do acido araquidonico (AA), que foi prevenida pelo OCV. A curva do AA nao foi alterada pela indometacina ou pela zileutona no GC, mas teve a eficacia e a potencia reduzidas pela indometacina no GASM e GASM/OC4, e a potencia aumentada pela zileutona apenas no GASM/OC4, indicando uma maior liberacao de Cys‑LTs na IPAC, a qual e prevenida pelo OCV. Na analise do balanco estresse oxidativo/defesas antioxidantes, os niveis de MDA nao foram alterados no plasma e nos pulmoes dos cobaias com IPAC, tratados com dexametasona ou suplementados com o OCV, enquanto a CAT foi reduzida nos pulmoes dos animais com IPAC, a qual foi revertida pelo OCV 2 e 4 g/kg. Por fim, a expressao da PI3K, da ERK1/2 e da SOD nao foi alterada pela IPAC, pelo tratamento com a dexametasona ou pela suplementacao com OCV. Portanto, a IPAC gerou infiltrado inflamatorio peribronquico, hiperplasia epitelial, espessamento muscular liso aereo e hiper‑contratilidade muscular lisa via estresse oxidativo e suas interacoes com metabolitos do AA, as vias do NO, da RhoA/ROCK e do TGF‑β; e essas alteracoes foram revertidas pelo oleo de coco virgem.
  • MILEN MARIA MAGALHÃES DE SOUZA FERNANDES
  • IDENTIFICAÇÃO DOS CONSTITUÍNTES QUÍMICOS DE Pavonia cancellata (L.) E Sida galheirensis (ULBR) - Malvaceae ATRAVÉS DE MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS E ESPECTROSCÓPICOS E AVALIAÇÃO ANTIMICROBIANA DO 5,3’,4’-TRIHIDROXI-7-O-β-D-GLICOPIRANOSIDEO- FLAVONA(CINAROSÍDEO)
  • Orientador : MARIA DE FATIMA VANDERLEI DE SOUZA
  • Data: 30/10/2017
  • Hora: 14:00
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  • Pavonia cancellata (L.) e Sida galheirensis (Ulbr.) sao exemplares pertencentes a familia Malvaceae conhecidas popularmente respectivamente, como corda de viola e malva Branca, com uso terapeutico citado pela medicina popular em comunidades do cariri Paraibano. O estudo fitoquimico do extrato etanolico bruto (EEB) e da fase hidroalcoolica das partes aereas de Pavonia cancellata (L.) atraves da tecnica por injecao de fluxo continuo com ionizacao por elestrospray analisada por ion trap com fragmentacoes sucessivas em multiplos estagios (FIA-ESI-IT-MS/MSn) sugeriu a presenca de nove substancias identificadas pela primeira vez na especie: cafeoil-O-glicosideo, canferol-3-O-β–arabinopiranosideo, canferol-3-O-β–glicopiranosideo, quercetina-3-O-glicosideo, 6-metoxiquercetina-7-O-glicosideo, quercetina-3-O-glicoside-7-O-rhaminosideo, canferol-3-7-O-diglicosideo, apigenina-7-O-glicosideo e 3’-O-metilluteolina-glicosideo. No estudo fitoquimico do EEB das partes aereas de Sida galheirensis (Ulbr.) desenvolveu-se o isolamento e identificacao, de 8 substancias utilizando tecnicas fitoquimicas classicas: escoporona (Sg-1), escopoletina (Sg-2), transfelirouiltiramina (Sg-3), lupenona (Sg-4a), α-amirenona (Sg-4b), β- amirenona (Sg-4c), β-sitosterol (Sg- 5a), estigmasterol(Sg-5b), sitostenona (Sg-5c), 173-etoxifeoforbideo a (Sg-6), 173-etoxifeoforbideo b (Sg-7), luteolina-7-O-β-D-glicopiranosideo (cinarosideo) (Sg-8). Atraves da espectrometria de massas com a mesma tecnica adotada para o extrato de P. cancellata analisou-se a fase N-butanolica de S. galheirensis, foi possivel propor nove metabolitos, sendo eles: cafeoil-O-glicosideo, canferol-3-O-β–arabinopiranosideo, apigenina-7-O-glicosideo, eridictiol-7-O-glicosideo, 3’ -O-metilluteolina-glicosideo, quercetina-3-O-glicosideo, vitexina-2”-O-xylose, canferol-3-O-β-D-glicosil-6”-α-L-rhaminosideo, quercetina-3-O-glicoside-7-O-rhaminosideo. A substancia luteolina-7-O-β-D-glicopiranosideo foi avaliada frente a cepas de microorganismos variadas para a determinacao de sua CIM. A concentracao de 512 μg/mL inibiu o crescimento de 75% das cepas utilizadas, apresentando atividade antimicrobiana em Staphylococcus spp, Candida spp e Microsporum. Atraves dos ensaios de quantificacao de fenolicos e de flavonoides totais para os EEB das duas especies reforcou-se o carater antioxidante de S. galheirensis (SILVA, et al 2006) e definiu-se esta propriedade para P. cancellata. A quantificacao dos acucares em S. galheirensis mostrou a presenca dos seguintes carboidratos: xilose, glicose e celobiose.Utilizando a fase hidroalcoolica, que exibiu os seguintes valores: 2,60 g de celobiose, 8,69 g de glicose e 23,56 g de xilose. E para a fracao 100% H2O da fase N-butanolica advinda de uma cromatografia realizada por amberlite Xad-2, exibiu valores quantitavos de: 3,35 g de celobiose, 7,37 g de glicose e 21,09 g de xilose.
  • FLAVIO ROGERIO DA NOBREGA
  • ANÁLOGOS SINTÉTICOS DA PIPLARTINA: ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E CITOTOXICIDADE
  • Data: 27/10/2017
  • Hora: 08:00
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  • A piplartina (1), tambem conhecida como piperlongumina, e uma alcamida extraida de plantas do genero Piper, com diversas atividades farmacologicas. Estudos demonstram que 1 tem atividade antitumoral e age contra cepas causadoras de leishmanioses. Partindo desse principio, o objetivo deste trabalho foi preparar 32 analogos (5-36) baseados na piplartina (1), via reacoes de esterificacao e amidacao e testa-los in vitro contra a cepa promastigota Leishmania (L.) amazonensis IFLA/BR/1967/PH8 e em linhagens de celulas tumorais, estabelecendo um estudo de relacao estrutura-atividade, bem como, quando necessario, realizando outros testes de citotoxicidade e genotoxicidade complementares a este estudo. Para obter os analogos, utilizaram-se como materiais de partida o acido 3,4,5-trimetoxicinamico (2), o acido 3,4,5- trimetoxibenzoico (3), 3,4,5-trimetoxiacetofenona (4), alcoois, fenois e aminas. Todos os analogos foram caracterizados pelas tecnicas de RMN 1H (200 MHz) e RMN 13C (50 MHz), IV e massa de alta resolucao (para os 13 ineditos) e apresentaram rendimentos entre 23 e 99%. Os analogos 18 (CI50: 9,3 µg/mL), 20 (CI50: 2,5 µg/mL) e 36 (CI50: 7,8 µg/mL), pelo teste de MTT, apresentaram atividade leishmanicida proxima do controle positivo anfotericina b (CI50: 1,4 µg/mL), e utilizando a mesma tecnica, nenhum dos analogos apresentou resultados significativos contra as linhagens das celulas tumorais HepG2, HCT116, MCF-7, HL-60 e MRC5. No entanto, contra a linhagem de celula tumoral U87MG (celulas de glioblastoma), os analogos 17 (CI50: 2,6±0,3 µg/mL) e 29 (CI50: 3,1±0,3 µg/mL) obtiveram atividade citotoxica pelo teste de MTT e LDH, quando comparado com o controle positivo paclitaxel (CI50: 2,1±0,3 µg/mL, teste de MTT) testado nessa mesma celula. A citotoxicidade de 17 e 29 em U87MG foi confirmada pelo teste que detecta apoptose pelo corante hoechst 33258 e por RT-PCR, no qual foram avaliadas as expressoes de oncogenes envolvidos na propagacao ou supressao de neoplasias. Nos testes de citotoxicidade e genotoxicidade, os analogos 17 e 29 apresentaram baixa toxicidade em celulas normais, quando avaliadas pelas tecnicas de MTT, LDH, analise da troca de cromatides irmas e analise da oxidacao do acido nucleico em celulas do sangue periferico. Os resultados apontam que os analogos 18, 20 e 36 tem atividade leishmanicida contra cepas promastigotas de Leishmania amazonensis e que 17 e 29, alem de serem seguras frente as celulas humanas, tem atividade citotoxica contra U87MG. Possivelmente, baseando-se nos dados obtidos durante a realizacao deste trabalho, esses analogos poderao ser utilizados em outros estudos com o objetivo de desenvolver novos farmacos para o tratamento das leishmanioses e glioblastomas.
  • CYNTHIA GERMOGLIO FARIAS DE MELO
  • EFEITO ANTICONVULSIVANTE DO MONOTERPENO SINTÉTICO (1S)-(-)-VERBENONA EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO POR METODOLOGIAS ESPECÍFICAS COMPORTAMENTAIS
  • Data: 25/10/2017
  • Hora: 14:00
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  • Verbenona e um composto organico natural classificado como um terpeno, sendo naturalmente encontrada numa variedade de plantas. O (1S)-(-)-verbenona (VRB) e um feromonio de ocorrencia natural gerada por besouros a partir de um precursor de resina de arvore hospedeira, a α-pineno. Oleos essenciais contendo (1S)-(-)-verbenona possuem atividade antibacteriana, acaricida e anti-inflamatoria. No entanto, nenhuma atividade anticonvulsivante foi estudada com este terpeno. Desta forma, este trabalho busca avaliar o potencial efeito anticonvulsivante de VRB atraves de metodologias especificas comportamentais, realizadas por meio de inducao quimica e eletrica de convulsao em camundongos, bem como quantificar citocinas pro-inflamatorias, a expressao genica e analise histopatologica dos animais tratados no modelo cronico (kindling). VRB nao causou nenhuma alteracao na coordenacao motora dos animais. VRB nao mostrou efeito sobre o teste de convulsao induzida por pilocarpina e estricnina, sugerindo-se que possivelmente VRB nao atua na neurotransmissao colinergica, bem como nos receptores de glicina. No teste de convulsao induzido por eletrochoque, apenas a dose de 250 mg/kg; i.p. mostrou efeito, no entanto, nao foi capaz de inibir a presenca de convulsoes. No teste de convulsoes induzidas por PTZ, VRB mostrou atividade anticonvulsivante nas doses de 200 mg/kg i.p. (733 ± 109,4 s) e 250 mg/kg i.p. (648,8 ± 124,5 s) aumentando significativamente a latencia para o inicio da primeira convulsao em comparacao com o grupo do veiculo (51,8 ± 2,84 s). O pre-tratamento com flumazenil (FLU) nao reverteu o efeito anticonvulsivo de VRB. VRB nao mostrou reducao nos niveis das citocinas IL-1β, IL-6 e TNFα, porem, foi capaz de aumentar a expressao dos genes BDNF e COX-2 e reduzir os niveis de c-fos. VRB nao apresentou efeito anticonvulsivante no modelo cronico, mas seu tratamento mostrou uma reducao na morte das celulas neurais nos hipocampos dos camundongos. Os achados sugerem que os efeitos anticonvulsivos de VRB no teste de PTZ podem estar relacionados a modulacoes de expressao dos RNA mensageiros de COX-2, BDNF e c-fos.
  • TASSIANA BARBOSA DANTAS
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DO TIMOL SOBRE LINHAGENS DE PENICILLIUM CITRINUM
  • Data: 18/10/2017
  • Hora: 09:00
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  • Fungos do genero Penicillium podem ser encontrados nos mais variados substratos e afetam individuos imunocomprometidos, pacientes hospitalizados, animais e plantas diversas, alem de comprometerem a qualidade do ar de ambientes internos. O uso indiscriminado de antibioticos e o decorrente quadro de resistencia dos micro-organismos a terapeutica antimicrobiana convencional vem impulsionando os pesquisadores a buscarem fontes alternativas de compostos antimicrobianos, dentre elas as plantas medicinais e seus fitoconstituintes. E conhecido, tambem, que os produtos naturais nao sao livres da possibilidade de efeitos toxicos ou adversos sendo, portanto, de fundamental importancia estudar sua toxicidade. Nesse contexto, o presente estudo avaliou a atividade antifungica in vitro de sete fitoconstituintes (geraniol, timol, carvacrol, citral, r-citronelal, s-citronelal, 7-hidroxi-citronelal, citronelal e isoeugenol) sobre doze cepas de Penicillium citrinum, por meio do teste de microdiluicao, selecionando-se o que apresentou melhor atividade para o prosseguimento dos testes. Para a realizacao dos estudos de atividade antioxidante e citotoxicidade foram utilizadas hemacias humanas obtidas do banco de sangue do Hospital Universitario Lauro Wanderley. O estudo da embriotoxicidade utilizou celulas embrionarias de ourico-do-mar da especie Echinometra lucunter. Verificou-se que o timol apresentou a melhor atividade biologica dentre os fitoconstituintes testados, inibindo o crescimento de 100% das cepas na concentracao de 64 µg/mL (CIM) e apresentando atividade do tipo fungicida para metade das cepas. O acido peracetico apresentou atividade antifungica apenas na concentracao correspondente ao alto nivel de desinfeccao proposto pelo fabricante, com CIM de 10.000 μg/mL. O antifungico padrao apresentou CIM50 de 8 μg/mL e CIM90 correspondente a 256 μg/mL. O timol apresentou valores de CFM semelhante aos valores da CIM para 1/4 das cepas, enquanto o voriconazol, para 1/6 das cepas. O efeito antifungico do timol e do sanitizante controle nao se deu pela desestabilizacao da parede celular ou pela complexacao com o ergosterol da membrana plasmatica. Nao foram encontrados aditividade, sinergismo ou antagonismo resultantes da associacao timol-voriconazol, avaliada pelo metodo de checkerboard. O timol demonstrou, atraves da analise in silico, boa biodisponibilidade oral e nao apresentou efeitos mutagenico, tumorigenico ou reprodutivo. Estes dados foram confirmados pelas analises de toxicidade in vitro, as quais revelaram: baixissima citotoxicidade frente a eritrocitos, com valores de hemolise apenas para o tipo sanguineo O e abaixo dos 5%; diminuicao dos danos eritrocitarios causados pelo estresse osmotico; atividade antioxidante significativa para os tipos sanguineos B e O; alem de ausencia de atividade antimitotica em celulas embrionarias de ourico-do-mar. Estes resultados sugerem que o timol representa uma nova e promissora possibilidade entre os produtos com atividade antifungica contra Penicillium citrinum, alem de apresentar atividade antioxidante significativa e algum grau de protecao de eritrocitos frente ao estresse osmotico.
  • LILIAN SOUSA PINHEIRO
  • Atividade antifúngica dos fenilpropenos eugenol e isoeugenol sobre cepas de Cryptococcus neoformans
  • Data: 17/10/2017
  • Hora: 14:00
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  • Cryptococcus neoformans e uma levedura encapsulada de natureza predominante oportunista, com capacidade de infectar homem e animais. A criptococose afeta principalmente o sistema nervoso central (SNC), com evolucao grave e fatal. Essa micose esta relacionada a elevadas taxas de mortalidade, especialmente em individuos com o sistema imunologico comprometido, como os HIV positivos, transplantados e leucemicos. O tratamento envolve um numero limitado de agentes antifungicos, com reconhecida toxicidade, resistencia e elevados custos. Diante desse contexto, a busca por substancias antifungicas em produtos naturais tem sido uma alternativa promissora com grande atencao dos estudiosos quanto a utilizacao dos compostos fenilpropenos (eugenol e isoeugenol), devido ao amplo espectro de propriedades farmacologicas, incluindo a atividade antifungica. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar atraves de analise teorica, in silico, o potencial antimicrobiano desses fenilpropenos e investigar a atividade antifungica in vitro, seus possiveis mecanismos de acao e o efeito da associacao com antifungico contra C. neoformans. A analise do potencial antimicrobiano dos fenilpropenos foi realizada in silico utilizando o software Pass® online. A concentracao inibitoria minima (CIM), concentracao fungicida minima (CFM), o efeito do eugenol e isoeugenol sobre a parede celular (ensaio de sorbitol) e ligacao ao ergosterol da membrana foram realizados pela tecnica de microdiluicao. No estudo in silico, eugenol e isoeugenol demonstraram uma maior propabilidade de serem ativos, expressa em porcentagem, em relacao aos micro-organismos fungicos. Os testes para a atividade antifungica revelaram que os fenilpropenos estudados promoveram efeito antifungico com CIM50 de 16 µg/mL para as cepas de C. neoformans, assim como, acao fungicida por apresentarem CFM50 32 µg/mL. Na investigacao do mecanismo de acao antifungica foi evidenciado que os valores de CIM de eugenol e isoeugenol contra C. neoformans permaneceram inalterados na presenca de sorbitol 0.8 M, sugerindo que estes compostos nao atuam atraves da inibicao da sintese da parede celular fungica. Por outro lado, os valores de CIM dos fenilpropenos variaram (16 a 128 µg/mL) na presenca de ergosterol (400 µg/mL) no ensaio sobre a membrana plasmatica, mostrando que ambos os compostos formam complexos com ergosterol. As associacoes eugenol-anfotericina B e isoeugenol-anfotericina B foram antagonistas para as cepas testadas (LM 615 e INCQS 40221). Assim, esses fenilpropenos podem representar uma nova possibilidade entre os produtos com atividade antifungica, pois mostraram promissora atividade por um mecanismo envolvendo a complexacao com ergosterol presente na membrana de C. neoformans.
  • ESTHER BASTOS PALITOT DE BRITO
  • Onicomicose por Candida spp: diagnósticos clínico e nova proposta terapêutica
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 15:30
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  • A onicomicose e uma infeccao fungica do tecido queratinizado da unha causado por dermatofitos, Candida spp., e com menor frequencia por fungos filamentosos nao dermatofitos. E muito comum acometendo cerca de 20% da populacao e o tratamento muitas vezes nao e realizado ou e negligenciado devido ao alto custo dos medicamentos e a necessidade de uso prolongado dos mesmos. A Lippia sidoides Cham Verbenaceae (L. sidoides) e uma das 71 plantas da Relacao Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) e possui grande potencial com evidencias comprovadas de sua acao antifungica. O objetivo desse trabalho foi desenvolver e avaliar in vitro e in vivo uma formulacao farmaceutica (verniz) contendo oleo de L. sidoides para o tratamento de onicomicoses. O oleo de L. sidoides foi obtido por arraste a vapor das partes aereas de individuos cultivados no Horto de Plantas Medicinais da UFPB. A caracterizacao quimica foi realizada por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) e por ressonancia magnetica nuclear (RMN). Vernizes (esmalte de unha) contendo 4 e 8% do oleo de L. sidoides, oleo mineral (controle negativo) e ciclopirox olamina a 8% (controle positivo) foram elaborados para o estudo. Avaliacao antifungica do oleo e da formulacao em verniz foi realizada por difusao em agar, e em caldo frente a Candida albicans (ATCC 76645) e isolados clinicos. Ensaio Clinico Randomizado (fase II) duplo cego foi desenvolvido por 45 dias com 30 participantes (idade media de 56 anos) portadores de onicomicose e alocados em dois bracos: Grupo A (15 participantes, verniz contendo ciclopirox olamina a 8%) e Grupo B (15 participantes, verniz contendo 8% do oleo de L. sidoides). A eficacia do tratamento foi realizada por fotografias dos quirodactilos contendo as lesoes e a medicao das areas afetadas em mm2 no baseline e no desfecho do estudo por meio de software apropriado (ImageJ). A caracterizacao quimica do oleo mostrou que o componente majoritario foi o timol (67,14%). A atividade antifungica frente a C. albicans do oleo foi observada com CIM (concentracao inibitoria minima) de 128 µg/mL. O teste de difusao em agar e em caldo comprovou atividade antifungica do oleo no verniz particularmente a 8%. As lesoes tratadas com verniz A e B apresentaram reducao de area (mm2) de 44,8 para 26,1 e de 43,2 para 20,5, respectivamente. Nao se observou diferenca entre os grupos. Conclui-se que o verniz contendo oleo de L. sidoides a 8% apresenta eficacia no tratamento de onicomicoses relacionadas com C. albicans.
  • RENATA DE SOUZA SAMPAIO
  • Efeito vasorrelaxante do óleo essencial de Lippia microphylla Cham. e seus constituintes majoritários em artéria pulmonar de rato: mecanismo de ação do timol
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 14:30
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  • A especie Lippia microphylla Cham. e encontrada apenas na Guiana e no Brasil, popularmente conhecida como “alecrim-do-mato”, “alecrim-de-tabuleiro” e “alecrim‑pimenta”, utilizada pela populacao como antisseptico ou no tratamento de doencas respiratorias, como resfriados, gripes, bronquite, tosse e asma. O oleo essencial dessa especie (LM-OE) possui como compostos majoritario os monoterpenos isomeros de posicao timol e carvacrol, onde ja foram descritas diversas atividades farmacologicas para esses compostos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito vasodilatador do LM-OE e seus componentes majoritarios em arteria pulmonar (AP) de rato. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA/UFPB (certidao: 0501/13). Foi observado que o LM-OE, timol e carvacrol relaxaram a arteria pulmonar do rato quando contraida com FEN na ausencia (CE50 = 21,83 ± 1,9 µg/mL, CE50 = 23,02 ± 3,8 µg/mL, CE50 = 15,8 ± 1,0 µg/mL, respectivamente) como na presenca (CE50 = 29,1 ± 5 µg/mL, CE50 = 6,6 ± 0,9 µg/mL, CE50 = 20,4 ± 5,6 µg/mL) do endotelio funcional, porem, o timol na presenca do endotelio foi mais potente em relaxar a AP, por isso decidimos investigar o mecanismo de acao desse composto nessa condicao. A ativacao dos receptores muscarinicos endoteliais e uma das principais vias de relaxamento do musculo liso, uma vez que essa ativacao ira induzir a ativacao da eNOS e producao de oxido nitrico (NO). Para tanto, utilizou-se a atropina, um antagonista desses receptores. Os resultados evidenciaram que a potencia relaxante foi reduzida em aproximadamente 4 vezes na presenca do bloqueador (CE50 = 27,1 ± 3,7 µg/mL). Em seguida fomos avaliar se o timol estaria modulando positivamente a eNOS para exercer seu efeito vasorrelaxante, para isso foi utilizado o L-NAME um inibidor seletivo dessa enzima. Foi observado que na presenca desse bloqueador a potencia relaxante do timol foi reduzida em aproximadamente 2 vezes (CE50 = 15,8 ± 2,4 µg/mL). Visto isso, fomos investigar a participacao de outro importante fator relaxante derivado do endotelio, as prostaciclinas (PGI2), no efeito relaxante do timol, para tanto foi utilizada a indometacina que e um bloqueador da COX, enzima responsavel pela producao de PGI2. Foi evidenciado que a potencia relaxante do timol foi reduzida em cerca de 4 vezes (CE50 = 27,7 ± 2,6 µg/mL). Como a indometacina foi mais eficaz em inibir o efeito vasorrelaxante do timol quando comparado com o L-NAME, decidimos seguir investigando a via das PGI2. O receptor de PGI2 no musculo liso de AP encontra-se acoplado a GS que por sua vez ira ativar a ciclase de adenilil (AC), diante disso utilizamos o IPA, bloqueador da AC. Foi possivel observar que na presenca do bloqueador a potencia relaxante do timol foi cerca de 3 vezes menor (CE50 = 18 ± 1 µg/mL). Seguindo a via, o proximo passo era investigar se o timol estaria modulando positivamente a PKA para exercer seu efeito vasorrelaxante, para isso foi utilizado o H-89, um inibidor dessa proteina. Nos resultados nos podemos observar que timol foi cerca de 2 vezes menor na presenca de H-89 (CE50 = 13,7 ± 1,3 µg/mL). Como o mecanismo de contracao do musculo liso envolve a participacao dos ions K+ e Ca2+, fomos avaliar se o timol estaria atuando nos canais desses ions para exercer seu efeito relaxante. Para isso eram induzidas contracoes com 30 mM ou 80 mM de KCl, onde nao foram observadas diferencas estatisticas entre as duas condicoes (CE50 = 23,2 ± 4,8 e 21,61 ± 4,3 µg/mL, respectivamente). Indicando que o composto estaria atuando em um posto comum a via, CaV. Para confirmar essa hipotese foram feitas curvas concentracoes-resposta cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+ na ausencia e na presenca do timol, o qual antagonizou essas contracoes, alem de relaxar o orgao pre-contraido com S-(-)-Bay K 8644 (CE50 = 10,6 ± 2 µg/mL). Alem disso, a potencia relaxante do timol nao foi alterada (10,1 ± 2,1 µg/mL) na presenca de Y-27632, um inibidor da Rho cinase (ROCK). Em conclusao, o timol atua modulando positivamente os receptores muscarinicos endoteliais, a eNOS e a via PGI2-AC-PKA, alem de inibir os CaV1 para exercer seu efeito relaxante em arteria pulmonar de rato.
  • ELBA DOS SANTOS FERREIRA
  • Suplementação alimentar com Spirulina platensis promove efeito antiobesidade e restaura a reatividade contrátil de íleo em ratos Wistar
  • Data: 06/03/2017
  • Hora: 14:00
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  • A obesidade e uma doenca cronica caracterizada pelo acumulo de tecido adiposo. Estudos realizados em nosso laboratorio mostraram que a obesidade induzida com oito semanas diminuiu a reatividade contratil intestinal de rato e a suplementacao com Spirulina platensis potencializou a reatividade relaxante da aorta de rato. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos da obesidade e da suplementacao alimentar com S. platensis sobre os parametros nutricionais e morfometricos, reatividade muscular em ileo e estresse oxidativo de ratos. Os animais foram divididos em seis grupos: controle salina (GCS), obeso salina (GOS), obeso suplementado com S. platensis nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg (GO + SP25, GO + SP50 e GO + SP100, respectivamente) e obeso alimentado com dieta Presence® (GO + DP). Os animais receberam as dietas DP e hiperlipidica por 16 semanas e foram suplementados a partir da 8ª semana, exceto o GO + DP, que recebeu a dieta hiperlipidica por oito semanas e a DP por oito semanas. Durante as 16 semanas avaliou-se a ingestao alimentar e a massa corporea e, apos a eutanasia, os tecidos adiposos epididimal, retroperitoneal e inguinal foram retirados, pesados e utilizados para o calculo do indice de adiposidade. O ileo foi suspenso em cubas de banhos para orgaos isolados e as contracoes isotonicas e isometricas monitoradas. Os protocolos foram aprovados pela Comissao de Etica no Uso de Animais/UFPB (017/2016). A ingestao alimentar estimada e calorica foi reduzida no GOS, e aumentada nos animais suplementados com S. platensis e no GO + DP em relacao ao GOS. Nenhum dos grupos apresentou diferenca entre si quanto a massa corporea inicial. O GOS nao apresentou diferenca em relacao ao GCS quanto a massa corporea media, final e ganho de massa corporal. Entre os grupos suplementados com S. platensis, apenas o GO + SP25 apresentou diferenca quanto a massa corporal media, final e ganho de massa corporal em relacao ao GOS. O GOS apresentou aumento nas massas dos tres tecidos adiposos, indice de adiposidade e diametro dos adipocitos, em relacao ao GCS. Entre os grupos tratados com S. platensis, apenas a dose de 25 mg/kg nao alterou a massa dos tecidos adiposos e o diametro dos adipocitos em relacao ao GOS, entretanto, todas as doses de S. platensis e o GO + DP diminuiram o indice de adiposidade em relacao ao GOS. A obesidade diminuiu a eficacia (Emax) contratil do KCl (62,1 ± 6,1%) e do CCh (60 ± 6,4%), em relacao ao GCS (100%) e a potencia (pD2) relaxante do verapamil no GOS (11,6 ± 0,6) em relacao ao GCS (13,7 ± 0,2). A S. platensis (50 mg/kg) reverteu a eficacia do KCl (88,3 ± 3,3%) e do CCh (86,8 ± 5,4%) em relacao ao GCS. Entretanto, a S. platensis (100 mg/kg), atenuou a potencia relaxante ao verapamil em relacao ao GOS, conforme os valores de pD2 (11,6 ± 0,6 vs 9,0 ± 0,2). A obesidade nao alterou a espessura das camadas musculares circular e longitudinal do ileo de rato, assim como a concentracao de malondialdeido (MDA) no plasma e no ileo no GOS. Entretanto, nos tecidos adiposos epididimal e retroperitoneal, o GOS apresentou um aumento de MDA, e apenas S. platensis (50 mg/kg) reverteu este efeito. Nao houve alteracao na atividade antioxidante no plasma, em ileo e nos tecidos adiposos estudados no GOS. Conclui-se que, a obesidade diminui a ingestao alimentar sem alterar a massa corporea, diminui a reatividade contratil e relaxante de ileo e aumenta a peroxidacao lipidica no tecido adiposo. A suplementacao com S. platensis (50 mg/kg) aumenta a ingestao alimentar sem alteracao de massa corporea, restaura a reatividade contratil de ileo e reverte o aumento da peroxidacao lipidica em tecido adiposo.
  • ANDRESSA BRITO LIRA
  • INVESTIGAÇÃO DA TOXICIDADE E DAS ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTIBACTERIANA DO CAFEATO DE ISOPROPILA
  • Data: 03/03/2017
  • Hora: 14:00
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  • Compostos fenolicos, dentre eles o cafeato de isopropila, sao detentores de efeitos tais como; antimicrobiano, antitumoral, antinociceptivo e antioxidante, porem nao isento de toxicidade e/ou efeitos adversos, por isso pesquisas nesta area, sejam elas com uma abordagem in silico, in vitro e/ou in vivo tem se intensificado para que se garanta a seguranca no uso. Assim, o presente estudo se propos a avaliar a toxicidade e atividade antioxidante e antibacteriana, atraves de ensaios in silico, in vitro e in vivo, do cafeato de isopropila. Para tanto, investigou-se as caracteristicas farmacologica, farmacocinetica e toxicologica teoricas do cafeato de isopropila utilizando ensaios in silico com os softwares AdmetSAR e Molinspiration; a citotoxicidade sobre eritrocitos humanos dos tipos sanguineos A, B, O e AB, executando-se os modelos de hemolise e Fragilidade Osmotica Eritrocitaria (FOE); avaliou-se o potencial oxidante e antioxidante na presenca da fenilhidrazina (Ph) e de Especies Reativas de Oxigenio (EROs – H2O2). Investigou-se a toxicidade aguda, analisando alteracoes comportamentais, o consumo de agua e racao, a evolucao ponderal, parametros bioquimicos e histopatologicos e o sistema antioxidante endogeno. A genotoxicidade foi investigada por meio do teste do micronucleo e por fim, analisou-se a atividade antimicrobiana frente a bacterias Gram-positivas (S. aureus ATCC 25925, S. aureus 101, S. aureus 102, S. aureus 862 e S. aureus 47) e Gram-negativas (P. aeruginosa ATCC23243, P. aeruginosa 102, P. aeruginosa 103, E. coli ATCC 8539, E. coli 101, E. coli 104 e E. coli 105). Os resultados obtidos revelaram que o cafeato de isopropila nao apresenta significativos riscos teoricos de toxicidade e detem uma boa biodisponibilidade oral, alem de possuir provavel bioatividade moderada para ligacao de GPCR, modulacao de canal ionico, ligacao de receptor nuclear e inibicao enzimatica. O cafeato de isopropila demonstrou baixa hemolise, sendo as concentracoes de 500 e 1000 μg/mL responsaveis pelo maior efeito, ainda foi observado que o composto protege os eritrocitos tipos A e O do estresse osmotico. O cafeato de isopropila nao promoveu oxidacao dos eritrocitos e comportaram-se como sequestradores e antioxidantes. Ainda, apresentou toxicidade moderada, segundo a classificacao da GSH, demonstrando efeitos depressores do sistema nervoso central, nao influenciou no consumo de agua e racao nem na evolucao ponderal, demosntrou hepatoprotecao e nao provocou alteracao da arquitetura normal do figado, baco, estomago e rins. Nao apresentou genotoxicidade quando comparado com a ciclofosfamida, um comprovado agente genotoxico. E por fim exibiu forte atividade antibacteriana contra cepas Gram-positivas e Gram-negativas, sendo seu efeito bacteriostatico. Na associacao com o cloranfenicol reduziu a concentracao inibitoria minima (CIM). Conclui-se que o cafeato de isopropila possue boa biodisponibilidade oral, reduzida citotoxicidade, propriedades antioxidantes, atividade antibacteriana com efeito bacteriostatico, moderada toxicidade aguda e ausencia de genotoxicidade constituindo-se numa promissora molecula com potencial farmacologico.
  • TAINA SOUZA SILVA
  • Estudo químico, atividade antioxidante e fotoprotetora de Chamaecrista sp. e Senna splendida
  • Data: 24/02/2017
  • Hora: 08:00
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  • A familia Fabaceae apresenta aproximadamente 30% do total de especies presente na Caatinga. Dentre os generos pertencentes a essa familia, encontram-se Chamaecrista e Senna, dos quais ja foram isoladas antraquinonas, flavonoides, diterpenos, alcaloides, entre outros. Especies desses generos apresentam diversas utilizacoes populares e atividades farmacologicas relatadas na literatura, entre as quais, destaca-se a atividade antioxidante. Diante disso, este trabalho teve como objetivo ampliar o conhecimento acerca dos generos Chamaecrista e Senna atraves do estudo fitoquimico de Chamaecrista sp. e Senna splendida, isolando seus constituintes quimicos, avaliar as possiveis atividades antioxidante e fotoprotetora dos extratos e fases obtidas por particao liquido-liquido e buscar substancias que apresentassem atividade como indicadores naturais de pH. Para isso, foram utilizadas as seguintes metodologias: cromatografia liquida em coluna, cromatografia gasosa, espectrometria de massas, ressonancia magnetica nuclear de 1H e 13C, determinacao do teor de fenolicos por Follin-Ciocalteu, determinacao de flavonoides totais, determinacao da porcentagem de reducao do difenil-picrilhidrazina (DPPH) e espectroscopia no ultravioleta visivel (UV-Vis). O estudo fitoquimico de Chamaecrista sp. resultou no isolamento de cinco substancias, sendo elas, β-sitosterol e estigmasterol, emodina, vitexina e orientina, enquanto que o estudo de Senna splendida resultou no isolamento de 5 substancias (justicidina, β-sitosterol glicosilado, estigmasterol glicosilado, rubrofusarina glicosilada, quinquangulina glicosilada) e identificacao por CG-EM de doze substancias (acido 3-β-acetiloxi-lup-20(29)-en-28-oico, dihidroactinodiolideo, fitona, metoxsalen, metilhexacosano, heptacosano, octacosano, nonacosano, triacontano, hentriacontano, β-sitosterol, 4,22-estigmastadien-3-ona e sitostenona). A emodina, isolada de Chamaecrista sp., apresentou a propriedade de indicar o carater acido e basico de solucoes e foi aplicada em aula pratica como indicadora natural de pH para alunos de ensino medio, observando uma grande participacao, aproveitamento e interesse por parte destes. Na determinacao de fenolicos, flavonois e flavonas e avaliacao da atividade antioxidante por DPPH, a fase acetato de etila (FA) de Chamaecrista sp. foi a que apresentou melhor resultado em relacao as outras amostras (229,7 ± 5,21 mg EAG/g de amostra, 8,73 ± 0,22 µg querc/mg de amostra e CE50 9,3 ± 0,23 µg/mL, respectivamente) e na avaliacao da atividade fotoprotetora, a emodina apresentou maior FPS (24,25), seguida da fase acetato de etila de S. splendida que apresentou melhor fator de protecao solar (FPS = 10,76) em relacao aos extratos e fases testados.
  • LAZARO GOMES DO NASCIMENTO
  • Preparação de ésteres nitrocinâmicos e avaliação da sua atividade antimicrobiana
  • Data: 23/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho teve como objetivo preparar uma serie de esteres derivados do acido trans-2-nitrocinamico, atraves da esterificacao de Fischer, substituicao nucleofilica com haletos e reacao de Mitsunobu. Todos os derivados foram submetidos a testes antimicrobianos pelo metodo de microdiluicao em caldo, tendo como controles positivos os antimicrobianos cloranfenicol e nistatina. O referido estudo resultou na obtencao de 14 esteres do acido trans-2-nitrocinamico com rendimentos variando entre 25 e 98%, sendo 9 derivados ineditos na literatura, e caracterizados por metodos espectroscopicos de infravermelho, ressonancia magnetica de 1H e 13C, bem como por espectrometria de massas de alta resolucao. O resultado da avaliacao antimicrobiana demonstrou que dez esteres apresentaram atividade antifungica frente a especies de Candida, enquanto dois derivados foram bioativos no teste antibacteriano. Destes, os esteres EL4, EL6 e EL14 foram os derivados que obtiveram concentracoes inibitorias minimas antifungicas mais promissoras com CIM que variaram entre 128 e 256 μg/mL, sendo considerada otima segundo dados da literatura. Com relacao a atividade bacteriana, os derivados EL12 e EL13 demostraram atividade sobre a especie de Pseudomonas aeruginosa. Esses resultados demonstram que o aumento da cadeia alquilica no substituinte, ate determinado tamanho, e a presenca de hidroxila, metoxila ou cloro na posicao para do anel aromatico influenciam a atividade antifungica dos esteres 2-nitrocinamicos.
  • CAMILA HOLANDA DE ALBUQUERQUE
  • Identificação de outros constituintes químicos de Erythroxylum caatingae por CG-EM e RMN
  • Data: 23/02/2017
  • Hora: 08:00
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  • A familia Erythroxylaceae compreende quatro generos e cerca de 250 especies, com distribuicao pantropical, tendo seus principais centros de diversidade e endemismo na Venezuela, Brasil e Madagascar. No Brasil, encontra-se apenas o genero Erythroxylum, encontrado nos mais diversos tipos de vegetacao do pais, ocorrendo desde as florestas umidas da Amazonia e Atlantica, ate as matas secas do Cerrado e da Caatinga. No Brasil, foram registradas 127 especies, das quais 83 sao endemicas. No nordeste brasileiro, foram listadas 67 especies, dentre as quais 25 destas (37,31%) foram registradas apenas para esta regiao. O genero caracteriza-se pela presenca de alcaloides do grupo tropanicos, terpenos e flavonoides. Na Paraiba, foram registradas 13 (treze) especies, entre elas, a especie Erythroxylum caatingae Plowman cujos estudos anteriores demonstraram resultados quimicos e farmacologicos promissores. Portanto, este trabalho teve como objetivo avancar no estudo quimico da especie Erythroxylum caatingae Plowman, em que foi utilizada a tecnica de cromatografia gasosa com ionizacao por impacto de eletrons (CG-EM-IE), bem como a ressonancia magnetica nuclear (RMN) (uni e bidimensionais). Para realizacao deste trabalho, o caule da Erythroxylum caatingae Plowman foi coletado no municipio Picui-PB, Brasil e, em seguida, identificado pela botanica Prof. Maria de Fatima Agra. Uma exsicata encontra-se depositada no Herbario Prof. Lauro Pires Xavier (JPB), sob o n° 5666. O po do caule seco e pulverizado foi submetido a uma extracao com metanol, obtendo-se o extrato metanolico bruto. Parte deste extrato foi submetida a uma particao liquido/liquido com hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol, outra parte foi submetida a uma marcha acido/base para extracao de alcaloides. A fase hexanica, obtida da particao, foi submetida a cromatografia em coluna classica utilizando silica gel e eluidas com hexano, diclorometano e metanol. As fracoes obtidas foram submetidas a CG-EM-IE. A fase diclorometano, obtida da particao, foi submetida a cromatografia de media pressao utilizando silica gel e eluidas com hexano, diclorometado e metanol. As fracoes obtidas foram purificadas por cromatografia em coluna classica utilizando silica gel. A Fracao de Alcaloides Totais - FAT, obtida apos a marcha acido/base, foi submetida a analise por CG-EM-IE. Os estudos da fase hexanica levaram ao isolamento e identificacao por RMN dos terpenos: ent-8(17), 13(16), 14(15) labdatrieno-18-oato; ent-8(14),15-pimaradien-3β-ol; lupeol. Como resultado da analise por CG-EM-IE, foram identificados e propostos mecanismos de fragmentacao dos seguintes compostos: ent-8(17),12(13),14(15) labdatrieno-18-oato,; ent - 8(17), 13(16), 14 (15) labdatrieno-18- oato; 8(14), 15(16) pimaradien-18-oato;13-hidroxi-8(17),14-labdadieno;8(17),13(11),14(15)labdatrieno; 7(8),13(14) abietanodieno-19-ol; 15-caureno; e 3-oxo-friedelano. Os estudos da fase diclorometano levaram ao isolamento e identificacao por RMN dos alcaloides: 3α,6βdibenzoiloxitropano; 3α–(3’,4’,5’trimetoxibenzoiloxi) 6βbenzoiloxitropano; e cloridrato 3α–(3,5 dimetoxi-4’-hidroxibenzoiloxi)-6β-benzoiloxitropano. Foi determinado, ainda, o perfil quimico da fracao de alcaloides totais por CG-EM-IE, em que se observaram 25 picos correspondentes a alcaloides tropanicos, e quatro destes (63,83% de area) (majoritarios), identificados parcialmente. Com a analise, verificou-se ainda, que a especie nao produz a cocaina, um alcaloide tropanico mais importante do ponto de vista socioeconomico.
  • MARIANNA OLIVEIRA DE FARIAS
  • PREPARAÇÃO DE DERIVADOS DO ÁCIDO CAFEICO E AVALIAÇÃO DAS SUAS ATIVIDADES ANTIMICROBIANAS
  • Data: 23/02/2017
  • Hora: 08:00
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  • A presente dissertacao apresenta os resultados obtidos do estudo de uma colecao de derivados do acido cafeico estruturalmente relacionados e sua avaliacao antimicrobiana. O aumento da resistencia microbiana aos farmacos, causando milhares de mortes por ano, principalmente em individuos imunocomprometidos, motivou o desenvolvimento do presente estudo. Os esteres derivados do acido cafeico possuem um amplo espectro de atividades farmacologicas, dentre elas, a atividade antimicrobiana. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana de dezesseis esteres derivados do acido cafeico sobre diferentes especies de Staphylococus, Eschericia e Candida. Os esteres alquilicos e arilicos derivados do acido cafeico foram preparados atraves da esterificacao de Fischer, reacao com haletos de alquila e arila, e reacao de Mitsunobu. Na caracterizacao dos produtos utilizou-se metodos espectroscopicos de infravermelho, ressonancia magnetica nuclear de 1H e 13C, bem como espectrometria de massas de alta resolucao para os derivados ineditos. Todos os esteres foram submetidos a testes antimicrobianos pelo metodo microdiluicao em caldo, tendo como controle antimicrobiano o cloranfenil e a nistatina. Obteve-se 16 esteres do acido cafeico, com rendimentos variando entre 8,20-93,06%, sendo 6 derivados ineditos na literatura. Cinco esteres apresentaram atividade antifungica, enquanto todos os compostos foram bioativos no teste da atividade antibacteriana. Assim, os esteres ME7 e ME13 demonstraram as melhores atividades antifungicas (128 e 256 µg/mL, respectivamente). Enquanto nos testes antibacterianos, os resultados foram mais sensiveis frente a cepa Gram negativa (50 a 400 µg/mL), com melhores resultados para os esteres alquilicos ME3, ME6 e ME7, e para os arilicos ME10, ME13, ME14 e ME16. Esses resultados mostram que substituintes alquilicos de cadeia mediana e determinados grupos arilicos potencializam a atividade antimicrobiana.
  • GABRIELLE DE SOUZA AUGUSTO PEREIRA
  • Síntese de derivados ácidos de adutos de Morita-Baylis-Hillman e avaliação da atividade leishmanicida contra Leishmania chagasi
  • Orientador : BARBARA VIVIANA DE OLIVEIRA SANTOS
  • Data: 22/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • Atualmente, para o planejamento racional de novos farmacos, dentro da area da Quimica Medicinal, e de suma importancia a compreensao nao somente da disponibilidade do farmaco, mas as suas interacoes com o receptor em nivel molecular. As doencas infecciosas parasitarias afetam milhoes de pessoas nas diferentes regioes geograficas mais pobres do planeta e de acordo com a Organizacao Mundial de Saude (OMS) sao responsaveis por aproximadamente um terco das causas de mortalidade no mundo. Contudo, o reper¬torio de farmacos disponiveis e limitado e inadequado, e o quadro e bastante agravado pela emergencia de cepas de parasitas resistentes. Dessa forma, a descoberta de novos farmacos e necessaria, uma vez que os parasitas acabam desenvolvendo, por meio de mecanismos diversos, resistencias aos quimioterapicos mais frequentemente usados. Nesta perspectiva, e diante da necessidade de descobrir novos agentes potenciais para a prevencao e tratamento de doencas emergentes no Brasil, este trabalho tem como finalidade sintetizar acidos 2-metilfenilpropanoides, a partir de adutos de Morita-Baylis-Hillman (MBH) e avaliar a atividade in vitro contra as formas promastigota e amastigota de Leishmania chagasi. Logo, realizaram-se as reacoes de aduto de Morita-Baylis-Hillman, e seus derivados acidos carboxilicos, O-acetilados, esteres 2-metilfenilpropanoatos e acidos 2-metilfenilpropanoides, sendo possivel a sintese de trinta e um compostos. Os compostos sintetizados foram submetidos as analises de citotoxicidade e efeito leishmanicida contra as formas promastigota e amastigotas da Leishmania chagasi. Este estudo possibilitou a sintese e identificacao de trinta e um derivados de adutos de MBH, dentre os quais dezesseis foram submetidos a avaliacao leishmanicida. Diante disso, doze compostos sendo seis adutos de MBH, quatro derivados acidos carboxilicos, um derivado O-acetilados e um acido 2-metilfenilpropanoide, possuem atividade leishmanicida in vitro em promastigotas e/ou amastigotas de Leishmania chagasi. No entanto, a analise global dos resultados obtidos para os compostos sinteticos testados permite-nos sugerir que os compostos aduto de MBH derivado do aldeido 2-cloroquinolina-3-carboxaldeido e o acido carboxilico do aduto de MBH derivado do 3,4-trimetoxibenzaldeido podem ser apontados como prototipos de farmacos com atividade leishmanicida por serem os mais ativos contra promastigotas e amastigotas de L. chagasi e nao apresentarem toxicidade contra macrofagos.
  • JEPHESSON ALEX FLORIANO DOS SANTOS
  • TOXICIDADE E POTENCIAL ANTITUMORAL DO ANÁLOGO DA PIPERINA 2-OXO-2-(4-NITROFENILAMINA)-PIPERINOATO DE ETILA EM MODELO EXPERIMENTAL DE TUMOR ASCÍTICO DE EHRLICH
  • Data: 22/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • O cancer e um problema de saude publica mundial, associado a uma elevada taxa de insucesso na terapeutica, o que esta relacionado a aspectos como efetividade, toxicidade, farmacocinetica e resistencia por parte das celulas tumorais. Nesse contexto, produtos naturais continuam exercendo importante papel como prototipos para a sintese de novos candidatos a farmacos. A piperina e um alcaloide amida, isolada de especies de Piper, que apresenta atividade antitumoral, entretanto possui significante toxicidade. Com o objetivo de potencializar a sua atividade e reduzir a toxicidade, varios analogos ineditos estao sendo estudados, dentre estes o 2-oxo-2-(4-nitrofenilamina)-piperinoato de etila (HE02). Esse trabalho objetivou investigar a atividade antitumoral, bem como a toxicidade do HE02. No ensaio de hemolise, HE02 induziu apenas 5,01% de hemolise na maior concentracao testada (1000 µg/mL), sugerindo baixa citotoxicidade em eritrocitos de camundongos. Ja em linhagem de celulas RAW 264.7, HE02 induziu 49,75% de citotoxicidade apos tratamento com 1000 µg/mL. No ensaio de toxicidade pre-clinica aguda, a dose letal 50% (DL50) foi estimada em torno de 2000 mg/kg, o que permitiu a escolha de doses seguras a serem usadas no ensaio farmacologico. Em modelo de tumor ascitico de Ehrlich, HE02 (12,5 ou 25 mg/kg) apresentou atividade antitumoral por reduzir os parametros viabilidade e total celular (p<0,05), sem alterar o volume e massa tumorais. Na analise do perfil do ciclo celular, HE02 (12,5 mg/kg) induziu pequeno aumento no pico sub-G1 (p<0,05), de apenas 10% em relacao ao controle, sugerindo que alteracoes no ciclo celular nao representam um mecanismo importante no efeito antitumoral de HE02. O tratamento com HE02 (12,5 mg/kg) reduziu a microdensidade vascular peritumoral (p<0,05), indicando acao antiangiogenica. Com relacao a avaliacao de citocinas do microambiente tumoral observou-se que HE-02 aumentou as concentracoes de IL-1β, TNF-α e IL-12, ao passo que reduziu as citocinas IL-4 e IL-10 (p<0,05 para todos). Alem disso, HE02 induziu aumento das concentracoes de especies reativas de oxigenio (ROS) e oxido nitrico (NO) no fluido peritoneal (p<0,05 para ambos). Esses dados em conjunto sugerem que HE02 promove modulacao do sistema imune no sentido de estimular um perfil de linfocitos T helper 1 (Th1), que e citotoxico para as celulas tumorais. No que diz respeito a avaliacao da toxicidade no modelo de carcinoma de Ehrlich, foi observado reducao do peso corporal, alem de aumento da ureia, porem o dano renal foi descartado pela analise histologica dos rins. Ainda, foi observado leucocitose acompanhada de neutrofilia e linfopenia. Esses resultados em conjunto sugerem que HE02 apresenta baixa toxicidade e atividade antitumoral in vivo por estimulacao do sistema imune.
  • DIEGINA ARAUJO FERNANDES
  • Estudo fitoquímico de Helicteres velutina K. Schum (Sterculiaceae) e avaliação do seu potencial larvicida contra Aedes aegypti L. (Diptera:Culicidae).
  • Data: 22/02/2017
  • Hora: 08:00
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  • Os produtos naturais sao utilizados pela humanidade desde tempos imemoriais com intuito de alivio e cura de diversos males, tendo o conhecimento etnofarmacologico das especies vegetais despertado interesse em pesquisas voltadas para descoberta de moleculas bioativas. O surgimento de novas doencas transmitidas pelo Aedes aegypti L., atrelado a resistencia a larvicidas e inseticidas existentes no mercado, tornam necessario a busca por alternativas de combate ao vetor. Neste contexto o Brasil se destaca por possuir um grande potencial de recursos naturais que levam ao desenvolvimento de bioprodutos a partir da flora nativa. Dentro desta diversidade buscou-se atraves de um estudo pioneiro do ponto de vista quimico e biologico do extrato etanolico bruto obtido das partes aereas da especie Helicteres velutina K. Schum (Sterculiaceae), conhecida popularmente no Brasil como “pito” e usada tradicionalmente pela tribo indigena Pankarare na Bahia, como repelente de insetos, isolar e identificar seus constituintes quimicos, bem como avaliar o seu potencial larvicida. Para o estudo fitoquimico, o extrato etanolico bruto foi solubilizado em EtOH:H2O (7:3) e particionado com Hex.; DCM; AcOEt; n-BuOH, obtendo-se suas respectivas fases, alem da fase hidroalcoolica. 8,0 g da fase diclorometano foi submetida a cromatografia em coluna utilizando como fases estacionarias silica flash e/ou Sephadex-LH 20. Este processo cromatografico levou ao isolamento de cinco constituintes quimicos, cujas estruturas quimicas foram definidas por interpretacao dos espectros de Infravermelho, RMN1H e 13C, uni e bidimensionais, alem de comparacoes com modelos da literatura. As substancias isoladas foram tres flavonoides: Hv-1 - 3,5,7,4'-tetrahidroxiflavona (Canferol); Hv-2 - Canferol-3-O-β-D-(6”-E-p-cumaroil) glicopiranosideo (Tilirosideo); Hv-3 - 7,4’-di-O-metil-8-O-sulfatoflavona (Isoscutelareina sulfatada); um triterpeno da serie oleanano - Hv-4 - Acido 3β-hidroxi-olean-12-en-28-oico (Acido oleanolico); e um esteroide - Hv-5 - Sitosterol-3-O-D-glicopiranosideo (β-Sitosterol glicosilado). Um ensaio preliminar para avaliar a atividade larvicida do extrato etanolico bruto das partes aereas de Helicteres velutina demonstrou excelente atividade frente a larvas no estagio L4 de Aedes aegypti, sendo a dose de 100 ppm capaz de matar 100% das larvas apos 24 h de exposicao e a CL50 estimada em 29,83 ppm segundo teste de Tukey, caracterizando-se, portanto, em uma alternativa promissora para ser utilizada em um sistema de controle integrado desse vetor, o que demanda a continuidade dos seus estudos.
  • ANA PAULA GOMES MOURA FARIAS
  • Toxicidade e Potencial Antitumoral de um derivado Sintético 2-Aminotiofeno
  • Data: 21/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • O (1H-Indol-3-ilmetileno)-(5-6,7,8-4H-ciclohepta[b]tiofen-2-il)-amina (SB-44) e um derivado do anel 2-amino-tiofeno que possui relatos de atividade anti-leishmania e antitumoral. Todavia, nao ha dados na literatura relacionados ao seu mecanismo de acao antitumoral. Sendo assim, o presente trabalho objetivou avaliar a toxicidade e a atividade antitumoral de SB-44 em modelo de carcinoma de Ehrlich, bem como, investigar possiveis mecanismos de acao envolvidos nesse efeito. Inicialmente foi avaliada a toxicidade pre-clinica aguda de SB-44 em camundongos por via intraperitoneal (i.p.). SB-44 (2000 mg/kg) nao induziu morte nos animais experimentais. Ainda, na triagem farmacologica comportamental, o unico efeito induzido pelo SB-44 foi ptose, que desapareceu apos quatro horas do tratamento. A DL50 (dose letal 50%) foi estimada como maior que 5000 mg/kg, considerando o guia n. 423 da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), o que indica baixa toxicidade aguda da substancia. Para a avaliacao da genotoxicidade foi realizado o teste do micronucleo, sendo observado que SB-44 (2000 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade. Em modelo de Carcinoma Ascitico de Ehrlich, observou-se que SB-44 (25, 50 ou 100 mg/kg, i.p.) reduziu os parametros volume, viabilidade celular e a quantidade total de celulas tumorais (p<0,001). A avaliacao do mecanismo de acao antitumoral iniciou com a analise do ciclo celular. Observou-se que SB-44 (100 mg/kg) induziu o aparecimento do pico sub-G1 (p<0,001), o que e sugestivo de apoptose. Foi determinada a microdensidade dos vasos no peritonio dos animais para caracterizacao de efeitos antiangiogenicos, sendo observada reducao deste parametro (p<0,001) apos tratamento com SB-44 (100 mg/kg). Em relacao a avaliacao da influencia de SB-44 (100 mg/kg) em mediadores inflamatorios do microambiente tumoral, pode-se observar reducao nos niveis das citocinas IL-10 e IFN-γ (p<0,05), o que indica modulacao da resposta imune contra o tumor. Considerando o vasto papel do estresse oxidativo na propagacao de tumores, foi avaliado o efeito de SB-44 por meio do ensaio fluorimetrico do 2-70-dichlorofluoresceina diacetato (DCFH-DA). Observou-se reducao do nivel de estresse oxidativo apos tratamento com SB-44 (100 mg/kg) (p<0,05), o que sugere efeitos antioxidantes. Ainda, foi detectado que SB-44 (100 mg/kg) promoveu reducao da producao de oxido nitrico (NO) (p<0,05), um mediador chave envolvido em processos de crescimento, angiogenese e metastase tumoral. Entre todos os parametros de toxicidade avaliados (parametros metabolicos, bioquimicos, hematologicos e histologicos), foi observado que SB-44 (100 mg/kg) induziu apenas hepatotoxicidade, caracterizada pela deteccao de esteatose e apoptose no tecido hepatico. Os dados apresentados, em conjunto, sugerem que SB-44 possui atividade antitumoral por interferir na progressao do ciclo celular e exercer efeitos imunomoduladores, alem de apresentar atividade antioxidante e reduzir os niveis de NO, o que, possivelmente, esta relacionado ao seu efeito antiangiogenico.
  • ISADORA SILVA LUNA
  • Síntese e avaliação do potencial antimicrobiano de novos derivados 2-amino-tiofênicos obtidos a partir de 1,4-ditiano-2,5-diol.
  • Data: 21/02/2017
  • Hora: 09:00
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  • 2-amino-tiofenos sao importantes intermediarios sinteticos para a quimica medicinal, permitindo a obtencao de varios de compostos bioativos, com destaque para as atividades antifungicas e antibacterianas. Estudos anteriores realizados pelo Laboratorio de Sintese e Vetorizacao de Moleculas identificaram atividade antimicrobiana promissoras de derivados cicloaquil[b]tiofenos, contudo estudos teoricos demonstraram que os elevados valores de Log P sao um dos principais fatores que limitam seu potencial biologico. Para a obtencao de compostos com caracteristicas farmacocineticas mais adequadas (menor Log P) foi planejado uma sintese de novos derivados 2-amino-tiofenicos C-4 e C-5 nao substituido atraves da reacao de Gewald, partindo do precursor 1,4-ditiano-2,5-diol. Foram obtidos 25 novos derivados atraves de metodo de agitacao convencional e por irradiacao com microondas. O uso do microondas, mostrou-se mais adequado para sintese, resultando em compostos com melhores rendimentos (70-89%). Os compostos foram caracterizados e tiveram suas estruturas confirmadas atraves de RMN, infravermelho e espectrometria de massas. Na avaliacao da atividade antimicrobiana foram ultilizadas cepas de Staphylococcus aureus, Candida sp., Cryptococcus neoformans e Aspergillus niger. Os compostos mais ativos foram os que apresentaram como substituinte os grupos indol (CN11, CN15) e piridina (CN25), seguindo pelos compostos com presenca de halogenio Cl, F e Br (CN02, CN03 e CN21, respectivamente) para fenil substituido e 3-OEt-4-OH substituido. Os compostos mais ativos (CN15 e CN26) se apresentaram eficientes em inibir crescimento fungico para as cepas Candida, Cryptococcus e Aspergillus com valores de CIM de 256 a 128 µg/mL. Os novos derivados obtidos nao apresentram incremento da atividade antimicrobiana quando comparada com seus analogos cicloaquil[b]tiofenos, demonstrando que substituicoes nas posicoes 4 e 5 do anel tiofeno nao sao essenciais para a atividade antimicrobiana de derivados 2-amino-tiofenicos, porem resultam em derivados com melhor perfil farmacocinetico.
  • NATALIA TABOSA MACHADO
  • LIOFILIZADO DO VINHO TINTO DO VALE DO RIO SÃO FRANCISCO REDUZ O ESTRESSE OXIDATIVO E MELHORA AS ALTERAÇÕES VASCULARES, CARDÍACAS E PLAQUETÁRIAS EM MODELO ANIMAL DE HIPERTENSÃO
  • Data: 21/02/2017
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensao e caracterizada pelo aumento da pressao arterial e da resistencia vascular periferica. Essa condicao clinica pode se desenvolver em consequencia das alteracoes funcionais, estruturais e mecanicas de arterias e arteriolas. Evidencias crescentes mostram que o estresse oxidativo e um mediador chave das alteracoes vasculares, cardiacas e plaquetarias na hipertensao. O consumo regular de vinho tinto esta associado a reducao do desenvolvimento de doencas cardiovasculares, como a hipertensao. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito antioxidante do liofilizado do vinho tinto Rio Sol do Vale do Rio Sao Francisco (LVTRS-VSF) sobre as alteracoes vasculares, cardiacas e plaquetarias da hipertensao essencial. Para os ensaios biologicos, foi realizado o tratamento dos ratos espontaneamente hipertensos (SHR) com o LVTRS-VSF (100 mg/kg e 300 mg/kg) ou veiculo e os ratos normotensos Wistar-Kyoto (WKY) receberam o LVTRS-VSF (100 mg/kg) ou veiculo. Todos os ratos foram tratados por via oral uma vez ao dia, durante seis semanas. Os protocolos foram aprovados pelo CEUA-UFPB nº 010/2016. A caracterizacao quimica do LVTRS-VSF por HPLC identificou dezesseis compostos fenolicos. Alem disso, o liofilizado demonstrou atividade sequestradora dos radicais DPPH●, o que evidencia uma boa atividade antioxidante. No ensaio de medida direta da pressao arterial, o grupo SHR apresentou niveis de pressao arterial media (PAM) significativamente elevados em relacao ao grupo WKY. O tratamento dos SHR com o LVTRS-VSF (100 e 300 mg/kg) reduziu significativamente os valores de PAM, quando comparado com o grupo SHR controle. No final do tratamento, os WKY-controle apresentaram menor indice de massa ventricular quando comparados com os SHR-controle, sugerindo o desenvolvimento da hipertrofia cardiaca neste grupo de animais. O LVTRS-VSF (100 mg/kg e 300 mg/kg) reduziu o indice de massa dos ventriculos, quando comparado com o grupo SHR-controle. Alem disso, o grupo SHR apresentou reducao do relaxamento dependente de endotelio induzido pela ACh; aumento da resposta vasoconstritora da FEN em relacao ao grupo WKY. O tratamento cronico com o LVTRS-VSF (100 mg/kg e 300 mg/kg) promoveu reducao da resposta vasoconstritora a FEN em arteria mesenterica superior e de resistencia; aumentou a vasodilatacao dependente de endotelio induzida por ACh em arteria mesenterica superior e de resistencia, quando comparado com o grupo SHR-controle. Em arteria mesenterica de resistencia, o efeito vaso protetor do tratamento com LVTRS-VSF (100 e 300 mg/kg) sobre a funcao endotelial envolve o aumento do relaxamento induzido pelo NO, avaliado pela vasodilatacao da ACh na presenca de indometacina, TRAM 34 e apamina; e melhorou o relaxamento mediado pelo EDHF, avaliado pela dilatacao induzida por ACh na presenca de L-NAME e indometacina, em relacao ao grupo SHR-controle. Nos experimentos que avaliaram as alteracoes estruturais e mecanicas vasculares, observou-se que os SHR apresentaram remodelamento eutrofico e aumento do conteudo de colageno vascular quando comparado ao WKY. O tratamento com o LVTRS-VSF (100 e 300 mg/kg) reduziu as alteracoes estruturais e mecanicas de arteria mesenterica de resistencia, pois foi evidenciado a reducao do espessamento da parede do vaso, aumento da area do lumen, reducao da relacao parede-lumen e diminuicao do deposito de colageno vascular, quando comparado ao grupo SHR-controle. Ademais, os SHR apresentaram aumento dos niveis de anion superoxido (O2•-), em relacao ao grupo WKY. O tratamento com LVTRS-VSF reduziu significativamente o estresse oxidativo em arterias mesentericas superior e de resistencia, e no musculo cardiaco, em relacao ao grupo SHR controle. O tratamento cronico com o liofilizado (100 e 300 mg/kg) tambem atenuou a hiperagregacao plaquetaria, alem de reduzir o estresse oxidativo plaquetario, quando comparado ao grupo SHR controle. Estes resultados mostram que o LVTRS-VSF, rico em compostos fenolicos e com boa atividade antioxidante, reduz a pressao arterial e a hipertrofia cardiaca de SHR, apos o tratamento cronico durante seis semanas. Alem disso, o tratamento com o LVTRS-VSF reduz a hiperagregacao plaquetaria e as alteracoes funcionais, estruturais e mecanicas vasculares associadas a hipertensao, por diminuir o estresse oxidativo e aumentar a biodisponibilidade de NO e EDHF vascular.
  • GISELY MARIA FREIRE ABILIO DE CASTRO
  • Preparação de derivados da caulerpina e avaliação dos seus efeitos citotóxicos e microbiológicos
  • Data: 21/02/2017
  • Hora: 08:30
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  • Os produtos naturais desenpenham um papel importante como fonte de substancias utilizadas diretamente como agentes medicinais. Atualmente, destacam-se neste grupo os organismos marinhos, que representam uma fonte potencial de metabolitos secundarios com diversas propriedades terapeuticas. Apesar do grande potencial, o recurso algologico dos oceanos ainda e pouco explorado na industria farmaceutica. Neste contexto, e diante da grande diversidade de especies marinhas encontradas no litoral nordestino, a literatura cientifica relata atividades farmacologicas inerentes ao extrato de algas marinhas do genero Caulerpa Lamouroux, tais como antinociptiva, espamolitica, antiviral, antimicrobiana, inseticida e citotoxica. Considerando que muitas das propriedades terapeuticas observadas para os extratos de especies do genero Caulerpa sao relativas a caulerpina, componente majoritario deste genero, e que as moleculas isoladas de fontes naturais ainda apresentam limitacoes, tais como baixa solubilidade ou instabilidade quimica, este estudo propos a realizacao de modificacoes estruturais na molecula da caulerpina, visando-se estabelecer quais regioes moleculares poderao aceitar modificacao estrutural e elucidar a conformacao bioativa antiviral para o virus Herpes simples tipo 1 e antifungica para cepas de Candida spp. Logo, realizaram-se reacoes de substituicao na posicao N-indolica por grupos alquil, benzil, alil, propargil e acetato de etil, mono- e disubstituidos, alem da conversao em seus derivados acidos, sendo possivel a semi-sintese de 14 analogos, sendo 12 ineditos na literatura. Os analogos obtidos foram submetidos as analises de citotoxicidade e triagem de atividade antiviral frente ao virus herpes simples tipo 1, ambas pelo metodo do microcultura do tetrazolito e antifungica atraves da determinacao das respectivas concentracoes inibitoria minimas frente as cepas de Candida spp, utilizando-se a tecnica de microdiluicao. O ensaio de citotoxicidade demosntrou que o acido caulerpinico e o acido N-etil substituido apresentaram concentracao citotoxica referente a 50% do efeito maximo de 1035,0 µM e 1004,0 µM respectivamente, valores significativamente (p < 0,05) superior a caulerpina. Durante a triagem avaliou a inibicao viral durante a infeccao, verificou-se que os acidos N-substituidos pelos grupos metil e etil forneceram percentual de inibicao viral frente o virus herpes simples tipo 1 de 37,39% e 38,35% , respectivamente, valores significativamente superior (p < 0,05) ao observado para a caulerpina (15%). Para o ensaio que investigou a atividade antiviral pos-infeccao observou-se que os seguintes analogos apresentaram inibicao viral superior a caulerpina (0%): esteres da caulerpina N-substituidas pelos grupos etil (28,66%); propargil (28,05%); benzil (13,87%); acidos da caulerpina N-etil (29,56%) e N-alil (14,78%).Dentre os analogos produzidos apenas a mistura da caulerpina N-metil e caulerpina N-metil-O-etil exibiu atividade antifungica com concentracao inibitoria minina e concentracao fungicida minina entre 7,8-125 µg/mL. Este estudo possibilitou a producao de 12 analogos ineditos da caulerpina,dentre os quais 7 foram capazes de promover diminuicao do efeito citotoxico do prototipo e/ou maior atividade antiviral frente ao virus herpes humano tipo 1, bem como a producao de uma mistura de analogos com potente atividade antifungica frente cepas de Candida spp.
  • EUGENIA ABRANTES DE FIGUEIREDO
  • APLICAÇÃO DA ESPECTROMETRIA DE MASSAS PARA O ESTUDO QUÍMICO DA FRAÇÃO ACETATO DO VINHO TINTO SYRAH DO VALE DO SÃO FRANCISCO E ESTUDO DA SUA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTI-HIPERTENSIVA
  • Data: 20/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • O vinho, bebida obtida a partir do processo de fermentacao da uva, apresenta altos niveis de polifenois que incluem os flavonoides, e os nao flavonoides. Estudos epidemiologicos tem demonstrado a associacao entre o consumo de alimentos e bebidas ricos em compostos fenolicos e a reducao do risco de doencas cardiovasculares. A hipertensao e o maior fator de risco para doencas cardiovasculares. Dentre os fatores associados ao desenvolvimento da hipertensao, uma questao extremamente importante e atual e a participacao de especies reativas de oxigenio (ERO) em sua patogenese. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi investigar o efeito antioxidante e anti-hipertensivo de uma fracao oriunda de vinho tinto Syrah da regiao do Vale do Sao Francisco, com composicao quimica definida e elevado teor de polifenois, em ratos espontaneamente hipertensos. O vinho foi particionado com AcOEt em diferentes pHs obtendo-se tres fracoes. O teor de fenolicos totais no vinho e fracoes foi determinado pelo metodo de Folin-Ciocalteu e expresso como miligramas de equivalente de acido galico por litro ou grama de extrato (mg EAG/L; mg EAG/g). A atividade antiradicalar foi avaliada utilizando o radical DPPH (com acido ascorbico como controle positivo) e Capacidade Antioxidante Equivalente ao Trolox (CAET) ou teste do ABTS·+ (com Trolox como controle positivo). Utilizou-se o metodo do pH diferencial para determinacao de antocianinas monomericas. A analise do perfil cromatografico e quantificacao de quercetina e trans-resveratrol foi realizada atraves de CLAE-UV e UPLC-MS/MS foi utilizada para identificacao dos compostos presentes na fracao acetato pH 7 (FrAcOEt SyVSF). Ratos espontaneamente hipertensos (SHR) (n=32) foram divididos em 4 grupos: SHR+ salina (n=8); SHR + FrAcOEt pH 7 SyRe VSF (50 mg/Kg) (n=8); SHR+ salina (n=8); SHR + FrAcOEt pH 7 SyRe VSF (100 mg/Kg) (n=8) e tratados com as respectivas doses diarias v.o. por gavagem, durante quinze dias. Um dia apos a canulacao a pressao sanguinea e a frequencia cardiaca foram registradas e o barorreflexo estimulado. O estresse oxidativo foi mensurado via peroxidacao lipidica (TBARS). Foram realizados experimentos em aneis de arteria mesenterica superior isolada de rato normotenso para avaliar o efeito vasorelaxante da FrAcOEt pH 7 SyRe VSF. A FrAcOEt pH 7 SyRe VSF revelou o maior teor de fenolicos totais (58,45±0,01 mg EAG/g) e antocianinas monomericas (4,99±0,019 mg/L) em relacao a outras fracoes, alem disso apresentou a melhor atividade antioxidante frente aos radicais DPPH e ABTS. Os teores de quercetina e trans-resveratrol na FrAcOEt pH 7 SyRe VSF foram respectivamente: 8,56±0,078 e 1,11±0,009 μg/mL. A analise por UPLC/MS da FrAcOEt pH 7 SyRe VSF permitiu a identificacao de 13 compostos, entre eles acidos fenolicos e flavonoides de diversas classes. O tratamento dos animais com a FrAcOEt pH 7 SyRe VSF em ambas as doses 50 mg/Kg e 100 mg/Kg reduziu significativamente a pressao arterial quando comparado ao grupo controle (146,1 ± 4.062 n=7 vs 159,0 ± 3,891 n=7, respectivamente) e (126,5 ± 5,322 n=8 vs 150.0 ± 3.039 n=7, respectivamente) para as doses de 50 e 100mg/Kg respectivamente. Apenas a dose de 100 mg/Kg foi capaz de diminuir significativamente a frequencia cardiaca comparando com o grupo controle (314,6 ± 9,507 n=8 vs 358,6 ± 15,00 n=7, respectivamente) e a peroxidacao lipidica (0,9250 nmol/L ± 0,1750 n=4 vs 2,180 nmol/L ± 0,3891 n=5, respectivamente. Nao foi observado melhora na sensibilidade do barorreflexo em nenhuma das doses. A adicao cumulativa da FrAcOEt pH 7 SyRe VSF foi capaz de induzir vasorelaxamento independente de endotelio, uma vez que apresentou Emax= 103,7 ± 9,9 % n=7 na presenca do endotelio e Emax= 105,6 ± 5,9% n=6 na ausencia do mesmo. Desse modo, tais resultados ressaltam a eficacia do processo de extracao e sugerem que a FrAcOEt pH 7 SyRe VSF induz um efeito anti-hipertensivo in vivo e que este efeito pode estar relacionado com o conteudo de compostos fenolicos presentes na fracao; mesmo que, provavelmente alguns polifenois presentes no vinho e importantes para o efeitos biologicos verificados tenham ficado concentrados nas outras fracoes nao avaliadas neste estudo. Alem disso a atividade in vitro observada para a FrAcOEt pH 7 SyRe VSF, induzindo efeito vasorelaxante independente do endotelio vascular, provavelmente envolve o bloqueio de canais para calcio e abertura de canais para potassio.
  • AMANDA AMONA QUEIROZ BRAS
  • Estudo fitoquímico e de potenciais atividades biológicas de Mimosa tenuiflora (Willd) Poir
  • Data: 20/02/2017
  • Hora: 09:00
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  • A familia Fabaceae apresenta cerca 727 generos e cerca de 20.000 especies, e a terceira maior familia botanica entre as Angiospermas. No Brasil, representa uma das familias que possui maior diversidade entre os biomas, com cerca de 3.200 especies distribuidas em 176 generos, distribuem-se ao logo das regioes Norte, Nordeste, Centro – oeste, Sudeste e Sul (LEWIS et al., 2005; QUEIROZ et al., 2009). A especie Mimosa tenuiflora (Will) Poir pertence a familia Fabaceae e e popularmente conhecida como “Jurema preta”, presente em regioes de secas periodicas como a Caatinga. A Jurema preta e popularmente utilizada para o tratamento de infeccoes (HEINRICH et al., 1992), queimaduras e lesoes (TELLEZ et al., 1990) e atividade antimicrobiana. Neste trabalho descrevemos o isolamento e elucidacao estrutural de flavonoides, chalcona e fenoxicromona das partes aereas da Mimosa tenuiflora (Will) Poir. Para isso o material foi submetido a secagem e pulverizacao, passou pelo processo de extracao, particao e cromatografia, para obter o isolamento de constituintes quimicos. A estrutura quimica dos constituintes isolados foi determinada por metodos espectroscopicos de Infravermelho, Ressonancia Magnetica Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, alem de espectroscopia de correlacao COSY e NOESY. Da fase diclorometano forma isolados 6 constituintes quimicos, sendo duas chalconas: 2’, 4’ – diidroxi-3’,4 dimetoxichalcona e 2’, 4’ – diidroxi- 4 dimetoxichalcona, duas fenoxicromonas: Tenuiflorina C e Tenuiflorina D e dois flavonoides: 4’-5 diidroxi-7-metoxiflavanona e 4’-5 diidroxi-3,3’,7-trimetoxiflavona, sendo a Tenuiflorina D descrita pela primeira vez na literatura. Desta forma, os resultados alcancados contribuiram para aumento do conhecimento quimiotaxonomico do genero Mimosa.
  • CLARICE NOLETO DIAS
  • Metabolômica das folhas de genótipos de Eucalyptus spp. (Myrtaceae) submetidos ao déficit hídrico e de diferentes órgãos de Clusia minor L. (Clusiaceae) em desenvolvimento
  • Data: 17/02/2017
  • Hora: 08:30
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  • O uso de abordagens metabolomicas para os estudos quimicos de especies vegetais tem demonstrado grande potencial em diversas areas da pesquisa, como na area farmaceutica e da agroindustria. Metabolomica e definida como uma abrangente e precisa analise de milhares de metabolitos em um grande numero de amostras, atraves de tecnologias tais como cromatografia (liquida ou a gas) acoplada a espectrometria de massas (CL-EM ou CG-EM, respectivamente) e espectroscopia de ressonancia magnetica nuclear (RMN). O presente trabalho teve como objetivo estudar a variacao fitoquimica das folhas de genotipos de Eucalyptus spp. (Myrtaceae) em resposta ao deficit hidrico e mapear o metaboloma de orgaos de Clusia minor L. (Clusiaceae) em diversos estagios de desenvolvimento. Foi detectada variacao no conteudo de fenolicos das folhas de quatro genotipos de hibridos de E. grandis em resposta ao estresse hidrico. O genotipo tolerante a esse estresse foi capaz de produzir mais compostos fenolicos quando exposto a essa condicao, enquanto que os genotipos moderadamente tolerante e sensivel responderam de forma contraria, com a diminuicao na producao dessa classe de compostos. Complementarmente, um segundo estudo, envolvendo 13 genotipos de Eucalyptus spp. e um maior numero de classes de compostos, foi realizado. A partir desse estudo, 93 metabolitos, de classes como ciclitois, fenolicos, flavonoides e floroglucinois formilados, foram identificados nos extratos das folhas desses genotipos. Os genotipos tolerantes, quanto expostos ao deficit hidrico, apresentaram um maior conteudo de acido galico, mio-inositol e acido xiquimico. Os resultados obtidos indicam que os padroes de resposta apresentados pelos genotipos estudados podem determinar o nivel de tolerancia de diferentes genotipos a esse estresse ambiental. Portanto, esses dados podem ser utilizados pela agroindustria na Identificacao previa de mudas tolerantes, que proporcionem melhorias na produtividade e no fornecimento de madeira. Diante da perspectiva medicinal, a variacao nos constituintes quimicos de diferentes orgaos e estagios de desenvolvimento de Clusia minor L. foi analisada. Essa especie vegetal e rica em compostos prenilados, como floroglucinois, xantonas e tocotrienois, classes de metabolitos secundarios que apresentam importantes atividades farmacologicas comprovadas. Comparando-se os orgaos de C. minor: as folhas apresentaram os maiores niveis de compostos fenolicos, como acido clorogenico; os frutos maduros de tocotrienois e o botao floral maduro foi a melhor fonte de floroglucinois. Com estes estudos, nota-se as diversas aplicacoes da metabolomica de especies vegetais, na analise da variacao quimica quantitativa e qualitativa dos constituintes presentes em extratos.
  • CAMILLA PINHEIRO DE MENEZES
  • INVESTIGAÇÃO DO MECANISMO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO MONOTERPENO CITRAL FRENTE A CEPAS DE Cladosporium spp e Cladophialophora carrionii
  • Data: 14/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • Fungos dematiaceos estao associados com infeccoes superficiais de pele e tecidos moles ate sepse disseminada, com elevada mortalidade. A importancia clinica e epidemiologica dispensada as micoses causadas por fungos dematiaceos impulsionam estudos que visam a descoberta de novos agentes antifungicos. Entre eles os monoterpenos se destacam por possuirem amplo reconhecimento do seu poder antimicrobiano. O citral e um monoterpeno com conhecidas propriedades farmacologicas, incluindo acao antifungica. Neste contexto, este estudo teve como objetivo investigar a atividade antifungica desse monoterpeno, seus possiveis mecanismos de acao, o efeito da associacao com antifungicos contra Cladophialophora carrionii e Cladosporium spp, bem como determinar, atraves de analise teorica, in silico, o seu perfil farmacocinetico e outras possiveis atividades farmacologicas. Os ensaios da atividade antifungica foram realizados por meio da triagem microbiologica de 8 fitoconstituintes; determinacao da concentracao inibitoria minima (CIM) e concentracao fungicida minima (CFM) do citral pela tecnica de microdiluicao; medida do crescimento micelial radial em diferentes intervalos de tempo; inibicao da germinacao de conidios. A acao do citral sobre a parede celular fungica (ensaio com Sorbitol) e sobre a membrana plasmatica fungica (complexacao com o ergosterol) foram investigadas. Tambem foram realizados estudos in silico e avaliado o efeito da associacao do citral com antifungicos (anfotericina B e voriconazol) pelo metodo de checkerboard. Na triagem microbiologica o citral apresentou melhor atividade antifungica contra as 10 cepas testadas, sendo selecionado para dar continuidade a investigacao antifungica. A CIM do citral variou entre 128 e 256 μg/mL para C. carrionii e C. sphaerospermum, para C. oxysporum a CIM foi de 128 para as tres cepas testadas e a CIM de C. cladoporioides foi de 64 μg/mL. A CFM do citral variou entre 256 e 1024 μg/mL para C. carrionii e C. sphaerospermum, foi de 256 μg/mL para C. oxysporum e 128 μg/mL para C. cladosporioides. Os resultados tambem mostraram que o citral inibiu significativamente o desenvolvimento micelial e a germinacao dos conidios das quatro especies testadas. Na investigacao do mecanismo de acao foi evidenciado que os valores de CIM de citral contra Cladosporium spp. e C. carrionii permaneceram inalterados na presenca de sorbitol 0.8 M sugerindo que este monoterpeno nao atua atraves da inibicao da sintese da parede celular fungica. Por outro lado, os resultados do ensaio sobre a membrana plasmatica mostraram que o citral interage com o ergosterol. No estudo in silico, o citral demonstrou uma boa biodisponibilidade oral, bem como importantes atividades farmacologicas. A associacao citral-voriconazol foi indiferente, enquanto citral-anfotericina B foi antagonista para todas as cepas testadas. Diante dos resultados, sugere-se que o citral atua sobre a membrana de Cladosporium spp e C. carrionii, por um mecanismo que parece envolver a complexacao com o ergosterol. Dessa maneira, esse monoterpeno apresenta-se como promissor agente antifungico, em especial em casos de micoses causadas por fungos dematiaceos.
  • RENATA PRISCILA BARROS DE MENEZES
  • Triagem Virtual de Metabólitos Secundários com Potencial Atividade Antimicrobiana do Gênero Solanum e Estudo Fitoquimico de Solanum capsicoides All.
  • Data: 13/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • O ser humano possui uma vasta flora bacteriana que e comensal, mas quando essas bacterias, a principio de carater comensal, passam a fazer parte de outro sitio que nao o seu natural, podem causar graves patogenias. Pesquisas que se fundamentam na busca por novos medicamentos a partir de plantas ou no melhoramento de fitoterapicos ja existentes vem se destacando e continuam a desempenhar um papel importante nos dias de hoje. Nessa perspectiva objetivou-se realizar um estudo fitoquimico dos frutos de Solanum capsicoides para isolar e caracterizar substancias quimicas desta especie e, utilizando estudos in silico, realizar investigacoes de novas moleculas potencialmente ativas para Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) e Escherichia coli, utilizando um banco de dados criado com metabolitos secundarios isolados do genero Solanum. O estudo fitoquimico dos frutos de Solanum capsicoides resultou no isolamento de tres substancias: carpesterol, glicose acetilada e 4-hidroxi-benzaldeido. A revisao de literatura levou a criacao de um banco de dados com 421 diferentes metabolitos secundarios isolados do genero Solanum. Foram selecionados dois bancos de dados selecionados a partir do CHEMBL. O primeiro com atividade contra S. aureus multirresistente (MRSA) e o outro contra E. coli. Os compostos foram classificados de acordo com valores de pIC50 para gerar e validar o modelo utilizando “Random Forest”(RF). A estrutura de seis novas proteinas alvo contra S. aureus obtidas do Protein Data Bank (PDB) foram utilizadas para triagem virtual baseada na estrutura do receptor utilizando estudos de “docking” com o software Molegro Virtual Docker, a fim de selecionar moleculas do banco de dados de Solanum com potencial capacidade de interagir nos sitios de ligacao dessas proteinas. O modelo RF de predicao para S. aureus multirresistente obteve uma porcentagem de acerto de 81%, area sob a curva Caracteristica de Operacao do Receptor (ROC) de 0,885, selecionando 8 moleculas com potencial ativo superior a 60%. O modelo de predicao para Escherichia coli obteve taxa de acerto de 88%, area sob curva ROC de 0,932, selecionando 4 moleculas com probabilidade de potencial ativo superior a 84%. O estudo do docking das seis enzimas alvo para S. aureus selecionou uma media de 50 moleculas do banco de 421 moleculas isoladas do genero Solanum com a capacidade de interagir no sitio ativo de cada enzima. Adicionalmente, foi possivel obter 1 molecula com potencial ativo e capacidade de interacao com 5 das 6 enzimas estudadas, 7 moleculas interagindo com 3 enzimas e 6 com 2 enzimas de S. aureus. A rutina, uma molecula potencialmente ativa no estudo in silico para S. aureus e E. coli, juntamente com o carpesterol, foram testadas in vitro contra essas bacterias. Os testes microbiologicos mostraram que o carpesterol nao possui atividade antimicrobiana para as cepas estudadas, e que a rutina possui atividade apenas para a cepa de E. coli. Foi realizado ainda estudo de interacao com as cepas de S. aureus ATCC 25923, uma cepa padrao sensivel a todos os antibioticos, e SAM-01, uma cepa multirresistente. Houve interacao apenas entre a rutina e a oxacilina, um dos tres antibioticos estudados na interacao, para a cepa SAM-01, diminuindo a resistencia dessa cepa.
  • ANDRE PARENTE DE BRITO BEZERRA
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Origanum vulgare L. (ORÉGANO) E DO CARVACROL, SOBRE CEPAS DE Cryptococcus neoformans
  • Data: 13/02/2017
  • Hora: 08:00
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  • Criptococose e uma infeccao causada por fungos do genero Cryptococcus. Esse fungo e cosmopolita e tem duas especies principais patogenicas ao homem: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gatii. A infeccao se manifesta principalmente no tecido pulmonar e sistema nervoso central, sendo altamente letal quando nao tratada adequadamente. Individuos portadores do HIV ou com sistema imunologico comprometido sao os mais susceptiveis ao desenvolvimento da criptococose. Os agentes terapeuticos disponiveis atualmente para o tratamento da criptococose sao limitados e possuem significativa toxicidade, alem da alta incidencia de resistencia fungica a esses agentes. Assim sendo, e imprescindivel a busca por alternativas terapeuticas para o tratamento da criptococose. Nesse panorama, os produtos naturais, como oleos essenciais e seus fitoconstituintes, se mostram muito promissores para o desenvolvimento de novos medicamentos antifungicos. Diante disto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antifungica do oleo essencial de O. vulgare L. (oregano) e seu fitoconstituinte majoritario, o carvacrol, sobre cepas de Cryptococcus neoformans. A composicao do oleo essencial foi analisada por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM). A Concentracao Inibitoria Minima (CIM) e Concentracao Fungicida Minima (CFM) foram determinadas pela tecnica de microdiluicao em caldo. O perfil de sensibilidade das cepas foi determinado pelo metodo de disco-difusao, bem como o estudo de associacao dos produtos com antifungicos. A cinetica de morte microbiana tambem foi avaliada. Os resultados da CG-MS indicaram a presenca de cinco fitoconstituintes presentes em maior quantidade: carvacrol (67,97%), p-cimeno (11,67%), y-terpineno (7,92%), timol (7,84%) e linalol (3,44%). A CIM50, assim como a CIM90, do oleo essencial foi de 64 μg/mL. Ja o carvacrol apresentou CIM50 de 32 μg/mL e CIM90 de 64 μg/mL. A CFM50 e CFM90 do oleo essencial foram 64 μg/mL e 256 μg/mL respectivamente. O carvacrol teve CFM50 de 32 μg/mL e CFM90 de 64 μg/mL. O perfil de sensibilidade das cepas mostrou que 100% das cepas foram sensiveis a anfotericina B (100 μg/mL), 30% foram sensiveis ao fluconazol (25 μg/mL) e nenhuma cepa apresentou sensibilidade a 5-fluorocitosina (10 μg/mL). A associacao do oleo essencial e do carvacrol com anfotericina B e fluconazol nao apresentou sinergismo de acao. A curva de morte microbiana demonstrou que os produtos apresentaram efeito fungicida dependente de concentracao. Os resultados desse estudo demonstram que o oleo essencial de oregano e o carvacrol possuem atividade antifungica, se mostrando como agentes promissores para o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento da criptococose.
  • ARATA OLIVEIRA CORTEZ COSTA
  • Estudo in vitro e in silico da atividade antifúngica dos isômeros R-(+) e S-(-) citronelal sobre fungos do gênero Cryptococcus.
  • Data: 10/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • Cryptococcus neoformans e uma levedura patogenica oportunista, com ampla distribuicao geografica, capaz de infectar os mais variados tipos de animais. No homem, a criptococose acomete principalmente o sistema nervoso central e pulmoes, com menor frequencia a pele, apresentando-se de uma forma geral com evolucao grave e fatal. Individuos com o sistema imunologico comprometido sao mais susceptiveis de desenvolver a criptococose, principalmente os acometidos pelo virus da imunodeficiencia humana. O tratamento convencional da criptococose utiliza antifungicos potencialmente toxicos por longos periodos e que vem sendo alvo de resistencia desses microrganismos, alem dos elevados custos com o tratamento. Diante desse panorama, a busca por produtos naturais com propriedades antifungicas tem sido uma alternativa promissora, com grande atencao dos estudiosos quanto a analise dos oleos essenciais e seus constituintes. Dessa forma, a atual pesquisa, teve por finalidade avaliar o efeito biologico dos isomeros R e S do fitoconstituinte citronelal, sobre fungos do genero Cryptococcus, o que podera conduzir a descoberta de uma molecula ao desenvolvimento de um novo antifungico, alem disso, contribuir para a obtencao de maiores informacoes sobre o potencial farmacologico desse fitoconstituinte. Foi determinada CIM e a CFM, dos compostos sendo 64 e 64 os valores para o R-(+) citronelal respectivamente, e 256 e 512, respectivamente, para o S-(-) citronelal, sobre fungos do genero Cryptococcus; Foi realizado o antifungigrama das cepas de Cryptococcus Sp. com os antifungicos anfotericina B, fluconazol e fluorcitosina onde observou-se uma resistencia por parete do fluconazol e da flucitosina; Com isso foi investigado a possivel interferencia dos monoterpenos em estudo associados a atividade desses antifungicos, observando que o R citronelal nao apresentou efeito sinergico aparente, enquanto o S apresentou um efeito bem mais sinergico, capaz ate de inibir as resistencias causadas com o fluconazol; Foi determinada a curva de morte microbiana dos isomeros R-(+) e S-(-) do fitoconstituinte citronelal, sobre uma cepa previamente escolhida (FGF-3) e foram observados os efeitos fungicidas do isomero S citronelal e efeito fungicida dependente de concentracao do R citronelal; suas variaveis In silico foram de boa prospeccao, caracterizando assim essas substancias totalmente viaveis para que sejam continuados seus estudos.
  • FERNANDO RAMOS QUEIROGA
  • "EFEITOS DOS FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS NO MODELO PARASITA-HOSPEDEIRO (Perkinsus marinus – Crassostrea gasar)"
  • Data: 08/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • O protozoario Perkinsus marinus infecta ostras podendo causar prejuizos na ostreicultura. A salinidade e temperatura determinam a distribuicao deste parasita e floracoes de microalgas nocivas alteram a fisiologia das celulas de defesa do hospedeiro (hemocitos). Desta forma, ambos fatores podem interferir na relacao parasita-hospedeiro. Pouco se conhece sobre o efeito de cianobacterias em organismos marinhos. O presente trabalho avaliou a proliferacao in vitro de trofozoitos de P. marinus e o efeito de cianobacterias Synechocystis spp. neste parasita e nas celulas de defesa da ostra Crassostrea gasar. Inicialmente, o parasita foi isolado dos tecidos da ostra Crassostrea rhizophorae e sua proliferacao in vitro (24h, 48h, 7 e 15 dias) foi avaliada sob diferentes condicoes de temperatura (15, 25 e 35°C) e salinidade (5, 20 e 35). Posteriormente, os trofozoitos e os hemocitos da ostra foram expostos in vitro a 4 cianobacterias (culturas integrais, CIs; e seus produtos extracelulares, PEs) por 4h, 48h e 7 dias. Diferentes parametros celulares foram analisados. Os resultados mostraram que P. marinus isolado de ostras do Brasil e sensivel a 15 e 35°C e salinidades de 5 e 35. Os resultados mostraram ainda que, apesar de algumas diferencas entre as linhagens de cianobacterias, a maioria das CIs tiveram um efeito citoprotetor nos trofozoitos (aumento da viabilidade em ate 3 %) possivelmente relacionado a diminuicao das especies reativas de oxigenio (ROS, de ate 7 vezes). Os PEs nao interferiram na proliferacao do parasita. As CIs reduziram a viabilidade dos hemocitos (ate 9%), mas nao alteraram a producao de ROS. As CIs e PEs afetaram a fagocitose de particulas de latex (reducao de ate 2,1%), mas nao de zymosan ou de trofozoitos de P. marinus. Conclui-se que Synechocystis spp. favorecem P. marinus e interferem na fisiologia dos hemocitos da ostra C. gasar, podendo assim desequilibrar a relacao parasita-hospedeiro.
  • KLINGER ANTONIO DA FRANCA RODRIGUES
  • DERIVADOS 2-AMINO-TIOFÊNICOS: INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA SOBRE Leishmania (Leishmania) amazonensis
  • Data: 03/02/2017
  • Hora: 08:00
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  • No presente trabalho, investigou-se a atividade antileishmania de derivados 2-amino-tiofenicos, utilizando-se tecnicas in vitro e in vivo. Os dez derivados tiofenicos ensaiados sobre formas promastigotas e amastigotas axenicas de L. amazonensis foram efetivos no controle do parasito, com menor toxicidade para macrofagos murinos e eritrocitos humanos. Dentre estes compostos, os derivados contendo um anel indolico lateral, SB-200, SB-44 e SB-83, obtiveram melhor atividade antileishmania bem como os melhores indices de seletividade, sendo, entao, selecionados para avaliacao de possiveis mecanismos de acao e atividade sobre amastigotas intramacrofagicas. O tratamento com SB-200, SB-44 e SB-83 aumentou o percentual de celulas marcadas positivamente para anexina e PI em 124,89 ± 4,07; 109,12 ± 3 e 125,72 ± 1,18% (p < 0,01), respectivamente, na maior concentracao testada, (4x CI50), sugerindo que o padrao de morte celular em promastigotas envolve apoptose e necrose. O ensaio qualitativo de fragmentacao de DNA confirmou o envolvimento de apoptose no padrao de morte celular induzido por estas moleculas. No modelo de infeccao de macrofagos com L. amazonensis, SB-200, SB-44 e SB-83 reduziram significantemente a porcentagem de infeccao, o numero de amastigotas/macrofago infectado e o indice de infeccao de macrofagos pelos parasitos, obtendo uma CE50 de 4,81 ± 0,33; 9,52 ± 1,6 e 6,4 ± 0,58 µM, respectivamente, em 72 h de tratamento. Para SB-200 e SB-83, esta atividade foi correlacionada a uma possivel atividade imunomoduladora na qual SB-200 foi capaz de aumentar a producao TNF-α, IL-12 e NO em 56,35 ± 6,38% (p < 0,05); 96,89 ± 8,47 (p < 0,01) e 129,2 ± 3,92% (p < 0,05), respectivamente e SB-83 aumentou os niveis dos mesmos em 94,51 ± 2,85% (p < 0,01); 147,93 ± 6,15% (p < 0,001) e 241,51 ± 2,84% (p < 0,001), ambos os compostos na concentracao de 25 µM. O derivado tiofenico SB-83, por apresentar os melhores indices de seletividade e atividade imunomoduladora, foi selecionado para estudos in vivo e in vitro sobre cepa resistente ao SbIII. Na determinacao da toxicidade pre-clinica aguda, a DL50 de SB-83 foi estimada em 2500 mg/Kg por v.o. e indeterminada por i.p., com poucas alteracoes comportamentais em camundongos Swiss. Ainda, o tratamento com 2000 mg/Kg de SB-83 nao induziu atividade genotoxica in vivo no ensaio de micronucleo em sangue periferico. Em 7 semanas de tratamento por v.o., SB-83 reduziu o tamanho da lesao de pata de camundongos infectados com L. amazonensis em 52,47 ± 5,32% (p < 0,01) e diminuiu a carga parasitaria do linfonodo popliteo e baco na maior dose testada (200 mg/Kg) em 42,57 ± 3,14% (p < 0,001) e 100% (p < 0,001), respectivamente, sem apresentar alteracao de peso e mudancas de importancia clinica no perfil bioquimico e hematologico. O tratamento de promastigotas e amastigotas intracelulares de cepas sensiveis e resistentes ao SbIII com SB-83 nao causou diferenca na atividade antileishmania, sugerindo baixa resistencia cruzada. Assim, conclui-se que os derivados 2-amino-tiofenicos sao compostos promissores e candidatos a serem melhores investigados como possiveis farmacos para o tratamento das leishmanioses.
  • JULIO ABRANTES PEREIRA
  • Atividade antifúngica do geraniol sobre leveduras multirresistentes do gênero Candida e perfil farmacológico e toxicológico em estudos in silico.
  • Data: 18/01/2017
  • Hora: 14:00
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  • Atualmente, em todo globo terrestre tem ocorrido o aumento da frequencia dos casos de candidiase, infeccao oportunista comumente tratada com fluconazol. Com o uso indiscriminado deste e outros antifungicos tem se emergido casos de candidiase por cepas multirresistentes tornando-se necessario a busca por novos farmacos. Varios produtos naturais a exemplo do monoterpeno geraniol tem demonstrado atividade antimicrobiana a diversos micro-organismos. Buscando alternativas para o tratamento da candidiase o presente estudo objetivou-se estudar a atividade toxicologica, farmacocinetica e farmacodinamica do geraniol, por meio de ensaios in silico utilizando-se os softwares Osiris, Molinspiration e Pass online, e tambem se buscou avaliar a atividade antifungica do geraniol frente a cepas de Candida albicans, C. glabrata e C. krusei resistentes ao fluconazol por meio de tecnicas de microdiluicao, avaliando-se a concentracao inibitoria minima – CIM, concentracao fungicida minima – CFM, efeito na parede celular (ensaio de sorbitol) e ligacao ao ergosterol da membrana. Verificou-se tambem o efeito de associacao deste monoterpeno com antifungicos fluconazol e anfotericina B pelo metodo de checkeboard e ensaio de modulacao. As analises realizadas revelaram que o geraniol apresentou uma excelente atividade antifungica frente a todas as cepas multirresistentes com uma CIM90 512µg/mL, alem de um efeito fungicida concentracao dependente apos 8 horas de exposicao com a CFM90 de 512µg/mL, este nao apresentou atividade na parede fungica e nem interagiu com o ergosterol da membrana celular, tambem nao se evidenciou efeito sinergico, antagonico ou modulador deste fitoconstituinte sobre o fluconazol e a anfotericina B. Os ensaios in silico mostraram que o geraniol tem uma boa biodisponibilidade oral teorica, alem de inumeras atividades farmacologicas e que embora apresente o risco de efeito irritante, nao apresenta efeitos mutagenicos, tumorigenicos e nem danos ao aparelho reprodutor, o que permite concluir que o geraniol e um bom candidato no combate a cepas de Candida multirresistentes.
2016
Descrição
  • CAROLINE DUARTE SIQUEIRA
  • Biotransformação de diterpenos utilizando culturas de Fungos endofíticos e filamentosos
  • Data: 15/12/2016
  • Hora: 08:00
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  • Biotransformacoes sao reacoes de compostos organicos realizadas por microorganismos, plantas ou enzimas isoladas. A transformacao de um composto em particular pode ser realizada em grupos funcionais com ou sem degradacao de seu esqueleto. Os microorganismos sao amplamente utilizados em estudos de metabolismo, uma vez que catalisam reacoes quimio-, regio- e estereoespecificas, que muitas vezes sao semelhantes as catalisadas pelos seres humanos. Neste contexto, este trabalho teve o objetivo de estudar o metabolismo microbiano de tres diterpenos com esqueletos estemodano, traquilobano e latirano, utilizando fungos endofiticos e filamentosos. Foram realizados experimentos de biotransformacao da afidicolina com os fungos Cunninghamella echinulata ATCC 8688ª, Chaetomium globosum ATCC 56726, Beauveria bassiana ATCC 7159 e o endofitico Penicilium crustosum VR4. Dos microorganismos utilizados, apenas Chaetomium globosum ATCC 56726 originou um derivado 3-ceto, ja conhecido e principal produto de metabolizacao in vivo. Na incubacao do ent-7α-acetoxitraquiloban-18-oico, utilizou-se o fungo Mucor rouxii NRRL 1894, a qual originou um C-11 hidroxiderivado. Para o terceiro substrato em estudo, o (2S*,3S*,4R*, 5R*,9S*, 11R*, 15R*) -3,5,15-triacetoxi-14-oxolatira-6 (17), (12E)-dieno, utilizou-se duas linhagens de fungos endofiticos: Botrytis cinerea UCA 996 e Mucor circinelloide NRRL 3631 (+). Apenas a fermentacao com a especie de Mucor originou um derivado alfa hidroxilado em C-8, identificado como inedito na literatura.
  • DAVIDSON BARBOSA ASSIS
  • EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO FENILPROPANÓIDE 2-ALILFENOL
  • Data: 23/11/2016
  • Hora: 14:00
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  • O 2-alilfenol e um fenilpropanoide amplamente comercializado na China sob o nome de Yinguo. Apresenta similaridade estrutural ao ginkgol composto isolado do fruto ginkgo. Possui atividade fungicida ja relatada na literatura, porem sua acao em processos dolorosos nunca foi estudada. O presente estudo investigou o efeito do 2-alilfenol, pela via intraperitoneal, em modelos experimentais de dor em camundongos. Inicialmente, foi realizada a pesquisa da dose letal 50 (DL50) do fenilpropanoide, no intuito de estabelecer doses seguras para os testes subsequentes. Em seguida, foram realizadas metodologias para avaliar a atividade antinociceptiva. O 2-alilfenol (25, 50, 75 e 100 mg/kg, i.p.) reduziu o numero de contorcoes, quando comparado ao grupo controle. No teste da formalina, utilizando as doses 75 e 100 mg/kg, o 2-alilfenol reduziu o tempo de lambida da pata na fase neurogenica (0-5 min) e na fase inflamatoria (15-30 min). No teste da placa quente, que e sensivel e especifico para drogas que atuam por mecanismos supra-espinhais, o 2-alilfenol nao alterou a latencia na retirada da pata. Enquanto que no teste da nocicepcao induzida por glutamato, a dose de 100mg/kg do 2-alilfenol reduziu o tempo de lambida da pata. A partir destes resultados podemos propor que a acao antinociceptiva do 2-alilfenol pode estar modulando a via da dor a tanto perifericamente quanto centralmente em niveis espinhais. Na tentativa de elucidar o mecanismo de acao envolvido no efeito antinociceptivo do 2-alilfenol foram usadas ferramentas farmacologicas no teste da formalina. A antinocicepcao produzida pelo 2-alilfenol foi significativamente bloqueada em animais pre-tratados com cafeina (10 mg/kg, s.c.), apenas na segunda fase do teste, indicando o envolvimento do sistema adenosinergico. O efeito antinociceptivo do 2-alilfenol, contudo, nao foi revertido pela naloxona (antagonista nao seletivo dos receptores opioides, 5 mg/kg, s.c.) e pela glibenclamida (bloqueador dos canais de K+ ATP, 10 mg/kg, i.p.), sugerindo que o 2-alilfeno nao atua por esses mecanismos.
  • ALINE KELY FELICIO DE SOUSA SANTOS
  • Estudo da atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do extrato etanólico bruto de Sargassum polyceratium Montagne.
  • Data: 21/11/2016
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais marinhos têm sido alvos de pesquisas importantes nas últimas décadas, nesse período a quantidade de produtos isolados que apresentam atividades terapêuticas cresceu de forma exponencial. Apesar do enorme arsenal biológico que o ambiente marinho representa, ele ainda é pouco explorado. As algas representam um dos recursos mais biologicamente ativos da natureza e têm despertado o interesse da comunidade científica, por serem produtoras de substâncias químicas com grandes chances de possuírem atividade terapêutica. Sargassum polyceratium é uma macroalga bentônica ecologicamente importante para o ambiente marinho. Estudos anteriores isolaram e identificaram quatro substâncias do extrato etanólico bruto de Sargassum polyceratium (SpEE) e mostram comprovada atividade antinociceptiva do extrato, porém nada se conhece sobre o mecanismo de ação. No presente trabalho, foi investigado o possível mecanismo de ação do SpEE utilizando antagonistas farmacológicos e tendo como protocolo experimental o teste da formalina. A antinocicepção produzida pelo SpEE foi significativamente bloqueada em animais pré-tratados com cafeína (10 mg/kg, s.c.), indicando o envolvimento do sistema adenosinérgico. Contudo, o efeito antinociceptivo do SpEE não foi revertido pela naloxona (antagonista não-seletivo dos receptores opióides, 5 mg/kg, s.c.), glibenclamida (bloqueador dos canais de K+ATP, 10 mg/kg, i.p.), sulpirida (antagonista de receptores dopaminérgicos do tipo D2, 20 mg/kg, s.c.) e nem pela ioimbina (antagonista seletivo de receptores α2-adrenérgicos, 015 mg/kg, i.p.), sugerindo que o SpEE não atua diretamente por esses mecanismos. No modelo de peritonite induzida por carragenina, o tratamento com SpEE diminuiu o fluxo de leucócitos para o local inflamado. Portanto, esses resultados mostram que o SpEE promove atividade antinociceptiva com possível participação do sistema adenosinérgico, além de possuir possível atividade anti-inflamatória.
  • MATEUS FEITOSA ALVES
  • AVALIAÇÃO DO INFUSO DAS FOLHAS DE Cissampelos sympodialis Eichl. UTILIZANDO TÉCNICAS IN SILICO, CL-EM/EM E TOXICOLÓGICAS
  • Data: 31/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • A infusao (cha) e uma das bebidas mais antigas e consumidas no mundo que pode ser obtida atraves de uma preparacao simples: agua quente e partes secas da planta. A infusao das raizes da Cissampelos sympodialis, planta comum do nordeste brasileiro conhecida por “milona”, e popularmente utilizada para o tratamento da artrite reumatoide, bronquite e asma. Estudos farmacologicos realizados com o extrato etanolico das folhas desta planta demonstraram que a mesma possui um grande potencial como agente antiasmatico. Ainda, etudos toxicologicos mostraram que no extrato etanolico das folhas de C. sympodialis apresentaram alteracoes nos cortes tissulares dos figados e pulmoes na maior dose administrada (225mg/kg/dia), porem, animais do grupo satelite conseguiram demonstrar uma atividade regenerativa voltando aos parametros de normalidade. Portanto, esta pesquisa tem como objetivo realizar estudos utilizando tecnicas in silico, Cromatografia Liquida acoplada ao Espectrometro de Massas (CL-EM/EM) e toxicologicas valendo-se de compostos presentes no infuso das folhas de C. sympodialis. No capitulo III foi avaliado, atraves de tecnicas in silico, o potencial anti-inflamatorio de alcaloides e de nao alcaloides presentes no genero Cissampelos e na familia Menispermaceae. Para familia Menispermaceae foram avaliados 786 metabolitos secundarios onde a seletividade do multitarget do alcaloide dauricine inibiu receptores adrenergicos β1 e ativou receptores β2 adrenergicos, mostrando que o mesmo pode ser utilizado como compostos de partida para estudos de estruturas propostas com atividades cardioprotetora e/ou antiasmatica. Dos 63 metabolitos secundarios do genero Cissampelos foram observadas afinidades dos compostos hayatine, isochondrondendrine, pelosine, sepeerine e warifteina como inibidoires das enzimas MAPK p38 alfa, PKC beta, PKC theta e da PKC zeta. A cissampeloflavona e unica que possui potencial inibitorio para a enzima PKC alpha. Esses compostos podem ser utilizados como ponto de partida para estudos posteriores com estruturas que apresentam potencial anti-inflamatorio. No capitulo IV a tecnica de CL-EM/EM foi utilizada para desenvolvimento de um metodo cromatografico para verificacao da presenca dos alcaloides warifteina e metil-warifteina no infuso das folhas de C. sympodialis, assim como comparar as diferentes formas de extracoes (infuso, extrato etanolico e fracao de alcaloides totais (FAT)) de metabolitos secundarios das folhas desta planta e suas respectivas atividades imunologicas. Os resultados obtidos atraves das analises do infuso, extrato etanolico e FAT mostraram que warfiteina e metil-warifteina estao presentes com maiores intensidades no infuso e FAT. A avaliacao imunologica em modelo de LPA demonstrou que apenas o infuso e o extrato etanolico conseguiram reduzir a migracao de celulas inflamatorias, sendo o infuso considerado melhor estatisticamente e quantitivamente que o extrato. Assim, podemos dizer que os alcaloides, warfiteina e metil-warifteina, nao sao os unicos responsaveis por caracterizar o efeito anti-inflamatorio da planta C. sympodialis. No capitulo V metodos de toxicidade foram utilizados para verificacao da seguranca do infuso das folhas de C. sympodialis, atraves de metodos in silico e in vivo. A toxicidade in silico e em dose unica (aguda) em Rattus novergicus demonstrou 5 moleculas apresentam uma elevada e uma baixa toxicidade apresentando um potencial de metabolizacao no figado (scores). In vivo foi observado alteracoes bioquimicas em machos (ureia, acido urico e AST) bem como nas femeas (albumina, globulina e proteinas totais). Apesar destes resultados serem sugestivos de alteracoes renais e hepaticas, em seccoes histologicas foi confirmado que nao houve alteracoes nestes orgaos. A toxicidade em doses repetidas durante 90 dias da infusao mostrou que a concentracao de 1 g/100 mL apresentou baixa toxicidade. Em contraste, a concentracao intermediaria (2 g/100 mL) e a concentracao mais elevada (4 g/100 mL) podem estar provocando alteracoes hepaticas e renais em ambos os sexos, com uma certa tendencia para ratos Wistar femeas. A toxicidade in silico e em doses repetidas durante 15 dias da infusao em Mus musculus demonstrou que o alcaloide 93 apresentou um elevado potencial toxicologico, bem como os produtos de seu metabolismo. In vivo a infusao apresentou alteracoes nos parametros bioquimicos e nos pesos de orgaos (pulmoes e rins) dos animais caracterizando possiveis danos renais e pulmonares, especialmente em animais tratados com a concentracao mais elevada (3 g/100 mL). Portanto, a partir destes dados de toxicidade, pode-se afirmar que a concentracao do infuso das folhas de C. sympodialis mais segura para uso da populacao e a de 1 g/100 mL.
  • RODRIGO SANTOS AQUINO DE ARAUJO
  • Síntese, Caracterização e Reatividade Química de Heterociclos Carbonilados Funcionalizados Através de Reações de Acoplamento Cruzado
  • Data: 31/10/2016
  • Hora: 13:00
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  • Compostos naturais, como cumarinas, tem se mostrado como uma rica fonte de substancias bioativas, porem, devido a dificuldade da obtencao em grandes quantidades dessas substancias isoladas, varios metodos de sintese, ou semi-sintese tem sido desenvolvidos, dentre essas muitas estrategias sinteticas utilizadas atualmente, as reacoes de acoplamento cruzado catalisadas por metais, tem tido destaque na literatura, como: Suzuki-Miyaura, Sonogashira, Heck e Negishi, utilizadas para formacao de ligacao carbono-carbono, e Buchwald-Hartwig, para formacao de ligacao carbono-nitrogenio. No presente trabalho, objetivou-se a derivacao, por funcionalizacao via reacoes de acoplamento cruzado catalisadas por paladio, em derivados heterociclicos, de Suzuki-Miyaura, Sonogashira, Negishi, Heck e Buchwald-Hartwig, das quais as tres primeiras forneceram excelentes resultados, os quais nao puderam ser reproduzidos nos protocolos de Heck e Buchwald, a partir das metodologias utilizadas. Alguns dos alcinos cumarinicos obtidos por Sonogashira foram submetidos a hidrogenacao catalitica, para fornecer novos alcanos com diferentes espacadores entre o anel cumarinico e seus grupos fenilicos. Um total de 48 moleculas finais foram obtidas, das quais 26 sao compostos ineditos, sendo todas caracterizadas e comprovadas de acordo com suas estruturas quimicas. Todas as substancias serao utilizadas, futuramente, em ensaios biologicos para avaliacao de suas potencialidades antifungica, antibacteriana, antitumoral, antileishmaniose e analise de citotoxicidade em celulas eucarioticas, permitindo, alem disso, um robusto estudo de relacao estrutura-atividade, diante das variacoes estruturais finais.
  • RYLDENE MARQUES DUARTE DA CRUZ
  • DERIVADO SEMI-SINTÉTICO CUMARÍNICO 2H-1-BENZOPIRAN-2-ONA, 7- PRENILOXI COM POTENCIAL ANTITUMORAL
  • Data: 27/10/2016
  • Hora: 09:30
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  • O 2h-1-benzopiran-2-ona, 7-preniloxi (UMB-07) e um derivado cumarinico proveniente de uma reacao de prenilacao na umbeliferona. Derivados cumarinicos apresentam uma gama de atividades farmacologicas, tais como, antibacteriana, anti-inflamatoria e antitumoral. Especificamente para o UMB-07, a literatura relata atividades antifungica, antibacteriana e antitumoral. Apesar de ser um composto citotoxico para celulas tumorais, nao ha estudos de mecanismos de acao associados a esse efeito. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a toxicidade e a atividade antitumoral de UMB-07. O efeito hemolitico de UMB-07 foi avaliado no ensaio de citotoxicidade em eritrocitos de sangue periferico de camundongos. UMB-07 induziu pequeno percentual de hemólise (0,8%) na concentração testada (2000 μg/mL), o que sugere baixa toxicidade. In vivo, foi realizado o ensaio de toxicidade pre-clinica aguda para avaliacao de efeitos comportamentais e estimativa da dose letal 50% (DL50). UMB-07 (300 ou 2000 mg/kg, via intraperitoneal - i.p.) induziu efeitos depressores nos sistemas nervosos central e autonomo. A DL50 foi estimada em torno de 1000 mg/kg. A genotoxicidade de UMB-07 foi avaliada por meio do ensaio do micronucleo em sangue periferico de camundongos. UMB-07 (300 mg/kg - i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, sugerindo baixa genotoxicidade. O modelo de carcinoma ascitico de Ehrlich foi utilizado para avaliacao da atividade antitumoral de UMB-07 (12,5; 25 ou 50 mg/kg, i.p.), apos nove dias de tratamento. UMB-07 (50 mg/kg) apresentou atividade antitumoral por reduzir os parametros volume, massa e a quantidade total de celulas tumorais (p<0,05). Na avaliacao de possiveis mecanismos de acao envolvidos nesse efeito, observou-se que UMB-07 nao interfere com a progressao do ciclo celular. Todavia, foi possivel observar efeito antiangiogenico para esta cumarina, considerando a reducao da microdensidade vascular peritumoral (p<0,05). Ainda, foi avaliado o possivel efeito imunomodulador de UMB-07 pela determinacao de citocinas e quimiocina no fluido peritoneal dos animais. UMB-07 (50 mg/kg) reduziu os niveis da quimiocina CCL2, que, por sua vez, esta associada a angiogenese, metastase e progressao tumoral. Apos tratamento de nove dias com UMB-07 foi possivel observar que nao houve alteracao de parametros bioquimicos renais e hepaticos, o que foi corroborado pela analise histologica. Os parametros hematologicos alterados (linfocitos e segmentados) permaneceram dentro dos limites normais para a especie, sugerindo baixo significado clinico para esse efeito. Em modelo in vitro, foi observado reducao da producao de oxido nitrico (NO) em macrofagos peritoneais estimulados por lipopolissacarideo. No entanto, esse efeito foi associado a uma citotoxicidade do composto. Estes resultados em conjunto sugerem que UMB-07, in vivo, possui baixa toxicidade e atividade antitumoral com mecanismo que envolve efeito antiangiogênico, possivelmente associado a reducao da quimiocina CCL2.
  • CASSIO ILAN SOARES MEDEIROS
  • Atividades Antifúngica e Toxicológica In silico dos Enantiômeros (R)-(+) e (S)-(-)-citronelal
  • Data: 25/10/2016
  • Hora: 10:00
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  • A incidencia de infeccoes fungicas vulvovaginais aumentou dramaticamente ao longo das ultimas decadas, constituindo assim a segunda causa mais comum de candidiase vulvovaginal (CVV) apos a vaginose bacteriana diagnosticada em 40% das mulheres com corrimento vaginal. O aumento da resistencia dos micro-organismos patogenos aos antimicrobianos existentes no mercado tem impulsionado a busca de novas alternativas terapeuticas, como os produtos naturais a base de plantas pertencentes a varias familias do reino vegetal, como por exemplo a Poaceae e a Myrtaceae, que se apresentam como uma solucao viavel devido ao baixo custo e facil acesso da populacao. Em destaque, as plantas do genero Cymbopogon e Eucalyptus constitui uma das principais fontes de moleculas biologicamente ativas, dentre elas os monoterpenos sao detentores de um enorme potencial biologico de interesse humano. No entanto, as pesquisas de compostos derivados de plantas com propriedades farmacologicas devem sempre ser unida aos estudos toxicologicos, afim de se comprovar a ausencia de maleficios destas substancias ao organismo humano. Diante deste contexto, foi estudado a atividade biologica dos enantiomeros (R)-(+)- e (S)-(-)-citronelal contra cepas de C. albicans e C. tropicalis oriundas de secrecoes vulvovaginais in vitro, bem como os parametros toxicologicos para a previsao da toxicidade oral teorica in silico. Para a realizacao dos estudos antimicrobianos in vitro; determinacao da concentracao inibitoria minima (CIM) bem como da concentracao fungicida minima (CFM), utilizou-se o teste de microdiluicao. Tambem foi aplicada a tecnica de disco-difusao em meio solido para estudo comparativo do perfil de resistencia/sensibilidade a antifungicos utilizados na terapeutica da candidiase vulvovaginal isolados e associados aos monoterpens em estudo. As CIM’s e as CFM’s dos enantiomeros (R)-(+)- e (S)-(-)-citronelal para 90% das cepas fungicas foram respectivamente (R)CIM90% 16µg/mL e (R)CFM90% 32 µg/mL; (S)CIM90% 64µg/mL e (S)CFM90% 128 µg/mL (forte atividade antifungica contra C. albicans e C. tropicalis). Foram constatados alta resistencia de C. albicans ao fluconazol e ao itraconazol 12 (92.30%) das cepas testadas. Mas, essa resistencia foi revertida em 9 (75%) e 7 (58.33%) respectivamente, quando em associacao com o (R)-(+)-citronelal e em 6 (50%) em combinacao com o (S)-(-)-citronelal. Alem disso, tambem foi observado alta resistencia de C. tropicalis a anfotericina B, itraconazol e miconazol. Porem a resistencia foi revertida para a anfotericina B e para o itraconazol, resultado do efeito sinergico em 2 (66.65%) das leveduras. Para o miconazol a resistencia foi revertida em 3 (100%) das cepas para ambos os enantiomeros. Na analise in silico, ambos os enantiomeros apresentaram boa biodisponibilidade oral teorica, no entanto, um potencial irritante foi observado como possivel efeito toxico para estes monoterpenos. Em conclusao, estes resultados sugerem que os enantiomeros (R)-(+)- e (S)-(-)-citronelal apresentam efeito antimicrobiano, e que tambem exercem efeito modificador de atividade aos agentes antifungicos quando em combinacao. No entanto, embora tenha apresentado boa biodisponibilidade oral teorica, o perfil toxicologico variado sugere a necessidade em avaliar o risco-beneficio desse composto na producao de um novo medicamento antifungico, por realizacao de ensaios in vivo.
  • LEONIDAS DAS GRACAS MENDES JUNIOR
  • O PAPEL DA VIA NO-sGC-cGMP E DOS CANAIS PARA POTÁSSIO NO EFEITO VASORRELAXANTE DO NITRATO DE CICLOHEXANOL, UM NOVO DOADOR DE ÓXIDO NÍTRICO COM ATIVIDADES HIPOTENSORA E ANTI-HIPERTENSIVA EM RATOS
  • Data: 24/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • O oxido nitrico (NO) e uma molecula importante nas funcoes do sistema cardiovascular. Na hipertensao arterial sistemica (HAS), condicao que afeta boa parte da populacao mundial, a biodisponibilidade do NO esta reduzida. Drogas que restauram os niveis normais de NO e que apresentam menos efeitos secundarios compreendem uma das estrategias para o tratamento da HAS. O objetivo desse trabalho foi caracterizar o nitrato de ciclohexanol (HEX) como um novo doador de NO e avaliar seus efeitos sobre o sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. O tratamento com HEX aumentou os niveis de NO em celulas de musculo liso vascular (VSMC) de tecido da arteria mesenterica em comparacao ao controle (33,23 ± 2,28 vs. 10,66 ± 0,62 u.a., n = 25 e 22, respectivamente, p < 0,05). O bloqueio da enzima sintase do oxido nitrico endotelial (eNOS) pelo L-NG-Nitroarginina (L-NNA, 100 μM, n = 30) nao inibiu o aumento de NO nas VSMC (32,77 ± 1,65 vs. 33,23 ± 2,28 u.a.). HEX induziu efeito vasorrelaxante em arteria mesenterica com endotelio funcional (Emax = 67,0 ± 2,8 %, n = 10). Este efeito maximo foi maior em aneis sem endotelio funcional (Emax = 100,4 ± 4,1 %, n = 6, p < 0,05). O efeito vasorrelaxante do HEX em aneis sem endotelio funcional foi diminuido pelo pre-tratamento com o 2-(4-fenil)-4,4,5,5-tetrametilimidazolina-1-oxi-3-oxido (PTIO, 300 μM), um sequestrador de NO (Emax = 44,9 ± 9,4 %, n = 6, p < 0,05), e pelo 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-ona (ODQ, 10 μM), um inibidor seletivo da enzima guanilato ciclase soluvel (sGC) (Emax = 38,6 ± 9,7 %, n = 6, p < 0,05). O bloqueio inespecifico dos canais para potassio (K+) pelo cloreto de tetrametilamonio (TEA) na concentracao 3 mM diminuiu a potencia do efeito vasorrelaxante de HEX em relacao ao controle (pD2 = 3,65 ± 0,17 vs. 5,11 ± 0,1; n = 6, p < 0,05). O bloqueio especifico dos BKCa, com TEA (1 mM), e dos KV, com 4-aminopiridina (4-AP, 1 mM), nao alterou o perfil de vasorrelaxamento de HEX. Por outro lado, o bloqueio dos KATP com glibenclamida (GLIB, 10 µM) diminuiu a potencia do nitrato quando comparado ao controle, de acordo com o pD2 (4,38 ± 0,09 vs. 5,11 ± 0,12; n = 7 e 6, respectivamente, p < 0,05). A pre-exposicao dos aneis de arteria mesenterica ao HEX (10-3), durante 60 minutos, nao diminuiu o vasorrelaxamento induzido do proprio nitrato quando comparado com o controle (Emax = 107,5 ± 1,0 vs. 100,4 ± 4,1 %, n = 7 e 6, respectivamente). A administracao aguda de HEX (1, 5, 10, 20 mg/Kg, i.v.) induziu hipotensao em animais normotensos (−20 ± 6; −32 ± 5; −57 ± 9 e −76 ± 9 mmHg, n = 6) e hipertensos (−9 ± 5; −12 ± 3; −15 ± 6 e −79 ± 10 mmHg, n = 6). O tratamento subcronico (7 dias) com HEX (10 mg/kg/dia), na agua de beber, promoveu uma diminuicao da pressao arterial media de animais com hipertensao renovascular, quando comparados com animais hipertensos tratados com salina (134 ± 7 mmHg vs. 162 ± 5 mmHg, n = 6, respectivamente, p < 0,05). Esses resultados demonstram que HEX atua como doador de NO em VSMC, induz vasorrelaxamento por meio da via NO-cGMP-PKG e ativacao dos canais para K+ do tipo KATP, nao provoca tolerancia vascular em arteria mesenterica, promove hipotensao em animais normotensos e hipertensos, e tem efeito anti-hipertensivo em animais com hipertensao renovascular.
  • JULIANE SANTOS DE FRANCA DA SILVA
  • Efeito anti-inflamatório de ouabaína em modelo murino de Lesão Pulmonar Aguda induzida por LPS
  • Data: 17/10/2016
  • Hora: 09:00
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  • A Ouabaina e um esteroide cardiotonico inicialmente descrito como uma substancia de origem vegetal. Em 1991, a sua producao endogena por mamiferos superiores foi identificada e desde entao suas acoes fisiologicas vem sendo estudadas. Tem sido evidenciado que a ouabaina pode agir modulando diversos aspectos da resposta imunologica. Trabalhos do nosso grupo demonstraram que a ouabaina modula a resposta inflamatoria aguda induzida por diferentes agentes flogisticos, sendo tambem capaz de interferir negativamente no perfil inflamatorio desencadeado pela Leishmania (L.) amazonensis. A lesao pulmonar aguda (LPA) e uma doenca inflamatoria caracterizada clinicamente por inflamacao aguda e extenso acumulo de polimorfonucleares e de mediadores pro-inflamatorios, que culmina com o dano alveolar difuso e reducao da capacidade de complacencia pulmonar evoluindo para a sindrome do desconforto respiratorio agudo (SDRA), que pode levar o paciente a obito por hipoxemia severa. Nao ha dados na literatura sobre os efeitos da ouabaina na LPA. Objetivos: Avaliar o efeito imunomodulador de ouabaina em modelo murino de LPA induzida por LPS. Metodos: Camundongos BALB/c machos foram tratados via intraperitoneal com ouabaina na dose de 0,56 mg/Kg por um periodo de tres dias consecutivos, 1h apos o ultimo tratamento os animais foram desafiados via intranasal com LPS (2,5 mg/Kg); 24h apos o desafio, os animais foram eutanasiados, as amostras biologicas coletadas e os parametros inflamatorios, incluindo migracao celular, exsudato proteico, producao de citocinas, expressao de TLR4 e alteracoes histopatologicas foram entao avaliados. Os dados foram analisados pelo software PRISMA. Resultados: O tratamento com a ouabaina diminuiu a migracao de leucocitos totais para o sitio inflamado (48,84%), evento este, associado a diminuicao da migracao de neutrofilos (70,7%) e independente da migracao de macrofagos. Ouabaina tambem diminuiu o exsudato proteico na regiao bronco-alveolar (26,32%) e a producao das citocinas TNF-α (14,80%), IL-6 (47,07%) e IL1-β (33,59%), entretanto essa reducao na producao desses mediadores nao mostrou relacao com a expressao do TLR4. Adicionalmente, as alteracoes histopatologicas caracteristicas da LPA tambem foram reduzidas pelo tratamento com ouabaina. Conclusoes: Os resultados obtidos demonstram que ouabaina possui acao anti-inflamatoria na LPA induzida por LPS.
  • KATHERINE XAVIER BASTOS
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DE Hancornia speciosa: ISOLAMENTO, ATIVIDADE BIOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE EFICIÊNCIA ULTRA ELEVADA ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS
  • Data: 14/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • Apocynaceae e uma familia botanica que incluem entre 3700 e 5100 especies, estando distribuidas praticamente no mundo todo, mas principalmente nas regioes tropicais e subtropicais. No Brasil ocorrem aproximadamente 90 generos e 850 especies, habitando diversas formacoes vegetais. Dentro dessa grande familia botanica esta o genero Hancornia, que e considerado monotipico e, por isso, sua unica especie e Hancornia speciosa Gomes, alem de ser abundante no cerrado nordestino. Diante disto, este trabalho tem como objetivo estudar fitoquimicamente Hancornia speciosa contribuindo assim com a ampliacao do conhecimento quimico da especie. Alem de avaliar a atividade antifungica do extrato e compostos isolados. Para realizacao do estudo, o material vegetal, apos secagem e pulverizacao, foi submetido a processos de extracao e cromatografia para isolamentos dos constituintes quimicos. Tecnicas como Cromatrografia Liquida de Alta eficiencia e Cromatrografia Liquida de Eficiencia Ultra Elevada foram empregadas no trabalho. A estrutura quimica das substancias foi determinada por Ressonancia Magnetica Nuclear de 1H, 13C e bidimensionais em comparacoes com dados da literatura. O fracionamento cromatografico da fase cloroformica resultou no isolamento do cafeato de etila, da fase acetato de etila obteve-se a isoquecetrina, alem da narigenina, o acido 4,5-di-O-E- cafeoil-quinico e o acido 3,5-di-O-E- cafeoil-quinico da fase butanolica. Todos esses compostos foram relatados pela primeira vez em Hancornia speciosa. A caracterizacao do extrato das folhas de Hancornia speciosa por Cromatografia Liquida de Eficiencia Ultra Elevada acoplada a Espectrometria de Massas forneceu ainda a identificacao de vinte e quatro compostos. Ja o estudo da atividade antifungica do extrato forneceu um resultado positivo, porem o estudo dos compostos isolados nao forneceu, nao sendo capaz de inibir o crescimento das cepas em estudo em nenhuma concentracao testada. Este trabalho contribuiu evidenciando que esta especie e bioprodutora de compostos fenolicos, como demonstrado neste estudo fitoquimico.
  • MONALISA TAVEIRA BRITO
  • EFEITOS TOXICOLÓGICOS, ANTITUMORAIS, ANTINOCICEPTIVOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS DO METIL 2-(3-METOXIFENIL)ACETATO, UM ANÁLOGO SINTÉTICO DO FENETIL ÉSTER DO ÁCIDO CAFÉICO (CAPE)
  • Orientador : MARIANNA VIEIRA SOBRAL
  • Data: 31/08/2016
  • Hora: 14:00
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  • O metil 2-(3-metoxifenil) acetato (ANL3) e um derivado sintetico inedito do fenetil ester do acido cafeico (CAPE) que, por sua vez, e um composto fenolico com efeitos antioxidante, analgesico, anti-inflamatorio e antitumoral. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a toxicidade e as atividades antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatoria de ANL3, por meio de ensaios in vitro e in vivo. No ensaio da sulforrodamina B, ANL3 induziu citotoxicidade especialmente para a linhagem U251 (glioma), com GI50 (Growth Inhibition 50%) de 31,4 µg/mL, e apresentou menor toxicidade para celulas nao-tumorais (GI50=49,8 a 58,0 µg/mL). Em macrofagos RAW 264.7, ANL3 inibiu a atividade da luciferase (p<0,001), sugerindo inibicao da via do fator de transcricao nuclear kappa B (NF-kB). Em triagem farmacologica comportamental em camundongos, ANL3 (300 ou 2000 mg/kg, via intraperitoneal - i.p.) induziu efeitos depressores nos sistemas nervosos central e autonomo. A DL50 (dose letal 50%) foi estimada em torno de 1000 mg/kg (i.p.). No teste do micronucleo (i.p.), ANL3 nao induziu genotoxicidade. Em modelo de carcinoma ascitico de Ehrlich, ANL3 (25 ou 50 mg/kg, i.p.) apresentou atividade antitumoral, por reduzir os parametros volume, massa e a quantidade total de celulas tumorais (p<0,001). Na analise do ciclo celular, ANL3 induziu o aparecimento do pico sub-G1 (p<0,001), o que e indicativo de apoptose. Foi observado que ANL3 promoveu reducao na microdensidade vascular peritumoral e nas citocinas CCL2 e IL-4, bem como aumento nas citocinas IL-1, IL-12 e TNF-α, sugerindo atividade antiangiogenica e modulacao da resposta imune contra o tumor. O tratamento antitumoral com ANL3 nao induziu alteracao em parametros bioquimicos e hematologicos, indicando baixa toxicidade. ANL3 (200, 300 ou 400 mg/kg, i.p.) induziu atividade antinociceptiva em modelos de nocicepcao quimica (acido acetico e formalina – 2º fase) e mecanica (Von Frey) (p<0,05). O efeito de ANL3 foi revertido pela naloxona em modelo de contorcoes induzidas pelo acido acetico (p<0,05), sugerindo a participacao do sistema opioide, que estaria modulando a resposta de ANL3 contra a hipernocicepcao inflamatoria. ANL3 nao apresentou efeito antiedematogenico, porem foi capaz de induzir imunomodulacao em modelo de edema de pata induzido por carragenina (200 mg/kg, i.p.), inibindo a liberacao das citocinas IL-6 e KC/CXCL1 (p<0,05), apesar de nao interferir em TNF-α e IL-1β. Ainda, ANL3 reduziu a migracao de leucocitos para a pata dos camundongos, como demonstrado pela reducao da mieloperoxidase (p<0,01). Em modelo in vitro, foi observado reducao da producao de oxido nitrico (NO) em macrofagos peritoneais estimulados por lipopolissacarideo. Estes resultados em conjunto sugerem que o ANL3 possui atividade antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatoria, alem de indicar baixa toxicidade.
  • MARIA MADALENA ROCHA SILVA TELES
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico de Ocotea gardneri (Meisn) Mez e Ocotea duckei Vattimo
  • Data: 30/08/2016
  • Hora: 14:00
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  • A familia Lauraceae e constituida por aproximadamente 70 generos e 2500 especies, com distribuicao tropical e subtropical. No Brasil, compreende 400 especies distribuidas em 25 generos. Dentre esses, destacamos o genero Ocotea, com cerca de 350 especies. O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo fitoquimico de Ocotea duckei Vattimo e Ocotea gardneri (Meisn) Mez, bem como, avaliar a atividade antimicrobiana e antileishmania dos constituintes quimicos isolados. Para isto, o material botanico foi submetido a processos de extracao, particao e cromatografia para isolamento dos constituintes quimicos. As estruturas quimicas dos compostos foram determinadas por metodos espectroscopicos e comparacoes com modelos da literatura. O fracionamento cromatografico da fase diclorometano de Ocotea gardneri resultou no isolamento do triterpeno 2,6,10,15,19,23-hexametil-2,6,10,14,18,22-tetracosahexeno (esqualeno), do 3,4,5 trimetoxibenzaldeido e do esteroide glicosilado sitosterol-3-O-β-D-glicopiranosideo Da fase acetato de etila foi isolada a flavona 3,5,7,3’,4’-pentaidroxiflavona (quercetina) e dois flavonois 2- (3,4-di-hidroxifenil) -4H-cromeno-3,5,7-triol (epicatequina) e 2- (3,4-di-hidroxifenil) -4H-cromeno-3,5,7-triol (epicatequina). Todos os compostos estao sendo relatados pela primeira vez na especie. Para obtencao da fracao de alcaloides totais (FAT), o extrato etanolico bruto das folhas de Ocotea duckei foi submetido a marcha de alcaloides e, posteriormente, ao fracionamento cromatografico, resultando no isolamento dos alcaloides reticulina e N-oxido de reticulina, sendo este relatado pela primeira vez no genero. Ainda, a FAT foi analisada por LC-MS e por CG-MS. A LC-MS permitiu a identificacao dos alcaloides reticulina, coclaurina, discretamina, tetrahidrocolumbamina e N-oxido de reticulina. A analise da FAT por CG-MS permitiu a identificacao dos alcaloides metilreticulina e metilcoclaurina. Destes alcaloides, apenas a reticulina havia sido identificada para FAT das folhas, em estudos anteriores. Os flavonoides isolados foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana pela tecnica de microdiluicao, frente as cepas de S. mutans, P. aeruginosa e S. aureus. A quercetina apresentou uma CIM de 83,5 μg/mL frente a S. aureus e a catequina uma CIM de 400 μg/mL frente a P. aeruginosa. Os alcaloides reticulina e N-oxido de reticulina foram submetidos ao metodo de reducao de MTT para avaliacao da atividade antileihmania frente a L. amazonensis, e estes nao apresentaram atividade.
  • JESSICA CELESTINO FERREIRA
  • SEMI-SÍNTESE DE NOVOS DERIVADOS DA CAULERPINA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DO ÁCIDO CAULERPÍNICO
  • Data: 29/08/2016
  • Hora: 09:00
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  • O genero Caulerpa foi reconhecido por Lamouroux como sendo da familia Caulerpaceae, que pertence a ordem das Bryopsidales. As especies e subespecies desse genero encontram-se distribuidas principalmente, nos mares tropicais e subtropicais do mundo. A substancia majoritaria desse genero e a caulerpina, alcaloide bis-indolico, isolada pela primeira vez em 1970, a partir da especie Caulerpa racemosa. Diversos estudos que utilizaram a caulerpina apresentaram varias atividades biologicas, como antioxidantes, antifungico, inibidor da acetilcolinesterase, antinociceptiva e anti-inflamatoria, antiviral e antitumoral. Evidenciando o potencial farmacologico dessa molecula, novos estudos foram realizados para o desenvolvimento de analogos pela introducao de novos substituintes podendo resultar em diferencas quimicas significativas e diferentes propriedades farmacocineticas. O presente trabalho tem como objetivos: isolar a substancia caulerpina; realizar modificacoes estruturais para a obtencao de novos analogos da caulerpina; bem como avaliar o seu potencial citotoxico e atividade leishmanicida da caulerpina e derivados. A partir do extrato etanolico da Caulerpa racemosa foi possivel o isolamento da substancia caulerpina e a partir das semi-sinteses realizadas obteve-se os seguintes derivados, (6E, 13E)-5,12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13- acido dicarboxilico, ja descrito na literatura e os demais derivados ineditos na literatura: (6E,13E)-dibutil 5, 12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato; (6E,13E)-diisobutil 5, 12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato; (6E,13E)-dipropill 5, 12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato; (6E,13E)-dietill 5, 12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato; (6E,13E)-dipentil 5, 12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato; (6E,13E)-diisopentil 5, 12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato; (6E,13E)-dialil 5, 12-dihidrocicloocta[1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato; (6E,13E)-dimetil 5, 12-diacetil-5,12-dihiidrocicloocta [1,2-b:5,6-b´]diindol-6,13-dicarboxilato. Todos os constituintes quimicos foram identificados por meio de tecnicas espectroscopicas de infravermelho e RMN de 1H e 13C.
  • HELLANE FABRICIA SOUSA DE LUCENA
  • CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL METABOLÔMICO DOS BIOMARCADORES PRESENTES NO HIPOCAMPO DE RATOS WISTAR TRATADOS COM RIPARINA III
  • Data: 25/08/2016
  • Hora: 08:30
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  • A ansiedade e considerada uma das principais desordens psiquiatricas da atualidade. Afeta ate 30% da populacao ao longo da vida e sendo responsavel pelo desenvolvimento de 60% dos casos de depressao, aumentando o risco de doencas fisicas, como as cardiovasculares, autoimunes e neurodegenerativas. Cerca de dois tercos dos pacientes ansiosos respondem bem aos farmacos existentes no mercado, porem esses produzem efeitos secundarios sistemicos. A principal classe de medicamentos ansioliticos pertence a classe dos benzodiazepinicos sendo o diazepam o medicamento mais utilizado. Os produtos naturais demonstram um grande potencial como fonte de novas drogas. Exemplo disso e a riparina III, uma alcamida isolada da Aniba riparia, que apresentou atividade ansiolitica e antidepressiva em modelos animais, e sua acao pode estar relacionada a modulacao dos sistemas noradrenergico, serotoninergico e dopaminergico. Os fatores ansiogenicos induzem alteracoes metabolicas em um organismo vivo. Nesse contexto, a metabolomica determina, em fluidos biologicos ou tecidos, o perfil dos metabolitos nos organismos vivos e suas mudancas como resultados de estimulos resultantes da dieta, meio ambiente, estilo de vida e medicamentos. Um dos metodos mais empregados para analise metabolomica e a CG-EM, por meio de reacoes para formacao de derivados TMS. Nesse trabalho, foi desenvolvido um metodo em CG-EM para analise dos biomarcadores em hipocampo de ratos submetidos ao tratamento com riparina III. Para metodologia de extracao, os hipocampos foram removidos e os biomarcadores hipocampais foram extraidos em metanol (0,1% de acido formico), centrifugados a 18.000 x g por 15 min, a 4 °C. O sobrenadante foi retirado e centrifugado a 18.000 x g por 15 min, a 4 °C, seco em N2(g), e submetido a reacao de derivatizacao com metoxiamina em piridina a 60°C por 2 h, e com MSTFA/1% TMCS a 50°C por 30 min. As amostras foram analisadas por CG-EM no metodo desenvolvido, e os cromatogramas obtidos foram submetidos a analise de componentes principais (PCA) e projecoes ortogonais de pares para analises discriminantes de estruturas latentes (OPLS-DA). As analises demonstraram que os quatro grupos de animais apresentaram perfis metabolomicos distintos, e foi possivel identificar 16 metabolitos nesse estudo, incluindo aminoacidos, neurotransmissores, acidos gordos e acidos organicos. Acredita-se que a riparina III altera o metabolismo de aminoacidos, o metabolismo energetico e o metabolismo dos neurotransmissores, como a via do fosfoinositideo, envolvendo o mio-inositol, a via de formacao dos acidos hexadecanoico e octadecanoico, a via do neurotransmissor excitatorio, glutamina e do neurotransmissor inibitorio, gaba.
  • JULIANA DA NOBREGA CARREIRO
  • Efeito Dual do resveratrol em útero isolado de camundongos sob normóxia e hipóxia.
  • Data: 22/08/2016
  • Hora: 14:00
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  • O efeito de resveratrol em utero isolado de camundongo sob normoxia e hipoxia foi avaliado neste estudo. O resveratrol (1, 3, 10, 30, 100 uM) relaxou o utero de camundongos e diminuiu a amplitude e frequencia das contraccoes uterinas. O polifenol (3, 10, 30 uM) inibiu as contracoes induzidas pela ocitocina em concentracoes cumulativas no utero isolado. As curvas cumulativas foram deslocadas para a direita de uma forma nao-paralela e com efeito maximo (Emax) reduzido. Os valores de CE50 aumentaram de 9,2 ± 0,1 (controle) para 3,1 ± 0,02, 2,9 ± 0,01 e 0,03 ± 1,5 na presenca de resveratrol, caracterizando antagonismo nao competitivo. Resveratrol exibiu um efeito regenerativo apos hipoxia. Com resveratrol (% contracao = 51,18 ± 4,5), o utero foi cinco vezes mais funcional do que sem (contracao% = 10,67 ± 1,6). Observou-se que na presenca de resveratrol, apos 10 minutos de hipoxia, o utero foi apresentou tonus contratil de aproximadamente 75%. Comparou-se o efeito do resveratrol com tempol e observou-se que o resveratrol (% contracao = 51,18 ± 4,5) foi tres vezes melhor (% contracao = 19,73 ± 0,8). O efeito do resveratrol (% contracao = 51,18 ± 4,5) foi atenuado apos incubacao com o tetraetilamonio (% contracao = 21,25 ± 1,9), indicando que os canais de potassio estao envolvidos no efeito de resveratrol na utero hipoxico. O efeito de resveratrol (% contracao = 51,18 ± 4,5) foi praticamente abolid apos incubacao com nifedipino (% contraccao = 4,46 ± 1,4). Observou-se a participacao do KATPs no efeito de resveratrol.
  • RICARDO CARNEIRO MONTES
  • AMIDAS HALOGENADAS: REAÇÕES DE ACOPLAMENTO E INVESTIGAÇÃO IN SILICO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
  • Data: 12/08/2016
  • Hora: 14:00
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  • Os compostos fenilpropanicos e seus derivados apresentam expressivo potencial microbicida. De fato, as doencas causadas por micro-organismos resistentes e uma preocupacao mundial que cada vez mais necessitam de novas pesquisas para a obtencao de agentes medicinais mais potentes. O presente trabalho teve como finalidade preparar uma colecao de benzilamidas para-halogenadas derivadas de acidos cinamicos e benzoicos estruturalmente relacionadas atraves de reacoes de acoplamento com 4-(cloro, fluro e bromo)benzilaminas, utilizando o BOP como agente de acoplamento. Alem disso foram realizados derivados eteres e esteres da amida do acido vanilico. Todos os compostos preparados foram submetidos a testes antimicrobianos pelo metodo de concentracao inibitoria minima (CIM), tendo como controle antibacteriano a gentamicina, a amicacina, o norfloxacino e a penicilina e a nistatina no ensaio de atividade antifungica. O estudo realizado levou a obtencao de 22 amidas e 10 derivados eteres e esteres da amida do acido vanilico, sendo 30 delas ineditas na literatura, identificados por metodos espectroscopicos de infravermelho e RMN de 1H e 13C bem como por espectrometria de massa de alta resolucao, com os rendimentos variando entre 29-89%. A avaliacao antimicrobiana demonstrou que onze amidas apresentaram atividade antifungica, apenas uma apresentou atividade antibacteriana e nenhum derivado da amida do acido vanilico apresentou atividade biologica. Foi realizado um estudo de QSAR com KNIME v. 3.1.0 e Volsurf v. 1.0.7, o qual demonstrou que descritores DRDRDR, DRDRAC, L4LgS, IW4 e DD2 influenciam na atividade antifungica das haloamidas. Conclui-se que as amidas do acido vanilico, do acido galico sao otimos antifungicos e a amida do 4-metoxicinamico e um otimo agente antibacteriano. Esse resultado demonstra que o grupo hidroxila na posicao para e metoxila na posicao meta potencializa a atividade antifungica no esqueleto estrutural da amida. Em adicao, a dupla ligacao do grupo espacador influencia na atividade biologica de algumas amidas, porem irrelevantes em outras amidas avaliadas.
  • FLAVIA DANNIELE FROTA MACHADO
  • Avaliação da atividade antiulcerogênica, anti-inflamatória intestinal e antidiarreica da espécie Hyptis suaveolens (L.) Poit. (Lamiaceae) em modelos animais.
  • Data: 15/07/2016
  • Hora: 14:00
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  • Hyptis suaveolens (Lamiaceae) e usada para o tratamento de afeccoes gastricas e inflamacao. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antiulcerogenica duodenal, anti-inflamatoria intestinal e antidiarreica do extrato etanolico bruto (EEtOH- Hs) e da fase hexanica (FaHex-Hs) obtidos das partes aereas de H. suaveolens. No modelo de inducao de ulcera duodenal por cisteamina o EEtOH-Hs (31,25; 62,5; 125) mg/kg e o lansoprazol (30 mg/kg) reduziram a ALU para 47; 61 ; 42 e 59% (p<0,001), respectivamente, enquanto que a FaHex-Hs (31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg) e o lansoprazol (30 mg/kg) reduziram esse parametro para 79 ; 84 ; 89 ; 72 e 58% (p<0,001), respectivamente, ambos comparados aos seus respectivos controles negativos. No modelo agudo de inducao de colite ulcerativa por TNBS o EEtOH-Hs (31,25; 62,5; 125 mg/kg) e a prednisolona (2 mg/kg) reduziram a ALU para 63 (p<0,001); 76 (p<0,001); 32 (p<0,05) e 74% (p<0,001), e o escore de lesao para 5(4-8); p<0,05, 4(3-5); p<0,01 e 5(2-8); p<0,05, respectivamente, ambos comparados aos seus respectivos grupos coliticos. A FaHex-Hs (62,5; 125 mg/kg) e a prednisolona (2 mg/kg) reduziram a ALU para 50, 55 e 56% (ambas com p<0,001) e o escore de lesao 5(4-7), 5(4-5) e 5(4-6) (ambas com p<0,01) quando comparados aos seus respectivos grupos coliticos. No modelo cronico de colite ulcerativa induzida por TNBS, o EEtOH-Hs (62,5 mg/kg) nao promoveu reducao nos parametros avaliados, ja a FaHex-Hs (125 mg/kg) e a prednisolona (2 mg/kg) reduziram o escore de lesao para 2 (1-3); p<0,01 e 1 (1-4); p<0,001, a relacao peso/comprimento para 139±26 (p<0,001) e 139±80 (p<0,001) e a diarreia para 61% (p<0,001) e 47% (p<0,001), respectivamente, quando comparados ao grupo colitico. No modelo agudo de colite ulcerativa o EEtOH-Hs (31,25 e 62,5 mg/kg) e a FaHex-Hs (125 mg/kg) aumentaram os niveis de glutationa reduzida (GSH) quando comparados ao grupo colitico com p<0,01, p<0,05 e p<0,001, respectivamente. Ja no modelo cronico de colite a FaHex-Hs (125 mg/kg) aumentou significativamente os niveis de GSH (p<0,001), catalase (p<0,001) e superoxido dismutase (p<0,01), reduziu os niveis de malondialdeido (p<0,001), nitrito/nitrato (p<0,05) e da mieloperoxidase (p<0,001), quando comparado aos respectivos valores do grupo colitico. A FaHex-Hs (125 mg/kg) reduziu os niveis de interleucina 1 beta (IL-1β) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), ambos com p<0,001 e aumentou os niveis de interleucina 10 (IL-10) p<0,001, quando comparados aos grupos coliticos. No modelo de diarreia induzida por oleo de ricino, o EEtOH-Hs (500 mg/kg), a FaHex-Hs (500 mg/kg) e a loperamida (5 mg/kg) reduziram significativamente o indice de evacuacao (IE) quando comparado ao controle negativo com p<0,01, p<0,01 e p<0,001, respectivamente. A FaHex-Hs (500 mg/kg) e a loperamida reduziram significativamente o esvaziamento gastrico e o transito intestinal para 69% (p<0,001) e 47%; (p<0,001), respectivamente, e para 35% (p<0,001) e 21% (p<0,001), quando comparado aos seus respectivos controle negativo. A atividade antimotilidade da FaHex-Hs envolve participacao de oxido nitrico, K ATP , sistema colinergico e adrenergico. Considerando esses resultados e possivel inferir que H. suaveolens apresenta atividade antiulcerogenica, anti-inflamatoria intestinal e antidiarreica
  • ELANE CRISTINA SILVA DOS SANTOS
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL TÓXICO DO EXTRATO ETANÓLICO DE Krameria tomentosa A. St. HILL SOBRE O SISTEMA REPRODUTOR DE RATOS E RATAS E SUAS PROLES
  • Data: 20/06/2016
  • Hora: 14:00
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  • Krameria tomentosa (carrapicho de cavalo ou ratainha-da-terra) e um arbusto utilizado na medicina popular por sua acao adstringente. Considerando-se o uso popular e a escassez de informacoes sobre sua toxicidade, esse trabalho teve a finalidade de estabelecer a toxicidade oral aguda do extrato etanolico de K. tomentosa (EEKt) e da sua fracao hexanica (FHEEKt) em ratas Wistar, bem como estudar o seu potencial toxico sobre o sistema reprodutor masculino e feminino e orgaos vitais de ratos e suas proles. Para a investigacao da toxicidade oral aguda, 30 ratas foram distribuidas nos grupos controles (agua destilada) e tratados nas doses de 300 ou 2000 mg/kg do extrato e da fracao hexanica (n=3), em dose unica. Cada dose foi testada duas vezes, para posterior estimativa da DL50. Avaliou-se o peso corporal, consumo de agua e racao, screening hipocratico e o comportamento. Na avaliacao da toxicidade reprodutiva, ratos e ratas Wistar foram divididos em quatro grupos de 12 animais cada, sendo 3 tratados com o EEKt nas doses de 125, 500 ou 2000 mg/kg, e um controle, que recebeu agua destilada, por via oral, uma vez ao dia. A avaliacao do potencial toxico do EEKt sobre o sistema reprodutor masculino foi realizada apos o tratamento dos ratos durante 52 dias consecutivos (periodo correspondente a um ciclo espermatogenico). Para a avaliacao do efeito do extrato na pre-implantacao, as ratas foram tratadas do 1º ao 7º dia de prenhez, enquanto na avaliacao da pos-implantacao, as ratas foram expostas ao EEKt a partir do 8º dia de prenhez ate o termino da lactacao. Os animais foram avaliados quanto a ocorrencia de sinais gerais de toxicidade, consumo de agua e racao, analises bioquimica, hormonal e hematologica, peso corporal, de orgaos vitais e reprodutores, e indices reprodutivos. Nos machos, avaliou-se tambem a producao e morfologia espermatica. Apos o fim do tratamento, os animais foram anestesiados com uma solucao de xilazina-cetamina e eutanasiados posteriormente. As proles foram avaliadas quanto ao desenvolvimento geral, reflexologico e comportamental. Os resultados obtidos na avaliacao da toxicidade oral aguda mostraram que o EEKt e a FHEEKt apresentaram baixa toxicidade, evidenciada pela ausencia de mortalidade ou morbidade nos grupos experimentais. Nos ensaios de toxicidade reprodutiva, o peso corporal de machos foi reduzido pelo EEKt nas doses de 125, 500 e 2000 mg/kg. As femeas expostas ao EEKt, durante a pre-implantacao, tiveram o consumo de agua e racao reduzidos e um aumento no indice de perdas pre-implantacao na dose de 2000 mg/kg. No periodo de pos-implantacao e lactacao, registraram-se mortes maternas, aumento no indice de perdas pos-implantacao e um decrescimo no indice de desmame nas doses de 500 mg/kg e 2000 mg/kg do extrato. Os descendentes apresentaram atraso no desenvolvimento dos reflexos de andar adulto e de geotaxia negativa. Os resultados sugerem que o tratamento com o EEKt ou FHEEKt, em dose unica, apresenta baixa toxicidade, no entanto, quando o EEKt e administrado em fases criticas do processo reprodutivo, ha indicios de um possivel efeito toxico sistemico e sobre o sistema reprodutor de ratos e ratas Wistar.
  • NATHALIA DINIZ ARAUJO
  • CONTRIBUIÇÃO À TAXONOMIA E AO CONTROLE DE QUALIDADE DO GÊNERO Brunfelsia L. (SOLANACEAE): MICROMORFOLOGIA DAS EPIDERMES, FARMACOBOTÂNICA FOLIAR DAS ESPÉCIES MEDICINAIS E REVISÃO DA ETNOMEDICINA
  • Data: 20/06/2016
  • Hora: 14:00
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  • Brunfelsia L., pertencente a familia Solanaceae, possui cerca de 50 especies com distribuicao neotropical. O genero e reconhecido por possuir especies com importancia etnomedicinal, com importantes componentes bioativos e atividades biologicas comprovadas. Neste trabalho realizou-se um estudo da micromorfologia e anatomia das epidermes foliares de 25 especies de Brunfelsia, como tambem um estudo da anatomia foliar de seis especies usadas como medicinais, complementados por uma revisao da etnomedicina do genero. O estudo foi realizado com o objetivo de contribuir para a caracterizacao e delimitacao interespecifica, alem de apoiar o controle de qualidade das especies de usos medicinais, e efetuar uma revisao das especies e seus usos etnomedicinais, que possam apoiar estudos de produtos naturais como fonte de compostos biologicamente ativos. As analises anatomicas seguiram as tecnicas usuais de anatomia para observacoes em microscopia optica e eletronica de varredura. As medidas dos estomatos foram tomadas com auxilio do programa ANATI QUANTI 2.0, e analisadas com o Test-T. Observou-se que as especies estudadas apresentam um padrao de distribuicao de estomatos do tipo hipoestomatico. Estomatos anisociticos, anomociticos e paraciticos ocorrem simultaneamente em 14 especies; estomatos anisociticos e anomiciticos foram comuns a sete especies; e em B. guianensis, B. mire e B. rupestris ocorrem estomatos dos tipos paracitico e anomociticos. O comprimento dos estomatos variou entre 32,09±0,66 µm em B. plicata e 51,02 ±4,89 µm em B. rupestris. Epidermes com paredes anticlinais sinuosas em ambas as faces foram predominantes, com excecao de B. densifolia e B. lactea que apresentaram um tipo reto a curvo no epifilo, e curvo no hipofilo, B. obovata, com paredes anticlinais curvas no epifilo e sinuosas no hipofilo, e B. rupestris que apresentou paredes retas em ambas as faces. As cuticulas sao diferentemente ornamentadas e distintivas para as 25 especies. O padrao estriado, bastante diversificado, foi predominante, observado em pelo menos uma das faces da epiderme das 25 especies estudadas. Tricomas simples, unisseriados, foram comuns a todas as especies estudadas, com variacoes na densidade, principalmente em B. brasiliensis, B. cuneifolia, B. pilosa e B. rupestris, com indumento mais compacto. Nas seis especies medicinais, o mesofilo dorsiventral com parenquima palicadico 1-2 seriado foi observado em B. grandiflora e B. uniflora, e o tipo unisseriado nas demais especies estudadas; a nervura principal apresentou esclerenquima em cinco especies, exceto em B. americana; a morfologia do peciolo caracterizou-se como plano-convexa em B. mire e B. uniflora e concavo-convexa nas demais especies estudadas, com um feixe vascular central em formato de U e 2-6 feixes acessorios. A morfologia das epidermes, tipos de estomatos, ornamentacao da cuticula, e a densidade dos tricomas foram os principais caracteres distintivos, que poderao apoiar a taxonomia e a delimitacao das especies estudadas, como tambem o controle de qualidade das especies medicinais. Alem disso, a morfologia do mesofilo, nervura principal e peciolo foram caracteres distintivos para as seis especies medicinais. A revisao etnomedicinal revelou ser Brunfelsia um genero reconhecido por seus diferentes usos populares e etnicos de diferentes partes da planta, especialmente raizes, sendo os principais usos registrados para o tratamento de reumatismos e artrites. Os mais relevantes constituintes quimicos isolados foram cumarinas e alcaloides. As principais atividades biologicas investigadas foram anti-inflamatoria e depressora do sistema nervoso central. Embora estudos fitoquimicos e farmacologicos tenham sido realizados com especies do genero, apenas 12,8% das especies foram estudadas evidenciado a necessidade de estudos adicionais para as especies de Brunfelsia.
  • DAIENE MARTINS BELTRAO
  • DERIVADO HIDANTOÍNICO 3,5-DIFENIL-IMIDAZOLIDINA - 2,4 - DIONA COM POTENCIAL ANTITUMORAL, ANTINOCICEPTIVO E ANTIEDEMATOGÊNICO
  • Data: 20/06/2016
  • Hora: 08:00
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  • O cancer e um grupo de doencas geneticas heterogeneas caracterizadas pela proliferacao celular descontrolada. Problemas na eficacia, seguranca e desenvolvimento de resistencia ao tratamento impulsionam pesquisas de novas moleculas com potencial antitumoral. Os derivados hidantoinicos sao reconhecidos por apresentar atividades biologicas, dentre estas, antitumoral e antinociceptiva. O objetivo deste trabalho foi investigar a toxicidade, atividade antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatoria do derivado hidantoinico 3,5-difenil-imidazolidina - 2,4 – diona (IM-15). IM-15 nao induziu hemolise ate a concentracao de 2000 µg/mL, sugerindo baixa toxicidade em eritrocitos. No ensaio de toxicidade pre-clinica aguda, o IM-15 (300 ou 2000 mg/kg, i.p.) induziu efeito depressor no Sistema Nervoso Central (SNC) e sua DL50 (dose letal 50%) foi estimada em torno de 1000 mg/kg. O derivado hidantoinico (12,5; 25 e 50 mg/kg, i.p.) reduziu (p<0,001) todos os parametros (volume e massa tumoral, e viabilidade celular) em modelo de carcinoma ascitico de Ehrlich, o que caracteriza seu potencial antitumoral. Foi observado que IM-15 nao interferiu na distribuicao de celulas no ciclo celular. Todavia, os dados mostraram que IM-15 reduziu a microdensidade vascular peritumoral (p<0,05), bem como os niveis das citocinas IL-4, TNF-α, IFN-γ, e da quimiocina CCL-2 (p<0,001), o que sugere que o potencial antitumoral desse derivado imidazolidinico envolve a modulacao da resposta imune relacionada ao controle da proliferacao celular, apoptose e angiogenese. Ainda, os resultados sugerem que a reducao da angiogenese observada apos tratamento com IM-15 esta associada com a reducao nos niveis de CCL2 e TNF-α, citocinas reconhecidamente pro-angiogenicas. As analises toxicologicas indicam que o tratamento de nove dias com o derivado hidantoinico nao induziu alteracoes nos parametros bioquimicos e hematologicos avaliados. No ensaio do micronucleo, IM-15 (300 mg/kg, i.p.) nao induziu aumento no numero de eritrocitos micronucleados, o que indica baixa genotoxicidade. IM-15 (50 mg/kg, i.p.) apresentou atividade antinociceptiva nos testes da placa quente, contorcoes abdominais e formalina, neste ultimo o efeito foi mais intenso na segunda fase, o que sugere acao na dor inflamatoria. Foi demonstrado que o mecanismo de acao nao envolve a via opiode e a via GABAergica, porem envolve a participacao do oxido nitrico na primeira fase do teste da formalina. IM-15 induziu efeito antiedematogenico, porem, nao reduziu a peritonite induzida por carragenina. Portanto, e possivel inferir que o IM-15 apresenta atividade antitumoral e antinociceptiva, bem como, baixa toxicidade.
  • LUIZ ANDRE DE ARAUJO SILVA
  • NOVOS DERIVADOS SINTÉTICOS DE ALCALOIDES TETRAHIDROISOQUINOLÍNICOS
  • Data: 27/05/2016
  • Hora: 09:00
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  • Alcaloides sao metabolitos secundarios de grande importancia medicinal, abrangendo um grupo diverso de moleculas contendo nitrogenio na sua estrutura, O numero de alcaloides que contem o esqueleto tetrahidroisoquinolinico 1-substituido e extenso e a impressionante versatilidade farmacologica desta classe desperta o interesse nos farmacologistas experimentais, a importancia. Visto a importancia dos alcaloides isoquinolinicos o nosso trabalho tem como objetivo a sintese de derivados tetrahidroisoquinolinicos e fornecer material para futuros estudos farmacologicos tanto in-vivo como in-vitro. Para a sintese dos alcaloides feniltetrahidroisoquinolinicos, benziltratrahidroisoquinilinicos e feniltetrahidro-β-carbolinicos foi utilizado a reacao de Pictet-Spengler. Com o objetivo de ampliar os estudos farmacologicos a respeito do alcaloide (1-(3-dimetoxi-4-hidroxifenil)-7-metoxi-1,2,3,4,-tetrahidro isoquinolina (MTHP) refizemos a sua sintese como descrito na literatura. Obtivemos 4 alcaloides sendo 2 deles feniltetrahidroisoquinolinicos (1-(3,5-dimetoxi-4-hidroxifenil)-7-metoxi-1,2,3,4,-tetrahidro isoquinolina (73%) e 1-(2-hidroxifenil)-7-metoxi-1,2,3,4,-tetrahidro isoquinolina (54%)), 1 feniltetrahidro-β-carbolinicos (1-(3,5-dimetoxi-4-hidroxifenil)-1,2,3,4,-tetrahidro-β-carbolina (38%)) e 1 benziltratrahidroisoquinilinicos (1-(1-etil-3,4-metilenodioxidofenil)-6,7-dimetoxi-1,2,3,4,-tetrahidro isoquinolina(87%)). A partir da disponibilizacao de material para os testes farmacologicos do MTHP, apresentou baixa toxicidade sem genotoxicidade, seu mecanismo imunomodulador na asma esta relacionado a regulacao do perfil TH2.
  • CRISTHIANE CALOCA HUSEIN
  • ALCALOIDES DAS RAIZES DE XYLOPIA LANGSDORFFIANA ST-HIL & TUL. (ANNONACEAE)
  • Data: 29/03/2016
  • Hora: 08:00
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  • As plantas sao uma fonte importante de produtos naturais biologicamente ativos, muitos dos quais se constituem em modelos para a sintese de um grande numero de farmacos. No Brasil, cerca de 25% do faturamento da industria farmaceutica nacional sao originados de medicamentos derivados de plantas. O isolamento e a determinacao estrutural de metabolitos secundarios de organismos vivos, sao de extrema importancia para a fitoterapia e para o desenvolvimento de novos medicamentos fitoterapicos, os quais contribuem com os estudos das atividades cientificas e tecnologicas envolvidas no processo de fabricacao deste tipo de medicamento, e principalmente no combate de doencas para todo o tipo de populacao. Este trabalho teve como objetivo contribuir com o estudo fitoquimico da familia Annonaceae, em especial o genero Xylopia, atraves da extracao, isolamento, identificacao e/ou determinacao dos constituintes quimicos das raizes de Xylopia langsdorffiana. Obtivemos como resultado quatro alcaloides de esqueletos distintos sendo eles: uma mistura de alcaloides oxaporfinicos - Oxoglaucina e Lanuginosina, um alcaloide protoberberinico - Xylopinina e o alcaloide aporfinico –Laurotetanina.
  • DIOGO VILAR DA FONSECA
  • O orto-eugenol apresenta atividade antinociceptiva e anti-inflamatoria em camundongos
  • Data: 14/03/2016
  • Hora: 14:00
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  • O orto-eugenol e um fenipropanoide utilizado na industria como fragrancia na qual sua capacidade em reduzir a dor e inflamacao nunca foi estudada. Diante disso, surgiu interesse em pesquisar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatoria do orto-eugenol e seus possiveis mecanismos de acao. A administracao do veiculo, orto-eugenol (50, 75 e 100 mg/kg, i.p.), morfina (10 mg/kg, i.p.) ou dexametasona (2 mg/kg, s.c.) acontecerem trinta minutos antes da realizacao dos testes farmacologicos. Os experimentos iniciaram com a triagem psicofarmacologica e determinacao da DL50. O efeito do orto-eugenol sobre a coordenacao motora de camundongos foi investigada no teste do Rota-rod. A atividade antinociceptiva foi avaliada utilizando testes quimicos (teste das contorcoes abdominais induzidas pelo acido acetico, teste da formalina e teste do glutamato) e termico (teste da placa quente). Para estudar a participacao do sistema adrenergico, administrou-se o antagonista α2-adrenergico, ioimbina, quinze minutos antes da injecao do orto-eugenol no teste das contorcoes induzidas pelo acido acetico. O teste da permeabilidade vascular induzida pelo acido acetico e o teste da peritonite foram utilizados para avaliar o efeito anti-inflamatorio do orto-eugenol em camundongos. No teste da peritonite, os niveis de citocinas pro-inflamatorias e as formas fosforiladas de NF-κB e p38 foram analisados no liquido peritoneal. Na triagem farmacologica comportamental, as diferentes doses testadas do orto-eugenol apresentaram alteracoes comportamentais psicodepressoras, tais como ambulacao diminuida e, principalmente, analgesia. A DL50 foi de 307,5 mg/kg, com intervalo de confianca entre 212,1 e 446,0 mg/kg de peso corporal para camundongos machos e femeas. O pre-tratamento com o orto-eugenol nao alterou a coordenacao motora no teste do Rota-rod, mas reduziu o numero de contorcoes abdominais, o tempo de lambida no teste do glutamato e ambas as fases do teste da formalina. O tempo de reacao ao estimulo termico foi significativamente aumentando no teste da placa quente apos a administracao do orto-eugenol. O tratamento com a ioimbina reverteu o efeito antinociceptivo do orto-eugenol, sugerindo participacao do sistema adrenergico. Nos testes anti-inflamatorios, o orto-eugenol inibiu o aumento da permeabilidade vascular induzida por acido acetico e a migracao de leucocitos via reducao dos niveis de TNF-α e IL-1β em virtude da supressao das formas fosforiladas de NF-κB e p38 no teste da peritonite. Diante desses resultados, torna-se evidente pela primeira vez o efeito antinociceptivo mediado pelo receptor α2-adrenergico e atividade anti-inflamatoria por meio da regulacao de citocinas pro-inflamatorias e fosforilacao de NF-κB e p38.
  • HELOISA MARA BATISTA FERNANDES
  • Avaliacao das atividades antifungica, antioxidante e citotoxica dos monoterpenos (R)-(+)-citronelal, (S)-(-)-citronelal e 7-hidroxicitronelal.
  • Data: 04/03/2016
  • Hora: 14:00
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  • As infeccoes graves causadas por fungos patogenicos oportunistas, tais como do genero Candida, tem sido cada vez mais comuns em pacientes imunocomprometidos. A disseminacao de fungos resistentes aos medicamentos e uma das mais graves ameacas para o sucesso do tratamento das doencas fungicas, alem disso, algumas drogas sao muito toxicas, dificultando a adesao a terapeutica. Nesse contexto, os monoterpenos tem se destacado por apresentarem diversas atividades farmacologicas tais como: fungicida e bactericida, alem da atividade antioxidante, por serem capazes de reagir e inativar as diferentes especies reativas produzidas durante um estresse oxidativo celular. Com base nisto, foram estudados os efeitos antifungico, citotoxico e antioxidante dos monoterpenos (R)-(+)-citronelal (RC), (S)-(-)-citronelal (SC) e 7-hidroxicitronelal (7-OH). Para a analise do potencial antimicrobiano dos monoterpenos foi utilizado a analise in silico com o software Pass online. Para a realizacao dos estudos antifungicos utilizou-se o teste de microdiluicao com diferentes cepas fungicas do genero Candida para avaliacao da Concentracao Inibitoria Minima (CIM). Alem disso, determinou-se a Concentracao Fungicida Minima (CFM) por semeio em placas. Na realizacao dos estudos de atividade citotoxica e antioxidante utilizou-se hemacias humanas obtidas da unidade transfusional do Hospital Universitario Lauro Wanderley/UFPB. Para os estudos antioxidantes utilizou-se as tecnicas com fenilhidrazina e peroxido de hidrogenio. O estudo in silico demonstrou que os monoterpenos RC, SC e 7-OH apresentaram uma maior probabilidade de serem ativos, expressa em porcentagem, frente aos microrganismos fungicos. Os experimentos de atividade antifungica revelaram que os monoterpenos RC e SC promoveram efeito antifungico forte com CIM50 de 256 µg/mL para as cepas de Candida albicans e Candida tropicalis, bem como acao fungicida por apresentarem CFM50 512 µg/mL. O monoterpeno 7-OH apresentou forte efeito antifungico tanto para as cepas de Candida albicans como para as cepas de Candida tropicalis, com CIM50 de 256 µg/mL e CIM50 512 µg/mL, respectivamente, bem como acao fungicida com CFM50 de 512 µg/mL e 1024 µg/mL. Os monoterpenos RC, SC e 7-OH nao demonstraram efeito oxidante frente a eritrocitos humanos. Alem disso, os monoterpenos apresentaram efeito antioxidante frente a fenilhidrazina e ao peroxido de hidrogenio. A analise da citotoxicidade de RC, SC e 7-OH frente a eritrocitos revelou valores de hemolise abaixo de 25% para todos os tipos sanguineos testados, na concentracao de 256 µg/mL. Diante desses resultados, foi possivel inferir que a estereoisomeria dos monoterpenos RC e SC nao interferiu nas atividades testadas. Em conclusao, estes resultados sugerem que o RC, SC e 7-OH apresentam efeito antifungico e antioxidante, com baixo efeito citotoxico.
  • ITALO ROSSI ROSENO MARTINS
  • A ação relaxante de novos derivados N-sulfonilidrazônicos do LASSBio-448, inibidores de PDE4, em um modelo de asma alérgica em cobaias: caracterização funcional do mecanismo relaxante do LASSBio-1847
  • Data: 29/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • A asma é uma doença caracterizada por inflamação crônica e hiper-responsividade das vias aéreas, apresentando uma farmacoterapia bem estabelecida. No entanto, devido a heterogeneidade dessa enfermidade, alguns pacientes não respondem apropriadamente ao tratamento. Assim, visando ajudar no processo de desenvolvimento de novos candidatos a fármacos antiasmáticos, decidiu-se avaliar a possível ação relaxante de uma série de derivados N-sulfonilidrazônicos inibidores de PDE4 (LASSBio-448, -1624, -1832, -1846, -1847, -1848, -1849, -1850 e -1851) em um modelo funcional de traqueia de cobaias não asmáticos e asmáticos, bem como elucidar o mecanismo de ação do derivado mais promissor. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA/UFPB (certidão 0610/11). Inicialmente, realizou-se a implantação e padronização de um modelo de asma em cobaias utilizando ovalbumina (OVA) como agente sensibilizador, onde se observou histologicamente, alterações morfológicas inerentes ao quadro asmático, como hipertrofia da camada muscular lisa, presença de infiltrado de células inflamatórias e anormalidades vasculares. Além disso, os anéis de traqueia de cobaias sensibilizados mostraram-se responsivos à OVA, diferente dos não sensibilizados. Funcionalmente, o agonista contrátil CCh apresentou potências e eficácias relativas similares entre os animais não asmáticos e asmáticos, diferentemente do que se observou para o agonista contrátil histamina, que demonstrou ser equipotente entre os dois grupos de animais, mas com uma maior eficácia nos animais asmáticos. Por sua vez, os agonistas relaxantes aminofilina e isoprenalina apresentaram potências e eficácias relativas similares entre os animais não asmáticos e asmáticos. De modo geral, na etapa de triagem farmacológica dos derivados N-sulfonilidrazônicos, estes apresentaram um efeito relaxante equipotente e independente dos fatores relaxantes derivados do epitélio tanto nos animais não asmáticos quanto nos asmáticos, com exceção do LASSBio‑1850 que mostrou apenas uma eficácia moderada (< 50%) e o LASSBio-1847 que apresentou um incremento de potência de cerca de 4 vezes nos animais asmáticos. Dentre os derivados avaliados, o LASSBio-1632, -1846 e -1847 foram os de maior potência farmacológica nos animais asmáticos, sendo esse último o mais promissor e selecionado para a etapa de caracterização do mecanismo de ação nos cobaias não asmáticos e asmáticos. Como o LASSBio-1847 foi sintetizado como um inibidor das PDE4, uma enzima que hidrolisa o cAMP, e os receptores adrenérgicos-β2 são um dos principais responsáveis pela sinalização que leva a produção desse segundo mensageiro no músculo liso das vias aéreas, utilizou-se o propranolol, um bloqueador adrenérgico-β não seletivo, para avaliar a participação desses receptores. Observou-se que houve desvio da curva de relaxamento do LASSBio‑1847 para a direita evidenciando a participação dos receptores adrenérgico-β em ambos os grupos de animais. Como esses receptores levam a ativação da adenilil ciclase (AC), decidiu-se investigar o envolvimento da mesma no efeito relaxante do LASSBio-1847. Para tanto, utilizou-se a forscolina, um ativador de AC, e evidenciou-se que a curva de relaxamento da forscolina na presença do derivado foi deslocada para a esquerda em cerca de 54 e 4 vezes nos animais não asmáticos e asmáticos, respectivamente, mostrando que o LASSBio‑1847 poderia agir sinergicamente ou favorecer a ativação da AC. A ativação do receptor adrenérgico‑β2/AC leva a produção de cAMP que é contrabalanceada por sua hidrólise via PDEs. Para avaliar o envolvimento dessas enzimas, utilizou-se a aminofilina, um inibidor não seletivo de PDEs. A curva-concentração resposta à aminofilina foi desviada para a esquerda na presença do LASSBio-1847 com potencialização do efeito em torno de 147 e 4 vezes, nos animais não asmáticos e asmáticos, respectivamente, sugerindo que o efeito do derivado ocorre por uma possível inibição de PDEs. O efetor da via receptor adrenérgico‑β2/AC/cAMP é a PKA, assim para confirmar a modulação positiva dessa via utilizou‑se o H-89, um inibidor da PKA, e observou-se que houve uma atenuação na resposta relaxante do derivado, confirmando a modulação dessa via. Até o momento, todos os achados nos indicaram um possível aumento na [cAMP]c e para confirmar essa hipótese foi realizado a medida dos níveis teciduais de cAMP via ELISA, que demonstrou que o LASSBio-1847 realmente eleva a [cAMP]c, numa magnitude similar ao rolipram, em ambos os grupos de animais. Assim, ficou estabelecido a implantação do modelo de asma em cobaias, além de se evidenciar que os derivados N-sulfonilidrazônicos avaliados possuem atividade relaxante em traqueia de cobaias não asmáticos e asmáticos de forma independente de epitélio, sendo o LASSBio-1847 um dos mais promissores em relaxar esse órgão por ativar a via de transdução do receptor β2/AC/cAMP/PKA e inibir as PDEs, que culmina com a elevação da [cAMP]c.
  • VALERIA LOPES DE ASSIS
  • EFEITOS DO LIOFILIZADO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DA CASCA DA RAIZ DE Dioclea grandiflora Martius ex Bentham EM RATOS DIABÉTICOS COM DISFUNÇÃO ERÉTIL
  • Data: 29/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • Dioclea grandiflora é uma planta da família Leguminosae, exclusiva da caatinga brasileira. Estudos demonstraram diversas propriedades farmacológicas de extratos ou componentes desta planta, como propriedades antioxidantes e efeitos benéficos no sistema cardiovascular. Entretanto, não há relatos sobre sua atividade na função erétil. Desta forma, este estudo objetivou caracterizar o liofilizado do extrato hidroalcoólico da casca da raiz de D. grandiflora (LEHDg), bem como avaliar seu efeito sobre a função erétil de ratos normoglicêmicos e diabéticos. Para isto, foram utilizados ensaios experimentais in vivo e in vitro. LEHDg apresentou grande concentração de compostos fenólicos pelos métodos Folin-Ciocalteu e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Além disso, este liofilizado demonstrou potente atividade anti-radicalar frente ao radical DPPH●. Em preparações de corpo cavernoso (CC) de ratos pré-contraídos por fenilefrina, LEHDg induziu relaxamento dependente de concentração. Entretanto, esta resposta foi significativamente reduzida na presença de L-N-nitro-arginina-metil-éster (L-NAME), inibidor da NOS; 2-(4-fenil)-4,4,5,5-tetrametilimidazolina-1-oxi-3-óxido sal de potássio (PTIO), sequestrador do NO radicalar e 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-ona (ODQ), inibidor da ciclase de guanilil solúvel (CGs), sugerindo a participação da via NOS/NO/CGs em seu efeito relaxante. A ação antioxidante do LEHDg foi avaliada em cortes de CC tratados pela sonda dihidroetídeo (DHE). Este liofilizado reduziu os níveis de fluorescência basal desta sonda, quando comparada ao controle e ao controle positivo (apocinina), comprovando ação antioxidante. Diante destes resultados, investigou-se a ação do LEHDg sobre a disfunção erétil (DE) de animais diabéticos, induzidos por estreptozotocina (STZ). Os ratos foram divididos em 5 grupos: grupo controle (não diabéticos), grupo STZ, três grupos STZ tratados com LEHDg (25 ou 37,5mg/kg) ou com sildenafila (1,5mg/kg), os quais foram tratados por 28 dias. Nos ratos diabéticos, o peso corporal reduziu e os níveis glicêmicos aumentaram, quando comparados ao grupo controle. O tratamento com LEHDg ou sildenafila não afetou estes parâmetros. A função erétil foi avaliada pela relação pressão intracavernosa/pressão arterial média (ICP/MAP). A ICP/MAP nos grupos diabéticos foi significantemente reduzida quando comparada ao grupo controle. Os tratamentos com LEHDg ou sildenafila promoveram melhora deste parâmetro, sugerindo redução da DE por estes tratamentos. Em preparações de CC, a resposta contrátil máxima com fenilefrina foi significantemente aumentada em ratos diabéticos, comparada ao grupo controle. Os tratamentos com LEHDg ou sildenafila reduziram esta hipercontratilidade. Da mesma forma, houve aumento significativo da resposta contrátil induzida pela estimulação por campo elétrico em CC de animais diabéticos, entretanto, apenas o tratamento com LEHDg 37,5mg/kg reduziu este efeito. A resposta relaxante induzida pela acetilcolina foi reduzida significativamente em CC de animais diabéticos quando comparados ao grupo controle. Este efeito foi revertido pelos tratamentos com LEHDg ou sildenafila. Em cortes de CC, o tratamento com LEHDg ou sildenafila reduziu significativamente a fluorescência basal da sonda DHE, quando comparados aos animais diabéticos. Estes resultados demonstram que LEHDg é um extrato rico em compostos fenólicos, com potente atividade antioxidante, que promove relaxamento em CC pela via NOS/NO/CGs. Em animais com DE induzida pelo diabetes, LEHDg promove melhora da função erétil, como também melhora da função endotelial, diminuição da hipercontratilidade e redução do estresse oxidativo nos corpos cavernosos.
  • ANDREZA BARBOSA SILVA
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DE Leptohyptis macrostachys (BENTH.) HARLEY & J.F.B.PASTORE E DE Mesosphaerum sidifolium (L'HÉRIT.) HARLEY & J.F.B.PASTORE DA SUBTRIBRO HYPTIDINAE (LAMIACEAE)
  • Data: 26/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • Hyptidinae é uma subtribo da tribo Ocimeae (Lamiaceae), distribuída desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina, com ocorrência no Caribe. A família Lamiaceae é composta por 295 gêneros e cerca de 7.775 espécies com distribuição cosmopolita. No Brasil, estima-se que essa família esteja representada por 36 gêneros e 490 espécies. Neste trabalho, realizou-se um estudo fitoquímico de duas espécies da subtribo Hyptidinae encontradas no semiárido paraibano, Leptohyptis macrostachys (Benth.) Harley & J.F.B.Pastore e Mesosphaerum sidifolium (L'Hérit.) Harley & J.F.B.Pastore. As folhas e caules das espécies em estudo foram submetidas a processos de extração, filtração e cromatografia de seus respectivos extratos. Posteriormente, as estruturas químicas das substâncias isoladas foram identificadas por métodos espectroscópicos. A partir do extrato etanólico bruto (EEB) de L. macrostachys obteve-se as fases hexânica, diclorometano e acetato de etila. No estudo com a fase acetato de etila de L. macrostachys foram isoladas três substâncias através da utilização de métodos cromatográficos convencionais, sendo dois triterpenos: 3-β-hidroxi-olean-12-en-28-oico (ácido oleanólico), que foi codificado como Lm-1 e o 3-β-acetoxi-olean-12-en-28-oico (acetato de ácido oleanólico) codificado como Lm-2, um diterpeno caurano: ácido ent-3β-acetoxi-caur-15-eno-17óico, codificado como Lm-3 que está sendo relatado pela primeira vez no gêreno Leptohyptis, bem como foi feito pela primeira vez o assinalamento do RMN de 13C. O EEB de M. sidifolium foi submetido à cromatografia de média pressão e as frações resultantes foram monitoradas por CCDA e reunidas de acordo com os seus respectivos fatores de retenção, resultando no isolamento de três diterpenos abietanos: o pomiferin E que foi codificado como Ms-1; o 2α-hidroxisugiol codificado como Ms-2 e um derivado esterificado do Pormiferin D, codificado como Ms-3 e foi feito pela primeira vez o assinalamento de RMN de 13C de Ms-1 e Ms-2, como também foi isolado pela primeira vez no gênero Mesosphaerum, foram isolados também dois compostos fenólicos: o ácido caféico, codificado como Ms-4; o ácido rosmarínico, codificado como Ms-5. Esses resultados contribuiram com o estudo fitoquímico das espécies do semiárido paraibano, L. macrostachys e M. sidifolium, através identificação estrutural de sete substâncias.
  • IGOR RAFAEL PRAXEDES DE SALES
  • ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DE Cissampelos sympodialis EICHL. (MENISPERMACEAE) EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 26/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • Cissampelos sympodialis Eichl. (Menispermaceae) é uma espécie endêmica no Brasil, popularmente conhecida como “milona”, “jarrinha” ou “orelha-de-onça”. Esta espécie foi selecionada para este estudo a partir de critérios quimiotaxonômicos (alcaloides e flavonoides) e etnofarmacológico, já que essa espécie é utilizada popularmente no tratamento de desordens inflamatórias. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade pré-clínica aguda e a atividade antiulcerogênica do extrato etanólico bruto (EEtOH-Cs) e da fração de alcaloides totais (FAT-Cs) obtidos das partes aéreas de C. sympodialis. No ensaio de toxicidade aguda, as doses de 300 e 2000 mg/kg do EEtOH-Cs administrado por via oral (v.o.) não induziu sinais de toxicidade em camundongos fêmeas nas condições experimentais avaliadas e a dose letal 50% (DL50) é igual ou superior a 5000 mg/kg de acordo com o guia 423 da OECD. Para a FAT-Cs foi verificado que os animais tratados com a dose de 2000 mg/kg apresentaram cauda em straub e analgesia, sendo a DL50 dessa substância de aproximadamente 1000 mg/kg. Para a avaliação da atividade gastroprotetora foram utilizados os modelos de indução aguda de úlcera gástrica: por etanol em ratos, anti-inflamatório não-esteroidal (AINE - piroxicam), estresse (por imobilização e frio) em camundongos e contensão do suco gástrico em ratos. No modelo de úlcera induzida por etanol a carbenoxolona (100 mg/kg), o EEtOH-Cs ou FAT-Cs (62,5; 125; 250 e 500 mg/kg - v.o.) reduziram a área de lesão ulcerativa (ALU) em 97, 69, 75, 94, 98; 97, 88, 90, 94, 95%, respectivamente, em comparação ao controle negativo. Na úlcera por etanol, os tratamentos com carbenoxolona (100 mg/kg), EEtOH-Cs (500 mg/kg) e FAT-Cs (250 mg/kg) melhoraram os parâmetros histológicos analisados. Nas úlceras induzidas por AINE, a cimetidina (100 mg/kg), o EEtOH-Cs ou FAT-Cs (62,5; 125; 250 e 500 mg/kg - v.o.) reduziram o índice de lesão ulcerativo (ILU) em 43, 59, 60, 64, 76; 47, 51, 62, 75 e 78%, respectivamente. Em lesões induzidas por estresse a cimetidina, o EEtOH-Cs ou FAT-Cs nas mesmas doses reduziram o ILU em 44, 37, 38, 42, 52; 57, 39, 54, 75 e 76%, respectivamente. Nas úlceras induzidas por contensão do suco gástrico (ligadura do piloro) a cimetidina (100 mg/kg), o EEtOH-Cs (500 mg/kg) e FAT-Cs (250 mg/kg) diminuíram o ILU em 35, 42 e 40% (v.o.) e em 39, 34 e 33% (intraduodenal – i.d.), respectivamente. Na perspectiva de investigar os mecanismos envolvidos na atividade gastroprotetora das amostras de C. sympodialis foram avaliados os mecanismos antissecretórios ou neutralizantes da secreção ácida gástrica, mecanismos citoprotetores, antioxidante e imunorregulatório. Os tratamentos (v.o. e i.d.) com o EEtOH-Cs (500 mg/kg) e FAT-Cs (250 mg/kg) não alteraram os parâmetros bioquímicos do suco gástrico, sugerindo que a atividade gastroprotetora não envolve mecanismos antissecretórios ou neutralizantes. A atividade gastroprotetora do EEtOH-Cs (500 mg/kg) envolve participação de grupamentos sulfidrila, óxido nítrico, KATP, muco e prostaglandinas. A gastroproteção promovida pela FAT-Cs (250 mg/kg) envolve a participação de grupamentos sulfidrila, muco e prostaglandinas. O EEtOH-Cs (500 mg/kg) e FAT-Cs (250 mg/kg) apresentaram atividade antioxidante por um aumento nos níveis de glutationa reduzida (GSH) quando comparados ao controle negativo, nas úlceras induzidas por etanol. O EEtOH-Cs (500 mg/kg) diminui os níveis das citocinas pró-inflamatórias, interleucina 1 beta (IL-1β) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e aumentou os níveis da interleucina anti-inflamatória, interleucina 10 (IL-10), quando comparado ao controle negativo. O tratamento com a FAT-Cs (250 mg/kg) não alterou os níveis de IL-1β e TNF-α mas aumentou os níveis de IL-10, quando comparado ao controle negativo. No modelo de úlcera duodenal induzida por cisteamina, o lansoprazol (30 mg/kg), EEtOH-Cs (500 mg/kg) ou FAT-Cs (250 mg/kg) reduziram a ALU em 93, 49; 61, e 89%, respectivamente. Diante desses resultados, foi possível sugerir que C. sympodialis apresenta atividade antiulcerogênica e que a atividade gastroprotetora dessa espécie envolve mecanismos citoprotetores, antioxidantes e imunorregulatórios.
  • LAIANE CALINE OLIVEIRA PEREIRA
  • SESQUITERPENOS CARIOFILANOS E OUTROS CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Evolvulus linarioides MEISN. (CONVOLVULACEAE)
  • Data: 26/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • A família Convolvulaceae compreende 58 gêneros e cerca de 1.880 espécies, sendo conhecida como glória-da-manhã e apresentando distribuição cosmopolita. No Brasil, ocorrem 22 gêneros e 403 espécies. Entre os gêneros, Evolvulus destaca-se por apresentar espécies com um grande potencial inexplorado como Evolvulus linarioides, já que a espécie E. alsinoides foi a única bem estudada do ponto de vista fitoquímico e farmacológico, apresentando diversas classes de metabólitos e vários usos na medicina popular comprovados. Para a realização deste estudo, as partes aéreas de E. linarioides foram submetidas a processos de extração e técnicas cromatográficas. A caracterização estrutural dos constituintes químicos isolados foi realizada pela análise dos dados dos espectros no Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, uni e bidimensionais, ponto de fusão e rotação óptica. No estudo da fase hexânica foram isoladas três substâncias, relatadas pela primeira vez na espécie em estudo: ferulato de alquila (El-1); estigmasterol (El-2a) e β-sitosterol (El-2b), em mistura. Além dos sesquiterpenos: 13α-acetoxi-4,5-epoxi-cariofilan-8β-ol (El-3), nomeado de evolfileno, e 13α-acetoxi-cariofil-3(4)-en-8β-5α-diol (El-4), ao qual foi atribuído o nome acetato de linariofileno, ambos inéditos na literatura. Esses resultados contribuiram para o conhecimento do gênero Evolvulus, através do estudo fitoquímico de E. linarioides, já que reportou o isolamento de três compostos relatados pela primeira vez para esta espécie em estudo e dois sesquiterpenos inéditos na literatura como produto natural (evolfileno e acetato de linariofileno).
  • MARIA DENISE LEITE FERREIRA
  • Substâncias fenólicas e diterpênica de Casearia arborea (rich.) urb. (Salicaceae) e avaliação antimicrobiana do seu diterpeno
  • Data: 26/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • Casearia arborea (Rich.) Urb. (Salicaceae) também conhecida como “pau de pico”, “imbuí amarelo” ou “canela”, é encontrada desde a Guatemala até a Bolívia e Brasil. O estudo fitoquímico da espécie, utilizando técnicas cromatográficas, conduziu ao isolamento do flavonoide Canferol 3-O-α-L-arabinofuranosídeo das folhas e flores, e 4’,5,7-trihidroxi-3’,5’-dimetoxiflavona (Tricina), e ao reisolamento da Kolavalona (ent-13-hidróxi-2-oxo-trans-cleroda-3,14-dieno) do caule. As substâncias isoladas foram caracterizadas por análise espectroscópica utilizando Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais. A atividade antimicrobiana da substância Kolavelona foi avaliada em diversas cepas, determinando-se sua concentração inibitória mínima (CIM), a atividade antibacteriana do composto foi considerada excelente frente às bactérias testadas.
  • VITOR PRATES LORENZO
  • ESTUDOS IN SILICO COM ALCALOIDES ORIUNDOS DE PRODUTOS NATURAIS
  • Data: 26/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • A utilizacao de plantas com fins medicinais e uma das mais antigas formas de pratica medicinal da humanidade, enfatizando os alcaloides, por apresentarem rica variedade estrutural e extensa propriedade farmacologica. O desenho de drogas auxiliado pelo computador e fundamentado em estrategias baseadas nos ligantes ou no alvo. No desenvolvimento de novos compostos, tecnicas baseadas na estrutura, como o docking, podem ser aplicadas no estudo de um determinado receptor e seu respectivo ligante, avaliando as interacoes ligante-proteina. Ao passo que nos metodos baseados no ligante, um banco de ligantes conhecidos e utilizado, buscando modos de avaliar parametros (descritores moleculares) que possam auxiliar no desenvolvimento de compostos com maior potencia. Este estudo teve como objetivo realizar estudos in silico para investigar interacoes farmaco-alvo com alcaloides oriundos de produtos naturais, e respectivos analogos, com relevante atividade farmacologica. Diferentes descritores moleculares e metodologias foram utilizadas nos estudos desenvolvidos. No capitulo 2, foi avaliado a interacao do alcaloide bisindolico caulerpina (CLP) com a enzima envolvida na doenca de Alzheimer (DA) monoamina oxidase B (MAO-B), alem de um banco com 109 analogos. Foi possivel observar um parametro quimico de inibicao dos analogos da CLP, onde a substituicao dos radicais deve ser assimetrica com polaridade distinta. Os estudos dos baseados no ligante e na estrutura, associado a classificacao drug-like, sugerem que o esqueleto quimico da CLP tem potencial uso no tratamento da DA. No capitulo 3, 8 alcaloides isolados de Cissampelos sympodialis e 101 derivados, tiveram seu potencial inibitorio contra enzimas (BACE, GSK-3β e MAO-A) envolvidas em doencas degenerativas avaliado por metodologias in silico. Analise consensual demonstrou afinidade de alcaloides bisbenzilisoquinolinicos pela BACE, incluindos os alcaloides naturais roraimina e simpodialina- β-N-oxide, suportando interesse em investigar este esqueleto como antagonista desta enzima. No capitulo 4 foi avaliado o potencial multi-target de 148 alcaloides aporfinicos de Annonaceae contra Leishmania donovani. Foram utilizadas seis enzimas desta doenca negligenciada para o estudo teorico, que foi associado com dados experimentais de quatro alcaloides disponiveis e que integram o banco, que apresentaram valor pIC50 inferior a 5.26. O alcaloide xyloguyellina foi apontado como potencial agente multi-target, demonstrando atividade contra 5 das 6 enzimas avaliadas, com probabilidade de atividade superior a 60%. Descritores de fragmento foram utilizados para criar modelo baseado no ligante em uma abordagem paralela com docking molecular, para predizer a atividade citotoxica e contra topoisomerase II de azafenantreno alcaloides, no capitulo 5. A atividade citotoxica deste esqueleto de alcaloides esta bem descrita na literatura, com diversas moleculas apresentando atividade contra linhagens de celulas tumorais. Os analogos IMB 6 e IMB 23 apresentaram interessante atividade e com seletividade, apresentando energia MolDock similar a liriodenina, composto caracterizado por potente acao antitumoral, porem com elevada toxicidade. Importantes informacoes estruturais sao fornecidas pela espectroscopia de ressonancia magnetica nuclear (RMN), sendo o capitulo 6 destinado a discorrer sobre a importancia desta tecnica para geracao de descritores moleculares. Estudos que aplicaram com sucesso descritores RMN em design de drogas assistida pelo computador encontram-se descritos, alem de diversos estudos de QSAR e QSPR tendo como amparo dados de deslocamentos quimicos.
  • JOEDNA CAVALCANTE PEREIRA
  • A esponja Oceanapia sp. apresenta efeito dual sobre a motilidade gastrintestinal de roedores: ensaios in vitro e in vivo
  • Data: 25/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais marinhos tem atraído a atenção de pesquisadores por ser uma fonte em potencial para o desenvolvimento de medicamentos. As esponjas do gênero Oceanapia possuem cerca de 100 espécies distribuídas em mares tropicais de todo mundo. Alguns estudos com produtos marinhos demonstram atividade em músculo liso, entretanto para Oceanapia sp. não há relatos. Assim, decidiu-se avaliar as atividades farmacológica e toxicológica do extrato etanólico obtido da esponja Oceanapia sp. (OC-EtOH). Para os ensaios in vitro (n = 5), os segmentos do íleo de cobaia eram suspensos em banhos de órgãos, onde as contrações isotônicas e isométricas eram registradas. Já para os ensaios in vivo (n = 6), os camundongos eram divididos em grupos: controle negativo (solução salina + Cremophor®, v.o.), controle positivo (atropina, v.o.) e OC-EtOH (várias doses, v.o.), onde eram investigados o efeito do extrato sobre o trânsito intestinal normal e induzido por óleo de rícino. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFPB (Protocolo nº 146/2015). Na triagem farmacológica preliminar, o OC EtOH induziu uma contração dependente de concentração sobre o tônus basal de íleo de cobaia (CE50 = 48,6 ± 2,7 µg/mL). Já sobre o componente tônico da contração induzida por KCl e por histamina em íleo de cobaia, o extrato apresentou uma contração transiente (CE50 = 176,6 ± 32,6 e 73,5 ± 6,9 µg/mL, respectivamente), seguida de um relaxamento (CE50 = 103,9 ± 8,6 e 90,1 ± 9,2 µg/mL, respectivamente), ambos de maneira dependente de concentração. Diferentemente, quando a contração era induzida por carbacol, o extrato apresentou apenas um relaxamento dependente de concetração (CE50 = 97,1 ± 17,4 µg/mL). Na investigação do mecanismo espasmogênico, observou-se que na presença de diferentes concentrações de atropina, antagonista muscarínico, as curvas concentrações-resposta cumulativas ao OC-EtOH não foram deslocadas. Já na presença de pirilamina, antagonista de receptores histaminérgicos (H1), as curvas concentrações-resposta foram desviadas para a direita, de maneira não paralela, com redução na potência e na eficácia e abolição de seu efeito espasmogênico, sugerindo a participação dos H1 no efeito espasmogênico do OC EtOH. Semelhantemente, na presença de verapamil, bloqueador dos canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV), as curvas concentrações-resposta cumulativas ao OC EtOH foram desviadas para a direita, de maneira não paralela, com redução na potência e na eficácia contrátil do extrato, sugerindo que o mecanismo de ação espasmogênica do extrato também envolve a ativação dos CaV. Na avaliação do mecanismo espasmolítico, observou-se que na presença pirilamina, o componente espasmogênico foi abolido e a potencia espasmolítica do OC-EtOH sobre contração tônica induzida por KCl (CE50 = 62,9 ± 9,9 µg/mL) foi potencializada. Como o passo comum da via de sinalização dos agentes contráteis utilizados são os CaV, investigou-se a participação destes no mecanismo de ação espasmolítica do OC EtOH. As curvas controle cumulativas ao CaCl2, na presença do extrato, foram desviadas para direita de forma não paralela e com redução do Emax. O OC EtOH também relaxou o íleo pré contraído com S ( ) Bay K 8644 (CE50 = 166,9 ± 17,8 µg/mL), um agonista dos CaV-1, demonstrando que o subtipo de CaV envolvido é o CaV1. Como a potência relaxante do OC EtOH foi maior quando o órgão foi pré-contraído com KCl + pirilamina do que pelo S ( ) Bay K8644 é sugestivo de que outros mecanismos estão envolvidos no efeito espasmolítico do OC EtOH. No ensaio de toxicidade aguda, o OC-EtOH (2000 mg/kg, v.o.) não induziu sinais de toxicidade em camundongos fêmeas (n = 6) nas condições experimentais avaliadas e a dose letal 50% é igual ou superior a 5000 mg/kg de acordo com o guia 423 da OECD. Como alguns compostos com atividade dual (espasmolítica e espasmogênica) em músculo liso são utilizados no tratamento da diarreia e constipação, decidiu-se investigar se o OC-EtOH apresentaria efeito sobre o trânsito intestinal de camundongos. Pode-se observar que o extrato aumentou o trânsito intestinal normal (DE50 = 477,6 ± 14,8 mg/kg) e inibiu o trânsito induzido por óleo de rícino (DE50 = 93,30 ± 7,2 mg/kg). Assim, conclui-se que o OC-EtOH apresenta efeito dual em íleo de cobaia promovendo contração via ativação dos receptores H1 e dos CaV e relaxamento pelo bloqueio dos CaV, além do efeito sobre o trânsito intestinal em camundongos, mostrando uma potencial utilização medicinal da esponja Oceanapia sp. em doenças intestinais como a diarreia e/ou constipação.
  • OTEMBERG SOUZA CHAVES
  • Estudo fitoquímico e antimicrobiano de duas espécies de Malvaceae: Pavonia malacophylla (Link e Otto) Garcke e Sida rhombifolia L
  • Data: 24/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • As plantas medicinais são recursos terapêuticos para a cura de vários males e seu potencial ainda é pouco explorado. O Brasil se destaca mundialmente por sua grande biodiversidade e dentro da flora, encontra-se a família Malvaceae que possui muitas espécies utilizadas na medicina popular. Destacam-se nessa família os gêneros Pavonia e Sida por serem um dos mais diversificados. Esse trabalho tem como objetivos contribuir com o perfil fitoquímico e biológico da família Malvaceae, tomando como alvo de pesquisa as espécies: Pavonia malacophylla (Link & Otto) Garcke, em um estudo pioneiro e estudode continuidade de Sida rhombifolia L. Utilizando técnicas cromatográficas e espectroscópicas foram isoladas e identificadas, respectivamanete, dezessete substâncias, sendo dez de P. malacophylla: sitosterol (Pm-1), uma mistura de estigmasterol e sitosterol glicosilados (Pm-1a e Pm-2b), uma mistura de α e β amirinas (Pm-3a e Pm-3b), 132-hidroxi-feofitina A (Pm-4), 173-etoxi-feoforbídeo A (Pm-5), canferol (Pm-6), quercetina (Pm-7) e tilirosídeo (Pm-8) e sete de S. rhombifolia: escopoletina (Sr-1), escoporona (Sr-2), Canferol 3-O-β-D-glicosil-6´´-α-L-rhamnosídeo (Sr-3), quindolinona (Sr-4), sal da criptolepina (Sr-5), 11-metoxi-quindolina (Sr-6) e criptosmirina (Sr-7). As fases, frações e substâncias isoladas foram avaliadas quanto ao CIM frente aos micro-organismos: Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichi. coli, Streptococcus mutans e Candida albicans. O sal da criptolepina (Sr-5), alcaloide indoquinolínico, teve uma CIM de 15 a 200 µg/mL. O alcaloide quindolinona (Sr-4) apresentou um efeito vasorelaxante em artéria mesentérica cranial de rato, com e sem o endotélio funcional.
  • RENAN MARINHO BRAGA
  • EFEITO ANTINOCICEPTIVO E ANTI-INFLAMATÓRIO DO ÓLEO ESSENCIAL DE LIPPIA PEDUNCULOSA
  • Data: 24/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • A dor e um fator relevante da homeostase e tem como funcao alertar sobre estimulos que podem provocar lesao tecidual, permitindo que mecanismos de defesa ou fuga sejam adotados. Apesar da variedade de substancias e do avanco no desenvolvimento das terapias de controle da dor, ainda ha uma necessidade urgente de analgesicos potentes e com menos efeitos adversos. Uma alternativa sao os produtos naturais, dentre estes, destacam-se os oleos essenciais, que possuem diversos efeitos farmacologicos provenientes da variabilidade quimico-estrutural que seus constituintes apresentam. O oleo essencial de Lippia pedunculosa (OELP), possui efeito tripanocida e amebicida ja relatados na literatura, entretanto sua acao em modelos experimentais de analgesia e inflamacao em camundongos, ainda nao foi estudada. Na triagem farmacologica comportamental, as diferentes doses testadas pela via p.o. (200, 300, 400 e 750 mg/kg) apresentaram alteracoes comportamentais psicodepressoras, tais como ambulacao diminuida, analgesia, ptose palpebral e perda do reflexo auricular. Nao foi observado mortes. Nos experimentos subsequentes foram elencadas as doses de 200, 300 e 400 mg/kg (p.o.). No teste do campo aberto constatou-se que o OELP apresenta um perfil de droga psicodepressora, pois parametros como ambulacao e rearing dos animais foram significativamente diminuidos. Foi possivel confirmar atraves do teste do rota-rod que os animais tratados com o OELP nao apresentaram alteracoes na coordenacao motora, descartando-se assim um possivel efeito miorrelaxante ou neurotoxico. Seguindo com os modelos para avaliacao da atividade antinociceptiva, no teste das contorcoes abdominais induzidas pelo acido acetico, OELP mostrou-se eficaz, diminuindo o numero das contorcoes. Diminuiu tambem o tempo de lambida nas duas fases do teste da formalina, mas nao foi capaz de aumentar a latencia para percepcao do estimulo termico no teste placa quente. Contudo, o efeito antinociceptivo do OELP nao foi revertido pela naloxona sugerindo que o mesmo nao atua pela via do opioides. Por fim, no modelo da peritonite induzida por carragenina, o OELP diminuiu o influxo de leucocitos no lavado peritoneal. Sendo assim, esses resultados mostram que o OELP tem atividade antinociceptiva e anti-inflamatoria, por mecanismos de acao ainda desconhecidos.
  • ANDERSON ANGEL VIEIRA PINHEIRO
  • Contribuição para o conhecimento fitoquímico de Sida rhombifolia L. (Malvaceae) e avaliação da atividade antimicrobiana do seu óleo essencial.
  • Data: 24/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • Os produtos naturais são considerados uma fonte extremamente valiosa para a descoberta de moléculas bioativas. Dessa forma, objetivou-se realizar o estudo fitoquímico de Sida rhombifolia L., caracterizar seus ácidos graxos e determinar a composição química e avaliação da atividade antimicrobiana do seu óleo essencial. Para o estudo fitoquímico das partes aéreas de S. rhombifolia, o extrato etanólico bruto foi obtido e, após a realização da prospecção fitoquímica, submeteu-se parte do extrato à marcha de alcaloides, onde a fase clorofórmica ácida foi aplicada em uma coluna de sílica gel. Uma partição foi realizada com a outra porção do extrato e após a obtenção da fase hidroalcoólica, esta foi aplicada em uma coluna Amberlite XAD-2 e, posteriormente, em Sephadex-LH 20. A caracterização dos compostos isolados se deu por Ressonância Magnética Nuclear (¹H e ¹³C) uni e bidimensional. Após extração dos ácidos graxos de S. rhombifolia, estes foram separados e quantificados utilizando um cromatógrafo gasoso com detector de ionização de chamas. As substâncias foram identificadas pela comparação com padrões de ésteres metílicos (Sigma). Para a obtenção do óleo essencial de S. rhombifolia, o pó da planta foi submetido à hidrodestilação, utilizando um aparelho de Clevenger (100ºC). A análise da composição química do óleo se deu por um cromatógrafo gasoso acoplado ao espectrômetro de massas. As substâncias foram identificadas pela comparação do espectro de massa obtido com o banco de dados do sistema (Nist. 62 lib) e índices de retenção (IR). A avaliação da atividade antimicrobiana se deu pela técnica de microdiluição, utilizando o óleo essencial de S. rhombifolia frente a Staphylococcus aureus (ATCC 15656), Escherichia coli (ATCC 25922),Streptococcus mutans (ATCC 25175), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e Candida albicans (ATCC 1106). O estudo fitoquímico permitiu o isolamento do etoxi-ferulato (Sr-1) e do canferol (Sr-2). A análise dos ácidos graxos identificou um percentual de 87,36%, sendo os ácidos palmítico (27,97%), linolênico (26,81%) e oleico (25,09%) os mais abundantes, em diferentes percentuais. O óleo essencial de S. rhombifolia apresentou como constituintes majoritários o octadecanal (44,1%), o p-vinil-guaiacol (19,4%) e o linalol (15,1%). A avaliação da atividade antimicrobiana do óleo essencial de S. rhombifolia apresentou atividade frente a Staphylococcus aureus (CBM 400 µg/mL) e Escherichia coli (CBM 350 µg/mL).
  • RAPHAELA FRANCELINO DO NASCIMENTO
  • Avaliação da atividade gastroprotetora do ácido rosmarínico em modelos animais
  • Data: 24/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • O ácido rosmarínico (AR) é um metabólito secundário presente em diversas espécies de plantas, quimicamente caracterizado como um composto fenólico, oriundo da esterificação do ácido cafeico e do ácido lático 3,4 dihidroxifenil. Seu nome é derivado da Rosmarinus officinalis, espécie da qual foi isolada pela primeira vez. Diversos efeitos biológicos têm sido descritos para o AR como o antioxidante, antialérgico, anticâncer, antimicrobiano, neuroprotetor, hepatoprotetor, entre outros. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade aguda, a atividade gastroprotetora do ácido rosmarínico, e os mecanismos de ação relacionados, em modelos animais. No modelo de toxicidade aguda em camundongos fêmeas, o ácido rosmarínico nas doses de 300 e 2000 mg/kg, v.o, não demonstrou nenhuma alteração comportamental nos parâmetros avaliados, nem alterações no consumo de água e ração, peso corpóreo e na estrutura macroscópica dos órgãos. Devido a presença de morte na dose de 2000 mg/kg, a DL50 do ácido rosmarínico foi estipulada em 2500 mg/kg, de acordo com o guia 423 da OECD, o que sugeri baixa toxicidade. A atividade gastroprotetora do AR foi avaliada nas doses de 25, 50, 100 e 200 mg/kg (v.o) em diferentes modelos de indução aguda de úlcera: etanol acidificado, etanol, estresse por imobilização e frio, anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) e contensão do suco gástrico. Na triagem farmacológica com o etanol acidificado em camundongos, o AR e a carbenoxolona diminuiu o índice de lesão ulcerativa (ILU) em 42, 42, 40, 66 e 42%, respectivamente, quando comparado ao grupo controle negativo (solução salina 0,9%). No modelo de etanol, AR (50, 100 e 200 mg/kg) e carbenoxolona (100 mg/kg) reduziu a ALU em 52, 68, 96 e 93%, respectivamente, quando comparado ao grupo controle negativo. No modelo de estresse, o AR (25, 50, 100 e 200 mg/kg) e a cimetdina (100 mg/kg) diminuiu o ILU em 39, 41, 69, 71 e 40%, quando comparado ao grupo solução salina 0,9%. No modelo de úlcera induzido por AINE o AR (25, 50, 100 e 200 mg/kg) e a cimetdina (100 mg/kg) diminuiu o ILU em 36, 39, 49, 67 e 29%, quando comparado ao grupo controle negativo. No modelo úlceras induzidas por contensão do suco gástrico, o AR (200 mg/kg) e cimetidina (100 mg/kg) quando administrado por via oral ou intraduodenal, reduziu o ILU em 38 e 51% ; 43 e 31%, respectivamente, quando comparados aos seus controles negativos. Foi avaliada a participação dos mecanismos antissecretórios ou neutralizante (parâmetros bioquímicos), citoproteção (grupamentos sulfidrila, óxido nítrico, muco, prostaglandina), antioxidante (GSH) e imunorregulatório (TNF-, IL-1 e IL-10). Foi observado que o efeito gastroprotetor do ácido rosmarínico não está relacionado à alteração dos parâmetros bioquímicos do suco gástrico (pH, volume e [H+]), não envolve a participação do óxido nítrico, muco e prostaglandinas, mas está relacionado a participação dos grupamentos sulfidrílicos, aumento dos níveis de GSH, redução de citocinas pró-inflamatórias (IL-1 e TNF-) e manutenção dos níveis de citocinas anti-inflamatórias (IL-10). Desta forma, é possível inferir que o ácido rosmarínico apresenta atividade gastroprotetora, relacionada a mecanismos citoprotetores, antioxidante e anti-inflamatórios.
  • YURI MANGUEIRA DO NASCIMENTO
  • ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Zornia brasiliensis.
  • Data: 24/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Zornia possui cerca de 80 espécies no mundo, com representantes na América, África, Oceania e a Ásia, e este gênero pertence à família Leguminosae. Zornia brasiliensis é uma espécie conhecida popularmente como “urinária”, “urinana” e “carrapicho” e seu uso popular é relatado como diurética e para tratamento de doenças venéreas, encontra-se distribuída em vários estados do Brasil, sendo abundante no Nordeste. Diante disto, este trabalho tem como objetivo contribuir com a ampliação do conhecimento químico do gênero Zornia através do estudo fitoquimico de Zornia brasiliensis Vogel, além de avaliar a atividade antioxidante e quantificar os fenólicos totais. Para realização do estudo, o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração e cromatografia para isolamentos dos constituintes químicos. A estrutura química das substâncias foi determinada por Ressonância Magnética Nuclear de 1H, 13C e bidimensionais em comparações com dados da literatura. O fracionamento cromatográfico da fração acetato-metanol 10% resultou no isolamento do isoflavonoide glicosilado: ononina, da fração acetato-metanol 50% obteve-se um ciclitol: o D-pinitol, e duas flavonas glicosiladas: a isoorientina e isovitexina. Com exceção da ononina, os compostos estão sendo isolados pela primeira vez no gênero Zornia. A atividade antioxidante do extrato etanólico bruto (EEB) e das frações diclorometano, acetato de etila, acetato-metanol 10% e acetato-metanol 50% foram verificadas através do método do sequestro do radical DPPH (1,1-difenil-2-picril-hidrazil) e da quantificação de fenólicos totais (Folin-Ciocalteau), com comparações dos resultados obtidos com os padrões, ácido ascórbico e ácido gálico, respectivamente. O estudo da atividade antioxidante revelou uma maior atividade nas frações acetato de etila, acetato-metanol 10% e EEB, resultado que pode ser associado ao fato destas frações terem apresentado os maiores teores de compostos fenólicos entres as frações testadas, e a fração diclorometano apresentou a maior CE50 e o menor teor de fenólicos totais. Portanto, os compostos fenólicos provavelmente podem ser responsáveis pelos melhores resultados da atividade antioxidante obtidos pelo teste do sequestro do radical DPPH. Os resultados fitoquímicos relatados na literatura mostram que os fenólicos isolados na fração diclorometano não apresentam os determinantes estruturais responsáveis por esta atividade corroborando com os resultados obtidos neste trabalho.
  • RAFAELA DOS SANTOS SOARES
  • CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO FITOQUÍMICO DE Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub. (FABACEAE)
  • Data: 23/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub., popularmente conhecida como rabo-de-bugio ou marmelo-do-mangue, é uma espécie da família Fabaceae, de significativa importância comercial, visto que a própolis vermelha tem origem do exsudato resinoso presente no caule desta espécie. Este trabalho objetivou contribuir o estudo farmacognóstico do gênero Dalbergia (Fabaceae) através do estudo fitoquímico da espécie D. ecastophyllum. Para tanto, o material vegetal (partes aéreas e raízes) foi coletado em Rio Tinto – Paraíba e depositado no Herbário do Departamento de Sistemática e Ecologia – UFPB com o código 45738 (JPB). Para o estudo fitoquímico, o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. As estruturas químicas dos mesmos foram determinadas por métodos espectroscópicos e comparações com modelos da literatura. Das frações das partes aéreas foram isoladas as substâncias 13²-hidroxi-17³-etoxifeoforbídeo A, feoftina A, fitol e isoquercitrina. Já das frações das raízes foram isolados o cedrol, acetato de ácido morolique, daidzeina, formononetina, β-sitosterol e estigmasterol; e 4-geranil-3,5-dihidroxi-4’-metoxi-trans-stilbeno. Sendo este último isolado pela primeira vez na literatura. A fração acetato de etila das partes aéreas apresentam uma excelente atividade antioxidante frente ao DPPH (CE50 = 0,85 ± 0,236 μg/ml).
  • FAGNER CARVALHO LEITE
  • 1,4-CINEOL REDUZ O RECRUTAMENTO DE NEUTRÓFILOS VIA POLARIZAÇÃO PARA MACRÓFAGOS M2 EM MODELOS DE INFLAMAÇÃO E NA LESÃO PULMONAR AGUDA EXPERIMENTAL
  • Data: 22/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • A lesao pulmonar aguda (LPA) e um problema clinico com uma significativa morbidade e mortalidade, caracterizada por edema pulmonar devido ao aumento da permeabilidade vascular, hipoxemia grave, inflamacao pulmonar, lesao endotelial e epitelial, acompanhados por um influxo de neutrofilos. A ativacao e a transmigracao de neutrofilos sao eventos que marcam a progressao da LPA. No entanto, nenhuma estrategia terapeutica especifica esta disponivel para LPA. 1,4-cineol e um monoterpeno oxido presente em oleos essenciais de plantas, incluindo Eucalyptus globulus com efeito ansiolitico. Estudos recentes tem mostrado que alguns monoterpenos exercem acoes anti-inflamatorias e anti-nociceptivas, no entanto, esses efeitos a partir de 1,4-cineol ainda sao desconhecidos. O presente trabalho teve como objetivo elucidar os efeitos anti-inflamatorios do 1,4-cineol e avaliar o seu efeito na inflamacao pulmonar em modelo murino de lesao pulmonar aguda. O edema de pata induzido pela carragenina, a permeabilidade vascular induzida por acido acetico, as contorcoes abdominais induzidas por acido acetico, a lambida da pata induzida por formalina, a peritonite induzida por carragenina e a lesao pulmonar aguda induzida por LPS, foram utilizados para testar o efeito anti-inflamatorio de 1,4-cineol. O mecanismo de acao foi explorado pela avaliacao nos niveis de TNF-α, IL-1, IL-10 e NO, producao NET, expressao de NFkB e P38 pela tecnica de citometria de fluxo e expressao de caspase1, IL-1β, Arg-1, PPARγ e iNOS utilizando a tecnica Western blot. Anova one- ou two-way seguido por teste de Dunnett ou Bonferonni, foram usados para determinar a significancia estatistica em comparacao com o controle. Os dados foram expressos como media±erro padrao da media (SEM) e o p <0,05 foi considerado significativo. O 1,4-cineol administrado por via intraperitoneal reduziu de forma significativa o edema da pata induzido pela carragenina e a permeabilidade vascular induzida por acido acetico. Em adicao, a nocicepcao induzida por acido acetico ou por formalina foi significativamente reduzida pelo tratamento dos animais com 1,4-Cineol. Ademais, o 1,4-cineol reduziu significativamente a migracao de neutrofilos na peritonite induzida por carragenina via reducao na producao de TNF-α e IL-1β, nos exsudados peritoneais. Na LPA, o 1,4-cineol reduziu o numero de celulas inflamatorias no fluido broncoalveolar (BALF), incluindo neutrofilos, e a atividade da mieloperoxidase no tecido do pulmao, como tambem diminuiu significativamente a quantidades de proteinas e os niveis de TNF-α, IL-1β e IL-6. Observou-se tambem reducao significativa, pelo 1,4-cineol, nas alteracoes histopatologicas do pulmao (hemorragia e infiltracao celular) ocasionadas pela inflamacao induzida pelo LPS. Em estudos in vitro, o 1,4-cineol reduziu a expressao do fator nuclear kappa B (NF-kB) p65, Fosfo-p38, iNOS e a producao de NO induzidos por LPS. Em adicao, o 1,4-cineol foi capaz de aumentar os niveis de IL-10 e a expressao de Arg-1 e PPARy em macrofagos. No entanto, nao demonstrou efeito sobre a expressao de caspase-1 e IL-1β. Em neutrofilos tratados com o 1,4-cineol, nao se observou reducao na producao de redes intracelulares de neutrofilos (NET) induzidas por Leishmania major. Sendo assim, o 1,4-cineol apresentou acao anti-inflamatoria nos diferentes modelos utilizados bem como observou-se que a molecula atuou sobre os diversos parametros inflamatorios na LPA incluindo a reducao na migracao de neutrofilos para o pulmao via polarizacao de macrofagos para o perfil M2, indicando o seu potencial para o tratamento da lesao pulmonar aguda.
  • GREGORIO FERNANDES GONCALVES
  • AVALIAÇÃO ANTIBACTERIANA, CITOTÓXICA E GENOTÓXICA DA CUMARINA DE Amburana cearensis (Fr. All.) A.C. Smith (Fabaceae) E SEUS DERIVADOS SINTÉTICOS
  • Data: 22/02/2016
  • Hora: 08:00
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  • Cumarinas são compostos fenólicos que possuem um amplo espectro de atividades farmacológicas, entre elas antimicrobiano, anticoagulante, analgésica, anti-inflamatório, broncodilatador e anti-HIV. Novas cumarinas vem sendo descobertas e também sintetizadas com objetivo de verificar novas ações, porém como toda substancia, esta pode ou não ser isenta de toxicidade e/ou efeitos adversos, por isso pesquisas nesta área, sejam elas com uma abordagem in silico, in vitro e/ou in vivo têm se intensificado com objetivo de garantir segurança no uso dessas moléculas. Assim, o objetivo desse trabalho foi investigar as possíveis atividades farmacológicas e perfil toxicológico da 1,2-benzopirona extraída de Amburana cearensis (Fr. All.) A.C. Smith (Fabaceae) e de derivados sintéticos, bem como, tentar estabelecer uma relação estrutura-atividade para estas substâncias. Para analisar as características toxicológicas teóricas in silico das cumarinas utilizamos o software Osíris, a avaliação da citotoxicidade das moléculas foi feita sobre eritrócitos humanos dos tipos sanguíneos A, B e O, a partir do teste de hemólise bem como de Fragilidade Osmótica Eritrocitária (FOE), ainda foi analisada a atividade antimicrobiana frente a bactérias Gram-positivas como linhagens de Basillus subtilis e Staphylococcus aureus assim como linhagens Gram-negativas como Pseudomonas aeruginosa e Eschericia coli utilizando a técnica de microdiluição. Avaliou-se também o potencial oxidante e antioxidante das referidas moléculas sobre as hemoglobinas liberadas pelos eritrócitos e, por fim, o perfil genotóxico por meio do teste do micronúcleo em células sanguíneas de camundongos. Os resultados obtidos pela analise in silico revelaram que apenas a 1,2-benzopirona e 7-hidroxicumarina possuem um alto potencial toxicológico quanto a seu perfil mutagênico e tumorigênico, todas as demais apresentaram baixo potencial. Todas as cumarinas apresentaram atividade antimicrobiana com a CIM variando de 200 a 12,5 µg/mL. As cumarinas demonstraram baixa taxa hemolítica em todas as concentrações analisadas em todos os grupos sanguíneos, porém apenas a 7-hidroxicumarina, 6,7-dihidroxicumarina e 6-metoxi-7,8-dihidroxicumarina foram capazes de inibir a lise da membrana eritrocitária no teste de fragilidade osmótica, especificamente sobre o sangue B. As substâncias não promoveram oxidação dos eritrócitos e apresentaram atividade antioxidante e, por fim, a 6-metoxi-7,8-dihidroxicumarina não apresentou potencial aneugênico/clastogênico frente a eritrócitos de camundongos, demonstrando assim ausência de genotoxicidade quando comparado com a ciclofosfamida, um comprovado agente genotóxico. Dessa forma, conclui-se que 3-hidroxicumarina, 7-hidroxicumarina, 6,7-dihidroxicumarina possuem reduzida citotoxicidade em eritrócitos e que 6-metoxi-7,8-dihidroxicumarina além da toxicidade em células vermelhas do sangue. Também apresentam ausência de genotoxicidade, além de todas possuírem relevante atividade antibacteriana e antioxidante.
  • DANIELE DE FIGUEREDO SILVA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE B - CITRONELOL SOBRE Candida albicans
  • Data: 19/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • Candida albicans é a principal levedura provedora de infecções fúngicas oportunistas em humanos sadios e imunodebilitados. A alta frequência de candidíase, vinculada ao aumento de falha terapêutica, por reflexo a resistência aos agentes antifúngicos de uso comum a terapia, leva a busca de fontes alternativas para obtenção de novas drogas antifúngicas. Em destaque, os produtos naturais à base de plantas, são ótimos precursores pela diversidade de compostos moleculares ativos. Dentre eles, os monoterpenos são detentores de um enorme potencial biológico de interesse humano. Diante dessas premissas, foi avaliada a atividade biológica de β - citronelol sobre Candida albicans, através de ensaios microbiológicos realizados in vitro, por determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), seguido da Concentração Fungicida Mínima (CFM) e ensaios em difusão em disco em meio sólido, para estudo comparativo do perfil de suscetibilidade aos antifúngicos azólicos (cetoconazol, clotrimazol, fluconazol, itraconazol e miconazol) e polienos (anfotericina B e nistatina) isolados e em associação ao β- citronelol. Em adição, também foram efetuados estudos dos parâmetros de ADMET por análise in silico. Nos estudos de atividade antifúngica, β - citronelol obteve uma CIM de 128 µg/mL (forte atividade) e uma CFM de 512 µg/mL respectivamente para 75% da população das cepas fúngicas testadas. Ao estudo de associação, o sinergismo foi prevalente para todos os antifúngicos. Em destaque, a combinação de β- citronelol ao fluconazol, itraconazol e miconazol, foi constatado a modificação do perfil de resistência à sensibilidade para alguns exemplares de C. albicans. Na análise in silico, β- citronelol apresentou ter boa biodisponibilidade oral, no entanto, potencial irritante e danos ao sistema reprodutor foram revelados como possíveis efeitos toxicológicos severos a este monoterpeno. Em conclusão, o β- citronelol monoterpenoide possui ter atividade anti-Candida albicans de natureza fungicida, além de ser um ótimo modificador de atividade aos agentes antifúngicos quando combinados. E muito embora tenha apresentado boa biodisponibilidade oral teórica, o perfil de toxicológico variado sugere a necessidade em avaliar o risco-benefício desse composto na produção de novo medicamento antifúngico, por realização de ensaios de cunho clínico.
  • FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DOS COMPOSTOS CUMARÍNICOS FRENTE ÀS CEPAS DO GÊNERO Aspergillus
  • Data: 18/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • As infecções fúngicas, nas últimas décadas, têm se destacado devido ao seu crescente aumento e suas elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Pacientes imunocomprometidos são os que possuem maior susceptibilidade a estes micro-organismos. Dentre estas infecções fúngicas, as espécies pertencentes ao gênero Aspergillus spp. possuem alta incidência entre os fungos filamentosos. A terapêutica antifúngica tem sido alvo de numerosos estudos e nestes tem sido destacado o crescente aumento de espécies fúngicas resistentes. Dessa forma, destaca-se a importância da busca de novas fontes terapêuticas que se apresentem mais eficazes e com menos tóxicas ao hospedeiro. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica in vitro e relação estrutura atividade (SAR) dos compostos cumarínicos frente às espécies do gênero Aspergillus. Para tal foi determinada a CIM de 24 compostos cumarínicos e posteriormente realizado estudos SAR com softwares computacionais. Os dois derivados cumarínicos, 7-hidroxi-6-nitrocumarina (Cou-NO2) e 4-acetóxicumarina (Cou-UMB16), com melhores valores de CIM, foram avaliados via testes de inibição do crescimento micelial, germinação dos conídios e testes de determinação do mecanismo de ação. Por fim os produtos foram avaliados em combinação com antifúngicos padrões. Os resultados demonstraram que 12 derivados cumarínicos dos 24 ensaiados possuem atividade antifúngica, com valores de CIMs variando entre 1024-16µg/mL. A SAR demonstra que a presença de uma cadeia alifática curta, e / ou grupos de eletronegativos, como substituintes do anel benzopirona, favorece a atividade antifúngica destes compostos. Os derivados cumarínicos com melhores CIM (16µg/mL), 7-hidroxi-6-nitrocumarina (Cou-NO2) e 4-acetóxicumarina (Cou-UMB16) foram capazes de inibir o crescimento micelial e a germinação dos conídios de Aspergillus spp. E estes possuem ação sobre a estrutura da parede celular fúngica. Em uma concentração subinibitória, Cou-NO2 potencializou a ação in vitro dos derivados azólicos e em combinação com os derivados azólicos (voriconazol e itraconazol) observou-se um efeito aditivo. Já Cou-UMB16 em combinação com os derivados azólicos (voriconazol e itraconazol) obteve um efeito sinérgico a aditivo, dependendo da linhagem utilizada. Logo este estudo conclui que os derivados cumarínicos possuem atividade antifúngica contra as espécies de A. flavus e A. fumigatus. Cou-NO2 e Cou-UMB16 foram capazes de inibir o crescimento micelial e a germinação dos conídios e que esta atividade seja devido a sua ação sobre a parede celular fúngica. E a presença de uma cadeia alifática curta e / ou grupos eletronegativos como substituintes do anel benzopirona favorecem esta atividade.
  • LAERCIA KARLA DIEGA PAIVA FERREIRA
  • EFEITO IMUNOMODULADOR DO ALCALOIDE SINTÉTICO MHTP NA INFLAMAÇÃO PULMONAR ALÉRGICA EXPERIMENTAL
  • Data: 17/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • O alcaloide sintético 1-(3-metoxi-4-hidroxifenil)-7-metoxi-1,2,3,4,- tetrahidroisoquinolina, codificado como MHTP, possui rendimento de 93,45%, nao apresentou efeito genotóxico com baixa toxicidade aguda pré clínica, com DL50 maior que 1.000 mg/kg. O MHTP apresentou efeito vasorelaxante e anti-inflamatorio em modelo de inflamação aguda, administrado por via oral. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito imunomodulador do MHTP, administrado por instilação nasal (i.n.), na inflamação pulmonar alérgica experimental induzida por ovalbumina (OVA), por meio dos parâmetros alérgico (quantificação de IgE sérica) e inflamatório (migração celular e produção de citocinas, no fluido do lavado broncoalveolar- BAL, produção de muco e remodelamento histopatológico pulmonar). Camundongos fêmeas BALB/c foram sensibilizados com OVA nos dias 0 e 12 do protocolo experimental e nos dias 19 a 22 foram tratados por via i.n. com MHTP nas doses 2,5 ou 5 mg/kg ou Dexametasona (2 mg/kg). Após cada tratamento, foi realizado os desafios por aerossol com OVA, durante 30 minutos diários; 24 horas após o último desafio, foi coletado o material biológico necessário para avaliação da inflamação pulmonar alérgica, característica da asma alérgica. O tratamento com MHTP na dose de 2,5 mg/kg diminuiu significantemente (p<0,05) a migração de linfócitos totais, (p<0,0001) linfócitos CD4+ e a produção das citocinas IL-13, IL-4, IL-17 e IL-10. A dose de 5 mg/kg, por sua vez, diminuiu significantemente (p<0,05) a produção de IgE-OVA específica e migração de linfócitos CD3+; (p<0,0001) migração de leucócitos totais, linfócitos CD4+, macrófagos e (p<0,001) eosinófilos; (p<0,0001) o percentual de granulócitos e a produção das citocinas IL-13, IL-4, IL-17 e IL-10. Além disso, MHTP reduziu os parâmetros inflamatórios histopatológicos tais como hiperplasia e hipertrofia das células caliciformes e hiperprodução de muco. Os resultados obtidos inferem que o mecanismo imunomodulador do MHTP está relacionado à regulação do perfil Th2, que é responsável por gerar e manter o processo inflamatório alérgico pulmonar, característico da asma alérgica.
  • ADRIANO FRANCISCO ALVES
  • MILONINA, ALCALOIDE DE CISSAMPELOS SYMPODIALIS EICHL. (MENISPERMACEA) INIBE INFLAMAÇÃO AGUDA MEDIADA POR MASTÓCITO.
  • Data: 15/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • A planta Cissampelos sympodialis EICHL. (Menispermaceae) é uma planta nativa da região paraibana a qual é utilizada na medicina popular para tratamento de diversas afecções inflamatórias, como asma e rinite. Essa planta apresenta vários metabólitos biologicamente ativos como a warifteína, metil-warifteína, milonina, entre outros. Dados preliminares mostram que metabólitos como wariftéina apresenta atividade anti-inflamatória em modelo murino de asma. O objetivo desse trabalho foi avaliar se a milonina, metabólito de Cissampelos sympodialis apresenta atividade anti-inflamatória aguda. Para isso, utilizou-se modelos animais de edema de pata induzido por agentes flogísticos, análise histológica, choque anafilático, scratching behaviour e testes de atividade antinociceptiva, tais como, contorções abdominais e da placa quente. O pré tratamento dos animais com milonina foi capaz de inibir de forma significativa (p<0,05) o edema de pata induzido por carragenina no período entre uma e duas horas enquanto que, no desafio com o composto 48/80, a milonia foi capaz de inibir (p<0,05) o edema nos dois tempos avaliados isto é 30 e 60 min. A milonina a 2mg/kg foi capaz de proteger em 75% os animais da morte induzida pelo composto 48/80 no teste de choque anafilático. Na análise morfológica da pele dos animais submetidos ao comportamento de coceira induzido pelo composto 48/80 observou-se a preservação das estruturas epiteliais. Em adição, a milonina foi capaz de diminuir de forma significativa (p<0,05), a nocicepção induzida por ácido acético e placa quente um padrão de inibição de dor inflamatória. Diante disso esses dados sugerem que a milonina apresenta atividade anti-inflamatória aguda via inibição da ação de mastócitos.
  • SARA ALVES LUCENA MADEIRO
  • Contribuição ao conhecimento fitoquímico e biológico de duas espécies de Rutaceae da flora paraibana
  • Data: 02/02/2016
  • Hora: 09:00
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  • Rutaceae é uma família, predominantemente tropical e subtropical, constituída por cerca de 160 gêneros, dentre eles os gêneros Metrodorea e Pilocarpus, que possuem importantes propriedades medicinais e ecológicas. Esta família também merece atenção por apresentar uma grande diversidade de metabólitos secundários. Diante disso, este trabalho teve como objetivo ampliar o conhecimento químico e biológico sobre a família Rutaceae através do estudo das espécies Metrodorea mollis Taub. e Pilocarpus spicatus subsp. aracatensis Kaastra. As partes aéreas das espécies em estudo foram submetidas a processos de extração, particionamento e isolamento dos seus constituintes químicos, que posteriormente foram caracterizados através de técnicas espectroscópicas de IV, EM e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparação com dados com a literatura. Do extrato hexânico de M. mollis foram isoladas as substâncias: xantotoxina, isopimpinelina, hinoquinina, savinina, lupeol e β-sitosterol. Da fase hexânica de P. spicatus foram identificadas: xantotoxina, bergapteno, imperatorina, asarinina, acetato de taraxerol e brazoxido A, sendo este último relatado pela primeira vez na literatura. As cumarinas xantotoxina e imperatorina foram selecionadas como marcadores químicos de P. spicatus e uma metodologia analítica foi desenvolvida e validada para quantificar, por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, o teor das mesmas no Extrato Etanólico Bruto (EEB) de P. spicatus. A metodologia proposta mostrou-se seletiva, linear, exata, precisa e robusta. Além disso, foi realizada a avaliação da atividade antibacteriana através da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e moduladora da resistência a drogas em Staphylococcus aureus do EEB de P. spicatus e das cumarinas isoladas (bergapteno, xantotoxina, isopimpinelina, imperatorina). O EEB e as cumarinas não apresentaram atividade antibacteriana relevante. Entretanto, no ensaio da modulação da resistência a drogas, a isopimpinelina reduziu em até 4 vezes a CIM da eritromicina, e a imperatorina apresentou o melhor resultado, com redução da CIM dos antibióticos tetraciclina (até 2 vezes), eritromicina (até 4 vezes) e norfloxacino (até 4 vezes). Ao reduzir a CIM do brometo de etídio, a imperatorina é considerada de fato como inibidor putativo do sistema de efluxo em bactéria.
2015
Descrição
  • VIVIANE ARAUJO DA SILVA
  • Atividades antimicrobiana, citotóxica e genotóxica do óleo essencial de Ocimum basilicum (Lamiaceae) e do linalol
  • Data: 09/12/2015
  • Hora: 14:00
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  • Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa são micro-organismos de grande importância clínica, pois estão entre as espécies bacterianas com maior poder de causar infecções e que apresentam grande resistência aos antibióticos. Sabendo que bactérias resistentes a múltiplas drogas representam um desafio para o tratamento de infecções, é necessário encontrar novas substâncias que sejam eficazes no combate a estes micro-organismos. Ocimum basilicum L.(Lamiaceae) é conhecida popularmente como manjericão e faz parte de um grupo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares de grande valor econômico. Este trabalho teve como objetivo avaliar a composição química de O. basilicum e determinar a atividade antibacteriana, citotóxica e genotóxica do óleo essencial e do seu composto majoritário. Sua composição química foi determinada por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa e a atividade antibacteriana dos compostos foram avaliadas pela determinação da concentração inibitória mínima e concentração bactericida mínima pela técnica de microdiluição, a cinética de morte microbiana e o estudo da associação dos compostos com antibióticos padrões também foram analisados. Para o estudo de citotoxicidade foi realizado o teste de hemólise em eritrócitos humanos e para a genotoxicidade o teste de micronúcleo em roedores. Entre os fitoconstituintes, o monoterpeno linalol (55,2%) apresenta-se como o majoritário. Os experimentos de atividade antibacteriana mostraram que o óleo essencial de O. basilicum e o linalol apresentaram atividade antibacteriana contra cepas de S. aureus variando entre 1024 a 512 μg/mL e 1024 a 32 μg/mL, respectivamente. Já para cepas de P. aeruginosa a concentração inibitória mínima do óleo foi de 1024 μg/mL, sendo algumas cepas resistente, e para o linalol variou de 1024 a 32 μg/mL. A atividade antibacteriana foi caracterizada como bactericida para as cepas de S. aureus na concentração dos compostos de CIMx4 e após 8h de contato. O estudo de associação dos compostos com antibióticos padrões mostrou que para as cepas de S. aureus a associação do óleo essencial ou do linalol com o imipenem apresentou efeito sinérgico. Já para a ciprofloxacina, a associação do óleo mostrou efeito antagonista e do linalol efeito aditivo. Em relação as cepas de P. aeruginosa a associação do óleo ou do linalol com o imipenem apresentou efeito sinérgico e com a ciprofloxacina a relação foi indiferente. O óleo essencial de O. basilicum e linalol apresentaram baixa citotoxicidade. Estes dados foram confirmados através da análise da citotoxicidade frente a eritrócitos, que revelou valores de hemólise abaixo de 10 % para o tipo sanguíneo testado. A análise do potencial genotóxico dos compostos revelou que estes não foram capazes de causar danos no DNA das células do sangue periférico dos animais tratados. Em conclusão, estes resultados sugerem que o óleo essencial do O. basilicum e o linalol apresentam efeito antimicrobiano, sejam isolados ou em associação com antibióticos padrões, e que estes compostos possuem baixa citotoxicidade e genotoxicidade.
  • KAIO ARAGAO SALES
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Paliavana tenuiflora Mansf. (GESNERIACEAE)
  • Data: 30/11/2015
  • Hora: 09:00
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  • Paliavana tenuiflora Mansf. é uma espécie da família Gesneriaceae, sendo esta composta por cerca de 150 gêneros e 3.200 espécies, entre ervas, arbustos e pequenas árvores. As espécies de Gesneriaceae são encontradas nos trópicos de todos os continentes, apresentando ampla distribuição no Brasil, principalmente na Floresta Atlântica no Sudeste e Nordeste, totalizanto 211 espécies em 27 gêneros encontrados no país. Há relatos de diversas classes de metabólitos secundários isolados na família, destacando-se os flavonóides, terpenóides, quinonas e compostos fenólicos. Paliavana tenuiflora é encontrada nos campos rupestres, em mata ciliar e nos afloramentos rochosos de mata úmida na Bahia, Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco. Por haver apenas um relato de estudo fitoquímico, buscou-se neste trabalho isolar metabólitos secundários ainda não relatados na espécie, podendo desta forma contribuir com sua quimiotaxonomia e possibilitando a realização de estudos de atividade biológica com os compostos obtidos. Para isso, o material vegetal, coletado em Fagundes-PB, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento de constituintes químicos. As estruturas químicas dos compostos isolados foram determinadas pelo método espectroscópico de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C e comparação com dados de modelos relatados na literatura. O estudo levou ao isolamento e caracterização estrutural da mistura de β-sitosterol e estigmasterol, o sesquiterpeno presilphiperfolano-9-ol, a antraquinona tectoquinona e duas naftoquinonas, a 7-metoxi-8-hidroxi-α-dunniona e o tenuiflorol, sendo esta relatada pela primeira na literatura e as demais substâncias pela primeira vez no gênero Paliavana, contribuindo, portanto, com sua quimiotaxonomia.
  • MARCIO VINICIUS CAHINO TERTO
  • AVALIAÇÃO ANALÍTICA E BIOANALÍTICA DA RIPARINA I
  • Data: 25/11/2015
  • Hora: 14:00
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  • A riparina I é uma alcamida obtida a partir da Aniba Riparia com relevante atividade farmacológica. Embora estudos farmacológicos sejam extensos, a avaliação das características do estado sólido desta alcamida e estudos farmacocinéticos ainda são pouco relatados. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização do estado sólido de cinco lotes de riparina I, obtidos a partir do mesmo processo de síntese, utilizando diferentes técnicas analíticas e o desenvolvimento de método bioanalítico para estudos farmacocinéticos. A caracterização foi realizada através de ensaios de avaliação do perfil de impurezas, utilizando a cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo diodo (CLAE-DAD), em nível molecular utilizando ensaios com infravermelho (IV) e ressonância magnética nuclear (RMN 1H e 13C) e em nível de partícula através das técnicas analíticas; calorimetria exploratória diferencial (DSC), termogravimetria (TG), difração de raio X (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a pirólise acoplada a cromatografia gasosa/espectrometria de massas. O método bioanalítico para a quantificação de Riparina I foi desenvolvido utilizando plasma de ratos wistar após a aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa Animal (CEPA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Certificado n° 0308/13, utilizando a CLAE acoplada a espectrometria de massas (CLAE-EM). Os lotes de riparina I apresentaram perfil de impurezas cromatográficas semelhantes no CLAE-DAD. Os espectros de RMN 1H e 13C confirmaram a identidade da riparina I para os cinco lotes, além de revelar a presença de impurezas no espectro de 1H, sendo o lote RIP-1 o mais puro entre os lotes avaliados. Os dados do espectro de IV corroboraram com a identidade da riparina I. As imagens da MEV evidenciaram cristais com hábitos cristalinos diferentes, possivelmente por alterações no processo de síntese. Os dados DSC confirmaram alterações na estrutura cristalina, onde foi possível observar que os lotes RIP-2 e RIP-3 apresentaram dois picos endotérmicos característicos de fusão, inferindo que as amostras apresentam misturas de cristais. Os dados TG mostraram processo de decomposição em uma única etapa característico da volatilização da riparina I, dados confirmados nos pirogramas obtidos para os cinco lotes estudados. Os dados DRX confirmaram a presença de estruturas cristalinas distintas pela presença de picos no eixo 2ɵ, nos ângulos 12 º, 20-25 º e 34 º, diferentes nas difratogramas das amostras. A caracterização do estado sólido dos lotes de riparina I evidencia a necessidade de maior controle no processo de síntese. Para o desenvolvimento do método bioanalítico as amostras de plasma foram submetidas ao preparo com diferentes métodos de extração, sendo o método de precipitação de proteínas utilizando 400 µL de MeCN o que apresentou maior porcentagem de recuperação em torno de 88,97 – 95,32 %. O método bioanalítico validado é linear na faixa de 5,0 a 750 ng/mL. O tempo de execução do método é de 6,0 min. A variabilidade intra dia e inter dia inferior a 9,5%. A maior variação no erro padrão relativo da média foi de, -9,08 %. O maior valor de efeito matriz observado foi na concentração de 10,0 ng/mL ( -11,06 ± 6,67). A riparina I apresentou estabilidade na matriz plasma em 3 ciclos de congelamento/descongelamento, 8 horas após processamento, 5 horas na matriz em temperatura ambiente e congelado a -20 ºC por 30 dias. O método desenvolvido constitui uma ferramenta útil para os estudos de farmacocinética da riparina I.
  • JANIERE PEREIRA DE SOUSA
  • Atividade antifúngica do citral e timol sobre Candida tropicalis e Candida parapsilosis
  • Data: 13/11/2015
  • Hora: 08:30
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  • O número limitado de antifúngicos e o surgimento de cepas resistentes tem dificultado o tratamento da candidiase tornando urgente a busca por novos antifúngicos. Citral e timol são monoterpenos com conhecidas propriedades farmacológicas, incluindo ação antifúngica. O objetivo desse trabalho foi investigar a atividade antifúngica desses monoterpenos, seus possíveis mecanismos de ação e o efeito da associação com antifúngicos contra Candida tropicalis e Candida parapsilosis isoladas de sangue humano. A concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), o efeito do citral na parede celular (ensaio de sorbitol) e ligação ao ergosterol da membrana foram realizados pela técnica de microdiluição. Também foi avaliada a interferência na biossíntese de ergosterol, e o efeito da associação com antifúngicos pelo método de checkerboard e ensaio de modulação A CIM do timol variou entre 64 e 512 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 128 e 256 μg/mL para C. tropicalis. Já a CIM do citral variou entre 64 e 512 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 256 e 512 μg/mL para C. tropicalis. Todas as cepas testadas foram resistentes ao fluconazol (CIM ≥ 64 mg/L). A CFM do timol variou entre 128 e 1024 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 128 e 512 μg/mL para C. tropicalis. Já a CFM do citral variou entre 128 e 1024 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 256 e 1024 μg/mL para C. tropicalis. De acordo com a razão CFM/CIM, citral e timol parecem exercer um efeito fungicida contra as cepas testadas. Os valores de CIM de citral e timol contra C. tropicalis e C. parapsilosis permaneceram inalterados na presença de sorbitol 0.8 M ou ergosterol 400 μg/mL, sugerindo, respectivamente que estes monoterpenos não atuam através da inibição da síntese da parede celular fúngica e não atuam por ligação ao ergosterol da membrana. Por outro lado, citral e timol inibiram a biossíntese de ergosterol, indicando um possível mecanismo de ação destes monoterpenos mediado pela inibição da biossíntese do ergosterol. A associação citral-fluconazol foi sinérgica para C. tropicalis ATCC, enquanto citral-anfotericina B foi aditiva para 75% das cepas testadas e timol-fluconazol variou de indiferente a aditiva. Na presença de concentrações subinibitórias do citral e do timol, a CIM da anfotericina B e do fluconazol não diminuíram, sugerindo que esses monoterpenos não modulam a atividade antifúngica desses antifúngicos. Assim, esses monoterpenos podem representar uma nova possibilidade entre os produtos com atividade antifúngica contra Candida, em especial contra C. parapsilosis e C. tropicalis.
  • INGRID CHRISTIE ALEXANDRINO RIBEIRO DE MELO
  • ANÁLISE METABOLÔMICA DAS FOLHAS DE Cissampelos sympodialis Eichler E A RELAÇÃO COM A ATIVIDADE RELAXANTE EM TRAQUEIA DE COBAIA
  • Data: 31/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • Cissampelos sympodialis Eichler, pertence a família Menispermaceae, sendo conhecida popularmente como “milona". A espécie tem demonstrado por meio de testes pré-clínicos,potencial de interferir em processos relacionados com a fisiopatologia da asma, exercendo múltiplos efeitos sinérgicos. A warifteína, um alcaloide bisbenzilisoquinolínico, tem sido apontada como a principal substância bioativa presente nas folhas e nas raízes desta espécie. O presente estudo utilizou metodologia metabolômica baseada em RMN e combinação com análise multivariada para analisar a variação química qualitativa e quantitativa dos constituintes presentes nos extratos hidroalcoólicos das folhas durante o desenvolvimento da planta (entre 60 a 210 dias após o plantio, codificados como CsF60, CsF90, CsF120, CsF150, CsF180 e CsF210) e a relação com o efeito in vitro sobre traqueia isolada de cobaia. Os dados de RMN-1H dos seis extratos das folhas foram submetidos à análise por PCA e os teores dos compostos identificados foram quantificados por RMNq-1H. O teor de warifteína e metilwarifteína foram determinados por CLAE e o teor de fenólicos totais determinado pelo método de Folin-Ciocalteu, utilizando ácido gálico como o composto fenólico padrão. Os extratos submetidos à análise por RMN-1H foram simultaneamente testados quanto à sua potência em relaxar in vitro a traqueia de cobaia pré-contraída com carbacol. Para estudar a relação entre o perfil químico e a atividade farmacológica foi empregada a técnica de PLS (Partial Least Squares). O estudo foi capaz de identificar e quantificar vinte substâncias dentre metabólitos primários e secundários presentes em todos os extratos das folhas. Os teores dos alcaloides majoritários decaem de 2,0 ± 0,32 µg/mL para warifteína e 1,0 ± 0,14 µg/mL para metilwarifteína a níveis não detectáveis, a partir de 90 dias após o plantio para a warifteína e a partir de 120 dias para metilwarifteína. Os compostos fenólicos e os flavonóis quercetina (0,1 ± 0,05 a 1,0 ± 0,12 mmol/L) e caempferol (0,4 ± 0,12 a 1,0 ± 0,16 mmol/L) se comportam de forma contrária, aumentando os seus níveis no sentido da frutificação. Através da análise de PCA foi possível diferenciar todos os extratos, demonstrando que o ciclo vegetativo está associado com diferenças claras na composição química, principalmente devido a variações na concentração de açúcares, compostos fenólicos e derivados do ácido quínico. O extrato (CsF210) originado das folhas no período da frutificação foi o mais distinto entre as amostras, sendo os sinais atribuídos aos derivados do ácido quínico, quercetina e caempferol responsáveis por esta discriminação. Os seis extratos foram capazes de relaxar a traqueia de cobaia pré-contraída com carbacol, sendo o extrato CsF210 (CE50 = 74,6 ± 7,9 µg/mL) mais potente em relação aos extratos CsF90 (CE50 = 231,6 ± 38,9 µg/mL) e CsF180 (CE50 = 239,7 ± 15,1 µg/mL) na presença de epitélio funcional. Não houve correlação entre o teor de alcaloides determinados por CLAE e a atividade espasmolítica dos extratos. Por outro lado, a análise por PLS demonstrou correlação entre os sinais de derivados dos flavonóis quercetina e caempferol e a potência espasmolítica dos extratos. Em conjunto nossos resultados demonstram pela primeira vez que os alcaloides bisbenzilisoquinolínicos warifteína e metilwarifteína não parecem estar envolvidos nas ações espasmolíticas dos extratos polares de Cissampelos sympodialis.
  • JACQUELINE IRIS VASCONCELOS COSTA
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DAS FOLHAS E CAULES DE Piper arboreum AUBLET (PIPERACEAE)
  • Data: 31/08/2015
  • Hora: 08:30
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  • O gênero Piper é o maior da família Piperaceae, suas espécies estão distribuídas especialmente na região neotropical do globo terrestre. A investigação fitoquímica de espécies de Piper originou inúmeros trabalhos científicos em várias partes do mundo, o que levou ao isolamento de diversos compostos bioativos tais como cavalactonas, lignoides, cromonas, flavonoides e chalconas, terpenos, esteroides, ácidos benzoicos prenilados, aristolactamas, fenilpropanoides e amidas. Piper arboreum é um arbusto ereto de aproximadamente 4,0 metros de altura. Popularmente é conhecida como fruto de morcego, alecrim-de-Angola, pau-de-Angola ou beto-preto e utilizada no Brasil, na forma de decocto para o tratamento de reumatismo, bronquite, gripe e resfriado e empregada contra doenças venéreas e do trato urinário. Este trabalho reporta o estudo fitoquímico das folhas e caule de P. arboreum Aublet. Utilizando-se métodos cromatográficos usuais e técnicas espectroscópicas de IV, EM e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais e a comparação dos dados com a literatura foi possível isolar e identificar das folhas o e do caule de Piper arboreum, uma mistura de esteroides: β-sitosterol e estigmasterol, quatro aristolactamas: Piperolactama A, Piperolactama B, Piperolactama C e Cefaronona B, três fenilpropanoides: Ácido 3,4,5-trimetoxifenil-propanóico, Ácido 3,4,-dimetoxifenil-propanóico e Ácido 3,5-dimetoxi-4-hidroxifenil-propanóico e três amidas: Arboreumina, N-(12,14-dimetoxi-13-hidroxidihidrocinamoil)-3-piridin-2-ona e N-[12-(15,16-metilenedioxifenil)-8(E),10(E)-heptadienoil-pirrolidina. Os dois últimos compostos estão sendo relatados pela primeira vez na literatura.
  • MARIA DO CARMO DE ALUSTAU
  • CARACTERIZAÇÃO DO EFEITO VASODILATADOR DOS NITRATOS ORGÂNICOS GTN, NTHF, NCOE E BIS-NTHF EM ARTÉRIA E VEIA ISOLADAS DE CORDÃO UMBILICAL HUMANO
  • Data: 31/08/2015
  • Hora: 08:00
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  • Vasos umbilicais humano (HUCV), muitas vezes considerado lixo biológico, são bons modelos para avaliação de substâncias vasoativas. O efeito do trinitrato de gliceril (GTN) já foi caracterizado em vários vasos sanguíneos animais, mas em HUCV foi apenas relatado que este nitrato apresenta pouco efeito. O nitrato de tetra-hidrofurfurilo (NTHF) e o 13-nitrato-cis-9-octadecanoato de etila (NCOE) são doadores de óxido nítrico (NO), cujo efeito foi caracterizado em vasos animais. O 1,2-bis(tetrahidrofuran-2-il)etano-1,2-diildinitrato (BIS-NTHF) é um composto inédito (duas moléculas de NTHF) que não possui estudos farmacológicos. O objetivo deste estudo foi implantar e padronizar a técnica envolvendo HUCV, e caracterizar o efeito desses quatro nitratos orgânicos tanto em anéis de artéria (HUA) como veia (HUV) isoladas de cordão. A padronização da técnica mostrou que 3 g e 3h são, respectivamente, a tensão e tempo ideais para experimentos com os vasos umbilicais, além do fato de que estes apresentam uma queda espontânea tanto do tônus basal como do contrátil. O estudo com os nitratos mostrou que esses compostos relaxaram o tônus basal de HUCV. Todos os nitratos induziram vasorrelaxamento, em ambos os vasos umbilicais pré-contraídos com serotonina (5-HT), com efeitos máximos superiores a 90%, e com maior eficácia em relaxar HUA do que HUV. Nesta situação, GTN foi o nitrato mais potente em causar vasodilatação, BIS-NTHF apresentou um valor de potência intermediário, enquanto que NCOE e NTHF foram os menos potentes em relaxar HUV e HUA, respectivamente. Quando os anéis de HUA foram pré-contraídos com KCl 60 mM, houve uma atenuação da vasodilatação promovida pelos nitratos. GTN e NTHF também apresentaram o vasorrelaxamento diminuído nos anéis de HUV pré-contraídos com KCl 60 mM, enquanto NCOE e BIS-NTHF tiveram seus efeitos de forma semelhante aos anéis pré-contraídos com 5-HT. A pré-incubação de GTN, NTHF e BIS-NTHF atenuou as contrações induzidas por 5-HT, em anéis de HUA. Adicionalmente, GTN e BIS-NTHF também inibiram a contração estimulada por 5-HT em HUV. Em contrapartida, a pré-incubação de NTHF, em HUV, e de NCOE, tanto em HUV como em HUA, levaram à inibição menor, quando comparados aos outros nitratos. GTN, NTHF e BIS-NTHF inibiram o componente fásico e tônico da contração induzida por 5-HT, na ausência do Ca2+ extracelular. NCOE, por sua vez, foi mais eficaz em inibir a contração tônica. A pré-incubação de 10 μM de ODQ, inibidor da ciclase de guanilil solúvel, fez com que a resposta vasodilatadora de GTN, NTHF, NCOE e BIS-NTHF fosse atenuada de maneira significativa. A pré-incubação de 10 mM de TEA, um bloqueador de canais para potássio, em HUA diminuiu a resposta relaxante dos quatro nitratos, não alterando o efeito em HUV. Diante do exposto, pode-se concluir que os nitratos orgânicos GTN, NTHF, NCOE e BIS-NTHF causam vasorrelaxamento de anéis de HUCV, tanto no tônus basal quanto de contrações induzidas por 5-HT ou KCl. O mecanismo de ação dos nitratos nestes vasos humanos envolve ativação da sGC e de canais para potássio; e inibição da entrada de cálcio, liberação dos estoques deste íon do retículo sarcoplasmático e da atividade da ROCK
  • MATHEUS MORAIS DE OLIVEIRA MONTEIRO
  • NOVOS DERIVADOS DA ISATINA CAUSAM VASORRELAXAMENTO EM ARTÉRIA MESENTÉRICA CRANIAL DE RATOS WISTAR
  • Data: 27/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • O processo de descoberta de novas drogas que atuam na camada muscular lisa causando relaxamento vascular tem importância fundamental no tratamento de doenças cardiovasculares. Neste contexto, destaca-se a isatina, uma substância bastante versátil encontrada em diversos tecidos de mamíferos e de plantas que pode facilmente sofrer modificações estruturais para dar origem a novas substâncias. Neste contexto foram estudados os efeitos farmacológicos de quatro novas drogas derivadas da isatina (IS-AK1, IS-BK1, B-001 e D-001) sobre o sistema cardiovascular, utilizando-se técnicas in vivo e in vitro. Nos estudos in vitro, anéis de mesentérica cranial isolada de rato foram mantidos em cubas contendo Tyrode a 37 ºC gaseificado com carbogênio, em seguida foram fixados a um transdutor de força (PowerLab™, ADInstruments, MA, EUA) e acoplado a um sistema de aquisição de dados (WinDaq/XL, DI 148-U, Insight, Brasil) sob tensão de 0,75 g, durante 1 hora. Após este período, as preparações foram pré-contraídas com fenilefrina (FEN, 10 μM) ou KCl (60 mM) e em seguida, concentrações crescentes dos derivados da isatina foram adicionadas cumulativamente. Todos os compostos testados apresentaram efeito vasorrelaxante, sendo o IS-AK1 o composto mais promissor por apresentar maior potência tanto na presença como na ausência do endotélio (pD2 = 7,99 ± 0,11 e 7,95 ± 0,15, respectivamente). Entretanto, as respostas vasorrelaxantes máximas não foram diferentes (Emax = 85,69 ± 5,18 % vs. 74,62 ± 5,33 %) na presença e na ausência de endotélio. Portanto, o IS-AK1 foi selecionado para estudos subsequentes afim de investigar seu mecanismo de ação por meio de curvas concentração-resposta ao composto na presença dos bloqueadores ODQ (10 μM), bloqueador da ciclase de guanilil solúvel; TEA (3 mM), bloqueador inespecífico de canais para K+; TEA (1 mM), bloqueador de BKCa; GLIB (1 μM), bloqueador de KATP; 4-AP (1 mM), bloqueador de Kv e BaCl2 (30 μM), bloqueador de KIR. Na presença do ODQ, o vasorrelaxamento foi significativamente atenuado (Emax = 39,68 ± 6,56 %; pD2 = 5,07 ± 0,2, n = 6). Além disso, a resposta vasorrelaxante foi reduzida na presença de TEA (3 mM), (Emax = 43,53 ± 8,16 %; pD2 6,72 ± 0,2, n = 6) e na presença de TEA (1 mM) (Emax = 39,72 ± 7,86 %; pD2 = 5,63 ± 0,2, n = 6). Ocorreu redução na potência do IS-AK1 quando bloqueado por GLIB (pD2 = 7,23 ± 0,17, n = 5), 4-AP (pD2 = 7,1 ± 0,17, n = 5) e BaCl2 (pD2 = 6,23 ± 0,16, n = 5), sugerindo a participação de diferentes canais para K+ nesta resposta. Para os estudos in vivo, foram investigadas as alterações na pressão arterial e frequência cardíaca em ratos não-anestesiados tratados agudamente com o IS-AK1. A administração de IS-AK1 (10 mg/kg) produziu hipotensão e bradicardia tanto em ratos normotensos (-50 ± 12 mmHg, -258 ± 40 bpm, n = 7) quanto em ratos hipertensos (-99 ± 7 mmHg, -278 ± 40 bpm, n = 6) com efeito mais pronunciado no efeito hipotensor em ratos hipertensos. Deste modo, a resposta vasorrelaxante promovida pelo IS-AK1 parece envolver a participação da enzima sGC, consequentemente levando a ativação da PKG, ocasionando a ativação de canais para K+ do tipo KATP, KV, KIR e, principalmente, BKCa. Este mecanismo de ação pode estar contribuindo para a hipotensão e bradicardia observadas em ratos não-anestesiados.
  • INÁCIO RICARDO ALVES VASCONCELOS
  • Investigação dos efeitos antibacteriano, antioxidante, citotóxico e genotóxico do óleo essencial do caule de Croton tricolor Klotzsch ex Baill
  • Data: 26/08/2015
  • Hora: 09:00
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  • A utilização de produtos naturais pelo homem remonta às origens da espécie humana, que ao longo do processo evolutivo, foi aprendendo a selecionar plantas para a sua alimentação e para o alívio de seus males e doenças. Óleos essenciais são constituintes orgânicos complexos, produzidos por plantas aromáticas como metabólitos secundários, conhecidos por suas propriedades medicinais. Croton tricolor Klotzsch ex Baill pertencente a família Euphorbiaceae com propriedades antimicrobiana e antioxidante. Este estudo objetivou avaliar a atividade antibacteriana frente a linhagens bacterianas Gram positivas (Staphylococcus aureus) e Gram negativas (Escherichia coli), bem como as atividades antioxidante, citotóxica e genotóxica do óleo essencial do caule de C. tricolor (Ct-OEc). A atividade antibacteriana foi avaliada através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM) pela técnica de microdiluição e a caracterização do efeito bactericida por plaqueamento e espectrofotometria. A citotoxicidade in vitro, foi determinada pela quantificação da hemólise frente a eritrócitos humanos dos tipos sanguíneos A, B e O. A investigação da genotoxicidade in vivo foi realizada através do teste de micronúcleo em camundongos Swiss. Os resultados obtidos indicam a presença de atividade antibacteriana do Ct-OEc frente as cepas de S. aureus ATCC 25925 e E. coli ATCC 2536, E. coli ATCC 8539, E. coli 101 e E. coli 105 na concentração de 1 mg.mL-1 (CIM). O Ct-OEc não apresenta efeito oxidante nem tão pouco antioxidante nas concentrações testadas. A avaliação da atividade hemolítica do Ct-OEc frente aos eritrócitos humanos dos grupos sanguíneos A, B e O promoveu hemólise de baixa a moderada até a concentração de 100 μg/mL. Na avaliação do potencial genotóxico, através do teste do micronúcleo em camundongos, verificou-se que o Ct-OEc não provocou o aumento da frequência de micronúcleos no sangue periférico dos camundongos. Sendo assim foi concluído que o óleo essencial de Croton tricolor apresenta atividade antibacteriana, sem efeitos sobre a membrana celular, quando em baixas concentrações, sem induzir atividade oxidante ou antioxidante assim como efeitos aneugênicos e clastogênicos.
  • DIEGO IGOR ALVES FERNANDES DE ARAUJO
  • Desenvolvimento e validação de metodologia analítica para quantificação de compostos fenólicos e avaliação da atividade antioxidante e antimicrobiana em extrato de Maytenus obtusifolia Mart. (CELASTRACEAE)
  • Data: 21/08/2015
  • Hora: 09:00
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  • A utilização de produtos naturais para o tratamento de enfermidades é uma prática tradicional respaldada pela etnofarmacologia. A espécie Maytenus obtusifolia Mart (Celastraceae) é conhecida popularmente como carne de anta, congonha brava de folha miúda e lenha branca, e é bastante utilizada para tratamentos de úlcera gástrica e como antisséptico. Apresenta distribuição em regiões litorâneas ocorrendo desde o estado do Pará até São Paulo. Estudos anteriores da espécie relataram a presença de triterpenos pentacíclicos, flavonoides e alcaloides em sua composição química. E os estudos farmacológicos demonstraram atividade antimicrobiana do óleo essencial e atividade gastroprotetora e antiúlcera do extrato. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram realizar o controle de qualidade do material vegetal através dos ensaios farmacopéicos, desenvolver e validar metodologia analítica para quantificação de compostos fenólicos no extrato etanólico de M. obtusifolia (EEMO), verificar a fotoestabilidade dos compostos em estudo e avaliar as atividades antioxidante e antimicrobiana do extrato. Foram avaliadas a determinação de água em drogas vegetais, determinação de cinzas totais e cinzas sulfatadas, ensaio limite de metais pesados, determinação de densidade aparente de sólidos, teor de flavonoides totais, taninos totais e determinação de contaminação microbiológica de acordo com as metodologias descritas na farmacopeia brasileira 5ª edição. A quantificação de fenólicos totais foi realizada por método espectrofotométrico utilizando o ácido ascórbico como padrão. Observou-se que a espécie apresenta riqueza de compostos polifenólicos visto que obteve-se (134,76 mg EAG/g ± 0,377) no ensaio de compostos fenólicos totais, bem como (17,85% ± 0,234) de taninos totais, (4,72% ± 0,102) de flavonoides totais calculados como apigenina e (6,24% ± 0,064) de flavonoides calculados como hiperosídeo. O método analítico foi desenvolvido e validado por CLAE-DAD para os marcadores (-)-Epigalocatequina (EGC), (+)-Catequina (CAT) e (-)-Epicatequina (EPI) e apresentou especificidade, linearidade, precisão, precisão intermediária, exatidão e robustez de acordo com as especificações exigidas pela ANVISA no Guia de Validação de métodos analíticos e bioanalíticos (RE nº 899/2003). O EEMO apresentou pequenas variações no teor do marcador CAT (7,594%) e seu isômero EPI (4,718%) quando exposto à luz visível, enquanto concentração da (-)-Epigalocatequina manteve-se inalterada. Quando avaliado sob radiação UVA, observou-se redução significativa de EGC (36,180%), CAT (17,293%) e EPI (29,878%). A atividade antioxidante foi realizada através do método indireto com radical DPPH e apresentou resultados tão eficientes (CI50 21,01± 1,02 μg/mL), quanto o padrão Ácido ascórbico (CI50 19,17 ± 2,32 μg/mL), cujo uso é consagrado como antioxidante. A avaliação da atividade antimicrobiana do EEMO foi realizada nas concentrações de 1024 até 32 µg/mL, pela técnica de microdiluição em meio líquido frente a 4 cepas bacterianas e 8 fúngicas e observou-se que as concentrações de 1024, 512, 256 e 128 µg/mL apresentaram atividade frente às bactérias e fungos.
  • DIEGO IGOR ALVES FERNANDES DE ARAUJO
  • Desenvolvimento e validação de metodologia analítica para quantificação de compostos fenólicos e avaliação da atividade antioxidante e antimicrobiana em extrato de Maytenus obtusifolia Mart. (CELASTRACEAE)
  • Data: 21/08/2015
  • Hora: 08:30
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  • A utilização de produtos naturais para o tratamento de enfermidades é uma prática tradicional respaldada pela etnofarmacologia. A espécie Maytenus obtusifolia Mart (Celastraceae) é conhecida popularmente como carne de anta, congonha brava de folha miúda e lenha branca, e é bastante utilizada para tratamentos de úlcera gástrica e como antisséptico. Apresenta distribuição em regiões litorâneas ocorrendo desde o estado do Pará até São Paulo. Estudos anteriores da espécie relataram a presença de triterpenos pentacíclicos, flavonoides e alcaloides em sua composição química. E os estudos farmacológicos demonstraram atividade antimicrobiana do óleo essencial e atividade gastroprotetora e antiúlcera do extrato. Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram realizar o controle de qualidade do material vegetal através dos ensaios farmacopéicos, desenvolver e validar metodologia analítica para quantificação de compostos fenólicos no extrato etanólico de M. obtusifolia (EEMO), verificar a fotoestabilidade dos compostos em estudo e avaliar as atividades antioxidante e antimicrobiana do extrato. Foram avaliadas a determinação de água em drogas vegetais, determinação de cinzas totais e cinzas sulfatadas, ensaio limite de metais pesados, determinação de densidade aparente de sólidos, teor de flavonoides totais, taninos totais e determinação de contaminação microbiológica de acordo com as metodologias descritas na farmacopeia brasileira 5ª edição. A quantificação de fenólicos totais foi realizada por método espectrofotométrico utilizando o ácido ascórbico como padrão. Observou-se que a espécie apresenta riqueza de compostos polifenólicos visto que obteve-se (134,76 mg EAG/g ± 0,377) no ensaio de compostos fenólicos totais, bem como (17,85% ± 0,234) de taninos totais, (4,72% ± 0,102) de flavonoides totais calculados como apigenina e (6,24% ± 0,064) de flavonoides calculados como hiperosídeo. O método analítico foi desenvolvido e validado por CLAE-DAD para os marcadores (-)-Epigalocatequina (EGC), (+)-Catequina (CAT) e (-)-Epicatequina (EPI) e apresentou especificidade, linearidade, precisão, precisão intermediária, exatidão e robustez de acordo com as especificações exigidas pela ANVISA no Guia de Validação de métodos analíticos e bioanalíticos (RE nº 899/2003). O EEMO apresentou pequenas variações no teor do marcador CAT (7,594%) e seu isômero EPI (4,718%) quando exposto à luz visível, enquanto concentração da (-)-Epigalocatequina manteve-se inalterada. Quando avaliado sob radiação UVA, observou-se redução significativa de EGC (36,180%), CAT (17,293%) e EPI (29,878%). A atividade antioxidante foi realizada através do método indireto com radical DPPH e apresentou resultados tão eficientes (CI50 21,01± 1,02 μg/mL), quanto o padrão Ácido ascórbico (CI50 19,17 ± 2,32 μg/mL), cujo uso é consagrado como antioxidante. A avaliação da atividade antimicrobiana do EEMO foi realizada nas concentrações de 1024 até 32 µg/mL, pela técnica de microdiluição em meio líquido frente a 4 cepas bacterianas e 8 fúngicas e observou-se que as concentrações de 1024, 512, 256 e 128 µg/mL apresentaram atividade frente às bactérias e fungos.
  • ANA SILVIA SUASSUNA CARNEIRO LUCIO
  • ALCALOIDES DE ANNONACEAE: Ocorrência e compilação de suas atividades biológicas e avaliação fitoquímica e biológica de Anaxagorea dolichocarpa SPRAGUE & SANDWITH (Annonaceae)
  • Data: 14/08/2015
  • Hora: 08:30
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  • Este trabalho consta de quatro capitulos. O Capitulo 1 descreve uma revisao de todos alcaloides relatados na literatura para a familia Annonaceae, com sua ocorrencia botanica e atividades biologicas. Foram relatados 934 alcaloides em publicacoes no periodo de 1929 a 2012. O Capitulo 2 trata-se do Isolamento e identificacao de alcaloides da especie da familia Annonaceae, Anaxagorea dolichocarpa. Atraves de metodos cromatograficos e espectroscopicos foi possivel o isolamento e identificacao dos alcaloides azafenantrenos: eupolauramina, sampangina e imbilina 1 ja relatados para Anaxagorea dolichocarpa,sendo reportados para as raizes pela primeira vez, o alcaloide 3-metoxisampangina isolado pela primeira vez para Anaxagorea dolichocarpa e o alcaloide Imbilina 4, relatado pela primeira vez na literatura. O Capitulo 3 relata os estudos farmacologicos nas atividades antitumorais, antileishmania e imunomoduladora dos alcaloides isolados. O alcaloide imbilina 1 destacou-se por apresentar significativa atividade antitumoral e tambem foi efetiva na atividade imunomoduladora frente a inibicao da producao de oxido nitrico. Para a atividade antileishmania, todas as substancias apresentaram atividade, com destaque para a sampangina. O Capitulo 4 refere-se a um estudo teorico dos alcaloides aporfinicos relatados na revisao publicada dos alcaloides de annonaceae e alcaloides azafenentrenos de annonaceae. O estudo foi realizado por maquina de aprendizagem utilizando descritores moleculares e docking molecular para a atividade antileishmania.
  • YNGRED MANGUEIRA ROLIM
  • Alcaloides e Glicosídeo Flavonoídico de Waltheria viscosíssima A.St. Hil – Malvaceae.
  • Data: 10/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • A tradição do consumo de plantas medicinais é uma das práticas mais antigas da humanidade e no cenário brasileiro as plantas desempenham um importante papel na medicina popular, não apenas por seu caráter alimentar, mas também por suas propriedades de cura, sejam elas com fundamentos científicos ou por crendices populares, o conhecimento dos seus constituintes químicos, atividades farmacológicas e mecanismo de ação são a abertura para comprovação da eficácia e o seu uso seguro. A Waltheria viscosíssima A.St. Hil. é uma espécie pertencente a família Malvaceae conhecida popularmente como malva viscosa. Apontada pela medicina popular com ação expectorante, antitussígena, anti- hipertensiva, maturativa de tumores e para o tratamento de úlceras. O estudo fitoquímico realizado com a fase acetato de etila do particionamento do Extrato Etanólico Bruto da Waltheria viscosíssima A.St. Hil. e as fases obtidas da marcha de alcaloides através de técnicas cromatograficas em coluna, levou ao isolamento de três substâncias: tilirosídeo (Wv- 1), uma mistura de Waltheriona A e Wlatheriona B (Wv- 2). A identificação estrutural dessas substancias foram realizada através dos métodos espectroscópicos utilizando o Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, com o auxílio das técnicas uni e bidimensionais, como também por comparações realizadas com modelos da literatura.
  • CAMILA DE ALBUQUERQUE MONTENEGRO
  • Bioprospecção dos efeitos tóxicos antibacterianos e antioxidantes da Flavona e de seus derivados hidroxilados
  • Data: 31/07/2015
  • Hora: 14:00
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  • Compostos fenólicos, dentre eles os flavonoides, são detentores de efeitos antimicrobiano, antioxidante e anti-inflamatório, porém não isentos de toxicidade e/ou efeitos adversos, por isso pesquisas nesta área, sejam elas com uma abordagem in silico, in vitro e/ou in vivo têm se intensificado para que se garanta a segurança no uso dessas moléculas. Assim, o presente estudo se propôs a investigar as prováveis atividades farmacológicas, a toxicidade e os efeitos antibacteriano e antioxidante do flavonoide flavona e de seus derivados hidroxilados: 3-hidroxiflavona, 5-hidroxiflavona e 6-hidroxiflavona, traçando uma relação estrutura-atividade das referidas substâncias. Para tanto, investigou-se as características farmacológica, farmacocinética e toxicológica teóricas dos flavonoides utilizando ensaios in silico com os softwares PASS online e Osíris; a citotoxicidade sobre eritrócitos humanos dos tipos sanguíneos A, B e O e fator Rh positivo e negativo, executando-se os modelos de hemólise e Fragilidade Osmótica Eritrocitária (FOE); analisou-se a atividade antimicrobiana frente a bactérias Gram-positivas (B. subtilis CCT 0516, S. aureus ATCC 25619 e S. aureus ATCC 25925) Gram-negativas, inclusive de importância clínica (P. aeruginosa ATCC 8027, P. aeruginosa ATCC 23243, E. coli ATCC 2536, E. coli 101, E. coli 103, E. coli 104, E. coli 105 e E. coli 108); avaliou-se o potencial oxidante e antioxidante das referidas moléculas na presença de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs - H2O2) e da fenilhidrazina (Ph) e, por último, a genotoxicidade por meio do teste do micronúcleo. Os resultados obtidos revelaram numerosas prováveis atividades farmacológicas para os flavonoides, como agonistas da integridade e inibidores da permeabilidade membranar, antagonistas do receptor de anafilatoxina, inibidores de quinase e peroxidase, potencial antimutagênico e capacidade vasoprotetora; não apresentam significativos riscos teóricos de toxicidade e detêm uma boa biodisponibilidade oral. Os 4 flavonoides demonstraram moderada hemólise nas concentrações de 500 e 1000 µg/mL, a exemplo da 3-hidroxiflavona que induziu 20,2 e 53 % de hemólise, respectivamente, no sangue tipo B,Rh-; os flavonoides hidroxilados protegeram os eritrócitos tipos A e O do estresse osmótico. Todos os flavonoides exibiram moderada atividade antibacteriana contra cepas Gram-positivas e Gram-negativas, sendo a flavona bactericida na concentração de 200 µg/mL para as linhagens de P. aeruginosa ATCC 8027, S. aureus ATCC 25619 e E. coli 104, enquanto que os demais flavonoides têm ação bacteriostática. As substâncias não promoveram oxidação dos eritrócitos e comportaram-se como sequestradores e antioxidantes de H2O2 e fenilhidrazina e, por fim, a flavona não apresentou genotoxicidade quando comparado com a ciclofosfamida, um comprovado agente genotóxico. Conclui-se que flavona, 3-hidroxiflavona, 5-hidroxiflavona e 6-hidroxiflavona possuem variadas atividades farmacológicas, boa biodisponibilidade e baixa toxicidade teóricas, reduzida citotoxicidade, ausência de genotoxicidade, além de serem antibacterianos e antioxidantes, evidenciando-se, com este estudo, a importância da inserção de técnicas de química computacional para o direcionamento de protocolos de avaliação de efeitos biológicos.
  • AYALA NARA PEREIRA GOMES
  • FRACIONAMENTO QUÍMICO BIOMONITORADO DA FRAÇÃO AQUOSA DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE Cissampelos sympodialis EICHL. (MILONA)
  • Data: 25/05/2015
  • Hora: 14:00
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  • A utilização dos produtos naturais para o tratamento das enfermidades é uma prática antiga e comum mundialmente. A espécie Cissampelos sympodialis (Menispermaceae) é conhecida popularmente como milona, jarrinha, abuteira e orelha-de-onça, e sua fração aquosa do extrato etanólico das folhas (FAEEF) apresenta comprovadas ações farmacológicas. A família é caracterizada pela presença de alcaloides, e estudos com a C. sympodialis demonstram que além destes, há uma quantidade relevante de compostos fenólicos. Embora os estudos farmacológicos tenham sido realizados com a FAEEF os estudos químicos se concentram até o momento no extrato etanólico das folhas e raízes. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar um fracionamento químico biomonitorado da FAEEF de C. sympodialis. Uma partição do extrato em água foi feita com o auxílio de ultrassom, para obtenção da FAEEF e esta foi submetida a uma extração em fase sólida (com cartuchos de sílica de fase reversa C-18) com eluição com MeOH:H20 em ordem decrescente de polaridade e forneceu quatro subfrações. O teor de compostos fenólicos e flavonóis totais foi determinado respectivamente pelo método de Folin–Ciocalteau e Cloreto de alumínio e a atividade antioxidante através dos métodos indiretos com os radicais DPPH e ABTS. As subfrações também foram submetidas a ensaios imunofarmacológicos, onde foi avaliada a viabilidade celular em macrófagos peritoneais murinos pelo método de MTT, dosagem de óxido nítrico, através da determinação indireta do nitrito e quantificação das citocinas TNF-α e IL-1β através de ELISA. Observou-se que as frações mais polares (eluídas com 25 % e 50% de metanol) apresentaram uma maior quantidade de compostos fenólicos (11,51 ± 1,73 e 14,50 ± 5,25 mg EAG/ 100 mg respectivamente) além de uma maior atividade antioxidante, chegando a fração de 25 % a uma CE50 de 13,54 ± 0,13 μg/mL pelo método ABTS e 15,09 ± 0,14 μg/mL pelo método DPPH. As subfrações estudadas (3 e 50 µg/mL) não apresentaram toxicidade às células e a fração eluída com 75% de Metanol foi a única que reduziu de forma significativa os níveis de NO, TNF-α e IL-1β, sendo considerada como a fração com melhor ação anti-inflamatória. A identificação das substâncias com esta ação anti-inflamatória está atualmente sendo realizada.
  • ROSEANA FARIAS DE ARAUJO RAMOS
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Roupala paulensis Sleumer (PROTEACEAE)
  • Data: 22/05/2015
  • Hora: 08:30
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  • A família Proteaceae é constituída por aproximadamente 80 gêneros e 1705 espécies, com maior distribuição na Austrália, África do Sul e América do Sul. No Brasil, compreende 4 gêneros, e dentre esses, encontramos o gênero Roupala, possuindo cerca de 33 espécies e 2 subespécies. O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo fitoquímico de Roupala paulensis Sleumer, espécie endêmica do Brasil que possui maior distribuição nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, bem como avaliar a atividade antioxidante do extrato e fases. Para isto, o material botânico foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química das substâncias foi determinada por métodos espectroscópicos de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, Espectrometria de Massas e comparações com dados da literatura. O fracionamento cromatográfico da fase hexânica resultou no isolamento do triterpeno 2,6,10,15,19,23-hexametil-2,6,10,14,18,22-tetracosahexeno (esqualeno), da mistura dos triterpenos urs-12-en-3β-ol (α-amirina), olean-12-en-3β-ol (β-amirina) e 3β-hidroxi-lup-20(29)-eno (lupeol), do esteroide β-sitosterol e da mistura de feofitinas 132-hidroxi-(132-R)-feofitina a e 132-hidroxi-(132-S)-feofitina a, da fase diclorometano obteve-se o esteroide glicosilado sitosterol-3-O-β-D-glicopiranosídeo e da fase acetato de etila foi isolado a flavona 3,5,7,3’,4’-pentaidroxiflavona (quercetina). Todos os compostos estão sendo relatados pela primeira vez no gênero Roupala. A atividade antioxidante do extrato etanólico bruto (EEB) e das fases hexânica, diclorometano e acetato de etila foi verificada através do método do sequestro do radical DPPH (1,1-difenil-2-picril-hidrazil) e da quantificação de fenólcos totais, com comparações dos resultados obtidos com os padrões ácido ascórbico e ácido gálico, respectivamente. Entre todas as amostras testadas o EEB apresentou menor CE50 (37,50 ± 046 µg/mL), seguido pela fase acetato de etila (74,86 ± 2,73 µg/mL), sendo as amostras que apresentaram maior atividade antioxidante. Pela quantificação de fenólicos totais, as amostras que exibiram maiores concentrações desses compostos foram o EEB (24,27 ± 0,76 gEAG/100 g) e a fase acetato de etila (30,47± 0,52 gEAG/100 g). Portanto, estas amostras apresentaram a maior concentração de compostos fenólicos, provavelmente responsáveis pelos melhores resultados de atividade antioxidante apresentados no teste de DPPH realizado.
  • ISIS FERNANDES GOMES
  • DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS BIOANALÍTICOS PARA DETERMINAÇÃO DO TRACHYLOBANO-360 EM MATRIZES BIOLÓGICAS DE CAMUNDONGOS POR CLAE-EM
  • Data: 01/04/2015
  • Hora: 14:00
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  • O trachylobano-360, um diterpeno isolado do extrato hexanico do caule de Xylopia langsdorffiana St.-Hil. & Tul (Anonaceae), apresenta atividades farmacologicas, entre as quais acao espasmolitica, relaxante em musculo liso traqueal de cobaias, inibicao de crescimento do tumor solido Sarcoma 180 em camundongos transplantados, fraca citotoxicidade frente linhagens leucemicas humanas (K562, U937 e HL60), celulas nao tumorais (fibroblastos V79, hepatocitos de ratos) e eritrocitos de camundongos. Nao ha estudo farmacocinetico envolvendo a analise da distribuicao tecidual e via de eliminacao do trachylobano-360 em matrizes biologicas. Os estudos em farmacocinetica tem validade preditiva na construcao de doses e regimes posologicos para estudos clinicos, sendo assim, o presente trabalho descreve a aplicacao do metodo analitico para realizacao desse estudo, relatando a validacao do metodo bioanalitico para quantificacao do trachylobano-360 em cerebro, rins, figado e fezes de camundongos, utilizando a CLAE-EM. O estudo foi previamente aprovado pela Comissao de Etica no Uso de Animais (CEUA/UFPB). Para o metodo cromatografico aplicado foi utilizada uma coluna de fase reversa C-18 (250 x 4,6 mm x 5 μm) e como fase movel uma mistura de agua, aditivada com 0,1% de NH4OH e ACN em proporcoes variadas, dependentes da eluicao. O fluxo dos solventes aplicado para as analises foi de 1 mL/min e o volume injetado da amostra foi de 20 μL. Para o metodo aplicado na extracao liquido-liquido foi utilizado CHCl3 a 14.000 x g durante15 minutos. O metodo de quantificacao foi validado de acordo com a Resolucao RE nº 899/2003 da ANVISA e mostrou-se: seletivo nas matrizes analisadas, linear na faixa de concentracao utilizada (200-2500 ng/mL), preciso (CV ≤ 15%) e exato (100-110%), dentro das condicoes especificadas, podendo ser empregado para determinacao quantitativa do trachylobano-360 em matrizes biologicas, bem como em estudos farmacocineticos, possuindo a porcentagem de recuperacao nas matrizes em cerca de 62,85% com desvio padrao de 2,86 e o efeito de matriz negativo e equivalente em todas as matrizes: cerebro (-93,14% ± 2,344), figado (-92,81% ± 4,391), rins (-90,31% ± 3,185) e fezes (- 92,90% ± 1,525). Nesse estudo foram analisados cerebro, figado, rins e fezes para determinacao da distribuicao tecidual e via de eliminacao, associando a dados do estudo farmacocinetico em sangue. A ampla distribuicao tecidual do T-360 pode ser atribuida a sua hidrofobia e boa capacidade de penetracao atraves das biomembranas da maioria dos orgaos, podendo ser confirmado pelo curto tempo de meia-vida, elevados clearance sistemico e volume de distribuicao, bem como pela determinacao do Log P e PSA. A alta concentracao do trachylobano-360 no figado dos camundongos, no tempo de 10 min em comparacao com os demais, indicou a propensao deste diterpeno sofrer metabolizacao hepatica. Assim como no figado, altos indices de trachylobano-360 foram detectados no cerebro e os rins, sugerindo que esses orgaos possuem alta taxa de perfusao. A concentracao de trachylobano-360 detectada no cerebro atingiu seu limite maximo 15 minutos apos a administracao endovenosa, sugerindo que o mesmo atravessa a barreira hemato-encefalica. Embora nao tenha sido observado trachylobano-360 na via de eliminacao urinaria, quantidades significativas foram detectadas nos rins, podendo ser associada a biotransformacao renal e a eliminacao de seus metabolitos. Apos 4h nao observamos mais quantidades detectaveis de T-360 nos orgaos, sugerindo baixo acumulo tecidual, e que a substancia esta sendo eliminada, o que foi comprovado apos analise das fezes, na qual, a partir de 4 h apos administracao desse diterpeno, observou-se niveis de concentracao crescentes atingindo o maximo apos 12h, enfatizando que a via de eliminacao do T-360 e a fecal.
  • MARIA DA CONCEIÇÃO CORREIA SILVA
  • O óleo essencial de Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) modula a via do óxido nítrico para exercer efeito tocolítico em rata.
  • Data: 31/03/2015
  • Hora: 09:00
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  • Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae), conhecida como “alecrim do mato”, “alecrim de tabuleiro” e “alecrim pimenta”, é usada popularmente como antisséptico ou para tratar distúrbios respiratórios. Das folhas dessa espécie foi extraído o óleo essencial (LM OE) que, de acordo com Silva (2013), apresentou efeito tocolítico em útero isolado de rata, indicando uma provável inibição indireta do influxo de Ca2+ através dos canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV). Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o mecanismo de ação tocolítica do LM OE em rata. As contrações isométricas foram monitoradas para determinar e comparar a eficácia e a potência relativas (n = 5). Tendo em vista que os CaV podem ser modulados negativamente pela via do óxido nítrico (NO), decidiu se avaliar a participação dessa via em útero de rata pré contraído com ocitocina. Para tanto, utilizou se L NAME, um inibidor não seletivo de sintase do NO (NOS). Os resultados evidenciaram que a potência tocolítica do LM OE foi reduzida em aproximadamente 9,5 vezes, na presença de L NAME (CE50 = 25,6 ± 3,9 μg/mL) quando comparada ao controle (CE50 = 2,7 ± 0,6 µg/mL), sendo essa redução parcialmente revertida (74%) na presença de L arginina (CE50 = 8,6 ± 1,3 μg/mL), substrato para a NOS, confirmando o envolvimento da via do NO no efeito tocolítico do LM OE. Semelhantemente, a potência relaxante do LM OE foi reduzida em aproximadamente 3,7 vezes na presença de ODQ (CE50 = 10,1 ± 0,9 μg/mL), inibidor de ciclase de guanilil solúvel (sGC), e 3,3 vezes na presença de Rp 8 Br PET cGMPS (CE50 = 8,9 ± 0,9 μg/mL), inibidor de proteína cinase G (PKG). Sendo assim, pode se inferir que a via do NO/sCG/PKG está sendo modulada positivamente pelo LM OE para promover efeito tocolítico em rata. Uma vez que essa via pode ativar canais de K+ questionou-se se esses canais estariam participando do efeito tocolítico do LM OE. Para confirmar essa hipótese, foram realizados experimentos na presença de CsCl, bloqueador não seletivo de canais de K+, e observou se que a curva concentração resposta (CE50 = 2,7 ± 0,6 µg/mL) foi desviada para a direita com redução da potência relaxante (CE50 = 11,7 ± 1,5 μg/mL) em aproximadamente 4,3 vezes, sugerindo a participação dos canais de K+ no efeito tocolítico do LM OE. Para verificar quais seriam esses subtipos de canais utilizou se bloqueadores seletivos. A curva controle concentração resposta também foi desviada para a direita e a potência tocolítica reduzida na presença de glibenclamida (CE50 = 9,7 ± 0,9 μg/mL), de TEA+ 10-3 M (CE50 = 10,5 ± 0,3 μg/mL), de apamina (CE50 = 10,0 ± 1,0 μg/mL) e de 4 AP (CE50 = 12,4 ± 2,0 μg/mL), bloqueadores de KATP, BKCa, SKCa e KV, respectivamente. Ademais, o LM OE teve sua potência tocolítica reduzida quando esses bloqueadores foram pré incubados simultaneamente (CE50 = 16,6 ± 2,6 μg/mL), no entanto, não foi observado nenhum efeito sinérgico. Assim, o mecanismo de ação tocolítica do LM OE em rata envolve a modulação positiva da via NO/sCG/PKG/canais de K+, promovendo o bloqueio do influxo de cálcio via CaV e, consequentemente, o relaxamento do músculo liso uterino.
  • RAYSSA MARQUES DUARTE DA CRUZ
  • Síntese de novos derivados 2-aminotiofênicos através da reação de Gewald utilizando produtos naturais como precursores
  • Data: 26/03/2015
  • Hora: 10:00
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  • Os produtos naturais representam uma vasta fonte de moléculas com um potencial farmacológico, que servem como base na busca e obtenção de novas substâncias bioativas semi-sintéticas e sintéticas. Baseados nesse conhecimento, o interesse por novas substâncias farmacologicamente ativas, resultou no isolamento, extração e síntese de diversas moléculas bioativas. A química medicinal utiliza como modelo os produtos naturais para a síntese de novas moléculas, que sejam capazes de atuarem frente a várias enfermidades que acometem a população mundial. Os produtos naturais e os tiofenos são moléculas bioativas largamente citadas na literatura. Esse trabalho avaliou duas metodologias (convencional e ultrassônica) de síntese de novos 2-aminotiofenos utilizando como precursores vários produtos naturais através da reação de Gewald, comparando diversas variáveis. Foram analisadas 13 reações, variando o solvente, base, temperatura, modo agitação, tempo e quantidade de etapas. Houve a formação de pelo menos um intermediário em todas as reações. A metodologia ultrassônica, a menor temperatura e o menor tempo reacional se mostraram mais eficazes, levando a formação de menos subprodutos. Esses subprodutos devem ser purificados para que sejam identificados através das técnicas de espectroscópicas e espectrométricas que comprovem a formação dos produtos esperados.
  • PRISCILLA MARIA PEREIRA MACIEL
  • Efeito da Fração Aquosa de Cissampelos sympodialis Eichl. em artéria pulmonar de rato com Hipertensão Pulmonar Induzida por Monocrotalina
  • Data: 27/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • A hipertensão pulmonar (HP) é caracterizada pelo aumento crônico da pressão arterial pulmonar, remodelamento vascular e hipertrofia do ventrículo direito. O estresse oxidativo é uma das desordens comum na HP. Cissampelos sympodialis Eichl. é frequentemente utilizada na medicina popular para o tratamento de doenças do aparelho respiratório, reumatismos e artrites. Além disso, muitas dessas atividades têm sido cientificamente comprovadas tornando essa planta um alvo de pesquisa bastante promissor. Nesse contexto, o trabalho teve como objetivo avaliar o efeito agudo de fração aquosa de Cissampelos sympodialis Eichl. (FAFCS) em artéria pulmonar de rato saudável, bem como avaliar o potencial da FAFCS em prevenir e/ou melhorar disfunção vascular pulmonar promovida pelo modelo de HP induzido pela monocrotalina (MCT). Em anéis de artéria pulmonar isolada de rato normotenso, pré contraídos com fenilefrina (FEN) (1μM), FAFCS (10-3000μg/mL) induziu vasorrelaxamento, dependente de concentração, na presença (Emáx=98±2%; CE50=599μg/mL) e ausência (Emáx=102±2%; CE50 =700μg/mL) do endotélio, demonstrando que FAFCS produz efeito vasorrelaxante independente dos fatores endoteliais. A HP foi induzida pela injeção subcutânea de MCT (60mg/kg, dose única). Os animais receberam FAFCS via oral (50 ou 100mg/kg/dia), sildenafil ou salina durante 28 dias. O grupo MCT apresentou aumento na PAP (63±5 mmHg) e HVD (0,52±0,03g) em comparação ao grupo controle (PAP=29±2mmHg; HVD=0,28±0,02g). O tratamento com FAFCS 50mg/kg (PAP=46±3mmHg; HVD=0,36±0,04g) e 100mg/kg (30±5mmHg; HVD=0,37±0,05g) ou sildenafil 50mg/kg (32±2mmHg; HVD=0,35±0,03g) apresentaram redução significativa da pressão e hipertrofia ventricular direita em comparação ao grupo MCT. Nos ensaios de reatividade vascular, os animais MCT apresentaram redução da resposta à FEN (∆contração=0,37±0,04g) e diminuição das respostas vasorrelaxantes à ACh e NPS (Emáx=45±6%) em relação ao grupo controle (FEN, ∆contração=0,86±0,09 g; NPS, Emáx=96±6%). O tratamento com FAFCS ou sildenafil não reverteu à disfunção endotelial causada pela exposição a MCT. Entretanto, a resposta à FEN e ao NPS foram restauradas com o tratamento com FAFCS 50mg/kg (FEN, ∆contração =0,63±0,04g; Emáx=79±3%), FAFCS 100mg/kg (FEN, ∆contração=0,77±0,06g; NPS, Emáx= 85±5 %) e sildenafil (FEN, ∆contração = 0,8±0,08g; NPS, Emáx=72±2%). Além disso, o tratamento com FAFCS reduziu significativamente os níveis de espécies reativas de oxigênio em cortes de artéria pulmonar, detectado pela fluorescência emitida pela oxidação do DHE por ânions O2●-. Em conclusão, estes resultados sugerem que FAFCS promove efeito relaxante independente de endotélio em artéria pulmonar de rato normal. No modelo de HP adotado, o tratamento com FAFCS reduz o estresse oxidativo e restaura a resposta muscular lisa em artéria pulmonar de rato, prevenindo a HP e hipertrofia ventricular direita.
  • TATYANNA KELVIA GOMES DE SOUSA
  • ESTUDO DA TOXICIDADE E POTENCIAL ANTITUMORAL DO ANÁLOGO DA PIPERINA 2-OXO-2-(4-ETILFENILAMINA)-PIPERINOATO DE ETILA
  • Data: 27/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • O câncer caracteriza-se pela proliferação descontrolada de células anormais. A elevada taxa de mortalidade associada à doença, aliada aos graves efeitos indesejáveis causados pelos tratamentos convencionais e ao crescente desenvolvimento de resistência, tem impulsionado a procura por terapias eficazes com menor toxicidade. Nesse contexto, é de grande relevância a síntese de produtos sintéticos com estruturas baseadas em produtos naturais, que continuam a ser a principal fonte de novos medicamentos. Com o intuito de potencializar o efeito e minimizar a toxicidade da piperina, um alcaloide amida com atividade antitumoral, foram obtidos análogos sintéticos inéditos, dentre estes o 2-oxo-2-(4-etilamina)-piperinoato de etila (HE-03). Esse trabalho objetivou investigar a atividade antitumoral, bem como a toxicidade do HE-03. Os dados demonstram que HE-03 induziu pequeno percentual de hemólise até a maior concentração testada (1250 μg/mL), o que sugere baixa toxicidade nos eritrócitos. No ensaio de toxicidade pré-clínica aguda, o tratamento com as doses de 300 mg/kg e 2000 mg/kg do HE-03 não provocou mortes nos camundongos, e as alterações observadas em nível de SNC e SNA foram de curta duração (30 min.). O valor da DL50 foi estimado em torno de 5000 mg/kg. HE-03 (6,25; 12,5 e 25 mg/kg) mostrou significante atividade antitumoral in vivo em modelo de carcinoma ascítico de Ehrlich, considerando especialmente os parâmetros viabilidade e total celular. Seu efeito nas doses de 12,5 e 25 mg/kg foi semelhante ao observado para o antineoplásico 5-fluorouracil (25 mg/kg) e, por isso, HE-03 foi considerado mais potente. Na análise do perfil do ciclo celular, foi observado que o tratamento com HE-03 (12,5 mg/kg) induziu o aparecimento do pico sub-G1, que foi acompanhado por uma redução na quantidade de células nas fases G0/G1 e S, o que sugere indução de morte celular por apoptose. O tratamento com HE-03 (12,5 mg/kg) reduziu significativamente a microdensidade vascular peritumoral, o que sugere atividade antiangiogênica. As análises toxicológicas indicam que o tratamento de nove dias com HE-03, em todas as doses, induziu aumento significativo de aspartato aminotransferase (AST) e de ureia. Todavia, a histopatologia do fígado e dos rins mostrou que HE-03 não induz alterações de importância clínica. A leucopenia, acompanhada de neutropenia, observadas nos animais tratados com 25 mg/kg de HE-03 é um dos principais efeitos indesejáveis associados a terapia do câncer. Ainda, HE-03 não induziu aumento no número de eritrócitos micronucleados, no ensaio do micronúcleo em sangue periférico, o que indica ausência de genotoxicidade, nas condições avaliadas. Portanto, é possível inferir que o análogo sintético da piperina estudado apresenta potente atividade antitumoral in vivo, com mecanismo que envolve possivelmente a indução de apoptose e efeitos antiangiogênicos, bem como, baixa toxicidade.
  • VIVIANNE MENDES MANGUEIRA
  • ESTUDO DA TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DO DERIVADO ACRIDÍNICO N’-(2-cloro-6-metoxi-acridin-9-yl)-2-ciano-3-(4-dimetilaminofenil)-acrilohidrazida EM MODELO EXPERIMENTAL DE TUMOR ASCÍTICO DE EHRLICH
  • Data: 27/02/2015
  • Hora: 09:00
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  • O câncer é um importante problema de saúde pública em nível mundial, sendo considerado um grupo de doenças caracterizadas pelo crescimento descontrolado e multiplicação de células anormais que podem invadir diversos tecidos. Seu tratamento tem se beneficiado das pesquisas que buscam reduzir a toxicidade e aumentar a eficácia de diferentes fármacos antineoplásicos. Os derivados da acridina possuem diversas atividades biológicas comprovadas, sendo a amsacrina, um antineoplásico usado para o tratamento de leucemias e linfomas, o principal representante do grupo. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade e atividade antitumoral do derivado acridínico N’-(2-cloro-6-metoxi-acridin-9-yl)-2-ciano-3-(4-dimetilaminofenil)-acrilohidrazida (ACS-AZ10). Na avaliação da citotoxicidade em eritrócitos de camundongos foi possível observar que ACS-AZ10 não provocou hemólise nas concentrações testadas (até 1250 mg/mL), o que sugere baixa toxicidade em eritrócitos. Após administração aguda do ACS-AZ10 (2000 mg/kg) em camundongos por via intraperitoneal (i.p.), foram observados efeitos característicos de alterações no Sistema Nervoso Central dentre estes, contorções abdominais e abdução das patas do trem posterior. O valor estimado da DL50 (dose que produz morte de 50% dos animais experimentais) foi em torno de 2500 mg/kg. O ACS-AZ10 (15 ou 30 mg/kg), após nove dias de tratamento (i.p.), mostrou significante atividade antitumoral in vivo em modelo de Carcinoma Ascítico de Ehrlich (CAE), considerando os parâmetros volume, massa, viabilidade e total celular. O tratamento na dose 7,5 mg/kg induziu um aumento do pico sub-G1, com consequente redução da percentagem de células nas fases G0/G1 e S do ciclo celular, o que sugere morte por apoptose. No entanto, o tratamento com a dose de 15 mg/kg induziu parada do ciclo celular na fase G2/M e diminuição da fração G0/G1 e S, o que sugere um bloqueio pré-mitótico. O tratamento com as diferentes doses de ACS-AZ10 diminuiu significativamente a capacidade angiogênica do CAE, desta forma, pode-se inferir que o mecanismo de ação antitumoral do ACS-AZ10 envolve, pelo menos parcialmente, um efeito antiangiogênico. As análises toxicológicas indicaram que, após nove dias de tratamento com ACS-AZ10 foi observada baixa toxicidade hematológica e bioquímica. A análise histopatológica indicou danos hepáticos após o tratamento com ACS-AZ10, entretanto, os danos foram considerados leves e reversíveis. O ACS-AZ10 não induziu aumento na quantidade de eritrócitos micronucleados no ensaio do micronúcleo, o que indica ausência de genotoxicidade, nas condições avaliadas. Portanto, é possível inferir que o ACS-AZ10 apresenta potente atividade antitumoral in vivo com baixa toxicidade.
  • ALINE LIRA XAVIER
  • Avaliação da Toxicidade e Atividade Antitumoral de Nanopartículas de Óxido de Cério Associadas ao Óxido de Zinco
  • Data: 26/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • A nanomedicina consiste na utilização de nanomateriais no desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas e de diagnóstico. Todavia, apesar das vantagens e diferentes aplicações das nanopartículas, estas também possuem potenciais efeitos tóxicos que devem ser devidamente avaliados antes de sua utilização. Óxidos de metais e, em especial, nanopartículas de óxido de metais possuem várias aplicações. Dentre eles o óxido de zinco e nanopartículas de óxido de cério já demonstraram diversas atividades farmacológicas tanto de forma isolada, quanto em associação entre si. Especialmente para nanopartículas de óxido de cério, vários estudos mostram seu potencial antitumoral. O câncer é uma doença genética complexa que constitui um importante problema de saúde pública em todo mundo, sendo uma das principais causas de morte no Brasil. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade e atividade antitumoral in vivo de nanopartículas de óxido de cério associadas ao óxido de zinco (NCZ). Inicialmente foi avaliada a toxicidade pré-clínica aguda, por via oral, com estimativa de DL50 para NCZ acima de 2000 mg/kg sendo, portanto, a amostra considerada de baixa toxicidade nas condições experimentais avaliadas. Em seguida foi realizada a avaliação da toxicidade pré-clínica de doses repetidas (28 dias) de NCZ, por via oral. O tratamento resultou em diminuição significativa no consumo de água e ração, aumento significativo na atividade enzimática de ALT e AST, diminuição significativa de ureia, aumento significativo na contagem total de leucócitos, diminuição no índice do timo, aumento significativo da ambulação e diminuição significativa do tempo de auto-limpeza e levantamentos. No estudo de toxicidade aguda por via intraperitoneal de NCZ a DL50 foi estimada em torno de 300 mg/kg possibilitando a escolha das doses a serem utilizadas no estudo de atividade antitumoral. NCZ apresentou significante atividade antitumoral em modelo de Carcinoma Ascítico de Ehrlich (CAE) nas doses de 10, 20 e 40 mg/kg, considerando os parâmetros massa e volume tumoral, bem como total celular. Na investigação de seu mecanismo de ação foi observado que NCZ aumentou a percentagem de células na fase sub-G1, reduziu a microdensidade vascular peritoneal, bem como aumentou a concentração de IL-1, IL-10, TNF-a e IFN-g. Foi avaliada ainda, a toxicidade de NCZ nos animais com CAE submetidos ao tratamento antitumoral de nove dias, sendo observada uma diminuição significativa no consumo de ração, aumento significativo na atividade da ALT, diminuição significativa na concentração sérica de ureia, aumento significativo da concentração sérica de creatinina e aumento significativo da hemoglobina corpuscular média. De acordo com os resultados obtidos, é possível inferir que NCZ apresenta baixa toxicidade e significante atividade antitumoral in vivo com mecanismo de ação provavelmente relacionado a uma interferência na progressão do ciclo celular com indução de apoptose, aumento da resposta imune antitumoral e ação antiangiogênica.
  • AUGUSTO LOPES SOUTO
  • Análise Metabolômica de Peperomia obtusifolia (L.) A. Dietr
  • Data: 26/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • A espécie Peperomia obtusifolia (L.) A. Dietr, pertencente à família Piperaceae, é uma planta amplamente conhecida, cuja ocorrência vai desde o México até a América do Sul. Estudos fitoquímicos anteriores revelaram a presença de compostos de diversas classes, como: lignanas, flavonoides, amidas, compostos fenólicos e cromenos, os quais demonstraram atividade biológica bastante promissora. O presente trabalho descreve a análise metabolômica de Peperomia obtusifolia, que visa estudar em tempo real o metabolismo desta espécie em diversos tipos de cenários. Entretanto, para que este estudo fosse realizado, primeiramente foi desenvolvido um protocolo padrão, capaz de preparar amostras de maneira reprodutível, possibilitando assim uma análise metabolômica que gerasse resultados fidedignos. Posteriormente foi realizado o estudo metabolômico de Peperomia obtusifolia e suas variedades, por análise de fingerprinting, que visa caracterizar os perfis metabólicos de cada organismo. Além disso, também foi avaliado o metaboloma da espécie frente ao estresse biótico provocado pela herbivoria do besouro Monoplatus sp. As análises das amostras foram realizadas por meio de RMN de 1H (cujos dados foram interpretados por PCA), espectrometria de massas, CLAE, CG e técnicas hifenadas. Como resultado, descobriu-se que apesar das variedades de Peperomia obtusifolia pertencerem à mesma espécie, elas possuíam metabolomas diferentes. Já em relação ao estudo de estresse biótico aplicado à planta, foram detectadas nas plantas predadas, alterações nos perfis metabolômicos, configurando-se uma resposta contra o ataque provocado. Considera-se um resultado de maior importância, o fato de que plantas intactas que estavam próximas às predadas, responderam ao ataque de maneira semelhante, indicando assim, uma comunicação inter-plantas por meio de compostos voláteis, capaz de induzir a vizinhança ainda não atacada a se preparar para reagir ao ataque, possibilitando assim, maior chance de sobrevivência
  • TATIANNE MOTA BATISTA
  • ESTUDO TOXICOLÓGICO PRÉ-CLÍNICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DAS PARTES AÉREAS DE Zornia brasiliensis Vog. (FABACEAE)
  • Data: 26/02/2015
  • Hora: 09:00
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  • As plantas medicinais são utilizadas no tratamento de diversas doenças, muitas vezes, de forma indiscriminada, sem o conhecimento prévio de possíveis efeitos tóxicos decorrentes de seu uso. Nesse contexto, torna-se imprescindível a realização de estudos toxicológicos de plantas medicinais. Zornia brasiliensis (Fabaceae), popularmente conhecida como "urinária", "urinana" e "carrapicho", é usada pela população como diurético. Estudos com a espécie relataram atividade antioxidante e citotóxica em larvas de Artemia salina. Como não há relatos na literatura de sua possível toxicidade in vivo, a avaliação do perfil toxicológico é essencial para o uso seguro pela população, bem como para subsidiar a realização de ensaios clínicos e posteriormente a produção de um medicamento fitoterápico. Desse modo, o presente estudo objetivou avaliar a toxicidade pré-clínica do extrato hidroalcoólico das partes aéreas de Zornia brasiliensis (EHZB). O valor de CH50 obtido no ensaio de hemólise foi 1.954 (1.840 - 2.074) μg/mL, demostrando que o extrato apresenta baixa toxicidade em eritrócitos de camundongos. Durante o ensaio de toxicidade pré-clínica aguda, não ocorreram mortes nem alterações comportamentais nos camundongos tratados com 2.000 mg/kg do EHZB. Houve diminuição significativa no consumo de ração nos animais machos em comparação ao grupo controle, entretanto, não houve alteração significativa na evolução ponderal dos animais, os quais apresentaram a recuperação do peso ao final do tratamento. Nenhuma diferença significativa foi observada nos índices dos órgãos (coração, fígado, rins, baço e timo) após tratamento agudo com EHZB. No tocante à avaliação da toxicidade pré-clínica de doses repetidas (28 dias), não foram evidenciadas mortes nos animais tratados com o EHZB (250, 500 e 1000 mg/kg) como também, não foram observadas alterações significativas na evolução ponderal e temperatura corporal desses animais. A administração de EHZB resultou em um aumento significativo da atividade de AST e ALT nos animais machos (1000 mg/kg), e nos animais fêmeas tratados com todas as doses houve aumento da ALT, sugerindo a indução de toxicidade hepática pelo extrato. No entanto, nenhum achado clínico importante foi observado na histopatologia do fígado, sugerindo que essas alterações são leves e não danificaram a estrutura do tecido. Alterações nos parâmetros hematológicos e na atividade exploratória foram demonstradas, especialmente, com a maior dose do extrato. Os resultados não evidenciaram qualquer alteração no índice dos órgãos, nem tampouco, foram reveladas alterações significativas no estudo histopatológico realizado em fígado e rins. Ainda, EHZB não apresentou atividade genotóxica in vivo no ensaio de micronúcleo em sangue periférico (2000 mg/kg). Os dados permitem concluir que EHZB apresenta baixa toxicidade pré-clínica.
  • JOCELMO CÁSSIO DE ARAUJO LEITE
  • Investigação do efeito de bloqueadores ABC e derivados cumarínicos sobre gametas, embriões e larvas de Echinometra lucunter (Echinodermata:echinoidea) expostos à radiação ultravioleta.
  • Data: 25/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • Os níveis ambientais de radiação ultravioleta (UV) têm aumentado significativamente nas últimas décadas e a tendência é que os valores elevados permaneçam até meados deste século. Gametas e embriões de organismos marinhos, cujo desenvolvimento embrionário ocorre no ambiente externo, são particularmente sensíveis às radiações UVA e UVB. A primeira linha de defesa desses organismos contra estresses químicos e físicos é a atividade de efluxo de bombas conhecidas como transportadores ABC. O objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito fotoprotetor de transportadores ABC em gametas e embriões do ouriço-do-mar Echinometra lucunter expostos à UVA ou UVB, bem como investigar a fotoatividade e a atividade bloqueadora de proteínas ABC da cumarina e de seus derivados em gametas e embriões de E. lucunter. Os gametas ou embriões foram expostos à UVA (3,6 a 14,4 kJ m-2) ou à UVB (0,112 a 14,4 kJ m-2), na presença ou ausência dos bloqueadores de transportadores ABC: reversina205 (bloqueador de ABCB1); e MK571 (bloqueador de ABCC1). O desenvolvimento embrionário foi monitorado em microscopia óptica comum. Os gametas e zigotos de E. lucunter foram resistentes à UVA. A resistência das células supracitadas à UVB foi fortemente associada à intensidade da atividade dos transportadores ABC (zigotos > óvulos > espermatozoides). O bloqueio dos transportadores ABCB1 e ABCC1 promoveu inibição no desenvolvimento de embriões derivados de espermatozoides expostos à UVA. O bloqueio do transportador ABCC1 aumentou, em 35,9 + 5,8%, os danos aos óvulos expostos à UVB enquanto que o bloqueio de ABCB1 intensificou, em 36,1 + 2,7%, os danos aos zigotos, induzidos pela UVB. Os bloqueadores de transportadores ABC também induziram malformações ao desenvolvimento larval derivado de espermatozoides ou óvulos expostos à UVB. Entretanto, a atividade dos transportadores ABC não foi afetada pela exposição à UVB. Adicionalmente, demonstramos a atividade fotoprotetora da cumarina e seus derivados contra os efeitos deletérios da UVB em gametas e células embrionárias de E.lucunter, e a atividade bloqueadora de transportadores ABC da 3-hidroxicumarina. Em conclusão, o presente estudo é o primeiro relato do papel protetor de transportadores ABC contra os efeitos deletérios da UVA ou UVB em gametas e células embrionárias de ouriços-do-mar. Além disso, esse trabalho também relata, de forma inédita, a atividade fotoprotetora da cumarina e da 3-hidroxicumarina contra a UVB em gametas e embriões irradiados. Estudos posteriores serão necessários para a inserção terapêutica desses compostos para o tratamento de diversas enfermidades relacionadas com a exposição excessiva à UVB.
  • LUCIANO LEITE PAULO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GASTROPROTETORA DO p-CIMENO (p-ISOPROPILTOLUENO) EM MODELOS ANIMAIS
  • Data: 25/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • O p-cimeno é um monoterpeno presente em óleos essenciais de várias espécies. Este composto foi selecionado para este trabalho por apresentar atividade anti-inflamatória e devido aos monoterpenos apresentarem ativadade gastroprotetora em outros trabalhos. Este trabalho teve como objetivo de avaliar a toxicidade aguda pré-clínica, a atividade gastroprotetora, bem como mecanismos relacionados a esta atividade. A administração (v.o.) de 300 e 2000 mg/kg do p-cimeno em camundongos fêmeas, causou diminuição da ambulação e analgesia. O p-cimeno não provocou variações no peso nem na estrutura dos órgãos macroscopicamente. No entanto, foi capaz de reduzir o consumo de água nos animais. A DL50 foi de aproximadamente 2500 mg/kg de acordo com a OECD 423, visto que apenas um animal na dose de 2000 mg/kg morreu ao final dos 14 dias de observação. Em se tratando da atividade gastroprotetora, o p-cimeno nas doses de 25, 50, 100 e 200 mg/kg (v.o.) foi testados em diferentes modelos de indução aguda de úlcera (etanol acidificado, etanol, estresse por imobilização e frio, anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) e contensão do suco gástrico). No modelo de etanol acidificado, o p-cimeno nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg reduziu o índice de lesão ulcerativo (ILU) em 66, 69 e 73%, respectivamente. Em lesões induzidas pelo etanol, o p-cimeno, em todas as doses, protegeu a mucosa gástrica em 66, 91, 99 e 99%, respectivamente. Na avaliação do modelo de estresse (imobilização e frio), o p-cimeno diminuiu o ILU em 35, 37, 41 e 45%, respectivamente. Quando avaliado o modelo de úlceras gástricas induzidas por AINE, houve inibição das lesões em 63, 79, 77 e 81% pelo p-cimeno, respectivamente. Nas úlceras induzidas por contensão do suco gástrico (ligadura de piloro) o p-cimeno na sua melhor dose (200 mg/kg) promoveu proteção da mucosa gástrica quando administrados por via intraduodenal e pela via oral em 45% e 51% respectivamente, em comparação ao controle negativo. Também no modelo de ligadura (v.o.), o p-cimeno reduziu o pH, aumentou a concentração de H+ e não alterou volume do conteúdo gástrico. Já no modelo de ligadura (i.d.), o p-cimeno não alterou nenhum parâmetro. Com o objetivo de investigar os mecanismos de ação relacionados a gastroproteção promovida pelo p-cimeno (200 mg/kg), foi avaliado a participação dos grupamentos sulfidrílicos, óxido nítrico, muco e prostaglandinas. Com relação a participação dos grupamentos sulfidrilas o p-cimeno (200 mg/kg) protegeu a mucosa gástrica em 99%, sendo esse efeito revertido em 66% com administração do bloqueador N-etilmaleimida (NEM). Avaliando a participação do óxido nítrico (NO), o p-cimeno (200 mg/kg) reduziu as lesões gástricas em 98%, sendo essa proteção revertida em 93% com administração do bloqueador N-nitro-L-arginina metil éster (L-NAME). O p-cimeno não alterou a concentração do muco gástrico. Com relação a participação das prostaglandinas verificou-se que o p-cimeno protegeu a mucosa gástrica em 99%, no entanto esse efeito foi revertido em 94% quando administrado indometacina. Dessa forma, foi verificado que o efeito gastroprotetor do p-cimeno não envolve aumento do muco aderido à mucosa. Todavia, seu efeito está relacionado à participação dos grupamentos sulfidrílicos, óxido nítrico e aumento dos níveis de prostaglandina. Diante desses resultdos, foi possível sugerir que p-cimeno apresenta atividade gastroprotetora, possivelmente relacionada a mecanismos antissecretórios locais e citoprotetores.
  • FABIOLA LELIS DE CARVALHO
  • Caracterização das Atividades Antinociceptiva e Anti-inflamatória da Hidantoína 5-(4-isopropilfenil)-3-fenil-imidazolidin-2,4-diona em Camundongos.
  • Data: 24/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • As hidantoinas sao frequentemente descritas como drogas anticonvulsivantes potentes. Entretanto, estudos recentes tem evidenciado o potencial antinociceptivo dessas substancias. O derivado hidantoinico IM-7 (5-(4-isopropilfenil)-3-fenil-imidazolidin-2,4-diona), obtido por meio de sintese organica, demonstrou atividade antinociceptiva quando administrado intraperitonealmente em camundongos, porem seu mecanismo de acao ainda permanece desconhecido. Neste trabalho, foi investigado o mecanismo de acao implicado na atividade antinociceptiva de IM-7 e a influencia desta hidantoina sobre a inflamacao em modelos animais. Para isso, camundongos foram tratados com antagonistas farmacologicos das vias envolvidas na transmissao da dor 15 minutos antes do tratamento com IM-7 (75 mg/kg, i.p.), e posteriormente, submetidos ao teste da formalina, em que foi registrado o tempo de lambida da pata em duas fases, a nociceptiva (0 a 5 minutos) e a inflamatoria (15 a 30 minutos). Foi observado que a atividade antinociceptiva de IM-7 foi revertida pelo pre-tratamento dos camundongos com naloxona (antagonista opioide), sulpirida (antagonista seletivo dos receptores dopaminergicos D2) e cafeina (antagonista dos receptores adenosinergicos) na primeira fase do teste da formalina, indicando o possivel envolvimento das vias opioide, dopaminergica e adenosinergica no mecanismo de acao desta hidantoina. O pre-tratamento dos animais com glibenclamida (bloqueador dos canais K+ATP), ioimbina (antagonista seletivo dos receptores α2 adrenergicos), atropina (antagonista nao seletivo dos receptores muscarinicos), ou bicuculina (antagonista do receptor GABAA) nao alterou a resposta antinociceptiva induzida por IM-7 no teste da formalina. Alem disso, IM-7 reduziu o tempo de lambida da pata induzida pela administracao intraplantar de glutamato, sugerindo que a inibicao da via glutamatergica esta envolvida no seu mecanismo de acao. O tratamento de camundongos com IM-7 tambem foi capaz de reduzir o edema de pata induzido por carragenina por ate 48 horas na dose mais elevada (300 mg/kg), evidenciando o potencial anti-inflamatorio desta hidantoina. Este efeito foi confirmado pelo modelo da peritonite induzida por carragenina, no qual IM-7 reduziu a migracao celular e os niveis das citocinas pro-inflamatorias IL-1β e TNF-α no lavado peritoneal. Sendo assim, esses resultados sugerem que IM-7 exerce sua atividade antinociceptiva por meio da ativacao de receptores opioides, dopaminergicos e adenosinergicos, inibicao do sistema glutamatergico e reducao do processo inflamatorio.
  • MONICA MOURA DE ALMEIDA
  • Efeitos Cardiovasculares induzidos pelo Óleo Essencial de Mentha x-villosa Hudson (OEMV), rotundifolona e mentol em Ratos Espontaneamente Hipertensos – O papel dos canais Potencial Receptor Transiente (TRP)
  • Data: 24/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • Os monoterpenos presentes em óleos essenciais de plantas atuam sobre canais Potencial Receptor Transiente (TRP). Alguns canais TRP com expressão alterada em ratos hipertensos podem ser novos alvos terapêuticos para o controle da hipertensão arterial. Objetivo: Comparar as respostas induzidas pelo Óleo Essencial de Mentha x-villosa Hudson (OEMV), pela rotundifolona e pelo mentol em Ratos Espontaneamente Hipertensos (SHR) e normotensos Wistar Kyoto (WKY), avaliando o papel de canais TRP. Métodos e Resultados: Estudos in vivo (medida de pressão arterial e freqüência cardíaca), in vitro (medida da freqüência e força de contração em átrios e da tensão isométrica em artérias mesentéricas superiores) e bioquímicos (PCR e Western blot) foram usados. O OEMV (3, 5, 10, 20 mg/kg), a rotundifolona (10, 20 e 30 mg/kg), e o mentol (3, 5, 10 e 20 mg/kg) induziram significativa resposta hipotensora e bradicárdica em ratos SHR e WKY não-anestesiados. A redução na pressão arterial diastólica foi significativamente maior do que a redução na pressão arterial sistólica, sugerindo uma maior ação sobre o componente vascular da pressão arterial. Entretanto, o significativo efeito bradicárdico e a redução na pressão arterial sistólica sugerem também uma ação sobre o componente cardíaco. Além disso, a diminuição na pressão arterial e freqüência cardíaca induzida por rotundifolona e por mentol foram significativamente mais potentes em ratos SHR. A ação do OEMV, da rotundifolona e do mentol em átrios direito (com atividade espontânea) e esquerdo (estimulado eletricamente) mostrou efeitos cronotrópico e inotrópico negativos e culminando na completa inibição da atividade cardíaca. Além disso, o efeito inotrópico negativo foi mais potente em ratos SHR e a proteína do canal TRPM8 mostrou expressão aumentada nos ventrículos (esquerdo > direito) e nos átrios (esquerdo > direito) de ratos SHR. O OEMV, a rotundifolona e o mentol também induziram resposta vasorrelaxante em artérias mesentéricas superiores de ratos SHR e WKY, pré-contraídos com FEN. O mecanismo majoritário envolve a via independente do endotélio, que foi mais potente em ratos SHR. O mecanismo da resposta vasorrelaxante independente do endotélio induzida por rotundifolona e mentol envolve provavelmente canais TRPM8, que apresentaram expressão aumentada em ratos SHR, e canais TRPC1, TRPC3 e TRPC6. Entretanto, a resposta induzida por mentol em ratos WKY parece envolver outros canais TRP (provavelmente TRPM6 e TRPM7). Além disso, a citometria de fluxo mostrou um aumento na [Ca2+]i induzido por rotundifolona em miócitos vasculares de ratos SHR, provavelmente por ativação de canais TRPM8. Conclusões: As respostas hipotensora, bradicárdica, inotrópica negativa e vasorrelaxante induzidas por OEMV, rotundifolona e mentol foram significativamente mais potentes em ratos SHR do que em ratos WKY. O mecanismo da resposta vasorrelaxante independente de endotélio induzida por rotundifolona e mentol parece envolver canais TRPM8, TRPC (provavelmente TRPC1, TRPC3 e TRPC6), BKCa e CaV, porém o mentol pode estar atuando em outros canais TRP (provavelmente TRPM6 e TRPM7) em ratos WKY. Os canais TRPM8 mostraram expressão aumentada em ratos SHR. Dessa forma, a ação do OEMV, da rotundifolona e do mentol sobre esses canais pode estar relacionada com a maior potência observada em ratos SHR.
  • SEVERINO GONCALVES DE BRITO FILHO
  • Estudo fitoquímico e atividade antimicrobiana de Pilosocereus pachycladus F. Ritter (Cactaceae)
  • Data: 24/02/2015
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Pilosocereus pertencente à família Cactaceae se destaca por possuir o maior número de espécies com 35 exemplares distribuídos desde o México até o Paraguai, sendo o Brasil o país com maior número de espécies distribuídos em diferentes ambientes, incluindo caatingas, restingas e campos rupestres. A espécie Pilosocereus pachycladus F.RITTER, conhecido como "Facheiro", é utilizada pela medicina popular contra inflamação prostática. O estudo fitoquímico pioneiro desta espécie levou ao isolamento e identificação de catorze substâncias sendo elas: um álcool (Pp-1), três ácidos graxos (Pp-2, Pp-8, Pp-9B), duas substâncias porfirínicas (Pp-3 e Pp-4), cinco esteróides (Pp-5, Pp-7, Pp-11, Pp-12, Pp-13) um aldeído fenólico (Pp-6), um ácido Fenólico (Pp-9) e um dímero cromano (Pp-10), sendo este inédito na literatura, os três primeiros inéditos na família Cactaceae e 10 inéditos no gênero. Uma avaliação microbiológica da espécie P. pachycladus revelou que ela poderá atuar como uma fonte de produtos naturais que modulam a resistência bacteriana a múltiplas drogas, sendo a substância identificado como Siringaldeído (Pp-6) uma molécula promissora como potenciadora da atividade de um antibiótico frente à bomba de efluxo
  • PAULA FERREIRA DOS SANTOS
  • Contribuição ao conhecimento químico e biológico de espécies da flora paraibana: Xylopia langsdorffiana e Maytenus distichophylla
  • Data: 23/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho associou ensaios experimentais e investigações computacionais baseadas nas plantas extraídas da flora Paraibana: espécies do gênero Maytenus e compostos de Xylopia langsdorffiana. Os testes experimentais realizado com raízes e caule de Maytenus distichophylla possibilitou a extração e determinação estrutural de triterpenos. Paralelamente realizamos estudos computacionais com diterpenos de X. langsdorffiana e triterpenos do gênero Maytenus. Estudos fitoquímico com Xylopia langsdorffiana (Annonaceae), descrevem o isolamento de diterpenos do tipo traquilobano, atisano, caurano e labdano, das folhas, frutos, caule e raízes da espécie. Maytenus distichophylla (Celastracea), conhecida popularmente como espinheira santa, é utilizada na medicina popular para o tratamento de ulceras estomacais. A busca por compostos biologicamente ativos, vem otimizando técnicas que facilitam na descoberta de novos fármacos. O planejamento de fármacos auxiliado por computador, oferece recursos que permitem o acoplamento de compostos à proteínas tridimensionalmente conhecidas e originam modelos capaz de predizer valores experimentais confiáveis para moléculas biologicamente ativas. Reportaremos o isolamento e elucidação estrutural de substâncias extraídas das raízes e do caule de M. distichophylla; estudos de docking, PLS e hidrofobicidade com 17 diterpenos isolados de X. langsdorffiana e 15 triterpenos isolados de espécies do gênero Maytenus da Flora Paraibana; determinação da composição química, atividade moduladora frente a bactérias multirresistentes, e análise de componente principal (PCA) dos óleos essenciais dos três espécimes de X. langsdorffiana. Estudos cromatográficos com M. distichophylla resultaram no isolamento de três compostos presentes no caule da espécie: 3-oxo-12α-hidroxifriedelano, 30-hidrofriedelan-3ona e 29-hidroxifriedelan-3-ona, e quatro compostos presentes nas raízes: β-sitosterol, 11α-hidroxigloquidona, rigidenol e 4’-O-metilepigalocatequina, sendo os três últimos relatados pela primeira vez na espécie. No estudo de docking, os diterpenos ent-atisan-7α-acetoxi-16α-ol, ácido labdorfiânico C e ácido labdorfiânico B apresentaram os menores valores de energia de formação quando complexados com a cruzaína, CYP2C9 e COX, respectivamente; e os triterpenos que apresentaram os menores valores de energia de formação complexados com essas enzima foram, 3β-hidroxi-9,12-en-ursano (cruzaína), ácido 3,4-seco-friedelan-3-óico (CYP2C9) e 3-oxo-12α-hidroxifriedelano (COX). Na predição da atividade antitumoral, calculada a partir do modelo PLS construído, o diterpeno ácido labdorfiânico C, e o triterpeno 3β-hidroxifriedelano, apresentaram os melhores valores preditos. Através de análise por RMN de ¹H e ¹³C do óleo essencial miolo caule (espécime A) de X. langsdorffiana, foi possível identificar o ent-atisan-16α-ol, relatada pela primeira vez na espécie. Os compostos majoritários identificados nos óleos essenciais foram: ent-atisan-16α-ol, germacreno D, limoneno e β-pineno. Os monoterpenos, β-pineno e limoneno, foram identificados em todos os óleos essenciais analisados, com diferentes porcentagens. Alguns óleos essenciais do espécime A, quando modulados com oxacilina frente a S. aureus, diminuíram a concentração do antibiótico em 99%. A análise de componente principal (PCA) realizada com o óleo essencial de três espécimes de X. langsdorffiana, permitiu identificar uma similaridade química entre os espécimes A e B, e uma diferença em C, quando comparados com A e/ou B. Acredita-se que a diferença entre as composições química estão relacionadas à idade ou porte dos espécimes, já que os mesmos se encontram na mesma coordenada geográfica. Os modelos obtidos nos estudos de CADD foram satisfatórios e geraram resultados preditivos
  • CAMILA GURGEL DANTAS DE PAULA
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Cymbopogon nardus L. Rendle (Citronela) E DO FITOCONSTITUINTE CITRONELAL SOBRE Cladosporium carrionii
  • Data: 23/02/2015
  • Hora: 09:00
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  • Fungos dematiáceos, demáceos ou escuros compõem um grupo grande e heterogêneo de fungos que causam uma variedade de doenças, incluindo feohifomicoses, cromoblastomicoses, micetomas e alergias. Espécies do gênero Cladosporium são relevantes no desenvolvimento de cromoblatomicoses, e se destacam como contaminantes de plantas. A toxicidade dos antifúngicos convencionais e o aumento da resistência aos esquemas terapêuticos utilizados impulsionam o estudo da atividade antifúngica de novas alternativas, incluindo as de fonte natural. Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica in vitro do óleo essencial de Cymbopogon nardus L. Rendle e do citronelal sobre cepas de Cladosporium carrionii. Neste estudo, os seguintes métodos foram utilizados: triagem microbiológica, determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM), medida do crescimento micelial radial em diferentes intervalos de tempo, inibição da germinação de conídios e avaliação de alterações morfológicas. Dentre os sete óleos essenciais testados, o de C. nardus demonstrou uma potente atividade antifúngica, inibindo o crescimento de 83,3% das cepas de fungos demáceos utilizadas. O óleo essencial de C. nardus teve sua CIM e CFM estabelecidas em 64 µg/ mL e o citronelal em 32 µg/ mL. Tanto o óleo essencial de C. nardus quanto o citronelal inibiram de forma significativa o crescimento micelial radial das cepas testadas, nas concentrações CIM, CIMx2 e CIMx4, após 12 dias de exposição. Nas concentrações CIM50 (64 µg/ mL- óleo essencial e 32μg/mL -citronelal) e CIM90 (128 μg/mL - óleo essencial e 512μg/mL - citronelal), foram capazes de inibir de forma significativa a germinação dos conídios fúngicos de ambas as cepas testadas. A determinação do efeito do óleo essencial de C. nardus e do citronelal sobre a morfogênese das cepas de C. carrionii demonstrou que ambos foram capazes de induzir alteraçõesmorfológicas, como desenvolvimento de hifas tortuosas, finas e diminuição da conidiação, nas concentrações CIM, CIMx2 e CIMx4. Dessa forma, conclui-se que o óleo essencial de C. nardus e o seu fitoconstituinte citronelal mostraram pronunciada atividade antifúngica sobre as cepas de C. carrionii testadas, o que impulsiona o estudo de suas atividades antifúngicas in vivo, bem como a busca por formulações farmacêuticas a serem utilizadas para a terapia de algumas micoses, especialmente aquelas causadas por fungos demáceos.
  • GEDSON RODRIGUES DE MORAIS LIMA
  • Mecanismos antiulcerogênicos e atividade anti-inflamatória intestinal de Combretum duarteanum cambess. (combretaceae) em modelos animais
  • Data: 20/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • Combretum duarteanum Cambess é uma espécie arbustiva exclusiva da América do Sul com registros na Bolívia, Paraguai e Brasil. É popularmente conhecida como “mufumbo”, “cipiúba” ou “cipaúba”. Encontrada na caatinga, é utilizada pela população para o tratamento de úlceras, inflamação e infecções, sendo os seus efeitos relacionados aos triterpenos pentacíclicos. O extrato etanólico bruto (EEtOH-Cd) e a fase hexânica (FaHex-Cd) obtidos das folhas de C. duarteanum, foram avaliados quanto aos mecanismos antiulcerogênicos e atividade anti-inflamatória intestinal em ratos. A administração (v.o.) do EEtOH-Cd (250 mg/kg) ou FaHex-Cd (250 mg/kg) por 14 dias resultou em um processo de cicatrização da úlcera gástrica induzida por ácido acético. Foi demonstrado que esse efeito possivelmente está relacionado ao aumento do número de células totais na lesão (p<0,05), aumento do número de vasos (p<0,01), bem como produção de muco e reorganização das estruturas morfológicas do tecido gástrico. O EEtOH-Cd (250 mg/kg) e FaHex-Cd (250 mg/kg) foram avaliados quanto ao efeito antioxidante e citoprotetor envolvidos na gastroproteção. Foi observado o envolvimento do sistema antioxidante com participação da superóxido dismutase (SOD) (p<0,01), catalase (p<0,01) e glutationa (GSH) (p<0,01) na proteção gástrica. Também foi demonstrado o efeito antiulcerogênico do EEtOH-Cd (31,25; 62,5 e 125 mg/kg) (p<0,01) e FaHex-Cd (31,25 e 62,5 mg/kg) (p<0,01) em úlceras duodenais induzidas pela cisteamina. Nos modelos de indução aguda da colite ulcerativa por TNBS, EEtOH-Cd e FaHex-Cd foram avaliados nas doses 31,25; 62,5; 125 e 250 mg/kg. EEtOH-Cd (62,5 e 125 mg/kg) e FaHex-Cd (62,5 e 125 mg/kg) promoveram redução significativa no escore de lesão macroscópica (p<0,05) e área de lesão ulcerativa (p<0,01). Isso foi refletido na redução do índice de diarreia para os tratados com EEtOH-Cd (125 mg/kg) (p<0,01) e FaHex (62,5 mg/kg) (p<0,05). O efeito anti-inflamatório intestinal também foi avaliado em modelo de colite ulcerativa com recidiva. O EEtOH-Cd (125 mg/kg) e FaHex-Cd (62,5 mg/kg) reduziram significativamente a lesão macroscópica (p<0,05 e p<0,01, respectivamente). A FaHex-Cd (62,5 mg/kg) foi capaz de reduzir significativamente a relação peso/comprimento do cólon (p<0,01), diarreia (p<0,05), diminuição do consumo de água e ração (p<0,01) e consequente perda de peso corporal (p<0,05). O EEtOH-Cd (125 mg/kg) ou FaHex-Cd (62,5 mg/kg) diminuíram significativamente a mieloperoxidase (MPO) (p<0,001), assim como as citocinas pró-inflamatórias TNF-α (p<0,01) e IL-1β (p<0,01). Foi observado o aumento da citocina anti-inflamatória IL-10 nos animais tratados com as amostras vegetais avaliadas (p<0,05). O efeito anti-inflamatório intestinal está relacionado à diminuição da expressão da cicloxigenase-2 (COX-2) (p<0.001), do antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA) (p<0,001) e aumento da SOD (p<0.001). Portanto, estes dados indicam que a C. duarteanum apresenta atividade cicatrizante e anti-inflamatória intestinal que pode envolver a participação do sistema antioxidante, bem como, das principais citocinas relacionadas aos processos inflamatórios intestinais.
  • NIARA MOURA PORTO
  • ANATOMIA, TAXONOMIA E ESPECTROSCOPIA DE Cissampelos L. E UMA CARACTERIZAÇÃO DA EPIDERME FOLIAR DAS ESPÉCIES DE MENISPERMACEAE OCORRENTES NO BRASIL.
  • Data: 20/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • A grande semelhança morfológica existente entre espécies dos gêneros de Menispermaceae e entre espécies de Cissampelos, muitos dos quais têm causado equívocos, não só do ponto de vista nomenclatural e taxonômico, como também na caracterização e reconhecimento de gênero e espécies. Este trabalho teve como objetivos realizar um estudo da anatomia, taxonômia e espectroscópia de UV-visível em espécies de Cissampelos, para proporcionar uma melhor delimitação interespecífica, como também realizou-se um estudo da anatomia foliar de espécies de gêneros de Menispermaceae, ocorrentes no Brasil, buscando identificar caracteres epidérmicos que auxiliem a taxonomia da família. Para o estudo anatômico utilizaram-se as técnicas usuais de anatomia vegetal, realizando-se secções transversais em 10 espécies de Cissampelos e diafanização da epiderme em amostras de 14 gêneros de Menispermaceae (69 espécies). O tratamento taxonômico de Cissampelos foi realizado em amostras frescas e herborizadas, análise de tipos e fototipos, depositados nos herbários nacionais e internacionais (ALCB, ASE, B, BM, CEPEC, EAN, F, G, HST, HUEFS, IAN, IPA, JPB, K, MAC, MG, MO, NY, P, RB, S, UFP, US). Para a espectroscopia de UV-Vis, os extratos foram preparados em banho de ultrassom com metanol, na proporção de 1:10 (p/v). Os dados espectrais (absorbância) foram previamente normalizados (0 e 1). Realizou-se a análise de componentes principais (PCA) com nível de significância (0,1%), região espectral selecionada entre 250-550 nm (600 variáveis). Os resultados mostraram a importância dos caracteres epidérmicos na distinção e delimitação dos táxons, principalmente a anatomia das paredes anticlinais, estômatos, presença e localização de papilas, tricomas e idioblastos de cristais em Menispermaceae, especialmente em Cissampelos. Reconheceu-se dez espécies de Cissampelos para o Brasil: C. andromorpha DC., C. fasciculata Benth., C. glaberrima A.St.-Hil. C. grandifolia Triana & Planch., C. laxiflora Moldenke, C. ovalifolia DC., C. pareira L., C. sympodialis Eichl., C. tropaeolifolia DC., C. verticillata Rhodes, que representam 50% das espécies do gênero. Duas possíveis novas espécies foram descritas: Cissampelos sp1 e Cissampelos sp2. A análise de UV-Vis mostrou quatro bandas de absorção: Banda I (λmáx 500–504.5 nm); Banda II (λmáx 391.5–468 nm); Banda III (λmáx 312.5–368.5 nm); Banda IV (λmáx 223–291 nm). A banda IV foi significativa com diferentes absorbâncias em Cissampelos. O gráfico de dispersão das espécies, nos componentes principais PC1 x PC2, permitiu a separação entre Cissampelos e o grupo externo. Os caracteres epidérmicos poderão ser úteis na taxonomia do gênero da família Menispermaceae. Por outro lado, o conjunto das análises anatômica, morfológica e a análise multivariada apoiou a delimitação interespecífica de Cissampelos.
  • RAQUEL BEZERRA DE SA DE SOUSA NOGUEIRA
  • Estudo fitoquímico pioneiro de Mimosa acutistipula Mart. Benth e atividade antimicrobiana de espécies do Gênero Mimosa (Fabaceae)
  • Data: 20/02/2015
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Mimosa L. pertence a família Fabaceae, a terceira maior família das Angiospermas e de ampla importância econômica. A espécie Mimosa acutistipula é endêmica no Brasil, popularmente conhecida como jureminha, jurema, jurema-vermelha e devido a inexistência de relatos acerca de sua fitoquímica e atividade farmacológica, objetivou-se com este trabalho contribuir com um estudo pioneiro fitoquímico e de atividade antimicrobiana da referida espécie. Associado a este trabalho também foi realizado o estudo quanto a atividade antimicrobiana com outras duas espécies do gênero Mimosa, a M. ophthalmocentra e a M. tenuiflora. M. acutistipula foi submetida a um estudo fitoquímico para extração e isolamento de seus constituintes químicos, através dos métodos de extração e cromatográficos respectivamente, com posterior identificação estrutural, utilizando-se dos métodos espectroscópicos de IV e RMN 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparações com modelos da literatura. Resultando no isolamento e identificação de quinze constituintes: taraxerona, lupenona, lupeol, taraxerol, vanilina, mistura β-sitosterol e estigmasterol, feofitina a, 132-hidroxi-(132-S)-feofitina a, 173-etoxifeoforbídeo a, 132 -hidroxi-173-etoxifeoforbídeo a, quercetina, canferol 3-O-β-D-glicosil-6’’-α-L-ramnopiranosídeo, ácido cafeico e ácido ferrulico. Todas as substâncias são descritas pela primeira vez na espécie M.acustistipula. O estudo da atividade antimicrobiana das espécies M.acustistipula, M. ophthalmocentra e M. tenuiflora foi realizado pela técnica da microdiluição e mostrou grande potencial antifúngico e antibacteriano: o extrato etanólico das folhas de M. ophthalmocentra, o extrato etanólico das cascas do caule e fase alcaloídica total de M. acutistipula, foram inibidores do crescimento de espécies de Candida e Cryptococcus neoformans. Os extratos etanólicos das folhas de M. tenuiflora e da fase alcaloídica total de M. acustitipula inibiram o crescimento das cepas de S. aureus e E. coli.
  • RAFAEL DE ALMEIDA TRAVASSOS
  • Caracterização do mecanismo de ação relaxante do alcaloide isoquinolínico 1-(3-metoxi-4-hidroxifenil)-7-metoxi-1,2,3,4-tetrahidroisoquilina (MTHP) em aorta isolada de rato
  • Data: 12/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais são uma fonte rica de compostos para a descoberta de novos medicamentos. A importância destes produtos naturais na descoberta e inspiração de drogas é comprovada e sua síntese é de interesse significativo. Os alcaloides isoquinolínicos são comumente encontrados em uma variedade de produtos naturais e em compostos biologicamente ativos. O alcaloide isoquinolínico sintético inédito, 1-(3-metoxi-4-hidroxifenil)-7-metoxi-1,2,3,4,-tetrahidroisoquinolina (MTHP), demonstrou que o MTHP apresentou atividade relaxante em artéria mesentérica superior de ratos normotensos através da via NO-GMPc. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar o mecanismo de ação vasorelaxante do MTHP em aorta isolada de rato. As contrações isométricas foram monitoradas e os parâmetros de potência e eficácia relativa foram determinados a partir de curvas concentrações-resposta cumulativas. O MTHP relaxou de maneira significante e dependente de concentração os anéis de aorta pré-contraídos com fenilefrina na presença (CE50 = 2,7 ± 0,2 x 10-6 M) e na ausência (CE50 = 5,7 ± 1,1 x 10-5 M) de endotélio funcional, sendo 21 vezes mais potente na presença do endotélio. Na presença de L-NAME, ODQ e Indometacina, a potência relaxante do MTHP foi atenuada em 17, 24 e 36 vezes, respectivamente. Esses resultados sugerem a participação de fatores relaxantes derivados do endotélio (FRDE) no mecanismo de ação do alcaloide. No entanto, na presença de atropina, um antagonista não seletivo dos receptores muscarínicos, a potência relaxante do MTHP não foi alterada, descartando a participação desses receptores. MTHP relaxou os anéis de artéria aorta pré-contraídos com 30 ou 80 mM de KCl, sendo 3 vezes mais potente para KCl 30, sugerindo uma modulação positiva de canais para K+. No entanto, em contrações induzidas por S-(-)-Bay K8644, um ativador dos CaV1, MTHP relaxou a aorta de maneira significante e dependente de concentração, sugerindo um bloqueio do influxo de cálcio por esses canais e esse bloqueio se dá por um antagonismo do tipo não competitivo. Na presença de 10 mM de TEA+, bloqueador não seletivos dos canais de K+, MTHP teve sua potência atenuada cerca de 14 vezes, confirmando a participação desses canais. Na presença de glibenclamida e de 4-AP, a potência relaxante do MTHP não foi alterada, descartando os KATP e KV. No entanto, na presença de 1 mM de TEA+, de Apamina e BaCl2, sua potência foi atenuada cerca de 12, 13 e 74 vezes respectivamente, sugerindo a participação dos BKCa, SKCa e Kir no mecanismo de ação vasorelaxante do MTHP. Na presença do Y-27632, um inibidor da ROCK, a potência relaxante do MTHP não alterada, descartando a participação da via RhoA/ROCK. MTHP não interfere com a viabilidade e apoptose celular em mióciotos de aorta de rato marcados com anexina-V e iodeto de propídeo. O MTHP diminuiu a fluorescência induzida por 300 mM de KCl em miócitos de aorta carregados com Fluo-3 e inibiu as correntes de Ba2+ através dos CaV. Estes resultados sugerem que o MTHP promove vasorelaxamento via FRDE, por uma modulação positiva da óxido nítrico sintase e das cicloxigenases, bem como a ativação da ciclase de guanilil solúvel. Além disso, o alcaloide diminui o influxo de cálcio por um bloqueio direto dos CaV-L, bem como por uma modulação positiva dos canais BKCa, SKCa e Kir. Todos esses eventos levam a uma redução da [Ca2+]i e consequente relaxamento do musculo liso vascular.
  • MARIA CLERYA ALVINO LEITE
  • Citral e geraniol: atividade antifúngica in vitro sobre leveduras do gênero Candida de importância hospitalar
  • Data: 11/02/2015
  • Hora: 08:00
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  • A candidíase é uma infecção oportunista causada por leveduras do gênero Candida. No Brasil, a espécie Candida tropicalis é a segunda mais comumente isolada após Candida albicans. O tratamento convencional das infecções fúngicas não é satisfatório em virtude do surgimento de resistências microbiológicas e dos problemas relacionados à segurança e toxicidade dos fármacos antifúngicos comercialmente disponíveis. Assim sendo, torna-se imprescindível o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias alternativas para o tratamento de candidíase. Neste contexto, compostos antifúngicos de origem natural, tais como os terpenos, têm recebido grande atenção nos últimos tempos por serem promissoras ferramentas terapêuticas no tratamento de infecções fúngicas e pelo seu reconhecido poder antimicrobiano. Por isso, investigou-se a atividade antifúngica dos monoterpenos citral e geraniol sobre cepas de C. albicans e C. tropicalis. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Fungicida Mínima (CFM) foram determinadas pela técnica de microdiluição em caldo. Também, foi investigada uma possível ação dos monoterpenos sobre a parede celular fúngica (ensaio com sorbitol 0,8 M), membrana celular (complexação com ergosterol), curva de morte microbiana e atividade biológica sobre a micromorfologia da levedura. Entre os monoterpenos testados, o geraniol foi o mais potente, pois apresentou menor valor de CIM (16 µg/mL). Já para o citral, a CIM e CFM foi de 64 µg/mL para 15 das 16 cepas testadas. De acordo com os resultados da CIM, duas cepas de C. albicans (ATCC 76485 e LM-70) e C. tropicalis (ATCC 13803 e LM-118) foram escolhidas para os outros testes. O resultado do possível mecanismo de ação, mostrou que não houve envolvimento com a parede celular (CIM idêntica no meio com e sem adição de sorbitol) ou ligação ao ergosterol (CIM idêntica no meio com e sem adição de ergosterol). No ensaio da interferência dos monoterpenos sobre a morfologia da levedura, observou-se que tanto o citral quanto o geraniol inibiram a formação de clamidoconídios e pseudo-hifas. Foi verificado também que os monoterpenos têm atividade antifúngica dependente da concentração. Conclui-se, assim, que os monoterpenos citral e geraniol apresentaram potencial atividade antifúngica in vitro contra as cepas testadas, denotando serem promissores agentes antifúngicos com potencial aplicabilidade no tratamento de infecções causadas por leveduras do gênero Candida, como aquelas que acontecem no ambiente hospitalar.
  • ABRAHAO ALVES DE OLIVEIRA FILHO
  • Avaliação dos efeitos farmacológicos e toxicológicos do extrato etanólico, fase clorofórmica e flavonoide de Praxelis clematidea (griseb.) R.M. King & H. Robinson (Asteraceae)
  • Data: 06/02/2015
  • Hora: 14:00
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  • O aumento da resistência dos micro-oganismos patógenos aos antimicrobianos existentes no mercado tem impulsionado a busca de novas alternativas terapêuticas, como os produtos naturais a base de plantas pertencentes a várias famílias do renino vegetal, como por exemplo a Asteraceae, que se apresentam como uma solução viável devido ao baixo custo e fácil acesso da população. No entanto, a pesquisa de compostos derivados de plantas com propriedade farmacológica deve sempre ser unida aos estudos toxicológicos, afim de se comprovar a ausência de malefícios destas substâncias ao organismo humano. Com base nessas premissias, foram estudados os efeitos farmacológicos e toxicológicos do extrato etanólico (EPC), fase clorofórmica (FPC) e 5,7,4’-trimetoxiflavona (TMF) provenientes de Praxelis clematidea. Para a realização dos estudos antimicrobianos in vitro utilizou-se o teste de microdiluição com diferentes cepas fúngicas e bacterianas. Na realização dos estudos de atividade antioxidante e citotoxicidade utilizou-se hemácias humanas obtidas do banco de sangue do Hospital Universitário Lauro Wanderley. Nos estudos de toxicidade aguda e de genotoxicidade utilizou-se camundongos Swiss oriundos do Biotério Thomas George/UFPB. Os experimentos de atividade antimicrobiana revelaram que EPC e FPC promoveram um efeito antifúngico contra espécies do gênero Candida, sugerindo que ambos possuem metabólitos secundários ativos contra fungos. O TMF, composto majoritário isolado de FPC, promoveu um efeito antibacteriano contra espécies gram positivas e gram negativas, com concentração inibitória mínima (CIM) de 128 µg/mL e efeito antifúngico contra diferentes espécies do gênero Candida. A CIM do TMF foi 32 µg/mL para as cepas de Candida krusei. Com relação às cepas de Candida albicans, tanto a CIM como a concentração fungicida minima (CFM) foram 64 µg/mL, aliado a isso, este efeito antifúngico envolveu a ação sobre a parede celular e a membrana plasmática desta espécie de fungo estudada. Além disso, o TMF diminuiu os danos eritrocitários causados tanto pela exposição do peróxido de hidrogênio, quanto pela alteração osmótica e apresentou um efeito antioxidante frente a formação de metahemoglobina em hemácias. O TMF demonstrou uma baixa toxicidade teórica, bem como uma boa biodisponibilidade oral através da análise in silico. Estes dados foram confirmados através da análise da citotoxicidade frente a eritrócitos, que revelou valores de hemólise abaixo de 10 % para todos os tipos sanguíneos testados. Na avaliação da toxicidade aguda após a administração oral do TMF, pode-se observar que o composto em estudo não induziu alterações comportamentais nos camundongos e apenas alterou o consumo de ração dos animais tratados, sem modificar o peso corporal, peso dos órgãos e os parâmetros bioquímicos e hematológicos avaliados. A análise do potencial genotóxico do TMF revelou que este metabólito não foi capaz de causar danos no DNA das células do sangue periférico dos animais tratados. Em conclusão, estes resultados sugerem que o EPC, a FPC e o TMF apresentam efeito antimicrobiano, e que o flavonoide também possui efeito antioxidante, com baixa potência citotóxica, toxicológica e genotóxica.
2014
Descrição
  • ALINE DE FREITAS BRITO
  • Treinamento de força e suplementação com Spirulina platensis modulam a reatividade vascular da aorta de ratos Wistar saudáveis dependente do óxido nítrico e da atividade antioxidante.
  • Data: 18/12/2014
  • Hora: 14:00
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  • A espécie Spirulina platensis tem sido relacionada à melhoria na função vascular, porém o efeito da sua suplementação com o pó liofilizado ou em associação com o treinamento de força, ainda não foi investigado sobre a reatividade vascular. Assim, objetivou-se verificar os efeitos do treinamento de força e da S. platensis sobre a reatividade vascular, parâmetros bioquímicos e o estresse oxidativo, em aorta de ratos Wistar. Os animais foram divididos em oito grupos: sedentário (GS) e suplementados com S. platensis nas doses de 50 (GS50); 150 (GS150) e 500 mg/kg (GS500) e grupos treinados (GT) e suplementados com S. platensis nas doses de 50 (GT50); 150 (GT150) e 500 mg/kg (GT500). Os grupos GT realizaram treinamento de força durante 8 semanas. A análise bioquímica quantificou a atividade da creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH), níveis da proteína C reativa (PCR), de nitrito, malondialdeído (MDA) e atividade antioxidante. Para avaliar a reatividade vascular induziu-se uma curva concentração-resposta cumulativa à fenilefrina (FEN) (10 9 10 3 M) e à acetilcolina (ACh) (10-11-10 4 M). Para avaliar a participação do óxido nítrico, utilizou-se o L-NAME e em seguida, uma curva concentração-resposta cumulativa à FEN (10 11 10 3 M) era induzida. A dosagem do MDA e da atividade antioxidante eram realizadas em fragmentos de aorta, amostras do fígado, músculo cardíaco e quadríceps. Foi demonstrado assim que o treinamento reduziu o tempo de execução dos saltos, sem aumentar a atividade da LDH, CK e PCR em nenhum dos grupos GT quando comparado com o seu grupo controle. Com relação aos experimentos funcionais, observou-se que para a reatividade contrátil, entre os grupos GS, apenas GS500 apresentou redução significativa na potência contrátil à FEN. No entanto para os grupos GT150 e GT500 reduziram a potência contrátil à FEN. Sendo que a dose de 500 mg/kg no grupo treinado reduziu a potência contrátil superior ao sedentário. Verificou-se ainda que a capacidade do treinamento de força e da S. platensis em reduzir a resposta contrátil foi eliminada na ausência do endotélio e a presença do L NAME proporcionou uma maior resposta contrátil à FEN em todos os grupos, sendo essa resposta potencializada nos grupos GT e GS. Em relação à atividade relaxante nos s grupos GS150 e GS500 a curva foi desviada para a esquerda, similarmente os grupos GT150 e GT500 também apresentaram o mesmo comportamento. No entanto, as suplementações nas doses de 150 e 500 mg/kg com o treinamento aumentaram ainda mais a resposta relaxante à ACh. A participação do NO foi reforçada quando se verificou aumento significativo na produção de nitrito na aorta de GT150 e GT500. A produção de MDA foi reduzida em todos os grupos, enquanto o percentual de inibição da oxidação foi aumentado, principalmente dos GT e GS nas doses de 150 e 500 mg/kg indicando uma potencialização na ação antioxidante entre essa associação. Assim, o presente estudo demonstrou que a suplementação crônica de S. platensis nas doses de 150 mg/kg e 500 mg/kg ou um programa de treinamento de força são isoladamente eficazes em promover um aumento na reatividade relaxante à ACh e uma diminuição na reatividade contrátil à FEN na aorta de rato, e ainda que a combinação destes dois procedimentos potencializa os efeitos. Estes efeitos são acompanhados por um aumento na concentração de nitrito, indicando participação da via do NO, por uma redução do estresse oxidativo e aumento na atividade antioxidante.
  • PAULA BENVINDO FERREIRA
  • A ação tocolítica do óleo essencial de Rollinia leptopetala R. E. Fries envolve a modulação positiva dos canais de potássio em útero isolado de rata
  • Data: 01/12/2014
  • Hora: 14:30
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  • A espécie Rollinia leptopetala R. E. Fries, conhecida popularmente como “pinha‑brava”, “bananinha” e “pereiro”, é utilizada tradicionalmente como digestiva. Das folhas dessa espécie foi extraído o óleo essencial (RL‑OE), que, em estudos anteriores, apresentou atividade tocolítica frente às contrações fásicas induzidas por carbacol (CCh) ou ocitocina em útero isolado de rata. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi caracterizar o mecanismo de ação tocolítica do RL-OE nesse órgão, por meio de metodologias funcionais. Como os mecanismos para indução da contração fásica são diferentes dos que mantém a tônica, decidiu-se verificar se o RL-OE relaxaria o útero pré-contraído por KCl ou Ocitocina. O óleo relaxou o útero pré‑contraído com 60 mM de KCl (CE50 = 22,4 ± 2,4 µg/mL) ou com 10-2 UI/mL de ocitocina (CE50 = 4,1 ± 0,4 µg/mL). Em seguida hipotetizou-se que o RL-OE estaria antagonizando os receptores de ocitocina, sendo essa hipótese confirmada uma vez que observou-se a inibição das curvas concentrações‑resposta cumulativas à ocitocina, desviando-as para a direita, de maneira não paralela e com redução do seu Emax, descartando um antagonismo do tipo competitivo. A participação dos receptores adrenérgicos também foi avaliada. Para isso, utilizou-se a fentolamina, um antagonista dos receptores α, entretanto não houve alteração da potência tocolítica do RL‑OE, sendo descartado o antagonismo desse receptor. Também utilizou-se o propranolol, um antagonista dos receptores adrenérgicos β, constatou-se que a curva de relaxamento, na presença do bloqueador, foi desviada para a esquerda, com potencialização do óleo, descartando a ativação desses receptores no efeito tocolítico do óleo. Outras vias que modulam a contratilidade do miométrio uterino são as vias do óxido nítrico (NO) e da ciclo-oxigenase (COX). Verificou-se a participação dessas vias no mecanismo de ação do óleo essencial utilizando L-NAME e indometacina, inibidores das vias do NO e da COX, respectivamente. Entretanto, o efeito do RL-OE não foi alterado na presença dos inibidores, descartando a participação dessas vias no mecanismo de ação tocolítica. Outra via investigada foi o modulação dos canais de K+.Para isso, utilizou-se bloqueadores não-específico e específicos desses canais. A potência tocolítica de RL-OE (CE50 = 4,1 ± 0,4 µg/mL) foi reduzida 2,2 vezes na presença de 5 mM de CsCl (CE50 = 8,9 ± 1,1 µg/mL), bloqueador não seletivo desses canais, confirmando a participação dos canais de K+ no efeito tocolítico do RL-OE. Para verificar qual(is) canal(is) de K+ estariam envolvidos usou-se bloqueadores seletivos desses canais. O fato do TEA+ 1 mM, bloqueador dos canais de K+ de grande condutância ativados por cálcio (BKCa), a apamina, um bloqueador dos canais de K+ ativados por Ca2+ de pequena condutância (SKCa) e da glibenclamida, bloqueador dos canais de K+ sensíveis ao ATP (KATP) não alterar o efeito tocolítico do RL-OE indica que os BKCa, SKCa e os KATP não estariam envolvidos em seu mecanismo de ação. Entretanto, a curva concentrações‑resposta de relaxamento induzida pelo RL-OE foi desviada para direita na presença de 4-aminopiridina, bloqueador dos canais de K+ dependentes de voltagem (Kv), com redução da potência tocolítica do RL-OE (CE50 = 10 ± 0,6 µg/mL), sugerindo o envolvimento dos Kv no mecanismo de ação tocolítica do RL-OE em útero de rata. Conclui‑se que RL-OE exerce efeito tocolítico modulando positivamente os canais de K+, especificamente os Kv, que bloqueariam de modo indireto os CaV, resultando no relaxamento da musculatura lisa uterina.
  • MONICA LORENA DIAS MEIRELLES DA CUNHA
  • Ensaios toxicológicos pré-clínicos e clínicos fase I e II, com o antiviral tópico celodenina no tratamento de herpes labial recorrente.
  • Data: 21/11/2014
  • Hora: 14:00
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  • O herpes simples labial, uma das infecções virais mais prevalentes no mundo, é doença crônica, recidivante e incurável, persistindo durante toda a vida do hospedeiro, geralmente sob a forma latente. Frente à dificuldade de se encontrar uma terapia eficaz com a medicina tradicional, busca-se na medicina complementar novas possibilidades de tratamento para esta patologia. O estudo objetivou realizar ensaios toxicológicos pré-clínicos e clínicos fase I e II, com o antiviral celodenina, neoflavonoide sintetizado, a partir do extrato etanólico das cascas do caule de Coutarea hexandra (Jacq) K. Shum, via tópica. Os estudos dermais pré-clínicos avaliaram a irritação primária da pele – efeito agudo (dose simples) e a irritação ocular aguda (dose simples) e em ambos os experimentos foram utilizados coelhos albinos neozelandeses, sadios, adultos, em número de 12, sendo 6 machos e 6 fêmeas (controle e tratado) para uma dose de 0,5 g do referido creme. A avaliação da irritação primária da pele demonstrou que o creme não é irritante para a pele dos coelhos testados em nosso laboratório, já que nenhum deles apresentou nenhum grau de eritema e edema durante todo o experimento. Em relação à irritação ocular simples, o creme demonstrou efeito de baixa irritabilidade, porque apenas 33,3% coelhos apresentaram rubor em conjuntiva nas primeiras 24 horas após a aplicação da substância em estudo. Não foi identificada nenhuma alteração na íris e na córnea, em qualquer dos animais em todo o experimento. Para investigar a toxicidade clínica fase I, em seres humanos, da celodenina, foram selecionados 30 voluntários, clinicamente saudáveis, com faixa etária compreendida entre 18 e 65 anos. Os participantes do estudo foram distribuídos em dois grupos, masculino e feminino, com 15 participantes cada um, e tratados diariamente, no turno da noite, por via dermal, com o creme por um período de 4 semanas. Os voluntários foram avaliados antes do início do estudo e após o seu término com exames hematológicos (hemograma completo), bioquímicos (glicemia, uréia, creatinina, colesterol total, AST, ALT, fosfatase alcalina), com o objetivo de detectar possíveis alterações decorrentes da utilização do creme nos mesmos, bem como, comparar os resultados antes e após o término do estudo. Não foram evidenciados valores alterados, tanto para as variáveis hematológicas como para as bioquímicas entre os tempos e os grupos. Ao longo do tratamento com o creme, foram observadas algumas reações adversas nos participantes: ressecamento local (7%), ardor (13%), formigamento (7%) e eritema (7%), mas o número de voluntários acometidos foi pequeno, e os sintomas e sinais relatados ocorreram na primeira semana do estudo, não necessitando de tratamento específico, desaparecendo espontaneamente. Os estudos clínicos fase II foi randomizado, duplo-cego, comparando a celodenina 4% com placebo em 33 pacientes portadores de herpes labial recorrente entre 18 e 65 anos, que utilizaram as referidas substâncias 3 vezes ao dia durante 15 dias. Os pacientes também foram avaliados antes e após o término do estudo com exames hematológicos e bioquímicos, os quais não demonstraram valores significativos entre os tempos. Poucos efeitos adversos foram relatados, o ardor (21%) e o ressecamento local (5,3%), ambos, de forma branda, durante os primeiros 30 minutos após a aplicação nos primeiros 5 dias. As recidivas herpéticas foram avaliadas durante 30, 60 e 90 dias e os participantes tratados com celodenina 4% apresentaram menor percentual das mesmas em relação ao placebo em todos os tempos. Estes resultados sugerem a baixa toxicidade do produto, eficiência satisfatória no controle das recidivas e indicam que esta formulação pode ser utilizada para testes clínicos fase IV, na dose e via de administração testada no tratamento do herpes labial recorrente
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • O mecanismo hipotensor do ácido alfa-lipóico em modelos de hipertensão arterial dependentes de angiotensina II envolve a inibição da ADAM17
  • Data: 17/10/2014
  • Hora: 14:00
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  • O estresse oxidativo tem sido apontado como um mecanismo fundamental na hipertensão arterial dependente de Ang II. Além disso, o estresse oxidativo está associado com a regulação negativa da enzima conversora de angiotensina tipo 2 (ECA2) por meio da ação da desintegrina e metaloprotease 17 (ADAM17) na hipertensão. Neste contexto, o ácido α-lipóico (AL), um potente antioxidante, vem sendo estudado por suas ações sobre o sistema cardiovascular e foi selecionado para o estudo na modulação da via Ang II/ROS/ADAM17/ECA2. Neste trabalho foram utilizados dois modelos de hipertensão dependentes de Angiotensina II (Ang II): dois-rins-um-clipe (2R1C) e o modelo desoxicorticosterona-sal (DOCA-sal). Primeiramente, ratos Wistar foram submetidos à cirurgia 2R1C ou Sham, para avaliação do tratamento crônico do AL sobre os parâmetros cardiovasculares. Quatro semanas após a indução da hipertensão renovascular, os ratos foram tratados com AL (60 mg/kg) ou solução salina durante 14 dias, por via oral. No 15º dia, a pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC) foram registradas. Além disso, o teste da sensibilidade do barorreflexo, utilizando fenilefrina (8 µg/kg, i.v) e nitroprussiato de sódio (25 µg/kg, i.v) foi realizado. O tratamento crônico com AL reduziu a pressão arterial em animais hipertensos, quando comparado ao grupo 2R1C + salina (133,5 ± 9,3 vs 176,5 ± 9,6 mmHg, p<0,05, respectivamente); no entanto, não foram observadas alterações significativas na FC. O tratamento com AL aumentou a sensibilidade de ambos os componentes simpático e parassimpático do barorreflexo (-2,80 ± 0,6 vs -2,61 ± 0,4 e -4,14 ± 0,6 vs -3,85 ± 0,5 bpm.mm Hg-1, p<0,05, respectivamente). Para investigar a relação entre ADAM17 e o estresse oxidativo, células Neuro2A foram tratadas com Ang II (100 nM) 24h após veículo ou AL (500 µM). Ang II aumentou a expressão da ADAM17 (100,2 ± 0,8 vs 120,5 ± 9,1%, p<0,05) e foi reduzida pelo tratamento com o AL (120,5 ± 9,1 vs 69,0 ± 0,3%, p<0,05). Em outro experimento, AL reduziu a expressão da ADAM17 (92,9 ± 5,3 vs controle: 77,3 ± 3,3%, p<0,05) em células que superexpressaram o ADAM17, bem como sua atividade foi atenuada após o tratamento com AL (109,5 ± 19,8 vs 158,0 ± 20,0 FU/min/mg de proteína, p<0,05). A produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) mostrou-se aumentada em células com superexpressão da ADAM17 (114,1 ± 2,5 vs 101,0 ± 1,0%, p <0,05), porém em células tratadas com o AL, a formação de ROS foi atenuada (76,0 ± 9,1 vs 114,1 ± 2,5%, p<0,05). Em camundongos DOCA-sal, modelo em que a expressão e a atividade de ADAM17 encontram-se elevadas, a hipertensão foi diminuída pelo tratamento com AL (119,0 ± 2,4 vs 131,4 ± 2,2 mmHg, p<0,05). Além disso, o AL melhorou a disfunção autonômica e a sensibilidade do barorreflexo. O AL aboliu o aumento da expressão da NADPH-oxidase, bem como o aumento da atividade da ADAM17 e promoveu uma redução na atividade da ECA2 no hipotálamo dos animais DOCA-sal. Esses dados sugerem que o tratamento crônico com AL promove um efeito anti-hipertensivo, com melhora da sensibilidade do barorreflexo e função autonômica em ratos com hipertensão renovascular, bem como no modelo DOCA-sal. Portanto, podemos sugerir que o AL preserva a atividade compensatória da ECA2 por romper o ciclo de retroalimentação positiva entre a ADAM17 e o estress oxidativo, resultando na redução da hipertensão arterial.
  • TANGBADIOA HERVE COULIDIATI
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ANTICANCERÍGENOS DOS 1,2,3-TRIAZÓIS DERIVADOS DO NÚCLEO 1,4-NAFTOQUINONA EM LINHAGENS LEUCÊMICAS HUMANAS
  • Data: 18/09/2014
  • Hora: 14:00
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  • O núcleo triazol e seus derivados têm atraído uma atenção considerável nessas últimas décadas devido ao seu potencial quimioterápico. Mais especificamente, tem se verificado o interesse em moléculas que contêm o grupo 1,2,3-triazol, isto porque esta classe de heterocíclicos é conhecida por exibir uma vasta gama de atividades biológicas, tais como, anti-proliferativo e anti-neoplásico. O objetivo desse trabalho foi o de avaliar o potencial anticancerígeno de novos triazóis derivados do 1,4-naftoquinona, elucidando as suas citotoxicidades e o mecanismo de morte envolvido. Os resultados obtidos revelaram que, das cinco linhagens cancerígenas testadas, as linhagens leucêmicas HL-60 e K562 foram as mais sensíveis, e dentre os oito compostos (denominados C1 a C8) testados, C2 e C3 foram os mais citotóxicos, apresentando CI50 de 14 μM e 41 μM, em HL-60 e de 24 μM e 81 μM em K562, respectivamente. Entretanto, os compostos foram menos citotóxicos nas células normais do sangue periférico humano com CI50 acima 80 μM. Investigando o tipo de morte induzido pelos compostos nas duas linhagens, foi demonstrado que os compostos C2 e C3 induziram apoptose em HL-60. Já nas células K562, este dois derivados provocaram a parada do ciclo celular na fase S e necrose. A parada do ciclo celular na fase S em K562 foi relacionada com a expressão do gene p21. Foi revelado a diminuição da expressão da proteína Bcl-2 e o aumento da expressão da proteína BAX nas células HL-60, e ainda verificou-se a liberação do citocromo c sugerindo a participação da via intrínseca na indução da apoptose em HL-60. A ativação dessa via pode ser via inibição da fosforilação da proteína ERK. Os resultados mostraram também que durante uma hora de pré-tratamento das células HL-60 com o N-acetil cisteina (1 mM), houve a redução da citotoxicidade dos compostos C2 e C3 de 30,83% e 26,47% respectivamente; indicando que a indução da apoptose em HL-60 é mediada pelo aumento da produção das espécies reativas de oxigênio intracelulares. Dessa forma, pode-se concluir que os compostos C2 e C3 apresentaram efeitos citotóxicos frente às linhagens HL-60 e K562, então, podem ser considerados como protótipo de moléculas anti-leucêmicas.
  • ANDREA MARIA ROLIM DA PAZ
  • INVESTIGAÇÃO TOXICOLÓGICA DO EXTRATO ETANÓLICO, FASES E TILIROSÍDEO DE PARTES AÉREAS DE Pavonia cancellata (L.) Malvaceae: UM ESTUDO IN VITRO E IN VIVO
  • Data: 29/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais têm sido a base principal para a descoberta de novos compostos que funcionem como drogas eficientes para o tratamento e prevenção de numerosas doenças, como inflamatórias crônicas e até mesmo o câncer. O gênero Pavonia é constituído por cerca de 271 espécies, das quais 223 aproximadamente distribuídas desde os Estados Unidos até o Uruguai. A espécie Pavonia cancellata está distribuída desde o México até a região sudeste do Brasil, entretanto nenhum estudo biológico foi realizado com essa espécie. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade tóxica do extrato etanólico, fases hexânica, clorofórmica, acetato de etila e hidroalcoólica; e do tilirosídeo de P. cancellata (L.) em células procarióticas e eucarióticas. Na avaliação de citotoxicidade, as fases hidroalcoólica, butanólica e o tilirosídeo não causaram hemólise significativa dos eritrócitos em nenhum dos grupos sanguineos testados, porém o tilirosídeo não conseguiu proteger as células eritrocitárias quando expostas a soluções hipotônicas de sal. As fases clorofórmica e hexânica causaram hemólise significativa na maior concentração testada. A atividade antibacteriana foi testada frente às linhagens Gram positivas e Gram negativas: E.coli ATCC 2536, E.coli ATCC 10536, P.aeruginosa ATCC 8027, P.aeruginosa ATCC 25619, S.aureus ATCC 6538, S.aureus ATCC 25925 e B.subtilis TCC 0516. A concentração inibitória mínima (CIM) obtida para P. aeruginosa ATCC 8027 foi de 25μg/mL e a CIM para E. coli ATCC 2536 foi de 50μg/mL. A CIM para B. subtilis TCC 0516, S. aureus ATCC 26538, S. aureus ATCC 25925 e P. aeruginosa ATCC 25619 foi > 100μg/mL. A atividade antibacteriana exercida pelo tilirosídeo nas concentrações inibitórias mínimas foi bacteriostática. O extrato etanólico de partes aéreas de P.cancellata não apresentou toxicidade aguda na dose de 2 g/kg de peso do animal, evidenciado através da ausência de alterações de parâmetros bioquímicos, hematológicos, hematimétricos e histopatológicos. O extrato etanólico também não promoveu dano cromossômico estrutural e/ou numérico em eritrócitos de camundongo “in vivo”. O tilirosídeo de P. cancellata é um potencial agente antibacteriano, específico para bactérias Gram negativas com baixa ou nenhuma citotoxicidade, genotoxicidade e toxicidade aguda.
  • MICHELLINE VIVIANE MARQUES DAS NEVES
  • FRACIONAMENTO BIOMONITORADO DA PRÓPOLIS VERMELHA DE IGARASSU, PERNAMBUCO, BRASIL.
  • Data: 25/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • A própolis é uma mistura heterogênea de compostos e é produzida por abelhas a partir de vegetais encontrados próximos às colmeias. É classificada de acordo com a origem botânica e a composição química que pode variar entre as regiões. Estudos tem demonstrado que a própolis vermelha possui características físico-químicas e biológicas diferenciadas. No estado de Pernambuco, até o momento são poucos os trabalhos realizados com a própolis vermelha, e não há na literatura estudos com a própolis vermelha de Igarassu – PE, com isso sua origem botânica, caracterização química e suas atividades farmacológicas, ainda não estão definidas. O objetivo deste estudo foi realizar um fracionamento biomonitorado de duas amostras de própolis vermelha, coletadas em Igarassu – PE, a fim de determinar os compostos responsáveis pelas atividades antimicrobiana, antioxidante, antileucêmica e antileishmania, além de traçar um perfil palinológico. As amostras de própolis vermelha foram coletadas em Igarassu-PE, na forma in natura, em abril de 2011 e maio de 2012, em dois apiários. Foram submetidas a análise palinológica, para identificação dos grãos de pólen e dos tipos polínicos presentes. Em seguida as amostras in natura foram trituradas, extraídas em etanol 96% e concentradas obtendo-se o extrato etanólico bruto seco. Esse extrato foi suspenso em uma mistura de metanol-água (1:1) e fracionado por separação líquido-líquido com hexano e acetato de etila, obtendo-se as frações hexânica, acetato de etila e hidroalcoólica. A fração acetato foi refracionada em coluna de Sephadex LH-20 para isolamento dos compostos. A própolis in natura foi submetida ao screening fitoquimico preliminar. O extrato etanólico foi avaliado para identificação dos compostos por CLAE-EM. A própolis in natura, extrato etanólico, frações hexânica, acetato de etila e hidroalcoólica foram submetidas a análise do perfil cromatográfico por CLAE, análise do perfil fenólico, identificação e quantificação de compostos fenólicos e avaliação das atividades farmacológicas. Nas amostras in natura foram encontrados 28 tipos polínicos, pertencentes a 16 famílias e 30 gêneros botânicos. Os tipos polínicos que apareceram em maior frequência foram: Serjania e Dalbergia (amostra 1-abril de 2011), Fabaceae 1 e Dalbergia (amostra 2-abril de 2011), Stigmaphyllon (amostra 1 e 2-maio de 2012). Verificou-se a presença de flavonoides e esteroides na própolis in natura. Foram identificados 25 compostos no extrato etanólico bruto das amostras 1 e 2 de própolis vermelha, onde as principais substâncias identificadas pertencem à classe dos flavonols, flavanas, isoflavonas, pterocarpanos e benzofenonas preniladas, demonstrando a utilidade da técnica de LC - Orbitrap - FTMS. O perfil químico das amostras 1 e 2 de própolis vermelha são caracterizados pela presença de benzofenonas. Na própolis in natura, extrato etanólico, frações hexânica, acetato de etila e hidroalcoólica, foram identificadas e quantificadas 8 substâncias, sendo 1 ácido fenólico e 7 flavonoides. Na fração acetato de etila da amostra 1 foi isolada a isoflavona formononetina. Observa-se que ao longo do fracionamento, partindo da própolis in natura triturada até a substância isolada formononetina, houve um aumento no poder fungistático. Em relação a atividade antioxidante, medida pelo método de DPPH, observou-se que todas as amostras apresentaram poder antioxidante, com exceção da substância isolada. Em ordem decrescente, em relação ao poder antioxidante, as amostras mais apolares tiveram maior atividade que as amostras polares. Tanto a própolis in natura triturada assim como o extrato etanólico bruto apresentaram forte atividade antileishmania sobre as formas promastigotas de L. amazonensis. A atividade antileucêmica também aumentou ao longo do fracionamento, sobre a linhagem celular HL-60.
  • BRUNA PRISCILLA VASCONCELOS DANTAS
  • O carvacrol reduz a pressão arterial via ativação de canais receptores de potencial transiente em ratos espontaneamente hipertensos
  • Data: 25/08/2014
  • Hora: 09:00
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  • Os canais TRP têm sido amplamente estudados, em diversos processos de regulação fisiológicos e patológicos no sistema cardiovascular. O Carvacrol (5-isopropil-2metilfenol) é conhecido por agir na vasculatura e ativar e bloquear canais TRP, mas não se tem relatos dos seus efeitos em ratos hipertensos. Nosso objetivo foi avaliar o envolvimento dos canais TRP na hipertensão e o papel do carvacrol nos efeitos cardiovasculares em ratos espontaneamente hipertensos. Em ensaios eletrofisiológicos carvacrol (300µM) promoveu inibição das correntes de bário, sugerindo uma inibição do influxo de cálcio por canais de Ca2+ tipo-L. Ao avaliar a expressão do RNAm dos canais TRP em SHR, observamos pela primeira vez que a expressão de TRPV1 (p=0,0007), TRPV4 (p=0,0002), TRPM7 (p=0,0091) e TRPM8 (p=0,0008) foram diminuídas. Em anéis de aorta pré-contraídos com 1 μM de FEN, o carvacrol (10-8 - 3 ₓ 10-4 M) induziu vasorelaxamento em ratos wistar kyoto (WKY) (pD2 = 4,88  0,09, Emáx = 100,73  2,24%, n = 6) e em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) (pD2 = 4,93  0,08, Emáx = 110,06  2,07%, n = 6) na presença do endotélio funcional. Esse efeito não foi alterado após a remoção do endotélio em anéis de aorta em WKY (pD2 = 5,09  0,08, Emáx = 99,60  0,88%, n = 6) e em SHR (pD2 = 5,00  0,08, Emáx = 101,23  1,96%, n = 6). Para avaliar a participação dos canais TRP, as preparações foram incubadas com vermelho de rutênio, em WKY não houve alteração da resposta, mas em animais SHR tanto sua potência (p<0,001) como sua eficácia (p<0,001) foram diminuídas, sugerindo que carvacrol pode estar agindo em TRPV, TRPA1 e TRPM6 nos SHR. Ao utilizar magnésio, em WKY e SHR tanto sua potência (p<0,01) quanto sua eficácia (p<0,001) farmacológica foram atenuadas, sugerindo inibição do canal TRPM7. Nas preparações com 2-APB, CPZ e BCTC os seus efeitos foram potencializados (p<0,01), sugerindo ação sobre os canais TRPV1, TRPM7 e TRPM8. Já com capsaicina, um ativador de TRPV1, esse efeito foi atenuado (p<0,001) confirmando uma possível ação do carvacrol sobre TRPV1. Nos estudos in vivo, com WKY e SHR não anestesiados, carvacrol produziu hipotensão e bradicardia. E ao avaliar a ação dos canais TRP em ensaios com vermelho de rutênio e capsaicina pode-se sugerir uma possível ação de carvacrol sobre TRPV1 e TRPV4, diminuindo a pressão arterial, corroborando com os ensaios in vitro. Em conclusão, esses resultados sugerem que os canais TRPV1, TRPV4, TRPM8 e TRPM7 tem sua expressão diminuída em animais SHR, e carvacrol induz efeito vasorelaxante provavelmente agindo em TRPV1, TRPV4, TRPM7 e TRPM8 em SHR. Além disso, os efeitos induzidos por carvacrol in vivo mostraram uma atividade hipotensora e bradicárdica e uma possível influencia dos canais TRPV1 e TRPV4 nessas respostas.
  • JANINE AGRA PADILHA
  • ENSAIO FARMACOLÓGICO CLÍNICO DE FASE II COM CREME DO EXTRATO BRUTO DA CASCA DO Anacardium occidentale L. NO TRATAMENTO DE LESÕES INFLAMATÓRIAS DA ARTICULAÇÃO DO PUNHO
  • Data: 21/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • Conhecida popularmente pelos seus efeitos anti-inflamatório, Anacardium occidentale Linn., é uma árvore pertencente à família Anacardiaceae, originária do Brasil.O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia terapêutica do creme obtido do extrato bruto da casca do caule de Anacardium occidentale L.,comparado com o tratamento fisioterapêutico utilizando o ultrassom terapêutico em pacientes com lesões inflamatórias da articulação do punho.O ultrassom terapêutico é um recurso eletrofísico, utilizado por fisioterapeutas no tratamento de afecções do sistema musculoesquelético. A LER/DORT pode ser definida como um processo inflamatório agudo relacionada ao trabalho, acompanhado de dor, perda de função e fraqueza muscular. Esse estudo foi uma pesquisa do tipo experimental com abordagem quantitativa que constou de um ensaio farmacológico clínico, de fase II, randômico e controlado. Foi aprovada pelo Comitê de Ética do CCS da UFPB, sendo realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. A amostra foi formada por 31 voluntários, que foram randomizados e avaliados quanto à intensidade da dor, a mobilidade articular, o grau de força muscular e a perimetria articular do punho, esses parâmetros foram reavaliados semanalmente por um mês. Os mesmo foram divididos em dois grupos, o Grupo AO recebeu gratuitamente o creme e o Grupo US, que foi submetido ao tratamento com o Ultrassom. A análise dos dados foi executada no SPSS 20.0® (IBM SPPS Inc.,EUA) e pelo Epi Info 6,04d® (CDC e OMS, EUA e Suiça). Considerou-se o ponto de corte de 5% no nível descritivo (p ≤ 0,05) para significância estatística. Na avaliação inicial dos voluntários, foi observado que em ambos os grupos a dor era alta ou máxima, que havia diminuição da amplitude de movimento para flexão e extensão do punho e grau de força média para os músculos flexores e extensores. Na reavaliação final, ambos os grupos apresentaram melhora do quadro álgico, houve aumento de amplitude no Grupo AO para os movimentos de extensão e de desvio radial e no Grupo US para a flexão do punho, quanto a força muscular, houve ganho no Grupo AO para os músculos flexores e no Grupo US a força média dos flexores se manteve. Para os músculos extensores houve melhora da força em ambos os grupos. Na avaliação clínica dos voluntários que usaram o creme de Anacardium occidentale L.,observou-se melhora da intensidade dolorosa, ganho na amplitude de movimento para extensão e desvio radial do punho, com significância estatística e para a força muscular houve incremento tanto para os músculos flexores quanto para os extensores. Embora, a maioria dos resultados não tenha apresentado significância estatística, as variáveis analisadas tiveram boa expressividade clínica. Almeja-se que este estudo contribua para a confirmação das propriedades anti-inflamatória e analgésica de Anacardium occidentale L.
  • DANILO EDUARDO COSTA VIEIRA LEMOS
  • EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DA DISCRETAMINA: ABORDAGENS “IN VIVO” E “IN VITRO”
  • Orientador : SANDRA RODRIGUES MASCARENHAS
  • Data: 08/08/2014
  • Hora: 09:00
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  • A utilização de produtos naturais como uma fonte de desenvolvimento para novos fármacos vem chamando a atenção da indústria farmacêutica há anos. Nesse contexto, destaca-se a busca por novas substâncias com potencial anti-inflamatório. Dentre as famílias botânicas de plantas, destaca-se a Annonaceae. Pertencente a família Annonaceae, encontra-se a espécie Duguetia moricandiana, da qual foi isolado um alcaloide protoberberínico denominado discretamina, com atividade antinociceptiva, α-adrenoceptor seletivo e agosnista do receptor 5-HT no músculo liso, capaz de aumentar a óxido nítrico sintase nos efeitos hipotensivos e vasorrelaxante. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito anti-inflamatório da discretamina em modelos experimentais in vivo e in vitro. Inicialmente, foi realizado o teste de edema de pata induzido por carragenina (500 µg/pata). Neste experimento, observou-se que a discretamina a 10 e 20 mg/kg diminui o edema de pata induzido por carragenina em 42 e 62% na primeira hora, 44 e 67% na segunda hora, 56 e 87% na quarta hora, respectivamente. A partir da quarta hora a dose de 5 mg/kg também apresentou efeito anti-inflamatório com diminuição do edema em 59%, enquanto as doses de 10 e 20 mg/kg reduziram o edema em 49 e 48% respectivamente. O efeito da dose de 5 mg/kg durou até sexta hora onde ocorreu diminuição de 38%. O mesmo não ocorreu em 24 horas, o que sugere um papel no início do processo agudo. Após os experimentos de triagem, in vivo, foram realizados experimentos in vitro para avaliar a produção de óxido nítrico (NO) e de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β e IL-6) após estímulo com LPS (1 µg/mL) em macrófagos peritoneais murinos e da linhagem RAW 264.7. Uma vez que a discretamina não foi citotóxica nas concentrações avaliadas (50, 100 e 200 µg/mL) pelo teste de viabilidade do MTT, prosseguimos os experimentos avaliando a produção de NO. Observou-se que a discretamina (100 e 200 µg/mL) reduziu os níveis de NO (51 e 59% respectivamente) produzidos pelos macrófagos peritoneais murinos, porém o mesmo não ocorreu em relação à produção de NO por parte dos macrófagos de linhagem RAW 264.7, onde estes não produziram NO. Assim, para avaliar os níveis de citocinas pró-inflamatórias foram utilizados apenas macrófagos peritoneais murinos. Foi observado que a discretamina (50, 100 e 200 µg/mL) também reduziu os níveis de TNF-α (61, 45 e 53%), IL-1β (89, 87 e 72%) e IL-6 (74, 77 e 75%), sem alterar a sua produção basal. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a discretamina apresenta efeito anti-inflamatório in vivo e in vitro, podendo, após realização de outros estudos, tornar-se um protótipo para desenvolvimento de novas substâncias para utilização na terapia de doenças inflamatórias.
  • ZILMARA VIEIRA PEDROSA
  • Atividade antibacteriana do Coriandrum sativum L. (coentro) sobre cepas de Escherichia coli produtoras de Beta-lactamases de espectro estendido.
  • Data: 31/07/2014
  • Hora: 14:00
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  • Existem algumas cepas de Escherichia coli que são patogênicas e frequentemente causam infecções urinárias, septicemias e meningites em neonatos. Algumas produzem enzimas conhecidas como β-lactamases de espectro estendido (ESBL) que diminuem as opções terapêuticas, despertando assim o interesse pela descoberta de novos produtos antibacterianos. As plantas medicinais e principalmente seus óleos essenciais são ricos em metabólitos com propriedades antimicrobianas, logo pesquisas são desenvolvidas em buscas destas substâncias. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial de Coriandrum sativum e seus fitoconstituintes majoritários contra cepas de E. coli ESBL. Inicialmente foi determinado o perfil de sensibilidade das cepas ensaiadas a antibióticos convencionais, bem como a triagem da atividade antibacteriana dos óleos contra estas cepas. Escolhido o óleo de C. sativum, a sua composição química foi determinada por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrômetro de Massa (CG/EM) e a atividade antibacteriana tanto do óleo quanto dos fitoconstituintes majoritários foram avaliadas pela determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM), pela técnica de microdiluição, a cinética de morte microbiana do óleo também foi analisada. Verificou-se também o efeito modulador desempenhado sobre os antibióticos convencionais. Constatou-se que as cepas ensaiadas são produtoras de ESBL. Entre os fitoconstituintes, o linalol (39,78%) apresentou-se como principal componente, seguido pelo óxido de linalol (27,33%). O óleo e o linalol inibiram todas as cepas apresentando CIM e CBM de, 256 μg/mL, 512 μg/mL e 1024 μg/mL, entre 512 e 1024 μg/mL, respectivamente. O óxido de linalol não apresentou atividade na concentração máxima ensaiada de 1024 μg/mL. Este óleo possui atividade antibacteriana dependente de sua concentração e do tempo de exposição no micro-organismo. Tanto o óleo quanto o linalol modulou a ação dos antibióticos ciprofloxacina e cefoxitina, sendo observada interação sinérgica do óleo e a ciprofloxacina. Já a combinação com linalol, apresentou efeitos sinérgicos com a ciprofloxacina e norfloxacina. Os resultados sugerem que o óleo essencial de C. sativum pode suprimir o crescimento de espécies de E. coli ESBL e que seu fitoconstituinte majoritário apesar de ter atividade antibacteriana fraca, pode modular a ação de alguns antibióticos.
  • CINTHIA NOBREGA DE SOUSA DIAS
  • Avaliação da atividade antileishmania de produtos naturais obtidos de Phyllanthus acuminatus e de Hyptis macrostachys.
  • Data: 27/06/2014
  • Hora: 09:30
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  • As leishmanioses são um complexo de doenças parasitárias inseridas no grupo de doenças tropicais negligenciadas. Os medicamentos principalmente utilizados na terapêutica das leishmanioses são antimoniais pentavalentes e anfotericina B. Contudo, esses medicamentos estão associados a sérios efeitos colaterais. Portanto, é necessária a busca de novas drogas leishmanicidas. Nesse contexto os produtos naturais são uma fonte de novas moléculas ativas e as lignanas também têm sido estudadas nessa perspectiva. Neste trabalho, investigou-se a atividade antileishmania do extrato etanólico de Phyllanthus acuminatus e Justicidina B, lignana obtida dessa planta, bem como o extrato etanólico, a fase diclorometano e o Hiptenolideo, obtidos de Hyptis macrostachys em modelos experimentais in vitro. Todas as substâncias avaliadas apresentaram atividade antileishmania, demonstrada inicialmente pela inibição de crescimento de formas promastigotas de L. amazonensis em fase logarítmica de crescimento. O IC50 para as substâncias avaliadas foi de 35,58μg/ml para o extrato etanólico de P. acuminatus, 12,51μg/ml para Justicidina B; 280,69μg/ml para o extrato etanólico de H. macrostachys, 55,3μg/ml para fase diclorometano de H. macrostachys e 22,67μg/ml para o Hiptenolideo. Essas substâncias também foram avaliadas quanto à citotoxicidade em macrófagos peritoneais murinos de camundongos suíços, o que resultou em CC50 de 39,62μg/ml para o extrato etanólico de P. acuminatus, 58,56μg/ml para Justicidina B; 121,36μg/ml para o extrato etanólico de H. macrostachys, 40,45μg/ml para fase diclorometano de H. macrostachys e 61,78μg/ml para o Hiptenolideo. Esses dados de IC50 e CC50 resultaram no Índice de Seletividade que foram de 1,11 para o extrato etanólico de P. acuminatus; 4,68 para Justicidina B; 0,43 para o extrato etanólico de H. macrostachys; 0,73 para fase diclorometano de H. macrostachys e 2,72 para o Hiptenolideo. Diante desses resultados, foi selecionada a lignana Justicidina B para aprofundar os estudos de atividade antileishmania sobre L. amazonensis. Na avaliação do padrão de fragmentação do DNA observou-se que a Justicidina B na maior concentração avaliada (4x IC50) foi capaz de induzir a fragmentação do DNA semelhante ao observado no controle positivo H2O2 (4mM), conhecido por induzir apoptose em Leishmania spp. O modelo de infecção de macrófagos murinos infectados com L. amazonensis e tratados com a lignana Justicidina B apresentou efetiva redução tanto da porcentagem de macrófagos infectados quanto do número de amastigotas por macrófago infectado, resultando em uma redução expressiva no índice de infecção quando comparados ao controle, demonstrando EC50 de 9,14 e 3,58 para 24 horas e 72 horas de tratamento. Esse resultado foi correlacionado com uma atividade imunomoduladora dessa lignana, associada à diminuição nos níveis de interleucina (IL)-10, e a um aumento nos níveis de óxido nítrico (NO). Pode-se concluir que a lignana Justicidina B possui uma significativa atividade antipromastigota e antiamastigota e apresenta propriedades imunomodulatórias em modelos de infecção in vitro.
  • SANY DELANY GOMES MARQUES
  • SÍNTESE DE LIGNANAS POR ACOPLAMENTO OXIDATIVO DE FENILPROPANOIDES
  • Data: 30/05/2014
  • Hora: 16:00
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  • Por meio do acoplamento oxidativo de fenilpropanóides, foi possível desenvolver um método de síntese estereoseletivo de algumas lignanas naturais encontradas em diversas plantas e que possuem importantes atividades biológicas. Através deste método preparamos pela primeira vez a dihidrocarinatidina, composto ao qual se atribui importantes atividades farmacológicas. Destarte, em patente (PI 1101946-8) submetida por nossogrupo de pesquisa, descrevemos processo de preparo de algumas lignanas naturais, utilizando para isso, peroxidase contida na água de coco (Cocos nucifera) que atua como biocatalizador, e água oxigenada como agente oxidante nos acoplamentos oxidativos de ácidos p-(OH)-fenilpropanóides. Deste modo, foram obtidas formas diméricas do isoeugenol (Licarina A) e a produção do heterodímero dihidrocarinatidina por meio do acoplamento oxidativo cruzado entre eugenol e isoeugenol. Através desta técnica, foi também realizada a síntese do seringaresinol, pela dimerização do álcool sinapílico, que uma vez metilado nos forneceu iangambina. Além disso, foram realizadas por este método, tentativas de síntese do conocarpan. Vale ressaltar, que todas estas substâncias apresentam grande importância farmacológica. Utilizando uma mistura aquosa de ferrocianeto de potássio e hidróxido de amônia, promovemos o acoplamento oxidativo do eugenol, que nos forneceu o dehidrodieugenol, sua metilação com iodeto de metila e carbonato de potássio forneceu majoritariamente, a forma monometil éter e minoritariamente, o derivado dimetiléter. Os produtos das reações foram caracterizados pelos espectros de 12C-RMN e 1H-RMN, que depois foram confrontados com dados espectrais dos homólogos naturais encontrados na literatura. Foram desenvolvidos ensaios de atividade antileishmania para a licarina A, dehidrodieugenol e seus derivados mono e dimetil éteres. Por meio destes ensaios verificaram-se atividades antileishmania contra formas promastigotas e amastigotas de Leishmania major (licarina A) e formas promastigotas de Leishmania amazonensis (dehidrodieugenol), apresentando resultados mais eficientes que a droga de referência.  O dehidrodieugenol monometil éter mostrou destacada atividade antiparasitária contra Leishmania amazonensis.
  • FLAVIO VALADARES PEREIRA BORGES
  • Síntese de ésteres Fenilpropanóicos de alcoóis monoterpênicos
  • Data: 30/05/2014
  • Hora: 09:00
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  • Os ésteres fenilpropanóides de álcoois monoterpênicos normalmente são encontrados em baixas concentrações nos meios naturais, o que normalmente inviabiliza alguns estudos in-vivo, notavelmente os de toxicidade e tolerância. ​ O isolamento a partir de fontes naturais geralmente não provê quantidades adequadas, principalmente devido sua ocorrência em baixas concentrações. ​Tais substancias tem demonstrado diversas atividades biológicas interessantes, inclusive do ponto de vista farmacológico, o que torna sua obtenção in-natura, seus análogos sintéticos, ou de suas formas simplificadas, preferencialmente em pequena e média escala um objetivo justificável e perseguido pelos químicos sintéticos​. Alguns destes ésteres apresentam dificuldades para sua preparação de forma direta e econômica, normalmente exigindo vários passos e consequentes baixos rendimentos, principalmente quando o álcool não está disponível para ser usado em grandes quantidades, como solvente por exemplo, quando o álcool é terciário, ou quando o ácido apresenta grupos hidroxilas esterificáveis, a catálise ácida pode não ser o meio mais adequado. Este trabalho tem como objetivo apresentar vias​ alternativas para a preparação destes ésteres, como por exemplo, reações de esterificação do tipo Shotten-Baumann, ou o uso da reação de Wittig, na obtenção de ésteres benzênicos, cinâmicos de alguns álcoois monoterpênicos como o (-)-borneol e o α-terpineol.
  • EVANDRO FERREIRA DA SILVA
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DA Paliavana tenuiflora Mansf. (GESNERIACEAE)
  • Data: 07/03/2014
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Paliavana pertence a família Gesneriaceae e é composto por cerca de 140 gêneros que se distribuem em toda América do Sul e Central, (exceto Caribe e México). No Brasil são encontradas na região Sudeste no Espírito Santo, Minas gerais e Rio de Janeiro e Nordeste na Bahia, Paraíba e Pernambuco. Ocorre em afloramentos rochosos dos campos de altitude, chamados de “campos rupestres”, estes são representados pelas ervas e arbustos. Paliavana tenuiflora é encontrada em florestas úmidas em afloramentos rochosos na Paraíba, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais e não há relatos de estudo fitoquimico dessa espécie. Desta forma, esse trabalho objetivou contribuir com o estudo fitoquímico da Paliavana tenuiflora Mansf. O material vegetal foi coletado na Pedra de Santo Antônio, município de Galante- Paraíba e depositado no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (JPB) com o código M.F. Agra, 6090. Para o estudo fitoquímico, partes aéreas do vegetal foram submetidas a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. As estruturas químicas dos compostos foram determinadas por métodos espectroscópicos, tais como: infravermelho, massas e ressonância magnética nuclear de 1H, 13C bidimensionais e comparações com modelos da literatura. Da fase acetato de etila obteve-se uma mistura de esteroides glicosilados (sitosterol-3-O-D-glicopiranosídeo e estigmasterol-3-O-D-glicopiranosídeo) além de três compostos fenólicos, hexacosanoato 2-(p-hidroxifenil)-de etila, hexacosanoato 2-(3, 4-dihidroxifenil)- de etila além do ácido 3-(3,4-dihidroxifenil) prop-2-enoico(ácido cafeico), sendo esses dois ésteres relatados pela primeira vez no gênero, contribuindo, portanto para o estudo químico do gênero Paliavana.
  • IARA LEAO LUNA DE SOUZA
  • A ação espasmolítica do óleo essencial de xylopia frutescens Aubl. envolve a redução dos níveis citosólicos de cálcio em íleo de cobaia.
  • Data: 06/03/2014
  • Hora: 14:00
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  • A espécie Xylopia frutescens Aubl., conhecida popularmente como “embira”, “semente-de-embira” e “embira-vermelha”, é utilizada na medicina popular como antidiarreica. Das folhas dessa espécie foi extraído o óleo essencial (XF‑OE), que, em estudos anteriores, apresentou atividade espasmolítica frente às contrações fásicas induzidas por CCh ou por histamina em íleo de cobaia. Diante dessa premissa, o objetivo desse trabalho foi caracterizar o mecanismo de ação espasmolítica do XF-OE em musculatura lisa intestinal. Para isso, foram utilizadas metodologias funcionais e celulares. O XF-OE inibiu as curvas concentrações‑resposta cumulativas à histamina, desviando-as para a direita, de maneira não paralela e com redução do seu Emax, descartando um antagonismo do tipo competitivo, além de relaxar o íleo pré-contraído com KCl (40 mM) ou com histamina (10-6 M). Como a potência relaxante do óleo essencial foi menor quando as contrações foram induzidas por KCl, hipotetizou‑se que o XF-OE estaria atuando como um modulador positivo de canais de K+. Na presença do CsCl (5 mM), bloqueador não seletivo desses canais, a potência relaxante do XF-OE não foi alterada, sendo descartada a participação dos canais de K+ no efeito espasmolítico do óleo essencial. Diante disso, decidiu-se verificar se o óleo essencial estaria inibindo o influxo de cálcio através dos CaV; para isso foram feitas curvas concentrações‑resposta cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante (KCl 70 mM) nominalmente sem Ca2+ na ausência (controle) e na presença de diferentes concentrações do XF‑OE. O óleo essencial deslocou para a direita as curvas controle de CaCl2 com redução do seu efeito máximo, além de relaxar o íleo pré‑contraído com o S‑(‑)‑Bay K8644 (3 x 10-7 M), um agonista dos CaV1, demonstrando que o óleo essencial inibe o influxo de Ca2+ através dos CaV1. Sendo os mecanismos de mobilização de Ca2+ em células musculares das camadas circular e longitudinal diferenciados, hipotetizou-se que o XF-OE estaria impedindo a mobilização de Ca2+ dos estoques intracelulares para promover seu efeito espasmolítico. Para testar essa hipótese, em experimentos utilizando a camada circular do íleo, o óleo essencial antagonizou as contrações fásicas induzidas por histamina (10‑6 M), modulando negativamente a liberação de Ca2+ para exercer seu efeito espasmolítico. Nos experimentos celulares, a viabilidade dos miócitos da camada longitudinal do íleo de cobaia não foi alterada na presença do XF‑OE (81 µg/mL) e a intensidade de fluorescência nos miócitos intestinais estimulados por histamina foi reduzida pelo óleo essencial, indicando a redução na [Ca2+]c. Assim, o mecanismo de ação espasmolítica do XF‑OE em íleo de cobaia envolve bloqueio do influxo de Ca2+, via CaV1, além da modulação negativa dos mecanismo de liberação de Ca2+ dos estoques intracelulares, levando à redução dos níveis citosólicos desse íon e, consequente, relaxamento muscular.
  • ITAMAR BARBOSA DE LIMA
  • Morfoanatomia foliar de Quatro espécies de Ficus L. (Moraceae) de Ocorrência na Paraíba e Distribuição geográfica para o Nordeste do Brasil
  • Data: 28/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • O gênero Ficus (Moraceae) possui cerca de 750 espécies ocorrendo em florestas tropicais e subtropicais. No Brasil ocorrem cerca de 76 espécies. O gênero pode ser caracterizados por plantas lactescentes de habito arbóreo, arbustivo, lianas ou hemiepífita, são conhecidas popularmente como “filgueiras” ou “gameleiras” podem ser utilizadas como alimentos, indústria têxtil e medicina tradicional. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo morfologia e anatomia foliar de quatro espécies de Ficus sect. Americanae, Ficus arpazusa Casar., Ficus gomelleira Kunth, Ficus nymphaeifolia Mill. e Ficus trigona L.f., complementado pela analise do padrão de distribuição no Nordeste do Brasil. Secções transversais de folhas (lâmina e pecíolo) foram realizadas a mão livre, posteriormente coradas com azul de toluidina. Para a distribuição geográfica foi feita uma busca na base de dados da Rede Species Link para as espécies estudadas, foi construído um Banco de Dados para o gênero no software BRAHMS (Botanical Research And Herbarium Manegement Sistem) a elaboração dos mapas de distribuição geográfica foi utilizado o banco de dados e o softwares GIS e shapfiles do IBGE para o Nordeste do Brasil. As quatro espécies estudadas compartilharam os seguintes caracteres: mesofilo dorsiventral, idioblastos cristalíferos contendo drusas de oxalato de cálcio ao longo do parênquima paliçádico e esponjoso, epiderme com paredes anticlinais retas, estômatos anomocíticos. Possuem caracteres diferencias que as distinguem de espécies similares, principalmente com relação à organização estrutural do mesofilo e contorno do pecíolo. A morfologia e a anatomia foliar forneceram caracteres distintivos para as espécies estudadas. Os estudos anatômicos podem ser empregados como um recurso adicional ao estudo da taxonomia do gênero e controle de qualidade de suas etnodrogas. Além disso, os mapas de distribuição geográfica dessas espécies, na região Nordeste, evidenciam a existência de uma lacuna de coletas dessas espécies para o Nordeste extra Baiano.
  • SAVIO BENVINDO FERREIRA
  • Investigação dos efeitos antimicrobiano, citotóxico e genotóxico do óleo essencial das folhas de Croton tricolor Klotsch ex Baill (Euphorbiaceae)
  • Data: 27/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • O uso de produtos de origem vegetal para o tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas da prática medicinal da humanidade e, embora grandes avanços sejam observados na medicina moderna, os produtos naturais continuam contribuindo de maneira considerável nos cuidados com a saúde. Entre as ações terapêuticas das plantas medicinais, a atividade antimicrobiana é uma das mais relevantes frente à taxa de mortalidade existente e à resistência antimicrobiana. Apesar das plantas possuírem muitos usos terapêuticos que são conhecidos popularmente, o ser humano desconhece o fato de que elas podem apresentar toxicidade tanto para o homem quanto para os animais. Croton tricolor Klotsch ex Bail, conhecido popularmente como marmeleiro prateado, é nativo da caatinga do Nordeste do Brasil. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos biológicos do óleo essencial das folhas de Croton tricolor Klotsch ex Bail (Ct-OE). A concentração inibitória mínima (CIM) para a cepa Staphylococcus aureus ATCC 25925 foi de 13,4 mg, Staphylococcus aureus ATCC 25619 6,7 mg, Staphylococcus aureus ATCC 8539 foi de 3,35 mg e Escherichia coli ATCC 25922 foi de 6,7 mg. A concentração bacteriostática mínima (CBM) para a cepa Staphylococcus aureus ATCC 25925 foi de 6,7 mg, Staphylococcus aureus ATCC 25619 3,35 mg, Staphylococcus aureus ATCC 8539 foi de 1,68 mg e Escherichia coli ATCC 25922 foi de 3,35 mg. Na avaliação da citotoxicidade frente a eritrócitos humanos, o óleo essencial apresentou um baixo nível de hemólise no sangue A+ e B+, mas não causou em eritrócitos tipo O+. O Ct-OE apresentou um leve aumento da oxidação em eritrócitos, mas a um valor muito inferior a fenilhidrazina (Ph). Entretanto, o Ct-OE conseguiu proteger os eritrócitos da oxidação pela Ph de forma mais eficiente que a vitamina C. O Ct-OE não promoveu dano cromossômico estrutural e/ou numérico em eritrócitos de camundongos in vivo.
  • ANA CAROLINE DE LIMA SILVA
  • INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE ESPASMOLÍTICA DE UMA SÉRIE DE DERIVADOS DO LAPACHOL EM ÍLEO DE COBAIA: UM ESTUDO COMPARATIVO
  • Data: 27/02/2014
  • Hora: 09:00
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  • As naftoquinonas sao substancias de grande interesse, pois apresentam uma variedade de atividades biologicas. Pertencente a esse grupo, destaca-se o lapachol, uma naftoquinona isolada de especies de Tabebuia spp., conhecidas popularmente como “ipes”. Uma vez que muitas atividades farmacologicas, como a espasmolitica, sao relacionadas ao lapachol e aos seus derivados naturais ou sinteticos, pesquisadores tem voltado sua atencao para esta molecula a fim de criar compostos com potencial terapeutico. Nessa perspectiva decidiu-se investigar um possivel efeito espasmolitico de uma nova serie de derivados do lapachol (UFRPE 15, UFRPE 17, UFRPE 31, UFRPE 114, UFRPE 115 e UFRPE 116) e do norlapachol (UFRPE 106, UFRPE 107, UFRPE 111, UFRPE 112, UFRPE 113 e UFRPE 117) em ileo isolado de cobaia, bem como investigar o mecanismo de acao do composto que apresentar uma maior eficacia. Na triagem farmacologica, os compostos derivados do lapachol apresentaram uma baixa eficacia farmacologica em inibir as contracoes fasicas induzidas por carbacol e por histamina, apenas o composto UFRPE 115 inibiu as contracoes fasicas induzidas por histamina de maneira dependente de concentracao. Entretanto, os derivados do norlapachol mostraram-se mais promissores, uma vez que todos inibiram as contracoes fasicas induzidas por carbacol e por histamina de maneira dependente de concentracao, onde os compostos UFRPE 107, UFRPE 112 e UFRPE 117 apresentaram uma maior potencia e eficacia relativas. O efeito relaxante destes foi avaliado no ileo pre-contraido com KCl, CCh ou histamina, e observou-se que estes 3 derivados relaxaram o ileo de cobaia de maneira dependente de concentracao, sendo o derivado UFRPE 117 o que apresentou maior potencia relativa, assim foi selecionado para o estudo do seu mecanismo de acao. Uma vez que UFRPE 117 inibiu as contracoes induzidas por histamina, bem como relaxou o ileo pre-contraido pelo mesmo agonista, avaliou-se a participacao dos receptores histaminergicos nesse efeito. UFRPE 117 inibiu as curvas cumulativas a histamina, desviando-as para direita, de maneira nao paralela e com reducao do Emax, sugerindo um antagonismo do tipo nao competitivo pseudo irreversivel. Como a potencia relaxante deste composto foi reduzida quando o ileo era pre-contraido com 40 mM de KCl, investigou-se a participacao dos canais de K+ utilizando 5 mM de CsCl, um bloqueador nao seletivo destes canais, onde a sua potencia relaxante foi atenuada em cerca de 12 vezes na presenca desse bloqueador, sugerindo a participacao dos canais de K+ na acao espasmolitica de UFRPE 117. Para avaliar quais os subtipos de canais de K+ estariam envolvidos nesse efeito, utilizou-se 10-5 M de glibenclamida, um bloqueador dos KATP que nao alterou a potencia relaxante de UFRPE 117, descartando a participacao desses canais. Entretanto na presenca de 100 nM de apamina um bloqueador seletivos dos SKCa, e 1 mM de TEA+, um bloqueador seletivo dos BKCa a potencia relaxante de UFRPE 117 foi atenuada em cerca de 4 e 5 vezes respectivamente, confirmando a participacao destes subtipos de canais de K+. Assim o mecanismo de acao espasmolitica do derivado sintetico do norlapachol, UFRPE 117 envolve a ativacao/modulacao positiva dos SKCa e BKCa, o que levaria a uma hiperpolarizacao de membrana, bloqueio indireto dos Cav, reducao da [Ca2+]c e consequente relaxamento desse orgao.
  • ELIDA BATISTA VIEIRA DE SOUSA
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DOS FRUTOS E RAÍZES DE Piper caldense C. DC. (PIPERACEAE)
  • Data: 27/02/2014
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Piper L. é o maior da família Piperaceae, compreendendo pelo menos 1000 espécies, que se encontram distribuídas especialmente na região neotropical do globo terrestre e se destaca por suas propriedades medicinais, econômicas, químicas e culturais (anti-inflamatória, antibacteriana, anestésia e fungicida, dentre outros). Espécies do gênero Piper têm-se tornado fontes de pesquisa de classes específicas de metabólitos secundários com marcantes atividades biológicas, incluindo alcaloides, amidas, chalconas, cromenos, flavonoides, lignanas, terpenos e ciclopentanodionas, esteroides, derivados porfirínicos e derivados do ácido benzoico. Piper caldense C. DC., conhecida popularmente como “pimenta d’arda”, é utilizada na Paraíba como sedativa, antídoto para picadas de cobras, para dores de dente, bem como na forma de compressa no local afetado para alívio da dor. Este trabalho reporta o estudo fitoquímico das folhas e frutos de P. caldense C. DC. Utilizando-se métodos cromatográficos usuais e técnicas espectroscópicas de IV, EM e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais e a comparação dos dados com a literatura foi possível isolar e identificar do extrato etanólico bruto dos frutos e raízes de Piper caldense C. DC., um triglicerídeo: 2,3-bis[[(9Z,12Z)-octadeca-9,12-dienoil]oxi]propil(9Z,12Z)-octadeca-9,12-dienoato, uma mistura de esteroides: β-sitosterol e estigmasterol, e três derivados do ácido benzoico: 4-hidroxi-3-((2E,6E,10E)-3’,7’,11’,15’-tetrametilhexadeca-2’,6’,10’,14’-tetraen-1-il) ácido benzoico, 3,4-dihidroxi-2-((2Z,6E,10E)-3’,7’,11’,15’-tetrametilhexadeca-2’,6’,10’,14’-tetraen-1-il) ácido benzoico e 4,5-dihidroxi-3-((2E,6E,10E)-11-carboxi-3’,7’,15’-trimetilhexadeca-2’,6’,10’,14’-tetraen-1-il) ácido benzoico. As três últimas substâncias isoladas foram submetidas a ensaios microbiológicos, apresentando atividade antibacteriana frente a bactérias Gram negativas e Gram positivas de importância clínica.
  • JOÃO CARLOS LIMA RODRIGUES PITA
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E FARMACOCINÉTICA DO TRACHYLOBANO-360, UM DITERPENO ISOLADO DE Xylopia langsdorffiana St. Hil. & Tul. (ANNONACEAE)
  • Data: 26/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • A avaliação do perfil farmacocinético e toxicológico é essencial no estudo de novos candidatos a fármacos. No entanto, estes estudos são escassos e vêm sendo realizados, em muitos casos, após o início dos ensaios clínicos. Trachylobano-360 (T-360), o diterpeno ácido ent-7 a-acetoxitrachylobano-18-óico obtido de Xylopia langsdorffiana, apresenta poucos estudos farmacodinâmicos, porém suas atividades antitumoral e espasmolítica tornam-no uma molécula promissora. Além disso, não há relatos na literatura de estudos toxicológicos e farmacocinéticos deste produto natural. Considerando todos esses aspectos, o presente trabalho objetiva avaliar a toxicidade e a farmacocinética do T-360. No ensaio de toxicidade aguda em camundongos, o T-360 mostrou baixa toxicidade nas doses de 50 mg/kg (e.v.) e 300 mg/kg (i.p.), não apresentando nenhuma alteração comportamental e hematológica significantes. Porém, a dose de 300 mg/kg (e.v.) provocou morte em quatro de seis animais (DL50 estimada em 200 mg/kg). O T-360 não se mostrou genotóxico no ensaio do micronúcleo, pois não aumentou a frequência de eritrócitos micronucleados de camundongos tratados com 25, 150 e 300 mg/kg (i.p.). Dentre as técnicas bioanalíticas apropriadas para o estudo farmacocinético, destaca-se a cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao espectrômetro de massas (CLAE-EMn). Foi desenvolvido um método CLAE-EMn que consistiu em ionização por ESI, em modo negativo, basificando o meio, com detecção do íon molecular 359 m/z. O estudo de fragmentação mostrou que o íon 359 m/z é quebrado em 299 m/z, sendo esta fragmentação utilizada para detecção do T-360. As melhores condições cromatográficas estabelecidas foram: eluição isocrática em coluna C18, com fase móvel composta de H2O:MeCN (65:35) e 0,1% de NH4OH na fase aquosa. No desenvolvimento do método de extração do T-360 em sangue total avaliou-se as influências do tipo de solvente extrator e diferentes tempos e forças de centrifugação. A partir destas comparações, o T-360 foi melhor recuperado (37,02%) da matriz sangue utilizando CHCl3 e 14.000 x g por 15 min, apresentando efeito de matriz e eficiência do processo de extração de -51,23% e 18,05%, respectivamente. Após a otimização do método, repetindo-se o procedimento e acidificando a amostra, houve aumento da recuperação do T-360 (49,47%), diminuição do efeito de matriz (-37,60%) e aumento da eficiência do processo de extração (32,24%). Na validação do método analítico para quantificação do T-360 em sangue total, utilizando a Riparina I como padrão interno (PI), o método apresentou-se como seletivo/específico, linear no intervalo de concentrações avaliado, exato e preciso. Além disso, apresentou limite de detecção e quantificação de 50 e 100 ng/mL, respectivamente. Por último, parâmetros farmacocinéticos foram obtidos através da aplicação do método validado às amostras de sangue coletadas de camundongos submetidos ao tratamento com T-360 na dose de 25 mg/kg (e.v.), obtendo-se como resultados: Cmax de 321,34 µg/mL, t1/2 de 3,89 min, CLs de 830,97 mL/h/kg e Vd 0,08 L/kg, o que caracteriza distribuição tecidual. Os resultados sugerem então que o T-360 continua sendo uma molécula promissora por apresentar baixa toxicidade. Além disso, os resultados farmacocinéticos obtidos impulsionam a continuidade da investigação de outros parâmetros, usando outras vias de administração, e o estudo de metabólitos responsáveis, pelo menos em parte, pela atividade antitumoral.
  • KIVIA SALES DE ASSIS
  • ESTUDOS PRELIMINARES DO EFEITO VASORRELAXANTE DO LIOFILIZADO DO SUCO DA Syzygium jambolanum EM RATOS
  • Data: 26/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • Vários estudos epidemiológicos têm sugerido uma associação entre dietas ricas em polifenóis e um menor risco de doenças cardiovasculares. Dentre as frutas ricas em polifenóis encontra-se a Syzygium jambolanum. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos cardiovasculares induzidos pelo liofilizado do suco da fruta Syzygium jambolanum (LSFSJ), utilizando técnicas in vivo e in vitro. O LSFSJ apresentou um alto teor de polifenóis (988,55 ± 5,41 mg de ác. Gal/100g) e presença de esteroides e flavonoides. Em ratos normotensos, o LSFSJ (5; 10; 30 e 50 mg/kg, i.v.) induziu hipotensão seguida de taquicardia. Em anéis de artéria mesentérica superior de rato, pré-contraídos com fenilefrina (FEN) (1 μM), o LSFSJ (10 - 10000 µg/mL) induziu relaxamento dependente de concentração na presença (Emáx = 110,72 ± 3,30 %; CE50= 1183,94 ± 149,40 µg/mL) e ausência do endotélio funcional (Emáx = 115,79 ± 2,88 %; CE50 = 1694,55 ± 242,16 µg/mL). Esses dados sugerem que a resposta induzida pelo LSFSJ parece ser independente dos fatores liberados pelo endotélio vascular. Todos os experimentos seguintes foram realizados na ausência do endotélio. Para investigar o envolvimento dos canais para potássio foram utilizados solução de tyrode com 20 mM de KCl ou TEA (1, 3 ou 5 mM). A resposta do LSFSJ na contração induzida por solução de tyrode com 20 mM de KCl foi significativamente atenuada (Emáx= 103,72 ± 2,66%; EC50 = 2864,80 ± 341,95). A resposta induzida pelo LSFSJ também foi significativamente atenuada na presença de TEA nas concentrações de 1 mM (Emáx= 80,29 ± 10,03 %); 3 mM (Emáx= 59,30 ± 4,55 %) e 5 mM (Emáx= 11,36 ± 2,95 %). Para investigar os subtipos de canais para potássio envolvidos na resposta foram utilizados: 4-aminopiridina, bloqueador seletivo dos canais KV, glibenclamida (10 µM), bloqueador seletivo dos canais KATP, BaCl2 (30 µM), bloqueador seletivo dos canais KIR e iberiotoxina (100 nM), bloqueador seletivo dos canais BKCa. Na presença de 4-aminopiridina (Emáx = 34,26 ± 7,35 %) ou glibenclamida (Emáx = 87,71 ± 2,96 %) foi observada atenuação significativa na resposta induzida pelo LSFSJ. Na presença de BaCl2 (CE50 = 2953.71 ± 457.20 µg/mL) ou iberiotoxina (CE50 = 2318,16 ± 138,31 µg/mL) foi observado um deslocamento da curva para direita, sem modificação na resposta máxima. A resposta induzida pelo LSFSJ na contração mediada por solução despolarizante de tyrode com 60 mM de KCl (Emáx = 38,43 ± 3,65 %) foi significativamente menor do que a resposta induzida pelo LSFSJ nas contrações induzidas por FEN. O envolvimento dos canais CaV 1.2 na resposta induzida pelo LSFSJ foi investigada utilizando-se o S(-)-Bay K 8644 (100 nM), ativador destes canais CaV. Nessas condições, a resposta induzida pelo LSFSJ foi significativamente atenuada (Emáx = 31,83 ± 16,01 %). Estes resultados, em conjunto, sugerem que LSFSJ induz hipotensão e vasorrelaxamento, por meio de mecanismo ainda não totalmente esclarecido que leva à ativação de canais Kv, KATP, KIR e BKCa. Estudos adicionais são necessários para esclarecer o mecanismo envolvido na resposta vasorrelaxante do LSFSJ.
  • MARIA SALLETT ROCHA SOUZA
  • Contribuição para o conhecimento fitoquímico da Vismia guianensis (Hypericaceae).
  • Data: 26/02/2014
  • Hora: 08:00
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  • Vismia guianensis (Hypericaceae) é conhecida popularmente no Brasil como lacre ou goma-lacre. No presente trabalho foi realizada a extração das folhas por maceração, a prospecção fitoquímica mostrou a presença de flavonoides, saponinas, taninos, esteroides e antraquinonas, por cromatografia em coluna (CC) foram isolados da fase hexânica β-sitosterol, Estigmasterol e Vismiaquinona A, e da fase acetato de etila o Canferol. As estruturas foram elucidadas utilizando Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais. Das inflorescências da V. guianensis, foi realizada extração do óleo essencial por arraste de vapor em aparelho de Clevenger, e em paralelo, extração em Soxhlet com os solventes Hexano, Acetato de etila e Metanol. A determinação dos constituintes do óleo essencial foi realizada por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas (CG/EM) e sua atividade antimicrobiana foi avaliada frente a cepas de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli determinando-se sua concentração inibitória mínima (CIM), a atividade foi considerada significante.
  • BRUNA BRAGA DANTAS
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTICÂNCER DE COMPOSTOS SINTÉTICOS DERIVADOS DO NÚCLEO TETRAIDROPIRANO.
  • Data: 24/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • Apesar dos investimentos na busca de terapias mais eficazes contra o câncer, as elevadas taxas de incidência e mortalidade provocadas por esta doença, continuam a crescer, consistindo, assim, em um dos principais problemas de saúde pública. Em paralelo ao avanço dessa patologia, houve um avanço na química medicinal que permite a síntese de uma variedade de compostos, favorecendo a investigação de novas estruturas com excelentes perspectivas terapêuticas. A síntese de compostos derivados do núcleo tetraidropiranos (DNT) vem recebendo atenção, considerando a ampla atividade biológica dessas estruturas. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi analisar a atividade citotóxica de compostos DNT. A viabilidade celular foi determinada pelos ensaios de redução do sal de MTT e espectrometria do corante CVN. Dos 31 compostos DNT estudados, 42a-c e 43a-c demonstraram potente efeito citotóxico em linhagens cancerígenas (K562, HL-60, HT-29, MCF-7), além de um efeito citotóxico menos expressivo em células não cancerígenas (L929, PBMC), as linhagens leucêmicas humanas K562 e Hl-60 foram as mais sensíveis. Os compostos 42b e 43c, foram considerados os mais promissores, bem como, demonstraram efeito citotóxico em cultura primária de sangue periférico e de medula óssea de pacientes com leucemia mieloide crônica. A capacidade dos compostos 42b e 43c de induzir alterações moleculares relacionadas ao tipo de morte celular foi avaliada por citometria de fluxo. Na linhagem K562, os compostos 42b e 43c tiveram efeito semelhante, provocando um aumento na concentração do DNA hipodiploide e parada na fase G1 do ciclo celular. No ensaio com dupla marcação anexina/iodeto de propídeo (IP) o composto 43c aumentou 20% de fluorescência para o IP. Para a linhagem HL-60, os compostos 42b e 43c induziram aumento da concentração de DNA hipodiploide, nas maiores concentrações, além de danificar a membrana plasmática e induzir despolarização na membrana mitocondrial. Apenas o composto 43c estimulou produção de EROs, e 42b e 43c aumentaram a dupla marcação para anexina/IP. Dessa forma, conclui-se que os compostos 42b e 43c apresentaram um potente efeito citotóxico e atividade antileucêmica, servindo de protótipo para modificações estruturais que aumentem a seletividade destas moléculas para células cancerígenas.
  • ANTONIA ROSANGELA SOARES PENHA
  • ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTIOXIDANTE DO DERIVADO TIOFÊNICO 2-AMINO-4,5,6,7-TETRAHIDRO-BENZOTIOFENO-3-CARBONITRILA (6CN) EM CAMUNDONGOS.
  • Data: 21/02/2014
  • Hora: 08:30
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  • Os compostos heterocíclicos constituem uma classe de compostos com atividade farmacológica. Dentre os heterocíclicos, destacam-se os tiofenóis devido à sua potencialidade como protótipo para o desenvolvimento de novos fármacos, conhecidos por apresentar várias atividades biológicas. O derivado tiofênico 2-amino-4,5,6,7-tetrahidro-benzotiofeno-3-carbonitrila (6CN) é sintetizado através da reação de Gewald, considerada uma reação simples. Outros compostos sintéticos semelhantes apresentaram atividades diversas tais como: ansiolítica, anti-inflamatória e antinociceptiva. Este trabalho investigou a atividade antinociceptiva e antioxidante do derivado 6CN em camundongos. Inicialmente, foi realizada a pesquisa da dose letal 50% (DL50) do 6CN, no intuito de estabelecer doses seguras para os testes subsequentes. Na triagem farmacológica comportamental, as diferentes doses testadas do 6CN induziram alterações comportamentais psicodepressoras, tais como redução de ambulação e resposta ao toque diminuída e analgesia. Em seguida, foram avaliadas as atividades miorrelaxante, sedativa e ansiolítica. O 6CN apresentou atividade miorrelaxante e sedativa nas dose de 50 e 100 mg/kg nos testes do rota rod e indução do sono pelo tiopental, respectivamente, e atividade ansiolítica nas doses de 25 e 50 mg/kg no teste do labirinto em cruz elevado. Para avaliar a atividade antinociceptiva foram utilizados os testes das contorções abdominais induzidas por ácido acético, da formalina e da placa quente. O 6CN aumentou a latência para o inicio das contorções abdominais induzidas por ácido acético e reduziu o número de contorções, quando comparado ao grupo controle nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg. No teste da formalina, a dose de 100 mg/kg alterou o tempo de lambida da pata na fase neurogênica (0-5 min), e na fase inflamatória (15-30 min) houve alterações em todas as doses testadas. No teste da placa quente, o 6CN aumentou a latência nas doses de 50 e 100 mg/kg nos primeiros 30 mim e a dose de 100 mg/kg manteve o efeito nos tempos de 30, 60 e 120 min. Para tentar elucidar o mecanismo de ação envolvido no efeito antinociceptivo do 6CN foram testadas as seguintes vias: opioide, adenosinérgica, dopaminérgica, muscarínica, L-arginina-óxido nítrico, gabaérgica e a via dos canais de K+ sensíveis ao ATP (K+ATP) no teste da formalina. A antinocicepção produzida pelo 6CN foi revertida pela cafeína na fase neurogênica e inflamatória e pelo haloperidol na segunda fase do teste da formalina, sugerindo o envolvimento dos receptores da adenosina e dopamina. O 6CN apresentou atividade antioxidante, avaliada pelos testes da atividade sequestradora do DPPH• e capacidade antioxidante equivalente ao trolox (CAET), com valores de CE50 de 4,7 e 1,1 μg/ml, respectivamente. Portanto, este trabalho demonstrou que o 6CN possui atividade antinociceptiva com participação dos sistemas adenosinérgico e dopaminérgico. Além disso, possui atividade antioxidante para os radicais DPPH e ABTS.
  • LILIAN SOUSA PINHEIRO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Laurus nobilis L. (LOURO) SOBRE CEPAS DE Cryptococcus neoformans.
  • Data: 20/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • Cryptococcus neoformans é uma levedura patogênica oportunista, com ampla distribuição geográfica, capaz de infectar os mais variados tipos de animais. No homem, a criptococose acomete principalmente o sistema nervoso central e pulmões, com menor frequência a pele, apresentando-se de uma forma geral com evolução grave e fatal. Indivíduos com o sistema imunológico comprometido são mais susceptíveis de desenvolver a criptococose, principalmente os HIV positivos. O tratamento convencional da criptococose utiliza antifúngicos potencialmente tóxicos por longos períodos e que vêm sendo alvo de resistência desses microrganismos, além dos elevados custos com o tratamento. Diante desse panorama, a busca por produtos naturais com propriedades antifúngicas têm sido uma alternativa promissora, com grande atenção dos estudiosos quanto à análise dos óleos essenciais e seus constituintes. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica in vitro do óleo essencial de Laurus nobilis L. (louro) sobre cepas de Cryptococcus neoformans. A composição química do óleo foi analisada por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG/EM) e sua atividade antifúngica, avaliada pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM), pela técnica de microdiluição. A cinética de morte microbiana e os efeitos sobre a micromorfologia também foram analisados. Os resultados da CG/EM revelaram a presença de três fitoconstituintes, eugenol (84%), mirceno (10,6%) e -cariofileno (5,4%). O óleo apresentou inibição do crescimento fúngico sobre 70% das 10 cepas ensaiadas, tendo a CIM estabelecida em 256 μg/mL e a CFM em 1024 μg/mL. A curva de morte micobiana apresentou efeito fungistático (redução < 3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial) nas concentrações de CIM/2, CIM, CIM x 2 e efeito fungicida (redução ≥3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial) na CIM x 4 a apartir das 2 horas. Não foi constatado alteração na micromorfologia da cepa LM 2601, selecionada para o estudo da cinética e da micromorfologia, quando submetida ao contato com o óleo essencial em diferentes concentrações. O óleo essencial de L. nobilis L. apresentou atividade antifúngica contra as cepas de C. neoformans testadas e dessa forma, pode representar um novo produto com potencial antifúngico no tratamento da criptococose. Os resultados sugerem, entretanto, a necessidade de estudos posteriores no intuito de aprofundar a análise do óleo essencial para que possa ser utilizado na produção de um novo fármaco para uso terapêutico.
  • ANA LUISA DE ARAUJO LIMA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DO EXTRATO DA Herissantia tiubae (K. Schum) Brizicky NO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO
  • Data: 19/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • A espécie Herissantia tiubae (K. Schum) Brizicky, conhecida popularmente como mela bode ou lava-prato, é uma planta da família Malvaceae, usada na medicina popular para tratar febre e influenza. Outras espécies da família Malvaceae são utilizadas na medicina tradicional e estudos comprovaram atividades anti-inflamatórias, antinociceptivas e diuréticas. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade do extrato hidroalcoólico das partes aéreas da Herissantia tiubae (EHt) em modelos experimentais de inflamação aguda. A toxicidade do EHt foi analisada, mensurando-se o consumo de água, ração, peso,letalidade e índices de peso dos principais órgãos, bem como parâmetros bioquímicos e hematológicos. Para avaliar seu efeito antiedematogênico, camundongos swiss pré-tratados com EHt foram submetidos aos protocolos de edema de pata induzido por carragenina e permeabilidade microvascular induzido por ácido acético. Já para estudar seu efeito anti-inflamatório foram utilizados modelos experimentais in vivo, tais como: peritonite induzida por carragenina, onde se avaliou migração de células e produção de citocinas (TNF-α, IL-1β, IL-6); e in vtiro: produção de NO, citocinas (TNF-α, IL-1β, IL-6) e expressão da L-selectina em culturas de macrófagos da linhagem RAW 264.7. Não foram observados sinais de toxicidade aguda com a administração do EHt em camundongos machos e fêmeas. Além disto, o pré-tratamento com o EHt não reduziu o edema de pata induzido por carragenina, bem como não diminuiu o extravasamento de fluidos mediado pelo ácido acético. A migração de neutrófilos e a liberação de citocinas (TNF-α, e IL-1β) provocadas pela carragenina foram reduzidas em animais tratados com EHt. In vitro, o EHt reduziu a liberação de NO, a produção de citocinas (TNF-α, e IL-6) e expressão da molécula de adesão L-selectina em macrófagos da linhagem RAW 264.7. Portanto, esses dados sugerem que o EHt possui atividade anti-inflamatória relacionadas com a inibição dos eventos celulares e não vasculares da inflamação.
  • HERALDO ARCELA DE CARVALHO ROCHA
  • Ensaio clínico de fase II com Panax ginseng C. A. Meyer no tratamento da síndrome do intestino irritável.
  • Data: 14/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • A síndrome do intestino irritável (SII) é definida pela presença de dor ou desconforto abdominal contínuo ou recorrente, estando associada com alterações do hábito intestinal. Sua fisiopatologia envolve os seguintes aspectos: variáveis genéticas, alterações da motilidade intestinal e da sensibilidade visceral, fatores psicossociais, além de processos inflamatórios e infecciosos. O tratamento é baseado em orientação dietética e na mudança do estilo de vida. O uso de fármacos é indicado nas fases sintomáticas da SII. Tem sido observado o crescente interesse dos pacientes pela medicina alternativa e complementar, nos últimos anos. O Panax ginseng C.A. Meyer é utilizado há séculos pela medicina oriental. Estudos experimentais demonstraram a ação antinociceptiva desse fitoterápico sobre os canais de cálcio e de sódio, assim como sobre os neurônios sensoriais primários. O estudo teve como objetivos: realizar ensaio clínico de fase II com o Panax ginseng C.A. Meyer em pacientes com SII; contribuir para o estudo dos efeitos farmacológicos do Panax ginseng C.A. Meyer; avaliar a eficácia terapêutica do Panax ginseng C.A. Meyer no controle da dor abdominal em pacientes com SII; observar os efeitos adversos. Foram selecionados vinte e seis pacientes, através de critérios de inclusão para a pesquisa, sendo divididos em dois grupos. Foi realizado um estudo clínico, duplo cego, randômico, prospectivo e experimental por oito semanas, comparando a ação do extrato seco do Panax ginseng (300 mg/dia) com a trimebutina (600 mg/dia). A dor abdominal foi avaliada através da escala de Likert. Os pacientes foram avaliados em quatro consultas e os resultados foram analisados através dos testes de Mann-Whitney e Friedman, com nível de significância quando p<0,05. Vinte e quatro pacientes concluíram o estudo, sendo 87,50% do sexo feminino e média de idade de 47,41 anos. Ocorreu uma relativa homogeneidade entre os pacientes no que se refere ao sexo, idade e duração dos sintomas. Todos os pacientes, antes do início dos tratamentos com Panax ginseng e trimebutina, apresentavam os valores negativos para os escores na escala de Likert. Houve melhora da dor abdominal, nos pacientes que utilizaram o Panax ginseng. Esse grupo partiu de uma mediana basal de -5 para 2,5, 3 e 5, na 1ª., 4ª. e 8ª. semanas de tratamento, respectivamente, com diferença estatisticamente significativa. O efeito adverso observado foi a ocorrência de cefaleia em dois pacientes (16,66%). O Panax ginseng C.A. Meyer foi eficaz no controle da dor abdominal em pacientes com SII, de modo análogo à trimebutina, podendo ser utilizado em novos estudos, com a perspectiva de um ensaio clínico de fase III.
  • LUCAS DE OLIVEIRA MONTE
  • Efeito antinociceptivo do salicilato de bornila em camundongos.
  • Data: 07/02/2014
  • Hora: 14:00
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  • A dor é uma grave problema de saúde pública, afeta a qualidade de vida de seus portadores e traz inúmeros prejuízos para a sociedade. A ciência continua buscando novas drogas analgésicas mais potentes e com menos efeitos colaterais. O salicilato de borneol (SB) é um derivado salicílico obtido pela esterificação do ácido salicílico com o monoterpeno (-)-borneol, ambos com efeitos analgésicos já descritos na literatura. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antinociceptivo do SB e seus possíveis mecanismos em modelos de nocicepção aguda em camundongos. Para tanto, realizou-se uma triagem farmacológica comportamental, teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético e teste da formalina. Utilizou-se bloqueadores de vias envolvidas na dor no teste da formalina para evidenciar os possíveis mecanismos de ação. O SB (200 mg/kg, i.p.) promoveu alterações comportamentais indicativas de droga depressora do SNC, efeito não observado na administração por via oral. As doses de 100 e 200 mg/kg (i.p.) reduziram o número de contorções abdominais e aumentaram o tempo de latência para a primeira contorção. O SB (100 e 200 mg/kg, i.p.) diminuiu o tempo de lambida da pata dos animais somente na fase inflamatória do teste da formalina. O pré-tratamento dos animais com o precursor do óxido nítrico (L-arginina, 600 mg/kg, i.p.), inibidor da ciclase de guanilil solúvel (azul de metileno, 20 mg/kg, i.p.), antagonista muscarínico não-seletivo (atropina, 1 mg/kg, i.p.) e antagonista de receptores GABAA (bicuculina, 1 mg/kg, i.p.), não reverteram o efeito antinociceptivo do SB (200 mg/kg, i.p.) na segunda fase do teste da formalina. Estes dados sugerem que o SB apresenta efeito antinociceptivo periférico (anti-inflamatório), cujo mecanismo parece em princípio não envolver óxido nítrico, GMPc, receptores colinérgicos muscarínicos nem receptores GABAA. Novos estudos são necessários para melhor esclarecer o efeito produzido pelo salicilato de borneol.
2013
Descrição
  • DAYSIANNE PEREIRA DE LIRA
  • Constituintes Químicos e Atividade Biológica dos organismos marinhos: Caulerpa mexicana, Biyothamnion triquetrum, Hypnea musciformis e Ircinia felix.
  • Data: 18/12/2013
  • Hora: 14:00
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  • O Brasil encontra-se entre os 10 primeiros países no ranking da biodiversidade mundial e por apresentar uma das maiores áreas costeiras na região tropical do planeta, tem despertado para a importância dos produtos marinhos como fonte da riqueza da nossa flora e, como fonte inigualável de diversidade estrutural de constituintes químicos das mais variadas classes, capazes de construir moléculas de alta complexidade estrutural, com absoluta quimio, regio e estereosseletividade. Tendo consciência de que um dos aspectos de maior importância na bioprospeção da fauna e flora é o conhecimento sobre o potencial químico-farmacológico encontrado no habitat aquático do litoral brasileiro em especial do litoral paraibano, objetivou isolar e identificar os constitintes químicos de três espécies de algas: Caulerpa mexicana, Hypnea musiformis e Bryothamnion triquetrum; e uma esponja: Ircnia felix, bem como, avaliar suas atividades citotóxicas e antitumoral, além de realizar parcerias para avaliação das atividades antinociceptivas e anti-inflamatórias destes produtos. Logo, através de métodos cromatográficos usuais e técnicas espectroscópicas de IV, RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, CG-EM, EM-MALDI e comparação com valores da literatura, foi possível isolar e identificar sete substâncias: um esteroide β-Sitosterol e um alcaloide caulerpina de Caulerpa mexicana; um esteroide Saringosterol e um barbitúrico 2,4,6(1H,3H,5H)- pirimidinatriona, 5-etil-5-fenil de Hypnea musciformis; um esteroide Colest-4-en-3-ona e um ftalato Di-isobutilftalato de Bryothamnion triquetrum; e um derivado de ácido N-[(4E)-3- hidroxi-1-{[(sodiooxi)sulfonil]oxi}non-4-en-2-il]dotriacontanamida de Ircinia felix, relatado pela primeira vez na literatura. Os extratos metanólicos de Hypenea musciformis e Bryothamnion triquetrum apresentaram alta e baixa citotoxicidade, respectivamente, quando avaliados a sua citotoxicidade em eritrócitos de camundongos Swiss. Entretanto, estes mesmos extratos não apresentam atividade citotóxica frente a células de Tumor Ascítico de Ehrlich. E assim, através das parcerias realizadas foi possível observar que os extratos de Caulerpa mexicana e Bryothamnion triquetrum apresentaram resultados significativos em diferentes modelos de inflamação e que o alcaloide bis-indólico, substância majoritária de Caulerpa mexicana em modelos tumorais, de inflamação e atividade espamolítica apresentou resultados significativos.
  • CAMILA SILVA DE FIGUEIREDO
  • Contribuição à quimiotaxonomia e ficoquímica de Canistrocarpus cervicornis (Kützing) De Paula & De Clerk (Dictyotaceae): coletadas nos litorais paraibano e fluminense
  • Data: 05/12/2013
  • Hora: 09:00
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  • A biodiversidade marinha apresenta-se como uma fonte promissora de novas substâncias com grande potencial biológico. Dentre os diversos organismos que habitam o ambiente marinho, merecem destaque as algas pardas pertencentes à família Dictyotaceae e gênero Canistrocarpus. Este gênero foi instituído recentemente, e algumas algas anteriormente denominadas Dictyota foram reclassificadas como Canistrocarpus. O presente trabalho descreve os resultados do estudo ficoquímico de Canistrocarpus cervicornis (anteriormente classificada como Dictyota pulchella), envolvendo a avaliação do perfil ficoquímico de C. cervicornis coletada no litoral da Paraíba e no litoral do Rio de Janeiro. Este estudo contribuiu para a correta denominação da então D. pulchella em C. cervicornis. As amostras da alga foram coletadas na Praia do Bessa (coordenadas 07º04’01’’ S e 34º49’35’’ W) na cidade de João Pessoa (PB), em agosto de 2010 e em dezembro de 2012. A secagem foi realizada a temperatura ambiente, em local arejado e a extração procedida com CH2Cl2:MeOH (2:1). O extrato resultante da primeira coleta foi submetido a uma filtração a vácuo em sílica gel com os solventes hexano, acetato de etila e metanol em gradiente crescente de polaridade. A fração hexano:acetato de etila (85:15) foi submetida a cromatografia em coluna, de onde se obteve um novo produto natural, o diterpeno dolastano 4,7-diacetoxi de dichotenona A. O extrato resultante da segunda coleta foi dividido em duas partes. Uma alíquota foi submetida à cromatografia em coluna, de onde se obteve o diterpeno dolastano conhecido 4-acetoxi-14-hidroxidolasta-1(15),7,9-trieno. A segunda alíquota do extrato foi acetilada e submetida a cromatografias em coluna, o que levou ao isolamento de três diterpenos, sendo um dolastano inédito na literatura, o 4-desoxi-amijidictyol e dois secodolastanos conhecidos, o acetato de isolinearol e o indicol. Os constituintes químicos isolados foram identificados por análises espectroscópicas de RMN 1H e 13C uni e bidimensionais, rotação ótica, e comparação com dados da literatura. Este estudo contribuiu para a quimiotaxonomia da tribo Dictyoteae, em especial de C. cervicornis.
  • VICENTE CARLOS DE OLIVEIRA COSTA
  • Contribuição ao conhecimento químico de espécies de Hyptis com ocorrência no semiárido paraibano: Hyptis macrostachys Benth. e Hyptis umbrosa Salzm. ex Benth.
  • Data: 21/11/2013
  • Hora: 14:00
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  • A família Lamiaceae possui 295 gêneros e cerca de 7.775 espécies com distribuição cosmopolita. Estima-se que 22 gêneros e 402 espécies ocorrem no Brasil. Neste trabalho, realizou-se um estudo fitoquímico de duas espécies do gênero Hyptis encontradas no semiárido paraibano, Hyptis macrostachys Benth. e Hyptis umbrosa Salzm. ex Benth. As folhas e os caules das espécies em estudo foram submetidas a processos de extração, de filtração e cromatografia de seus respectivos extratos. Posteriormente, as estruturas químicas das substâncias isoladas foram identificadas e/ou determinadas por métodos espectroscópicos. Do extrato etanólico bruto (EEB) de Hyptis macrostachys obteve-se as fases hexânica, diclorometano e acetato de etila. No estudo da fase diclorometânica de H. macrostachys foram isoladas cinco substâncias através de métodos cromatográficos convencionais, sendo dois diterpenos: o beier-15-en-17-ol (eritroxilol B), codificado como Hm-1, isolado anteriormente e o ácido ent-labda(8)-17,14-dien,9,13-epóxi,12α-hidroxi-19-oico (Hm-3), inédito na literatura (hiptenol); dois triterpenos: 3-β-acetoxi-olean-12-en-28-oico (acetato de ácido oleanólico) e o ácido 3β-hidroxi-lup-20(29)-en-28-oico (ácido betulínico), isolados anteriormente de espécies de Hyptis (Hm-2 e Hm-4, respectivamente); além de uma pirona 6R-[(5’S,6’S-diacetoxi)-1’Z,3’E-heptenil]-5,6-diidro-2H-pirano-2-ona (Hm-5), inédita na literatura (hiptenolídeo). Da fase acetato de etila foram isolados dois triterpenos, sendo uma mistura dos ácidos oleanólico e ursólico (Hm-6) e o ácido 2α,3β,19α-triidroxi-urs-12-en-28-oico (ácido tormêntico), codificado como Hm-7. O EEB de Hyptis umbrosa foi submetido à cromatografia de média pressao. As frações obtidas foram monitoradas por CCDA e reunidas de acordo com os seus respectivos perfis cromatográficos. Do EEB de Hyptis umbrosa, foram isolados dois diterpenos: o pomiferin D (Hu-1), relatado pela primeira vez nesta espécie, porém seus dados de RMN foram completamente reassinalados, e o salviol (Hu-2), isolado anteriormente em outras espécies da família Lamiaceae. Como várias espécies de Lamiaceae são conhecidas por apresentarem quantidade significativa de óleos essenciais, decidiu-se analisar as folhas frescas de Hyptis macrostachys e Hyptis umbrosa, onde os óleos essenciais foram extraídos por hidrodestilação em aparelho de clevenger e caracterizados por cromatografia gasosa acoplada à espectroscopia de massas (CG EM). A constituição química dos óleos essenciais de Hyptis macrostachys e Hyptis umbrosa foi de 98,37 e 92,9%, respectivamente, de monoterpenos e sesquiterpenos. Sendo o 1,8-cineol (36,3%) o constituinte majoritário para Hyptis macrostachys e a fenchona (24,8%) para Hyptis umbrosa, compatíveis com a composição química de óleos essenciais de outras espécies de Lamiaceae. Esses resultados contribuiram com o estudo fitoquímico das espécies do semiárido paraibano, H. macrostachys e H. umbrosa, com a identificação estrutural de nove substâncias, sendo duas inéditas na literatura (hiptenol e hiptenolídeo).
  • LUIZ HENRIQUE CESAR VASCONCELOS
  • A ação relaxante do flavonoide 4´,5,7-triidroxi-3,6-dimetoxiflavona, isolado de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke, envolve modulação positiva de canais de potássio e redução dos níveis citosólicos de cálcio em íleo de cobaia
  • Data: 11/11/2013
  • Hora: 08:00
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  • Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke (Fabaceae) é uma árvore típica da Caatinga, conhecida popularmente como “jurema-branca”, “jurema-malícia-da-serra”, “carcarᔠe “calumbi” e é popularmente utilizada como cicatrizante e anti-inflamatório. De suas partes aéreas foi isolado o flavonoide 4’,5,7-triidroxi-3,6-dimetoxiflavona (FGAL) que, em estudos anteriores, inibiu as contrações fásicas induzidas por carbacol (CCh) ou por histamina em íleo de cobaia. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar seu mecanismo de ação relaxante. As contrações isotônicas e isométricas foram monitoradas para determinar e comparar a eficácia e a potência relativas. A viabilidade dos miócitos do íleo foi medida utilizando o ensaio de MTT, e os níveis de Ca2+ citosólicos por meio da análise de fluorescência do fluo-4. FGAL relaxou o íleo pré-contraído com 40 mM de KCl (CE50 = 2,6 ± 0,5 x 10-6 M) ou com 10-5 M de CCh (CE50 = 1,8 ± 0,4 x 10-6 M), sendo mais potente quando o íleo foi pré-contraído com 10-6 M de histamina (CE50 = 1,9 ± 0,4 x 10-7 M). Além disso, o flavonoide deslocou para a direita as curvas concentração-resposta da histamina, de maneira não paralela com redução do efeito máximo (Emax), apresentando um perfil de antagonismo não competitivo pseudoirreversível. Para verificar se FGAL inibiria o influxo de Ca2+ pelos canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV), foram obtidas curvas concentração-resposta cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante (KCl 70 mM) nominalmente sem Ca2+ na ausência (controle) e na presença de diferentes concentrações de FGAL. O flavonoide deslocou as curvas de contração do CaCl2 para a direita de maneira não paralela com redução do seu Emax. Além disso, FGAL relaxou o íleo pré-contraído com 3 x 10-7 M de S-(-)-Bay K8644, agonista dos CaV1, porém com menor potência do que com KCl ou histamina, indicando um bloqueio indireto desses canais. Assim, para verificar se FGAL modularia positivamente os canais de K+ para, indiretamente, bloquear os CaV1, utilizou-se o CsCl, bloqueador não seletivo dos canais de K+. FGAL teve sua potência relaxante atenuada na presença desse bloqueador (CE50 = 1,1 ± 0,3 x 10-6 M), sugerindo a participação desses canais no seu efeito relaxante. Diferentemente, a potência relaxante de FGAL não foi alterada na presença de apamina, bloqueador dos SKCa (CE50 = 1,6 ± 0,3 x 10-7 M), ou de TEA+ 1 mM, bloqueador dos BKCa (CE50 = 2,0 ± 1,0 x 10-7 M), descartando-se a participação desses subtipos de canais de K+. No entanto, na presença de 4-AP, bloqueador dos KV (CE50 = 1,8 ± 0,2 x 10-6 M), e de glibenclamida, bloqueador dos KATP (CE50 = 1,5 ± 0,5 x 10-6 M), a potência relaxante de FGAL foi atenuada cerca de 10 e 8 vezes, respectivamente, confirmando que FGAL modula positivamente esses subtipos de canais de K+ para relaxar o íleo de cobaia. Nos experimentos celulares, a viabilidade dos miócitos intestinais não foi alterada na presença de FGAL (10-4 M). Além disso, a intensidade de fluorescência emitida pelo fluo-4 complexado ao Ca2+ dos miócitos estimulados com histamina foi atenuada por FGAL, indicando que o flavonoide reduz a [Ca2+]c. Assim, o mecanismo de ação relaxante de FGAL em íleo de cobaia envolve a modulação positiva dos KV e dos KATP, o que, indiretamente, reduz o influxo de Ca2+ pelos CaV1, levando à redução dos níveis citosólicos desse íon.
  • MILEN MARIA MAGALHÃES DE SOUZA FERNANDES
  • Estudo fitoquímico pioneiro de Pavonia cancellata (L.) - Malvaceae
  • Data: 08/11/2013
  • Hora: 14:00
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  • O emprego das plantas no controle de diversas doenças e pragas é tão antigo quanto o próprio aparecimento da humanidade. Nos tempos atuais, muitas espécies e preparados vegetais medicinais são estudados visando o entendimento de seu mecanismo de ação e isolamento dos princípios ativos. Dentro da diversidade de flora brasileira buscou-se, através de um estudo fitoquímico pioneiro, isolar e identificar constituintes químicos da espécie Pavonia cancellata (L.), pertencente à família Malvaceae que se destaca pelos relatos da utilização de suas espécies na medicina popular. As folhas da espécie Pavonia cancellata (L.) popularmente conhecida como corda de viola ou malva rasteira, são utilizada pela medicina na forma de cataplasma para combater furúnculos. Através de técnicas cromatográficas clássicas foram isolados do extrato etanólico bruto das partes aéreas de Pavonia cancellata (L.) quatro constituintes químicos: uma mistura de sitosterol (Pc-1a) e estigmasterol (Pc-1b); uma mistura sitosterol-3-O-Dglicopiranosídeo (Pc-2a) e estigmasterol-3-O-b-D-glicopiranosídeo (Pc-2b); 4’,5- dihidroxi-3,7-dimetoxiflavona (Pc-3) e o canferol 3-O-β-D-(6’’-E-p-coumaroil) glicosídeo (Pc-4). A identificação estrutural destas substâncias foi realizada utilizandose métodos espectroscópicos tais como Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, com o auxílio das técnicas uni e bidimensionais.
  • SUSYANNE DE LIMA FIGUEREDO DUARTE
  • CONTITUINTES QUÍMICOS DE Phyllanthus acuminatus Vahl (PHYLLANTHACEAE): ISOLAMENTO, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E ATIVIDADE BIOLÓGICA.
  • Data: 08/11/2013
  • Hora: 09:00
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  • O gênero Phyllanthus pertence à família Phyllanthaceae que é composta por ervas, arbustos e árvores não latescentes com uma distribuição predominantemente pantropical, incluindo 55 gêneros e 1.745 espécies e que foi recentemente desmembrada da família Euphorbiaceae. No Brasil, as espécies do gênero Phyllanthus estão distribuídas nas subzonas do agreste e sertão em vegetação de caatinga. Este gênero caracteriza-se pela presença de diversas classes de metabólitos secundários, incluindo lignanas. O objetivo desse trabalho foi ampliar o conhecimento sobre o gênero Phyllanthus através do estudo da espécie Phyllanthus acuminatus Vahl, isolando seus constituintes e avaliando possíveis atividades dos mesmos. Foram utilizadas as seguintes metodologias: Cromatografia em coluna (CC), Cromatografia em camada delgada analítica (CCDA), Espectroscopia de Infravermelho, Massas, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, avaliação de modulação da atividade antimicrobiana por bomba de efluxo, avaliação antitumoral in vitro e citotoxicidade frente a eritrócitos. Neste trabalho, descrevemos o isolamento e identificação de duas lignanas, justicidina B, já descrita nas raízes da espécie e luclaricina, substância inédita. Foi avaliada a atividade farmacológica da justicidina B, componente majoritário, que apresentou baixa citotoxicidade frente a eritrócitos CH50 >1000 μg/mL, porém nos testes de modulação de resposta a antimicrobianos, em cepas resistentes por bomba de efluxo, não apresentou atividade biológica. Quanto à atividade tumoral, apresentou-se ativa em diversas linhagens celulares corroborando com a literatura. Dessa forma o presente trabalho contribuiu com o conhecimento sobre o gênero e espécie estudada com o isolamento de uma nova lignana, a luclaricina, e acrescenta dados sobre a atividade farmacológica da justicidina B.
  • TALISSA MOZZINI MONTEIRO
  • ESTUDO DA ATIVIDADE PSICOIMUNOMODULADORA DO EXTRATO DE Herissantia tiubae EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE ASMA
  • Data: 06/11/2013
  • Hora: 14:00
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  • A asma esta frequentemente associada com a ansiedade. Sendo assim, drogas anti-asmática ideais deveriam combinar propriedades anti-inflamatórias e ansiolíticas, além de apresentarem menos efeitos colaterias do que drogas atualmente utilizadas. Dados preliminares sugerem que Herissantia tiubae (K. Schum) Brizicky (Malvaceae), usada na medicina popular para tratar febre e doenças respiratórias, poderia possuir tal combinação. Para alcançar este objetivo, o estudo analisou se o extrato Herissantia tiubae (EHt) tem efeitos anti-inflamatório e ansiolítico em modelo experimental da asma, combinando protocolos de respiração e ansiedade. Camundongos BALB/c sensibilizados com ovalbumina (OVA) foram tratados com EHt (50, 100 e 200 mg/kg) ou droga padrão (Aminofilina, ou dexametasona ou diazepam) 1 h antes de cada desafio com OVA. Após o último desafio, os animais foram submetidos a testes respiratórios ou de ansiedade. A Frequência Respiratória (FR) foi medida por meio de pletismografo de corpo inteiro, sendo o tratamento com EHt 50 mg/kg capaz de reverter a FR e seus derivados, alterados pela indução da asma. Nos testes de ansiedade, Labirinto em Cruz Elevado e Placa Perfurada, camundongos OVA-sensibilizadas e tratados com EHt 50 mg/kg diminuíram significativamente os índices de ansiedade em comparação com aqueles dos animais não tratados mas semelhantes àqueles tratados com diazepam 1 mg/kg, atuando de forma ansiolítica comparável ao diazepam. Após a eutanásia, lavado bronco-alveolar (BAL) foram analisados quanto ao infiltrado de células imunes, níveis séricos de IgE, citocinas e populaces celulares. No linfonodo mediastinal foram analisados os linfócitos Treg. Os animais sensibilizados com OVA e tratados com EHt mostraram redução significativa (p <0,05) na contagem de células inflamatórias totais e diferenciais no BAL, no título de IgE OVA-específica e na síntese da IL-13 (p<0,0001) em comparação com animais sensibilizados e não tratados. O tratamento com EHt não alterou o percentual de células Treg no linfonodo mediastino. Sados sugerem que o EHt possui ambas as propriedades: anti-inflamatória e ansiolítica.

  • TASSIANA BARBOSA DANTAS
  • Atividade antifúngica in vitro de timol sobre cepas do gênero Penicillium.
  • Data: 31/10/2013
  • Hora: 14:00
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  • Os fungos tornaram-se, ao longo das últimas duas décadas, uma das principais causas de doença em humanos. Fungos do gênero Penicillium podem ser encontrados nos mais variados substratos e afetam indivíduos imunocomprometidos, pacientes hospitalizados, animais e plantas diversas, além de comprometerem a qualidade do ar de ambientes internos. O uso indiscriminado de antibióticos e o decorrente quadro de resistência dos microrganismos à terapêutica antimicrobiana convencional vem impulsionando os pesquisadores a buscarem fontes alternativas desses fármacos, dentre elas, produtos de plantas medicinais. Observa-se, atualmente, uma tendência à obtenção de fitoconstituintes a partir de extratos, frações, óleos fixos ou essenciais, obtidos de espécies vegetais. Nesse contexto, o presente estudo avaliou a atividade antifúngica in vitro de sete fitoconstituintes: carvacrol, citral, geraniol, linalol, p-cimeno, terpinoleno e timol, sobre doze cepas de Penicillium. Primeiramente, realizou-se uma triagem para encontrar o fitoconstituinte com melhor atividade, através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), pela técnica de microdiluição. A seguir, prosseguiram-se os testes com o timol, quais foram: determinação da Concentração Fungicida Mínima (CFM), efeito do fitoconstituinte sobre a cinética de crescimento micelial do fungo, interferência do timol sobre a germinação dos conídios e avaliação da influência do timol sobre a micromorfologia fúngica. Para tanto, foram selecionadas duas cepas, uma que se mostrou mais resistente e outra com perfil mais sensível. O valor da CIM50 do timol, bem como da CIM90, foi 128µg/ml, já o valor da CFM variou de 128µg/ml a 1024µg/ml. Observou-se total inibição do crescimento micelial radial, nas três concentrações de timol utilizadas (128µg/ml, 256µg/ml e 512µg/ml), ao longo de 14 dias de exposição. No estudo da interferência do timol sobre a germinação dos conídios, observou-se efeito inibitório. Na concentração de 512µg/mL foi encontrada uma inibição superior a 80%, em 256 µg/mL a inibição foi superior a 75%, enquanto que em 128µg/mL a inibição foi superior a 60%, para as duas cepas testadas, revelando um efeito inibitório dependente da concentração. Na presença do timol, foram observadas alterações morfológicas na estrutura micelial, tais como diminuição do número de conídios, redução da formação de estruturas de reprodução com surgimento de estruturas reprodutivas rudimentares, além de desenvolvimento anormal das hifas. Diante do exposto, conclui-se que o timol apresenta atividade antifúngica contra cepas de Penicillium e, conseqüentemente, representa uma nova possibilidade no arsenal de produtos para o tratamento de infecções por este fungo.
  • WEMERSON NEVES MATIAS
  • Avaliação dos parâmetros Fitoquímicos e Tecnológicos para a padronização de extratos de Herissantia tiuabe (K.schum) Brizicky.
  • Data: 30/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • Observa-se, no Brasil, um crescimento marcante nas pesquisas interdisciplinares que geram conhecimentos sobre atividades biológicas de produtos naturais oriundos de espécies nativas brasileiras, muito embora, algumas das preparações que utilizam plantas medicinais ainda necessitem de estudos científicos mais detalhados incluindo padronização química, testes biológicos in vitro e in vivo, além de um controle de qualidade mais efetivo. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo a aplicação de tecnologias analíticas na padronização dos extratos vegetais de Herissantia tiubae, visando à obtenção de produtos intermediários e a implementação de novos métodos analíticos aplicados ao controle de qualidade de matérias-primas fitoterápicas. Assim, os marcadores químicos, lespedina e tilirosideo, foram caracterizados por Calorimetria Diferencial Exploratória (DSC), Calorimetria Diferencial Exploratória Acoplada ao Fotovisual (DSC-fotovisual), Termogravimetria (TG) e Pirólise. Foi desenvolvido, e validado, metodologia analítica para o controle de qualidade de extratos de H. tiubae, conforme preconizado na Resolução 899/2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Assim como se caracterizou termicamente os extratos nebulizados de H. tiubae através de estudos termogravimétricos. A análise dos dados obtidos a partir desses estudos térmicos mostrou que estas técnicas são capazes de identificar diferenças mínimas no comportamento térmico das amostras dos marcadores químicos apesar da grande similaridade estrutural entre os marcadores químicos, apresentando uma excelente sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade. Com o tempo de análise total de 28 minutos, o método analítico desenvolvido mostrou-se como uma ferramenta importante para o controle de qualidade de materiais vegetais através da monitorização do marcador caenferol, em extratos hidroalcoólicos de H.tiubae. A análise dos dados térmicos dos extratos nebulizados mostrou perdas de massas semelhantes para as misturas binárias contendo Dióxido de Silício Coloidal com deslocamento de temperatura de acordo com o aumento da concentração do Dióxido de Silício Coloidal, enquanto que nas demais misturas dos adjuvantes tecnológicos as perdas de massas foram semelhantes.
  • FABIO HENRIQUE TENORIO DE SOUZA
  • Fitoquímica de Borreria Verticillata (L.) G. Mey. e Borreria ocymoides (Burm.f.) DC. E Richardia brasiliensis Gomes (Rubiaceae)
  • Data: 27/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • Os gêneros Borreria G. Mey. e Richardia L. pertencem a família Rubiaceae. Borreria verticillata (vassoura-de-botão) apresenta alcaloides indólicos e isoquinolínicos, iridoides, esteroides e sesquiterpenos. É utilizada popularmente para diabetes, infecções bacterianas, eczema, reumatismo, antitérmica e analgésica. Borreria ocymoides é utilizada no tratamento de micoses e eczemas e em decorrência da semelhança morfo-anatômica com B. verticillata acredita-se que possa estar sendo utilizada com as mesmas finalidades que esta última. Apesar de não haver relato na literatura do ponto de vista químico, triagens fitoquímicas preliminares revelaram presença de saponinas, taninos, glicosídios e antraquinonas. Richardia brasiliensis (ervanço e poaia) apresenta terpenóides, flavonóides e cumarinas. Estudos etnofarmacológicos indicam propriedades emética, antidiabética, vermífuga e para o tratamento de eczema, queimaduras, bronquite, gripe, hemorróida e malária avícola. Este trabalho objetivou contribuir com os estudos fitoquímicos e farmacológicos da família Rubiaceae utilizando B. verticillata, B. ocymoides e R. brasiliensis. Para isto, as espécies vegetais foram coletadas, identificadas e depositadas no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (JPB). Após secagem e pulverização, o pó das plantas foi submetido a processos de extração e particionamento. Em seguida, a fase cromatográfica foi submetida a métodos cromatográficos e espectroscópicos para isolamento e identificação das substâncias, respectivamente. B. verticillata revelou o predomínio metabólitos secundários pertencentes à classe dos terpenoides (β-sitosterol, estigmasterol, ácido betulínico, ácool betulínico, ácido oleanólico, ácido ursólico, uvaol e 3β-hidroxiurs-11-en-28,13-β-olídio), bem como, derivados porfirínicos (feofitina a, feofitina b e 151-hidroxi-(151-S)-porfirinolactona a). B. ocymifolia apresentou predomínio de substâncias fenólicas uma vez que foram isoladas cumarinas (escopoletina, umbeliferona e cumarieletefina), antraquinonas (2-hidroxi-3-metoxi-6-metilantraceno-9,10-diona e 2-hidroxi-3-metilantraceno-9,10-diona), além do ácido p-hidroxicinâmico e ácido ursólico, mostrando um perfil químico diferente para essas borrérias morfologicamente semelhantes. R. brasiliensis demonstrou a presença dos terpenóides: ácido ursólico e uvaol. Além disso, a disponibilização de extratos para realização de atividades antimicrobianas revelou que o extrato etanólico e a fase hexânica não foram capazes de inibir o crescimento das bactérias (Escherichia coli ATCC10536, Staphylococcus aureus ATCC25923 e Pseudomonas aeruginosa ATCC15442) e fungos (Candida tropicalis ATCC40042 e Candida krusei ATCC 2538) testados. Também não foi capaz de modular a ação bactericida dos antimicrobianos amicacina, neomicina e gentamicina em cepas resistentes de Pseudomonas aeruginosas 22, nem da ação dos antifúngicos anfotericina B, nistatina, mebendazol e benzoilmetronidazol em cepas resistentes de Candida tropicalis ATCC40042 e Candida krusei ATCC 2538. No entanto, foram capazes de aumentar o efeito de maneira clinicamente relevante dos antimicrobianos amicacina, neomicina e gentamicina frente a cepas bacterianas multirresistentes: Escherichia coli 27 e Staphylococcus aureus 358. 

  • RUBENS BATISTA BENEDITO
  • Estudo do mecanismo de ação antinociceptivo e avaliação histopatológica cerebral do (s)-(-)-álcool perílico em camundongos.
  • Data: 27/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • O álcool perílico (p-mentha-1,8-diene-7-ol) é um membro da família dos monoterpenos encontrado em plantas dos gêneros Lavandula, Mentha, Cymbopogon, entre outros. É sabido que o álcool perílico (AP) possui atividade antinociceptiva, porém seu mecanismo de ação ainda permanece desconhecido. No presente trabalho foi investigado o possível mecanismo de ação do AP utilizando antagonistas farmacológicos e testes in vitro, e avaliada a neurotoxicidade histológica à nível do hipocampo e corpo estriado. O teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético foi o protocolo de escolha para testar o monoterpeno na dose de 100 mg/kg frente aos antagonistas. Os resultados mostram uma reversão do efeito antinociceptivo do AP (AP 3,4 ± 1,7 contorções) após o pré-tratamento com a naloxona (NLX+AP 10,4 ± 2,3 contorções) indicando a participação do sistema opioide no seu mecanismo de ação. Diferentemente da naloxona, os antagonistas, muscarínico (atropina), adenosinérgico (cafeína), dopaminérgico (sulpirida), a L-arginina - L-NNA e a Glibenclamida, não foram capazes de reduzir o efeito do AP frente às contorções abdominais. Na avaliação da atividade antioxidante in vitro do AP, foram empregadas três metodologias, uma para avaliar o efeito do AP sobre a peroxidação lipídica, no teste de TBARS, e as outras duas para investigar sua ação como substância sequestradora de radicais livres OH e NO. Em todos os testes, o AP demonstrou atividade antioxidante, reduzindo em até 70% a produção de radicais livres. Quanto à avaliação histopatológica, o AP não provocou alterações teciduais significativas nas duas áreas cerebrais estudadas. Portanto, os resultados demonstram que o álcool perílico apresenta um efeito antinociceptivo mediado pelo sistema opioide e por mecanismos antioxidantes, sem a participação direta dos sistemas muscarínico, adenosinérgico, dopaminérgico, dos canais para K+ATP e da via L-arginina óxido nítrico. O monoterpeno também não apresentou neurotoxicidade significativa.
  • ANA KARINA HOLANDA LEITE MAIA
  • ESTUDOS PSICOFARMACOLÓGICOS PRÉ – CLÍNICOS DO 3-fenil-5-(4-metilfenil)-imidazolidin-2,4-diona (HPA-05) EM CAMUNDONGOS.
  • Data: 13/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • Os compostos heterocíclicos são encontrados em muitos medicamentos com finalidades terapêuticas diversas, tendo destaque os derivados da hidantoína. Estes derivados, tais como os fármacos imidazolidínicos, são empregados como anticonvulsivantes, cicatrizantes, miorrelaxantes, antimicrobianos e antitumorais. Estudos anteriores, realizados por SALGADO, 2011, utilizando metodologias comportamentais, demonstraram que a HPA-05 (3-fenil-5-(4-metilfenil)-imidazolidin - 2,4 - diona) apresenta ações depressoras sobre o SNC (Sistema Nervoso Central) com indicações antinociceptivas. Estes resultados revelaram a necessidade de aprofundar o trabalho no sentido de que a atividade terapêutica para o alívio da dor da HPA - 05 fosse melhor estudada, além de complementar o estudo psicofarmacológico da mesma. A dose de 200 mg/Kg da HPA-05, via i.p., não envolve a participação dos receptores K+ATP no seu mecanismo de ação, nem receptores GABAA, não é exercida pela via colinérgica e também não envolve a via glutamatérgica, visto que o tratamento com a substância em estudo não reduz o tempo de lambida da pata em nenhuma das fases no teste da formalina. O pré-tratamento dos animais com L-arginina foi capaz de reverter o efeito antinociceptivo da HPA - 05 na primeira fase do teste da formalina, o qual envolve os receptores D2 da dopamina na segunda fase e a interação da cafeína com a HPA – 05, mostrando uma reversão do efeito antinociceptivo da HPA - 05, na primeira fase do teste da formalina. Os resultados com a HPA-05 se mostraram efetivos em inibir a latência das convulsões induzidas pelo pentilenotetrazol e pelo eletrochoque auricular, o que indica apresentar perfil de drogas anticonvulsivantes. No teste do Labirinto em Cruz Elevado, não foi observado nenhuma modificação comportamental indicativa de um possível efeito ansiolítico. Na peritonite induzida pela carragenina, houve redução na quantidade de leucócitos e neutrófilos na cavidade intraperitoneal dos animais tratados, revelando a atividade anti-inflamatória da HPA - 05. Os resultados apresentados neste estudo evidenciaram um efeito promissor da HPA - 05 como substância analgésica, anti-inflamatória e anticonvulsivante.
  • THAISA LEITE ROLIM
  • ESTUDO DA TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DO ÓLEO ESSENCIAL DE Hyptis umbrosa SALZM. (LAMIACEAE) E DO SEU COMPONENTE MAJORITÁRIO FENCHONA
  • Data: 11/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • O câncer é o nome dado a um conjunto de centenas de doenças distintas que decorrem do acúmulo progressivo de mutações. Seu tratamento tem se beneficiado dos estudos que se baseiam em pesquisas de fontes naturais. Vários compostos e derivados vegetais têm mostrado atividade antitumoral, dentre eles, os óleos essenciais. Hyptis umbrosa Salzm. é conhecida popularmente por aleluia do serrote e alfazema-do-mato e é pouco relatada na literatura, sendo o componente majoritário do óleo essencial das folhas dessa espécie (O.E.H.) o monoterpeno fenchona (24,8%). Esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade e atividade antitumoral do O.E.H. e da fenchona em modelos in vitro e in vivo. No ensaio de hemólise em eritrócitos de camundongos o valor de CH50 obtido foi de 494,9 μg/mL para O.E.H. e superior a 3000 μg/mL para a fenchona, o que sugere moderada e baixa toxicidade das amostras, respectivamente, para essas células não tumorais que são comumente afetadas pela terapia antineoplásica. O.E.H. mostrou fraco efeito antitumoral in vitro em linhagens de células tumorais humanas, enquanto que a fenchona não alterou a viabilidade celular em nenhuma das concentrações testadas. Após administração aguda do O.E.H. em camundongos foram observados efeitos depressores e excitatórios do Sistema Nervoso Central nos animais tratados com 2000 mg/kg do óleo. O valor estimado da DL50 foi em torno de 500 mg/kg. Apesar de não apresentar atividade antitumoral in vitro, O.E.H. (50, 100 ou 150 mg/kg) e fenchona (60 mg/kg), após nove dias de tratamento, mostraram significante atividade in vivo em modelo de carcinoma ascítico de Ehrlich (EAC), considerando os parâmetros volume, peso e viabilidade celular. O tratamento com O.E.H. (150 mg/kg) induziu parada do ciclo na fase G0/G1 e aumento da fração sub-G1, o que sugere morte celular por apoptose. Em conjunto com os resultados da marcação com Anexina V-IP, onde houve pequeno aumento de células marcadas com Anexina V, bem como com Anexina V-IP, pode-se inferir que, possivelmente, as células em apoptose foram fagocitadas. A fenchona induziu parada do ciclo na fase S e aumentou significativamente a porcentagem de células marcadas com Anexina V-IP, sem aumentar a marcação apenas com Anexina V, o que sugere que está ocorrendo morte celular por necrose. Observou-se ainda, aumento na média de sobrevida dos animais transplantados com tumor de Ehrlich e tradados com o óleo essencial. As análises toxicológicas indicam que, após nove dias de tratamento com O.E.H. foi observado redução no peso corporal e baixa toxicidade hematológica e bioquímica. O tratamento com a fenchona induziu alteração nos parâmetros AST e ALT sugestivas de fibrose. A análise histopatológica indicou danos hepáticos após tratamento com O.E.H., entretanto, os danos foram considerados moderados e reversíveis. O.E.H. induziu aumento na quantidade de eritrócitos micronucleados, no ensaio do micronúcleo, apenas na maior dose testada (300 mg/kg). Portanto, é possível inferir que O.E.H. e fenchona apresentam atividade antitumoral in vivo com moderada toxicidade, o que não representa um fator limitante para a continuação de seus estudos pré-clínicos. Os dados permitem sugerir que a fenchona não é o único componente responsável pela atividade do óleo, uma vez que, mostrou atividade apenas no dobro na dose associada com sua quantidade no referido óleo.
  • CHARLANE KELLY SOUTO PEREIRA
  • ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DA ESPÉCIE Herissantia crispa (L.) Brizicky EM CAMUNDONGOS
  • Data: 09/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • A Herissantia crispa (L.) Brizicky (Malvaceae), é composta por substâncias que apresentam atividades anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante comprovadas. Há poucos relatos desta planta na literatura, mas já foi determinado, em estudos anteriores, que H. crispa apresenta características de fármacos com perfil sedativo-hipnótico e antinociceptivo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito antinociceptivo da H. crispa, utilizando a fase acetato de etila da H. crispa (FAEHc), a fase hidroalcoólica (FHAHc) e dois flavonóides isolados desta planta (tilirosídeo e lespedina), assim como, os possíveis mecanismos de ação envolvidos nesta atividade, além do efeito anti-inflamatório. Para a determinação dos mecanismos de ação antinociceptivos e da atividade anti-inflamatória usou-se apenas a FAEHc. Os experimentos realizados em camundongos demonstram que a FAEHc, a FHAHc e os flavonóides administrados por via i.p., promoveram antinocicepção significativa no teste da formalina, porém, este efeito foi mais pronunciado com a FAEHc, que também mostrou significativa redução na nocicepção induzida pelo glutamato. A antinocicepção produzida pela FAEHc foi significativamente revertida pelo pré-tratamento dos animais com cafeína, atropina e L-arginina sugerindo envolvimento dos sistemas adenosinérgico, muscarínico e oxidonitrérgico, respectivamente. Contudo, a resposta antinociceptiva da FAEHc não foi bloqueada quando os animais foram pré-tratados com naloxona, ioimbina e glibenclamida, indicando que a FAEHc provavelmente não atua por essas vias. O tratamento dos animais com a FAEHc promoveu significante redução do edema de pata induzido pela carragenina nas primeiras 48 horas do teste. Além disso, a FAEHc diminuiu significativamente a migração leucocitária, particularmente o influxo de neutrófilos, e os níveis das citocinas TNF-α e IL-1β no modelo da peritonite induzida por carragenina. Considerando os resultados obtidos no presente trabalho, fica evidente que a FAEHc, a FHAHc e os flavonóides lespedina e tilirosídeo, marcadores químicos desta planta, apresentam atividade antinociceptiva, porém não se pode atribuir tal efeito exclusivamente aos marcadores, uma vez que o efeito apresentado foi inferior ao apresentado pelas fases e extrato bruto. E a antinocicepção induzida pela FAEHc possivelmente envolve ativação de receptores adenosinérgicos, de receptores muscarínicos e a via que envolve o óxido nítrico. Além disso, a FAEHc é capaz de promover controle da inflamação, e esse efeito está relacionado com a redução do influxo de leucócitos para o local da inflamação que pode ser atribuída a inibição da produção das citocinas TNF-α e IL-1β.
  • ANTONILENI FREIRE DUARTE MEDEIROS
  • Aplicação de cromatografia a líquido de alta eficiência preparativa para isolamento de alcaloides de Cissampelos sympodialis Eichl. e estudo de farmacocinética preliminar de warifteína
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • A aplicação da cromatografia a líquido de alta eficiência preparativa (CLAE-PREP) no isolamento de produtos naturais, mostra-se como uma técnica robusta, versátil e rápida, que garante a purificação e o isolamento de substâncias de matrizes complexas, como os produtos naturais. Essa técnica é uma ferramenta valiosa numa área em que a purificação e obtenção de amostras em quantidade é algo laborioso, e muitas vezes, há necessidade de reisolamento de amostras; assim, sua reprodutibilidade é uma grande vantagem. A combinação da CLAE com a espectrometria de massas permite unir as vantagens da cromatografia, como a alta seletividade e eficiência de separação, às vantagens da espectrometria de massas, como a obtenção de informação estrutural, massa molar e aumento adicional de seletividade. Cissampelos sympodialis Eichl. é uma espécie da flora brasileira, a infusão das raízes da planta é popularmente utilizada no nordeste do Brasil para tratamento de asma, bronquite e reumatismo, dentre outras enfermidades inflamatórias. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método rápido e reprodutível para o isolamento dos marcadores químicos estabelecidos e de outros alcaloides de C. sympodialis Eichl., e utilizar o padrão de warifteína para quantificação da mesma em fluidos biológicos com vistas à determinação de parâmetros farmacocinéticos do alcaloide após administração in vivo em ratos. O método cromatográfico utilizado consistiu em gradiente de 0-15 min (75 %), 15-20 min (80 %), 20-25 min (100 %),  de 278 nm, fluxo de 5,0 mL/min e tempo de corrida de 20 min, com fase móvel de metanol e água, ambos basificados com amônia para pH 8,0 e a massa de FATT-rz injetada por cada corrida cromatográfica na coluna foi 800 mg. Foram isolados os alcaloides warifteína (pureza 99,79%), metil-warifteína (pureza 98,52%), os epímeros de desmetil-roraimina, além de um alcaloide inédito na literatura que teve sua estrutura elucidada e foi denominado de Sousina. Animais da espécie Ratus wistar receberam dose única de 1,0 mg/Kg de warifteína intravenosa e as coletas de sangue foram realizadas nos tempos 5, 15, 30, 60, 120 e 180 min. As amostras sangue foram centrifugadas para obtenção do plasma e extraídas por precipitação de proteínas utilizando acetonitrila. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados com base nas curvas de concentração plasmática versus tempo pelo modelo não-compartimental. A faixa de linearidade para o método cromatográfico foi entre 10 e 500 ng/mL e os parâmetros cinéticos foram Cmáx 16,08 μg/mL, Tmáx 12,5 min-1, Kel 0,01355 min-1. O método de isolamento por CLAE-PREP é uma alternativa prática, rápida e robusta para obtenção dos alcaloides de C. sympodialis. O método proposto por CLAE-EM/EM permitiu quantificar a warifteína em fluido plasmático de rato com a extração das amostras por precipitação de proteínas, ainda, houve grande variabilidade interindividual entre os animais usados no experimento cinético.
  • ANALUCIA GUEDES CABRAL RAMALHO
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS E ATIVIDADE FARMACOLÓGICA DE Combretum duarteanum CAMBESS. (COMBRETACEAE).
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 08:30
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  • A família Combretaceae compreende 18 gêneros com mais de 600 espécies, sendo os dois maiores gêneros Combretum e Terminalia, com aproximadamente de 250 espécies cada. Visando contribuir para o estudo quimiotaxonômico da família Combretaceae e do gênero Combretum, as folhas de Combretum duarteanum foram submetidas ao estudo fitoquímico e farmacológico. O óleo essencial (2,0 mL) foi obtido das folhas frescas da espécie através da hidrodestilação, sendo posteriormente analisada por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massass. Os extratos e fases obtidos foram submetidos a métodos cromatográficos usuais, para a purificação e isolamentos dos constituintes químicos. Para a identificação das substâncias isoladas, utilizaram-se métodos espectroscópicos, tais como Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais e espectométricos, como espectometria de massas, além de comparação com dados da literatura. O estudo químico das folhas de C. duarteanum resultou na identificação de doze substâncias: cicloartan-24-ene-1α,3β-diol (Cd-1), isolada pela primeira vez na família em estudo; ácido 2α,3β-urs-12-en-28-óico (Cd-2); 4α-carboxi-3β-hidroxi-24-cicloarteno (Cd-3), isolada pela primeira vez no gênero Combretum; 2α, 3β, 28-trihidroxiurs-12-eno (Cd-4); ácido 2α,3β,23α-trihidroxiurs-12-ene-28-óico e ácido 2α,3β,23α-trihidroxiolean-12-ene- 28-óico (Cd-5); estigmasterol (Cd-6); estigmasterol e espinasterol (Cd-7); galato de metila (Cd-8); 3',5,7-triidroxi-3,4’-dimetoxiflavona (Cd-9), 5,7,3’,4’-tetrahidroxiflavona-3-O-galactopiranosídeo (Cd-10), catequina (Cd-11) e Canferol-3-O-β-D-glicopiranosídeo (Cd-12). A composição química do óleo essencial apresentou vinte e oito componentes, dentre os quais, espatulenol (15,1%) e β-cariofileno (14,1%), foram os compostos majoritários. As fases hexânica, clorofórmica, acetato de etila, o extrato metanólico, bem como as substâncias Cd-2, Cd-5, e Cd-10 foram testadas frente cepas de bactérias Gram positivas e Gram negativas, cepas de fungos do gênero Candida. Todas as fases, extrato e substâncias testadas não mostraram qualquer atividade antibacteriana e antifúngica considerável. As substâncias Cd-2, Cd-5, Cd-9 e Cd-10 foram testadas in vitro no ensaio de citotoxicidade em células de carcinoma ascítico de Ehrlich para avaliar a atividade antitumoral. As substâncias Cd-2 (CI50 = 17,82 μg/mL) e Cd-5 Cd-2 (CI50 = 31,23 μg/mL) mostraram uma potente atividade citotóxica
  • FABIANA LIMA SILVA
  • Estudo fitoquímico e biológico de duas espécies de Sapindaceae com ocorrência no semiárido paraibano.
  • Data: 14/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • Cardiospermum corindum e Serjania caracasana são duas espécies da família Sapindaceae selecionadas para esse trabalho por serem espécies de larga ocorrência no Estado da Paraíba com poucos aspectos explorados tanto do ponto de vista químico como biológico. Visando contribuir para o estudo quimiotaxonômico da família Sapindaceae, as espécies em estudo foram submetidas a estudo fitoquímico e biológico. As espécies foram coletadas nos municípios de Maturéia e Santa Rita, Paraíba, e exsicatas foram depositadas no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (JPB) sob os números MF. Agra et al. 6898 (C. corindum) e MF. Agra et al. 6963 (S. caracasana). Os extratos e fases obtidos foram submetidos a métodos cromatográficos usuais, para a purificação e isolamento dos constituintes químicos. Para a identificação das substâncias isoladas, utilizaram-se os métodos espectroscópicos de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparação com a literatura. O estudo químico das espécies resultou no isolamento de doze compostos das partes aéreas da espécie C. corindum: friedelina, umbeliferona e escopoletina (isolados pela primeira vez no gênero Cardiospermum), friedelinol, umuhengerina, 3’,4’-dimetiléter-luteolina e epidermina (isolados pela primeira vez na família Sapindaceae), β-sitosterol glicosilado, crisoeriol e L-quebrachitol (primeiro relato na espécie), além de β-sitosterol e estigmasterol. Das partes aéreas da espécie S. caracasana foram isolados seis compostos: friedelina, β-sitosterol, estigmasterol, β-sitosterol glicosilado e β-amirina (primeiro relato na espécie) e quercitrina (isolado pela primeira vez no gênero Serjania). Os extratos hidroetanólicos e as frações n-hexano, diclorometano e n-butanol das duas espécies foram avaliados quanto à atividade antioxidante frente a DPPH (in vitro), onde o extrato hidroetanólico e a fração n-butanol de S. caracasana apresentaram-se os mais ativos, com CI50 de 40 µg/mL e 20 µg/mL, respectivamente. Os extratos hidroetanólicos das duas espécies também foram avaliados in vivo frente a toxicidade e atividade gastroprotetora. No ensaio de avaliação da toxicidade pré-clínica aguda, os extratos hidroetanólicos das duas espécies (2000 mg/kg, v.o.) não provocaram alterações nos pesos corporais, entretanto houve diminuição relativa dos pesos dos órgãos vitais dos animais tratados com C. corindum (coração, pulmões e rins) e com S. caracasana (pulmões), em comparação com os controles. Os extratos hidroetanólicos das duas espécies (50, 150 e 500 mg/kg), avaliados quanto à atividade gastroprotetora em modelo de lesão induzida por etanol absoluto, foram capazes de reduzir a área de lesão ulcerativa em comparação com os animais dos grupos controle positivo e negativo.
  • DENISE ALINE CASSIMIRO BEZERRA
  • CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO QUÍMICO DE PLANTAS TÓXICAS DO SEMIÁRIDO: Crotalaria vitellina Ker Gawl e Ipomoea philomega (Vell.) House
  • Data: 12/08/2013
  • Hora: 08:00
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  • A pesquisa sobre plantas tóxicas para animais têm-se limitado principalmente à identificação
    das espécies, bem como à sua epidemiologia, patologia e sinais clínicos. Sendo, no entanto,
    pouco conhecidos os seus princípios ativos, cujo conhecimento é de grande importância no
    desenvolvimento de métodos preventivos da intoxicação, responsáveis por inúmeras mortes
    de animais e, consequentemente, perdas econômicas. Visando contribuir para o conhecimento
    dos princípios ativos dessas plantas, as espécies Crotalaria vitellina Ker Gawl (Fabaceae) e
    Ipomoea philomega (Vell.) House (Convolvulaceae) foram submetidas a um estudo
    fitoquímico para isolamento de seus constituintes químicos por métodos cromatográficos,
    seguidos de identificação através de métodos espectroscópicos tais como Infravermelho (IV),
    Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H e 13C uni e bi-dimensionais e Espectroscopia
    de Massas (EM) juntamente com a comparação com dados da literatura. O estudo fitoquimico
    do extrato etanólico bruto dos frutos e folhas de C. vitellina resultou no isolamento de um
    alcalóide pirrolizidínico do tipo otonecina, descrito pela primeira vez na literatura, nomeado
    crotavitelina (Cv-1). Essa substância foi submetida avaliação da toxicidade pré-clínica aguda,
    de acordo com o Guia da OECD-423 (Guideline for Testing of Chemicals), em camundongos
    (machos e fêmeas) nas doses de 50 e 300 mg/Kg e apresentou baixa toxicidade nos
    parâmetros avaliados. Entretanto, estudos histopatológicos, especialmente em nível de tecido
    hepático, devem ser realizados para a investigação de possíveis efeitos tóxicos em nível
    celular e tecidual. Ipomoea philomega, Convolvulaceae, igualmente submetida a estudo
    fitoquímico do extrato etanólico bruto das suas folhas possibilitou o isolamento de oito
    substâncias da fase diclorometano: lanosterol (Ip-1), ácido cafeico (Ip-2), p-cumarato de etila
    (Ip-3), lupeol (Ip-4), cafeato de etila (Ip-5), umbeliferona (Ip-6), escopoletina (Ip-7) e a 1,2-
    benzopirona (Ip-8), descritas pela primeira vez para I. philomega.

  • MARIANNE GUEDES FERNANDES
  • Abordagem Fitoquímica de Duas Espécies do Gênero Pilosocereus: Pilosocereus gounellei (F. A. C. Weber) e Pilosocereus pachycladus S. Ritter (Cactaceae)
  • Orientador : MARIA DE FATIMA VANDERLEI DE SOUZA
  • Data: 02/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • Abordagem Fitoquímica de Duas Espécies do Gênero Pilosocereus: Pilosocereus gounellei (F. A. C. Weber) e Pilosocereus pachycladus S. Ritter (Cactaceae)

  • TIAGO BEZERRA DE SA DE SOUSA NOGUEIRA
  • Estudo Fitoquímico e Atividade Microbiológica de Espécie Cordia exaltata (Lam)
  • Data: 01/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • A família Boraginaceae é constituída por aproximadamente 148 gêneros e 2740 espécies distribuídos nas zonas temperadas e tropicais da Europa, Ásia, Austrália e Américas. O gênero Cordia foi descrito em 1753 por Linnaeus, sendo um dos mais representativos da família (Boraginaceae), constituído por aproximadamente 320 espécies, que se apresentam como árvores, arbustos ou ervas, encontradas principalmente na América do Sul. Cordia exaltata Lam. foi submetida a um estudo fitoquímico para extração e isolamento de seus constituintes químicos, através dos métodos de extração e cromatográficos respectivamente, com posterior identificação estrutural, utilizando-se dos métodos espectroscópicos de IV e RMN 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparações com modelos da literatura. Deste estudo fitoquímico foram isolados e identificados quinze constituintes: dois feoforbideos, dois esteroides, duas neolignanas, duas cumarinas, dois compostos fenólicos simples e cinco flavonoides, sendo dois glicosilados e três agliconas. O estudo da atividade antimicrobiana de C. exaltata Lam. revelou forte atividade sobre as cepas testadas de Staphylocoocus epidermidis, Staphylocoocus aureus, Pseudomonas aeruginosas, Escherichia coli, Candida tropicalis, Candida albicans, Candida krusei, Candida guilhermane, no qual os resultados dos extratos, fases e substâncias apresentaram CIMs de 256 μg/mL, com excessão das duas neolignanas que apresentaram CIM de 128 μg/mL.

  • MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
  • Mecanismo de ação da atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do (-)- Mirtenol.
  • Data: 01/08/2013
  • Hora: 00:14
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  • Os óleos essenciais obtidos de plantas medicinais possuem uma variedade de compostos bioativos, como os monoterpenos. Estes monoterpenos possuem distintas atividades farmacológicas descritas, como analgésica, anti-inflamatória, antidepressiva e anticonvulsivante dentre outras. O (-)-mirtenol é um monoterpeno, álcool monocíclico, de odor agradável, utilizado na indústria de cosméticos. No entanto, a ausência de pesquisas sobre as possíveis atividades farmacológicas deste monoterpeno incentivou à realização deste trabalho. O presente estudo investigou o efeito do (-)- mirtenol, pela via intraperitoneal, em camundongos suíços machos adultos em modelos experimentais de dor e de inflamação. Inicialmente, foi realizada a pesquisa da dose letal 50 (DL50) do monoterpeno, no intuito de estabelecer doses seguras para os testes subsequentes. Para investigar o perfil de ação do monoterpeno no sistema nervoso central foi realizado a triagem farmacológica comportamental e o principal efeito observado nos animais tratados com (-)- mirtenol foi analgesia. Em seguida, foram realizadas metodologias para avaliar a atividade antinociceptiva. O (-)- mirtenol (25, 50 e 100 mg/kg, i.p.) aumentou a latência para o inicio das contorções abdominais induzidas por ácido acético e reduziu o número de contorções, quando comparado ao grupo controle. No teste da formalina, utilizando as mesmas doses, o (-) - mirtenol não alterou o tempo de lambida da pata na fase neurogênica (0-5 min), mas inibiu significativamente (p<0,001) o tempo de lambida da pata na fase inflamatória (15-30 min). No teste da nocicepção induzida por glutamato, as três doses do monoterpeno reduziram o tempo de lambida da pata. Já no teste da placa quente, que é sensível e específico para drogas que atuam por mecanismo central, o (-)- mirtenol não alterou a latência na retirada da pata. Com estes resultados podemos propor que a ação antinociceptiva do (-)- mirtenol pode ser por mecanismo de ação periférica e não central. Na tentativa de elucidar o mecanismo de ação envolvido no efeito antinociceptivo do (-)- mirtenol foram usadas ferramentas farmacológicas no teste da formalina. A antinocicepção produzida pelo (-)- mirtenol (100 mg/kg i.p.) foi revertida pela naloxona (5 mg/kg s.c.), naloxonazine (10 mg/kg s.c.), glibenclamida (10 mg/kg s.c.), L-NOARG (50mg/kg i.p.) e ioimbina (0,15 mg/kg i.p) somente na segunda fase do teste da formalina. Tendo em vista a destacada ação do monoterpeno na segunda fase do teste da formalina, investigamos sua possível atividade anti-inflamatória. Nessa avaliação, o tratamento com o (-)- mirtenol (50 e 100 mg/kg, i.p.) foi capaz de reduzir o edema de pata induzido por carragenina (500 μg/pata), prostaglandina E2 (5 nmol/pata) e bradicinina (3 nmol/pata) em todos os tempos testados. No modelo da peritonite induzida por carragenina (1%), o monoterpeno diminuiu o influxo de leucócitos e também os níveis das citocinas IL-1β e TNF-α no lavado peritoneal. Portanto, este trabalho demonstrou que o (-)- mirtenol possui atividade antinoceptiva com participação dos sistemas opióidérgico μ1, canais de K+ATP, óxidonitrérgico e α2-adrenérgico. Além disso, possui atividade anti-inflamatória ao inibir a formação do edema de pata e reduzir o influxo de leucócitos possivelmente pela inibição da produção das citocinas pró-inflamatórias IL-1β e TNF-α.
  • ANA CAROLINA DE CARVALHO CORREIA
  • Estudo Comparativo da Atividade Espasmolítica de Óleos Essenciais de Espécies de Annonaceae: Rollinia leptopetala R. E. Fries, Xylopia langsdorfiana A. St.-Hil. & Tul. e Xylopia frutescens Aubl.
  • Data: 26/07/2013
  • Hora: 14:00
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  • Muitas espécies de Annonaceae são odoríferas, devido à presença de óleos essenciais e estes têm despertado um grande interesse farmacológico por apresentarem atividade sobre a musculatura lisa. Assim, decidiu-se investigar a possível atividade espasmolítica dos óleos essenciais das folhas das espécies Xylopia langsdorfiana A. St.-Hil. & Tul. (XL-OE), Xylopia frutescens Aubl. (XF-OE) e Rollinia leptopetala R. E. Fries (RL-OE) em aorta de rato, útero rata, traqueia e íleo de cobaia, além de elucidar o mecanismo de ação do óleo essencial que apresentasse uma melhor atividade espasmolítica em um dos órgãos testados. Foram realizadas medidas de contrações isotônicas e isométricas e do cálcio citosólico. Na triagem farmacológica preliminar todos os óleos essenciais apresentam maior eficácia e potência espasmolítica em íleo de cobaia, quando comparados aos outros órgãos, sendo o RL-OE o produto natural mais promissor. Assim, passou-se a caracterizar o mecanismo de ação do RL-OE nesse órgão. O RL-OE inibiu as curvas cumulativas à histamina, desviando-as para direita, de maneira não paralela e com redução do Emax, descartando um antagonismo do tipo competitivo, além de relaxar o íleo pré-contraído por KCl (40 mM), carbacol (10-6 M) ou histamina (10-6 M). Como o passo comum na via de sinalização destes agentes contráteis são os canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV), hipotetizou-se que o RL-OE estaria impedindo o influxo de Ca2+ através destes canais. Foi observado que o RL-OE antagonizou as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+, além de relaxar o íleo pré-contraído por S-(-)-Bay K 8644, um agonista dos CaV-L, demonstrando que o subtipo de CaV envolvido é o CaV-L. Como a potência relaxante do RL-OE foi maior quando o órgão foi pré-contraído com KCl do que pelo S-(-)-Bay K8644 é sugestivo de que outros mecanismos estão envolvidos no efeito espasmolítico do RL-OE. Sabendo que os CaV podem ser modulados pelos canais de K+, decidiu-se investigar a participação desses canais. A ação espasmolítica do RL-OE parece envolver ativação/modulação positiva dos canais de K+ dependentes de voltagem (KV) e dos ativados por Ca2+ de grande condutância (BKCa), uma vez que houve desvio da curva de relaxamento do RL-OE para direita na presença dos bloqueadores: 4-aminopiridina (4-AP), seletivo para os KV; tetraetilamônio (TEA+) 1 mM e iberiotoxina, seletivos para os BKCa. A confirmação da participação dos KV e BKCa foi feita através do bloqueio simultâneo (TEA+ e 4-AP) e constatada, uma vez que, a potência relaxante foi similiar quando o bloqueio era realizado por um bloqueador não seletivo dos canais de K+ (CsCl). Nos experimentos celulares, a viabilidade dos miócitos da camada longitudinal do íleo de cobaia não foi alterada na presença do RL-OE (81 μg/mL) e a intensidade de fluorescência nos miócitos intestinais estimulados por histamina foi reduzida em consequência da redução da concentração citosólica de Ca2+ ([Ca2+]c). Assim, o mecanismo de ação espasmolítico do RL-OE em íleo de cobaia envolve bloqueio do influxo de Ca2+, via CaV, além da ativação/modulação positiva dos KV e BKCa, o que levaria a redução da [Ca2+]c e, consequente, relaxamento desse órgão.
  • VIVYANNE DOS SANTOS FALCAO SILVA
  • Derivados N-acilidrazonas e 1,3,4-oxadiazóis como antibacterianos, moduladores da resistência a drogas em Staphylococcus aureus e seu perfil de toxicidade.
  • Data: 25/07/2013
  • Hora: 14:00
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  • A incidência crescente da resistência bacteriana tem minado o valor terapêutico dos antibacterianos existentes, criando a necessidade, cada vez maior, da busca por alternativas capazes de reverter ou diminuir a resistência, como a procura por novos antimicrobianos e inibidores de mecanismos de resistência. Entre os diversos mecanismos de resistência bacteriana, a proteína transmembrana de efluxo (bomba de efluxo) tem sido associada à resistência a múltiplas drogas. “Modificadores da resistência à drogas”, Modificadores da atividade antibiótica” e “Adjuvantes de antibióticos” são termos utilizados para drogas que modulam a resistência bacteriana a certos antibióticos. No presente trabalho, foram avaliados derivados sintéticos de N-acilidrazonas e 1,3,4-oxadiazóis como antibacterianos e agentes moduladores da resistência à drogas em linhagens de Staphylococcus aureus, bem como sua potencialidade citotóxica em eritrócitos humanos e seus parâmetros físico-químico e tóxico in silico. As linhagens bacterianas utilizadas expressam o gene norA, msrA ou tetK codificadores das proteínas de efluxo para norfloxacino e brometo de etídeo (NorA), eritromicina (MsrA) e tetraciclina (TetK), respectivamente. Foram determinadas por meio da técnica de microdiluição em caldo nutriente os valores das concentrações inibitória mínima (CIM) dos antibióticos e dos derivados sintéticos, e para avaliar a atividade moduladora, as CIM dos antibióticos e do brometo de etídeo foram determinadas na ausência e na presença de concentrações subinibitórias dos compostos sintéticos. A avaliação do efeito hemolítico foi realizados em eritrócitos humanos, e outros parâmetros teóricos de toxicidade e físico-químicos foram verificados pelo programa Osiris® Property Explorer da Actelion Pharmaceuticals. Os compostos ensaiados apresentaram atividade antibacteriana, entre 8µg/mL a ≥ 256 µg/mL, dentre esses, alguns derivados N-acilidrazonas quando combinados com a tetraciclina, reduziu sua CIM  em 4 vezes. Os derivados 1,3,4-oxadiazóis também modularam a resistência bacteriana, destacando-se dois compostos que reduziram a CIM do norfloxacino e brometo de etídeo em 4 e  8 vezes, respectivamente. A maioria dos derivados ensaiados não apresentaram grau de hemólise significativo, bem com possuem baixo risco de toxicidade teórica (efeitos mutagênicos, tumorgênicos, irritabilidade e reprodutivos). Com relação aos parâmetros físico-químico, os compostos três compostos além de apresentarem efetiva atividade biológica e altos valores de druglikeness e drug score, apresentaram índices de solubilidade, lipofilicidade e peso molecular compatíveis a absorção, e consequentemente aumentando a bioviabilidade oral dessas moléculas. Os resultados aqui apresentados relatam pela primeira vez derivados de N-acilidrazonas e 1,3,4-oxadiazóis, como inibidores putativos do sistema de efluxo em bactérias, bem como os indicam com prováveis fontes de produtos que modulam a resistência bacteriana, ou seja, como potenciais adjuvantes de antibióticos. Considerando que a baixa citotoxicidade em células eucarióticas e na toxicidade teórica possivelmente não comprometem a utilização desses compostos na terapêutica.

  • MARCELO CAVALCANTE DUARTE
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek
  • Data: 26/04/2013
  • Hora: 08:00
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  • Atualmente, os terpenos constituem o grupo mais numeroso de metabólitos secundários, com mais de 40.000 moléculas diferentes (GARCÍA e CARRIL, 2009), dentre os terpenóides, os triterpenos pentacíclicos são metabólitos secundários encontrados em maior abundância em plantas da família Celastraceae. A família Celastraceae é pantropical e distribui-se nas regiões tropical e subtropical, incluindo no norte da África, América do Sul e Ásia, particularmente na China (SPIVEY et al., 2002; DUARTE et al., 2010). É constituída por 98 gêneros e aproximadamente 1200 espécies (SIMMONS et al., 2008), sendo que, no Brasil, essa família é representada por quatro gêneros: Maytenus Juss., Austroplenckia Lund., Franhofera Mart. e Salacia Mart. (OLIVEIRA et al., 2006a). O gênero Maytenus é um dos maiores da família Celastraceae (SANTOS et al., 2007) e, no Brasil, são reconhecidas 76 espécies de Maytenus (NIERO at al., 2011). Maytenus distichophylla é uma espécie utilizada na medicina popular para o tratamento de úlceras estomacais e é bem adaptada ao semi-árido nordestino do Brasil. Não há nenhum relato de estudo fitoquímico e farmacológico com essa espécie. Tivemos como objetivo contribuir com o estudo fitoquímico de plantas do Nordeste Brasileiro através do isolamento e identificação dos constituintes químicos das folhas e raízes de Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek da família Celastraceae. Para tanto foi utilizado cromatografias de adsorção em colunas, cromatografias em camada delgada analítica e preparativa foram preparadas com sílica gel 60 PF254, Merck, suspensa em água destilada (1:2), As revelações das cromatoplacas foram realizadas por exposição a luz ultravioleta, por meio do aparelho Mineralight, modelo UVGL-58, e reveladas com vapores de iodo. Os espectros de absorção de infravermelho (IV) foram obtidos em espectrômetro, VARIAN e BUCHI 100MB, Os espectros de RMN foram registrados em espectrômetros VARIAN SYSTEM, operando a 500 MHz para hidrogênio (RMN 1H) e 125 MHz para carbono-13 (RMN 13C), e VARIAN MERCURY operando a 200 MHz para hidrogênio (RMN 1H) e 50 MHz para carbono-13 (RMN 13C). Os solventes utilizados foram hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, puro ou em misturas binárias e o Equipamento utilizado para o desenvolvimento cromatográfico dos alcaloides sesquiterpenos pirimidínicos foi um CLAE-DAD e média pressão. M. distichophylla Mart. ex Reissek foi coletada no município de Maturéia- PB, e identificada pela Prof. Dra. Maria de Fátima Agra. O pó obtido das folhas e raízes foi submetido à maceração com metanol durante 72 horas, obtendo-se assim solução metanolica, que foi concentrada em rotaevaporador formando o extrato metanolico. O extrato das folhas foi particionado obtendo as fases hexanica, clorofórmica e acetato de etila, da fase clorofórmica e acetato de etila foi cromatografada isolando seis triterpenos pentacíclicos conhecidos da serie friedelanos, 3β-friedelinol, fridelina, 3-oxo-12α-hidroxifriedelano, 3-oxo-29-hidroxifriedelano, 3-oxo-30β-hidroxifriedelano e 6β,12α-dihidroxi-friedelan-1en-3,16,21-triona um novo produto natural. A fase clorofórmica das raízes de M. distichophylla, foi cromatografada em média pressão, e da fração 115-121 obtida foi isolada dois alcaloides sesquiterpenos pirimidínicos por CLAE, wilforina e Ebinifolina. Portanto a espécie apresentou em sua constituição química sete triterpenos sendo seis conhecidos na literatura e um que está sendo relatada pela primeira vez, e das raízes foram isolados dois alcaloides sesquiterpenicos pirimidínicos também conhecidos na literatura do gênero Maytenus.

  • HERMANN FERREIRA COSTA
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DOS ALCALOIDES WARIFTEINA E METIL-WARIFTEINA DE Cissampelos sympodialis EICHL. (MENISPERMACEAE) EM MODELOS DE INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA.
  • Data: 27/03/2013
  • Hora: 14:00
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  • Infusões das raízes da planta Cissampelos sympodialis Eichl (Menispermaceae) são utilizadas, pela medicina popular, no Nordeste Brasileiro, para o tratamento de doenças do trato respiratório e digestório. Estudos prévios demonstram que o extrato hidroalcoólico das folhas (AFL) da planta e a warifteina (W), alcaloide bisbenzilisoquinolínico, apresentam efeitos anti-inflamatórios e antialérgicos. Esse estudo avaliou, portanto, o efeito do tratamento oral de camundongos com W e a metil-warifteina (MW) na formação do edema de pata induzido por agentes flogísticos, no extravasamento vascular e na migração celular em modelos de inflamação aguda e o efeito do tratamento oral com a AFL e seus alcaloides (W e MW) na inflamação crônica representada pelo modelo experimental de alergia alimentar (camundongos BALB/c sensibilizados com ovalbumina - OVA). O tratamento com a W reduziu o edema de pata induzido por carragenina, por histamina ou prostaglandina E2, efeito esse não observado com o tratamento com MW. A warifteina e a metil-warifteina também reduziram o extravasamento vascular, contudo sem inibir a migração celular associada à inflamação. No modelo experimental de alergia alimentar o tratamento com W induziu ganho de peso dos animais com diminuição da diarreia. A metilação da warifteina, embora não tenha induzido o ganho de peso diminuiu a diarreia durante os desafios com o alérgeno. Todavia o tratamento com AFL não induziu o ganho de peso e nem inibiu a diarreia alérgica. Diferentemente, os tratamentos com o AFL e com os alcaloides reduziram os títulos de IgE específica para ovalbumina (OVA), aumentaram a proporção de linfócitos T CD4+ e CD8+ no linfonodo mesentérico. A proporção de linfócitos T reguladores foi aumentada no linfonodo mesentérico pelos tratamentos em estudo. Os experimentos in vitro, com células do linfonodo mesentérico de animais sensibilizados, demonstraram que W e MW inibiram a secreção de interleucina (IL-)12 e IL-10, sem alteração nos níveis de interferon-γ (IFN-γ) e IL-13. Esses resultados demonstraram que o tratamento oral com warifteina apresentou atividade anti-inflamatória por inibir a ação de mediadores da inflamação e que a metilação da molécula não potencializou seu efeito. Também, os tratamentos com AFL, W e MW apresentaram efeitos imunomoduladores na alergia alimentar com aumento de células Treg e com diminuição de citocinas oriundas de células do mecanismo imune inato independente das do mecanismo imune adaptativo.
  • KELLY SAMARA DE LIRA MOTA
  • Atividade antifúngica do óleo essencial de Thymus vulgaris L. e fitoconstituintes contra Rhizopus oryzae e Rhizopus microsporus: interação com ergosterol
  • Data: 11/03/2013
  • Hora: 14:00
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  • As mucormicoses são infecções que possuem elevadas taxas de morbidade e mortalidade, limitado arsenal terapêutico, devido a resistência aos antifúngicos. Portanto, existe uma significativa necessidade de priorizar, testar e aplicar melhorias terapêuticas para o tratamento das mucormicoses. É nesse contexto, que os óleos essenciais e fitoconstituintes vem se destacando como uma nova abordagem terapêutica. O objetivo deste trabalho foi investigar a atividade antifúngica in vitro do óleo essencial (OE) de Thymus vulgaris L. e de seus componentes majoritários (timol e p-cimeno) contra Rhizopus oryzae e Rhizopus microsporus, através da triagem microbiológica, da determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e fungicida mínima (CFM), avaliação dos efeitos dos fitoconstituintes no crescimento micelial, na germinação dos esporos fúngicos, na morfologia fúngica e interação com ergosterol. Também foi avaliada a toxicidade pré-clínica aguda em camundongos. Na triagem microbiológica o óleo essencial de T. vulgaris apresentou um dos melhores perfis antifúngicos contra cepas resistentes de R. oryzae. A CIM dos produtos variou entre 128-512 µg/mL, já as CFMs do óleo essencial e timol variaram entre 512 1024 µg/mL e 128 1024 µg/mL, respectivamente. Os resultados também mostraram que tanto o OE como o timol inibiram significativamente o desenvolvimento micelial e a germinação de esporos de ambas as espécies de Rhizopus. Em seguida foi mostrado que os produtos testados alteram a morfologia de R. oryzae e R. microsporus. Na investigação do mecanismo de ação antifúngica foi evidenciado que o OE e o timol interagem com o ergosterol, esterol presente na membrana dos fungos. No ensaio toxicológico pré-clínica agudo, as doses de 125, 250, 500 e 1000 mg/kg via intraperitoneal (i.p.) apresentaram atividade depressora do sistema nervoso central (SNC). Adicionalmente a estes parâmetros foi evidenciado que o OE e o timol nas doses de 125 e 250 mg/kg não promoveram alterações significativas na evolução ponderal e peso dos órgãos dos camundongos. Entretanto, ambas as doses das drogas-teste alteram alguns parâmetros hematológicos dos camundongos. Após 72 h de observação o OE apresentou DL50 estimada em 250 mg/kg para camundongos machos e 459,6 mg/kg para as fêmeas. Já o timol apresentou DL50 estimada em 222,3 mg/kg para os machos e 1551 mg/kg para as fêmeas. Estes dados indicam que o óleo essencial de T. vulgaris e timol, apresentam forte atividade antifúngica, que pode estar relacionada com a interação com ergosterol e consequentemente lise de membrana.
  • FABÍOLA FIALHO FURTADO GOUVÊA
  • Efeitos Cardiovasculares Induzidos por um Novo Doador de Óxido Nítrico, o Nitrato Tetra-hidrofurfurílico (NTHF), em Ratos
  • Data: 04/03/2013
  • Hora: 09:00
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  • O nitrato orgânico tetra-hidrofurfurílico (NTHF) é sintetizado a partir de resíduos da cana-de-açúcar. Em estudos anteriores, esse nitrato demonstrou efeito vasorrelaxante em artéria mesentérica, com envolvimento da via NO-GMPc-PKG neste efeito. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares do NTHF em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e normotensos Wistar Kyoto (WKY). Foram empregadas abordagens in vivo e in vitro. Nos estudos de toxicidade aguda de dose única, o NTHF apresentou baixa toxicidade. Em animais normotensos, NTHF promoveu efeito hipotensor e bradicárdico após a administração aguda das doses de 10, 20, 30, 40, 50 e 80 mg/Kg (i.v.). Este efeito não foi alterado pelo pré-tratamento com hexametônio, porém o tratamento com azul de metileno, inibidor da sGC, promoveu atenuação da resposta, sugerindo que tanto no efeito hipotensor quanto no bradicárdico, há a participação da via sGC. Em animais normotensos pré-tratados com NTHF por 3 dias (200 mg/Kg v.o.), a administração aguda de NTHF promoveu efeito hipotensor e bradicárdico, efeito este, que não foi modificado  em relação ao observado em animais tratados com veículo, sugerindo que o nitrato orgânico não induz tolerância in vivo. A tolerância in vitro foi avaliada tanto em anéis de artéria mesentérica de animais tratados previamente com NTHF (200 mg/Kg v.o.), quanto em anéis previamente expostos a concentrações isoladas de NTHF. O efeito vasorrelaxante não foi modificado pelo pré-tratamento ou exposição ao NTHF, ao contrário do observado com a GNT, sugerindo que o nitrato em estudo não promoveu tolerância. Em animais SHR e WKY, a administração aguda de NTHF promoveu efeito hipotensor e bradicárdico. Em anéis de artéria mesentérica superior de rato SHR e WKY, pré‑contraídos com fenilefrina (1 μM), o NTHF promoveu vasodilatação de maneira dependente de concentração, com endotélio vascular intacto ou removido. Este resultado sugere que o efeito vasodilatador independe da liberação dos fatores relaxantes derivados do endotélio (EDRFs), efeito encontrado nos dois modelos avaliados (SRH e WKY). Na presença do sequestrador de NO radicalar (PTIO), o efeito vasodilatador do NTHF foi atenuado, indicando a participação do NO. Na presença de ODQ, inibidor da CGs, houve significativa redução do vasorrelaxamento para SHR e WKY, indicando a participação desta enzima no mecanismo vasorrelaxante promovido pelo NTHF. Após a exposição ao agente despolarizante KCl (60 mM), o efeito do NTHF foi significantemente atenuado, uma característica de substâncias que agem por ativação de canais para K+. Este efeito foi corroborado após utilização de TEA (3 mM), inibidor não seletivo dos canais para K+, e de TEA 1 mM. Em conclusão, o NTHF apresentou baixa toxicidade, não induziu tolerância in vivo e in vitro. O nitrato também promoveu efeito hipotensor e bradicárdico em animais normotensos e hipertensos com envolvimento da sGC e vasorrelaxante, com envolvimento de canais para K+ e da via NO-GMPc-PKG.

  • NATHALIE HELEN PAES BARRETO BORGES
  • N-Fenilmaleimidas: atividade antibacteriana e moduladora da resistência a drogas em Staphylococcus aureus
  • Data: 01/03/2013
  • Hora: 14:00
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  • Bombas de efluxo são proteínas transportadoras importantes no processo de resistência bacteriana e podem comprometer a eficácia de uma ampla variedade de antibióticos, no tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, que utilizam energia metabólica para expelir drogas contra o gradiente de concentração. Um dos campos promissores para o aumento da eficácia de agentes antimicrobianos é a combinação com compostos adjuvantes, a exemplo dos inibidores de bombas de efluxo, de modo a expandir a utilidade de antibióticos já existentes, bem como reduzir o surgimento de cepas mutantes resistentes. Compostos derivados de vegetais ou animais têm sido cruciais na descoberta de drogas anti-infecciosas, e atualmente muitas drogas antimicrobianas sintéticas baseiam-se em modelos estruturais de substâncias de origem natural. Diversos compostos químicos, sintéticos e naturais, têm sido relatados como inibidores de bombas de efluxo, atuando como ferramentas adicionais importantes no desenvolvimento de fármacos co-formulados com os antibióticos apropriados. Neste trabalho foram determinados os valores das concentrações inibitórias mínimas (CIM) das N-Fenilmaleimidas (NFM), dos antibióticos e dos compostos NAB. Na atividade moduladora de drogas, as CIM dos antibióticos e compostos NAB foram determinadas na presença e ausência de concentrações subinibitórias das N-Fenilmaleimidas. Ambos os estudos foram complementados com análise in silico dos parâmetros ADMET. Os derivados 3,4-Cl-NFM, 4-Cl-NFM e 4-CH3-NFM mostraram atividade antibacteriana moderada, com CIM de até 64 µg/mL em cepas MSSA e MRSA. No ensaio da modulação da resistência a drogas, a 4-NO2-NFM reduziu em até 4 vezes a CIM dos antibióticos tetraciclina e eritromicina. A 4-CH3 NFM apresentou o melhor resultado, com redução da CIM dos antibióticos tetraciclina (até 4 vezes), eritromicina (até 16 vezes), alguns representantes das fluoroquinolonas (até 4 vezes) e compostos NAB (até 4 vezes). Ao reduzir a CIM do brometo de etídio, a 4-CH3 NFM é considerada de fato como inibidor putativo do sistema de efluxo em bactéria. Na análise da modelagem molecular, os derivados 3,4-Cl-NFM e 4-CH3 NFM, os quais apresentaram melhor atividade antibacteriana e moduladora da resistencia, respectivamente, mostraram um perfil com baixo risco tóxico teórico, resultado promissor para serem utilizados no desenho de novos derivados mais ativos e mais seguros. Os resultados aqui apresentaram mostram que derivados imídicos podem ser utilizados para potenciar o efeito de agentes antimicrobianos, de modo a facilitar a reintrodução de antibióticos atualmente ineficazes para o tratamento clínico de infecções multirresistentes.

  • DEBORAH RIBEIRO PESSOA MEIRELES
  • ESTUDO DA TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DO ÓLEO ESSENCIAL DE Croton polyandrus SPRENG. (EUPHORBIACEAE) EM MODELO EXPERIMENTAL DE TUMOR ASCÍTICO DE EHRLICH
  • Data: 28/02/2013
  • Hora: 14:00
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  • O câncer é uma doença genética complexa, geralmente resultado de um processo multifatorial, que ocasiona alterações sucessivas em genes relacionados à proliferação, diferenciação e morte celular. Produtos naturais são amplamente utilizados na terapia do câncer e continuam representando uma fonte promissora para a descoberta de novos agentes antineoplásicos. Croton polyandrus Spreng. é conhecida popularmente como “croton de tabuleiro” e é pouco relatada na literatura tanto do ponto de vista fitoquímico como farmacológico. Dados recentes mostram que o componente majoritário do óleo essencial das folhas dessa espécie é o p-cimeno, e que o referido óleo apresenta atividade antifúngica, mas não possui efeito antitumoral in vitro. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral in vivo e toxicidade do óleo essencial das folhas de C. polyandrus (O.E.C.). No ensaio de hemólise em eritrócitos de camundongos foi obtido um valor de CH50 de 141,0 μg/mL, o que sugere moderada citotoxicidade nesse tipo de célula não tumoral, que é comumente afetada na terapia antineoplásica. No ensaio toxicológico agudo em camundongos o valor estimado da DL50 foi 447,18 mg/kg. Após administração aguda do O.E.C. foram observados efeitos depressores do SNC, bem como redução no peso corporal dos animais tratados com 250 e 375 mg/kg do óleo. Apesar de não apresentar atividade antitumoral in vitro, como também demonstrado no ensaio de citotoxicidade em células de carcinoma ascítico de Ehrlich (CI50 = 270,6 μg/mL), O.E.C. mostrou significante atividade in vivo na mesma linhagem celular, após nove dias de tratamento com 100 e 150 mg/kg do óleo, considerando-se os parâmetros volume, peso e viabilidade das células tumorais. Não houve diferença significante entre o efeito produzido pelo óleo nas doses de 100 e 150 mg/kg e àquele produzido pelo 5-FU (droga padrão) - 25 mg/kg. Houve um aumento significante na porcentagem de células em apoptose tardia/necrose após o tratamento de nove dias com ambas as doses do óleo. Na análise da distribuição das células nas diferentes fases do ciclo celular, foi observado que O.E.C. induziu parada do ciclo na fase G0/G1 e aumento da fração sub-G1, o que sugere indução de morte celular por apoptose. Observou-se ainda, aumento na média de sobrevida dos animais transplantados com tumor de Ehrlich. As análises toxicológicas indicam que, após nove dias de tratamento com O.E.C. foi observado redução no peso corporal, aumento da atividade das transaminases (AST e ALT) e alterações hematológicas sugestivas de anemia. Ainda, foi observada diminuição na contagem de leucócitos e linfócitos, bem como redução no índice de timo, dados esses que em conjunto sugerem imunossupressão, efeito comumente observado após terapia antineoplásica. A análise histopatológica confirmou o indício de hepatotoxicidade, especialmente para a dose de 150 mg/kg do O.E.C., entretanto, os danos foram considerados moderados e reversíveis. O.E.C. não induziu aumento na quantidade de eritrócitos micronucleados, no ensaio do micronúcleo, o que indica ausência de genotoxicidade. Portanto, é possível inferir que o O.E.C. apresenta atividade antitumoral in vivo com moderada toxicidade, o que não representa um fator limitante para a continuação de seus estudos pré-clínicos.

  • EUGENIA ABRANTES DE FIGUEIREDO
  • Desenvolvimento de Método Cromatográfico para Quantificação dos Níveis de Poliaminas e Investigação da Formação Dde Adutos com Naftoquinonas
  • Data: 28/02/2013
  • Hora: 14:00
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  • Poliaminas são bases orgânicas alifáticas pertencentes às aminas bioativas que desempenham importantes funções metabólicas e fisiológicas em animais, vegetais e microrganismos. As mais importantes biologicamente são a espermidina [N-(3-aminopropil)-1,4-butano diamina ou aminopropil-tetrametilenodiamina] (SPD) e a espermina [N,N’-bis(3-aminopropil)-1,4-butano diamina ou diaminopropil-tetrametilenodiamina] (SPM). Estão intimamente envolvidas no crescimento e replicação de diversos tipos de células, e em especial encontra-se em altas concentrações em células exibindo crescimento rápido. É possível que substâncias tais como as naftoquinonas, que possam reagir com as poliaminas, tenham a capacidade de bloquear as suas funções pela depleção de sua concentração. A sua detecção direta é dificultada por não possuírem grupos que apresentam alta absortividade molar. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e validar um método cromatográfico, utilizando detecção por fluorescência que possa ser aplicado a quantificação do nível celular de poliaminas em cultura de células tumorais com base nos seguintes parâmetros: seletividade, linearidade, precisão e exatidão e investigar a formação de adutos com naftoquinonas. Para tanto derivatizou-se as poliaminas fora do sistema cromatográfico (pré-coluna) com cloreto de dansila, formando derivados dansilados que foram detectados por fluorescência (ex= 365 nm; em= 510 nm). A separação se deu por eluição em modo gradiente, utilizando como fase móvel metanol:água (35-95 v/v), uma coluna de fase reversa C-18 (250 x 4,6 mm, 5μm) a um fluxo de 1,0 mL/min, em 35 minutos. O método cromatográfico desenvolvido foi validado segundo o preconizado na Resolução 899 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e mostrou-se sensível, linear na faixa de concentração utilizada para SPD (97-970 pmol/mL) e para SPM (74-740 pmoL/mL), preciso (≤ 15% para as concentrações média e alta; ≤ 20% para a concentração baixa), exato para SPD (91-112%) e para SPM (92-119%), mostrando-se também seletivo (frente a separação das poliaminas e as proteínas presentes no meio de cultivo celular). O método desenvolvido foi ainda aplicado à análise das poliaminas incubadas com as naftoquinonas (lapachol e β-lapachona), e observou-se que a concentração dessas aminas foi depletada quando incubadas por 17 horas a temperatura ambiente com as naftoquinonas (diminuição de 67% e 50% dos níveis de SPD e SPM respectivamente quando incubadas com o lapachol; e diminuição de 44% e 37,5% de SPD e SPM quando incubadas com β-lapachona). Esses resultados mostram que o método desenvolvido é adequado para análise de poliaminas em cultura de células tumorais e que um provável mecanismo de ação antitumoral das naftoquinonas pode envolver a formação de adutos entre estas e as poliaminas.
  • GRACIELLE ANGELINE TAVARES DA SILVA
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DAS FOLHAS E FRUTOS DE Piper caldense C.DC (PIPERACEAE)
  • Data: 27/02/2013
  • Hora: 09:00
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  • O gênero Piper L. é o maior da família Piperaceae, compreendendo pelo menos 1000 espécies, que se encontram distribuídas especialmente na região neotropical do globo terrestre e se destaca por suas propriedades medicinais, econômicas, químicas e culturais (anti-inflamatória, antibacteriana, anestésia e fungicida, dentre outros). Espécies do gênero Piper têm-se tornado fontes de pesquisa de classes específicas de metabólitos secundários com marcantes atividades biológicas, incluindo alcaloides, amidas, chalconas, cromenos, flavonoides, lignanas, terpenos e ciclopentanodionas, esteroides, derivados porfirínicos e derivados do ácido benzoico. Piper caldense C. DC., conhecida popularmente como “pimenta d’arda”, é utilizada na Paraíba como sedativa, antídoto para picadas de cobras, para dores de dente, bem como na forma de compressa no local afetado para alívio da dor. Este trabalho reporta o estudo fitoquímico das folhas e frutos de P.caldense C. DC. Utilizando-se métodos cromatográficos usuais e técnicas espectroscópicas de IV e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais e a comparação dos dados com a literatura foi possível isolar e identificar do extrato etanólico bruto das folhas de Piper caldense C.DC., uma mistura de esteroides, o β-sitosterol e o estigmasterol, e duas substâncias porfirínicas, a 15-hidroxi-porfirionolactona A e a feofitina a, e, do extrato hexânico dos frutos, três derivados do ácido benzoico, compreendendo ao total sete substâncias, descritas pela primeira vez em Piper caldense C. DC. Os extratos hexânico e diclorometânico dos frutos e suas substâncias isoladas foram submetidos a ensaios microbiológicos, apresentando atividade antifúngica frente a leveduras do gênero Candida. Este ensaio está sendo feito pela primeira vez nos frutos da espécie estudada.
  • GICIANE CARVALHO VIEIRA
  • ANÁLISE CELULAR E MOLECULAR DO EFEITO DA INSTILAÇÃO NASAL DO EXTRATO DAS FOLHAS DE Cissampelos sympodialis Eichl (Menispermaceae) E SEUS ALCALOIDES NO PROCESSO ALÉRGICO EXPERIMENTAL
  • Data: 26/02/2013
  • Hora: 14:00
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  • Cissampelos sympodialis Eichl. (Menispermaceae) é uma planta comumente encontrada em regiões semiáridas do Brasil. Suas raízes e folhas são usadas na medicina popular no tratamento de artrite, reumatismo e doenças respiratórias. Estudos têm demonstrado seu efeito anti-inflamatório, antiasmático e imunomodulador. Os objetivos do presente trabalho foram: 1) avaliar o efeito da administração, por instilação nasal (i.n.), do extrato das folhas de Cissampelos sympodialis (AFL) e de seus alcaloides warifteina (WAR), metilwarifteina (MWA) e milonina (MIL) em pulmões de camundongos BALB/c sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) e 2) analisar o efeito destes alcaloides sobre células inflamatórias e suas moléculas relacionadas com a inflamação. Os parâmetros avaliados in vivo foram: padrão de migração de células no lavado bronco alveolar (BAL), alterações histopatológicas no tecido pulmonar e análise dos níveis de IgE no soro. Nas análises in vitro, em cultura de macrófagos e mastócitos, foram avaliados a fosforilação das enzimas JNK quinase e a expressão da COX-2. Os resultados demonstraram que o AFL e os alcaloides foram capazes de inibir a migração das células da inflamação, em especial, os eosinófilos no pulmão. Entretanto, o AFL e a milonina induziram aumento no número de neutrófilos no pulmão. Os tratamentos com o extrato e os alcaloides inibiram a produção de muco pelas células caliciformes presentes no epitélio brônquico e a migração de linfócitos T CD4+ e TCD8+ da cavidade pulmonar, com exceção da warifteina que aumentou a subpopulação T CD8+. Apenas o tratamento com AFL foi capaz de diminuir a concentração de IgE sérica e, entre os alcaloides, somente a MWA foi capaz de inibir a produção da interleucina-13 (IL-13) pelas células do BAL. Nos ensaios in vitro, observou-se que os alcaloides não apresentaram toxicidade para mastócitos e macrófagos em todas as concentrações testadas 0.1, 1.0 e 10 µM. Entretanto, apenas a milonina foi capaz de inibir degranulação de mastócitos via inibição da liberação da histamina. A inibição da fosforilação da JNK foi observada com a MWA e a MIL independentes da expressão da enzima COX-2. Estes resultados indicam que o extrato, quando administrado por instilação nasal, apresenta efeito antiasmático principalmente pela diminuição da migração de eosinófilos para o pulmão e pela produção de muco e que a MWA é um dos compostos presentes no extrato importante para o efeito antiasmático da planta devido á diminuição da fosforilação da JNK. Em adição, estes dados fornecem informações para a produção de um fitoterápico da planta para o tratamento intranasal de doenças inflamatórias das vias aéreas e a MWA pode ser o marcador molecular de qualidade e efeito do fitoterápico.
  • MARCELO RICARDO DUTRA CALDAS FILHO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GASTROPROTETORA DE Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek (CELASTRACEAE)
  • Data: 26/02/2013
  • Hora: 08:00
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  • Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek, popularmente conhecida como “casca amarela” ou “pau-colher”, pertence a família Celastraceae. Esta espécie foi selecionada para este trabalho a partir de critérios quimiotaxonômicos, tendo em vista que já foi comprovada a atividade gastroprotetora em várias espécies deste gênero, a qual foi atribuída a metabólitos secundários tais como flavonoides, triterpenos, alcaloides e taninos. Com o objetivo de avaliar a toxicidade aguda, atividade gastroprotetora, bem como mecanismos relacionados a esta atividade, foram obtidos, a partir das folhas de M. distichophylla, o extrato metanólico bruto (EMeOH-Md) e a fase acetato de etila (FaAcOEt-Md). A administração única (v.o.) de 2000 mg/kg do EMeOH-Md em camundongos, não causou alterações comportamentais nos parâmetros avaliados (tais como hiperatividade, piloereção, analgesia, ambulação, dentre outros) e também não provocou variações no peso nem na estrutura macroscópica dos órgãos. No entanto, foi capaz de reduzir o consumo de água e ração nos animais machos. Não foi possível determinar a DL50, visto que não houve mortes, ao final dos 14 dias de observação. Com relação à atividade gastroprotetora, EMeOH-Md e FaAcOEt-Md nas doses de 62,5, 125, 250 e 500 mg/kg (v.o.) foram testados frente a diferentes modelos de indução aguda de úlcera (etanol acidificado, etanol, estresse por imobilização e frio, anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) e contensão do suco gástrico). No modelo de etanol acidificado, o EMeOH-Md reduziu o índice de lesão ulcerativo (ILU) em 68, 84, 81 e 80%, respectivamente. Frente as lesões por etanol, o EMeOH-Md e a FaAcOEt-Md nas mesmas doses protegeram a mucosa gástrica em 40, 56, 65, 86 e 12, 34, 46 e 71%, respectivamente. Quando se avaliou o modelo do estresse, EMeOH-Md e FaAcOEt-Md diminuíram o ILU em 58, 72, 79, 84 e 29, 38, 50 e 52%, respectivamente. Da mesma forma, no modelo de úlceras gástricas induzidas por AINE, houve inibição das lesões em 46, 65, 81 e 82% para o EMeOH-Md e 26, 40, 58 e 69% para a FaAcOEt-Md. Nas úlceras induzidas por contensão do suco gástrico (ligadura de piloro) o EMeOH-Md e a FaAcOEt-Md nas suas doses mais efetivas (500 mg/kg) promoveram proteção da mucosa gástrica quando administrados por via intraduodenal 75 e 77%, respectivamente, em comparação ao controle negativo. Também no modelo de ligadura (i.d.), EMeOH-Md e FaAcOEt-Md reduziram o volume do conteúdo gástrico. No intuito de investigar os mecanismos de ação relacionados a gastroproteção promovida pelo EMeOH-Md (500 mg/kg) e FaAcOEt-Md (500 mg/kg), foi avaliado o envolvimento dos grupamentos sulfidrílicos, óxido nítrico, muco e prostaglandinas. Dessa forma, foi verificado que o efeito gastroprotetor das amostras vegetais de M. distichophylla não envolve aumento do muco aderido à mucosa, nem a participação do óxido nítrico. No entanto, este efeito está relacionado à participação dos grupamentos sulfidrílicos e aumento dos níveis de prostaglandina. Logo, esses dados sugerem que M. distichophylla apresenta atividade gastroprotetora, possivelmente relacionada a mecanismos antissecretórios e citoprotetores.
  • CAMILA HOLANDA DE ALBUQUERQUE
  • Constituintes químicos e atividade farmacológica de Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil (Erythroxylaceae)
  • Data: 25/02/2013
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais representam uma rica fonte de compostos biologicamente ativos e são um exemplo de diversidade molecular, com reconhecido potencial na descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos. Erythroxylum pulchrum, (Erythroxylaceae)  é exclusiva da flora brasileira, com distribuição no Nordeste e Sudeste do país, só foi encontrada na Paraíba em uma área  do Pico do Jabre – PB. Uma exsicata encontra-se depositada no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (JPB), sob o n° 4947. Neste estudo fitoquímico, o pó das partes aéreas seco e pulverizado foi submetido a uma extração com metanol e em seguida, particionados. A fase acetato de etila foi submetida à cromatografia líquida de media pressão. Desta maneira, foi possível identificar quatro flavonoides: epicatequina, quercetina-3-O-L-raminosídeo, ombuin-3-rutinosídeo e ombuin-3-rutinosideo-5-glucosídeo. A fase hexânica também foi submetida à cromatografia líquida de media pressão, em que foi possível identificar dois terpenoides: ácido oleanólico esterificado e lupeol, e um esteróide B- sitosterol. Todas essas substâncias tiveram sua identificação estrutural baseada na análise de dados espectrais de IV, RMN 1H e 13C, incluindo técnicas bidimensionais homonucleares  e heteronucleares, além de comparação com dados da literatura. Foi avaliado também, o efeito antibacteriano do extrato metanólico frente a cepas de bactérias de importância clínica, determinando a concentração inibitória mínima do extrato para cada linhagem de bactéria testada pela técnica de microdiluição. Assim, o extrato inibiu o crescimento das linhagens bacterianas de Bacillus subtilis CCT 0516, Escherichia coli ATCC 2536, Pseudomonas aeruginosa ATCC 8027, Pseudomonas aeruginosa ATCC 25619, Staphylococcus aureus ATCC 6538, Staphylococcus aureus ATCC 25925, Estreptococos sanguíneos, Estreptococos salivares, Estreptococos mutans e Estreptococos ATCC. No entanto, o gênero Staphylococcus aureus ATCC 25925 foi o mais sensível, e Pseudomonas o mais resistente a ação antibacterina do extrato. Os resultados obtidos nesse trabalho contribuíram para o conhecimento fitoquímico de Erythroxylum pulchrum e para a o conhecimento quimiotaxonômico do gênero Erythroxylum e da família Erythroxylaceae.

  • CAROLINA UCHOA GUERRA BARBOSA DE LIMA
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA E SUBCRÔNICA E ATIVIDADE ANTITUMORAL DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO BRUTO DAS FOLHAS DE Rollinia leptopetala
  • Data: 25/02/2013
  • Hora: 08:00
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  • O câncer é uma doença do material genético de nossas células e a cancerologia experimental é de grande valia para se estudar os diversos aspectos relacionados aos processos neoplásicos. Muitas drogas usadas atualmente na quimioterapia foram isoladas de espécies de plantas ou derivadas de um protótipo natural. Porém, plantas medicinais possuem substâncias agressivas e, assim, sua toxicidade deve ser avaliada. Rollinia leptopetala R.E. Fries, conhecida popularmente como “pinha brava”, é uma árvore ou arbusto, endêmica do Brasil e utilizada pela medicina popular como digestivo e contra tumores e inflamações. É pouco relatada na literatura, tanto do ponto de vista dos estudos fitoquímicos como de suas atividades biológicas. Diante disto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do Extrato Hidroalcoólico Bruto (EHAB) das folhas de R. leptopetala, através de ensaios in vitro e in vivo. O valor de CI50 obtido através dos ensaios de exclusão do azul de tripan foi 512,3 μg/mL. Já no bioensaio com A. salina, o valor de CL50 obtido foi 78,49 μg/mL. O EHAB das folhas de R. leptopetala não mostrou atividade hemolítica significativa em eritrócitos de camundongos, produzindo apenas 10 % de hemólise em concentrações acima de 1250 mg/mL. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo frente sarcoma 180 as taxas de inibição do crescimento tumoral foram 8,05, 38,72 e 49,73 % após tratamento com 50, 100 e 150 mg/kg do extrato, respectivamente. As análises toxicológicas dos animais mostraram que não houve alteração no índice de baço e timo após os tratamentos, alterações estas que ocorrem com quimioterápicos utilizados na prática clínica, nem dos rins, fígado e coração. No estudo da toxicidade subcrônica, observou-se que o uso contínuo do extrato na dose de 90mg/kg, possivelmente tem uma ação diurética, pode causar anemia megaloblástica e pode afetar o Sistema Nervoso Central, além de aumentar a quantidade de plaquetas. Portanto, é possível inferir que o EHAB das folhas de R. leptopetala possui atividade antitumoral, mas que seu uso contínuo pode causar danos toxicológicos.

  • TAINA SOUZA SILVA
  • Constituintes químicos e atividades farmacológicas de Calliandra umbellifera (Fabaceae)
  • Data: 22/02/2013
  • Hora: 09:00
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  • O gênero Calliandra Benth. pertence a família Fabaceae e é composto por 200 espécies que se distribuem na América tropical, Madagascar e Índia,  sendo conhecidas no Brasil como esponjinhas e podendo ser encontradas em seu habitat natural, na região do cerrado, chegando até áreas de caatinga no nordeste. Espécies desse gênero são usadas popularmente para dores renais, cistites, uretrites, inflamações da próstata, febre e dor de dente. Calliandra umbellifera Benth. é uma espécie em extinção que foi coletada apenas no Ceará e no Piauí e não apresenta relatos de uso popular, nem atividade farmacológica e fitoquímica. Desta forma, este trabalho objetivou contribuir com os estudos farmacognósticos do gênero Calliadra e da família Fabaceae por meio do estudo fitoquímico e farmacológico de Calliandra umbellifera Benth. Para isto, o material vegetal foi coletado no Pico do Jabre (município de Maturéia - estado da Paraíba) e depositado no Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (JPB) com o código 7430. Para o estudo farmacoquímico, o vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química das substâncias isoladas foi elucidada mediante métodos espectroscópicos, tais como: Infravermelho (IV), Espectrometria de Massas (EM) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H e 13C uni e bidimensionais e comparações com modelos da literatura. Da fase hexânica obteve-se uma mistura de esteróides (β-sitosterol e estigmasterol), da fase diclorometano (CH2Cl2) foi isolado e identificado um ácido aromático: ácido atrárico, da fase acetato de etila (AcOEt) obteve-se o ácido gálico, o pinitol e a iriflofenona glicosilada, sendo esta última isolada pela primeira vez na família Fabaceae, e da fase hidrobutanólica isolou-se a mistura de esteróides glicosilados (β-sitosterol e estigmasterol glicosilados), contribuindo, portanto para os estudos famarcognósticos do gênero Calliandra e da família Fabaceae. No estudo farmacológico foram analisadas a atividade antimicrobiana do extrato bruto, das fases acetato de etila e hidrobutanólica e dos constituintes isolados (iriflofenona glicosilada e pinitol), e atividade antinociceptiva do extrato bruto. Na atividade antimicrobiana foi observado que o extrato e as fases testadas possuem forte atividade antibacteriana, tendo sua concentração inibitória mínima (CIM) estabelecida entre 256 e 128 µg/mL, entretanto não apresentaram atividade antifúngica. Enquanto que, as substâncias isoladas (Iriflofenona glicosilada e pinitol) não apresentaram atividade antibacteriana, entretanto, apresentaram forte atividade antifúngica, com uma CIM de 128 µg/mL. Com relação a atividade antinociceptiva, o extrato metanólico bruto apresentou atividade significativa para o teste de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e para o modelo de nocicepção induzido pela formalina e pelo glutamato, sugerindo possível atividade analgésica periférica.

  • NATALIA TABOSA MACHADO
  • Efeitos cardiovasculares de um novo doador de óxido nítrico, o 12–nitrato–cis–9–octadecanoato de etila (NCOE), em ratos.
  • Data: 20/02/2013
  • Hora: 14:00
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  • Os nitratos orgânicos são classificados como drogas doadoras de óxido nítrico (NO), utilizadas no tratamento de doenças cardiovasculares, mimetizando as ações do NO endógeno. Um nitrato orgânico inédito, o 12-nitrato-cis-9-octadecanoato de etila (NCOE), sintetizado a partir do ácido ricinoléico do óleo da mamona, foi estudado com o objetivo de avaliar seus efeitos cardiovasculares, utilizando abordagens in vivo e in vitro. Em ratos normotensos, o NCOE (10; 20; 30; 40 e 60 mg/kg, i.v.) promoveu hipotensão (- 2,5 ± 0,9; -3,9 ± 0,7; -31,0 ± 6,6; -40,6 ± 3,9 e -50,4 ± 3,5%) e bradicardia (-5,6 ± 0,9; -8,9 ± 1,0; -57,2 ± 8,9; -70,9 ± 5,3 e -77,9 ± 2,7%) transientes, ambas dependente de dose. Em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato, pré-contraídos com fenilefrina (FEN) (1 μM), o NCOE (10-10 - 10-3 M) induziu vasorrelaxamento, dependente de concentração, na presença (Emáx = 107,3 ± 4,43%; pD2 = 5,59 ± 0,06) e ausência (Emáx = 118,0 ± 3,53%; pD2 = 5,90 ± 0,05) do endotélio, sugerindo que o efeito do NCOE parece ser independente dos fatores liberados pelo endotélio. Todos os experimentos subsequentes foram realizados na ausência do endotélio. O efeito do NCOE foi atenuado após contração induzida por solução despolarizante de 60 mM de KCl (Emáx = 92,0 ± 4,1%), quando comparado com o efeito do NCOE frente à FEN. A pré-incubação com PTIO (300 μM), sequestrador do NO na forma radicalar (NO●), atenuou a potência do vasorrelaxamento do NCOE (pD2 = 5,10 ± 0,05), sugerindo a participação do NO● no efeito deste nitrato. Entretanto, na presença de L-cisteína (3 mM), um sequestrador do NO na forma reduzida (NO-), o vasorrelaxamento do NCOE foi potencializado (pD2 = 6,34 ± 0,03). Efeito semelhante foi observado na presença da N-acetilcisteína (NAC) (3 mM), um sequestrador de radicais livres intracelulares (pD2= 6,56 ± 0,05). O efeito do NCOE não foi alterado na presença do proadifeno (10 μM), um inibidor do citocromo P450 (pD2 = 5,99 ± 0,07%). No entanto, o efeito vasorrelaxante foi reduzido na presença da cianamida (1 mM), inibidor da aldeído desidrogenase mitocondrial (mtALDH) (Emàx = 94,3 ± 6,26%); e do ODQ 10 μM, inibidor da ciclase de guanilil solúvel (sGC) (Emáx = 55,2± 3,60%), sugerindo o envolvimento destas enzimas no efeito do NCOE. Após pré-incubação com TEA (3 mM), concentração que bloqueia de forma não seletivo os canais para K+, o vasorrelaxamento do nitrato foi atenuado (Emáx = 107,1 ± 7,09%), demonstrando o envolvimento destes canais neste efeito. Ao utilizar a iberiotoxina (100 nM) e a glibenclamida (10 μM), bloqueadores seletivos dos BKCa e KATP, respectivamente, o efeito vasodilatador foi diminuído (Emàx = 106,2 ± 1,49%; pD2 = 5,61 ± 0,04, respectivamente); entretanto, o efeito não foi modificado na presença de 4-aminopiridina (1 mM), bloqueador dos KV (pD2 = 5,70 ± 0,04%). Além disso, NCOE aumentou os níveis de NO em células musculares lisas de aorta, detectado pela fluorescência emitida por DAF-2T. Estes resultados, em conjunto, sugerem que NCOE induz hipotensão e bradicardia transientes, e promove vasorrelaxamento, devido a liberação de NO●, por meio da metabolização do composto via mtALDH, e consequente ativação da sGC e dos canais KATP e KBCa.
  • FABIO DE SOUZA MONTEIRO
  • AÇÃO RELAXANTE DA FRAÇÃO DE ALCALOIDES TOTAIS OBTIDA DE Solanum paludosum MORIC. ENVOLVE MODULAÇÃO POSITIVA DA VIA DO ÓXIDO NÍTRICO E DOS CANAIS DE K+ EM ÍLEO DE COBAIA E AORTA DE RATO
  • Data: 19/02/2013
  • Hora: 14:00
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  • Solanum paludosum Moric. (Solanaceae), conhecida popularmente como “jurubeba-roxa” no Nordeste do Brasil, é utilizada como sucedânea de Solanum paniculatum (“jurubeba-verdadeira”) na medicina popular para tratamento de hipertensão e desordem gastrintestinal. Estudos anteriores, realizados por Monteiro (2009) com a fração de alcaloides totais obtida da casca da raiz desta espécie (FAT-SP) demonstraram que a mesma apresentou atividade espasmolítica em músculos lisos, sendo mais potente em íleo de cobaia e aorta de rato. Em íleo de cobaia, o efeito relaxante envolve atividade antimuscarínica e, em aorta de rato, a participação da via NO/GC. Como a fração possui na sua composição glicoalcaloides e muitos destes são conhecidos por apresentar atividade citotóxica, avaliou-se esta atividade em miócitos da camada longitudinal do íleo de cobaia. Observou-se que a FAT-SP não apresenta atividade citotóxica nessas células na concentração máxima testada (750 µg/mL), portanto prosseguiu-se com a investigação do mecanismo de ação relaxante da FAT-SP em íleo de cobaia e aorta de rato até essa concentração. A FAT-SP apresentou um efeito relaxante em íleo de cobaia resistente ao bloqueio simultâneo das vias adrenérgica e colinérgica com guanetidina e atropina, respectivamente, sugerindo-se que há a participação da via NANC; o L-NAME (inibidor competitivo da NOS), reduziu a potência relaxante da FAT-SP, que foi revertida na presença da L-arginina, substrato para a NOS, sugerindo que o neurotransmissor da via NANC pode ser o NO. Porém, não houve redução da potência relaxante na presença de ODQ, inibidor seletivo da GC solúvel, o que sugere a não participação da GC no mecanismo de ação relaxante da FAT-SP em íleo de cobaia. Por outro lado, a participação dos canais de K+ (BKCa e SKCa) foi evidenciada pela redução da potência relaxante da FAT-SP na presença de 5 mM de CsCl (bloqueador não seletivo dos canais de K+), de 1 mM de TEA+ (bloqueador seletivo dos BKCa) ou 100 nM de apamina (bloqueador seletivo dos SKCa). Em aorta de rato, observou-se que há a participação da via NO/GMPc/PKG, como evidenciado pela redução da potência relaxante da FAT-SP na presença de 10-4 ou 3 x 104 M de LNAME, e da reversibilidade do efeito inibidor na presença da Larginina, bem como, da redução da potência relaxante na presença de 3 x 105 M de Rp-8-Br-cGMPS, inibidor seletivo da PKG. Ademais, foi demonstrado que há a participação da calmodulina endotelial, pois houve redução da potência relaxante da FAT-SP na presença de 105 M de calmidazolium, inibidor seletivo da calmodulina endotelial; participação dos canais de K+ (KV, SKCa e KATP) evidenciado pelos experimentos com 10 mM de TEA+ (bloqueador não seletivo dos canais de K+), 1 mM de 4AP (bloqueador seletivo dos KV), 5 x 108 M de apamina e 10-5 M de glibenclamida (bloqueador seletivo dos KATP). Observou-se ainda a inibição parcial da mobilização do Ca2+ do RS induzida pelo IP3, mas não por cafeína (20 mM). Assim, o efeito relaxante da FAT-SP envolve a participação do NO e dos BKCa e SKCa em íleo de cobaia, e da calmodulina endotelial, bem como da via NO/GMPc/PKG e canais de K+ (KV, SKCa e KATP) em aorta de rato.

    Solanum paludosum Moric. (Solanaceae), conhecida popularmente como “jurubeba-roxa” no Nordeste do Brasil, é utilizada como sucedânea de Solanum paniculatum (“jurubeba-verdadeira”) na medicina popular para tratamento de hipertensão e desordem gastrintestinal. Estudos anteriores, realizados por Monteiro (2009) com a fração de alcaloides totais obtida da casca da raiz desta espécie (FAT-SP) demonstraram que a mesma apresentou atividade espasmolítica em músculos lisos, sendo mais potente em íleo de cobaia e aorta de rato. Em íleo de cobaia, o efeito relaxante envolve atividade antimuscarínica e, em aorta de rato, a participação da via NO/GC. Como a fração possui na sua composição glicoalcaloides e muitos destes são conhecidos por apresentar atividade citotóxica, avaliou-se esta atividade em miócitos da camada longitudinal do íleo de cobaia. Observou-se que a FAT-SP não apresenta atividade citotóxica nessas células na concentração máxima testada (750 µg/mL), portanto prosseguiu-se com a investigação do mecanismo de ação relaxante da FAT-SP em íleo de cobaia e aorta de rato até essa concentração. A FAT-SP apresentou um efeito relaxante em íleo de cobaia resistente ao bloqueio simultâneo das vias adrenérgica e colinérgica com guanetidina e atropina, respectivamente, sugerindo-se que há a participação da via NANC; o L-NAME (inibidor competitivo da NOS), reduziu a potência relaxante da FAT-SP, que foi revertida na presença da L-arginina, substrato para a NOS, sugerindo que o neurotransmissor da via NANC pode ser o NO. Porém, não houve redução da potência relaxante na presença de ODQ, inibidor seletivo da GC solúvel, o que sugere a não participação da GC no mecanismo de ação relaxante da FAT-SP em íleo de cobaia. Por outro lado, a participação dos canais de K+ (BKCa e SKCa) foi evidenciada pela redução da potência relaxante da FAT-SP na presença de 5 mM de CsCl (bloqueador não seletivo dos canais de K+), de 1 mM de TEA+ (bloqueador seletivo dos BKCa) ou 100 nM de apamina (bloqueador seletivo dos SKCa). Em aorta de rato, observou-se que há a participação da via NO/GMPc/PKG, como evidenciado pela redução da potência relaxante da FAT-SP na presença de 10-4 ou 3 x 104 M de LNAME, e da reversibilidade do efeito inibidor na presença da Larginina, bem como, da redução da potência relaxante na presença de 3 x 105 M de Rp-8-Br-cGMPS, inibidor seletivo da PKG. Ademais, foi demonstrado que há a participação da calmodulina endotelial, pois houve redução da potência relaxante da FAT-SP na presença de 105 M de calmidazolium, inibidor seletivo da calmodulina endotelial; participação dos canais de K+ (KV, SKCa e KATP) evidenciado pelos experimentos com 10 mM de TEA+ (bloqueador não seletivo dos canais de K+), 1 mM de 4AP (bloqueador seletivo dos KV), 5 x 108 M de apamina e 10-5 M de glibenclamida (bloqueador seletivo dos KATP). Observou-se ainda a inibição parcial da mobilização do Ca2+ do RS induzida pelo IP3, mas não por cafeína (20 mM). Assim, o efeito relaxante da FAT-SP envolve a participação do NO e dos BKCa e SKCa em íleo de cobaia, e da calmodulina endotelial, bem como da via NO/GMPc/PKG e canais de K+ (KV, SKCa e KATP) em aorta de rato.

  • GISLAINE ALVES DE OLIVEIRA
  • A ação espasmolítica do óleo essencial de Lippia microphylla Cham. e de seus constituintes majoritários envolve o bloqueio do influxo de cálcio em íleo de cobaia.
  • Data: 18/02/2013
  • Hora: 14:00
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  • O óleo essencial extraído das partes aéreas de Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) (LM OE) apresenta como componentes majoritários o timol e o carvacrol. O objetivo deste trabalho foi investigar e caracterizar o efeito espasmolítico do óleo LM-OE em íleo de cobaia, bem como verificar se este efeito era devido aos seus constituintes majoritários. Foram realizadas medidas de contrações isotônicas e isométricas e do cálcio citosólico. O óleo LM OE inibiu as contrações fásicas induzidas por 10 6 M de histamina ou de carbacol (CCh) (CI50 = 15,8 ± 2,3 e 24,4 ± 2,9 µg/mL, respectivamente). Da mesma forma, o timol, o carvacrol e a mistura timol/carvacrol antagonizaram as contrações fásicas induzidas por histamina (CI50 = 14,2 ± 1,6; 13,6 ± 1,3 e 13,0 ± 2,1 µg/mL, respectivamente) ou por CCh (CI50 = 21,3 ± 3,8; 16,0 ± 2,6 e 27,9 ± 4,8 µg/mL, respectivamente). Quando comparado com o óleo, não houve diferença em nenhum dos casos. Do mesmo modo, o óleo LM OE relaxou, de maneira equipotente, o órgão pré-contraído com 40 mM de KCl, com 10-5 M de CCh ou com 10 6 M de histamina (CE50 = 7,6 ± 0,8; 7,2 ± 1,3 e 6,8 ± 0,6 µg/mL, respectivamente). Como o passo comum na via de sinalização destes agentes contráteis são os canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV), hipotetizou-se que de alguma forma o óleo estaria impedindo o influxo de Ca2+ através destes canais. Visto que provavelmente os componentes majoritários são os marcadores biológicos para esta espécie, avaliou-se o efeito dos mesmos sobre a contração tônica induzida por 40 mM de KCl. Observou-se que o timol, o carvacrol e a mistura timol/carvacrol relaxaram o órgão de maneira significante e dependente de concentração (CE50 = 5,1 ± 1,1; 11,5 ± 1 e 5,1 ± 1,1 µg/mL, respectivamente), sendo o carvacrol o menos potente entre os três, os quais se mostraram equipotentes ao óleo LM OE. Para confirmar a hipótese da participação dos CaV no mecanismo espasmolítico do óleo LM OE, foram feitas curvas concentrações resposta cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+ na ausência (controle) e na presença do óleo LM-OE, o qual antagonizou essas contrações, além de relaxar o órgão pré contraído com S ( )-Bay K 8644 (CE50 = 8,5 ± 1,5 µg/mL), agonista seletivo dos CaV1, confirmando assim que o subtipo de CaV envolvido é o CaV1. O fato do CsCl, um bloqueador não seletivo dos canais de K+, não ter alterado a potência relaxante do óleo LM OE no íleo pré contraído com 10-5 M de CCh, descarta a hipótese da modulação positiva desses canais, o que levaria a um bloqueio indireto dos CaV. Em experimentos utilizando a camada circular do íleo de cobaia, o óleo antagonizou as contrações fásicas induzidas por 10-6 M de CCh (CI50 = 30,1 ± 1,5 µg/mL), o que sugere uma possível inibição da sinalização intracelular de Ca2+ para exercer seu efeito espasmolítico. A viabilidade das células musculares lisas da camada longitudinal foi avaliada na ausência e na presença de 81 µg/mL do óleo LM OE, não havendo morte celular no período 2 h de contato das células com o óleo LM OE. Na presença do óleo LM OE, a intensidade de fluorescência em miócitos intestinais de cobaia estimulados por histamina foi reduzida em consequência da redução da [Ca2+]c. Em conclusão, o óleo LM OE age por impedir o influxo de cálcio através dos CaV1, por possivelmente inibir a sinalização intracelular de Ca2+ e redução da concentração citosólica desse íon, para promover seu efeito espasmolítico em íleo isolado de cobaia.
  • ANNE DAYSE SOARES DA SILVA
  • FLAVONOIDES DE Zornia brasiliensis E ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DA 7-METOXIFLAVONA
  • Data: 30/01/2013
  • Hora: 08:00
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  • Zornia possui cerca de 75 espécies no mundo, com 41 representantes na América, 16 na África, 13 na Oceania e 7 na Ásia (MOHLENDROCK 1961), e é o segundo representante mais numeroso do clado Adesmia. No Brasil o gênero Zornia ocorre desde a região amazônica até os “pampas” no Rio Grande do Sul. A espécie Zornia brasiliensis é conhecida popularmente como “urinária”, “urinana” e “carrapicho” é relatada por sua utilização na medicina popular como diurética. Ocorre em vários estados do Brasil, sendo abundante no Nordeste do Brasil ocorrendo nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. Neste trabalho descrevemos o isolamento e elucidação estrutural de flavonoides cumarinas, chalconas e pterocarpanos das partes aéreas de Zonia brasiliensis. Para isso o matéria vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamentos dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada pelos métodos espectroscópicos de Infravermelho, Massas e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais bem como por comparações com modelos da literatura. Das fases diclorometano e acetato de etila obtiveram-se seis compostos: duas flavonas, uma chalcona e um pterocarpano, todas isoladas pela primeira vez na espécie. Além disto este trabalho avaliou a atividade antinociceptiva da 7-metoxiflavona isolada no presente trabalho. Desta forma, os resultados obtidos contribuíram para a ampliação do conhecimento quimiotaxonômico do gênero Zornia e da atividade antinociceptiva de uma flavona até então ainda não estudada.

  • WALERIA PEREIRA VIANA
  • Atividade antifúngica do óleo essencial de Origanum vulgare Linneus (Orégano) sobre fungos oportunistas do gênero Fusarium
  • Data: 18/01/2013
  • Hora: 14:00
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  • As espécies de Fusarium têm emergido como um dos grupos clinicamente mais importantes de fungos filamentosos, causando infecções localizadas e invasivas com alta morbidade e mortalidade em pacientes imunocomprometidos. Devido à crescente relevância clínica dos fungos do gênero Fusarium e porque as propriedades antimicrobianas de óleos essenciais são conhecidas há muitos séculos, este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia dos óleos essenciais na inibição do crescimento de Fusarium solani e Fusarium oxysporum. Neste estudo, os seguintes métodos foram utilizados: triagem microbiológica; determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM); cinética de morte microbiana; inibição da germinação de conídios e avaliação de alterações morfológicas. A análise da composição química do óleo foi realizada por cromatografia a gás acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). Dentre os sete óleos essenciais testados, os óleos essenciais de Ocimum gratissimum e de Origanum vulgare exibiram potente atividade antifúngica, produzindo grandes zonas de inibição de crescimento, com o diâmetro médio de 29 e 42 mm, respectivamente. A análise fitoquímica do O. vulgare mostrou que os principais constituintes do óleo essencial são carvacrol (67,97%), p-cimeno (11,67%), -terpinemo (7,92%), timol (7,84%) e linalol (3,44%). O óleo essencial de O. vulgare teve um efeito inibidor significativo sobre o crescimento de todos os fungos ensaiados. Os valores de CIM foram de 128 e 256 μg/mL, enquanto os valores de CFM variaram de 256 a valores acima de 1.024 μg/mL, para o óleo essencial de O. vulgare. O óleo essencial de O. vulgare a 128, 256, 512 e 1.024 μg/mL impediu fortemente o crescimento micelial. Nestas mesmas concentrações, o óleo foi eficaz na inibição da germinação de conídios de ambas as espécies. A determinação do efeito do óleo essencial sobre a morfogênese de cepas de Fusarium demonstrou que o óleo essencial foi capaz de causar redução da conidiação, perda de citoplasma (hifas vazias) e desenvolvimento distorcidos das hifas. Diante disso, conclui-se que o óleo essencial de O. vulgare mostrou uma forte atividade inibidora contra espécies de Fusarium e pode ser considerado como um potencial produto com propriedades antifúngicas, especialmente para o tratamento de micoses causadas por Fusarium spp.
2012
Descrição
  • NEYRES ZINIA TAVEIRA DE JESUS
  • Avaliação da Atividade Antiulcerogênia do Extrato Etanólico Bruto e da Fase Hexânica de Hyptis suaveolens (L) Poi (Maminaceae) em Modelos Animais
  • Data: 07/12/2012
  • Hora: 08:00
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  • Hyptis suaveolens (Lamiaceae), conhecida como “alfazema brava”, “tapera velha”, “erva canudo”, “cheirosa” e “alfavacão”, é utilizada na medicina tradicional no tratamento de problemas gástricos, inflamações e infecções. Estudos farmacológicos foram realizados com Hyptis suaveolens e demonstraram sua atividade antinociceptiva, cicatrizante, anti-inflamatória e antioxidante entre outras. O objetivo deste estudo foi realizar ensaios farmacológicos relacionados à gastroproteção, cicatrização e toxicidade de Hyptis suaveolens, na perspectiva de validar a sua eficácia e segurança e corroborar aos dados já existentes. Para isso foi realizada uma triagem comportamental e ensaio da toxicidade aguda do extrato etanólico - EEtOH-Hs e fase hexânica- FaHex-Hs (2.000 mg/kg), v.o, em camundongos, bem como foram avaliados os efeitos farmacológicos frente à atividade gastroprotetora do EEtOH-Hs e da FaHex-Hs. Foi realizada inicialmente uma triagem farmacológica utilizando o EEtOH-Hs, FaHex-Hs , fase diclorometânica- FaDCM-Hs e fase acetato de etila- FaAE-Hs por meio do modelo de indução de úlceras gástricas pelo etanol acidificado. Foram realizados ensaios de indução de úlceras agudas pelo etanol, AINES (piroxicam), estresse por imobilização e frio nas doses 62,5, 125, 250 e 500 mg/kg (v.o), contensão do suco gástrico por ligadura do piloro (i.d) e isquemia-reperfusão (250 mg/kg). Para avaliar a propriedade cicatrizante do EEtOH-Hs e FaHex-Hs, foi realizado o ensaio de indução de úlceras por ácido acético, assim como foi realizada a avaliação da toxicidade do EEtOH-Hs e FaHex-Hs por doses repetidas durante 14 dias no modelo de ácido acético. Foi realizada a investigação do efeito antimicrobiano contra a bactéria Helicobacter pylori pelo método de difusão em ágar. Os parâmetros do suco gástrico foram avaliados no ensaio de contensão do suco gástrico por ligadura do piloro. Em seguida, foram investigadas as participações do muco, grupamentos sulfidrilas, NO e prostaglandinas na gastroproteção do EEtOH-Hs e FaHex-Hs e determinação dos parâmetros antioxidantes endógenos por meio da determinação dos níveis de lipoperoxidação (LPO) e atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) na mucosa gástrica, após a indução de úlceras por isquemia- reperfusão. A administração oral do EEtOH-Hs (2.000 mg/kg), provocou hiperatividade nos animais, mais pronunciadas nas fêmeas, entretanto, não causou morte nos animais, não tendo sido possível determinar a DL 50. Neste ensaio, nenhum sinal de toxicidade foi evidenciado nos animais tratados com a FaHex-Hs. Na triagem farmacológica, o EEtOH-Hs, bem como todas as fases testadas (FaHex-Hs, FaDCM-Hs, FaAE-Hs) promoveram inibição significativa do índice de lesão ulcerativa - ILU no modelo de indução por etanol acidificado, sendo que a FaHex-Hs foi a mais efetiva. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs, reduziram significativamente o ILU nos modelos de úlceras gástricas induzidas por todos os agentes lesivos. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs não alteraram os parâmetros do suco gástrico. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs não alteraram os níveis de muco da mucosa gástrica, entretanto foram observadas alterações na área de lesão ulcerativa - ALU mediante a utilização do bloqueador de grupamentos sulfidrilas, inibição da peroxidação lipídica e aumento da atividade da superóxido dismutase da mucosa gástrica. Portanto, o efeito antiiulcerogênico do EEtOH-Hs e a FaHex-Hs pode envolver mecanismos antioxidantes e estar relacionado à presença de terpenos, alcaloides, flavonoides e taninos nas amostras vegetais.

  • DIOGO VILAR DA FONSECA
  • ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DO SESQUITERPENO NEROLIDOL EM CAMUNDONGOS
  • Data: 06/12/2012
  • Hora: 14:00
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  • O nerolidol, sesquiterpeno acíclico encontrado como constituinte majoritário em vários óleos essências, apresenta atividade antineoplásica, antimicrobiana e leishmanicida, porém sua ação em processos dolorosos nunca foi estudada. Este trabalho visa investigar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do nerolidol em modelos experimentais de dor em camundongos. Na triagem farmacológica comportamental, as diferentes doses testadas do nerolidol apresentaram alterações comportamentais psicodepressoras, tais como ambulação diminuída e analgesia. A DL50 não pôde ser determinada, uma vez que não se observaram mortes até a dose máxima de 2000 mg/kg. A coordenação motora, avaliada no teste do rota-rod, não foi alterada nos animais tratados com nerolidol em nenhuma das doses. Em seguida, metodologias para avaliar a atividade antinociceptiva foram realizadas. O nerolidol reduziu o número de contorções abdominais induzidas por ácido acético quando comparado ao grupo controle nas três doses testadas.  No teste da formalina, foi capaz de inibir o tempo de lambida tanto na primeira fase (0-5min) quanto na segunda fase (15-30 min). No teste da placa quente, o nerolidol não alterou a latência em nenhum dos tempos observados. O mecanismo de ação da propriedade antinociceptiva do nerolidol foi avaliado através do teste da formalina. A antinocicepção produzida pelo nerolidol foi significativamente bloqueado em animais pré-tratados com bicuculina (1 mg/kg, i.p.), indicando o envolvimento do sistema GABAérgico. Contudo, o efeito antinociceptivo do nerolidol não foi revertido pela naloxona (antagonista não seletivo dos receptores opioides, 5 mg/kg, s.c.) e glibenclamida (bloqueador dos canais de K­­+ATP, 10 mg/kg, i.p.), sugerindo que o nerolidol não atua por esses mecanismos. O tratamento com o nerolidol foi capaz de reduzir o edema de pata induzido por carragenina. No modelo da peritonite induzida por carragenina, o nerolidol diminuiu o influxo de leucócitos e também os níveis de TNF-α no lavado peritoneal. Sendo assim, esses resultados mostram que o nerolidol tem atividade antinociceptiva com possível participação do sistema GABAérgico Além disso, o nerolidol possui atividade anti-inflamatória que pode ser atribuída a inibição da produção da citocina pró-inflamatória TNF-α.

  • CAMILLA PINHEIRO DE MENEZES
  • Atividade antifúngica in vitro do óleo essencial de Melissa officinalis L. (erva-cidreira) sobre Cladosporium carrionii.
  • Data: 19/11/2012
  • Hora: 14:00
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  • Os fungos do gênero Cladosporium são considerados contaminantes ambientais, sendo encontrados em diversos ambientes. Sua relação com a saúde humana está relacionada com quadros de patologias oportunistas quando do desenvolvimento de severa imunossupressão. O aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e a sua toxicidade levam a busca por novos antifúngicos, mais eficazes e menos tóxicos. Neste contexto, este estudo teve como objetivo identificar os componentes do óleo essencial de M. officinalis e investigar sua atividade antifúngica, in vitro, sobre cepas de Cladosporium carrionii. A análise da composição química do óleo foi realizada por cromatografia a gás acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). Os ensaios da atividade antifúngica foram realizados por meio da triagem microbiológica pela técnica de difusão em meio sólido; determinação da concentração inibitória mínima (CIM) pela técnica de microdiluição; concentração fungicida mínima (CFM); medida do crescimento radial em diferentes intervalos de tempo; inibição da germinação de conídios e avaliação das alterações morfológicas. Os resultados da CG-EM mostraram 4 componentes, sendo o geranial (52 %) o constituinte majoritário. Nos ensaios de atividade antifúngica, o óleo essencial de M. officinalis inibiu o crescimento de 100 % das cepas de C. carrionii ensaiadas, tendo sua CIM e CFM estabelecidas em 256 μg/mL, induziu inibição do crescimento micelial radial a partir da concentração de 128 μg/mL (CIM/2) e inibição significante da germinação de conídios, em todas as concentrações testadas, quando comparados ao controle (p<0,05). Além disso, alterações morfológicas como diminuição da conidiação e alterações estruturais nas hifas foram observadas nas cepas ensaiadas, após a exposição ao óleo nas concentrações CIM/2, CIM e CIMX2. Diante do exposto, conclui-se que o óleo essencial de M. officinalis apresenta importante atividade antifúngica contra cepas de C. carrionii, representando uma nova possibilidade no arsenal de produtos para terapêutica das micoses causadas por Cladosporium carrionii

  • HELOISA MARA BATISTA FERNANDES
  • Constituintes Químicos e Avaliação de Atividades Biológicas de Croton polyandrus Spreng. (Euphorbiaceae)
  • Data: 19/11/2012
  • Hora: 09:00
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  • A família Euphorbiaceae é a sexta maior família de vegetais do mundo representada por 300 gêneros e 7500 espécies. Dentre os inúmeros gêneros que compõe esta família, o gênero Croton se destaca como o segundo maior, com cerca de 800 espécies, possuindo uma distribuição neotropical. Esse gênero tem sido um dos mais estudados, em grande parte devido aos compostos químicos promissores produzidos por este grupo. Visando contribuir para o estudo quimiotaxonômico da família Euphorbiaceae e do gênero Croton, o extrato de C. polyandrus foi submetido a um estudo fitoquímico para isolar seus constituintes químicos, através de métodos cromatográficos usuais, e depois para identificá-los por meio de métodos espectroscópicos, tais como Infravermelho, RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectométricos, tais como espectometria de massas, além de comparação com dados da literatura. O estudo químico das partes aéreas e raiz de C. polyandrus resultou na identificação de nove substâncias: Óxido de β-cariofileno; β-Sitosterol; Feofitina A; Carvacrol; 5-β-hidroxi-2-oxo-p-ment-6(1)-eno; 3-metoxi-4-hidroxi-benzaldeído; 1,2,3,4-tetrahidroxi-p-mentano; Sitosterol-3-O-β-D-glicopiranosídeo; Sacarose, sendo as nove relatadas pela primeira vez na espécie. A composição química do óleo essencial apresentou trinta e três componentes, dentre os quais, p-cymene (12.4%), mostrou-se com composto majoritário. O óleo essencial de C. polyandrus foi testado para a toxicidade contra cepas de bactérias gram positivas e gram negativas, cepas de fungos do gênero Candida, e linhagens de células tumorais. O óleo essencial de C. polyandrus testado não mostrou qualquer atividade antibacteriana, no entanto, apresentou uma considerável atividade antifúngica e efeito citotóxico para todas as linhagens celulares na maior concentração do óleo testada, não apresentou efeito citostático.

  • LEONIDAS DAS GRACAS MENDES JUNIOR
  • RUTINA, UM FLAVONOIDE ANTIOXIDANTE, REESTABELECE A SENSIBILIDADE DO BARORREFLEXO E A REATIVIDADE VASCULAR PREJUDICADAS EM RATOS COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
  • Data: 19/11/2012
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensão arterial é um dos principais desafios em termos de saúde pública em todo planeta. Sua patogênese envolve o aumento do estresse oxidativo e entra suas características estão alterações sobre os mecanismos de controle da pressão arterial, como o barorreflexo e a reatividade vascular. A Rutina é um flavonoide glicosídico pertencente ao grupo flavonol com ações antioxidantes. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da rutina sobre a sensibilidade do barorreflexo, a reatividade vascular e o estresse oxidativo em ratos hipertensos (2R1C). Um clipe de prata (diâmetro interno = 0,2mm) foi implantado na artéria renal direita para indução da hipertensão (seis semanas). Os animais receberam por gavagem rutina (20 ou 40 mg/kg/dia, uma semana) ou salina. Cateteres foram implantados na aorta abdominal e veia cava caudal para o registro dos parâmetros cardiovasculares e administração de drogas, respectivamente. Fenilefrina (8 μg/kg, i.v.) e nitroprussiato de sódio (25 μg/kg, i.v.) foram administrados para avaliar o componente parassimpático e simpático do barorreflexo. Anéis de artéria mesentérica cranial foram colocados em cubas para órgãos isolados, contendo solução de Tyrode a 37ºC e aerados com uma mistura carbogênica (95% de O2 e 5% de CO2), sob tensão constante de 0,75 g. A peroxidação lipídica foi mensurada pela técnica de TBARS. O grupo 2R1C apresentou aumento na pressão arterial média em comparação ao grupo Sham (174 ± 6 vs. 125 ± 1 mmHg; n = 8; p < 0,05). Os animais hipertensos apresentaram diminuição na sensibilidade do barorreflexo em relação aos animais normotensos (-2,77 ± 0,14 vs. -1,53 ± 0,27 bpm.mmHg−1; n = 8; p < 0.05). Quanto a reatividade vascular, animais hipertensos apresentaram aumento nas respostas à FEN e diminuição nas respostas ao NPS e ACh. Após o tratamento com rutina 20 mg/kg/dia, os animais hipertensos obtiveram discretas melhoras nos parâmetros avaliados. Já o tratamento com rutina 40 mg/kg/dia restaurou tanto sensibilidade do barorreflexo quanto reatividade vascular outrora prejudicadas. O teste do TBARS demonstrou significativa atenuação na peroxidação lipídica dos animais com hipertensão renovascular. Estes dados sugerem que a suplementação de rutina melhora a sensibilidade do barorreflexo e a reatividade vascular comprometida em animais com hipertensão renovascular, provavelmente esse efeito é induzido pela diminuição do estresse oxidativo.
  • MATEUS FEITOSA ALVES
  • Avaliação psicofarmacológica e toxicológica do R-(+)-limoneno por via inalatória em modelos de animais
  • Data: 19/11/2012
  • Hora: 09:00
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  • As plantas medicinais são largamente utilizadas pelo homem no tratamento dos seus males desde os primórdios da civilização. Entre as mais diversas espécies vegetais algumas têm despertado interesse dos pesquisadores, como é o caso das “Plantas Aromáticas” cuja atividade tem sido atribuída aos óleos essenciais. O R-(+)-limoneno é um monoterpeno encontrado em várias espécies de plantas aromáticas. Estudos demonstraram que esse composto apresenta atividades farmacológicas (ansiolítica, gastroprotetora, antitumorais) possuindo um baixo perfil de toxicidade. O presente estudo tem como objetivo investigar o efeito ansiolítico e a toxicidade por via inalatória. Para tanto, uma caixa de inalação foi padronizada afim de obter valores de concentrações ideais para aplicação da substância. Após, foi avaliado a atividade ansiolítica do R-(+)-limoneno no labirinto em cruz elevado (LCE). Resultados mostraram que a substancia não possui efeitos ansiolíticas para as concentrações e tempos determinados. Em seguida, os animais foram expostos a uma exposição diária (30 dias) à substância sendo avaliados a atividade psicofarmacológica, através do LCE, e a toxicidade, através de exames bioquímicos e hematológicos. Os resultados do LCE mostraram uma característica ansiogênica possivelmente relacionada à irritação que o limoneno causa nas vias olfatórias. Nos exames hematológicos houve uma diminuição no eritrócitos e hematócrito devido a hemólise causada por uso contínuo de R-(+)-limoneno por via inalatória. Os valores elevados de VCM, HCM e CHCM sugerem alterações no metabolismo no hipocampo antagonizando o efeito ansiolítico da substância em estudo. Nos exames bioquímicos houve um aumento na glicemia, creatinina, AST e lacato desidrogenase. O aumento da AST é sugestivo de anemia hemolítica; já o aumento do lactato desidrogenase é sugestivo para deficiência de folatos ou vitamina B12. Portanto, o R-(+)-limoneno em exposição prolongada se apresentou com características tóxicas em uma concentração de 5%.

  • RODRIGO SANTOS AQUINO DE ARAUJO
  • Avaliação das Atividades Antifúngica e Antibacteriana de Derivados Semi-sintéticos de Cumarinas
  • Data: 19/11/2012
  • Hora: 09:00
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  • Cumarinas são um dos principais grupos de metabólitos secundários presente em organismos vegetais, responsável pela defesa desses organismos contra eventos de estresse bióticos e abióticos. Tem sido obtidas, também, na literatura, em muitos estudos sintéticos, sendo responsáveis por diversas propriedades farmacológicas. A urgência da necessidade no desenvolvimento de novas drogas mais eficientes e menos tóxicas no tratamento de infecções fúngicas e bacterianas tem despertado interesse na química de compostos bioativos, como descrito nesse estudo. Vários derivados cumarínicos foram sintetizados a partir de reações de alquilação, acetilação e nitração e foram utilizados, juntamente com algumas cumarinas comerciais, em avaliações biológicas. Compostos foram avaliados segundo suas propriedades antifúngicas contra cepas de duas espécies de Aspergillus (A. fumigatus e A. flavus) e nos permitiram traçar um perfil de relação estrutura-atividade (SAR), perfis esses que foram confirmados através de estudos de modelagem molecular e cálculos de superfície molecular. Espécies de Staphylococcus aureus (padrão e resistentes a antibióticos) também tiveram suas sensibilidades a compostos cumarínicos avaliadas. Esses demonstraram de fraca a nenhuma atividade em testes in vitro, porém, alguns dos compostos mostraram atividades moduladoras, juntamente com antibióticos, de destaque para algumas dessas cepas, atingindo sensibilidade de cepas que se mostram resistentes em testes apenas com antibióticos. Estudos computacionais de modelagem molecular e cálculo de superfície eletrônica também se mostraram importantes para confirmação de características essenciais para efetiva atividade antibacteriana modulatória. Esses dados permitiram direcionamento para continuação desses estudos, a partir do possível desenvolvimento de novas moléculas que possam melhorar esses resultados.

  • MATHEUS MORAIS DE OLIVEIRA MONTEIRO
  • A Quercetina Melhora a Sensibilidade do Barorreflexo em Ratos Espontaneamente Hipertensos
  • Data: 13/11/2012
  • Hora: 09:00
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  • A quercetina é um flavonóide bastante estudado devido suas atividades antioxidantes. Este trabalho buscou investigar os efeitos do tratamento com quercetina na pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC) e sensibilidade do barorreflexo em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Os ratos SHR e seus controles, ratos da linhagem Wistar-Kyoto (WKY), foram tratados oralmente com quercetina (2, 10 e 25 mg/kg/dia) ou salina por sete dias. No oitavo dia, a PAM e a FC foram registradas e a sensibilidade do barorreflexo foi testada por meio da administração de fenilefrina (8 mg/kg, i. v.) e nitroprussiato de sódio (25 mg/kg, i. v.). O estresse oxidativo foi mensurado via peroxidação lipídica pela técnica das espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico. As doses de 10 (n = 8) e 25 mg/kg (n = 8) foram capazes de diminuir a PAM dos ratos SHR (n = 9) (163 ± 4 e 154 ± 5 vs. 173 ± 6, respectivamente, p < 0,05) mas não dos ratos WKY (117 ± 1 e 118 ± 2 vs. 113 ± 1, respectivamente, p < 0,05). A dose de 25 mg/kg/dia aumentou a sensibilidade do componente parassimpático do barorreflexo (2,47 ± 0,31 vs. 1,25 ± 0,8 bpm/mmHg) e diminuiu o estresse oxidativo sérico nos ratos SHR (2,04 ± 0,17 vs. 3,22 ± 0,37 nmol/ml, n = 6). Estes dados sugerem que o tratamento com quercetina reduz a hipertensão e melhora a sensibilidade do barorreflexo nos ratos SHR via redução do estresse oxidativo.

  • MARIA ANGELICA SATYRO GOMES
  • EFEITO DA FRAÇÃO AQUOSA DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE Cissampelos sympodialis Eichl. E MILONINA SOBRE A FUNÇÃO ERÉTIL DE RATOS
  • Data: 19/10/2012
  • Hora: 08:30
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  • Os efeitos da fração aquosa do extrato etanólico das folhas de Cissampelos sympodialis Eichl. na função erétil de ratos foram estudados utilizando abordagens in vivo e in vitro. A FAFCS causou relaxamento do corpo cavernoso isolado de rato pré-contraído com fenilefrina de maneira dependente de concentração (Log CE50 = 2,535 ± 0,062; Emáx = 93,404 ± 6,730%, n = 5), efeito que não foi atenuado na presença de L-NAME (Log CE50 = 2,583 ± 0,057; Emáx = 79,917 ± 3,085%; n = 4) e tetrodotoxina (Log CE50 = 2,349 ± 0,091; Emáx = 85,583 ± 3,133%, n = 4), descartando a participação da NO-sintase e da descarga nitrérgica no efeito relaxante. O efeito máximo foi significantemente reduzido na presença de ODQ (Log CE50 = 2,480 ± 0,069; Emáx = 70,973 ± 1,674%*, n = 3) e KT-5823 (Log CE50 = 1,904 ± 0,206*; Emáx = 53,046 ± 9,730%*, n = 5), o que sugere a participação da CGs e da PKG nesse efeito. Na concentração de 3000 µg/mL, a FAFCS aumentou significantemente o conteúdo de GMPc no tecido cavernoso (38,5* ± 4,7, n = 4)  quando comparado ao grupo controle (16,9 ± 1,3, n = 4), sendo este efeito inibido na presença de ODQ (8,7 ± 0,5, n = 4), o que confirma a participação do GMPc no efeito relaxante da fração. A FAFCS causou relaxamento do corpo cavernoso isolado de rato pré-contraído com solução despolarizante de potássio 120 mM (Log CE50 = 1,011 ± 0,129*; Emáx = 59,068 ± 6,567%*), sendo esta significantemente menor em relação às preparações pré-contraídas com fenilefrina, sugerindo a inibição dos canais para cálcio dependentes de voltagem como mecanismo adicional de relaxamento. Foram realizados experimentos em que o modelo de diabetes induzido por estreptozotocina foi utilizado para a indução da disfunção erétil. Nessa abordagem, os animais foram divididos em cinco grupos sendo um grupo controle e quatro diabéticos. Dentre os diabéticos, dois grupos receberam tratamento com a FAFCS nas doses de 50 ou 100 mg/kg e um grupo recebeu sildenafila na dose de 1,5 mg/kg diariamente durante 24 dias. Os animais injetados com STZ tiveram um aumento significante da glicemia e redução do ganho ponderal (367,9 ± 27,7 mg/dL e 309,0 ± 19,0 g, respectivamente, n = 6) quando comparados ao grupo controle (100,0 ± 2,1 mg/dL e 547,9 ± 19,1g, respectivamente, n = 7) que não foram revertidos pelos tratamentos. Após esse período foram feitos testes in vivo e in vitro. O diabetes causou uma redução significante da relação ICP/MAP, característica de DE, (0,43 ± 0,09*, n = 4; 16 Hz) quando comparados ao controle (0,72 ± 0,03, n = 7; 16 Hz). Essa relação foi significante aumentada nos grupos tratados com a FAFCS 50 mg/kg (0,67 ± 0,05#, n = 5; 16 Hz), 100 mg/kg (0,62 ± 0,06#, n = 8; 16 Hz) e com a sildenafila (0,62 ± 0,07#, n = 6; 16 Hz) o que indica que são úteis para impedir o desenvolvimento da DE nesse modelo experimental. O relaxamento causado pela FAFCS no corpo cavernoso isolado dos ratos diabéticos foi significantemente reduzido (Emáx = 34,57 ± 11,45%, n = 4)  em relação ao controle (Emáx = 65,01 ± 3,04*%, n = 4). Os tratamentos com a FAFCS na dose de 50 mg/kg (Emáx = 49,57 ± 7,36%, n = 4), 100 mg/kg Emáx = 54,33 ± 5,49%, n = 5) e com sildenafila (Emáx = 48,87 ± 7,69%, n = 3)  foram capazes de impedir parcialmente a redução desse efeito. A responsividade do tecido cavernoso à fenilefrina foi significantemente aumentada (Emáx = 469,9 ± 38,1 mN/g, n = 4) em relação ao controle (Emáx = 288,0 ± 38,1 mN/g, n = 6) e esse efeito não foi atenuado em qualquer dos grupos tratados. A resposta contrátil ao estímulo elétrico foi significantemente maior no grupo STZ (1102,6 ± 114,1*, n = 4; 16 Hz) em relação ao controle (661,9 ± 50,0, n = 6; 16 Hz). Os diferentes tratamentos não atenuaram esse efeito. O relaxamento nitrérgico não foi alterado no grupo STZ bem como nos grupos tratados. A resposta relaxante para o NPS foi significantemente menor nos animais STZ (pD2 = 5,91 ± 0,19; Emáx = 74,53 ± 6,91%*, n = 4) em relação ao controle (pD2 = 5,70 ± 0,07; Emáx = 93,89 ± 3,88%, n = 7). Os diferentes tratamentos não melhoraram esse relaxamento. Foi estudado também o efeito da milonina, alcaloide 8,14-di-hidromorphinandienona isolado da fração aquosa do extrato etanólico das folhas de Cissampelos sympodilais, o qual apresentou efeito relaxante do corpo cavernoso isolado de rato pré-contraído com fenilefrina de maneira dependente de concentração (pD2 = 5,45 ± 0,15; Emáx = 80,33 ± 7,3%; n = 7). O relaxamento não foi alterado na presença de L-NAME (pD2 = 4,62 ± 0,19*; Emáx = 92,02 ± 3,01%; n = 6)  e carboxi-PTIO (pD2 = 5,54 ± 0,29; Emáx = 67,25 ± 6,03%; n = 4), descartando a participação da NOS na resposta relaxante. A curva de relaxamento foi significantemente deslocada para a direita na presença de ODQ (pD2 = 4,09 ± 0,16*; Emáx = 68,38 ± 8,27%; n = 6), sugerindo a participação de CGs no efeito relaxante da milonina no tecido cavernoso. O relaxamento não foi alterado na presença de TEA, 3mM (pD2 = 5,24 ± 0,34; Emáx = 86,67 ± 6,90%; n = 5), descartando a participação dos canais para potássio no efeito relaxante do alcaloide. Esses resultados sugerem que a milonina é, ao menos em parte, responsável pelo efeito da FAFCS no corpo cavernoso isolado de rato. Como conclusão a FAFCS causa relaxamento do corpo cavernoso isolado de rato pela via CGs- GMPc-PKG e por inibir os canais para cálcio, além disso, melhorou a função erétil dos animais com diabetes induzida por STZ. Os efeitos da FAFCS podem ser explicados em parte pela presença da milonina, que causou relaxamento mediado pela CGs.

  • SEVERINO ANTONIO DE LIMA NETO
  • PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO ANALÍTICA DE DISPERSÕES SÓLIDAS CRISTALINAS DE GLIBENCLAMIDA, OBTIDAS ATRAVÉS DE SECAGEM POR ASPERSÃO
  • Data: 31/08/2012
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho descreve a preparação e caracterização por diversas técnicas analíticas, de dispersões sólidas cristalinas de glibenclamida (GB) com lauril sulfato de sódio (LSS), polivinilpirrolidona (PVP K30) e polietileno glicóis (PEG1500 e PEG6000). A cristalinidade do fármaco nas dispersões sólidas com LSS preparadas utilizando-se secagem por aspersão ou evaporação rotatória foi medida utilizando difração de raios-X de pó e diminuiu a cristalinidade em apenas 1,9% e 4,2% respectivamente, em comparação com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA). A preparação de dispersões sólidas, tanto com LSS quanto com PVP K30, utilizando secagem por aspersão pelo método de adsorção de superfície resultou em aumento de dissolução da GB (99,9 ± 1,0% e 69,9 ± 9,3% aos 60 minutos, respectivamente), em comparação com o IFA (16,9 ± 6,2% aos 60 minutos). Os dados de análise térmica demonstram que não houve alteração significativa da temperatura do pico de fusão da GB nas dispersões sólidas com LSS e PVP K30 preparadas por secagem por aspersão em relação à temperatura observada para o IFA ou para as misturas físicas, o que corrobora que a GB não sofreu amorfização nas dispersões sólidas. A análise por espectroscopia no infravermelho também corroborou a ausência de amorfização da GB, uma vez que os espectros das dispersões sólidas de GB (tanto com LSS quanto com PVP K30) preparadas por secagem por aspersão mantiveram a banda de estiramento característico do grupo N-H amida, que se sabe ser completamente suprimida no espectro descrito na literatura para a GB amorfa. As dispersões obtidas por secagem por aspersão apresentam partículas circulares, mais uniformes e com maior dispersão do carreador hidrofílico (LSS) do que as dispersões preparadas por evaporação sob pressão reduzida, o que talvez explique as diferenças observadas no perfil de dissolução. As dispersões sólidas de GB com PEG1500 e 6000 também demonstraram que a GB manteve sua cristalinidade, mas os dados de análise térmica mostram a formação de uma mistura eutética nestas dispersões sólidas, o que é confirmado por dados da literatura. Tomados em conjunto, nossos resultados demonstram que as dispersões sólidas de GB aqui descritas resultaram em aumento de dissolução do fármaco sem evidência de amorfização significativa

  • FILLIPE DE OLIVEIRA PEREIRA
  • Investigação do mecanismo da atividade antifúngica de monoterpenos frente a cepas de Trichophyton rubrum
  • Data: 31/08/2012
  • Hora: 08:00
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  • Trichophyton rubrum é o principal agente responsável por quadros crônicos de dermatofitoses em unhas, nos pés, nas mãos, no tronco, pescoço e couro cabeludo, com altos índices de resistência aos antifúngicos. A importância clínica e epidemiológica dispensada às dermatofitoses impulsionam estudos que visam à descoberta de novos agentes antifúngicos. Neste contexto, grande atenção vem sendo dada aos produtos oriundos de plantas aromáticas, especialmente os óleos essenciais e seus componentes. Entre estes, os monoterpenos se destacam por possuírem amplo reconhecimento do seu poder antimicrobiano. Por isso, foi investigada a atividade antifúngica dos monoterpenos citronelal, geraniol e citronelol frente a 14 cepas de T. rubrum. Para tal, foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) de cada produto, como também os seus efeitos sobre o crescimento micelial (massa seca), a viabilidade (LogUFC/mL), a germinação de conídios e a morfogênese de T. rubrum. A ação dos produtos sobre a parede celular fúngica (ensaio com sorbitol) e sobre a membrana plasmática fúngica (perda de material citoplasmático, complexação com ergosterol e síntese de ergosterol) também foi investigada. Além disso, foi analisada a interferência sobre a infectividade de T. rubrum (infecção in vitro em unhas). Entre os monoterpenos testados, geraniol e citronelol foram os mais potentes, pois apresentaram menores valores de CIM. Ensaios foram realizados com geraniol (CIM = 32 µg/mL e CIMx2 = 64 µg/mL) e citronelol (CIM = 128 µg/mL e CIMx2 = 256 µg/mL), nos quais eles inibiram significativamente o desenvolvimento micelial e a germinação dos conídios. Os monoterpenos apresentaram efeito fungicida e provocaram alterações na morfogênese formando hifas largas, curtas e tortuosas nas cepas ATCC1683 e LM422. Com sorbitol, os valores de CIM desses monoterpenos aumentaram frente à cepa ATCC1683, sugerindo ação sobre a parede celular fúngica. Os resultados dos ensaios sobre a membrana plasmática mostraram que geraniol e citronelol provocaram liberação de material intracelular, formaram complexos com o ergosterol e diminuíram o conteúdo de ergosterol. Diante dos resultados, sugere-se que o geraniol e citronelol atuam sobre a membrana de T. rubrum por um mecanismo que parece envolver a complexação com o ergosterol e inibição de sua biossíntese, afetando indiretamente a parede celular e ocasionando lise celular. Além do mais, geraniol e citronelol, na CIM e CIMx2, também inibiram a infecção de T. rubrum em fragmentos ungueais. Dessa maneira, os monoterpenos geraniol e citronelol se apresentam como promissores agentes antifúngicos, com potencial aplicabilidade no tratamento das dermatofitoses, em especial contra o agente T. rubrum.

  • MANUELA BARBOSA CORDEIRO
  • Aplicação da reação de Pictet-Spengler na síntese de alcaloides fenil tetrahidroisoquinolínicos inéditos
  • Data: 29/08/2012
  • Hora: 09:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O número de alcaloides que contém o esqueleto tetrahidroisoquinolínico 1-
    substituído é extenso e a impressionante versatilidade farmacológica desta
    classe desperta o interesse nos farmacologistas experimentais. Aplicando a
    consagrada reação de Pictet-Spengler obtivemos quatro alcaloides fenil
    tetrahidroisoquinolínicos dos quais três são inéditos. Dois deles obtidos com
    excelente rendimento (93,45%) em uma única etapa.

    Partindo-se de alilbenzenos que inicialmente passaram por uma isomerização
    seguida de oxidação via reação de Limieux-Johnson, foram obtidos os outros
    dois alcaloides com rendimento global de 50%.

    Em modelo experimental de inflamação aguda, a 1-(3-metoxi-4-hidroxifenil)-7-
    metoxi-1,2,3,4,-tetrahidroisoquinolina (MTHP) reduziu significativamente
    (p<0,05) a migração celular para a cavidade abdominal de camundongos bem
    como a liberação dos mediadores pró-inflamatórios (TNF-, IL-1 e IL-6) em
    uma dose cento e trinta e oito vezes menor que a dose de AAS administrada
    (200mg/Kg i.p.). MTHP provoca hipotensão em ratos normotensos não
    anestesiados, que pode ser atribuída à participação de derivados do endotélio,
    incluindo fatores de NO e metabolitos COX. Estes dados sugerem que MTHP
    tem efeitos anti-inflamatórios e hipotensores relacionados a diferentes
    mecanismos, e novos estudos são necessários para explorar seu potencial.

  • CLELIA DE ALENCAR XAVIER MOTA
  • Efeito Antinociceptivo e antiinflamatório do 2 – [(4-nitro – benzilideno) – amino] – 4,5,6,7 – tetraidro – benzo (b) tiofeno – 3 – carbonitrila (6CN10) em Camundongos
  • Data: 27/08/2012
  • Hora: 14:00
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  • Os compostos derivados do tiofeno se destacam por apresentar uma gama de atividades biológicas, sobretudo, analgésica e antiinflamatória. O presente estudo se propôs a investigar a atividade antinociceptiva, antiinflamatória e a toxicidade pré-clínica aguda do derivado tiofênico 6CN10. A triagem farmacológica comportamental dos animais tratados (250, 500 e 1000 mg/kg) demonstrou alterações, tais como, analgesia e redução da ambulação. Não houve morte dos animais, nem presença de sinais tóxicos. A partir da triagem farmacológica determinou-se a utilização de três doses (25, 50 e 100 mg/kg) para os demais estudos. Nos testes de rota rod e campo aberto, não foram observadas alterações na coordenação motora dos animais, descartando a possibilidade de um efeito miorelaxante. Por meio de modelos indutores de nocicepção, como os testes das contorções abdominais induzidas por ácido acético, da formalina e da placa quente, foi observado uma atividade antinociceptiva dose-dependente de 6CN10. Tal efeito não demonstrou associar-se à via opióide de analgesia central, uma vez que este derivado não produziu efeito significativo no teste da placa quente, e por não ter sido bloqueado pela naloxona, um antagonista opióide padrão. 6CN10 inibiu significativamente o tempo de lambedura da pata em ambas as fases do teste formalina, sobretudo na fase inflamatória, se fazendo necessário uma análise da atividade antiinflamatória do derivado. Para este fim, utilizou-se o modelo de peritonite induzida pela carragenina, onde houve inibição da migração de neutrófilos para a cavidade intraperitoneal dos animais tratados, demonstrando a atividade antiinflamatória do 6CN10. No estudo toxicológico agudo após tratamento com a dose de 1000 mg/kg de 6CN10, foi observado redução da ingestão de alimentos e peso corpóreo nas fêmeas tratadas. Os parâmetros hematológicos analisados permaneceram inalterados. O tratamento foi capaz de  elevar os níveis de ALT e AST, em ambos os sexos, corroborando com os achados histopatológicos que mostraram indícios de hepatotoxicidade. Os rins, coração e pulmões não apresentaram particularidades histológicas. Portanto, os resultados apresentados neste estudo evidenciaram um efeito promissor de 6CN10 como substância analgésica e antiinflamatória, contudo a sua segurança deve ser melhor investigada.

  • ALDEIDE DE OLIVEIRA BATISTA ROCHA
  • Avaliação do potencial tóxico do extrato hidroalcoólico de Pradosia huberi Ducke sobre o sistema reprodutor de ratas wistar e sua progênie
  • Data: 27/08/2012
  • Hora: 08:00
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  •  

    Pradosia huberi (Sapotaceae) é uma planta medicinal comumente encontrada
    na floresta amazônica e popularmente usada para o tratamento de gastrites e
    úlceras gástricas. Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade
    reprodutiva do extrato hidroalcoólico das cascas do caule de P. huberi em ratas
    Wistar, durante a pré e a pós-implantação. Assim como investigar os possíveis
    efeitos tóxicos sobre o desenvolvimento da progênie exposta in utero e na
    lactação. Para tanto, foram utilizadas 144 ratas Wistar distribuídas em quatro
    grupos a saber: o controle recebeu apenas água destilada, e os tratados
    (T1=1,22, T2=6,1 e T3=30,5 mg/kg) receberam, diariamente, por via oral o
    extrato hidroalcoólico de P. huberi em três doses crescentes. Para a avaliação
    da pré-implantação as ratas foram tratadas do 1º ao 7º dia de prenhez com
    posterior análise dos índices de gestação, perdas pré-implantação e
    reabsorções. Já para a avaliação da pós-implantação os animais foram
    tratados a partir do 8º dia de prenhez até a lactação, neste os seguintes índices
    foram investigados: gestação, parturição, viabilidade, razão sexual e perdas
    pós-implantação. Em ambos os protocolos experimentais utilizados – pré e pós-
    implantação – os animais foram sacrificados por anestesia com tiopental para
    análise macroscópica externa e subsequente registro dos pesos absoluto e
    relativo da hipófise, ovários e útero. A prole exposta ao extrato de P. huberi,
    durante a prenhez e a lactação foi avaliada quanto ao seu desenvolvimento
    geral, sexual e atividade motora e comportamental. Após seu sacrifício –
    mesmo procedimento usado em suas progenitoras foi reproduzido – sucedeu o
    registro de suas medidas corporais, pesos absolutos e relativos dos órgãos
    vitais, seguido de análise macroscópica. Após avaliação estatística, os
    resultados expressaram significância quanto ao aumento de perdas pré e pós-
    implantações, sendo acompanhados de aumento do número de reabsorções
    embrionárias. Houve comprometimento do desenvolvimento geral da progênie
    com significativo atraso para o surgimento dos pelos, do andar adulto e a
    abertura dos olhos. Em seguida, a avaliação do desenvolvimento sexual nos
    machos revelou aumento da concentração de espermatozoides anormais e
    alterações em sua morfologia. Conclui-se que o extrato hidroalcoólico de
    P.huberi interferiu negativamente sobre a fisiologia materna, comprometendo a
    capacidade reprodutiva nos períodos de pré e pós-implantação embrionária,
    bem como em diversas e variadas etapas do desenvolvimento da progênie.
    Sugerindo possível efeito tóxico sobre o sistema reprodutor de ratas Wistar.

    Pradosia huberi (Sapotaceae) é uma planta medicinal comumente encontradana floresta amazônica e popularmente usada para o tratamento de gastrites eúlceras gástricas. Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidadereprodutiva do extrato hidroalcoólico das cascas do caule de P. huberi em ratasWistar, durante a pré e a pós-implantação. Assim como investigar os possíveisefeitos tóxicos sobre o desenvolvimento da progênie exposta in utero e nalactação. Para tanto, foram utilizadas 144 ratas Wistar distribuídas em quatrogrupos a saber: o controle recebeu apenas água destilada, e os tratados(T1=1,22, T2=6,1 e T3=30,5 mg/kg) receberam, diariamente, por via oral oextrato hidroalcoólico de P. huberi em três doses crescentes. Para a avaliaçãoda pré-implantação as ratas foram tratadas do 1º ao 7º dia de prenhez composterior análise dos índices de gestação, perdas pré-implantação ereabsorções. Já para a avaliação da pós-implantação os animais foramtratados a partir do 8º dia de prenhez até a lactação, neste os seguintes índicesforam investigados: gestação, parturição, viabilidade, razão sexual e perdaspós-implantação. Em ambos os protocolos experimentais utilizados – pré e pós-implantação – os animais foram sacrificados por anestesia com tiopental paraanálise macroscópica externa e subsequente registro dos pesos absoluto erelativo da hipófise, ovários e útero. A prole exposta ao extrato de P. huberi,durante a prenhez e a lactação foi avaliada quanto ao seu desenvolvimentogeral, sexual e atividade motora e comportamental. Após seu sacrifício –mesmo procedimento usado em suas progenitoras foi reproduzido – sucedeu oregistro de suas medidas corporais, pesos absolutos e relativos dos órgãosvitais, seguido de análise macroscópica. Após avaliação estatística, osresultados expressaram significância quanto ao aumento de perdas pré e pós-implantações, sendo acompanhados de aumento do número de reabsorçõesembrionárias. Houve comprometimento do desenvolvimento geral da progêniecom significativo atraso para o surgimento dos pelos, do andar adulto e aabertura dos olhos. Em seguida, a avaliação do desenvolvimento sexual nosmachos revelou aumento da concentração de espermatozoides anormais ealterações em sua morfologia. Conclui-se que o extrato hidroalcoólico deP.huberi interferiu negativamente sobre a fisiologia materna, comprometendo acapacidade reprodutiva nos períodos de pré e pós-implantação embrionária,bem como em diversas e variadas etapas do desenvolvimento da progênie.Sugerindo possível efeito tóxico sobre o sistema reprodutor de ratas Wistar.

     

  • THAIS JOSY CASTRO DE ASSIS
  • Mecanismo de ação vasorrelaxante da 6-[(E)-estiril] - 2 - pirona extraída de Aniba panurensis (Meisn.)Mez (Lauraceae) em ratos
  • Data: 14/08/2012
  • Hora: 08:30
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  • O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares da 6 – [(E) – estiril] - 2 - pirona (pirona-198), uma estirilpirona natural isolada a partir dos frutos de Aniba panurensis (Meisn.) Mez (Lauraceae). Em ratos normotensos não anestesiados, pirona-198 (10, 20, 30 e 40 mg/kg, i.v.) induziu hipotensão (-8±1.6; -9.5±1.2, -15±1.7, -14.3±0.6 %,  respectivamente) e bradicardia (-55±4.9, -27±2.5, -36.7±8.2, -53±6.6 %, respectivamente). Em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato, pirona-198 (1 nM - 1 µM) induziu relaxamento das contrações induzidas por fenilefrina (FEN, 10 µM) (Emáx = 96,3 ± 2,1%; pD2 = 5,5 ± 0,1, n=7) de maneira dependente de concentração e esse efeito foi significativamente atenuado após a remoção do endotélio vascular (Emáx = 96,4 ± 1,9%; pD2 = 5,0 ± 0,1, n = 7). Efeito semelhante ocorreu em anéis pré-contraidos com 1 µM de FEN (Emáx = 95,4 ± 2,7%; pD2 = 5,7 ± 0,1, n = 7), efeito significativamente atenuado após a remoção do endotélio (Emáx = 99,3 ± 1,1%; pD2 = 4,1 ± 0,06, n = 8). Na presença de 100 µM de L- NAME, 10 mM de ODQ, 300 µM de PTIO, o relaxamento foi atenuado. O efeito do bloqueio com L-NAME foi completamente revertido em preparações com 1 mM de L-arginina. Na presença de atropina (1 nM) e indometacina (10 mM), a resposta induzida pela pirona-198 não foi alterada. A pirona-198 inibiu contrações induzidas por concentrações crescentes de FEN (1 nM – 1 mM), como também induziu relaxamento nas contrações induzidas por U46619 (10 mM) (Emáx= 89,5 ± 4,2%; pD2 = 2,9 ± 0,1, n = 6). Em anéis pré-contraídos com S(-) Bay K8644 (200 nM), a pirona promoveu relaxamento (pD2 = 3,9 ±  0,08, n = 6) tal como, em anéis pré-contraidos com FEN (1 e 10 µM) na presença de nifedipino. A pirona-198 também interferiu na liberação do Ca+2 dos estoques intracelulares mediado por FEN (1 e 10 mM). Em preparações incubadas com TEA 3 mM e pré-contraídas com 1 mM FEN, o relaxamento da pirona-198 não foi atenuado, diferentemente dos anéis incubados com TEA 3 mM e pré-contraídos com FEN 10 mM. Em preparações sem endotélio pré-incubadas com 1 mM de TEA, o relaxamento para pirona-198 foi significantemente atenuado, entretanto, nos anéis sem endotélio a pré-incubação com BaCl2 (30 mM), 4-AP (1 mM) ou GLIB (10 mM) não modificou o relaxamento induzido pela pirona-198. Os resultados sugerem que a ação da pirona-198 sobre os parâmetros hemodinâmicos deve-se ao potente efeito vasorrelaxante, efeito este mediado parcialmente por mecanismos dependentes do endotélio, envolvendo a via eNOS/CGs. Como também por mecanismos independentes do endotélio vascular e essa capacidade de promover relaxamento no músculo liso vascular envolve atenuação do influxo de Ca2+ ou interferindo em mecanismos contratéis posteriores à entrada deste íon, além da inibição da liberação de Ca+2 dos estoques intracelulares sensíveis ao IP3, efeitos estes com apresentação diferente mediante as concentrações submáxima e máxima de fenilefrina. Além de possível envolvimento dos canais BKca.

  • FLAVIA CRISTINA FERNANDES PIMENTA
  • Efeitos ansioliticos de Citrus aurantium L. empacientes portadores de Leucemia Mieloide Crônica
  • Data: 10/08/2012
  • Hora: 14:00
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  • O câncer é uma das doenças que mais causam temor na sociedade por ter como estigma: a dor e a morte. Além disso, pacientes com câncer são submetidos a vários e repetidos procedimentos de diagnósticos durante a trajetória da doença. Dentre estes procedimentos, a aspiração da medula óssea, muito comum em pacientes hematológicos, para confirmar o diagnóstico e avaliar a resposta à terapia, foi relatada como sendo um dos procedimentos invasivos dos mais dolorosos, gerando ansiedade nos pacientes. Várias classes farmacológicas são utilizadas no tratamento da ansiedade, destacando-se os benzodiazepínicos. Entretanto, o padrão de reações adversas, a possibilidade de dependência e tolerância e o potencial de abuso dos benzodiazepínicos, justificam a busca de novas possibilidades terapêuticas. Estudos pré-clínicos e clínicos atestaram a atividade ansiolítica do óleo essencial de Citrus aurantium L. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial de Citrus aurantium L. na ansiedade de pacientes portadores de leucemia mielóide crônica atendidos no Hospital Napoleão Laureano e submetidos à coleta do material medular através de uma punção em nível do esterno para realização decariótipo e mielograma. Para atingir este objetivo os efeitos ansiolíticos do óleo, do diazepam (10 mg) e do placebo foram avaliados através de escalas psicométricas (Inventário de ansiedade traço-estado) e medidas fisiológicas (Pressão Arterial, Frequência Cardíaca e Respiratória). A população do estudo foi constituída por 42 pacientes portadores de leucemia mielóide crônica de ambos os sexos, com idade entre 23 e 75 anos Os resultados foram analisados por meio de teste paramétricos. A aplicação do IDATE-estado, antes e depois da inalação do Citrus aurantium L., demonstrou-se redução dos escores sugerindo um efeito ansiolítico. No entanto, foi observado na análise do percentil 75 uma redução na escala do IDATE-E nos grupos do diazepam e placebo. Corroborando com os resultados das medidas psicológicas, observamos também no grupo exposto ao óleo redução dos parâmetros fisiológicos, como: pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca e frequência respiratória. Dentre os parâmetros fisiológicos mensurados o diazepam reduziu apenas a pressão sistólica, não alterando os demais parâmetros avaliados. Adicionalmente, nenhum efeito sobre os parâmetros fisiológicos foi evidenciado no grupo placebo. Portanto, os resultados encontrados evidenciam um efeito ansiolítico do óleo essencial de Citrus aurantium L., bem como efeitos sobre alguns sinais e sintomas associados à ansiedade, após intervenção aguda, em pacientes portadores de leucemia mieloide crônica submetidos à aspiração de material medular, conforme demonstram os resultados obtidos na mensuração dos parâmetros psicológicos e fisiológicos.

  • NARLIZE SILVA LIRA
  • ESTUDO QUÍMICO DOS ORGANISMOS MARINHOS Aplysina fistularis PALLAS E Sargassum polyceratium MONTAGNE
  • Data: 06/08/2012
  • Hora: 14:30
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  • As algas e as esponjas marinhas têm sido alvos de pesquisas científicas importantes nos últimos 50 anos, de onde foram isolados e caracterizados um grande número de metabólitos secundários, com ampla variedade estrutural, determinadas substâncias podem caracterizar as classes de algas e esponjas, fato de grande importância para os químicos, taxonomistas e ecologistas. Estas substâncias exercem inúmeras atividades biológicas, como: defesa contra consumidores, competidores, organismos coloniais e patógenos ou apresentam função reprodutiva. Este trabalho descreve os resultados do estudo químico dos organismos marinhos Sargassum polyceratium Montagne e Aplysina fistularis Pallas, uma alga marinha da família Sargassaceae e uma esponja marinha da família Aplysinidae, respectivamente. Os constituintes químicos foram identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como infravermelho, massas e ressonância magnética nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparação com valores da literatura. Da espécie S. polyceratium foram isolados os derivados porfirínicos: 132-hidroxi-(132-R)-feofitina a, 132-hidroxi-(132-S)-feofitina a, feofitina a e o esteróide fucosterol. O estudo químico da A. fistularis resultou no reisolamento do alcaloide e da acetamida: 2-(3,5-dibromo-4-metoxifenil)-N,N,N-trimetiletanamônio e (3,5-dibromo-4-etoxi-1-hidroxi-4-metoxicicloexa-2,5-dienila) acetamida, e no isolamento do alcaloide 3,5-dibromo-4-[3’dimetilamônio]propoxifenil]-N,N,N-trimetiletanamônio (aplysfistularina), aqui descrito pela primeira vez. A avaliação dos efeitos psicofarmacológicos do extrato etanólico do S. polyceratium induziu alterações comportamentais, do tipo depressora do SNC. Os extratos etanólico, hexânico, diclorometânico e a mistura (132-hidroxi-(132-R)-feofitina a e 132-hidroxi-(132-S)-feofitina a) não foram capazes de inibir o crescimento das linhagens testadas, apresentando atividade antimicrobiana negativa. Porém foram capazes de modificar a atividade antibiótica, diminuindo entre 2x à 4x a resistência bacteriana. As substâncias isoladas da A. fistularis mostraram inibição da enzima DNA Topoisomerase II-α, sendo necessárias outras avaliações biológicas para determinar a potência dos compostos. Assim, os resultados obtidos neste trabalho contribuíram para o estudo químico dos organismos marinhos das espécies S. polyceratium e A. fistularis.

  • MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO 2-NITRATO-1,3-DIBUTOXIPROPANO (NDBP) SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR
  • Data: 03/08/2012
  • Hora: 08:30
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  • Relatos prévios demonstraram que o 2-nitrato-1,3-dibutoxipropano (NDBP), um nitrato orgânico sintetizado a partir da glicerina, induziu vasodilatação em anéis de artéria mesentérica cranial isolada de rato mediante a ativação da via NO-GMPc-PKG, bem como dos canais para K+ e, adicionalmente, causou hipotensão e bradicardia em ratos normotensos não-anestesiados. O estudo atual teve como objetivo investigar os efeitos do NDBP sobre o sistema cardiovascular em ratos, avaliando a liberação de NO eliciada pelo NDBP em células musculares lisas vasculares, a capacidade do NDBP induzir tolerância ao vasorrelaxamento e o efeito da administração aguda do composto sobre o controle autonômico de animais normotensos e hipertensos, por meio de abordagens in vitro e in vivo. Nos experimentos bioquímicos foi utilizada a cultura de células musculares lisas de aorta de rato (CMLAR) e, nos experimentos farmacológicos foram utilizados ratos Wistar ou ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e normotensos Wistar Kyoto (WKY). Foi observado que o NDBP causou um aumento concentração-dependente nos níveis de NO em CMLAR. Além disso, não houve alteração no efeito vasodilatador do NDBP quando os anéis de artéria mesentérica foram previamente expostos ao NDBP, nas concentrações de 10 µM ou 100 µM, sugerindo que o nitrato orgânico em estudo não induziu tolerância. Nos experimentos in vivo, foi constatado que a pressão média basal dos animais espontaneamente hipertensos foi significantemente maior que a do grupo normotenso. A administração aguda do NDBP (1, 5, 10, 15 e 20 mg/kg, i.v.) induziu uma resposta bifásica: hipotensão e bradicardia seguidas de hipertensão e taquicardia, em ratos SHR e WKY. O bloqueio dos receptores muscarínicos pela atropina (2 mg/kg) atenuou a bradicardia induzida pelo NDBP (15 mg/kg), reduzindo também a hipotensão em WKY e SHR. Entretanto, a resposta pressora ao composto foi potencializada. A secção bilateral do nervo vago praticamente aboliu a bradicardia em WKY e SHR. Adicionalmente o hexametônio (30 mg/kg), um bloqueador nicotínico ganglionar, reduziu tanto a bradicardia quanto a resposta pressora em ambos os grupos. A administração do azul de metileno (4 mg/kg), um bloqueador da ciclase de guanilil solúvel (CGs), atenuou as repostas hipotensora e bradicárdica induzida pelo NDBP (15 mg/kg) em ratos WKY. Evento similar aconteceu nos animais SHR. Esses resultados sugerem que o NDBP libera NO em CMLAR, sendo incapaz de induzir tolerância ao seu efeito vasorrelaxante, entretanto, os efeitos cardiovasculares do NDBP são mediados, principalmente, pela ação central do composto, resultando em alterações na função autonômica de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos.

  • VIVIANNE MARCELINO DE MEDEIROS
  • Estudo Fitoquímico de Croton grewioides Baill. e Revisão da Ocorrência das Principais Classes de Metabólitos do Gênero Croton
  • Data: 06/06/2012
  • Hora: 09:00
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  • A família Euphorbiaceae é a sexta maior família do mundo representada por 300 gêneros e 7500 espécies. Dentre os inúmeros gêneros que compõe esta família o gênero Croton se destaca como o segundo maior com cerca de 800 espécies possuindo uma distribuição neotropical. Esse gênero tem sido uma dos mais estudados, em grande parte devido aos compostos químicos promissores produzido por este grupo. Visando contribuir para o estudo quimiotaxonômico da família Euphorbiace e do gênero Croton, Croton grewioides foi submetido a um estudo fitoquímico para isolar seus constituintes químicos, através de métodos cromatográficos usuais, e depois para identificá-los por meio de métodos espectroscópicos, tais como RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectométricos, tais como espectometria de massas, além de comparação com dados da literatura. O estudo químico das partes aéreas de C. grewioides resultou no isolamento de treze compostos (2-oxo-cleroda-3,13-dien-15α,16-olide-21-ate, 2-oxo-cleroda-3,13-dien-15β,16-olide-21-ate, ent-15,16-epoxi-2-oxo-3,13(16),14-clerodatrieno, ent-15,16-epoxi-20-acetoxi-2-oxo-3,13(16),14-clerodatrieno, ácido ent-15,16-epóxi-2-oxo-3,13(16),14-clerodatrien-20-óico, 2-oxo-5α,8α-cleroda-3,13-dien-15,16-olideo, ácido cleroda-3,13-dien-15,16-olideo-8-óico, ácido ent-caur-16-en-19-óico, ent-7α-acetoxytraquiloban-18-óico, ácido trans-octacosil ferulato, 4-alil-1,2-dimetoxibenzeno, 2-hidroxi-4,6-dimetoxi-acetofenona e estigmast-4-en-3-ona), sendo três descritos pela primeira vez na literatura, dois isolados pela primeira vez no gênero e oito relatados pela primeira vez na espécie. A composição química do óleo essencial apresentou a presença de dezoito componentes, dentre os quais, α-pineno (47,43%) mostrou-se com composto majoritário. O óleo essencial de C.grewioides e o α-pineno foram testados para a toxicidade contra Staphylococcus aureus SA-1199B, uma cepa que possuem a bomba de efluxo NorA e IS-58, uma cepa que possuem a bomba de efluxo para tetraciclina. O óleo essencial de C.grewioides e o α-pineno testado não mostraram qualquer atividade antibacteriana significativa contra as cepas Staphylococcus aureus usados, mas foram capazes de modular a resistência bacteriana à drogas.

  • PATRICIA NERIS ANDRADE
  • NEOLIGNANA LICARINA A: SÍNTESE E INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA SOBRE Leishmania sp.
  • Data: 18/05/2012
  • Hora: 09:00
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  • As leishmanioses constituem um complexo de doenças infecto-parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, o tratamento dessas doenças é realizado através da administração parenteral do antimonial pentavalente Glucantime®, utilizando-se como droga de segunda escolha a Anfotericina B. Contudo, esses tratamentos possuem as características de serem longo, caro e associado a sérios efeitos colaterais, requerendo acompanhamento médico. Deste modo, tornam-se necessárias pesquisas que visam tratamentos alternativos para essas enfermidades. Nesse contexto temos a Licarina A, uma neolignana inicialmente descoberta em plantas, que, no entanto, possui síntese química viável e apresenta diversas atividades biológicas. Este trabalho teve como objetivo sintetizar e avaliar a atividade antileishmania da Licarina A em modelos experimentais in vitro e in vivo. A síntese química da Licarina A apresentou rendimento de 60%. Esta neolignana demonstrou atividade leishmanicida, resultando em morte dos parasitas, e atividade leishmaniostática, visto que inibiu o crescimento das formas promastigotas de todas as espécies de Leishmania analisadas, gerando uma IC50 de 17,46 ± 2,06µg/mL para L. amazonensis; 9,59 ± 0,94µg/mL para L. major; 13,26 ± 1,23µg/mL para L. braziliensis; 9,83 ± 1,13µg/mL para L. chagasi. Verificou-se que a Licarina A promove uma perturbação nos níveis do íon cálcio intracelular [Ca2+]i nas formas promastigotas de L. amazonensis, L. chagasi e L. major, além de induzir morte por apoptose/necrose em L. amazonensis, e morte por apoptose em L. major e L. chagasi. No modelo de infecção de macrófagos murinos infectados com L. major ou L. chagasi, a Licarina A reduziu tanto a porcentagem de macrófagos infectados quanto o número de amastigotas por macrófago infectado, resultando em uma redução expressiva no índice de infecção quando comparados ao controle. Na infecção por L. major este resultado foi correlacionado a uma atividade imunomoduladora da neolignana, visto que esta induziu uma redução nos níveis das citocinas interleucina (IL)-6 e interleucina (IL)-10. Entretanto, em ambos os modelos de infecção in vitro, a atividade antiamastigota foi independente da produção de óxido nítrico.  O tratamento com a Licarina A não reduziu o tamanho da lesão de camundongos Balb/C infectados experimentalmente com L. amazonensis, todavia o grupo de animais tratados com 20mg/kg da neolignana apresentou uma redução da carga parasitária do baço. Pode-se concluir que a Licarina A possui uma significativa atividade antipromastigota e antiamastigota, assim como apresenta propriedades imunomodulatórias em modelos de infecção in vitro.

  • ANTONIO CLAUDIO DA SILVA LINS
  • Contribuição ao estudo químico das partes aéreas de Clusia paralicola e Vismia guianensis (Clusiaceae) e avaliação do potencial antioxidante e atividade inibitória da DNA-Topoisomerase II-α humana
  • Data: 30/04/2012
  • Hora: 14:00
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  • Vismia guianensis (Aulb.) Choisy (Clusiaceae) é encontrada nas regiões do Norte e Nordeste do Brasil, sendo popularmente conhecida como lacre e Clusia paralicola G. Mariz Cunha (Clusiaceae) têm ocorrência nas florestas nordestinas, especialmente do semi-árido e dos brejos de altitude, é conhecida popularmente como pororoca. As plantas são fontes potenciais de antioxidantes naturais e podem ser utilizados por humanos para combater o stress oxidativo.  A enzima DNA-topoisomerase IIα humana está envolvida em uma série de atividades celulares, sobretudo nos mecanismos de divisão celular, sendo assim considerada um alvo para pesquisa de anticânceres. Este trabalho descreve o estudo químico e a avaliação da atividade antioxidante das partes aéreas V. guianensis e de Clusia paralicola, além da avaliação da atividade inibitória da enzima DNA-topoisomerase IIα humana por compostos obtidos destas espécies. O estudo químico de V. guianensis resultou no isolamento e identificação do flavonóide quercetina, da antraquinona vismiaquinona A, de um feoforbídio inédito na literatura, da mistura de esteróides (β-sitosterol e estigmasterol), de um álcool de cadeia longa (1-hexacosanol) e do fitalato bis (2-metil-heptil) fitalato, enquanto que o estudo químico das partes aéreas de C. paralicola resultou no isolamento do flavonóide vitexina, inédito nesta espécie. As estruturas das substâncias isoladas foram elucidadas pelas análises dos espectros de IV, massas e RMN de ¹H e ¹³C, incluindo 2D. Para a determinação do teor de fenólicos totais foi utilizado o reagente de Folin-Ciocalteu, que mostrou que as fases AcOEt de partes aéreas de V. guianensis e C. paralicola apresentaram maior teor de fenólicos entre os extratos de fases testados. O potencial antioxidante foi analisado com os ensaios com DPPH., ABTS.+, observando-se todos os extratos e fases apresentaram relevante atividade seqüestradora de radicais livres e que exceto para o teste com ABTS.+ com a fase CHCl­3 de V. guianensis, foi verificado uma significante correlação entre o teor de fenólicos totais e as atividades antioxidantes frente o DPPH. e ABTS.+. Para a atividade antioxidante utilizando o sistema β-caroteno/ácido linoléico com os extratos e fases de V. guianensis e C. paralicola, verificou-se que a fase hexânica de V. guianensis foi a mais ativa das amostras testadas, enquanto que a para C. paralicola a fase MeOH:H2O apresentou menor índice de degradação do β-caroteno entre o extrato e fases testados. Os resultados da avaliação da atividade inibitória da enzima DNA-topoisomerase IIα humana mostraram que os compostos vismiaquinona A, o feoforbídio isolado de V. guianensis, o bis (2-metil-heptil) fitalato e a vitexina foram capazes de inibir a atividade relaxante sobre o KDNA por esta enzima em concentrações de 100-300 µM. Estes resultados correspondem ao primeiro relato quanto à inibição de DNA-topoisomerase II-α humana. O feoforbídeo análogo da feofitina porfirinolactona é inédito na literatura e não há relato da ocorrência do álcool 1-hexacosanol nesta espécie, enquanto que a ocorrência de vitexina em C. paralicola ainda não havia sido relatada para esta espécie.

  • CINTHIA SILVEIRA QUEIROGA
  • Novas substâncias isoladas de Evolvulus linarioides Meisn. (Convolvulaceae)
  • Data: 25/04/2012
  • Hora: 14:00
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  •  

    Botanicamente,
    Na Paraíba, o Parque Estadual do Pico do Jabre é a maior unidade de
    conservação de proteção integral inserida nesse bioma, onde é possível
    encontrar a espécie Evolvulus linarioides Meisn., uma pequena erva com flores
    azuladas, distribuída nos menores níveis de altitude e afloramentos rochosos.
    O presente trabalho descreve os resultados obtidos no estudo fitoquímico de
    E. linarioides. Para tanto, o material vegetal, após secagem e pulverização,
    foi submetido a processos de extração e técnicas cromatográficas para
    isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi
    determinada pela análise dos dados espectrais de Infravermelho, Ressonância
    Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, Espectrometria de Massas
    e comparações com dados da literatura. Da fase diclorometano foi obtido um
    novo sesquiterpeno, enquanto que da fase acetato de etila foram isolados
    duas cromonas, sendo uma inédita. Tais resultados ressaltam a importância do
    estudo de espécies do semi-árido paraibano, particularmente das atividades de
    isolamento e elucidação estrutural de seus constituintes, além de contribuírem
    para o conhecimento fitoquímico de E. linarioides e para o conhecimento
    quimiotaxonômico do gênero Evolvulus e da família Convolvulaceae.
    a
    Caatinga
    constitui-se
    um
    complexo
    bastante

    Botanicamente, Na Paraíba, o Parque Estadual do Pico do Jabre é a maior unidade de
    conservação de proteção integral inserida nesse bioma, onde é possível
    encontrar a espécie Evolvulus linarioides Meisn., uma pequena erva com flores
    azuladas, distribuída nos menores níveis de altitude e afloramentos rochosos.
    O presente trabalho descreve os resultados obtidos no estudo fitoquímico de
    E. linarioides. Para tanto, o material vegetal, após secagem e pulverização,
    foi submetido a processos de extração e técnicas cromatográficas para
    isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi
    determinada pela análise dos dados espectrais de Infravermelho, Ressonância
    Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, Espectrometria de Massas
    e comparações com dados da literatura. Da fase diclorometano foi obtido um
    novo sesquiterpeno, enquanto que da fase acetato de etila foram isolados
    duas cromonas, sendo uma inédita. Tais resultados ressaltam a importância do
    estudo de espécies do semi-árido paraibano, particularmente das atividades de
    isolamento e elucidação estrutural de seus constituintes, além de contribuírem
    para o conhecimento fitoquímico de E. linarioides e para o conhecimento
    quimiotaxonômico do gênero Evolvulus e da família Convolvulaceae.
    a Caatinga constitui-se um complexo bastante

  • SANDRO DE SOUSA LEAL
  • Desenvolvimento e Validação de Metodologia Analítica para Quantificação da Iangambina e seu epímero em extratos de Ocotea duckei (Lauraceae)
  • Data: 18/04/2012
  • Hora: 14:00
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  •  

    A iangambina, lignana furofurânica isolada de Ocotea duckei
    Vattimo (Lauraceae), possui importantes atividades farmacológicas, como
    antagonista seletivo do fator de agregação plaquetária (PAF), ações protetoras
    cardiovasculares, depressora do SNC, dentre outras. Além disso, se apresenta
    como o marcador fitoquímico da espécie e é uma substância promissora para o
    desenvolvimento fitoterápico/fitofármaco. Dessa forma, este trabalho teve
    como objetivo o desenvolvimento e validação de metodologia analítica em
    CLAE-DAD para a quantificação simultânea da iangambina e seu epímero, epi-
    iangambina, nos extratos e frações de Ocotea duckei. Para o desenvolvimento
    do método, elaborou-se uma proposta sintética para obtenção das lignanas
    com grau de pureza elevado. A rota sintética utiliza processo de
    biotransformação através da peroxidase da água de coco para a síntese da
    iangambina de modo estereoseletivo. As condições do método cromatográfico
    desenvolvido foram: coluna de fase reversa C-18 (250 x 4,6 mm x 5 μm), como
    fase móvel uma mistura de água e acetonitrila (50:50), a um fluxo de 1 mL/min,
    detecção no comprimento de onda de 215 nm. As lignanas foram isoladas do
    extrato etanólico bruto da planta através de metodologia de isolamento para
    lignóides. Os epímeros foram separados através de CLAE-DAD semi-
    obtendo-se
    por
    os
    métodos
    marcadores
    espectroscópicos
    caracterizados
    Infravermelho (IV), espectrometria de massas (EM), rotação ótica, dicroísmo
    circular, além de técnicas termoanalíticas. A validação da metodologia analítica
    foi realizada de acordo com a Resolução RE nº 899/2003 da ANVISA,
    mostrando-se ser: seletivo para os dois epímeros, linear na faixa de
    concentração de 1-60 μg/mL, preciso (CV ≤ 5%), exato (99-101%) e robusto. O
    método validado possibilitou a determinação quantitativa da iangambina e epi-
    iangambina nos extratos e frações de Ocotea duckei.

    A iangambina, lignana furofurânica isolada de Ocotea duckei Vattimo (Lauraceae), possui importantes atividades farmacológicas, como antagonista seletivo do fator de agregação plaquetária (PAF), ações protetoras cardiovasculares, depressora do SNC, dentre outras. Além disso, se apresenta como o marcador fitoquímico da espécie e é uma substância promissora para o desenvolvimento fitoterápico/fitofármaco. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento e validação de metodologia analítica em CLAE-DAD para a quantificação simultânea da iangambina e seu epímero, epi-iangambina, nos extratos e frações de Ocotea duckei. Para o desenvolvimento do método, elaborou-se uma proposta sintética para obtenção das lignanas com grau de pureza elevado. A rota sintética utiliza processo de biotransformação através da peroxidase da água de coco para a síntese da iangambina de modo estereoseletivo. As condições do método cromatográfico desenvolvido foram: coluna de fase reversa C-18 (250 x 4,6 mm x 5 μm), como fase móvel uma mistura de água e acetonitrila (50:50), a um fluxo de 1 mL/min, detecção no comprimento de onda de 215 nm. As lignanas foram isoladas do extrato etanólico bruto da planta através de metodologia de isolamento para lignóides. Os epímeros foram separados através de CLAE-DAD semi-preparativa, caracterizados Infravermelho (IV), espectrometria de massas (EM), rotação ótica, dicroísmo circular, além de técnicas termoanalíticas. A validação da metodologia analítica foi realizada de acordo com a Resolução RE nº 899/2003 da ANVISA, obtendo-se por os métodos marcadores espectroscópicos livres de (RMN impurezas, de 1H sendo e 13C), mostrando-se ser: seletivo para os dois epímeros, linear na faixa de concentração de 1-60 μg/mL, preciso (CV ≤ 5%), exato (99-101%) e robusto. O método validado possibilitou a determinação quantitativa da iangambina e epi-iangambina nos extratos e frações de Ocotea duckei.

  • ROGERIO ALEXANDRE NUNES DOS SANTOS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DA Spiranthera odoratissima St. Hil (RUTACEAE) IN VITRO, IN VIVO E IN SILICO.
  • Data: 02/03/2012
  • Hora: 14:00
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  • A leishmaniose é uma doença negligenciada cujo tratamento disponibilizado está associado a uma série de efeitos tóxicos, alto custo e diminuição da eficácia terapêutica devido ao aumento da resistência pelos parasitas. Assim, a pesquisa de novas drogas mais eficazes e seguras torna-se de grande importância. Compostos derivados de produtos naturais pode ser uma fonte mais eficaz e econômica para o tratamento desta parasitose. Este estudo avaliou a atividade leishmanicida da espécie Spiranthera odoratíssima (Rutaceae) testando suas frações e isolados in vitro, in vivo e in silico utilizando formas promastigota e amastigota de diferentes espécies de Leishmania em macrófagos J774 A.1. Os ensaios in vitro avaliaram citotoxicidade, produção de óxido nítrico (NO), produção de citocinas interleucina 10, interleucina 12 e IFN-γ. A expressão da proteína quinase p38 ativada por mitógeno (p38 MAPK) e NF-κB (p50 e p65) foi avaliada in vitro por western blotting. Os resultados observados in vitro da fração hexânica do fruto (Fhf) e seu alcaloide isolado esquimianina (Skm) demostraram uma significante ação leishmanicida (P<0•001) contra L. braziliensis. Esta ação foi associada ao aumento da produção de óxido nítrico e diminuição de IL-10 em macrófagos assim como aumento da produção de citocinas Th1 como Il-12 e IFNγ para as concentrações estabelecidas entre 1.6 a 40 μg/ml. Fhf e Skm demostraram induzir a expressão de p38 e NFκB, vias estas envolvidas na produção de citocinas Th1 e na indução de óxido nítrico. Os ensaios in vivo demostraram reduzir lesão em camundongos Swiss infectados com L. braziliensis, assim como foi reduzido à carga parasitária em linfonodos e baço destes animais. O ensaio in silico demonstrou interação significativa entre Skm e resíduos de aminoácidos de NOS-II. Estes resultados em conjunto sugerem que o alcaloide esquimianina é um candidato promissor contra L. braziliensis devido sua potente atividade imunomoduladora.
  • CIBERIO LANDIM MACEDO
  • Avaliação da Ação Espasmolítica do Flavonoide 3,6-Dimetil Éter Galetina, Isolado de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke e Investigação do Mecanismo de Ação em Traqueia de Cobaia e Aorta de Rato
  • Data: 01/03/2012
  • Hora: 14:00
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  • O flavonoide 3,6-dimetil éter galetina (FGAL) foi isolado das partes aéreas de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke e foi investigada sua possível atividade hemolítica em eritrócitos de rato e espasmolítica em vários músculos lisos isolados como útero de rata, íleo e traqueia de cobaia, e aorta de rato. FGAL não causou efeito hemolítico em eritrócitos de ratos, o que é sugestivo de baixa toxicidade. Na triagem farmacológica preliminar realizada em músculos lisos, FGAL apresentou efeito espasmolítico não seletivo nos 4 órgãos testados, apresentando uma maior potência em relaxar a traqueia de cobaia pré-contraída com carbacol e a aorta de rato pré-contraída com fenilefrina (FEN), de maneira independente de epitélio e endotélio funcional, respectivamente. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o mecanismo de ação relaxante de FGAL em traqueia de cobaia e aorta de rato. A observação de que FGAL foi mais potente em relaxar ambos os órgãos pré-contraídos com aumentos moderados na concentração extracelular de KCl do que quando contraídos com aumentos maiores de KCl é sugestivo de que FGAL está agindo por modular positivamente os canais de K+, hipótese esta confirmada pela diminuição da potência relaxante de FGAL em ambos os órgãos na presença de tetraetilamônio (TEA+) 10 mM, bloqueador não seletivo dos canais de K+. Para verificar os subtipos de canais de K+, usou-se bloqueadores seletivos: em traqueia o efeito de FGAL não foi alterado na presença de TEA+ 1 mM, bloqueador dos canais K+ de grande condutância ativados pelo Ca2+ (BKCa), glibenclamida, bloqueador dos canais de K+ sensíveis ao ATP (KATP), BaCl2, bloqueador dos canais de K+ retificadores de entrada (Kir) ou de 4-AP, bloqueador dos canais de K+ sensíveis à voltagem (KV), porém foi reduzido na presença de apamina, bloqueador dos canais de K+ de pequena condutância ativados pelo Ca2+ (SKCa). Em aorta, o efeito relaxante de FGAL não foi alterado na presença de TEA+ 1 mM, por outro lado foi reduzido na presença de apamina, glibenclamida, BaCl2 e 4-AP, sugerindo a participação dos SKCa, KATP, Kir e KV na ação vosorrelaxante do flavonoide. O fato de FGAL deslocar para direita com redução do Emax as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante, e por CaCl2 na presença de FEN e verapamil, bloqueador de CaV, sugere o envolvimento dos CaV e dos ROCs, respectivamente. Ainda em aorta, FGAL inibiu as contrações induzidas por FEN em meio livre de Ca2+, sugerindo inibição da liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático (RS). Avaliou-se ainda a participação dos nucleotídios cíclicos, e observou-se que o relaxamento induzido pela aminofilina, inibidor não seletivo de fosfodiesterases (PDEs) em traqueia e aorta foi potencializado com FGAL, sugerindo a participação de AMPc e/ou GMPc. Em aorta foi avaliado o efeito de FGAL sobre o relaxamento induzido com inibidores seletivos de PDE-3 (milrinona, seletiva para AMPc) e PDE-5 (sildenafila, seletiva para GMPc), sendo que FGAL só potencializou o relaxamento induzido por sildenafila, sugerindo a participação do GMPc. Como os canais de K+ são modulados negativamente pela PKC, investigou-se uma possível inibição da PKC por FGAL, que relaxou a aorta pré-contraída com o ativador de PKC (PMA), sugerindo inibição dessa enzima. Em conclusão, o mecanismo de ação espasmolítica de FGAL em traqueia envolve modulação positiva dos SKCa e dos nucleotídios cíclicos, e em aorta modulação positiva dos KATP, SKCa, Kir, KV; inibição dos CaV e dos ROCs, da liberação de Ca2+ do RS, da PDE-5 e PKC.

  • ANA PAULA GOMES MOURA FARIAS
  • Avaliação da Atividade Antitumoral e Toxicológica do Óleo Essencial dos Frutos de Xylopia langsdorffiana St. Hil. & Tul. (Annonaceae)
  • Data: 29/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • O câncer pode ser considerado uma doença genética complexa, que resulta de alterações simultâneas em genes geralmente relacionados à proliferação, diferenciação e morte celular. Os produtos naturais são amplamente utilizados no tratamento do câncer. Xylopia langsdorffiana é uma árvore conhecida popularmente como “pimenteira-da-terra”. O estudo fitoquímico caracterizou alguns óleos essenciais com atividades biológicas importantes, dentre eles, o óleo essencial obtido dos frutos, que tem como constituintes marjoritários o α-pineno e o limoneno. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do óleo essencial dos frutos de X. langsdorffiana (O.E.X.), através de ensaios in vitro e in vivo. O valor de CL50 obtido no bioensaio com A. salina foi 459,0 μg/mL. O valor de CH50 obtido no experimento de citotoxicidade em eritrócitos (hemólise) foi 293,6 μg/mL. O valor de DL50 obtido no ensaio pré-clínico de toxicidade aguda foi 351,09 mg/kg, havendo diminuição significativa no ganho de massa corpórea nas fêmeas tratadas com 250 mg/kg e em ambos os sexos tratados com 375 mg/kg, quando comparados ao grupo controle. O valor de CI50 obtido através do ensaio de redução do MTT em células Sarcoma 180 foi 145,1 μg/mL. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo frente sarcoma 180, as taxas de inibição do crescimento tumoral foram, 38,67 e 54,32 % após tratamento com 50 e 100 mg/kg do O.E.X., respectivamente. As análises toxicológicas desses animais mostraram que não houve alteração no índice de baço e timo após os tratamentos, alterações estas que ocorrem com quimioterápicos utilizados na prática clínica, nem dos rins e coração, entretanto, houve um aumento no índice do fígado, na dose de 50 mg/kg, quando comparado ao grupo controle transplantado. Portanto, é possível inferir que o O.E.X. possui atividade antitumoral e baixa toxicidade nos modelos avaliados, balanço este essencial para sua aplicabilidade como droga farmacológica.

  • ELANE CRISTINA SILVA DOS SANTOS
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TÓXICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Pradosia huberi Ducke SOBRE O SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E ÓRGÃOS VITAIS DE RATOS E SUA PROLE
  • Data: 29/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Desde a antiguidade as plantas são utilizadas com fins medicinais para o tratamento, cura e prevenção de doenças. Pradosia huberi Ducke (Sapotaceae) é uma planta medicinal comumente usada pelas comunidades amazônicas por suas atividades gastroprotetora e antiulcerogênica. Considerando-se o uso popular dessa espécie e a presença de compostos bioativos com potencial tóxico sobre o sistema reprodutor masculino, além da inexistência de estudos científicos de toxicidade reprodutiva dessa espécie, esse trabalho teve como propósito investigar os efeitos tóxicos de P. huberi sobre a fertilidade, órgãos vitais e prole de ratos. Ratos Wistar foram divididos em grupos controle e tratados (n = 15). Os animais dos grupos controle e tratados receberam, respectivamente, água destilada e o extrato hidroalcoólico das cascas do caule de P. huberi (EHA-PH) nas doses de 1,22, 6,1 e 30,5 mg/Kg de peso corporal, por via oral, uma vez ao dia, por 63 dias, período que compreende o ciclo espermatogênico completo dessa espécie mais o período de trânsito epididimário, e foram eutanasiados no 64º dia. Para a investigação do potencial tóxico do EHA-PH sobre o sistema reprodutor de ratos, os seguintes parâmetros foram avaliados: ocorrência de sinais clínicos gerais de toxicidade, consumo diário de água e ração, análises bioquímicas e hematológicas, peso corporal, de órgãos vitais, do sistema reprodutor e das glândulas sexuais acessórias, produção de espermatozoides, comportamento sexual, genotoxicidade e desenvolvimento geral, reflexológico e comportamental da prole. A exposição oral ao EHA-PH nas doses de 1,22 e 6,1 mg/Kg não alterou o peso corporal de ratos, entretanto a administração da dose de 30,5 mg/Kg causou redução do peso corporal dos animais a partir do 35º dia de tratamento. Esse achado foi corroborado pela diminuição na ingestão de ração por esses animais. O peso de rins, fígado, pulmão, cérebro, hipófise, testículo, epidídimo, vesícula seminal e próstáta dos animais tratados não se alteraram em relação aos pesos dos animais do grupo controle. A administração do extrato não causou mudanças significativas no perfil bioquímico e hematológico dos ratos. A produção de gametas e a sua morfologia não diferiram entre os grupos controle e tratados. O tratamento com o EHA-PH também não alterou o comportamento sexual masculino, porém provocou um aumento de 14,3 % e 10,8% nos índices de perdas pré-implantação e uma redução de 14,3 % e 10,8% nos índices de implantação, além de uma redução de 5,6% e 8,2% nos índices de perdas pós-implantação das ratas acasaladas com ratos que receberam 6,1 mg/Kg e 30,5 mg/Kg do EHA-PH, respectivamente. Anormalidades morfológicas foram observadas em natimortos descendentes de progenitoras acasaladas com ratos expostos à dose de 30 mg/Kg do EHA-PH. O desenvolvimento geral, reflexológico e comportamental da prole não foram alterados pelo tratamento. Os resultados indicam uma possível ação tóxica do EHA-PH em ratos Wistar, com indícios de efeito mutagênico e adverso no desenvolvimento fetal, evidenciado no modelo experimental estudado.

  • IONALDO JOSE LIMA DINIZ BASILIO
  • ESTUDO FARMACOBOTÂNICO E APLICAÇÃO DE ESPECTROFOTOMETRIA DE UV-VIS NA CARACTERIZAÇÃO DE Solanum sect. Erythrotrichum Child (SOLANACEAE)

  • Data: 29/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Neste estudo foram investigadas características morfológicas, anatômicas, e espectrais na região de ultravioleta visível (UV-Vis) de extratos padronizados, com o auxílio de técnicas multivariadas, para obtenção de dados que apóie a delimitação interespecífica e infra-seccional, proposta para Solanum sect. Erythrotrichum Child. A seção Erythrotrichum foi dividida em duas subseções: Solanum subsect. Erythrotrichum, com oito espécies e S. subsect. Rhytidoandrum Agra, com 14 espécies, principalmente com base na natureza dicotômica dos caracteres reprodutivos. A escassez de estudos farmacobotânicos de espécies de Solanum conhecidas popularmente como “jurubeba”, o baixo custo para a obtenção de dados morfoanatômicos e a possibilidade inédita de utilização do perfil espectral “fingerprint” de extratos na delimitação de espécies da seção, nos estimulou ao desenvolvimento desse trabalho. Para o estudo farmacobotânico foram realizadas morfodiagnoses macroscópicas e microscópicas de folhas frescas ou herborizadas de 17 espécies da seção. Na análise microscópica realizaram-se secções paradérmicas e transversais, coradas com safranina e/ou safrablue. Para o estudo quimiotaxonômico, o processo de extração foi padronizado com folhas secas e trituradas de S. paludosum pela maior disponibilidade de material, com a adição de um solvente ou uma mistura de EtOH/H2O, em banho de ultra-som. O procedimento padronizado foi reproduzido para 22 espécies do clado Leptostemonum, com 20 da seção Erythrotrichum, S. robustum (próxima a seção) e S. paniculatum “jurubeba” (seção Torva). A análise dos extratos foi realizada diretamente, e após a adição de AlCl3 e HCl. Para a análise multivariada dos característicos morfoanatômicos utilizou-se a técnica de agrupamento hierárquico (HCA), e para os espectros de UV-Vis empregou-se a análise de componentes principais (PCA), além de HCA. Trinta caracteres morfoanatômicos apresentaram 138 estados de caracter para os taxa, tendo o dendrograma coeficiente de correlação cofenética (CCC) 0,78 e três agrupamentos. O grupo A e B com quatro espécies cada, e o grupo C com sete. O grupo A reúne espécies da subseção Rhytidoandrum, e os subgrupos C1 e C2 da subseção Erythrotrichum. S. rhytidoandrum e S. rubiginosum possuem maior similaridade (grupo A) e 18 estados de caráter em comum. S. megalonyx com S. megaspermum e S. cordifolium com S. jabrense possuem maior similaridade nos grupos B e C, respectivamente. Além disso, a proximidade de S. decompositiflorum com S. rhytidoandrum e de S. absconditum com S. paludosum, com base na distribuição geográfica, caracteres morfológicos e moleculares é apoiada pelo presente estudo. A baixa similaridade de S. insidiosum e S. apiculatum (subseção Rhytidoandrum), com os grupos formados, sustenta resultados anteriores que as separa das demais espécies da seção, pela presença de folhas atenuadas e corola branca a amarelada. Os espectros sugerem a presença de flavonóides do tipo 3 e/ou 5-hidroxi flavonas em S. paludosum, S. megalonyx e S. urubambaense (subseção Erythrotrichum). Dendrogramas com CCC acima de 0,92 e três agrupamentos foram obtidos pela análise direta dos extratos e, com a adição dos reagentes de deslocamento. Na PCA, os três primeiros componentes principais foram responsáveis ​​por mais de 98% do total de variância entre as espécies, com agrupamentos semelhantes aos obtidos por HCA. A análise dos caracteres morfoanatômicos e do perfil espectral “fingerprint” apóiam parcialmente a subdivisão da seção e a delimitação interespecífica das espécies estudadas. O uso destas técnicas multivariadas podem no futuro desempenhar um papel valioso no controle de qualidade de plantas de interesse medicinal, que contenham flavonóides como metabólitos majoritários.

  • DAIENE MARTINS BELTRAO
  • Estudo dos efeitos antitumorais e toxicológicos do óleo essencial das folhas de Xylopia frutescens (Annonaceae)

  • Data: 29/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • O câncer é uma doença do material genético de nossas células, cuja iniciação e progressão envolvem passos nos quais o DNA acumula uma série de mutações. Esta enfermidade é responsável por mais de 7,6 milhões de óbitos por ano, o que representa 13 % de todas as causas de morte do mundo. Muitas drogas usadas atualmente na quimioterapia foram isoladas de espécies de plantas ou derivadas de um protótipo natural. Todavia, agentes antineoplásicos, naturais ou sintéticos, podem ocasionar sérios danos ao organismo, justificando a necessidade de avaliação de sua toxicidade. O gênero Xylopia é considerado um dos maiores entre as Annonaceae, com cerca de 160 espécies, com distribuição pantropical. As espécies desse gênero são conhecidas por seus usos etnomedicinais e atividades farmacológicas. Xylopia frutescens Aubl., conhecida popularmente por “embira”, “semente-de-embira” e “embira-vermelha”, é pouco relatada na literatura tanto do ponto de vista fitoquímico como farmacológico. Estudos relatam que espécies de Xylopia e diferentes constituintes delas isolados apresentam atividade antitumoral in vitro e in vivo por diferentes mecanismos de ação, fato que desperta interesse para a investigação de uma possível atividade antitumoral de Xylopia frutescens Aubl. Adicionalmente, óleos essenciais isolados de diferentes espécies, são conhecidos por apresentarem diferentes atividades biológicas, dentre elas atividade antitumoral. Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do óleo essencial das folhas de X. frutescens (O.E.X.F.), por meio de ensaios in vitro e in vivo. Inicialmente foi avaliada a atividade antitumoral in vitro frente células da linhagem sarcoma 180. O valor de CI50 obtido por meio do ensaio de redução do MTT foi de 216,6 (211,8 – 221,5) µg/mL. O valor de CL50 obtido no bioensaio com Artemia salina para o O.E.X.F., por sua vez, sendo menor que 1.000 µg/mL, o produto em estudo será considerado bioativo. O valor de CH50 obtido no experimento de citotoxicidade frente eritrócitos de camundongos foi 63,87 µg/mL, provando ser o O.E.X.F. um composto hemolítico, sugerindo que a sua citotoxicidade está relacionada a capacidade de produzir danos a membrana eritrocitária. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo as taxas de inibição do crescimento tumoral foram de 45,09 % e 65,99 % para a dose de 100 mg/kg e 150 mg/kg do O.E.X.F., respectivamente. As análises toxicológicas demonstraram toxicidade hematológica e gastrintestinal, sendo esta última, evidenciada pelo efeito anoréxico, motivado possivelmente por mecanismo central. Ocorreu também alteração significativa na função hepática, evidenciada por aumento de AST, que poderá ser corroborada com a análise

    histopatológica, para ambos os grupos tratados com o O.E.X.F. No entanto, tais alterações poderão ser consideradas reversíveis e não substanciais quando comparadas àquelas produzidas por diversos antineoplásicos largamente utilizados na clínica médica. Portanto, é possível inferir que o O.E.X.F. apresenta atividade antitumoral in vitro e in vivo, porém com toxicidade moderada. Sendo assim, necessita-se de estudos controlados, que possam contribuir para a elucidação de possível risco do seu uso, pela população, com fins terapêuticos.

  • RICARDO CARNEIRO MONTES
  • Estudo ficoquímico de alga marinha Sargassum vilgare var. nanum E. de Paula (Sargassaceae) do Litoral Paraibano

  • Data: 28/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Sargassum é um gênero de algas pardas da família Sargassaceae representada por 150 espécies. A literatura relata a presença de alginatos, florotaninos, cumarinas, cromonas, quinonas, feofitinas e terpenóides. Os metabólitos produzidos por algas do gênero Sargassum mostrar atividades biológicas, tais como: anticoagulantes, antioxidante, antipirético e analgésica. O objetivo deste estudo foi apresentar o primeiro trabalho com a separação e purificação dos constituintes químicos da espécie Sargassum vulgare var. nanum E. de Paula. O material coletado na praia de Coqueirinho, Conde-PB, com a exsicata JPB 46346 foi cortado e seco a -10 oC por liofilização. O pó seco (841,19 g) foi extraído (3 X 5L) por maceração com  etanol a 96 oG.L. O extrato bruto (56,96 g) foi dissolvido em uma solução de H2O-MeOH (7:3) e particionado com éter etílico, diclorometano e acetato de etila. O extrato etéreo (17,04 g) foi submetido a cromatografia de sílica gel com eluição com hexano, diclorometano e de etila e MeOH, As frações combinadas foram submetidos a uma Sephadex LH-20 eluída com CH2Cl2-MeOH (1:1). A fração purificada Sv-1 foi identificado como fucosterol relatada pela primeira vez na espécie. As frações 119-121 e 135.1 foram submetidas cromatografia em camada delgada preparativa (CCDP) em AcOEt-hexano (25:75) e AcOEt-Hex (40:60) das quais foram possivel isolar duas feofitinas Sv-2 e Sv-3 identificada como a mistura de  (132)-(R) e (132)-(S)-132-hidroxi-feofitina-a e 151-hidroxi-(151-S)-porfirinolactona a respectivamente. A o isômero R é relatado pela primeira vez no gênero e o S na espécie, enquanto a porfirinolactona é relatada pela prmeira vez na família. As elucidações estruturais foram realizadas com base na análise de seus espectros de 1H e 13C uni e bidimensionais e por comparação com a literatura.
  • JESSICA CELESTINO FERREIRA
  • Estudo Fitoquímico de Piptadenia stipulacea (Fabaceae: Minosoideae)
  • Data: 28/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • Piptadenia stipulaceae pertencente a família Fabaceae, uma das maiores em dicotiledôneas e a terceira maior família das angiospermas. O gênero ocorre nos trópicos da América do Sul, com centros de diversidade na Amazônia e na floresta Atlântica do Brasil, sendo utilizada na medicina popular nas inflamações. O presente trabalho descreve o isolamento e a identificação estrutural de alguns constituintes químicos das partes aéreas de Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke, com o objetivo de ampliar o conhecimento químico sobre o gênero Piptadenia, bem como disponibilizar amostras para a realização de ensaios farmacológicos que confirmem o uso popular da espécie. Os constituintes químicos foram identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como IV e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparação com valores da literatura.

  • MARIA MADALENA ROCHA SILVA TELES
  • Estudo fitoquímico de Ocotea duckei vattimo (Lauraceae).
  • Data: 28/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • A família Lauraceae é constituída por aproximadamente 50 gêneros e 3000 espécies com distribuição pantropical, sendo bem representada na América, Ásia Tropical, Austrália e Madagascar. No Brasil, a família Lauraceae compreende 24 gêneros, dentre esses, encontramos o gênero Ocotea, possuindo cerca de 170 espécies distribuídas nas florestas fluviais, restingas e áreas de cerrado. O presente trabalho descreve os resultados do estudo fitoquímico das cascas do caule e folhas de Ocotea duckei Vattimo. O material botânico foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada por métodos espectroscópicos de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais e comparações com modelos da literatura. O fracionamento cromatográfico do resíduo da marcha de lignoides resultou no isolamento de um sesquiterpeno, 9-oxo-nerolidol, sendo descrito pela primeira vez no gênero Ocotea. Da fase hexânica, obteve-se o β-sitosterol, Sitosterol-3-O-β-D-glicopiranosídeo, nerolidol e α-tocoferol quinona, sendo esta descrita pela primeira vez no gênero Ocotea.
  • FAGNER CARVALHO LEITE
  • Avaliação das Atividades Anti-inflamatória e Antinociceptiva do Alcaloide Curina em Modelos Experimentais de Inflamação Aguda e Nocicepção
  • Data: 27/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Os alcalóides representam a maior classe de metabólitos secundários derivados de plantas e possuem uma série de atividades farmacológicas, tais como: eméticos, anticolinérgicos, antitumoral, diurético, simpaticomiméticas, antiviral, anti-hipertensivos, analgésicos, antidepressivos, mio-relaxante, antitussígenos, antimicrobiana e anti-inflamatória. A Curina é o principal alcalóide bisbenzilisoquinolinico isolado da planta Chondrodendron platyphyllum (Menispermaceae) e apresentou efeitos imunomoduladores em modelos experimentais de inflamação alérgica. Portanto, o presente trabalho objetivou avaliar as atividade anti-inflamatória e antinociceptiva da curina. Para tal foram utilizados diferentes modelos experimentais de inflamação aguda e nocicepção tais como: formação de edema de pata induzido por carragenina, zimosan, lipopolissacarídeo (LPS), prostaglandina E2 (PGE2) e bradicinina, permeabilidade vascular induzida por acido acético, produção de NO por células da linhagem J774.A1, migração de células e produção de citocinas/quimiocinas (TNF-α, IL-1β, IL-6, MCP-1 e KC) no modelo de pleurisia induzida por LPS em camundongos, contorções abdominais induzidas por acido acético, teste da formalina e hiperalgesia induzida por LPS. Os resultados demonstraram que a curina foi capaz de reduzir significativamente (p<0,05-0,001) a formação do edema de pata induzido por carragenina, zimosan, LPS e PGE2, porém não foi capaz de reduzir o edema induzido pela bradicinina, diminuiu significativamente (p<0,05) o extravasamento de liquido para o peritônio induzido por ácido acético, reduziu a produção de NO in vitro, ademais diminuiu a migração de neutrófilos para a cavidade pleural e reduziu os níveis de TNF-α, IL-6, MCP-1 e KC. No teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, a curina mostrou-se eficácia significativa (p<0,05), aumentando a latência e diminuindo o número das contorções

    abdominais. Em ambas as fases do teste da formalina, a curina foi capaz de diminuir significativamente (p<0,05-0,001) o tempo de lambida da pata dos animais, além de aumentar a latência para percepção do estímulo térmico no teste de placa quente na hiperalgesia induzida por LPS. Portanto, este trabalho demonstrou que a curina possui atividade anti-inflamatória e antinoceptiva por inibir a ação de células e moléculas essências para o inicio da inflamação e indução da dor inflamatória.

  • MONICA SOUZA DE MIRANDA HENRIQUES
  • Profilaxia da doença hepática gordurosa não alcoólica com panax ginseng CA Meyer, camellia sinensis (L.) Kuntze e bezafibrato. Análise do perfil bioquímico, histológico e imunoistoquímico por tissue microarray.

    Profilaxia
    da
    doença
    hepática
    gordurosa
    não
    alcoólica
    com
    Panax ginseng
    CA
    Meyer,
    Camellia sinensis
    (L.)
    Kuntze
    e
    bezafibrato.
    Análise
    do
    perfil
    bioquímico,
    histológico
    e
    imunoistoquímico
    por
    tissue microarrayProfilaxiadadoençahepáticagordurosanãoalcoólicacomPanax ginseng CA Meyer, Camellia sinensis (L.) Kuntze e bezafibrato.Análise do perfil bioquímico, histológico e imunoistoquímico por tissue microarray
  • Data: 27/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Por suas propriedades hipolipemiantes, antioxidantes e antiinflamatórias, o Panax ginseng C.A

    Meyer, Camellia sinensis (L) Kuntze e Bezafibrato foram comparados quanto à sua eficácia na

    quimioprofilaxia da doença hepática gordurosa não alcoólica em ratos submetidos à dieta

    hiperlipídica. Cinquenta ratos Wistar foram subdivididos em cinco grupos: G1 (controle,

    submetido à dieta padrão); G2 (controle, submetido à dieta hiperlipídica contendo 58% de

    energia derivada de gorduras, 18% de proteínas e 24% de carboidratos); G3 (dieta hiperlipídica

    + extrato padronizado de Panax ginseng, 100mg/Kg/d, com 27% de ginsenosídeos); G4 (dieta

    hiperlipídica + extrato de Camellia sinensis, 100mg/Kg/d, com 35% de catequinas e 15%

    EGCG) e o G5 (dieta hiperlipídica + Bezafibrato, 100mg/Kg/d). Após oito semanas de

    experimento, foram determinados a glicemia, o colesterol total, o HDLc, o VLDLc, os

    triglicerídeos, AST, ALT, Fosfatase alcalina e Gama-glutamil transferase. O tecido hepático foi

    submetido à análise histopatológica, aplicando-se escore de esteato-hepatite não alcoólica

    (NAS). Através da imunoistoquímica, estudou-se a expressão do receptor de insulina, da

    adiponectina, do TNF-α e da sintase indutível do óxido nítrico pelo método TMA. A dieta

    hiperlipídica determinou significativo aumento no peso corporal dos animais e nos níveis

    glicêmicos, lipêmicos e enzimático, com pontuação diagnóstica para esteatohepatite de acordo

    com escore NAS. As variáveis bioquímicas e histopatológicas do grupo tratado com bezafibrato

    mostraram-se estatisticamente semelhantes ao grupo controle. O tratamento com extrato à base

    de Panax ginseng preveniu a instalação de obesidade e reduziu os parâmetros histológicos de

    esteatose e inflamação, com redução do escore NAS, entretanto, o emprego do extrato das

    folhas da Camellia sinensis não foi capaz de subverter esses parâmetros de avaliação no tempo

    e na dose utilizados nesse experimento. Nos animais submetidos à dieta hiperlipídica, observou-

    se marcada imunoexpressão citoplasmática para TNF-α e a iNOS. O grupo bezafibrato mostrou

    semelhança estatística em relação ao grupo controle. A resposta ao tratamento com Panax

    ginseng e Camellia sinensis também se traduziu, no tecido hepático, por redução da

    imunoexpressão desses marcadores, quando comparada com o grupo de animais com dieta

    hiperlipídica. Quanto aos marcadores moleculares para insulina e adiponectina, observou-se

    uma redução da imunoexpressão citoplasmática desses anticorpos no grupo submetido à dieta

    hiperlipídica, traduzindo, respectivamente, o estado de resistência insulínica e esteatose

    hepatocelular desses animais. O grupo tratado com bezafibrato demonstrou padrão de expressão

    de ambos os marcadores, semelhante ao grupo controle. Os animais aos quais foram

    administrados Panax ginseng e Camellia sinensis apresentaram aumento da imunoexpressão,

    sem, contudo, alcançar semelhança estatística com o grupo controle. Esteatose e inflamação se

    correlacionaram positivamente com a expressão de TNF-α e iNOS e negativamente com

    receptor de insulina e adiponectina.

    Porsuaspropriedadeshipolipemiantes,antioxidanteseanti'inflamatórias,oPanax ginseng 
    CAMeyer, Camellia sinensis  (L.)Kuntzeebezafibratoforamcomparadosquantoàsua
    eficácianaprofilaxiadadoençahepáticagordurosanãoalcoólicaemratossubmetidosàdieta
    hiperlipídica.Cinquentaratos Wistarforamsubdivididosemcincogrupos:G1(controle,
    submetidoàdietapadrão);G2(controle,submetido àdietahiperlipídica,contendo58%de
    energiaderivadadegorduras,18%deproteínase24%decarboidratos);G3(dieta
    hiperlipídica+extratopadronizadode P. ginseng,  100mg/kg/d,com10,2%de
    ginsenosídeos);G4(dietahiperlipídica+extratodeC. sinensis,100mg/kg/d,com52,15%de
    polifenóis)eoG5(dietahiperlipídica+Bezafibrato,100mg/kg/d).Apósoitosemanasde
    experimento,determinou'seaglicemia,ocolesteroltotal,oHDL,oVLDL,ostriglicerídeos,
    AST,ALT,fosfatasealcalinaegama'glutamiltransferase.Otecidohepáticofoisubmetidoà
    análisehistopatológica,aplicando'seescoredeesteato'hepatitenãoalcoólica(NAS).Através
    daimunoistoquímica,estudou'seaexpressãodoreceptordeinsulina,daadiponectina,do
    TNF'αedasintaseindutíveldoóxidonítricopelo métodoTMA.Oempregodadieta
    hiperlipídicaresultounumsignificativoaumentonopesocorporaldosanimaisenosníveis
    glicêmicos,lipêmicoseenzimáticos,compontuaçãofinaldiagnósticaparaesteato'hepatitede
    acordocomescoreNAS.Asvariáveisbioquímicasehistopatológicasdogrupotratadocom
    bezafibratomostraram'seestatisticamentesemelhantesaogrupocontrole.Otratamentocom
    extratoàbasede P. ginsengpreveniuoganhoponderalponderalexcessivoereduziuos
    parâmetroshistológicosdeesteatoseeinflamação,comreduçãodoescoreNAS,entretanto,o
    empregodoextratodasfolhasdaC. sinensis nãofoicapazdesubverteressesparâmetrosde
    avaliaçãonotempoenadoseutilizadosnesseexperimento.
     Quantoaoestudomolecular,
    esteatoseeinflamaçãocorrelacionaram'sepositivamentecomaimunoexpressãodeiNOSe
    TNF'αenegativamentecomaadiponectinaeoreceptordeinsulina.Nosanimaissubmetidos
    àdietahiperlipídica,observou'se
     elevadaimunoexpressãocitoplasmáticaparamarcadores
    inflamatórios'TNF'αeaiNOS,ereduçãoparareceptordeinsulinaeadiponectina,
    denotandoestadoderesistênciainsulínica;ogrupotratadocombezafibratomostrou
    semelhançaestatísticaemrelaçãoaogrupocontrole;opadrãoderespostamolecular
    associadoaotratamentocomo P.ginsengfoisuperioraoda C.sinensis,quantoa
    imunoexpressãodaadiponectina,TNF'αeiNO
  • NATHALIA DINIZ ARAUJO
  • MORFOANATOMIA FOLIAR DE FICUS SUBG. UROSTIGMA (GASP.) MIQ. (MORACEAE) DE OCORRÊNCIA NA PARAÍBA E REVISÃO ETNOMEDICINAL DE FICUS L. PARA O BRASIL

  • Data: 27/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Ficus L., com cerca de 750 espécies, é o mais rico da família Moraceae, com ampla distribuição nas regiões tropicais do mundo. O gênero caracteriza-se por possuir plantas de hábito arbóreo, arbustivo e lianas, lactescentes, muitas vezes hemiepífitas crescendo em ramos de árvores ou nas axilas das folhas de palmeiras. No Brasil, ocorrem cerca de 100 espécies de Ficus popularmente conhecidas como “figueiras” e/ou “gameleiras”, muitas das quais aproveitadas como fontes de produtos têxteis e de uso na medicina popular. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo morfoanatômico de folhas de três espécies de Ficus sugb. Urostigma (Gasp.) Miq. encontradas na Paraíba: Ficus cyclophylla (Miq.) Miq.Ficus elliotiana S. Moore e Ficus sp. e uma revisão da etnomedicina das espécies brasileiras do gênero Ficus L. Secções transversais de folhas (lâmina e pecíolo) foram realizadas em micrótomo rotativo de avanço automático de material incluído em metacrilato, posteriormente coradas com azul de toluidina. O estudo da venação e das células epidérmicas foi realizado a partir de diafanização com hipoclorito e dissociação com solução de Jeffrey, coradas com safranina ou fucsina alcoólica. Testes histoquímicos foram realizados para evidenciar a presença e a localização de diferentes substâncias. Foi realizada um uma revisão da etnomedicina do gêneroFicus, mediante uma pesquisa na bibliografia e em vários bancos de dados abrangendo determinado período. As três espécies estudadas com partilham caracteres comuns, tais como: lâmina foliar dorsiventral, anfígena, hipoestomática, a vascularização colateral, a presença de inclusões citoplasmáticas do tipo drusas e cristais prismáticos, colênquima do tipo angular, epiderme com paredes anticlinais poligonais retas em ambas as faces e estômatos anomocíticos. Por outro lado, possuem caracteres diferencias que as distinguem de suas espécies afins, principalmente com relação à organização estrutural do mesofilo, bordo e contorno e vascularização do pecíolo. A anatomia foliar pode ser usada para a caracterização das três espécies e para subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, uma vez que forneceu caracteres distintivos para as mesmasAlém disso, o levantamento etnomedicinal fornece um registro de plantas com propriedades farmacológicas potencialmente bioativas para alívio ou cura dos sintomas ou doenças citados. Destacando a grande importância da investigação daquelas espécies que não tenham sido objeto de investigação farmacológica, embora seus usos populares estejam registrados.

  • SOLANGE ALVES CANAVIEIRAS
  • Avaliação dos Parâmetros Termoanalíticos de Cloridrato de Ciprofloxacino e Investigação da Compatibilidade Fármaco-Excipiente
  • Data: 27/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Ciprofloxacino, uma fluoroquinolona de caráter básico, é um dos antimicrobianos amplamente utilizado no tratamento de infecções respiratórias, urinárias e entéricas. No presente estudo, termogravimetria (TG), calorimetria exploratória diferencial (DSC), DSC fotovisual e análise térmica diferencial (DTA) foram utilizadas para investigar o comportamento térmico e a estabilidade do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) cloridrato de ciprofloxacino, no estado sólido, sintetizado por três fabricantes distintos (A, B e C). Além disso, as técnicas termoanalíticas DTA e TG foram utilizadas para avaliar compatibilidade entre alguns excipientes (amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose monoidratada e polivinilpirrolidona) e o ciprofloxacino. As amostras do IFA estudado mostraram diferenças no comportamento térmico durante o processo de fusão e na energia de ativação da decomposição térmica, dessa forma, elas apresentam diferenças na qualidade. Por outro lado, todas as amostras apresentaram uma cinética de termodecomposição de ordem zero. As técnicas termoanalíticas demonstraram que o IFA do fabricante A é termicamente menos estável do que a proveniente do fabricante C, a qual, por sua vez, é menos estável do que a proveniente do fabricante B. Além disso, os resultados das curvas DTA e TG das misturas binárias fármaco-excipiente demonstram que há evidências na interação entre o ciprofloxacino e os excipientes, exceto para a mistura binária com polivinilpirrolidona. As interações nas amostras são derivadas ou deduzidas da DTA pelas mudanças nos eventos térmicos, tais como eliminação de evento endotérmico, alterações na forma do pico, temperatura de onset ou na temperatura do pico máximo e na altura relativa do pico. Por fim, nesse estudo as análises térmicas podem ser uma alternativa rápida ou um método complementar para caracterização do IFA, para a realização de estudos de pré-formulação e no desenvolvimento de novos produtos.

  • THAIS PORTO RIBEIRO
  • Mecanismos de sinalização endoteliais envolvidos nas atividades cardiovasculares do α-terpineol em ratos espontaneamente hipertensos
  • Data: 27/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Os óleos essenciais são componentes voláteis orgânicos encontrados em plantas aromáticas, que apresentam vários monoterpenos, α-terpineol é um importante componente químico do óleo essencial de muitas plantas. Estudos tem demonstrado algumas atividades biológicas, tais como antifúngicos e antiespasmódico. No presente trabalho os efeitos cardiovasculares do α-terpineol e caracterizou a farmacodinâmica destes efeitos. Para isso foram utilizados ratos normotensos Wistar (WKY) e espontaneamente hipertensos (SHR), empregando técnicas combinadas in vivo e in vitro, e cultivo de células endoteliais. Para determinar a medida direta da pressão arterial foram implantados cateteres na artéria aorta e veia cava inferior, para administração de drogas em ratos WKY e SHR. Adicionalmente, foram realizados estudos para avaliar a reatividade vascular, assim, animais foram sacrificados e a artéria mesentérica superior foi isolada. Os anéis foram mantidos em cubas com solução de Tyrode, (37º C) e gaseificada com carbogênio. Os anéis foram fixados a um transdutor de força (FORT 10, WPI, Sarasota, EUA), o qual estava acoplado a um sistema de aquisição de dados (Miobath-4, WPI, Sarasota, EUA) a uma tensão de 0,75 g por 1h. Após este período as preparações, foram pré-contraídas com fenilefrina (FEN) 10 µM em seguida as concentrações crescentes de a-terpineol (10-12-10-5 M), foram adicionadas cumulativamente. E assim, observamos que a-terpineol (1, 5, 10 e 20 mg/Kg i.v., randomicamente) produziu uma hipotensão dose-dependente WKY: (-10±3, -39±9, -52±11, -62±12 mmHg, n=10) e SHR:(-37±5, -57±7, -71±5, -84±4 mmHg, n=9, respectivamente) associada a taquicardia. A resposta hipotensora foi atenuada significantemente, após o tratamento com L-NAME 20 mg/Kg, i.v, sugerindo que esse efeito pode ser decorrente de uma diminuição da resistência periférica. A resposta vasorelaxante foi significativamente atenuada quando comparada aos anéis na presença (WKY Emax= 60 ± 4 e SHR Emax = 53.7 ± 3, p<0.05, n=9) e na ausência do endotélio funcional [WKY Emáx = 20.5 ± 1* e SHR Emáx=16.1 ± 3*, p<0.05, n=8]. Em anéis pré-contraídos com FEN na presença de L-NAME 100 μM, Hidroxicobalamina 30 μM e ODQ 10 μM a resposta relaxante foi atenuada significantemente, sugerindo uma participação da via NO-GMPc. Adicionalmente, a-terpineol aumentou a atividade da eNOS e níveis de produção de NO por fosforilar vias como a PI3K e AMPK. No entanto na presença de atropina (1 hM) ou indometacina (10 mM) a resposta vasorelaxante de a-terpineol não foi alterada indicando que os receptores muscarínicos e metabólitos da enzima cicloxigenase parecem não estar envolvidos. KCl 20mM foi capaz de atenuar o efeito de a-terpineol, e preparações com endotélio vascular incubados com glibenclamida (10 mM) e 4-aminopiridina (1 mM), tetraetilamônio (1 mM) e caribdotoxina + apamina (0.2 μM). Deste modo, resposta vasorelaxante promovida pelo a-terpineol é dependente de endotélio e envolve a participação do NO, através da via L-Arginina-NO-GMPc por aumentar a fosforilação da eNOS por vias PI3K e AMPK, e conseqüente ativação de canais para potássio do tipo KCa, KV e KATP em animais espontaneamente hipertensos e seus controles normotensos.

  • EVERTON OLIVEIRA DE QUEIROZ
  • Atividade Antifúngica in vitro dos Óleos Essenciais de Coriandrum sativum L. (Coentro) e Foeniculum vulgare Mill. (Funcho) Sobre Cepas de Cryptococus neoformans
  • Data: 24/02/2012
  • Hora: 08:00
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  •  

    Cryptococcus neoformans é uma levedura capaz de provocar no homem uma
    infecção denominada criptococose que acomete principalmente pacientes
    imunocomprometidos. A infecção geralmente atinge o sistema nervoso central
    provocando meningoencefalite, de evolução grave e fatal, acompanhada ou não, de
    lesão pulmonar, fungemia e focos secundários na pele, ossos e rins. Os fármacos
    de escolha para seu tratamento são geralmente Anfotericina B associada a 5-
    Fluocitosina, entretanto, o aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e a
    toxicidade provocada por eles levam a busca de novos antifúngicos, fazendo com
    que os produtos naturais sejam foco de pesquisas na busca de substâncias com
    propriedades antifúngicas. Desta forma, o estudo teve como objetivo investigar a
    atividade antifúngica dos óleos essenciais de Coriandrum sativum L. e Foeniculum
    vulgare Mill. in vitro sobre 14 cepas de Cryptococcus neoformans. Foram
    determinadas a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida
    Mínima (CFM), pela técnica da microdiluição, e avaliados os efeitos dos óleos
    essenciais sobre a micromorfologia e a curva de morte fúngica de C. neoformans.
    Foi encontrado para o óleo essencial de Coriandrum sativum L. uma CIM= 64 µg/mL
    e uma CFM= 64 µg/mL, e para o óleo essencial de Foeniculum vulgare Mill., CIM=
    256 µg/mL e CFM= 512 µg/mL. Não foram observadas alterações na
    micromorfologia das cepas ICB 59 e LM 310 da levedura quando submetidas ao
    contato com os óleos essenciais. Foi constatada, porém uma diminuição na
    contagem de formas viáveis com aumento das concentrações dos óleos essenciais.
    Na curva de morte de C. neoformans, frente ao óleo essencial de C. sativum L.,
    observou-se efeito fungicida (redução ≥3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial), no
    tempo de 24 horas, na CIMx4, para a cepa LM 310, e nas CIMx2 e CIMx4, para a
    cepa ICB 59. O óleo essencial de F.vulgare Mill., para a cepa LM 310, iniciou sua
    atividade fungicida no tempo de 4 horas nas CIMx2 e CIMx4, a CIM foi fungicida a
    partir de 8 horas. A atividade fungicida para a cepa ICB 59 iniciou-se em 4 horas
    para todas as concentrações do óleo essencial (CIM, CIMx2 e CIMx4). Os óleos
    essenciais de C. sativum L. e F. vulgare Mill. apresentaram atividade antifúngica
    contra cepas de C. neoformans, portanto, representam uma possibilidade de
    tornarem-se novos produtos com potencial antifúngico no tratamento da
    criptococose. Há, entretanto, necessidade de estudos posteriores que pesquisem
    aspectos mais aprofundados dos óleos essenciais testados, para que possam ser
    utilizados na terapêutica.

    Cryptococcus neoformans é uma levedura capaz de provocar no homem umainfecção denominada criptococose que acomete principalmente pacientesimunocomprometidos. A infecção geralmente atinge o sistema nervoso centralprovocando meningoencefalite, de evolução grave e fatal, acompanhada ou não, delesão pulmonar, fungemia e focos secundários na pele, ossos e rins. Os fármacosde escolha para seu tratamento são geralmente Anfotericina B associada a 5-Fluocitosina, entretanto, o aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e atoxicidade provocada por eles levam a busca de novos antifúngicos, fazendo comque os produtos naturais sejam foco de pesquisas na busca de substâncias compropriedades antifúngicas. Desta forma, o estudo teve como objetivo investigar aatividade antifúngica dos óleos essenciais de Coriandrum sativum L. e Foeniculumvulgare Mill. in vitro sobre 14 cepas de Cryptococcus neoformans. Foramdeterminadas a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração FungicidaMínima (CFM), pela técnica da microdiluição, e avaliados os efeitos dos óleosessenciais sobre a micromorfologia e a curva de morte fúngica de C. neoformans.Foi encontrado para o óleo essencial de Coriandrum sativum L. uma CIM= 64 µg/mLe uma CFM= 64 µg/mL, e para o óleo essencial de Foeniculum vulgare Mill., CIM=256 µg/mL e CFM= 512 µg/mL. Não foram observadas alterações namicromorfologia das cepas ICB 59 e LM 310 da levedura quando submetidas aocontato com os óleos essenciais. Foi constatada, porém uma diminuição nacontagem de formas viáveis com aumento das concentrações dos óleos essenciais.Na curva de morte de C. neoformans, frente ao óleo essencial de C. sativum L.,observou-se efeito fungicida (redução ≥3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial), notempo de 24 horas, na CIMx4, para a cepa LM 310, e nas CIMx2 e CIMx4, para acepa ICB 59. O óleo essencial de F.vulgare Mill., para a cepa LM 310, iniciou suaatividade fungicida no tempo de 4 horas nas CIMx2 e CIMx4, a CIM foi fungicida apartir de 8 horas. A atividade fungicida para a cepa ICB 59 iniciou-se em 4 horaspara todas as concentrações do óleo essencial (CIM, CIMx2 e CIMx4). Os óleos
    essenciais de C. sativum L. e F. vulgare Mill. apresentaram atividade antifúngicacontra cepas de C. neoformans, portanto, representam uma possibilidade detornarem-se novos produtos com potencial antifúngico no tratamento dacriptococose. Há, entretanto, necessidade de estudos posteriores que pesquisemaspectos mais aprofundados dos óleos essenciais testados, para que possam serutilizados na terapêutica.

  • ITALO ROSSI ROSENO MARTINS
  • PARTICIPAÇÃO DOS CANAIS DE POTÁSSIO NO EFEITO RELAXANTE DO ÁCIDO ENT-7a-HIDROXITRAQUILOBAN-18 OICO EM TRAQUEIA ISOLADA DE COBAIA
  • Data: 17/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • A partir das cascas do caule de Xylopia langsdorfiana A. St-Hil. & Tul. foi isolado o diterpeno da classe dos traquilobanos, ent-7α-hidroxitraquiloban-18‑oico (traquilobano-318) que em estudos anteriores mostrou-se capaz de relaxar a traqueia de cobaia pré-contraída com carbacol (CCh). Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o mecanismo de ação envolvido nesta atividade relaxante do traquilobano-318. Os anéis de traqueia foram suspensos em cubas para órgão isolado, contendo solução de Krebs, a 37º C e aerados com carbogênio. As contrações isométricas foram registradas com o auxílio de um sistema de aquisição digital. Para avaliar uma possível ação direta do diterpeno sobre o complexo Ca2+‑calmodulina foi utilizado a clorpromazina (CPZ) (10-6 M), um inibidor da calmodulina, e observou-se que o efeito relaxante do traquilobano‑318 (pD2 = 4,38 ± 0,07, n = 5) não foi significantemente alterado na presença deste inibidor (pD2 = 4,25 ± 0,07, n = 5). Em seguida foi realizado um protocolo usando diferentes concentrações extracelulares de potássio (K+) que indicaram que o traquilobano-318 estaria agindo como um possível ativador dos canais de K+, uma vez que seu efeito relaxante mostrou-se mais potente quando a traqueia era pré‑contraída por 18 mM de KCl (pD2 = 4,90 ± 0,25, n = 5) do que quando pré-contraída por 60 mM de KCl (pD2 = 3,88 ± 0,01, n = 5). Para confirmar a participação dos canais de K+ utilizou-se um bloqueador não seletivo destes canais, tetraetilamônio (TEA+) (10 mM) que foi pré-incubado antes da adição de CCh, o que resultou na atenuação do relaxamento promovido pelo diterpeno (pD2 = 4,01 ± 0,06, n = 5). Com o objetivo de se determinar quais subtipos de canais de potássio estariam envolvidos na ação relaxante do traquilobano-318, a curva de relaxamento do diterpeno foi avaliada na presença de vários bloqueadores seletivos destes canais. O fato da curva de relaxamento do traquilobano-318 (pD2 = 4,38 ± 0,07) ter sido desviada para direita, de maneira significante, na presença de 4-AP, bloqueador dos canais de K+ sensíveis a voltagem (Kv) (pD2 = 3,91 ± 0,003); glibenclamida, bloqueador dos canais de K+ sensíveis ao ATP (KATP) (pD= 4,00 ± 0,06); apamina, bloqueador dos canais de K+ ativados pelo cálcio de pequena condutância (SKCa) (pD= 3,45 ± 0,14)  e na presença de iberiotoxina, bloqueador dos canais de K+ ativados pelo cálcio de grande condutância (BKCa) (pD2 = 3,80 ± 0,05) sugere que o diterpeno está modulando positivamente estes canais para exercer seu efeito relaxante. Por outro lado a participação dos canais de potássio retificadores de entrada (Kir) foi descartada pois a curva de relaxamento do traquilobano-318 não foi alterada (pD= 4,15 ± 0,10, n = 5) na presença do BaCl2, bloqueador seletivos destes canais. A participação dos nucleotídios cíclicos foi descartada, uma vez que a curva de relaxamento em traqueia pré-contraída por CCh obtida com aminofilina (pD= 4,27 ± 0,09, n = 5), um inibidor não seletivo das fosfodiesterases (PDEs), não foi alterada na presença do traquilobano-318 (pD= 4,46 ± 0,08, n = 5). Assim, o efeito relaxante do traquilobano-318 parece envolver a modulação positiva dos subtipos de canais de potássio KATP, Kv, SKCa e BKCa em traqueia isolada de cobaia.

  • HELLANE FABRICIA SOUSA DE LUCENA
  • Uma nova lignana e outros constituintes químicos de Hypenia salzmannii (Benth.) Harley (Lamiaceae)
  • Data: 16/02/2012
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  •  

    A espécie Hypenia salzmannii (Benth.) Harley pertencentes à família
    Lamiaceae é popularmente conhecida como canela-de-urubu e tem uso
    popular indicado para o tratamento de afecções do trato respiratório como
    gripes, resfriados e outras doenças respiratórias em geral.
    Neste trabalho reportaremos o isolamento e elucidação estrutural de terpenos,
    flavonóides e liganas das folhas e raízes de Hypenia salzmannii. Para isso,
    o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos
    de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes
    químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada pelos métodos
    espectroscópicos de Infravermelho, Massas e Ressonância Magnética Nuclear
    de 1H e
    13C
    Da fase diclorometano foram obtidos três terpenoides: ácido ursólico, ácido
    oleanóico e ácido betulínico, relatados pela primeira vez na espécie; duas
    flavanonas: isosakuranetina e sakuranetina; duas lignanas: a hinoquinina e
    a β-peltatina-metileter (relatada pela primeira vez na espécie); além do beta-
    sitosterol glicosilado. Da fase acetato de etila foram obtidos um flavonóide
    glicosilado: hiperina; dois derivados fenólicos: ácido rosmarínico e rosmarinato
    de metila; e uma lignana inétida, todos relatados pela primeira vez na espécie.
    Desta forma, os resultados obtidos contribuíram para a ampliação do
    conhecimento quimiotaxonomico do gênero Hypenia, em especial da espécie
    Hypenia salzmannii (Benth.) Harley.
    uni e bidimensionais e comparações com modelos da literatura.

    A família Lamiaceae possui 7.193 espécies distribuidas em aproximadamente 260 gêneros que ocorrem na forma de ervas, arbustos e árvores distribuídos em ambos os hemisférios e inclui um grande número de plantas medicinais de importância significativa. No Brasil ocorrem aproximadamente de 26 gêneros e 350 espécies. O gênero Hypenia (Mart. ex Benth) R. Harley possui distribuição restrita na América do Sul com aproximadamente 27 espécies distribuídas em algumas regiões da Venezuela, Paraguai, Bolívia e Sul do Brasil. Entre essas espécies, a Hypenia salzmannii é popularmente conhecida como canela-de-urubu. A população utiliza esta planta para o tratamento de afecções do trato respiratório como gripes, resfriados e outras doenças respiratórias em geral. O presente trabalho descreve os resultados do estudo fitoquímico de Hypenia salzmannii. O material botânico foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada por métodos espectroscópicos no Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectrometria de massas e comparações com modelos da literatura. Da fase diclorometano foram isolados três terpenoides: ácido ursólico, ácido oleanóico e ácido betulínico; um esteróide: β-sitosterol-glicosilado; duas flavanonas: isosakuranetina e sakuranetina; duas lignanas: a hinoquinina e a β-peltatina-A-metileter. Da fase acetato de etila foram obtidos um flavonóide glicosilado: hiperina; dois derivados fenólicos: ácido rosmarínico e rosmarinato de metila; e uma nova lignana, a (-)-secoisolaricirenisol-9-O-β-D-glicopiranosídeo-(6’’-p-cumaroil).  Os resultados obtidos nesse trabalho contribuíram para o conhecimento fitoquímico de Hypenia salzmannii e para a o conhecimento quimiotaxonômico do gênero Hypenia e da família Lamiaceae.

  • JULIANA DA NOBREGA CARREIRO
  • Ação Tocolítica de 3,6-dimetil éter galetina, flavonóide isolado de Piptadenia Stipulacea (BENTH.) Ducke, envolve canais para potássio em útero de rata.
  • Data: 16/02/2012
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O ácido 8(17),12E,14-labdatrieno-18-óico (labdano-302) é um diterpeno isolado das cascas do caule de Xylopia langsdorfiana A. St.-Hil. & Tul. Em estudos anteriores Ribeiro (2003) demonstrou que o labdano-302 inibiu de maneira eqüipotente as contrações fásicas induzidas por carbacol e ocitocina em útero de rata. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar o mecanismo de ação tocolítico do labdano-302. As contrações isométricas e isotônicas foram monitoradas e os parâmetros de potência e eficácia relativas foram determinados a partir de curvas de concentrações resposta cumulativas. O labdano-302 inibiu as curvas cumulativas ao carbacol (pD´2 = 3,4 ± 0,1; r2 = 0,9 ± 0,05) e ocitocina (pD´2 = 3,8 ± 0,2; r2 = 0,9 ± 0,04) e estas foram desviadas para direita, de forma não paralela (“slope” de Schild = 0,15 ± 0,04 e 1,13 ± 0,1 respectivamente), com redução do Emax, sugerindo um antagonismo não competitivo. O labdano-302 não foi eficaz em antagonizar as contrações induzidas por 60 mM de KCl apresentando um Emax = 9,75 ± 0,07%, por outro lado, labdano-302 relaxou de maneira significante e dependente de concentração quando o útero era pré-contraído por ocitocina (pD2 = 4,3 ± 0,06), sugerindo que este diterpeno deve estar agindo por uma modulação positiva de canais para potássio. Os canais para K+ desempenham um papel chave na regulação do potencial de membrana e modulação dos CaV, então decidiu-se investigar a participação desses canais na ação tocolítica do labdano-302. A potência relaxante de labdano-302 (pD2 = 4,3 ± 0,06) foi reduzida em aproximadamente 16 vezes na presença de CsCl (pD2 = 3,1 ± 0,06), bloqueador não seletivo dos canais para K+, confirmando a participação de canais para K+ no efeito relaxante do labdano-302. Para verificar qual(is) canal(is) para K+ estariam envolvidos usou-se bloqueadores seletivos desses canais. O fato da 4-aminopiridina, bloqueador seletivo dos canais para K+ abertos por voltagem (Kv), e da glibenclamida, bloqueador seletivo dos canais para K+ sensíveis ao ATP (KATP) não alterar o efeito relaxante do labdano 302 indica que os KV e os KATP não estariam envolvidos em seu mecanismo de ação tocolítico. Entretanto, a curva concentração-resposta de relaxamento induzida pelo labdano-302 foi desviada para direita na presença de apamina (pD2 = 3,8 ± 0,03), um bloqueador seletivo dos canais para K+ ativados por Ca2+ de pequena condutância (SKCa), ou de tetraetilamônio 1 mM (pD2 = 3,6 ± 0,04), que nesta concentração é um bloqueador seletivo dos canais para K+ de grande condutância ativados por cálcio (BKCa). A participação dos BKCa foi confirmada utilizando um bloqueador específico para esses canais a iberiotoxina (IbTx) (pD2 = 3,8 ± 0,06), sugerindo o envolvimento dos SKCa e dos BKCa no mecanismo de ação tocolítico do labdano-302 em útero isolado de rata. A aminofilina um inibidor não seletivo de fosfodiesterases (PDE) potencializou (pD2 = 7,8 ± 0,1) em cerca de 320 vezes o relaxamento produzido por labdano-302 em útero de rata. Conclui se que o mecanismo de ação relaxante do labdano-302 em útero isolado de rata envolve a modulação positiva de canais para K+, mais especificamente os SKCa e BKCa, que modulam indiretamente os CaV, levando a uma conseqüente redução da [Ca2+]c , e que nucleotídios cíclicos como o AMPc e GMPc podem estar envolvidos nesta ação.
  • CAROLINE DUARTE SIQUEIRA
  • CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Salzmannia nitida DC. (RUBIACEAE)
  • Data: 16/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • A espécie Salzmannia nitida DC., única representante do gênero monotípico Salzmannia, pertencente à família Rubiaceae é encontrada nas restingas do Nordeste e conhecida popularmente como “catucá-vermelho”. Neste trabalho será descrito o isolamento e elucidação estrutural de terpenos e compostos fenólicos das raízes de S. nitida Para isso, o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição, entre outras técnicas cromatografias para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química das substâncias isoladas foram determinadas por análise dos dados no Infravermelho (IV), e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H e 13C uni e bidimensionais e comparações com os dados descritos na literatura. Da fase hexânica foram obtidos três terpenoides: α-cadinol, ent-13-epi-19-hidroxi manoil óxido, relatados pela primeira vez na família Rubiaceae, além de ent-cauran-16-ene; e um composto fenólico, 2-hidroxi-5-metoxi-acetofenona, relatados pela primeira vez no gênero. Da fase diclorometano foi também isolado o ent-3-oxo-manoil óxido, relatado pela primeira vez na família; e da fase acetato, o Ácido 3,4-O-Dicafeoil-quínico, relatado pela primeira vez no gênero. Desta forma, os resultados obtidos contribuíram para a ampliação do conhecimento quimiotaxonômico da família Rubiaceae, em especial da espécie Salzmannia nitida DC.
  • MILENA RAMOS REIS
  • Avaliação da participação dos canais para K+ no efeito induzido pelo composto 1,3,4-oxadiazol

  • Data: 16/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • Os efeitos farmacológicos de OXDINH, um derivado 1,3,4-oxadiazol obtido por síntese orgânica, sobre o sistema cardiovascular e a participação dos canais para K+ nesta resposta, foram estudados em ratos usando técnicas combinadas in vivo e in vitro. Em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato, com endotélio funcional, OXDINH (10-10 – 10-4 M) induziu relaxamento das contrações induzidas por fenilefrina (1 mM) (pD2 = 5,33 ± 0,16, Emáx = 117,03 ± 6.49 %, n = 7) de maneira dependente de concentração e esse efeito não foi atenuado após remoção do endotélio vascular (pD2= 5,15 ± 0,09, Emáx = 108,58 ± 6.03 %, n = 6). Esses resultados sugerem que a resposta vasorelaxante induzida pela OXDINH parece ser independente do endotélio vascular. Baseado nessas observações iniciais, os experimentos subseqüentes foram realizados com preparações sem endotélio vascular. Em preparações incubadas com KCl 20 mM, um modulador do efluxo de K+, o efeito vasorelaxante induzido por OXDINH foi alterado (pD2= 4,67 ± 0,08, Emáx = 57,71 ± 1.72%, n = 5), sendo esta uma característica de substâncias que agem por ativar canais para K+. Este efeito foi corroborado após utilização de tetraetilamônio (TEA) 3 mM (Emáx = 44,26 ± 2.41%), que nesta concentração bloqueia não seletivamente os canais para K+. Além disso, o efeito vasodilatador do OXDINH foi significativamente atenuado após incubação com 4-aminopiridina 1 mM (Emáx = 61,17 ± 5,55%), glibenclamida 10 μM (Emáx = 57,00 ± 4,07%), ou BaCl2 30 μM (Emáx = 61,87 ± 7.52%), bloqueadores seletivos dos KV, KATP e KIR, respectivamente. Ao utilizar TEA 1 mM, que nesta concentração é mais seletivo para os BKCa, a vasodilatação também foi atenuada de modo significante (Emáx = 47,31 ± 5.75%), sugerindo a participação destes canais neste efeito. Após a exposição a concentrações elevadas de K+ extracelular, KCl 60 mM, a resposta vasorrelaxante de OXDINH foi deslocada para a direita (Emáx = 42,08 ± 4.14%). Além do mais, quando OXDINH (10-5 e 10-4M) foi incubado em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+, as contrações induzidas por CaCl2 não foram alteradas. Porém, estas contrações foram significativamente atenuadas, de maneira dependente de concentração, quando OXDINH (10-4M) foi incubado em solução fisiológica nominalmente sem Ca2+ e na presença de fenilefrina (10µM). Em ratos normotensos não anestesiados, OXDINH (1; 5; 10 e 20 mg.kg-1 i.v., randomicamente) produziu uma hipotensão acompanhada por taquicardia. Interessantemente, na maior dose administrada (30 mg.kg-1) de OXDINH, a resposta foi pressora e taquicárdica, provavelmente por um efeito direto do composto no coração. Em conclusão, esses resultados sugerem que os efeitos biológicos induzidos por OXDINH parecem envolver diretamente a participação de canais para K+, provavelmente pela repolarização/hiperpolarização da

    membrana e, consequente fechamento dos Cav, impedindo o influxo de Ca2+ através desses canais.

  • JACQUELINE ALVES LEITE
  • ATIVIDADE IMUNOMODULADORA DA OUABAÍNA NO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO
  • Data: 15/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • A ouabaína (OUA), um potente inibidor da Na+/K+-ATPase, foi identificada como uma substância endógena presente no plasma humano. Nos últimos anos, foi evidenciado que a OUA é capaz de interferir em diversos aspectos do sistema imunológico. Durante o processo inflamatório, são ativados mecanismos que envolvem a diferenciação, proliferação, ativação e migração celular, além da liberação de mediadores inflamatórios, e geralmente, ocorre o retorno à homeostasia. Este trabalho demonstrou a capacidade moduladora da OUA no processo inflamatório. Objetivo: Avaliar o papel imunomodulador da OUA na inflamação aguda em modelo murino. Métodos: Inicialmente, foi realizada uma curva de tempo e dose-resposta com a OUA (0,10 mg/kg; 0,31 mg/kg e 0,56 mg/kg) administrada de forma intra-peritoneal (i.p.) no modelo de edema de pata induzido por zimosan (10mg/mL). Os camundongos também foram estimulados com zimosan i.p.(2mg/ml). Após 4h, o fluido peritoneal foi removido para a contagem total e diferencial das células. Foi realizada a análise das populações de neutrófilos e macrófagos, além da viabilidade celular utilizando o kit anexina por citometria de fluxo. As concentrações das citocinas IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-10 no fluido peritoneal foram testadas por ELISA. Foi determinada a interferência do tratamento com a OUA no aumento da permeabilidade vascular. Também foi estudado, in vitro, o efeito de diferentes concentrações de OUA (10 nM, 100 nM e 1000 nM) na produção de óxido nítrico (NO). Resultados: No modelo do edema de pata, observamos que são necessários três dias consecutivos de tratamento na dose de 0,56 mg/kg para que a atividade anti-inflamatória da OUA seja identificada. No modelo de peritonite induzida por zimosan, o pré-tratamento com a OUA reduziu em 42% no número total de células na cavidade peritoneal, como um reflexo da inibição de leucócitos polimorfonucleares (54%). No entanto, este fenômeno não esta associado a apoptose destas células. A OUA também diminuiu o extravasamento de plasma induzido por zimosan (33%) e reduziu os níveis de TNF-α (64%) e IL-1β (63%), sem alterar os níveis de IL-6 e IL-10. Na cultura de macrófagos peritoneais, a OUA não interferiu na produção de NO. Conclusão: Este conjunto de dados sugere que a OUA possui uma atividade anti-inflamatória. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos envolvidos.
  • SARA ALVES LUCENA MADEIRO
  • Novas Neolignanas de Krameria tomentosa A. St. Hill. (Krameriaceae)

  • Data: 15/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Krameria é o único membro da família Krameriaceae, sendo composto por 18 espécies herbáceas ou arbustivas. Dentre estas, encontra-se a espécie Krameria tomentosa A. St. Hill., conhecida popularmente como “ratanha de Nova Granada”, “carrapicho de cavalo” ou “ratanha de salvanille”. Neste trabalho reportaremos o isolamento e elucidação estrutural de neolignanas isoladas das raízes de K. tomentosa. Para isso, o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada pelos métodos espectroscópicos de Infravermelho, Massas e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais e comparações com modelos da literatura. Das fases hexânica e diclorometano obtiveram-se cinco neolignanas: eupomatenoide 6 e 2-(2’,4’-diidroxifenil-5-(E)-propenilbenzofurano, relatadas pela primeira vez na espécie, diidrocarinatidina, relatada pela primeira vez na família, 1,1’-(E)-propenil-4-metoxi-3,4’-oxineolignana e 5-ácido-2-(2’-hidroxi-4’,6’-dimetoxifenil)-benzofurânico, relatadas pela primeira vez na literatura e nomeadas trivialmente de ottomentosa e sobralina. Desta forma, os resultados obtidos contribuíram para a ampliação do conhecimento quimiotaxonomico da família Krameriaceae, em especial da espécie K. tomentosa.

  • FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
  • ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Citrus limon FRENTE CEPAS MULTIDROGA RESISTENTES DO GÊNERO Acinetobacter

  • Data: 14/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Espécies de Acinetobacter ganharam importância nos últimos anos devido ao seu envolvimento crescente em infecções graves e resistência antimicrobiana. Uma vez que bactérias resistentes a múltiplas drogas representam um desafio para o tratamento de infecções, é necessário encontrar novas substâncias com propriedades antimicrobianas no combate a estes microrganismos. Para tentar superar este panorama, várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas em busca de novos produtos antibacterianos, dentre elas estão os estudos com os metabólitos de plantas medicinais, como o óleo essencial de Citrus limon (OECL). Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial de OECL contra cepas de Acinetobacter multiresistentes. Sua composição química foi determinada por CG/EM e sua atividade antibacteriana avaliada pela determinação de sua CIM e CBM pela técnica de microdiluição, sua cinética de morte microbiana também foi analisada. Verificou-se também seu efeito modulador da ação dos antibióticos convencionais por técnicas de microdiluição. Entre fitoconstituintes, Neral (29,4%) apresenta-se como o principal componente de OECL. O fitoconstituinte majoritário encontrado do referido óleo essencial o Neral (29,4%). O referido óleo inibiu o crescimento de 67% das 24 cepas ensaiadas, tendo sua CIM estabelecida em 625 μg/mL e a CBM em 1250 μg/mL Este óleo possui atividade antibacteriana dependente de sua concentração e do tempo de exposição no microrganismo e é um modulador da ação dos antibióticos convencionais. Os resultados deste estudo sugerem que o referido óleo pode suprimir o crescimento de espécies de Acinetobacter e poderia ser uma fonte de metabólitos com atividade antibacteriana modificando.

  • MELISSA NEGRO LUCIANO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS CARDIOVASCULARES INDUZIDOS PELO LIOFILIZADO DO VINHO TINTO GARZIERA DO VALE DO SÃO FRANCISCO EM RATOS
  • Data: 14/02/2012
  • Hora: 09:00
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  • O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares do vinho tinto Garziera (Cepa Shiraz, safra 2005) (GASH) do Vale do São Francisco (PE – Brasil), utilizando metodologias in vitro e in vivo. Níveis de polifenóis no GASH foram medidos e GASH apresentou altos níveis de fenólicos totais e altos níveis de quercetina e de cis e trans-resveratrol. Os testes de toxicidade aguda mostraram que GASH apresentou efeito tóxico apenas em doses dez vezes maiores do que as doses utilizadas nos experimentos. O tratamento via oral com GASH por 7 dias na dose de 100 mg/kg/dia em animais normotensos não promoveu diferença na PAM e FC do grupo tratado com GASH (mmHg= 119,0 ± 2,02) em comparação ao grupo controle (mmHg = 120,20 ± 2,04). Em ratos hipertensos SHR não anestesiados tratados com GASH por 21 dias na dose de 100 mg/kg/dia, GASH diminuiu a PAM do grupo tratado (mmHg= 122,7 ± 1,52) em comparação ao grupo controle (mmHg= 156,0 ± 5,39), não ocorrendo modificação da FC. Resultados semelhantes ocorreram com ratos SHR e ratos hipertensos L-NAME tratados com GASH na dose de 100 mg/kg/dia durante 7 dias,  mas o tratamento durante 21 dias proporcionou maior queda na PAM. A administração i.v. de GASH na dose de 75 mg/kg em ratos SHR desencadeou um efeito bifásico, caracterizado inicialmente por hipotensão (∆PAM= -39,40 ± 11,62) e bradicardia (∆FC= -96,06 ± 44,34) seguido de hipertensão (∆PAM= 69,4 ± 15,82) e taquicardia (∆FC= 74,4 ± 35,95). Resultados semelhantes ocorreram com ratos hipertensos L-NAME e ratos normotensos. Quando se compara os resultados, a queda da PAM é maior, e a bradicardia é menor, no modelo L-NAME e SHR em relação ao rato normotenso. Para avaliação da hipotensão e bradicardia in vivo, realizamos a administração prévia de L-NAME e atropina em ratos normotensos, e a resposta hipotensora foi atenuada e a bradicardia foi abolida. Seguidamente, experimentos em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato normotenso mostraram que GASH induziu relaxamento (Emáx= 87,5 ± 6,5%) que foi significantemente atenuado após a remoção do endotélio funcional (Emáx= 28,4 ± 4,9%), sugerindo a participação de fatores relaxantes endoteliais. Resultados similares foram obtidos com a incubação prévia de L-NAME (Emáx= 23,4 ± 5,1%) e ODQ (Emáx= 11,8 ± 2,7%), sugerindo o envolvimento da via NOS/NO/GMPc no relaxamento. Em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato normotenso, a incubação prévia com indometacina (Emáx= 97 ± 4,1%), e atropina (Emáx= 81 ± 3,9%), não modificou o relaxamento induzido pelo GASH, sugerindo que os metabólitos do ácido araquidônico e a ativação do receptor muscarínico M3 não estão envolvidos nesta resposta. Em linhagem de células endoteliais da aorta de coelho, GASH aumentou a produção de NO (∆= 82 ± 7,9%), que foi diminuída na presença de L-NAME (∆= 30,2 ± 12,1%), corroborando os resultados funcionais. GASH promoveu a fosforilação da eNOS e da Akt em cultura primária de células endoteliais de coronária de porco por metodologia de Western blot.  A incubação prévia com N-acetilcisteína em anéis de artéria mesentérica superior isolada de ratos normotensos modificou o relaxamento induzido pelo GASH (Emáx= 32,5 ± 6,7%) sugerindo o envolvimento de ROS neste relaxamento. GASH foi capaz de aumentar os níveis de produção de superóxido em cultura de células RAEC (∆= 57 ± 4%). Este estudo, que fez uso de diferentes abordagens metodológicas in vivo e in vitro, sugere GASH induz um efeito anti-hipertensivo in vivo em modelos diferenciados de hipertensão e apresenta efeito relaxante dependente de endotélio, provavelmente secundário a um aumento na concentração de NO através da ativação da via PI3k/Akt, e que estes efeitos podem estar associados com o conteúdo de compostos fenólicos encontrados no GASH. 

  • JEANE UILMA GALINDO JARDIM
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DA RAIZ DE Piper mollicomum Kunth
  • Data: 14/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • O gênero Piper é o maior da família Piperaceae, com pelo menos 1000 espécies encontradas especialmente na Ásia e no Novo Mundo. É um gênero com boa representatividade comercial e diversas aplicações medicinais, sendo objeto de vários estudos relacionados à descoberta de novas fontes de substâncias naturais ativas. Com base nos dados apresentados na literatura referentes ao potencial farmacológico dos metabólitos isolados do gênero Piper, bem como a ocorrência de espécies ainda não devidamente exploradas do ponto de vista químico e farmacológico, decidiu-se, então, realizar o estudo fitoquímico da espécie Piper mollicomum (Kunth) visando o isolamento e identificação de constituintes químicos desta espécie, bem como a disponibilização de seus extratos, frações e substâncias isoladas para realização de estudos farmacológicos. A partir do estudo fitoquímico da fase diclorometânica de Piper mollicomum Kunth foi possível isolar, através de métodos cromatográficos como Cromatografia em Coluna em sílica e Cromatografia em Camada Delgada Preparativa (CCDP), cinco substâncias, dentre estas duas amidas isobutílicas: 2-Propenamide, 3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-N-(2-methylpropyl)-, (2E) isolada na espécie Piper amalago var. nigrinodum, 2-Propenamide, 3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-N-(2-methylpropyl)-, (2Z) que não possui registros na literatura e duas pirrolidínicas: Pyrrolidine, 1-[3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-1-oxo-2-propenyl]-, (E) anteriormente isolada na espécie Piper amalago e Pyrrolidine, 1-[3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-1-oxo-2-propenyl]-, (Z) isolada nas espécies Piper hispidum e Piper peepuloides e um fenilpropanóide denominado 2-Methoxy-4,5-methylenedioxypropiophenone isolado nas espécies Piper marginatum, Piper barbatum e Piper aleyreanum. Para identificação estrutural destas substâncias utilizou-se métodos espectroscópicos como Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, bem como a comparação dos dados com modelos da literatura.

  • MARIA CLECIA DA PENHA SENA
  • O consumo crônico de aguardente de cana-de-açúcar induz efeitos ansiolíticos em camundongos.
  • Data: 14/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • A aguardente de cana-de-açúcar, uma bebida genuinamente brasileira obtida por fermentação seguida de destilação do mosto de cana de açúcar (Saccharum officinarum, L.), é apreciada não só no Brasil, mas mundialmente. Embora o consumo da aguardente de cana-de-açúcar seja um fator importante para o aumento do alcoolismo no Brasil, pouco se sabe sobre o seu consumo crônico na ansiedade ou efeitos ansiolíticos. No presente estudo, investigou-se se o consumo crônico da aguardente de cana-de-açúcar é responsável por induzir efeitos ansiolíticos. Camundongos Suíços machos com 3-3,5 meses de idade foram expostos ao paradigma de livre escolha com duas garrafas por seis semanas. Camundongos do grupo A foram tratados com aguardente de cana-de-açúcar + água destilada (n = 16); do grupo B com etanol +água destilada (n=15); e do grupo C (controle) com água destilada + água destilada (n = 14). O conteúdo de etanol nas bebidas oferecidas aos grupos A e B foi de 2% na primeira semana, de 5% na segunda semana e 10% nas 4 semanas restantes. No final dos tratamentos, os animais foram submetidos aos testes do labirinto em cruz elevado e da placa perfurada para avaliação dos comportamentos relacionados com a ansiedade. Os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase foram determinados. As concentrações de etanol, acidez volátil, ésteres, aldeídos, furfural, álcoois superiores (n-propílico, isobutílico e isoamílico), metanol, cobre e chumbo da agurdente de cana-de-açúcar também foram determinados. O tempo gasto nos braços abertos foi aumentado em camundongos expostos ao consumo crônico de etanol (32±8 vs 7±2 s, p<0.05) ou de aguardente de cana-de-açúcar (36±9 vs 7±2 s, p<0.05), quando comparado ao grupo controle. Por outro lado, o tempo gasto nos braços fechados diminuiu significativamente nos animais que consumiram etanol (183±6 vs 214±4 s, p<0.05) ou aguardente de cana-de-açúcar (150±8 vs 214±4 s, p<0.05), quando comparado ao grupo controle. Além disso, a razão entre o tempo gasto nos braços abertos sobre o tempo total gasto em ambos os braços abertos e fechados foi significativamente aumentado (etanol 34±8 vs 6±2 s; aguardente de cana-de-açúcar 43±12 vs 6±2 s, p <0,05). No teste de placa perfurada, os camundongos tratados com etanol ou aguardente de cana-de-açúcar mostraram um aumento no número de mergulhos, quando comparado ao grupo controle (grupo controle: 16±1; etanol: 27±2; aguardente de cana-de-açúcar: 31±3, p<0.05). Além disso, a atividade motora no teste da placa perfurada também foi aumentada em ambos os grupos etanol ou aguardente de cana-de-açúcar, quando comparado ao grupo controle (grupo controle: 21±2; etanol: 34±2; aguardente de cana-de-açúcar: 40±4, p<0.05). A análise da composição química mostrou que as concentrações de etanol, acidez volátil, ésteres, aldeídos, furfural, álcoois superiores (n-propílico, isobutílico e isoamílico), metanol, cobre e chumbo na aguardente de cana-de-açúcar estavam abaixo do limite superior permitido pelos regulamentos do Ministério da Agricultura para a produção de bebidas destiladas. Em conclusão, aqui relatamos que o consumo crônico de aguardente de cana-de-açúcar produz lesão hepática e efeitos ansiolíticos em camundongos. A lesão hepática mais acentuada causada pela aguardente de cana-de-açúcar, como sugerido pela relação AST/ALT pode ter sido causado por outros compostos orgânicos presentes nesta bebida, enquanto o efeito ansiolítico parece ser causado tanto pelo etanol como pelos outros compostos presentes na aguardente de cana-de-açúcar. Os mecanismos pelos quais a aguardente de cana-de-açúcar leva a lesão hepática mais rápida do que o etanol devem ser examinados em futuras investigações.
  • ABRAHAO ALVES DE OLIVEIRA FILHO
  •  

    Efeito vasorrelaxante induzido pelo flavonóide 5,7,4’-trimetoxiflavona
    em artéria mesentérica superior de rato.

    Participação da Via do Óxido Nítrico e do Cálcio no Vasorrelaxamento induzido pelo Flavonóide 5,7,4 -trimetoxiflavona em Artéria Mesentérica Superior de Rato.

  • Data: 13/02/2012
  • Hora: 14:00
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    RESUMO: Os efeitos farmacológicos do extrato etanólico (EPC), da fase
    clorofórmica (FPC) e da 5,7,4’-trimetoxiflavona (TMF) provenientes de Praxelis
    clematidea sobre anéis de artéria mesentérica superior de ratos foram
    estudados. Experimentos de tensão isométrica revelaram que o EPC e FPC
    (0,001 – 1000 µg/mL) promoveram relaxamento dependente de concentração
    em anéis mesentéricos, com endotélio funcional, pré-contraídos com fenilefrina
    (1 µM) (CE50 = 27,2 ± 6,4 µg/mL; 41,9 ± 11,8 µg/mL, respectivamente, n = 7), e
    estes efeitos foram atenuados pela remoção do endotélio vascular (CE50 =
    141,9 ± 19,4 µg/mL, 167,0 ± 30,6 µg/mL, respectivamente, n = 7), sugerindo
    que o extrato e a fase possuem metabólitos secundários vasorrelaxantes. O
    TMF (10-12 à 10-3), composto isolado em maior quantidade da FPC, promoveu
    um relaxamento em anéis com endotélio intacto (pD2 = 5,44 ± 0,12, n = 6), de
    maneira dependente de concentração, com potência semelhante ao efeito da
    quercetina, o flavonóide mais abundante no reino vegetal (pD2 = 5,71 ± 0,16,
    n = 6). Após a remoção do endotélio funcional a curva concentração-resposta
    para o TMF foi deslocada para a direita, com uma diminuição da potência,
    porém sem alteração no efeito máximo (pD2 = 4,50 ± 0,10, n = 6). O
    relaxamento do flavonóide não foi modificado pela pré-incubação de
    Indometacina (10 µM). Entretanto, foi atenuado após a pré-incubação de L-
    NAME (100 µM; pD2 = 4,52 ± 0,08, n = 5), PTIO (300 µM; pD2 = 4,62 ± 0,09, n
    = 5) e ODQ (10 µM; pD2 = 4,36 ± 0,11, n = 5), e foi revertido em preparações
    com endotélio funcional pré-incubadas com L-arginina (1mM) mais L-NAME
    (100 µM) (pD2 = 5,85 ± 0,14, n = 5). A presença de KCl 20 mM
    (pD2 = 4,62 ± 0,08, n = 5) e TEA (3 mM; pD2 = 4,28± 0,10, n = 5), atenuou a
    resposta produzida por TMF, apenas em anéis com endotélio vascular,
    demonstrando que este composto produz relaxamento por meio da
    participação da via NO/CGs e consequente ativação de canais para K+. Além
    disso, a pré-incubação de 4-aminopiridina (1 mM; pD2 = 4,7 ± 0,08, n = 5), e
    TEA ( 1 mM; pD2 = 4,48 ± 0,04, n = 5), interferiram na resposta vasorrelaxante
    do flavonóide, porém a utilização da Glibenclamida (10 µM) não modificou o
    efeito do TMF em anéis com endotélio funcional, sugerindo o envolvimento
    apenas dos canais para K+ do tipo Kv e BKca. TMF promoveu relaxamento em
    anéis mesentéricos pré-contraídos com KCl 60 mM e inibiu a vasoconstrição
    indizuda pelo Ca2+ de maneira dependente de concentração. O efeito máximo
    de TMF foi atenuado com a pré-incubação de Nifedipino (1 µM;
    Emáx = 56,0 ± 7,9%, n = 5), indicando que a vasodilatação induzida pelo
    flavonóide está relacionada com a inibição do influxo de Ca2+ via Cav tipo L.
    Em conclusão, estes resultados sugerem que o EPC, a FPC e o TMF induzem
    efeito vasorrelaxante em anéis mesentéricos, e que a resposta relaxante
    produzida pelo flavonóide envolve a via NO/CGs, com conseqüente ativação
    de canais para K+, e a inibição do influxo de Ca2+ via canais para Cav tipo-L.

    Os efeitos farmacológicos do extrato etanólico (EPC), da faseclorofórmica (FPC) e da 5,7,4’-trimetoxiflavona (TMF) provenientes de Praxelisclematidea sobre anéis de artéria mesentérica superior de ratos foramestudados. Experimentos de tensão isométrica revelaram que o EPC e FPC(0,001 – 1000 µg/mL) promoveram relaxamento dependente de concentraçãoem anéis mesentéricos, com endotélio funcional, pré-contraídos com fenilefrina(1 µM) (CE50 = 27,2 ± 6,4 µg/mL; 41,9 ± 11,8 µg/mL, respectivamente, n = 7), eestes efeitos foram atenuados pela remoção do endotélio vascular (CE50 =141,9 ± 19,4 µg/mL, 167,0 ± 30,6 µg/mL, respectivamente, n = 7), sugerindoque o extrato e a fase possuem metabólitos secundários vasorrelaxantes. OTMF (10-12 à 10-3), composto isolado em maior quantidade da FPC, promoveuum relaxamento em anéis com endotélio intacto (pD2 = 5,44 ± 0,12, n = 6), demaneira dependente de concentração, com potência semelhante ao efeito daquercetina, o flavonóide mais abundante no reino vegetal (pD2 = 5,71 ± 0,16,n = 6). Após a remoção do endotélio funcional a curva concentração-respostapara o TMF foi deslocada para a direita, com uma diminuição da potência,porém sem alteração no efeito máximo (pD2 = 4,50 ± 0,10, n = 6). Orelaxamento do flavonóide não foi modificado pela pré-incubação deIndometacina (10 µM). Entretanto, foi atenuado após a pré-incubação de L-NAME (100 µM; pD2 = 4,52 ± 0,08, n = 5), PTIO (300 µM; pD2 = 4,62 ± 0,09, n= 5) e ODQ (10 µM; pD2 = 4,36 ± 0,11, n = 5), e foi revertido em preparaçõescom endotélio funcional pré-incubadas com L-arginina (1mM) mais L-NAME(100 µM) (pD2 = 5,85 ± 0,14, n = 5). A presença de KCl 20 mM(pD2 = 4,62 ± 0,08, n = 5) e TEA (3 mM; pD2 = 4,28± 0,10, n = 5), atenuou aresposta produzida por TMF, apenas em anéis com endotélio vascular,demonstrando que este composto produz relaxamento por meio daparticipação da via NO/CGs e consequente ativação de canais para K+. Alémdisso, a pré-incubação de 4-aminopiridina (1 mM; pD2 = 4,7 ± 0,08, n = 5), eTEA ( 1 mM; pD2 = 4,48 ± 0,04, n = 5), interferiram na resposta vasorrelaxantedo flavonóide, porém a utilização da Glibenclamida (10 µM) não modificou oefeito do TMF em anéis com endotélio funcional, sugerindo o envolvimentoapenas dos canais para K+ do tipo Kv e BKca. TMF promoveu relaxamento emanéis mesentéricos pré-contraídos com KCl 60 mM e inibiu a vasoconstriçãoindizuda pelo Ca2+ de maneira dependente de concentração. O efeito máximo
    de TMF foi atenuado com a pré-incubação de Nifedipino (1 µM;Emáx = 56,0 ± 7,9%, n = 5), indicando que a vasodilatação induzida peloflavonóide está relacionada com a inibição do influxo de Ca2+ via Cav tipo L.Em conclusão, estes resultados sugerem que o EPC, a FPC e o TMF induzemefeito vasorrelaxante em anéis mesentéricos, e que a resposta relaxanteproduzida pelo flavonóide envolve a via NO/CGs, com conseqüente ativaçãode canais para K+, e a inibição do influxo de Ca2+ via canais para Cav tipo-L.

  • ETHIENE CASTELLUCCI ESTEVAM
  • ENSAIOS FARMACOLÓGICOS E TOXICOLÓGICOS PRÉ-CLÍNICOS COM Zizyphus joazeiro Mart.
  • Data: 13/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Zizyphus joazeiro Mart. é uma planta da família Rhamnaceae, popularmente conhecida como “juazeiro” ou “juá”, sendo suas folhas e cascas tradicionalmente empregadas pela população do nordeste do Brasil como febrífuga, antiiflamatória, no tratamento de problemas gástricos, doenças de pele e como agente de limpeza dos cabelos e dentes. A ampla utilização desta espécie vegetal pela população com fins medicinais justifica a investigação toxicológica farmacológica como segurança e eficácia para sua aplicação. Neste sentido foi proposto um estudo de sua atividade cicatrizante em feridas cutâneas excisionais experimentalmente induzidas tratadas com concentrações de 5, 10 e 20 mg/ml de extrato e ação antiinflamatória através dos modelos de edema de pata e peritonite induzida por carragenina, além de uma avaliação toxicológica pré-clínica aguda e subcrônica, com duração de 21 dias do extrato etanólico das cascas do caule de Z joazeiro nas doses de 4, 8 e 16 mg/kg após aplicação cutânea. Nos modelos animais avaliados, Z joazeiro demonstrou atividade positiva sobre a cicatrização de feridas com melhora de sinais clínicos. Nas doses de 35 e 175 mg/kg administradas durante 7 dias, reduziu o edema de pata e a migração de leucócitos para a cavidade peritoneal após estímulo promovido por carragenina. Os resultados obtidos através de ensaios toxicológicos, mostraram que o extrato é levemente irritante para a pele na dose de 1000 mg/kg e é capaz de induzir alterações na ingestão de água e alimentos. Quando aplicado durante 21 dias nas doses de 4, 8 e 16mg/kg, a planta causou descamação da pele no local de aplicação, alterou a ingestão de água, alimentos e peso corporal em machos e fêmeas tratados com a maior dose. Foram constatadas alterações nos níveis de creatinina em ambos os sexos, triglicerídeos e plaquetas em machos. Apesar de ter sido considerada uma espécie vegetal com propriedades dermatocosméticas e de baixa toxicidade por via dérmica, o uso tópico deve ser realizado com cautela.
  • VIVIANE ARAUJO DA SILVA
  • Avaliação Citotóxica e Genotóxica de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Mimosaceae)
  • Data: 13/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir., popularmente conhecida como Jurema preta, é uma planta da familia Mimosaceae,  encontrada principalmente nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, sendo esta espécie típica das áreas semi-áridas do Brasil. Na medicina popular, a casca do caule é a principal parte da planta utilizada no tratamento de diversas enfermidades como queimaduras e inflamações. O presente trabalho teve como objetivo investigar a citotoxicidade e a genotoxicidade do extrato etanólico bruto (EEB) da Mimosa tenuiflora em células procarióticas e eucarióticas com a finalidade posterior de incentivar, com segurança, a sua utilização como fonte de drogas potencialmente terapêuticas ou que atuem como ferramentas farmacológicas. Para tanto, avaliou-se a atividade antimicrobiana frente a bactérias Gram negativas e Gram positivas de importância clínica, investigou-se o potencial citotóxico utilizando como parâmetro a atividade hemolítica e a fragilidade osmótica (anti-hemolítica), assim como o potencial oxidante e anti-oxidante em eritrócitos humanos, observou-se o potencial mutagênico e anti-mutagênico em células bacterianas através do Teste de Ames e também avaliou-se o potencial clastogênico e aneugênico através do Teste do micronúcleo em sangue periférico de camundongos in vivo. Os resultados mostraram que o EEB e os taninos de M.tenuiflora tiveram atividade antibacteriana contra toda as linhagens de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli testadas, e esta foi caracterizada como forte com CIM variando de 62,5 a 250 µg.mL-1. Na investigação citotóxica do EEB de M.tenuiflora observamos que o extrato não induziu um grau siginificativo de hemólise e ainda protegeu a membrana do eritrócito contra hemólise. Nos testes de atividade oxidante o EEB de M.tenuiflora não provocou oxidação da hemoglobina e nos testes de atividade antioxidante o extrato se comportou como um poderoso agente antioxidante. Já na investigação genotóxica observamos que o EEB da M.tenuiflora não foi mutagênico, nem nos testes in vitro nem in vivo. Sendo assim, o EEB de M.tenuiflora apresenta atividade bacteriostática frente a S.aureus, P.aeruginosa e E.coli e não apresenta efeito citotóxico nem genotóxico que comprometam a sua utilização como fonte de drogas potencialmente terapêuticas.

  • OTEMBERG SOUZA CHAVES
  • NOVAS SUBSTÂNCIAS PARA MALVACEAE: Sida rhombifolia L.
  • Data: 13/02/2012
  • Hora: 08:00
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  •  

    O uso de plantas medicinais remonta a civilizações antigas e ainda hoje são bastante
    utilizadas para a cura de enfermidades. O Brasil se destaca mundialmente por sua
    grande biodiversidade na fauna e flora, dentro desta encontra-se a família Malvaceae
    que possui o gênero Sida como o seu terceiro maior representante, em números de
    espécies. Este gênero está representado mundialmente por 250 espécies, bastante
    utilizadas na medicina popular indiana, e no Brasil está distribuído por todo o território
    nacional. Vislumbrando contribuir com o perfil quimiotaxonômico e farmacológico
    da família Malvaceae, e baseando-se no fato de que Sida galheirensis apresentou
    excelentes resultados em estudo realizado anteriormente por nossa equipe, escolheu-se
    uma outra espécie: Sida rhombifolia L. como alvo do estudo de mestrado. Do estudo
    fitoquímico das partes aéreas de S. rhombifolia L. foram isolados e identificados dez
    substâncias, sendo: quatro esteroides (Sr-1a e Sr-1b e Sr-4a e Sr-4b), quatro porfirínicos
    (Sr-2, Sr-3, Sr-6 e Sr-7), um flavonoide (Sr-5) e um alcaloide (Sr-8).

    O uso de plantas medicinais remonta a civilizações antigas e ainda hoje são bastante
    utilizadas para a cura de enfermidades. O Brasil se destaca mundialmente por sua
    grande biodiversidade na fauna e flora, dentro desta encontra-se a família Malvaceae
    que possui o gênero Sida como o seu terceiro maior representante, em números de
    espécies. Este gênero está representado mundialmente por 250 espécies, bastante
    utilizadas na medicina popular indiana, e no Brasil está distribuído por todo o território
    nacional. Vislumbrando contribuir com o perfil quimiotaxonômico e farmacológico
    da família Malvaceae, e baseando-se no fato de que Sida galheirensis apresentou
    excelentes resultados em estudo realizado anteriormente por nossa equipe, escolheu-se
    uma outra espécie: Sida rhombifolia L. como alvo do estudo de mestrado. Do estudo
    fitoquímico das partes aéreas de S. rhombifolia L. foram isolados e identificados dez
    substâncias, sendo: quatro esteroides (Sr-1a e Sr-1b e Sr-4a e Sr-4b), quatro porfirínicos
    (Sr-2, Sr-3, Sr-6 e Sr-7), um flavonoide (Sr-5) e um alcaloide (Sr-8).

  • VALERIA LOPES DE ASSIS
  • Ensaios Farmacológicos Pré-clínicos no Trato Digestório com um Produto Fitoterápico
  • Data: 13/02/2012
  • Hora: 08:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O fitoterápico em estudo é comercializado para o tratamento de cólicas intestinais e prisão de ventre. Este estudo objetivou realizar ensaios farmacológiocos pré-clínicos deste medicamento para avaliar seu efeito estimulante no trato gastrointestinal e sua ação espasmolítica em íleo isolado de cobaia, bem como elucidar seu provável mecanismo de ação neste ógão. Para tal, foram realizados ensaios funcionais in vivo e estudos farmacológicos in vitro. O medicamento promoveu aumento na motilidade do intestino delgado em camundongos Swiss machos, nas doses de 100 mg/kg (161,66 ± 14,86 %; n = 6) e 200 mg/kg (151,04 ± 17,17 %, n = 6) quando comparados ao grupo controle (100,00 ± 10,49 %; n = 6), não havendo diferenças na doses entre si. De forma semelhante, este medicamento reverteu a constipação induzida pelo tratamento com loperamida (3 mg/kg/dia, por três dias), nas doses estudadas (100 e 200 mg/kg [(98,42 ± 6,33 %, n = 7); (99,32 ± 8,47 %; n = 7), respectivamente] quando comparadas ao grupo controle constipado (66,25 ± 7,49 %; n = 8), não apresentando diferença significativa das doses testadas entre si e quando comparadas ao grupo controle não constipado (100 ± 5,16 %; n = 8). Durante o protocolo de eliminação de fezes, a administração das doses de 100 e 200 mg/kg deste fitoterápico não promoveu nenhuma alteração significativa nos diversos parâmetros analisados (variação de peso, ingesta de água, ingesta de ração e eliminação de fezes), nem manifestações clínicas de dor, excitação ou sonolência. O tratamento com loperamida (3 mg/kg/dia, por três dias) promoveu diminuição significativa de eliminação de fezes por ratos em 24 horas (4,00 ± 1,43 g; n = 18) quando comparadas ao grupo que recebeu apenas solução salina (7,96 ± 1,10 g; n = 6), indicando que houve indução de constipação naqueles animais. A administração do fitoterápico em estudo promoveu a reversão do efeito constipante induzido por loperamida, nas doses de 100 (11,2 ± 2,9 g; n = 6) e 200 mg/kg (10,9 ± 1,54 g; n = 6), quando comparadas ao grupo constipado (4,0 ± 1,43 g; n = 6), não apresentando diferença estatística com o grupo que recebeu apenas o veículo (7,9 ± 1,01 g; n = 6), nem as doses entre si. Estes resultados, em conjunto, demonstram a ação estimulante deste medicamento sobre o intestino, principalmente em animais constipados. A adição crescente e cumulativa (0,01-1000 μg/mL) deste fitoterápico não causou nenhuma alteração significativa sobre o tônus basal e sobre as contrações espontâneas em íleo isolado de cobaia, sugerindo que este medicamento não estaria alterando a sequência de despolarização das células intestinais. Entretanto, a adição do mesmo (1-1000 μg/mL) sobre a contração tônica de diversos agentes contracturantes promoveu atividade miorelaxante em íleo isolado de cobaia pré-contraído com carbacol 1 μM [Emax= 67,61 ± 6,25 %; CE50 269,77 (215,8 – 337,1); n= 6)], histamina 1 μM [Emax= 58,68 ± 7,17 %; CE50 144,10 (86,65 – 239,70); n= 6] e KCl 40 mM [Emax= 50,76 ± 3,79 %; CE50 91,94 (57,97 – 145,80); n= 7], não apresentando diferença estatística em suas potências, o que sugere uma ação deste medicamento sobre uma etapa comum a estes três agentes. Todavia, a ação relaxante deste fitoterápico foi atenuada em íleo pré-contraído com KCl 60 mM [Emax = 39,28 ± 1,95 %; CE50 = 169,80 (120 – 160); n=7] e sua eficácia e potência também foram significantemente atenuados na presença de bloqueadores de canais para K+, 5 mM TEA+ [Emax (22,79 ± 2,99 %; CE50 93,41 (54,89 – 159,00); n = 5) e 5 mM CsCl [Emax (29,44 ± 6,24 %; CE50 112,60 (44,09 – 287,80); n = 5), sugerindo a participação dos canais para K+ em seu efeito relaxante. Por outro lado, em contrações induzidos por 300 nM S(-)- Bay K 8644, um agonista de canais para Ca2+ tipo-L, o efeito induzido pelo fitoterápico [Emax = 39,28 ± 1,95 %; CE50 = 199,70 (120,50 – 239,00); n = 8] foi significativamente menor, quando comparado ao carbacol, indicando a participação dos Cav em seu efeito. Em preparações pré-incubadas com 1 μM propranolol (Emax = 34,45 ± 4,97%; n = 6), o Emax foi atenuado, sugerindo também a participação de receptores β-adrenérgicos no efeito induzido por este medicamento. Assim, concluimos que o Fitoterápico em estudo age estimulando o trato gastrointestinal de ratos e camundongos, principalmente em modelos de constipação e que o mesmo apresenta atividade espasmolítica em íleo de cobaia provavelmente pela abertura de canais para K+, inibição de canais para Ca2+ e ativação de receptores β-adrenérgicos.

  • MONALISA TAVEIRA BRITO
  • Avaliação da Atividade Antitumoral e Toxicidade de óleo essencial das folhas de Rollinia leptopetala R.E. Fries (Annonaceae).
  • Data: 10/02/2012
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O câncer é uma doença genética complexa que constitui um importante problema de saúde pública em todo o mundo sendo responsável por cerca de sete milhões de óbitos a cada ano. Muitos dos fármacos antineoplásicos utilizados atualmente na clínica médica foram isolados de espécies vegetais ou são baseados em protótipos isolados das mesmas. Porém, agentes antineoplásicos, naturais ou sintéticos, podem ocasionar sérios danos ao organismo, o que justifica a necessidade de avaliação de sua toxicidade. Rollinia leptopetala R.E. Fries (Annonaceae), conhecida popularmente como "pinha-brava", é uma árvore ou arbusto endêmica no Brasil e utilizada popularmente no tratamento de tumores, assim como digestivo e anti-inflamatório. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do óleo essencial das folhas de Rollinia leptopetala (O.E.R.) através de ensaios in vitro e in vivo. Inicialmente foi avaliada a bioatividade desse produto natural frente o microcrustáceo Artemia salina. O valor de CL50 obtido foi de 101 μg/mL. Na investigação da citotoxicidade frente eritrócitos de camundongos o valor de CH50 obtido foi de 372,8 μg/mL. A avaliação da citotoxicidade do O.E.R. em diferentes linhagens tumorais demonstrou atividade citostática frente células das linhagens U251, MCF-7, PC-3 e principalmente K562. No estudo de toxicidade aguda em camundongos, o valor da DL50 obtida foi de 447,2 mg/kg. A avaliação da atividade antitumoral in vivo evidenciou taxas de inibição do crescimento tumoral de 59,29 % e 58,77 % para as doses de 100 e 150 mg/kg do O.E.R., respectivamente. As análises toxicológicas demonstraram leve toxicidade gastrointestinal e alteração significativa na função hepática corroborada com a análise histopatológica, para ambos os grupos tratados com o O.E.R. Ainda, O.E.R. não induziu aumento significante na frequência de eritrócitos micronucleados. Portanto, é possível inferir que o O.E.R. apresenta atividade antitumoral in vitro e in vivo com moderada toxicidade, o que não representa um fator limitante para a sequência de estudos visando sua aplicabilidade terapêutica.
  • RONY ANDERSON REZENDE COSTA
  • Determinação do Grau de Pureza em Amostras de Crack Apreendidas no Estado da Paraíba por RMNq e CLAE-DAD

  • Data: 10/02/2012
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Uma metodologia baseada em espectroscopia de ressonância magnética nuclear quantitativa (RMNq) foi desenvolvida para a análise do teor em cocaína de amostras de crack apreendidas no estado da Paraíba. O método foi comparado à metodologia desenvolvida e validada baseada em cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de arranjo de fotodiodos (CLAE-DAD). Os resultados permitiram determinar que o teor de cocaína nas amostras apresentam grande variabilidade, com a maioria das amostras com teores acima de 60%. Além disso as amostras foram submetidas a análise por cromatografia a gás acoplada a espectrometria de massas (CG/EM), mostrando que o principal adulterante nas amostras foi a fenacetina.

  • SARAH GUIMARAES DE LIMA MALHEIROS
  • ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DE SEIS ESPÉCIES DE USO MEDICINAL NO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 10/02/2012
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Planta medicinal é todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos. Os primeiros registros do uso de plantas medicinais datam de cerca de 2600 a.C. Desde então o homem tem utilizado as plantas para tratamento e cura de seus males. Os produtos naturais e seus derivados representam mais de 50% de todas as drogas em utilização clínica em todo o mundo, sendo as plantas superiores fornecedoras de pelo menos 25% desse total. Ainda que o crescimento no uso de plantas medicinais tenha sido muito grande nas últimas décadas, há ainda uma significante carência de dados de pesquisas nesta área, especialmente no que diz respeito ao controle de qualidade de drogas vegetais. Este trabalho teve por objetivo o estudo farmacobotânico de seis espécies medicinais de uso comum no nordeste brasileiro, de forma a subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, uma vez que os dados morfoanatômicos para essas espécies são escassos, embora a importância farmacológica de cada uma esteja bem definida. Para tanto, foram realizados estudos morfológicos de caules e folhas e estudos anatômicos de raizes, caules e folhas, além de estudo ultraestrutural das superfícies foliares de Ageratum conyzoides, Justicia pectoralis, Cnidoscolus urens, Cnidoscolus infestus, Aristolochia papillaris e Aristolochia birostris. Os resultados obtidos evidenciaram estruturas bem definidas e caracteres particulares de cada espécie. As análises morfoanatômicas das espécies em estudo possibilitaram a caracterização de cada uma delas, fornecendo subsídio para sua correta identificação e distinção das espécies próximas e morfologicamente semelhantes.

  • RAFAELA DOS SANTOS SOARES
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DE Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub. (FABACEAE)
  • Data: 09/02/2012
  • Hora: 08:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub. (Fabaceae), popularmente conhecida como rabo-de-bugio ou marmelo-do-mangue, é uma espécie escandente ou semi-prostrada, encontrada associada a estuários, mangues e dunas. Foi observado que as abelhas coletavam o exsudato vermelho na superfície das partes áreas dessa espécie sugerindo ser essa é a origem botânica da própolis vermelha. Este trabalho objetivou contribuir para o conhecimento quimiotaxonômico do gênero Dalbergia e da família Fabaceae através do estudo fitoquímico da espécie D. ecastophyllum. Logo, o material vegetal foi coletado em Rio Tinto – Paraíba e depositado no Herbário do Departamento de Sistemática e Ecologia – UFPB com o código 45738 (JPB). Para o estudo fitoquímico, o vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada por métodos espectroscópicos, como: Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparações com modelos da literatura. Da fase hexânica obteve-se o triterpeno friedelina, duas misturas de esteroides, não glicosilado e glicosilado, (β-sitosterol e estigmasterol) e uma mistura com três triterpenos (lupeol, β-amirina e germanicol). Da fase diclorometano foram isolados e identificados dois isoflavonoides, biochanina A e 2‟-hidroxi-5‟-metoxibiochanina A, sendo essa última substância relatada pela primeira vez no gênero, contribuindo, portanto para a quimiotaxonomia do gênero Dalbergia e da família Fabaceae.
  • DANIELLE SERAFIM PINTO
  • Estudo Fitoquímico de Piperaceas do Norte e Nordeste Brasileiro: Piper lateripilosum Yuncker, Piper mollicomum Kunth e Piper montealegreanum Yuncker
  • Data: 06/02/2012
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O gênero Piper é o maior da família Piperaceae, com pelo menos 1000 espécies distribuídas especialmente na região Neotropical, onde cerca de dois terços das espécies descritas são encontradas. É um gênero com boa representatividade comercial e muitas aplicações medicinais. A investigação fitoquímica de espécies deste gênero, de tão grande riqueza metabólica e de vasta utilização pela medicina popular, além de suas várias atividades biológicas citadas na literatura, pode abrir perspectivas para a química, farmacologia e quimiotaxonomia. Este trabalho reporta o estudo fitoquímico de três espécies de Piper, visando o isolamento e identificação de seus constituintes químicos, bem como a disponibilização de seus extratos, frações e substâncias isoladas, para realização de estudos farmacológicos. Utilizando-se métodos cromatográficos usuais e técnicas espectroscópicas de IV e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais e a comparação dos dados com a literatura foi possível isolar e identificar cinco amidas e dois esteróides de Piper lateripilosum, todos isolados pela primeira vez nesta espécie; de Piper mollicomum foram isoladas uma nova amida e uma cumarina, das respectivas fases hexânica e clorofórmica do extrato etanólico bruto das folhas, além de um derivado do ácido benzóico e de uma aristolactama obtidos da fase clorofórmica do caule desta espécie. A amida está sendo relatada pela primeira vez na literatura, a cumarina pela primeira vez no gênero e o derivado do ácido benzóico e a aristolactama pela primeira vez nesta espécie. De Piper montealegreanum foi possível isolar uma nova chalcona, bem como reisolar os flavonóides 8-formil-3’,5-diidroxi-7-metoxi-6-metilflavanona; 3’-formil-3,4’,6’-triidroxi-2’-metoxi-5’-metilchalcona e (2’-metoxi-3’-formil-4’,6’-dihidroxi-5’-metilfenil)-[3’’-(dimetilbut-6’’-enil)-7-fenil-(3-hidroxi)-ciclohex-2’’-enil]-metil-9-ona. Os extratos e algumas fases e substâncias isoladas foram disponibilizadas para a investigação da atividade antimicrobiana, hemolítica e moduladora da resistência à drogas antibacterianas.

  • VINICIUS NOGUEIRA TRAJANO
  • AÇÃO ANTIFÚNGICA DE MICROCÁPSULA CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE CINNAMOMUM ZEYLANICUM BLUME SOBRE ASPERGILLUS FLAVUS
  • Data: 06/02/2012
  • Hora: 08:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  •  

    Aspergillus flavus é um fungo contaminante de alimentos de origem vegetal, podendo
    esses ocasionar perdas nutricionais devido à transformação ou degradação de nutrientes,
    além de produzirem metabólitos tóxicos ao homem e animal. O óleo essencial de
    Cinnamomum zeylanicum Blume (canela) é uma alternativa para o controle de
    crescimento de fungos toxigênicos produtores de toxinas. Entretanto, tal produto
    apresenta grande instabilidade devido a sua volatilidade e fotossensibilidade. A
    microencapsulação é um processo farmacotécnico que visa à proteção e estabilidade a
    um determinado composto(s) dentro de uma película de agente encapsulante. O objetivo
    deste trabalho foi desenvolver e padronizar uma técnica de obtenção de microcápsulas
    do óleo essencial do C. zeylanicum para então serem utilizados no controle do
    crescimento de Aspergillus flavus. O óleo essencial de C. zeylanicum utilizado nos
    ensaios possui como componente majoritário o eugenol na concentração de 755,54 mg/
    g. Desta forma, esse produto apresentou uma excelente ação antifúngica sobre A. flavus
    evidenciando sua ação sobre a morfologia da membrana plasmática fúngica. Utilizando
    um equipamento de spray drying foi possível realizar, com êxito, a microencapsulação
    do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em maltodextrina e com a mistura
    maltodextrina e amido modificado obtendo um processo de produção promissor em
    relação à qualidade e custo de produção. A análise do potencial antifúngico das
    microcápsulas evidenciou que o processo de microencapsulação não interfere na ação
    fungistática e fungicida do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum sobre as espécies
    de A. flavus. O estudo de estabilidade demonstrou que o óleo essencial de C. zeylanicum
    microencapsulado em matriz de maltodextrina e maltodextrina com amido modificado
    sofreram pequena degradação quando armazenados em elevadas temperatura. No
    entanto, essa degradação é inferior a 7% quando armazenados em temperatura até
    60 °C. Tendo em vista que os óleos essenciais são produtos vegetais possuidores de
    atividade farmacológica, todavia apresentam uma instabilidade química frente às
    condições ambientais. Conclui-se que o processo tecnológico de microencapsulação do
    óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em matriz sólida de maltodextrina e
    maltodextrina com amido modificado aumenta a estabilidade química deste óleo sem
    alterar suas propriedades farmacológicas, agregando valor e aumentando o tempo de
    vida útil destes produtos vegetais.

    Aspergillus flavus é um fungo contaminante de alimentos de origem vegetal, podendo esses ocasionar perdas nutricionais devido à transformação ou degradação de nutrientes, além de produzirem metabólitos tóxicos ao homem e animal. O óleo essencial de Cinnamomum zeylanicum Blume (canela) é uma alternativa para o controle de crescimento de fungos toxigênicos produtores de toxinas. Entretanto, tal produto apresenta grande instabilidade devido a sua volatilidade e fotossensibilidade. A microencapsulação é um processo farmacotécnico que visa à proteção e estabilidade a um determinado composto(s) dentro de uma película de agente encapsulante. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e padronizar uma técnica de obtenção de microcápsulas do óleo essencial do C. zeylanicum para então serem utilizados no controle do crescimento de Aspergillus flavus. O óleo essencial de C. zeylanicum utilizado nos ensaios possui como componente majoritário o eugenol na concentração de 755,54 mg/g. Desta forma, esse produto apresentou uma excelente ação antifúngica sobre A. flavus evidenciando sua ação sobre a morfologia da membrana plasmática fúngica. Utilizando um equipamento de spray drying foi possível realizar, com êxito, a microencapsulação do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em maltodextrina e com a mistura maltodextrina e amido modificado obtendo um processo de produção promissor em relação à qualidade e custo de produção. A análise do potencial antifúngico das microcápsulas evidenciou que o processo de microencapsulação não interfere na ação fungistática e fungicida do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum sobre as espécies de A. flavus. O estudo de estabilidade demonstrou que o óleo essencial de C. zeylanicum microencapsulado em matriz de maltodextrina e maltodextrina com amido modificado sofreram pequena degradação quando armazenados em elevadas temperatura. No entanto, essa degradação é inferior a 7% quando armazenados em temperatura até 60 °C. Conclui-se que o processo tecnológico de microencapsulação do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em matriz sólida de maltodextrina e maltodextrina com amido modificado aumenta a estabilidade química deste óleo sem alterar suas propriedades farmacológicas, agregando valor e aumentando o tempo de vida útil destes produtos vegetais.

  • JANIERE PEREIRA DE SOUSA
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DO ÓLEO ESSENCIAL DE CORIANDRUM SATIVUM L. (COENTRO) SOBRE CANDIDA ALBICANS

  • Data: 03/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • As manifestações clínicas provocadas por leveduras do gênero Candida são cada vez mais freqüentes, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Candida albicans causa uma variedade de infecções oportunistas como candidíase vaginal, candidíase oral, candidíase intestinal, candidíase hematogênica, entre outras. A candidíase intestinal vem aumentando nos últimos anos, entretanto, ainda é pouco estudada. O aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e a sua toxicidade levam a busca por novos antifúngicos, mais eficazes e menos tóxicos. As plantas medicinais e em especial os óleos essenciais têm sido fonte preferencial de moléculas ativas. Assim, este estudo tem como objetivo identificar os componentes do óleo essencial de Coriandrum sativum e investigar sua atividade antifúngica, in vitro, sobre 12 cepas de Candida albicans. A análise da composição química do óleo foi realizada por cromatografia a gás acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). Os ensaios antifúngicos foram a determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), efeito do óleo sobre a cinética de crescimento da levedura e avaliação da interferência do óleo essencial sobre a micromorfologia de C. albicans. Os resultados da CG-EM mostraram 10 componentes, onde o terpinoleno (72,9 %) foi o constituinte majoritário. A CIM50, assim como a CIM90, foi de 512 μg/mL. Já a CFM50 foi de 512 μg/mL, enquanto a CFM90 foi de 1024 μg/mL. Na curva de morte de C. albicans LM 336 observou-se efeito fungicida (redução ≥3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial) do O. E. de C. sativum na concentração de 512 μg/mL (CIM) a partir de 8 horas. Na cepa de C. albicans ATCC 76485, um efeito fungicida foi detectado na concentração de 1024 μg/mL (CIMx2) a partir de 4 horas. O óleo essencial de C. sativum induziu uma redução significativa de pseudohifas, que é um importante fator de patogenicidade de C. albicans. Diante do exposto, conclui-se que o óleo essencial de C. sativum apresenta atividade antifúngica contra cepas de C. albicans e, consequentemente, representa uma nova possibilidade no arsenal de produtos para o tratamento da candidíase. Entretanto, são necessários estudos posteriores mais aprofundados acerca da sua toxicidade, mecanismos de ação, testes in vivo, entre outros, para ser considerado uma alternativa terapêutica.

  • STENO LACERDA DE OLIVEIRA
  • Fitoquímica de Espécies de Erythroxylum do Semi-Árido: Isolamento e Determinação Estrutural de Alcalóides Tropânicos, Flavonóides e Diterpenos
  • Data: 03/02/2012
  • Hora: 08:00
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  • Este trabalho descreve os resultados dos estudos fitoquímicos de três espécies do gênero Erythroxylum: Erythroxylum caatingae Plowman, Erythroxylum subrotundum A. St.-Hil e Erythroxylum revolutum Mart, identificadas pelo setor de botânica do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da UFPB. As espécies foram submetidas a processos de extração e posterior particionamento de seus extratos resultando nas fases hexânica, clorofórmica e acetato de etila.  Do estudo da fase clorofórmica de Erythroxylum caatingae foram isolados, através de métodos cromatográficos, quatro alcalóides tropânicos, sendo dois destes alcalóides (3α, 6β dibenzoiloxitropano, 3α-(3’,4’,5’- trimetoxibenzoiloxi)-6β-benzoiloxitropano (Catuabine B)), já isolados anteriormente e dois alcalóides inéditos na literatura (3α- (3’,4’-dimetoxi)-6β-hidroxitropano e 3α-(trans-3’,4’,5’ trimetoxicinamoiloxi)-6β-benzoiloxitropano. Da fase acetato de etila de Erythroxylum subrotundum foram isolados dois flavonóides: a Quercetina 3-O-α-L-raminosídeo e 5, 7, 4’-trihidroxi flavona 3-O-α-L-raminosídeo. Do estudo da fase hexânica de Erythroxylum revolutum foram isolados seis diterpenos: ent-cauran-16-ene, 13-hidroxi-8(17),14-labdadien (Manool), ent-caur-16-en-3β-ol, 3-oxo-13-hidroxi-8(17),14-labdadien, 3,13,19-trihidroxi-8(17),14-labdadien e ent-cauran-16β, 17-diol. As espécies tiveram seus constituintes químicos identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensional, além de comparação com dados obtidos na literatura. Assim, os resultados obtidos neste trabalho contribuíram para o estudo químico de espécies da família Erythroxylaceae.

  • ANNA CLAUDIA DE ANDRADE TOMAZ
  • Substâncias Encontradas em Algas Rodofíceas do Litoral Paraibano e do Mar Jônico - Grécia
  • Data: 02/02/2012
  • Hora: 14:00
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  • Organismos marinhos são fontes potencialmente geradoras de metabólitos secundários bioativos que podem representar ferramentas úteis no desenvolvimento de novos fármacos. As algas vermelhas são consideradas a fonte mais importante de muitos metabólitos biologicamente ativos, quando comparadas com outras classes de algas, e compreendem cerca de 8000 espécies. Nas áreas litorâneas do Nordeste brasileiro, as algas vermelhas, como do gênero Gracilaria, são espécies abundantes. As rodofíceas Gracilaria birdiae, Gracilaria caudata, Gracilaria cervicornis e Gracilaria domingensis (família Gracilariaceae) coletadas no litoral paraibano foram alvos do nosso interesse científico com o objetivo de conhecer seus princípios ativos, considerando-se que, na literatura científica, são quase inexistentes quaisquer dados químicos ou farmacológicos no que tange aos seus estudos. Somou-se a esta pesquisa, uma colaboração com o Prof. Dr. Vassilios Roussis da Universidade de Atenas (Grécia), por intermédio do Programa de Doutorado no País com Estágio no Exterior (PDEE/CAPES). Através desta parceria, realizou-se também o estudo fitoquímico da alga vermelha Sphaerococcus coronopifolius (família Sphaerococcaceae) coletada no mar Jônico (Grécia), tendo em vista que esta espécie já foi alvo de investigações químicas prévias e apresenta, reconhecidamente, um excelente perfil fitoquímico. Para o cumprimento desses objetivos, foram utilizados métodos cromatográficos e espectroscópicos adequados. A análise das algas do gênero Gracilaria permitiu a identificação de uma fração rica em hidrocarbonetos, e o isolamento e identificação de um esterol e um ácido graxo na alga G. caudata, bem como a análise e caracterização dos ésteres metílicos de ácidos graxos dos extratos CH2Cl2/MeOH das quatro espécies em estudo. O estudo da alga Sphaerococcus coronopifolius culminou no isolamento e purificação de vinte terpenos, sendo três inéditos na literatura, um isolado pela primeira vez na espécie, um isolado pela primeira vez desta espécie quando coletada no mar Jônico (Grécia), e os demais re-isolados com vistas à obtenção de material para a realização de testes biológicos.

2011
Descrição
  • MARINE RAQUEL DINIZ DA ROSA
  • A interferência do Óleo essencial de Citrus auratium L. sobre a Ansiedade de Trabalhadores Expostos ao Ruído Ocupacional
  • Data: 19/12/2011
  • Hora: 14:00
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  • O ruído é um agente físico que pode causar efeitos auditivos e extra-auditivos. Tratando-se dos efeitos extra-auditivos, a ansiedade é um sintoma ainda pouco estudado relacionando-se com o ruído, mas é uma desordem psiquiátrica comum na população exposta ao ruído ocupacional. Para tratar ou minimizar os transtornos de ansiedade existem disponíveis medicamentos ansiolíticos, tais como, benzodiazepínicos, antidepressivos, dentre outros. Entretanto, estes provocam efeitos colaterais (sonolência, tontura, diminuição da atenção e concentração), fato que, muitas vezes, impede o uso do medicamento. Atualmente, pesquisas utilizando óleos essenciais buscam o tratamento da ansiedade, reduzindo a possibilidade de ocorrência de efeitos colaterais. O óleo essencial de CiaL. demonstrou ação no Sistema Nervoso Central, reduzindo os efeitos comportamentais em animais (permanência em campo aberto, entrada e saída no labirinto em cruz-braços aberto e tempo de permanência no mesmo) e vem sendo utilizada por profissionais da saúde para restabelecer o bem-estar emocional, reduzir depressão, ansiedade e estresse. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do óleo essencial de CiaL. na ansiedade de trabalhadores expostos ao ruído ocupacional. Tratou-se de um ensaio clínico, cuja amostra do estudo foi composta por 48 trabalhadores expostos a ruído ocupacional de uma indústria de papel da Paraíba com idade entre 20 e 51 anos, sendo todos do sexo masculino. Os trabalhadores, que atenderam aos critérios de inclusão da pesquisa, foram divididos em quatro grupos de forma não-aleatória, pareados de acordo com a idade e de acordo com liberação do setor de produção: grupo alta ansiedade experimental (n=8); grupo ata ansiedade controle (n=8); grupo baixa ansiedade experimental (n=16) e grupo baixa ansiedade controle (n=16). Os trabalhadores do grupo experimental foram expostos à inalação do CiaL. (10 mL), durante 25 minutos, individualmente em uma sala e os parâmetros psicológicos (Inventário de Ansiedade Traço e Estado- estado) e fisiológicos (pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura de extremidade e condutância elétrica da pele) foram avaliados antes e imediatamente após a exposição. Os indivíduos dos grupos controle participaram do mesmo ensaio clínico, mas sem inalação do óleo essencial. Os resultados foram analisados por meio de teste paramétricos ANOVA e correlação de Pearson. Observou-se correlação positiva entre Inventário de Ansiedade Traço e Estado -traço e Self report questionnaire-20, com escores mais elevados nos grupos alta ansiedade. Com a aplicação do IDATE-estado, antes e depois da inalação do Citrus aurantium L., demonstrou-se redução dos escores para os grupos baixa e alta ansiedade experimental. Na mensuração dos parâmetros fisiológicos, observou-se redução da pressão arterial, frequência cardíaca e condutância elétrica apenas para o grupo baixa ansiedade. Portanto, os resultados encontrados evidenciam o efeito ansiolítico do CiaL. ,imediatamente após intervenção aguda, nos grupos de baixa ansiedade/alta ansiedade conforme parâmetros psicológicos e apenas no grupo de baixa ansiedade, considerando os parâmetros fisiológicos.

  • JUAN CARLOS RAMOS GONCALVES
  • MODULAÇÃO DA ATIVIDADE DOS CANAIS DE SÓDIO DEPENDENTES DE VOLTAGEM E DE CANAIS TRPV1 POR (–)-CARVONA
  • Data: 14/12/2011
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Dentre os produtos de origem natural com propriedades analgésicas comprovadas 
    experimentalmente, destacam-se os monoterpernos, tidos como os principais 
    constituintes químicos dos óleos essenciais de plantas aromáticas. A (–)-carvona é 
    um exemplo de monoterpeno com propriedades antinociceptivas, encontrada como 
    o principal constituinte ativo dos óleos de algumas espécies do gênero Mentha. Uma 
    vez que o mecanismo  antinociceptivo periférico  de  (–)-carvona não está 
    estabelecido, o presente trabalho se  propõe a melhor caracterizá-lo.  Inicialmente 
    realizou-se um estudo estrutura-atividade, onde foi possível demonstrar a 
    importância do grupo carbonila ligado à molécula de (–)-carvona, durante o seu 
    efeito bloqueador da excitabilidade nervosa periférica de rato, e ainda, que a 
    substituição desse grupo por uma hidroxila potencializou esse efeito. Após 
    demonstrarmos que (–)-carvona possuía baixa citotoxicidade, investigou-se os 
    efeitos desse monoterpeno sobre o canais de sódio dependentes de voltagem (Nav) 
    e nos canais receptores de potencial transiente vanilóides 1 (TRPV1), envolvidos na 
    nocicepção periférica,  utilizando-se  neurônios do gânglio da raiz dorsal (DRG) de 
    rato.  Por meio da  técnica de Whole-cell Patch-clamp  foi possível demonstrar que    
    (–)-carvona (1 mM) foi capaz de reduzir o influxo de Na+
      de 8,7±1,6 nA (controle) 
    para 5,3±1,1 nA (p< 0,05). Posteriormente, através de ensaios de microscopia de 
    fluorescência, observou-se que (–)-carvona aumentou os níveis de Ca2+
      em 
    neurônios DRG, possivelmente via canais TRPV1. O envolvimento desses canais foi 
    posteriormente confirmado por antagonismo específico e por expressão heteróloga 
    em  HEK 293, por transfecção dessas células com cDNA-TRPV1 de  Rattus 
    novergicus. Em seguida, demonstrou-se que (–)-carvona atua sobre o canal TRPV1, 
    de modo dependente de concentração, promovendo  a sua dessensibilização. 
    Adicionalmente, foi descartada a participação de outro canal TRP envolvido na dor, 
    como  o TRPM2, durante o efeito de (–)-carvona. Portanto, o presente estudo 
    evidenciou que a substituição do grupamento carbonila por uma hidroxila na 
    molécula de (–)-carvona poderia aumentar a eficiência desse monoterpeno na 
    redução da excitabilidade nervosa periférica.  Este  efeito  foi  demonstrado como 
    sendo resultante do bloqueio de canais Nav, bem como pela ativação e posterior 
    dessensibilização  de canais TRPV1, indicando a grande potencialidade deste 
    monoterpeno como uma molécula antinociceptiva periférica ou protótipo de nova 
    droga analgésica. 
    Dentre os produtos de origem natural com propriedades analgésicas comprovadas experimentalmente, destacam-se os monoterpernos, tidos como os principais constituintes químicos dos óleos essenciais de plantas aromáticas. A (–)-carvona é um exemplo de monoterpeno com propriedades antinociceptivas, encontrada como o principal constituinte ativo dos óleos de algumas espécies do gênero Mentha. Uma vez que o mecanismo  antinociceptivo periférico  de  (–)-carvona não está estabelecido, o presente trabalho se  propõe a melhor caracterizá-lo.  Inicialmente realizou-se um estudo estrutura-atividade, onde foi possível demonstrar a importância do grupo carbonila ligado à molécula de (–)-carvona, durante o seu efeito bloqueador da excitabilidade nervosa periférica de rato, e ainda, que a substituição desse grupo por uma hidroxila potencializou esse efeito. Após demonstrarmos que (–)-carvona possuía baixa citotoxicidade, investigou-se os efeitos desse monoterpeno sobre o canais de sódio dependentes de voltagem (Nav) e nos canais receptores de potencial transiente vanilóides 1 (TRPV1), envolvidos na nocicepção periférica,  utilizando-se  neurônios do gânglio da raiz dorsal (DRG) de rato.  Por meio da  técnica de Whole-cell Patch-clamp  foi possível demonstrar que    (–)-carvona (1 mM) foi capaz de reduzir o influxo de Na+  de 8,7±1,6 nA (controle) para 5,3±1,1 nA (p< 0,05). Posteriormente, através de ensaios de microscopia de fluorescência, observou-se que (–)-carvona aumentou os níveis de Ca2+  em neurônios DRG, possivelmente via canais TRPV1. O envolvimento desses canais foi posteriormente confirmado por antagonismo específico e por expressão heteróloga em  HEK 293, por transfecção dessas células com cDNA-TRPV1 de  Rattus novergicus. Em seguida, demonstrou-se que (–)-carvona atua sobre o canal TRPV1, de modo dependente de concentração, promovendo  a sua dessensibilização. Adicionalmente, foi descartada a participação de outro canal TRP envolvido na dor, como  o TRPM2, durante o efeito de (–)-carvona. Portanto, o presente estudo evidenciou que a substituição do grupamento carbonila por uma hidroxila na molécula de (–)-carvona poderia aumentar a eficiência desse monoterpeno na redução da excitabilidade nervosa periférica.  Este  efeito  foi  demonstrado como sendo resultante do bloqueio de canais Nav, bem como pela ativação e posterior dessensibilização  de canais TRPV1, indicando a grande potencialidade deste monoterpeno como uma molécula antinociceptiva periférica ou protótipo de nova droga analgésica. 

  • Juliana Moura Mendes
  • Investigação da Atividade Antifúngica do Óleo Essencial de Eugenia caryophyllata Thunb. sobre cepas de Candida tropicalis
  • Data: 13/12/2011
  • Hora: 14:00
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  • As candidíases são infecções fúngicas de caráter oportunista, envolvendo leveduras do gênero Candida. No Brasil, a espécie C. tropicalis é a segunda mais comumente isolada após C. albicans. O surgimento de cepas resistentes aos antifúngicos convencionais tem aumentado a busca por novas alternativas provenientes de produtos naturais, em especial os óleos essenciais. Este trabalho investigou a atividade do óleo essencial (OE) de Eugenia caryophyllata Thunb. (cravo-da-índia) sobre cepas de C. tropicalis, através da Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), da Concentração Fungicida Mínima (CFM), do efeito sobre micromorfologia, da viabilidade fúngica (time-kill) e ensaio de sinergismo (checkerboard). A CIM e CFM foram 512 e 1024 μg/mL, respectivamente, para o óleo essencial e 2 μg/mL para anfotericina B. Quando foi avaliada a ação do OE e da anfotericina B sobre a micromorfologia da cepa clínica, observou-se inibição da formação das hifas e pseudohifas, que são fatores de virulência importantes no desenvolvimento das candidíases. Observou-se também o óleo essencial tem atividade antifúngica dependente da concentração e do tempo, e que a associação do OE e anfotericina B demonstrou efeito aditivo.Dessa forma, pode-se concluir que o óleo essencial de E. caryophyllata apresenta forte atividade antifúngica, podendo ser objeto para estudos mais aprofundados acerca dessa atividade.

  • ALEXSANDRO FERNANDES MARINHO
  • Caracterização dos marcadores, desenvolvimento e validação de método analítico aplicado ao estudo de sazonalidade e identificação de novos alcalóides de Cissampelos sympodialis
  • Data: 09/12/2011
  • Hora: 09:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O extrato etanólico das folhas de Cissampelos sympodialis Eichl mostrou promissora atividade em diferentes modelos animais de asma. Vários alcaloides têm sido isolados e identificados no extrato, incluindo warifteína e metilwarifteína (bisbenzilisoquinolínicos), assim como milonina (morfinandienônico). Nesse trabalho descrevemos o desenvolvimento e validação de método para quantificação simultânea dos marcadores químicos em extratos etanólico aplicado ao estudo da sazonalidade e o isolamento de dois alcalóides bisbenzilisoquinolínicos. Os alcalóides milonina, warifteína e metilwarifteína foram isolados, purificados e quantificados em extratos etanólico bruto das folhas através de metodologia desenvolvida e validada. A warifteína e metilwarifteína foram isolados da fração de alcaloides totais das raízes (FAT-r) de C. sympodialis, enquanto a milonina foi isolada da FAT-f. A identificação estrutural dos alcaloides foi realizada por espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, espectrometria de massas e espectrometria de infravermelho. O método fez uso de cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por ultravioleta (278 nm), utilizando uma coluna de fase reversa C18 (250 x 4,6 mm, 5µm) e como fase móvel uma mistura de água-trietilamina (0,05%) (A) : metanol (B) em modo gradiente: 0-5 min. (60%), 5-15 min. (72%), 15-25 min. (80%), 25-30 min. (60%) a um fluxo de 1 mL/min. e tempo de corrida de 30 min. O método cromatográfico desenvolvido foi validado segundo o preconizado na Resolução 899 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e se mostrou linear na faixa de concentração utilizada (2-100 µg/mL), seletivo (com boa separação entre os três picos cromatográficos e interferentes), preciso (DPR%≤15%), exato (bias 85-115%) e robusto. O modelo de calibração utilizada foi o de adição de padrão. No estudo da sazonalidade dos marcadores foi possível observar que houve diminuição significativa da concentração de milonina, warifteína e metilwarifteína entre os meses de fevereiro e abril. Essas diminuições proeminentes para as três moléculas coincidem com o período de frutificação da planta sendo verificado o aparecimento de warifteína e metilwarifteína nos frutos. Essa observação sugere a necessidade da biossíntese dos alcaloides pelos frutos. Através de técnicas espectrométricas e cromatográfica foi isolado e identificado da FAT-r de C. sympodialis uma mistura de epímeros a 7’- desmetilroraimina e a 1’- epi - 7’- desmetilroraimina que são alcalóides bisbenzilisoquinolínicos inéditos na literatura

  • SOCRATES GOLZIO DOS SANTOS
  • DESENVOLVIMENTO BIONALITICO PARA ESTUDO FARMACOCINÉTICO E METABOLOMICO DAS RIPARINAS I E III - ANIBA RIPARIA (NEES) MEZ
  • Data: 05/12/2011
  • Hora: 09:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Aniba  riparia (Nees)  Mez.  (Lauraceae)  é  popularmente  conhecida  como  “louro”,
    encontrada  na  Amazônia  e  nas  Guianas, podendo estender-se para  os  Andes.  Do
    fruto  verde  desta  planta  foram  isoladas  alguns  alcalóides,  do  tipo  alcamidas,  que
    foram denominadas de Riparina I (éter metálico de N-benzoil tiramina) e Riparina III
    (éter  metálico  de  N-2,6-dihidroxi-benzoil  tiramina)  em  homenagem  à planta.  As
    riparinas  I  e  III,  quando  administradas  por  via  oral  e  intraperitoneal  em
    camundongos,  apresentaram  efeito  ansiolítico,  desprovidas  de  efeitos  sedativo  ou
    relaxante muscular. O presente estudo vem demonstrar o desenvolvimento analítico
    e  determinações  de  variáveis  e  seus  efeitos  no  estudo  de  estabilidade,  efeito  de
    matriz,  efeito  de  ligação  à albumina, parâmetros  de  análise  em  CLAE-EMn e
    abordagem metabolômica  na  identificação  do  perfil  psicofarmacologico. O conjunto
    de dados gerados por este estudo será importante em futuras pesquisas no melhor
    entendimento, descoberta e quantificaçã…o dessas moléculas na família, e em outras
    espécies  do  gênero,  assim  como  o  entendimento  do  comportamento  em  matrizes
    complexas como sangue e urina para estudo farmacocinético.

  • ADRIANA MARIA FERNANDES DE OLIVEIRA GOLZIO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E HIPOGLICEMIANTE NO ESTUDO SAZONAL DE Bauhinia cheilantha (Bong.) Steudel

  • Data: 25/11/2011
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Diabetes mellitus (DM) é uma desordem metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica, associada com anormalidade no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Hiperglicemia gera espécies reativas de oxigênio (ROS), que causam peroxidação lipídica e danos à membrana biológica e estes radicais livres exercem uma importante função no surgimento de complicações secundárias desta patologia. Diversas plantas medicinais tem sido pesquisadas como alternativas para o tratamento da diabetes e além de possuírem grande potencial antioxidante, o que pode retardar a evolução da doença. Várias espécies do gênero Bauhinia são utilizadas na medicina popular para o tratamento de diabetes. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito da variação sazonal na atividade hipoglicemiante e antioxidante de Bauhinia cheilantha. Foram coletadas amostras da espécie em quatro diferentes datas no decorrer de um ano. Das amostras de plantas coletadas, foram obtidos o extrato etanólico bruto e frações hidroalcoólica (HID), Hexânica (HEX) e acetato de etila (AcOEt) e, a partir de amostras com melhor atividade farmacológica, foi realizada a padronização do composto através da validação da metodologia analítica. O método foi validado de acordo com a Resolução - RE nº 899, de 29 de maio de 2003, da ANVISA e aplicado utilizando as fases AcOEt e HID da planta. O método mostrou-se seletivo, linear, preciso, exatidão e como limites de detecção e quantificação como especificado pela ANVISA. As fases AcOEt e HID apresentaram 4 picos majoritários, quando analisado o cromatograma, apresentando, em algumas coletas diferença significativa. Foi quantificado o teor de fenólicos totais presentes nestas fases, bem como realizados testes antioxidantes [Atividade seqüestradora do radical DPPH (2,2-Difenil-1-picrilhidrazil) e Capacidade antioxidante equivalente ao TROLOX]. Foram utilizados camundongos Swiss para os testes farmacológicos: Toxicidade Aguda, Teste de Tolerância oral à glicose efeito hipoglicemiante agudo da fase AcOEt, da 4ª coleta. O EEB mostrou – se seguro, apresentando baixa toxicidade nos animais. A dose de 600mg/kg da col2, da fase AcOEt, diminuiu significativamente os níveis de glicemia, nos tempos de 60 e 120min, em relação ao controle. A dose de 300mg/kg da col4, da fase AcOEt, diminuiu significativamente a glicemia, no tempo de 120min, quando comparado com o controle.

  • HELOINA DE SOUSA FALCAO
  • Data: 25/11/2011
  • Hora: 00:00

  • VANINE MOTA LEMOS
  • Efeitos antinociceptivos do óleo essencial de Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) e do timol em camudongos
  • Data: 24/11/2011
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Espécies do gênero Lippia são amplamente utilizadas na medicina popular para tratar a dor. Lippia microphylla Cham. (alecrim-de-tabuleiro) é utilizada principalmente no tratamento de enfermidades do trato respiratório, sendo pouco investigada cientificamente, não existindo estudos psicofarmacológicos com o óleo essencial desta espécie. O presente trabalho investigou possível atividade depressora do Sistema Nervoso Central (SNC) e antinociceptiva do óleo essencial de Lippia microphylla Cham. (OELM), e do seu componente majoritário, timol. O tratamento agudo de camundongos com OELM ou timol, pela administração intraperitoneal, produziu diminuição da ambulação, sedação e analgesia na triagem farmacológica comportamental. Determinou-se a dose letal 50% (DL50) do OELM, o que permitiu estabelecer doses relativamente seguras para os testes subseqüentes (50, 100 ou 150 mg/kg). No teste do Rota Rod, o desempenho motor foi afetado pela administração de 150 mg/kg de OELM, aos 30 minutos, mas não em períodos posteriores (60 e 120 minutos). Efeito semelhante foi observado com administração do timol na dose de 150 mg/kg, todavia, permaneceu até os 60 minutos de tratamento. No teste do campo aberto, os animais tratados com OELM ou timol apresentaram diminuição da ambulação e do rearing nas três doses testadas, da defecação (OELM: 100, 150 mg/kg; timol: 150 mg/kg), bem como do grooming (150 mg/kg) indicando atividade semelhante à drogas com perfis sedativo e ansiolítico. Propriedades antinociceptivas do OELM ou do timol foram observadas através da inibição do número de contorções abdominais no teste das contorções induzidas por ácido acético e na primeira e segunda fase do teste da formalina nas três doses avaliadas. Além disso, foi utilizado o teste da placa quente, que mostrou um aumento na latência ao estímulo termoceptivo nos animais que receberam OELM (150 mg/kg) ou timol (100 ou 150 mg/kg). A administração de naloxona (6mg/kg, i.p.) não reverteu o efeito antinociceptivo do OELM ou do timol no teste de formalina. Sulpirida (20 mg/kg, s.c.) ou atropina (5 mg/kg, s.c.) não bloquearam o efeito antinociceptivo do OELM ou do timol no teste do ácido acético. Estes resultados sugerem que OELM e timol têm efeitos psicofarmacológicos sugestivos de drogas depressoras do SNC, com promissoras atividades do tipo sedativas e ansiolíticas. Os efeitos antinociceptivos do OELM e do timol foram bastante semelhantes, apresentando-se dose dependente, provavelmente mediados em nível de SNC e sem a participação dos sistemas opióide, dopaminérgico ou muscarínico nestas respostas antinociceptivas. Mais estudos são necessários para elucidar seus mecanismos de ação

  • IGARA OLIVEIRA LIMA
  • Data: 11/11/2011
  • Hora: 00:00

  • CAMILA CAROLINA DE MENEZES SANTOS BERTOZZO
  • ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTIOXIDANTE DO FITOL EM MODELOS IN VIVO E IN VITRO
  • Data: 04/11/2011
  • Hora: 14:00
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  • O presente estudo foi desenvolvido com a finalidade de traçar um perfil da atividade farmacológica do fitol, um diterpeno álcool. O estudo foi realizado em três etapas: (1) avaliação da toxicidade aguda, (2) avaliação da atividade do fitol sobre o SNC, com enfoque na atividade analgésica, e (3) avaliação da atividade antioxidante. Nas duas primeiras etapas, o estudo foi realizado in vivo e na terceira, o estudo foi in vitro. Os resultados foram expressos em média ± erro padrão da média (E.P.M.), sendo considerados significativos quando apresentaram p < 0,05. Na primeira etapa, o fitol apresentou baixa toxicidade, sem causar alterações nos parâmetros bioquímicos e hematológicos dos animais, apresentando uma DL50 de 1.153,39 (944,56 – 1.408,40) mg/kg. Nos testes seguintes, o fitol foi administrado intraperitonealmente (i.p.) nas doses de 25, 50, 100 e 200 mg/kg.O fitol apresentou perfil de droga depressora do SNC, sem comprometer a coordenação motora dos animais. A atividade antinociceptiva do fitol foi investigada através de modelos químicos (teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e o teste da formalina) e térmico (teste da placa quente) de nocicepção em camundongos. Em todos os testes, o fitol apresentou um efeito antinociceptivo significativo, tanto em nível central como periférico. Contudo, o efeito antinociceptivo do fitol não foi revertido pelos antagonistas naloxona (via opióide) e glibenclamida (canais de K+ATP), indicando que o fitol não atua por esses mecanismos, pelo menos diretamente. Na avaliação da atividade antioxidante in vitro do fitol, foram empregadas três metodologias, sendo uma para avaliar o efeito do fitol sobre a peroxidação lipídica, no teste de TBARS, e as outras duas para investigar se agia como substância seqüestradora de radicais livres, para o radical hidroxila (OH) e o óxido nítrico (NO). Em todos os testes, o fitol demonstrou forte atividade antioxidante, a qual pode ser atribuída a sua característica estrutural, uma vez que o fitol é um álcool insaturado de cadeia ramificada, e a propriedade antioxidante pode estar relacionada com o grupo hidroxila (OH) presente na sua molécula. Provavelmente, o fitol, ao reagir com um radical livre, doa átomos de hidrogênio com um elétron desemparelhado (H.),
    convertendo os radicais livres em espécies menos reativas. Como várias evidências mostram a participação destas espécies reativas no mecanismo da dor, a atividade antioxidante do fitol pode estar contribuindo com o seu efeito antinociceptivo.

  • AURYLENE CARLOS DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO PRÉ-CLÍNICA DOS EFEITOS CARDIOVASCULARES INDUZIDOS PELO LIOFILIZADO DO VINHO TINTO DO VALE DO SÃO FRANCISCO EM RATOS – ABORDAGEM IN VIVO E IN VITRO
  • Data: 03/11/2011
  • Hora: 10:00
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  • Estudos epidemiológicos demonstram que o consumo regular de vinho está associado a um decréscimo da mortalidade global. Acredita-se que o efeito protetor seja decorrente, pelo menos em parte, da presença de polifenóis. A atividade biológica do Liofilizado do vinho tinto do Vale do São Francisco (LVTVSF) foi estudada no sistema cardiovascular usando técnicas combinadas in vivo e in vitro. A análise química do LVTVSF revelou a presença de vários polifenóis, como a quercetina, miricetina e caempferol. Em ratos comhipertensão induzida pelo L-NAME, o LVTVSF foi capaz de reduzir a pressão arterial média (PAM) quando comparado ao grupo controle (143,7 ± 4,7 versus 172,5 ± 4,7 mmHg), sem alterar a frequência cardíaca (FC). Ratos normotensos no qual foi administrado LVTVSF (10, 30, 90 mg/Kg i.v) aleatoriamente promoveu efeitos hipotensor (-24,0 ± 1,2; -32,4 ± 1,3; -51,4 ±1,5 %),) e taquicárdico (14,5 ± 2,3; 19,5 ± 1,7; 28,4 ± 2,1%). A resposta hipotensora foi significantemente atenuada após a administração de NG-nitro-L-arginina-metil-éster (L-NAME) (20 mg/Kg i.v.), um inibidor da enzima sintase de óxido nítrico. Em preparações com anéis de artéria mesentérica superior isolada de ratos normotensos pré-contraídos com fenilefrina, o LVTVSF promoveu um efeito vasorelaxante (Emax= 87,22 ± 3,59%). Após a remoção do endotélio vascular o vasorelaxamento foi significativamente atenuado (Emax= 32,07 ± 2,07%, p < 0,05), sugerindo a participação de fatores relaxantes derivados do endotélio. Após a incubação com L-NAME (100 μM) e ODQ (10 μM), um inibidor da ciclase de guanilil solúvel, a resposta relaxante do composto foi significantemente atenuada (Emax.= 22,64 ± 3,74%, p < 0,05 e Emax= 37,08 ± 4,60%, p < 0,05, respectivamente). Resultados similares também foram obtidos em anéis com endotélio, na presença de KCl (20 mM), modulador do efluxo de K+; ou TEA ( 1mM), bloqueador não seletivo dos canais de K+; (Emax= 46,04 ± 9,87%, p < 0,05) e (Emax= 44,40 ± 5,80% p < 0,05). O LVTVSF aumentou os níveis de óxido nítrico em células endoteliais de aorta de coelho. Na presença de caribdotoxina (0,2 μM) e apamina (0,2 μM), bloqueadores dos canais de K+ sensiveis ao cálcio, o efeito relaxante induzido por LVTVSF não foi alterado. A incubação com os inibidores de espécies reativas de oxigênio, n-acetilcisteína (10 mM), tempol (100 μM) e apocinina (10 μM), diminuíram o vasorelaxamento. O efeito vasorelaxante não foi alterado na presença de atropina e indometacina, sugerindo que receptores muscarínicos, bem como metabólitos da via do ácido araquidônico não estão envolvidos neste efeito. Em células endoteliais de aorta de coelho o LVTVSF foi capaz de aumentar a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS). Esses resultados em conjunto sugerem que o efeito hipotensor induzido por LVTVSF provavelmente ocorre devido à redução na resistência periférica total, resultado da ativação da via eNOS-NO-GMPc, envolvendo um mecanismo sensível a sinalização redox. Esses efeitos podem ser atribuídos aos flavonóides encontrados no LVTVSF.

  • JOAO EUCLIDES FERNANDES BRAGA
  • Data: 21/10/2011
  • Hora: 00:00

  • GREGORIO FERNANDES GONCALVES
  • Avaliação das Atividades Citotóxica e Genotóxica de Taninos de Mimosa arenosa (Willd.) Poir. (Mimosaceae)

  • Data: 07/10/2011
  • Hora: 14:00
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  • Os produtos naturais representam uma rica fonte de compostos biologicamente ativos e são um exemplo de diversidade molecular, com reconhecido potencial na descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos. O gênero Mimosa se distribui nos mais variados ambientes e nos diversos tipos de vegetação das regiões tropicais. No nordeste do Brasil pode ser encontrado nos estados da Bahia, Pernambuco e Paraíba. Muitas espécies de Mimosa são economicamente importantes, no entanto, poucos estudos biológicos de plantas desse gênero foram realizados ate o momento, sendo comprovadas atividade antimicrobiana e alelopática. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as atividades citotóxica e genotóxica de taninos da espécie Mimosa arenosa (Willd.) Poir. A concentração inibitória mínima (CIM) obtida para Pseudomonas aeruginosa ATCC 8027 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 25619 foi 1000μg, para Bacillus subtilis ATCC 0516 e Escherichia coli ATCC 2536 a CIM foi de 500μg, já para as linhagens de Staphylococcus aureus ATCC 6538, Staphylococcus aureus ATCC 25925 e Escherichia coli ATCC 10536 a quantidade necessária de taninos para inibir o crescimento dessas bactérias foi de 250μg. A atividade antibacteriana exercida pelos taninos de M. arenosa frente a todas as linhagens testadas foi bacteriostática. Na avaliação de citotoxicidade, em nenhumas das concentrações testadas, os taninos de M. arenosa causaram hemólise significativa dos eritrócitos em nenhum dos grupos sanguineos testados. Entretanto, os taninos não conseguiram proteger as células eritrocitárias quando expostas a soluções hipotônicas de sal. Os taninos não apresentaram efeito oxidante em nenhuma das concentrações testadas, entretanto estes conseguiram reduzir a oxidação da hemoglobina quando expostas a um agente oxidante. Os taninos não foram capazes de induzir mutações, porém apresentaram efeito antimutagênico em linhagens de S. thyphimurium e também não promoveram dano cromossômico estrutural e/ou numérico em eritrócitos de camundongo “in vivo”.  

  • PAULA REGINA RODRIGUES SALGADO
  • Data: 28/09/2011
  • Hora: 00:00

  • GABRIELA LEMOS DE AZEVEDO MAIA
  • Data: 01/09/2011
  • Hora: 00:00

  • WALTER MENDES DE OLIVEIRA JUNIOR
  • Orientador : REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA
  • Data: 29/08/2011
  • Hora: 00:00

  • PATRICIA PINHEIRO FERNANDES VIEIRA
  • Data: 26/08/2011
  • Hora: 00:00

  • FLAVIA NEGROMONTE SOUTO MAIOR
  • Data: 12/08/2011
  • Hora: 00:00

  • ALETHEIA LACERDA DA SILVEIRA
  • Data: 14/07/2011
  • Hora: 00:00

  • EGBERTO SANTOS CARMO
  • Data: 08/07/2011
  • Hora: 00:00

  • ROOSEVELT ALBUQUERQUE GOMES
  • Data: 04/07/2011
  • Hora: 00:00

  • WYLLY ARAUJO DE OLIVEIRA
  • Data: 22/06/2011
  • Hora: 00:00

  • JANA LUIZA TOSCANO MENDES DE OLIVEIRA
  • Investigação da Toxicidade Geral e Oftalmológica do Óleo Essencial de Origanum vulgare L. (Lamiaceae)
  • Orientador : MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
  • Data: 01/04/2011
  • Hora: 14:00
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  • A conjuntivite bacteriana é uma das doenças oculares mais comuns e seu tratamento é feito com antibioticoterapia tópica de largo espectro. Em testes farmacológicos preliminares, o óleo essencial de Origanum vulgare demonstrou boa atividade antibacteriana contra agentes colhidos do fundo de saco conjuntival de portadores da doença. O objetivo deste estudo foi realizar ensaios toxicológicos pré clínicos, agudo e subcrônico, e avaliação da irritação ocular aguda com o óleo essencial de Origanum vulgare. O estudo toxicológico pré clínico agudo foi realizado usando camundongos albinos suíços (Mus musculus). Para determinação da DL50, os animais foram tratados com 2g/kg do óleo essencial por via oral e observados por sete dias, ao final dos quais, não foi evidenciada nenhuma morte. Também não foram observadas alterações comportamentais, de evolução ponderal e nem no consumo de alimentos e água. O exame anatomopatológico dos órgãos vitais não apresentou alterações ao final do experimento. Tais achados sugerem baixa toxicidade da substância teste. Para o ensaio toxicológico subcrônico, foram utilizados ratos Wistar (Ratttus novergicus), divididos em quatro grupos, aos quais administrou-se, por via oral, o óleo essencial de Origanum vulgare nas concentrações de 1, 3 e 9%. O grupo controle foi tratado apenas com o veículo e os animais foram observados por 28 dias. Não ocorreu nenhum caso de mortalidade. Com relação à evolução ponderal, consumo de água e ingesta de rações não surgiram alterações que caracterizem toxicidade importante. Não houve alteração na análise da temperatura colônica dos animais, nem com relação à glicemia caudal, indicando que o óleo essencial não altera o metabolismo e utilização da glicose. Não se observou alteração no tempo de permanência na barra no teste do “rota rod” em nenhum dos grupos estudados, indício de que o óleo essencial não possui efeitos neurotóxicos. No teste do campo aberto, houve um aumento do parâmetro ambulação e levantar em machos tratados com a maior dose do óleo essencial, comportamento semelhante a substâncias estimulantes motoras, sugerindo uma maior sensibilidade em machos. Quanto aos exames bioquímicos, foram evidenciadas alterações como eventos isolados, não tendo, aparentemente, importância clínica. Em relação à análise hematológica, o aumento do número de plaquetas nos machos foi expressivo, tanto do ponto de vista estatístico como clínico, podendo significar toxicidade esplênica. No estudo anatomopatológico dos órgãos, não foram evidenciadas alterações. O teste de irritação ocular aguda foi feito utilizando-se coelhos albinos neozelandeses (Oryctolagus cuniculus), aplicando-se 0,1 ml do óleo essencial, nas concentrações de 1, 3 e 9%, no fundo de saco conjuntival de um dos olhos do animal e tomando o outro olho como controle. O teste classificou o óleo essencial de Origanum vulgare a 1%, como substância não irritante e nas concentrações de 3 e 9%, como praticamente não irritante, o que sugere segurança do uso do produto como agente terapêutico na superfície ocular.​.​
  • JANA LUIZA TOSCANO MENDES DE OLIVEIRA
  • Orientador : MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
  • Data: 01/04/2011
  • Hora: 00:00

  • ISLANIA GISELIA ALBUQUERQUE GONCALVES
  • Data: 25/03/2011
  • Hora: 00:00

  • KIRIAKI NURIT SILVA
  • ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DE SOLANUM SECT. POLYTRICHUM CHILD E SOLANUM SECT. TORVA NEES (SOLANACEAE) OCORRENTES NO BRASIL E UMA REVISÃO DE ALCALÓIDES DE SOLANUM SUBG. LEPTOSTEMONUM
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo farmacobotânico das espécies brasileiras de Solanum seções Polytrichum Child e Torva Nees e uma revisão dos alcalóides de Solanum subg. Leptostemonum, como contribuição à taxonomia, anatomia,  quimiotaxonomia  e  fitoquímica  do  gênero  Solanum.  Muitas  espécies dessas seções são conhecidas como “jurubeba” e usadas como medicinais no Brasil. Em virtude da presença de caracteres morfológicos comuns, a distinção entre estas espécies   é   bastante   difícil.   Alcalóides   esteroidais,   saponinas   esteroidais   e flavonóides constituem grupos de substâncias mais freqüentes em espécies de Solanum. As análises macroscópicas e microscópicas foram realizadas em amostras frescas e hidratadas de material herborizado. Para os estudos anatômicos, realizaram-se seções paradérmicas e transversais, que, posteriormente clarificadas e coradas com safranina e/ou safrablue, foram observadas e fotografadas ao microscópio óptico. Fragmentos das epidermes foram analisadas ao microscópio eletrônico de varredura. A revisão de alcalóides de Solanum subg. Leptostemonum foi obtida através de levantamento bibliográfico. A presença de tricomas estrelados longo-pediculados foi um caráter comum às espécies de Solanum sect. Polytrichum, exceto em S. sublentum que mostrou tricomas estrelado-glandulares multiangulados, sésseis e pediculados. O indumento de Solanum seção Torva é constituído por diferentes  tipos  de  tricomas,  sendo  o  tipo  porrecto-estrelado,  séssil  ou  longo estipitado  predominante.  Tricomas  estrelados  com  pedículo  espessado  ocorre apenas  em  S.  metrobotryon,  o  que  constitui  um  caráter  distintivo  das  demais espécies. Foram observadas, em vista frontal, epidermes com paredes anticlinais curvas, retas e sinuosas. O padrão de distribuição anfiestomático foi predominante, observado na maioria das espécies. Estômatos do tipo anisocítico foram comuns a todas as espécies, ocorrendo também o tipo anomocítico, e paracítico apenas em S. subumbellatum. Em seção transversal, todas as espécies apresentaram nervura principal biconvexa, epiderme uniestratificada, mesofilo dorsiventral com paliçádico uniestratificado e colênquima angular. O caule, em crescimento secundário, apresentou o mesmo padrão referido para outras espécies de Solanum, cujo cilindro central  possui  estrutura  sifonostélica  contínua,  anfiflóica,  com  feixes  de esclerênquima na periferia do floema externo e interno. Os caracteres morfológicos macroscópicos e microscópicos foliares das seções estudadas apresentam graus de diferenciação para o diagnóstico e separação dos taxa. De acordo com a revisão de alcalóides realizada foi registrada a presença de 121 estruturas diferentes de alcalóides, pertencentes a 128 espécies de Solanum subg. Leptostemonum, sendo a maioria do tipo esteroidal presentes em 119 espécies. Solasodina, solamargina e solasonina foram os alcalóides esteroidais mais freqüentes.

  • FABRICIA COSTA MONTENEGRO
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • JULIANA DA SILVA BRANDI OLIVEIRA
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • KIRIAKI NURIT SILVA
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • LAZARO ROBSON DE ARAUJO BRITO PEREIRA
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • AUGUSTO LOPES SOUTO
  • Data: 25/02/2011
  • Hora: 00:00

  • INGRID CHRISTIE ALEXANDRINO RIBEIRO DE MELO
  • Data: 25/02/2011
  • Hora: 00:00

  • JOCELMO CÁSSIO DE ARAUJO LEITE
  • Data: 25/02/2011
  • Hora: 00:00

  • SEVERINO GONCALVES DE BRITO FILHO
  • Orientador : MARIA DE FATIMA VANDERLEI DE SOUZA
  • Data: 25/02/2011
  • Hora: 00:00

  • CAMILA DE ALBUQUERQUE MONTENEGRO
  • Orientador : LEONIA MARIA BATISTA
  • Data: 24/02/2011
  • Hora: 00:00

  • JACQUELINE IRIS VASCONCELOS COSTA
  • Orientador : MARIA CELIA DE OLIVEIRA CHAVES
  • Data: 24/02/2011
  • Hora: 00:00

  • RAQUEL BEZERRA DE SA DE SOUSA NOGUEIRA
  • Data: 24/02/2011
  • Hora: 00:00

  • ALINE LIRA XAVIER
  • Data: 23/02/2011
  • Hora: 00:00

  • ANA SILVIA SUASSUNA CARNEIRO LUCIO
  • Data: 23/02/2011
  • Hora: 00:00

  • RONALDO BEZERRA DE QUEIROZ
  • Data: 23/02/2011
  • Hora: 00:00

  • GEDSON RODRIGUES DE MORAIS LIMA
  • ATIVIDADE GASTROPROTETORA DE Combretum duartanum Cambes (COMBRETACEAE) EM MODELOS ANIMAIS
  • Orientador : LEONIA MARIA BATISTA
  • Data: 22/02/2011
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • RESUMO

    Combretum duarteanum  Cambess, popularmente conhecida como mofumbo, é uma espécie exclusiva da América Latina, geralmente associada a ambientes da caatinga,  com uso popular para fins medicinais, dentre elas para o tratamento de inflamação e infecções. Tais efeitos geralmente estão associados aos seus principais constituintes, dentre eles os flavonóides, taninos e terpenos. O extrato etanólico bruto (EEtOH-Cd) e a fase hexânica (FaHex-Cd) obtidos das folhas de C. duarteanum Cambess, foram avaliados quanto a sua toxicidade e efeitos farmacológicos frente a atividade gastroprotetora e cicatrizante, assim como os prováveis mecanismos de ação relacionados. A administração oral (v.o.) de 2000 mg/Kg do EEtOH-Cd, não provocou alterações no comportamento,  nos pesos corporais e nos órgãos, bem como não ocorreram alterações no consumo de água, entretanto,  o consumo de ração, foi reduzido no grupo dos animais machos. Não foram observadas alterações macroscópicas nos órgãos, sem ocorrência de mortes, sendo portanto, impossível determinar a DL50. O EEtOH-Cd e FaHex-Cd foram avaliados quanto à sua atividade gastroprotetora nos modelos de indução aguda de úlcera HCl/Etanol, etanol absoluto, estresse (imobilização e frio) e antiinflamatório não esteroidal (piroxicam) nas doses  62,5, 125, 250 e 500 mg/Kg (v.o.) e contensão do suco gástrico ( 250 mg/Kg v.o. e i.d.)  em camundongos Swiss e ratos Wistar machos. No modelo HCl/etanol, o EEtOH-Cd (62,5 125, 250 e 500 mg/kg, v.o.) reduziu o índice de lesão ulcerativa (ILU) em 28, 36, 55 e 63 %, respectivamente. Também foi observado no modelo de etanol que o EEtOH-Cd e a FaHex-Cd (62,5 125, 250 e 500 mg/kg, v.o.) inibiram o ILU em 51, 48, 61, 45 e 37, 44, 79, 86 %, respectivamente. No modelo de estresse o EEtOH-Cd ( 125, 250 e 500 mg/kg, v.o.) reduziu o ILU em cerca de  44, 54 e 69% e a FaHex-Cd (62,5, 125, 250 e 500 mg/kg, v.o.) em cerca de 55, 56, 69 e 79 %. Na indução aguda de úlcera por AINE, as porcentagens de proteção para EEtOH-Cd ( 125, 250 e 500 mg/kg, v.o.) e FaHex-Cd ( 250 e 500 mg/kg, v.o.)  foram 30, 42, 49 % e 43, 52 %, respectivamente. Nas úlceras induzidas por contensão do suco gástrico (ligadura de piloro) o EEtOH-Cd (250 mg/kg) e a FaHex-Cd (250 mg/kg) apresentaram proteção gástrica tanto por via oral (v.o.) (66 e 39 %) quanto por via intraduodenal (i.d.) (41 e 45 %), respectivamente. Tanto o EEtOH-Cd e FaHex-Cd não provocaram alterarações no volume e pH do suco gástrico. Na perspectiva de elucidar os prováveis mecanismos de ação envolvidos com a atividade gastroprotetora do EEtOH-Cd (250 mg/kg) e da FaHex-Cd (250 mg/kg), foram avaliadas as participações do muco aderido a mucosa, do óxido nítrico e dos grupamentos sulfidrílicos. De acordo com os resultados obtidos o efeito gastroprotetor não inclui a participação do muco, porém é dependente da participação do óxido nítrico e dos compostos sulfidrílicos. No modelo de úlcera induzida por ácido acético, o tratamento crônico com o EEtOH-Cd (250 mg/kg, v.o.) ou FaHex-Cd (250 mg/kg, v.o.) reduziu a área de lesão ulcerativa em 38 e 48 %, respectivamente. Neste modelo, durante os 14 dias de tratamento, foi observado que o EEtOH-Cd promoveu aumento na ingesta de água e ração. Portanto, estes dados indicam C. duarteanum apresenta atividade gastroprotetora podendo ter a participação dos grupamentos sulfidrilas e da via do óxido nítrico, bem como o envolvimento de fatores de crescimento no processo de cicatrização induzido pelos constituintes químicos presentes nas amostras vegetais testadas. 

  • ISIS FERNANDES GOMES
  • Data: 22/02/2011
  • Hora: 00:00

  • CALIANDRA MARIA BEZERRA LUNA LIMA
  • Data: 21/02/2011
  • Hora: 00:00

  • LUCIANA TELES CARNEIRO
  • Data: 21/02/2011
  • Hora: 00:00

  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • Data: 21/02/2011
  • Hora: 00:00

  • FABIOLA LELIS DE CARVALHO
  • Data: 18/02/2011
  • Hora: 00:00

  • PAULA FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 18/02/2011
  • Hora: 00:00

  • JAIME RIBEIRO FILHO
  • Data: 17/02/2011
  • Hora: 00:00

  • AMANDA DE MELO BEZERRA
  • Data: 15/02/2011
  • Hora: 00:00

  • YANNA CAROLINA FERREIRA TELES
  • Data: 10/02/2011
  • Hora: 00:00

  • MONICA MOURA DE ALMEIDA
  • Participação de Canais Potencial Receptor Transiente (TRP) no mecanismo de ação vasorrelaxante de rotundifolona em artéria mesentérica de rato
  • Data: 02/02/2011
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Introdução: A superfamília Potencial Receptor Transiente (TRP) de canais catiônicos se destaca por exibir uma grande diversidade de mecanismos de ativação, e são alvos de compostos derivados de plantas. Objetivo: Investigar o papel de canais TRP na resposta vasorrelaxante de rotundifolona em artéria mesentérica superior de ratos Normotenso de Lyon (LN). Métodos e Resultados: Anéis de artéria sem endotélio foram suspensos em hastes metálicas para registro de tensão isométrica. Em meio nominalmente sem Ca2+, os anéis foram submetidos a contrações sucessivas com FEN para depleção dos estoques de Ca2+ e contraídos com CaCl2 (10-2 M). O efeito máximo (Emáx) das contrações com CaCl2 na presença de nifedipino (10-6 M) (Emáx = 31,66 ± 2,27 %) foi significativamente atenuado na presença de nifedipino mais rotundifolona (3 x 10-4 e 3 x 10-3 M) (Emáx = 9,30 ± 2,38 e 1,12 ± 0,31 %) e nifedipino mais mentol (10-4 e 10-3 M) (Emáx = 10,96 ± 1,34 and 1,52 ± 0,82 %). Rotundifolona causou relaxamento de vasos pré-contraídos com FEN (Emáx = 100,32 ± 3,88 %; pD23,59 ± 0,04, n = 6). O efeito vasorrelaxante induzido por rotundifolona foi signigficativamente atenuado na presença de Gd3+ (10-4M) (Emáx = 83,74 ± 5,71 %; pD23,15 ± 0,06); Gd3+ (2,25 x 10-5 ou 2 x 10-6 M) (pD2 = 3,18 ± 0,06 e 3,32 ± 0,03 %) ou BCTC (Emáx = 76,30 ± 2,15 %; pD23,46 ± 0,04), mas não na presença de vermeho de rutênio, La3+ or Mg2+, nem após dessensibilização do TRPV1 com capsaicina. Mentol também causou o relaxamento de vasos pré-contraídos com FEN (Emáx = 105,07 ± 3,07 %; pD2 = 3,72 ± 0,02). O efeito vasorrelaxante induzido por mentol foi significativamente potencializado na presença de vermelho de rutênio (10-5 M), um bloqueador não seletivo de canais TRP (pD2 = 4,12 ± 0,04, n = 6) e significativamente atenuada na presença de La3+ (8 x 10-5 M), bloqueador não seletivo de canais TRP (Emáx = 89,05 ± 1,61 %); Mg2+ (2,25 x 10-3 M), bloqueador seletivo dos canais TRPM3, 6 e 7 (Emáx = 90,76 ± 2,94 %); Gd3+ (10-4 M), bloqueador de canais TRPV4, TRPC1, 3 and 6, TRPM3 and 4 (Emáx = 73,82 ± 5,44 %); Gd3+ (2,25 x 10-5 M), bloqueador de canais TRPC3 and 6, TRPV4 (Emáx = 88,04 ± 2,33 %); Gd3+ (2 x 10-6 M), bloqueador seletivo do TRPC6 (Emáx = 89,30 ± 3,61 %) ou BCTC (2 x 10-6 M), bloqueador dos TRPM8 e TRPV1 (Emáx = 66,77 ± 6,05 %), e após a dessensibilização do TRPV1 com capsaicina (10-5 M) (Emáx = 88,96 ± 4,50). A tensão basal foi reduzida por mudança na temperature do banho de 37 ºC para 25ºC e 18ºC (Emáx = 21,15 ± 0,78 e 28,84 ± 1,03 %). Essa resposta foi significativamente potencializada por rotundifolona (3 x 10-3 M) (Emáx = 28,01 ± 1,81 e 38,45 ± 1,98 %) ou mentol (10-3 M) (Emáx = 29,87 ± 1,25 e 43,03 ± 2,22 %). Semelhante ao mentol, os efeitos induzidos por rotundifolona foram atenuados em meio sem Ca2+ mais EGTA (Emáx = 20,42 ± 1,97 e 30,90 ± 2,58 %) ou na presença de BCTC (Emáx = 17,05 ± 1,94 e 26,48 ± 3,39 %), mas não quando os vasos foram pré-tratados com vermelho de rutênio ou capsaicina. O RNAm e a proteína do canal TRPM8 são expressos em artéria mesentérica de ratos LN. Conclusões: Esses dados sugerem que rotundifolona induz relaxamento dependente de concentração em artéria mesentérica devido à inibição de canais ROC e SOC (provavelmente TRPC1 e TRPC6) e ativação de canais TRPM8.

  • MONICA MOURA DE ALMEIDA
  • Data: 02/02/2011
  • Hora: 00:00

  • MONICA LORENA DIAS MEIRELLES DA CUNHA
  • Data: 01/02/2011
  • Hora: 00:00

2010
Descrição
  • JADER FREIRE SOBRAL FILHO
  • Data: 30/11/2010
  • Hora: 00:00

  • RICARDO DIAS DE CASTRO
  • Data: 16/11/2010
  • Hora: 00:00

  • LUPICINIO FARIAS TORRES
  • Data: 31/08/2010
  • Hora: 00:00

  • RENATA KELLY DE PAULO MOURA
  • Data: 31/08/2010
  • Hora: 00:00

  • RALINE MENDONCA DOS ANJOS
  • Data: 30/08/2010
  • Hora: 00:00

  • ROBERTO JEFFERSON B. DO NASCIMENTO
  • Data: 30/08/2010
  • Hora: 00:00

  • VITOR PRATES LORENZO
  • Data: 27/08/2010
  • Hora: 00:00

  • LEANDRA EUGENIA GOMES DE OLIVEIRA
  • Data: 23/08/2010
  • Hora: 00:00

  • MARILENE LOPES DA ROCHA
  • Data: 08/07/2010
  • Hora: 00:00

  • NADABIA ALMEIDA BORGES DE SOUZA
  • Data: 18/06/2010
  • Hora: 00:00

  • ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 30/03/2010
  • Hora: 00:00

  • GERALDO GONÇALVES DE ALMEIDA FILHO
  • “Investigação da Atividade Citotóxica e Genotóxica de Cissampelos sympodialis Eichl. (Menispermaceae)
  • Data: 29/03/2010
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A família Menispermaceae é constituída de 70 gêneros e cerca de 420 espécies,
    predominantemente tropicais que se distribuem na América tropical, África e Ásia.
    No Brasil esta família está representada por cerca de 12 gêneros e 106 espécies,
    tendo a Amazônia como seu maior centro de distribuição. Cissampelos sympodialis
    Eichl. é uma espécie da flora brasileira, distribuída desde o Ceará até o norte de
    Minas Gerais, conhecida por alguns nomes populares como “milona”, “jarrinha”,
    “orelha-de-onça” e “abuteira”. Plantas do gênero Cissampelos são utilizadas na
    medicina popular para diversos fins, a saber: adstringente; tônico, febrífuga,
    tratamento de albuminúria e afecções do trato urinário, tratamento de leucorréia,
    metrorragia, sudorífica, litotríptica, antiasmática, anti-helmíntica, antidiarréica,
    emenagoga, proteção hepática, antitussígena, diurética, desobstruente, entre outros.
    A espécie C. sympodialis, em particular, é usada como antiasmática, antitussígena,
    tônica, diurética, desobstruente, antileucorréica, emenagoga e no tratamento de
    resfriados, artrite e reumatismos. O presente trabalho teve como objetivo; investigar
    a citotoxicidade e a genotoxicidade da fração aquosa do extrato hidroalcoólico bruto
    das folhas (FAF) de C. sympodialis Eichl em células procarióticas e eucarióticas com
    a finalidade posterior de incentivar, com segurança, a sua utilização como fonte de
    drogas potencialmente terapêuticas ou que atuem como ferramentas
    farmacológicas. Para tanto avaliou-se a atividade antimicrobiana frente a bactérias
    Gram negativas e Gram positivas de importância clínica e fungos dermatófitos.
    Investigou-se o potencial citotóxico utilizando como parâmetro a capacidade
    hemolítica assim como o potencial oxidante e anti-oxidante em eritrócitos humanos.
    Investigou-se o potencial mutagênico e anti-mutagênico em células bacterianas,
    através do Teste de Ames. Avaliou-se o potencial clastogênico e aneugênico através
    do Teste do micronúcleo em sangue periférico de camundongos in vivo.
    Observamos que as concentrações utilizadas não foram capazes de inibir o
    crescimento de Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e
    da linhagem de Escherichia coli ATCC 2536, as concentrações de 2000 e 5000 μg
    foram capazes de inibir o crescimento de Escherichia coli ATCC 10536, sendo a sua
    atividade bacteriostática. O efeito hemolítico em eritrócitos humanos foi dependente
    de concentração e os eritrócitos do tipo O se mostraram mais susceptíveis. A
    atividade citotóxica sobre a membrana de eritrócitos humanos foi de baixa a
    moderada, até a concentração de 1000 ug. Não ocorreu efeito oxidante em
    nenhuma das concentrações testadas. Nas concentrações de 10 e 100 μg
    apresentou atividade anti-oxidante dependente de concentração e maior que o efeito
    da vitamina C. A FAF apresentou potencial mutagênico para as linhagens de S.
    thiphymurium TA 98 e TA 102 embora não exista uma correlação dose-resposta e
    anti-mutagênico para as linhagens TA 97, TA 98 e TA 100 nas concentrações
    testadas. Não houve indução de dano cromossômico estrutural e/ou numérico em
    eritrócitos imaturos de camundongo nas condições testadas. Sendo assim a FAF de
    de C. sympodialis Eichl apresenta atividade bacteriostática frente a E. coli e não
    apresenta efeito citotóxico nem genotóxico que comprometam a sua utilização como
    fonte de drogas potencialmente terapêuticas.

  • RAFAEL DE ALMEIDA TRAVASSOS
  • Data: 12/03/2010
  • Hora: 00:00

  • BRUNA PRISCILLA VASCONCELOS DANTAS
  • Data: 11/03/2010
  • Hora: 00:00

  • JOÃO CARLOS LIMA RODRIGUES PITA
  • Data: 11/03/2010
  • Hora: 00:00

  • ANTONIA ROSANGELA SOARES PENHA
  • Data: 10/03/2010
  • Hora: 00:00

  • KARINE FORMIGA QUEIROGA
  • Data: 10/03/2010
  • Hora: 00:00

  • CARLOS ALBERTO FERNANDES RAMOS
  • Data: 08/03/2010
  • Hora: 00:00

  • MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO
  • Data: 08/03/2010
  • Hora: 00:00

  • JOHN PAUL ALBUQUERQUE CALDAS
  • Data: 05/03/2010
  • Hora: 00:00

  • MARIA DO CARMO DE ALUSTAU
  • Data: 05/03/2010
  • Hora: 00:00

  • MARIA DO SOCORRO DE SOUSA CARTAGENES
  • Data: 02/03/2010
  • Hora: 00:00

2009
Descrição
  • JOSE GUEDES DE SENA FILHO
  • Data: 04/12/2009
  • Hora: 00:00

  • ANA CAROLINA PESSOA MOREIRA
  • Data: 20/11/2009
  • Hora: 00:00

  • FABIO HENRIQUE TENORIO DE SOUZA
  • Data: 13/11/2009
  • Hora: 00:00

  • MARCELO CAVALCANTE DUARTE
  • Data: 13/11/2009
  • Hora: 00:00

  • WEMERSON NEVES MATIAS
  • Data: 13/11/2009
  • Hora: 00:00

  • ANA CAROLINA DE CARVALHO CORREIA
  • Data: 12/11/2009
  • Hora: 00:00

  • CAMILA SILVA DE FIGUEIREDO
  • Data: 12/11/2009
  • Hora: 00:00

  • DAYSIANNE PEREIRA DE LIRA
  • Data: 12/11/2009
  • Hora: 00:00

  • TIAGO BEZERRA DE SA DE SOUSA NOGUEIRA
  • Data: 12/11/2009
  • Hora: 00:00

  • CHARLANE KELLY SOUTO PEREIRA
  • Data: 11/11/2009
  • Hora: 00:00

  • THAISA LEITE ROLIM
  • Data: 11/11/2009
  • Hora: 00:00

  • ISABELLA WANDERLEY DE QUEIROGA EVANGELISTA
  • Data: 10/11/2009
  • Hora: 00:00

  • VIVYANNE DOS SANTOS FALCAO SILVA
  • Data: 10/11/2009
  • Hora: 00:00

  • RUBENS BATISTA BENEDITO
  • Data: 06/11/2009
  • Hora: 00:00

  • FILLIPE DE OLIVEIRA PEREIRA
  • Data: 30/10/2009
  • Hora: 00:00

  • ALESSANDRA CAMILO DA S. CASTELLO BRANCO
  • Data: 29/10/2009
  • Hora: 00:00

  • ALESSANDRA DE SOUSA BRAZ
  • Data: 09/10/2009
  • Hora: 00:00

  • MARCOS ANTONIO ALVES DE MEDEIROS
  • Data: 24/09/2009
  • Hora: 00:00

  • ADALBERTO COELHO DA COSTA
  • Atividade antibacteriana dos óleos essenciais Origanum vulgare e Cinnamomum zeylanicum contra bactéria multiressistentes.
  • Data: 31/08/2009
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • Farmacologia
  • ADALBERTO COELHO DA COSTA
  • Data: 31/08/2009
  • Hora: 00:00

  • DANIEL MARCELO SILVA MAGALHAES
  • Data: 31/08/2009
  • Hora: 00:00

  • KARDILANDIA MENDES DE OLIVEIRA
  • Data: 31/08/2009
  • Hora: 00:00

  • SUSY MARY SOUTO DE OLIVEIRA
  • Data: 31/08/2009
  • Hora: 00:00

  • ROBSON CAVALCANTE VERAS
  • Data: 30/08/2009
  • Hora: 00:00

  • ARON DE MIRANDA HENRIQUES ALVES
  • Data: 28/07/2009
  • Hora: 00:00

  • GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS
  • Data: 10/06/2009
  • Hora: 00:00

  • JOELMIR LUCENA VEIGA DA SILVA
  • Data: 24/04/2009
  • Hora: 00:00

  • KARINA CARLA DE PAULA MEDEIROS
  • Data: 01/04/2009
  • Hora: 00:00

  • IRINALDO DINIZ BASILIO JUNIOR
  • Data: 31/03/2009
  • Hora: 00:00

  • NAIANA GONDIM PEREIRA BARROS LIMA
  • Data: 27/03/2009
  • Hora: 00:00

  • FERNANDO DE SOUSA OLIVEIRA
  • Data: 18/03/2009
  • Hora: 00:00

  • FABIO DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 13/03/2009
  • Hora: 00:00

  • MARIA ANGELICA SATYRO GOMES
  • Data: 13/03/2009
  • Hora: 00:00

  • MARIANNE GUEDES FERNANDES
  • Data: 13/03/2009
  • Hora: 00:00

  • ANA KARINA HOLANDA LEITE MAIA
  • Data: 12/03/2009
  • Hora: 00:00

  • ANALUCIA GUEDES CABRAL RAMALHO
  • Data: 12/03/2009
  • Hora: 00:00

  • FABÍOLA FIALHO FURTADO GOUVÊA
  • Data: 11/03/2009
  • Hora: 00:00

  • JOSE EVALDO GONCALVES LOPES JUNIOR
  • Data: 06/03/2009
  • Hora: 00:00

  • KELLY SAMARA DE LIRA MOTA
  • Data: 06/03/2009
  • Hora: 00:00

  • MERI EMILI FERREIRA PINTO
  • Data: 27/02/2009
  • Hora: 00:00

  • VICENTE CARLOS DE OLIVEIRA COSTA
  • Data: 06/02/2009
  • Hora: 00:00

  • DANIELE IDALINO JANEBRO XIMENES
  • Data: 19/01/2009
  • Hora: 00:00

2008
Descrição
  • FERNANDO ANTONIO DE MEDEIROS
  • Estudo Fitoquímico e Biológico de Espécies Amazônicas: Pradosia huberi (Ducke) Ducke (Sapotaceae) e Licania macrophylla Bent. (Chrysobalanaceae)
  • Data: 18/12/2008
  • Hora: 08:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O uso das plantas como recurso terapêutico tem ganhado destaque e tornado modismo no
    mundo. No Brasil não é diferente, e nos últimos anos alguns estados da federação vem
    implantando a fitoterapia como alternativa terapêutica para o sistema único de saúde.
    Porém algumas dificuldades são encontradas, entre elas a falta de informações científicas
    que subsidie o conhecimento tradicional de determinadas espécies. A espécie Licania
    macrophylla Benth pertence a família Chrysobalanaceae e é conhecida popularmente por
    “anauera” ou “anuera”. As cascas do caule dessa espécie é usada no estado do Amapá
    como antidiarréica e amebicida. A espécie Pradosiahuberi Ducke, pertence à família
    Sapotaceae, e é designada popularmente de “casca doce” ou “pau doce”, suas cascas do
    caule são usadas pelos povos amazônicos como auxiliar no tratamento de problemas
    gástricos e má digestão. No entanto o uso das cascas do caule dessas espécies na
    preparação de fitoterápico ou mesmo em preparações caseiras é uma prática predatória,
    pois a recuperação do dano causado pela retirada das cascas leva anos para sua
    reconstituição, quando não elimina o espécime. O objetivo deste trabalho foi realizar o
    estudo fitoquímico e biológico das espécies Licania macrophylla Benth e Pradosia huberi
    (Ducke) Ducke e comparar a composição química entre folhas e cascas do caule das duas
    espécies, de forma a sugerir se é possível substituir o uso das cascas do caule pelas folhas,
    e assim contribuir com a conservação das espécies em discussão. As espécies estudadas
    foram coletadas no município de Porto Grande – Amapá – Brasil e exsicatas estão
    depositadas no Herbário Amapaense HAMAB do IEPA. O estudo fitoquímico das cascas
    do caule da espécie L. macrophyla Benth (Chrysobalanaceae) levou ao isolamento de (-)-
    4’-O-metil-epigalocatequina-3’-O-α-L-raminosídeo (Lm-1), (-)-4’-metil-epigalocatequina
    (Lm-2), enquanto das folhas foram isoladas feofitina A (Lm-3), 132-hidroxi-(132-S)-
    feofitinaA (Lm-4), feofitina B (Lm-5), β-sitosterol (Lm-6a), estigmasterol (Lm-6b), β-Oglicosídeo-
    sitosterol (Lm-7), álcool betulínco (Lm-8) e ácido oleanólico (Lm-9), sendo o
    primeiro não relatado na literatura. Da espécie Pradosiahuberi foi isolado 2,3-
    dihidromiricetina-3-α-L-O-raminosídeo (Ph-1) e das folhas éster graxo do eritrodiol (Ph-
    2), éster graxo do ácido oleanólico (Ph-3), éster graxo do ácido betulínco (Ph-4) e
    espinasterol (Ph-5), todas identificadas através de técnicas de RMN de 1H e 13C uni e
    bidimensionais e comparações com a literatura. A avaliação da atividade antidiarréica do
    extrato metanólico das cascas do caule (EMC) de L. macrophylla mostrou que esse não
    interfere nos parâmetros intestinais: modulação da defecação normal; diarréia induzida por
    agente catártico e trânsito intestinal estimulado. Porém EMC apresentou-se ativo frente à
    Staphylococcus aureus ATCC 25928, Pseudomonas aeruginosa ATCC 25853 e
    Escherichia coli ATCC 10536, resultado semelhante ao obtido com Lm-1. O extrato
    metanólico das folhas (EMF) de L. macrophylla mostrou-se ativo frente as doze cepas
    bactérianas testadas, resultado semelhante ao observado com Lm-4 e Lm-9. No que se
    refere aos constituintes químicos isolados das cascas do caule e folhas nas duas espécies
    pode-se afirmar que não são semelhantes. Já em relação a atividade antimicrobiana do
    EMC e EMF esses apresentaram-se semelhantes, sugerindo que se a atividade antidiarréica
    fica comprovada que se deve apenas a ação antimicrobiana pode-se haver substituição do
    uso das cascas do caule pela folhas.

  • ALESSANDRA AZEVEDO DO NASCIMENTO
  • Data: 15/12/2008
  • Hora: 00:00

  • HENRIQUE DOUGLAS MELO COUTINHO
  • Data: 04/12/2008
  • Hora: 00:00

  • HARLEY DA SILVA ALVES
  • Data: 26/08/2008
  • Hora: 00:00

  • MARCO ANTONIO VENTURA ROMERO
  • Data: 25/08/2008
  • Hora: 00:00

  • MARCUS VINICIUS MENDES NEVES
  • Data: 25/08/2008
  • Hora: 00:00

  • JOSE ALVES CANDIDO
  • Data: 21/08/2008
  • Hora: 00:00

  • APIO CLAUDIO DE LIMA ASSIS
  • Data: 20/08/2008
  • Hora: 00:00

  • AMELY BRANQUINHO MARTINS
  • Data: 19/08/2008
  • Hora: 00:00

  • XIRLEY PEREIRA NUNES
  • Data: 15/08/2008
  • Hora: 00:00

  • GICIANE CARVALHO VIEIRA
  • Data: 06/08/2008
  • Hora: 00:00

  • ALINE MEDEIROS MACEDO
  • Data: 31/07/2008
  • Hora: 00:00

  • ALBANITA DE JESUS RODRIGUES DA SILVA
  • CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO FARMACOBOTÂNICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO DE TOCOCA GUIANENSIS AUBLET ( MELASTOMATACEAE )
  • Data: 09/07/2008
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • CONTRIBUICAO AO ESTUDO FARMACOBOTANICO, QUIMICO E BIOLOGICO DE TOCOCA GUIANENSIS AUBLET ( MELASTOMATACEAE )
  • VANDA LUCIA DOS SANTOS
  • Data: 13/06/2008
  • Hora: 00:00

  • KARLA VERUSKA MARQUES CAVALCANTE DA COSTA
  • Data: 06/06/2008
  • Hora: 00:00

  • JOSIMAR DOS SANTOS MEDEIROS
  • Data: 30/05/2008
  • Hora: 00:00

  • JOSE WILSON FIGUEIREDO JUNIOR
  • AVALIAÇÃO DA UTILIDADE DE UM SOFTWARE DE SIMULAÇÃO CROMATOGRÁFICA NA SEPARAÇÃO DE FLAVONÓIDES POR CLAE-DAD DE FASE REVERSA
  • Data: 27/05/2008
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • AVALIACAO DA UTILIDADE DE UM SOFTWARE DE SIMULACAO CROMATOGRAFICA NA SEPARACAO DE FLAVONOIDES POR CLAE-DAD DE FASE REVERSA
  • JOSE WILSON FIGUEIREDO JUNIOR
  • Data: 27/05/2008
  • Hora: 00:00

  • MARIA DE FATIMA DUQUES DE AMORIM
  • Data: 25/04/2008
  • Hora: 00:00

  • ANGELA DE SIQUEIRA FIGUEIREDO
  • Data: 23/04/2008
  • Hora: 00:00

  • MARCELA RODRIGUES DA SILVA
  • Data: 27/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ALEXSANDRO FERNANDES MARINHO
  • Data: 14/03/2008
  • Hora: 00:00

  • IONALDO JOSE LIMA DINIZ BASILIO
  • Data: 14/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ETHIENE CASTELLUCCI ESTEVAM
  • Data: 13/03/2008
  • Hora: 00:00

  • SOCRATES GOLZIO DOS SANTOS
  • Data: 13/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ANNA CLAUDIA DE ANDRADE TOMAZ
  • Data: 12/03/2008
  • Hora: 00:00

  • RAFAEL RODRIGO DE AZEVEDO RAMIREZ
  • Data: 12/03/2008
  • Hora: 00:00

  • CIBERIO LANDIM MACEDO
  • Data: 11/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ALDEIDE DE OLIVEIRA BATISTA ROCHA
  • Avaliação da toxicidade aguda e crônica do extrato hidroalcoólico das cascas do caule de pradosia huberi ducke Ducke
  • Data: 10/03/2008
  • Hora: 15:00
  • Mostrar Resumo
  • Avaliação da toxicidade aguda e crônica do extrato hidroalcoólico das cascas do caule de pradosia huberi ducke Ducke
  • ALDEIDE DE OLIVEIRA BATISTA ROCHA
  • Data: 10/03/2008
  • Hora: 00:00

  • CLELIA DE ALENCAR XAVIER MOTA
  • Data: 10/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ADRIANA MARIA FERNANDES DE OLIVEIRA GOLZIO
  • Data: 07/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ANTONIO CLAUDIO DA SILVA LINS
  • Data: 07/03/2008
  • Hora: 00:00

  • FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA JUNIOR
  • Data: 06/03/2008
  • Hora: 00:00

  • CAMILA CAROLINA DE MENEZES SANTOS BERTOZZO
  • Data: 05/03/2008
  • Hora: 00:00

  • FABIANO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 05/03/2008
  • Hora: 00:00

  • IGARA OLIVEIRA LIMA
  • Data: 05/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ALESSANDRA TEIXEIRA RAMOS
  • Data: 04/03/2008
  • Hora: 00:00

  • THAIS PORTO RIBEIRO
  • Data: 04/03/2008
  • Hora: 00:00

  • VANINE MOTA LEMOS
  • Data: 04/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 29/02/2008
  • Hora: 00:00

  • WYLLY ARAUJO DE OLIVEIRA
  • Data: 29/02/2008
  • Hora: 00:00

  • DANIELLE SERAFIM PINTO
  • Data: 27/02/2008
  • Hora: 00:00

  • EGBERTO SANTOS CARMO
  • Data: 26/02/2008
  • Hora: 00:00

  • GABRIELA LEMOS DE AZEVEDO MAIA
  • Data: 22/02/2008
  • Hora: 00:00

  • STENO LACERDA DE OLIVEIRA
  • Data: 18/02/2008
  • Hora: 00:00

  • DARIZY FLAVIA SILVA AMORIM DE VASCONCELOS
  • Data: 14/02/2008
  • Hora: 00:00

  • JULIANELI TOLENTINO DE LIMA
  • Data: 12/02/2008
  • Hora: 00:00

  • NARLIZE SILVA LIRA
  • Data: 31/01/2008
  • Hora: 00:00

  • CIBELLE CABRAL DAVID
  • Data: 30/01/2008
  • Hora: 00:00

  • MAISA FREIRE CARTAXO PIRES DE SA
  • Data: 21/01/2008
  • Hora: 00:00

  • KARLA RENATA FREIRE MEIRA
  • Ensaios pré-clínicos para avaliação da atividade biológica de Conyza bonariensis L. planta medicinal usada tradicionalmente na Dermatologia
  • Data: 15/01/2008
  • Hora: 09:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Ensaios pre-clinicos para avaliacao da atividade biologica de Conyza bonariensis L. planta medicinal usada tradicionalmente na Dermatologia
  • FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
  • Data: 15/01/2008
  • Hora: 00:00

  • JUAN CARLOS RAMOS GONCALVES
  • Data: 14/01/2008
  • Hora: 00:00

2007
Descrição
  • HOSANA BANDEIRA SANTOS
  • Data: 21/12/2007
  • Hora: 00:00

  • JULIA BEATRIZ PEREIRA DE SOUZA
  • Data: 21/12/2007
  • Hora: 00:00

  • VIVIANNE MARCELINO DE MEDEIROS
  • Data: 20/12/2007
  • Hora: 00:00

  • FLAVIA MARIA MENDONCA DO AMARAL
  • Data: 14/12/2007
  • Hora: 00:00

  • CARLUCIA ITHAMAR FERNANDES FRANCO
  • Abordagem psicoimunológica de Sida cordifolia Linn (Malvaceae) em modelo experimental de alergia
  • Data: 03/12/2007
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A psiconeuroimunologia é uma ciência que estuda a inter-relação entre as emoções, o Sistema Nervoso Central (SNC), o Sistema Imune (SI), e suas implicações na saúde e na doença. As alergias são caracterizadas por uma hiperresponsividade ao alérgeno com consequente perturbação da homeostasia no tecido afetado. A Sida cordifolia Linn conhecida como "malva branca" é uma planta usada na medicina popular para o tratamento da asma, doenças reumáticas, inflamação e dor. O estudo farmacológico com extrato hidroalcoólico bruto das folhas de Sida cordifolia (EHSc), demonstrou atividade ansiolítica e antinociceptiva em camundongos Swiss. O objetivo dessa pesquisa foi padronizar a resposta comportamental em camundongos BALB/c sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA); investigar a influência do EHSc em várias doses via i.p. / v.o. e de substâncias bioativas tais como diazepam (DZP), dexametasona (DEX) e salbutamol (SBL) no perfil comportamental e na resposta imune humoral nos animais sensibilizados e desafidos. Na triagem farmacológica comportamental, o EHSc induziu várias alterações no comportamento de camundongos BALB/c, as quais foram indicativas de atividade depressora no SNC. Foi realizado o protocolo de sensibilização com OVA e 30 min após o desafio com OVA, os animais foram submetidos aos testes da placa perfurada (PF) e do labirinto em cruz elevado (LCE). No terceiro dia após o desafio foi analizada a resposta imune humoral pelos testes de hipersensibilidade cutânea imediata e anafilaxia cutânea passiva. Os dados demonstraram que a sensibilização com OVA reduziu a atividade exploratória e locomotora nos testes da PF e do LCE. Entretanto, o tratamento dos animais com EHSc reverteu o perfil comportamental induzido pela OVA. O EHSc atenou o edema de pata e o título de imunoglobulina E (IgE) OVA-específica em camundongos BALB/c sensibilizados e desafiados com OVA nos testes de hipersensibilidade cutânea imediata e anafilaxia cutânea passiva. Da mesma forma, o tratamento com DZP, DEX ou SBL modulou a resposta comportamental induzida pela OVA, assim como, induziu redução do edema de pata no teste de hipersensibilidade cutânea imediata. Contudo, apenas os animais tratados com DZP ou DEX mostraram diminuição do título IgE OVA-específica no teste de anafilaxia cutânea passiva em camundongos BALB/c sensibilizados e desafiados com OVA. A análise do presente estudo permite sugerir que a sensibilização com OVA induziu um perfil comportamental de doença em camundongos BALB/c, o tratamento com EHSc causou ação moduladora sobre o perfil comportamental induzido pela OVA e resposta imune humoral. Também foi possível sugerir que o tratamento com DZP ou DEX induziu atividade atenuadora sobre a resposta comportamental assim como, o tratamento with DZP ou SBL causou ação modulatória sobre a resposta imune humoral em modelo experimental de alergia.
  • CARLUCIA ITHAMAR FERNANDES FRANCO
  • Data: 03/12/2007
  • Hora: 00:00

  • ARISTIDES MEDEIROS LEITE
  • Data: 30/11/2007
  • Hora: 00:00

  • MARIANNA VIEIRA SOBRAL
  • Data: 12/11/2007
  • Hora: 00:00

  • MARIANNA VIEIRA SOBRAL
  • Data: 12/11/2007
  • Hora: 00:00

  • JOSEAN FECHINE TAVARES
  • Data: 01/11/2007
  • Hora: 00:00

  • MAURUS MARQUES DE ALMEIDA HOLANDA
  • Data: 11/10/2007
  • Hora: 00:00

  • HELOINA DE SOUSA FALCAO
  • Data: 01/10/2007
  • Hora: 00:00

  • FABRICIO DE MELO GARCIA
  • Data: 28/08/2007
  • Hora: 00:00

  • JOSÉ ALIXANDRE DE SOUSA LUIS
  • Data: 17/08/2007
  • Hora: 00:00

  • WILLIAN DE BULHOES BRANDAO
  • Data: 17/08/2007
  • Hora: 00:00

  • THULIO ANTUNES DE ARRUDA
  • Data: 13/07/2007
  • Hora: 00:00

  • ROSSANA MIRANDA PESSOA ANTUNES
  • Data: 12/07/2007
  • Hora: 00:00

  • ROOSEVELT ALBUQUERQUE GOMES
  • Data: 06/07/2007
  • Hora: 00:00

  • RAISSA MAYER RAMALHO CATAO
  • Data: 11/05/2007
  • Hora: 00:00

  • FLADMIR DE SOUSA CLAUDINO
  • Data: 27/04/2007
  • Hora: 00:00

  • SAULO RIOS MARIZ
  • Data: 02/04/2007
  • Hora: 00:00

  • MARIA DAS GRAÇAS VALVERDE MARIANI PASSOS
  • Avaliação de Atividade Antimicrobiana de Produtos de Plantas Nativas e Regiões do Estado da Bahia
  • Data: 29/03/2007
  • Hora: 14:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O interesse por plantas com atividades antimicrobianas tem ressurgido como conseqüência dos problemas atuais relacionados ao uso de antibióticos e ao desenvolvimento de múltiplas resistências em microrganismos potencialmente patogênicos. Para detectar e avaliar o grau de atividade antimicrobiana de produtos de plantas nativas do Estado da Bahia, 17 espécies vegetais pertencentes a 6 famílias botânicas, foram investigados in vitro frente a bactérias , fungos leveduriformes e fungos filamentosos, através de ensaios de screening, determinação de concentração inibitória mínima (CIM), tempo de morte bacteriana e eletroforese de proteínas bacterianas. Todas as 17 espécies botânicas investigadas apresentaram atividade em diferentes espectros e graus de inibição, em função do material botânico testado. As cepas de Staphylococcus aureus foram inibidas por 16 das 17 espécies estudadas e as bactérias Gram-negativas foram inibidas por 4 espécies. Entre os microrganismos selecionados, Staphylococcus aureus sensível a Meticilina (MSSA), Staphylococcus aureus resistente a Meticilina (MRSA), Microsporum canis e Trichophyton rubrum foram os mais sensíveis e Pseudomonas aeruginosa o mais resistente à ação antimicrobiana das amostras testadas. A maioria dos óleos essenciais (OEs) apresentou espectro de ação superior aos dos extratos e frações, destacando-se os óleos de Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), Protium baianus (Burseraceae), Poiretia bahiana (Leguminosae) e de quatro espécies de Myrcia (Myrtaceae). P. bahiana apresentou as mais baixas CIMs para MSSA, MRSA e C. neoformans e Myrcia myrtifolia apresentou a mais baixa CIM para C. albicans. O OE de S.terebinthifolius inibiu o crescimento de todos os microrganismos ensaiados, apresentou rápida inativação e extravazamento protéico sobre P.aeruginosa e maior poder de fragilização de membrana para MRSA, enquanto que o OE de P. bahiana apresentou maior poder de fragilização de membrana para E. coli. As atividades apresentadas por S.terebinthifolius, Acritopappus confertus (Asteraceae), A.micropappus, A. pintoi, Morithamnus ganophyllus (Asteraceae), Kielmeyera cuspidata (Guttiferae), P. bahiana, Zornia flemmingioides (Leguminosae), Mycia guianensis, M. sphenoides, M.myrtifolia e M. hiemalis (Myrtaceae) contra MRSA e por Mikania nitida (Leguminosae), M.ganophyllus e P.baianus contra agentes etiológicos de micoses sistêmicas e dermatomicoses, indicam uma provável fonte de compostos de forte potencial terapêutico contra infecções causadas por esses microrganismos, entre estas espécies investigadas.
  • HORACINNA MARIA DE MEDEIROS CAVALCANTE
  • Data: 04/03/2007
  • Hora: 00:00

  • LAUDELINA RODRIGUES MAGALHAES
  • Data: 04/03/2007
  • Hora: 00:00

  • MÁRCIA NERY DE LIMA
  • Data: 03/03/2007
  • Hora: 00:00

  • RUBENS LIMA DO MONTE NETO
  • Data: 28/02/2007
  • Hora: 00:00

  • ISLANIA GISELIA ALBUQUERQUE GONCALVES
  • Data: 27/02/2007
  • Hora: 00:00

  • ALETHEIA LACERDA DA SILVEIRA
  • Data: 26/02/2007
  • Hora: 00:00

  • ISABELLA BEZERRA WANDERLEY DE QUEIROGA
  • Data: 23/02/2007
  • Hora: 00:00

  • CALIANDRA MARIA BEZERRA LUNA LIMA
  • Data: 16/02/2007
  • Hora: 00:00

  • KRISTERSON REINALDO DE LUNA FREIRE
  • Data: 16/02/2007
  • Hora: 00:00

  • LUCIANO AUGUSTO DE ARAUJO RIBEIRO
  • Data: 15/02/2007
  • Hora: 00:00

  • HERMANN FERREIRA COSTA
  • Data: 14/02/2007
  • Hora: 00:00

2006
Descrição
  • JACKSON ROBERTO GUEDES DA SILVA ALMEIDA
  • Data: 28/12/2006
  • Hora: 00:00

  • MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES
  • Data: 27/12/2006
  • Hora: 00:00

  • DENISE FERNANDES COUTINHO
  • Data: 01/12/2006
  • Hora: 00:00

  • RILVA LOPES DE SOUSA MUNOZ
  • Data: 10/11/2006
  • Hora: 00:00

  • FABRICIA COSTA MONTENEGRO
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO CITOTÓXICO DE SAPOGENINAS ESTEROIDAIS EM FIBROBLASTOS DA LINHAGEM L929 EXPRESSANDO PERMANENTEMENTE O CANAL PARA POTÁSSIO KV1.3
  • Orientador : DEMETRIUS ANTONIO MACHADO DE ARAUJO
  • Data: 30/10/2006
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • Os canais ionicos sao poros proteicos e hidrofilicos que estao presentes na membrana plasmatica das celulas dos varios tipos de organismos. O canal para potassio permite o fluxo do ion potassio atraves da bicamada lipidica segundo o seu gradiente eletroquimico. Este canal participa de varias funcoes fisiologicas que vao desde o processo de manutencao do potencial de repouso de todas as celulas, sejam elas excitaveis ou nao, a participacao em processos como, apoptose e proliferacao celular. Entretanto o envolvimento dos canais para potassio nestes dois ultimos processos ainda e um tema conflitante, sendo necessario, portanto, mais estudo acerca do assunto. Sapogeninas de origem vegetal tem sido largamente descritas devido a suas propriedades farmacologicas tais como: as atividades hipocolesterolemica, antidiabetica, antioxidante, antialergica e anti-HVI. Alem dessas atividades, muitas destas sapogeninas induzem apoptose, considerada um dos mais importantes processos responsaveis pela morte celular em varios eventos fisiologicos. Tambem e sabido que algumas sapogeninas possuem acao sobre canais ionicos. Foi objetivo do nosso trabalho, verificar a acao citotoxica das sapogeninas: diosgenina, solasodina e acetato de hecogenina em fibroblastos da linhagem L929, bem como verificar a atividade destes compostos sobre o canal para potassio dependente de voltagem, Kv1.3, expresso permanentemente nesta linhagem celular. Para isso foi utilizado o ensaio do MTT [3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difeniltetrazolio brometo], para a avaliacao da citotoxicidade, e a tecnica de “whole-cell patch clamp”, para as medicoes das correntes de potassio. Diosgenina e solasodina causaram uma reducao na viabilidade celular nas concentracoes de 1; 10 e 100μM enquanto que o acetato de hecogenina foi citotoxico apenas na concentracao de 100μM. A reducao da viabilidade celular causada pela diosgenina e solasodina foi concentracao-dependente, sendo a diosgenina (EC50=0,34 ± 0,20 μM; n=3) mais citotoxica do que a solasodina (EC50=4,17 ± 2,06 μM; n=3). A co-incubacao de diosgenina (100μM) e solasodina (100μM) com 4-aminopiridina (4-AP, 5mM), um bloqueador de canal para potassio, nao causou reducao da viabilidade celular. E possivel que a diosgenina e a solasodina estejam se difundindo pela membrana plasmatica, pois elas apresentam uma estrutura anfifilica. A diosgenina deve estar causando morte celular por ativar uma via de sinalizacao desconhecida, mas que necessita do Kv1.3 uma vez que a co-incubacao com o bloqueador deste canal, a 4-AP (5mM), resultou na perda da citotoxicidade tanto da diosgenina quanto do bloqueador. O mesmo acontece para a solasodina, o efeito citotoxico foi anulado pela co-incubacao com 4-AP (5mM), alem do mais, solasodina tambem nao causou reducao na corrente do Kv1.3. quando aplicada a face externa da membrana. Em virtude destes fatos especulamos que solasodina, assim como a diosgenina, pode estar ativando uma via de sinalizacao desconhecida que leva a morte dos fibroblastos L929 e esta via e dependente da ativacao do Kv1.3. Concluimos que diosgenina e solasodina sao citotoxicas para fibroblastos L929 nas concentracoes de 1; 10 e 100μM e essa citotoxicidade e dependente de concentracao. O acetato de hecogenina e citotoxico apenas na concentracao de 100μM e nao foi dependente de concentracao. Diosgenina, acetato de hecogenina e solasodina (10μM) nao alteraram a corrente de pico do canal Kv1.3, quando aplicado a face externa da membrana.
  • FABRICIA COSTA MONTENEGRO
  • Orientador : DEMETRIUS ANTONIO MACHADO DE ARAUJO
  • Data: 30/10/2006
  • Hora: 00:00

  • HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
  • Pomacea lineata (Spix,1827) (Mollusca, Caenogastropoda): uma abordagem nutricional, microbiológica, toxicológica e farmacológica
  • Data: 28/08/2006
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Pomacea sp. (Caenogastropoda) é um molusco encontrado nas regiões sub-tropicais e tropicais úmidas da América Latina, África e sudeste da Ásia. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil é conhecido popularmente como aruá e utilizado com finalidade alimentar e no tratamento da diarréia e doenças respiratórias na medicina popular. Este trabalho objetivou estudar Pomacea lineata (Spix, 1827) e sua desova sob os aspectos: nutricional, microbiológico, toxicológico e farmacológico. Foram coletadas amostras de água, P. lineata e desova em uma área do rio Jaguaribe (Paraíba, Brasil) no período de estiagem e de chuva. As amostras foram analisadas com relação a: composição centesimal (cinzas, proteínas, lipídios, carboidratos e valor energético total); composição de minerais (cálcio, fósforo e ferro); contaminação (bactérias totais mesofílicas, coliformes totais e fecais, Salmonella sp., Staphylococcus aureus e Vibrio); toxicidade aguda; efeito citotóxico e atividade espasmolítica em traquéia e íleo de cobaia. Cada 100 g de P. lineata apresentou 15,8 g de sólidos totais; 3,1 g de cinzas; 9,4g de proteínas; 2,7 g de lipídios; 0,6 g de carboidratos fornecendo 65,7 kcal. Com relação aos minerais cada 100 g apresentou 1800 mg de cálcio, 78 mg de fósforo e 58,4 mg de ferro. Cada 100 g de desova possui 18,9 g de sólidos totais; 10,4 g de cinzas; 4,5 g de proteínas; 2,8 g de lipídios; 1,3 g de carboidratos fornecendo 48,3 kcal. Quanto aos minerais em cada 100 g foi observado 3633 mg de cálcio; 39,4 mg de fósforo e 4,6 mg de ferro. No período de estiagem a água do hábitat onde os moluscos foram coletados apresentou 2x102 UFC/100 mL de bactérias totais mesofílicas (BTM). P. lineata apresentou 1,6x104 UFC/g de BTM e 1,5x102 NMP/g de coliformes totais (CT) A desova apresentou apenas 1,3x104 UFC/g de BTM. No período de chuva na água do hábitat havia 4,9x102 UFC/100 mL de BTM; 1,5x102 NMP/100 mL de CT; 20 NMP/100 mL de CF e 2x103 UFC/100 mL de Staphylococcus. P. lineata apresentou 1,7x105 UFC/g de BTM; 1,1x103 NMP/g de CT; 2,1x102 NMP/g de CF; 1x104 UFC/g de Staphylococcus e foi evidenciada a presença de Salmonella. Na desova foi observada a presença de 1,2x105 UFC/g de BTM; 14 NMP/g de CT; 12 NMP/g de CF e 4,5x103 UFC/g de Staphylococcus. Não foi evidenciada a presença de Vibrio em nenhuma das amostras. Os liófilos de P. lineata e de sua desova não apresentaram toxicidade aguda (até 2 g/kg v.o.) ou efeito hemolítico (até 1 mg/mL). O liófilo de P. lineata relaxou a traquéia pré-contraída com carbacol na presença (Emax=48,8±6,4 %) e na ausência (Emax=47,3±9,1 %) de epitélio, já o liófilo da desova relaxou apenas na presença (Emax=36,3±2,5 %) de epitélio. Os liófilos não alteraram o tônus espontâneo da traquéia. O liófilo de P. lineata foi mais potente em inibir as contrações do íleo induzidas por acetilcolina (logCI50=2,5±0,04 μg/mL) que por histamina (logCI50=2,7±0,04 μg/mL). O liófilo de desova inibiu igualmente as contrações induzidas por acetilcolina (logCI50=2,5±0,02 μg/mL) e histamina (logCI50=2,5±0,06 μg/mL). O liófilo de P. lineata foi mais potente em relaxar o íleo pré-contraído com acetilcolina (logCE50=1,7±0,12 μg/mL) que com KCl (logCE50=2,4±0,06 μg/mL) ou histamina (logCE50=2,2±0,18 μg/mL). O liófilo da desova relaxou equipotentemente o íleo pré-contraído com KCl (logCE50=2,3±0,15 μg/mL), acetilcolina (logCE50=1,9±0,14 μg/mL) ou histamina (logCE50=2,2±0,16 μg/mL), sugerindo um bloqueio dos CaV. Conclui-se que P. lineata apresenta boa qualidade nutricional com proteínas, baixo teor de lipídios, glicídios e valor energético próximo ao das carnes magras além de ser rico em cálcio e ferro, não apresentando toxicidade nem altos graus de contaminação com bactérias potencialmente patogênicas para o homem. Demonstra-se pela primeira vez que P. lineata e sua desova apresentam efeito espasmolítico em íleo e traquéia de cobaia, justificando o seu uso popular. Assim, P. lineata pode ser considerado um alimento funcional em potencial
  • ANA CAROLINA PESSOA MOREIRA
  • Data: 18/08/2006
  • Hora: 00:00

  • MARCELO DANTAS DE MOURA
  • Isolamento e Identificação de Novas Feofitinas de Anisacanthus brasiliensis Lindau (Acanthaceae)
  • Data: 10/07/2006
  • Hora: 08:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A familia Acanthaceae compreende cerca de 250 generos e 2.500 especies distribuidas nas regioes tropicais, subtropicais e pantropicais, com raras ocorrencia em areas temperadas. Anisacanthus brasiliensis Lindau e um arbusto conhecido como “canudo” que ocorre no nordeste brasileiro, principalmente entre os estados da Bahia e Pernambuco. Das partes aereas desta planta foram isoladas tres novas feofitinas por meio de metodos cromatograficos. A elucidacao estrutural destas substancias foi feita com base em analise espectral de Infravermelho, Espectrometria de massas, Ressonancia Magnetica Nuclear de Hidrogenio e Carbono 13 com uso de tecnicas bidimensionais (COSY, HMQC, HMBC, NOESY), alem de comparacao com dados da literatura. Esse trabalho tambem corresponde a primeira descricao dos constituintes quimicos de Anisacanthus brasiliensis Lindau.
  • FERNANDO DE SOUSA OLIVEIRA
  • Data: 10/07/2006
  • Hora: 00:00

  • ANA PAULA BARRETO GOMES
  • Data: 21/06/2006
  • Hora: 00:00

  • FABIO SANTOS DE SOUZA
  • Data: 04/05/2006
  • Hora: 00:00

  • LOUISIANNY GUERRA DA ROCHA
  • Data: 10/04/2006
  • Hora: 00:00

  • DANIELLY ALBUQUERQUE DA COSTA
  • Data: 04/04/2006
  • Hora: 00:00

  • ANA CLAUDIA DANTAS DE MEDEIROS
  • Data: 31/03/2006
  • Hora: 00:00

  • FRANCINALVA DANTAS DE MEDEIROS
  • Data: 31/03/2006
  • Hora: 00:00

  • KATY LISIAS GONDIM DIAS DE ALBUQUERQUE
  • Data: 21/03/2006
  • Hora: 00:00

  • RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Efeitos Antiinflamatório, Antinociceptivo e Espasmolítico de Solanum megalonyx Sendtn. e Solanum asterophorum Mart. (Solanaceae): Um Estudo Comparativo
  • Data: 20/03/2006
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Efeitos Antiinflamatorio, Antinociceptivo e Espasmolitico de Solanum megalonyx Sendtn. e Solanum asterophorum Mart. (Solanaceae): Um Estudo Comparativo
  • CLAUDIO ROBERTO BEZERRA DOS SANTOS
  • Data: 15/03/2006
  • Hora: 00:00

  • KIRIAKI NURIT SILVA
  • Data: 14/03/2006
  • Hora: 00:00

  • HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
  • Data: 06/03/2006
  • Hora: 00:00

  • STANLEY JUAN CHAVEZ GUTIERREZ
  • Data: 05/03/2006
  • Hora: 00:00

  • MARIA DAS GRAÇAS VALVERDE MARIANI PASSOS
  • Data: 04/03/2006
  • Hora: 00:00

  • RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 04/03/2006
  • Hora: 00:00

  • ARQUIMEDES FERNANDES MONTEIRO DE MELO
  • Data: 03/03/2006
  • Hora: 00:00

  • JOSE MARCILIO S CAVALCANTE
  • Data: 24/02/2006
  • Hora: 00:00

  • ROBERTO JEFFERSON B. DO NASCIMENTO
  • Data: 24/02/2006
  • Hora: 00:00

  • TICIANO PEREIRA BARBOSA
  • Data: 24/02/2006
  • Hora: 00:00

  • RALINE MENDONCA DOS ANJOS
  • Data: 22/02/2006
  • Hora: 00:00

  • ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 22/02/2006
  • Hora: 00:00

  • KARINA CARLA DE PAULA MEDEIROS
  • Data: 21/02/2006
  • Hora: 00:00

  • MARCOS ANTONIO ALVES DE MEDEIROS
  • Data: 20/02/2006
  • Hora: 00:00

  • JANA LUIZA TOSCANO MENDES DE OLIVEIRA
  • Data: 15/02/2006
  • Hora: 00:00

  • ALEXANDRE JOSE ALVES
  • Data: 25/01/2006
  • Hora: 00:00

2005
Descrição
  • GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
  • Data: 26/08/2005
  • Hora: 00:00

  • CARLA MARIA LINS DE VASCONCELOS
  • Data: 20/04/2005
  • Hora: 00:00

  • ANA CECILIA BEZERRA CARVALHO
  • Data: 21/03/2005
  • Hora: 00:00

  • NADABIA ALMEIDA BORGES DE SOUZA
  • Data: 21/03/2005
  • Hora: 00:00

  • RINALDA ARAUJO GUERRA DE OLIVEIRA
  • Data: 07/03/2005
  • Hora: 00:00

  • FRANCISCA MARIA BARROS DE SOUZA
  • Data: 06/03/2005
  • Hora: 00:00

  • EURICA ADELIA NOGUEIRA RIBEIRO
  • Data: 04/03/2005
  • Hora: 00:00

  • MARCO VINICIUS MONTEIRO NAVARRO
  • Data: 03/03/2005
  • Hora: 00:00

  • ALESSANDRA CAMILO DA S. CASTELLO BRANCO
  • Data: 28/02/2005
  • Hora: 00:00

  • XIRLEY PEREIRA NUNES
  • Data: 28/02/2005
  • Hora: 00:00

  • ANTONIO NEI SANTANA GONDIM
  • Data: 25/02/2005
  • Hora: 00:00

  • EVALEIDE DINIZ DE OLIVEIRA
  • Data: 25/02/2005
  • Hora: 00:00

  • JOSE DAMIAO CHAVES BORBA
  • Data: 25/02/2005
  • Hora: 00:00

  • ROBSON CAVALCANTE VERAS
  • Data: 23/02/2005
  • Hora: 00:00

  • JOELMIR LUCENA VEIGA DA SILVA
  • Data: 22/02/2005
  • Hora: 00:00

  • DARIZY FLAVIA SILVA AMORIM DE VASCONCELOS
  • Data: 21/02/2005
  • Hora: 00:00

  • LIANA CLEBIA DE MORAIS PORDEUS
  • Data: 14/01/2005
  • Hora: 00:00

2004
Descrição
  • CARLA WANDERLEY GAYOSO DE LIMA
  • Data: 29/11/2004
  • Hora: 00:00

  • DAVI ANTAS E SILVA
  • Data: 26/11/2004
  • Hora: 00:00

  • TICIANO GOMES DO NASCIMENTO
  • Data: 26/11/2004
  • Hora: 00:00

  • JOSEAN FECHINE TAVARES
  • Data: 15/10/2004
  • Hora: 00:00

  • MARIA ARLENE DE ARAUJO FARIAS
  • Data: 30/07/2004
  • Hora: 00:00

  • ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
  • EXPRESSÃO DIFERENCIADA DE GENES DE Leishmania chagasi EM PRESENÇA DE WARIFTEÍNA: UMA ABORDAGEM GENÔMICA
  • Data: 15/07/2004
  • Hora: 09:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A leishmaniose visceral e um problema de saude publica que coloca em risco 12 milhoes de pessoas em 88 paises no mundo, com 500 mil novos casos registrados por ano. A escassez de conhecimento sobre o metabolismo de Leishmania dificulta a pesquisa e obtencao de novas drogas e vacinas no combate a este parasita. Diversas metodologias tem sido empregadas para preencher esta lacuna e o estudo de bibliotecas de expressao genica apresenta-se como uma nova ferramenta poderosa para a investigacao do metabolismo deste parasita. Neste trabalho foi construida uma biblioteca de cDNA de Leishmania chagasi (LCDR01) cultivada por 72h em presenca de warifteina, um alcaloide bisbenzilisoquinolinico isolado da Cissampelos sympodialis(Menispermaceae), e que apresenta atividade anti-Leishmania. Foram obtidas 2.465 sequencias que montaram 152 “clusters” e 1264 “singletons”. Os “clusters” foram submetidos ao BLASTn e BLASTx nos bancos de dados publicos do NCBI e do Wellcome Trust Sanger Center, resultando em 35 “clusters” similares a genes com funcao em algum organismo. Destes, 21 foram similares a genes com funcoes em tripanossomatideos, 12 foram similares a genes com diversas funcoes em bacterias e 2 similares a genes de eucariotos nao-tripanossomatideos. A comparacao dos “clusters” desta biblioteca com uma biblioteca de L. chagasi sem estresse quimico resultou em 19 “clusters” comuns entre as bibliotecas e 16 exclusivos para LCDR01. A analise funcional dos “clusters” da LCDR01 indica que a maior fracao dos genes estao envolvidos com producao de energia. A avaliacao da biblioteca de cDNA de L. chagasi com droga permitiu a observacao da expressao de um conjunto de sequencias genicas com funcoes desconhecidas em tripanossomatideos mas que fazem parte, em outros organismos, de vias metabolicas convergentes para obtencao de energia. Esta abordagem permitiu identificar sequencias genicas correspondentes a enzimas que participam direta ou indiretamente do metabolismo do glioxilato, via pentose- fosfato, -oxidacao dos acidos graxos e proteinas das superfamilias ABC e MFS. Desta forma foi possivel sugerir as vias metabolicas utilizadas pela L. chagasi em resposta a pressao com warifteina. As enzimas demonstradas neste trabalho, pela sua notavel divergencia de sequencia com suas contrapartidas em mamiferos, sao candidatas em potencial como alvos para o desenvolvimento de novas drogas contra a leishmaniose.
  • ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
  • Data: 15/07/2004
  • Hora: 00:00

  • CELIDARQUE DA SILVA DIAS
  • Data: 22/06/2004
  • Hora: 00:00

  • MARIA DAS GRACAS VELOSO MARINHO DE ALMEIDA
  • Data: 12/03/2004
  • Hora: 00:00

  • JOSE FARIAS DA MATA
  • Data: 03/03/2004
  • Hora: 00:00

  • JANAINA CANDIDA RODRIGUES
  • Data: 27/02/2004
  • Hora: 00:00

  • ENRIQUE DAJANE ABAD ALVAREZ
  • Data: 26/02/2004
  • Hora: 00:00

  • KARINA CHAGAS FLORENCIO
  • Data: 26/02/2004
  • Hora: 00:00

  • JULIANELI TOLENTINO DE LIMA
  • Data: 20/02/2004
  • Hora: 00:00

  • JACKSON ROBERTO GUEDES DA SILVA ALMEIDA
  • Data: 19/02/2004
  • Hora: 00:00

  • KARLA VERUSKA MARQUES CAVALCANTE DA COSTA
  • Data: 19/02/2004
  • Hora: 00:00

  • ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 18/02/2004
  • Hora: 00:00

  • HARLEY DA SILVA ALVES
  • Data: 18/02/2004
  • Hora: 00:00

  • FABIANO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 17/02/2004
  • Hora: 00:00

  • VERONICA MEDEIROS DA TRINDADE
  • Data: 13/02/2004
  • Hora: 00:00

2003
Descrição
  • RITA DE CASSIA DA SILVEIRA E SA
  • Data: 07/11/2003
  • Hora: 00:00

  • VICENTE TOSCANO DE ARAUJO JUNIOR
  • Data: 31/10/2003
  • Hora: 00:00

  • CLAUDIA SAMPAIO DE ANDRADE LIMA
  • PERFIL FITOQUÍMICO DA FAMÍLIA BIGNONIACEAE, E ESTUDO QUÍMICO BIOLÓGICO DE Arrabidaea harleyi A.H. Gentry, Melloa quadrivalvis (Jacq.) A.H. Gentry Tabebuia aurea (Manso) S. Moore e Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo.
  • Data: 23/09/2003
  • Hora: 09:00
  • Mostrar Resumo
  • O perfil químico da família Bignoniaceae é amplamente investigado desde o inicio dos anos 50, uma vez que esta família é amplamente utilizada na medicina popular em todas as regiões tropicais, subtropicais e temperadas do planeta. Estas plantas têm sido uma importante e variada fonte de metabólitos secundários que apresentam marcantes atividades biológicas contra vários tipos de infecções, no tratamento do câncer e outras doenças virais de grande impacto social como SIDA por exemplo. Foram selecionadas quatro espécies de plantas dessa família para a realização de estudos químicos e biológicos: Arrabidaea harleyi A.H. Gentry, Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo, Tabebuia aurea (Manso) S. Moore e Melloa quadrivalvis (Jacq.) A.H. Gentry. A partir das cascas do caule de Arrabidaea harleyi, foi isolada uma mistura dos isômeros verbascosídeo e isoverbascosídeo, apresentando-se ativa frente a bactérias Gram positivas e Gram negativas, além de inibir o crescimento de leveduras. O estudo fitoquímico de Tabebuia heptaphylla mostrou a presença de sitosterol, lapachol e três derivados metoxilados do ácido benzóico: ácido 4-metoxibenzóico, ácido 3,4-dimetoxibenzóico e ácido 2,4-dimetoxibenzóico. Os testes antimicrobianos mostraram inibição frente a bactérias Gram positivas, Gram negativas e alcool-ácido resistentes. Foi realizada a morfodiagnose, estudo fitoquímico e ensaio antimicrobiano de Tabebuia aurea. Sete substâncias foram obtidas a partir das cascas do caule de Tabebuia aurea: lapachol, 3,4 ́,5-trihidroxi-7-metoxiflavona, ácido betulínico, ácido anísico, ácido verátrico, éster metílico do ácido cinâmico e o éster etílico do ácido p-hidroxicinâmico. A avaliação antimicrobiana desses metabólitos mostrou inibição do crescimento de bactérias Gram positivas e Gram negativas e também de leveduras. Três novas piranonaftoquinonas: 5-hidroxi-6-metoxi-α-lapachona, 5,6-dihidroxi-α-lapachona e 4’,5-dihidroxi-6-methoxi-α-lapachona, além de lapachol e 5,5’-dihidroxi-3’,4’,7-trimetoxiflavanona, foram isoladas a partir do caule de Melloa quadrivalvis. A atividade citotóxica do composto principal, 5-hidroxi-6-metoxi-α-lapachona, foi avaliada através do método MTT usando células viáveis das linhagens Hep2 (câncer naso faríngeo) e NCIH-292 (câncer de pulmão). O estudo realizado a partir das espécies investigadas neste trabalho contribuiu para ampliar o conhecimento químico e biológico da família Bignoniaceae.
  • SAYONARA MARIA LIA FOOK MEIRA BRAGA
  • Data: 01/09/2003
  • Hora: 00:00

  • PATRICIA TRINDADE COSTA PAULO
  • Data: 16/08/2003
  • Hora: 00:00

  • KARLETE VÂNIA MENDES VIEIRA
  • Data: 28/03/2003
  • Hora: 00:00

  • VANUSIA CAVALCANTI FRANCA PIRES
  • Data: 27/03/2003
  • Hora: 00:00

  • CARLUCIA ITHAMAR FERNANDES FRANCO
  • Data: 14/03/2003
  • Hora: 00:00

  • FLADMIR DE SOUSA CLAUDINO
  • Data: 14/03/2003
  • Hora: 00:00

  • JULIA BEATRIZ PEREIRA DE SOUZA
  • Data: 13/03/2003
  • Hora: 00:00

  • JOSÉ ALIXANDRE DE SOUSA LUIS
  • Data: 12/03/2003
  • Hora: 00:00

  • LUCIANO AUGUSTO DE A RIBEIRO
  • Data: 12/03/2003
  • Hora: 00:00

  • IVANA MARIA FECHINE
  • Data: 03/03/2003
  • Hora: 00:00

2002
Descrição
  • EDVALDO RODRIGUES DE ALMEIDA
  • Data: 27/12/2002
  • Hora: 00:00

  • ZELIA BRAZ VIEIRA DA SILVA PONTES
  • Data: 11/10/2002
  • Hora: 00:00

  • FLAVIA NEGROMONTE SOUTO MAIOR
  • Data: 01/07/2002
  • Hora: 00:00

  • LUCIANA DOS SANTOS MACEDO COSTA
  • Efeito espasmolítico da mistura de duas amidas (pellitorina + piperidida), isolada dos frutos de Piper tuberculatum Jacq (Piperaceae), envolve bloqueio de cálcio
  • Data: 01/03/2002
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • Piper tuberculatum Jacq. (PIPERACEAE) é uma planta conhecida popularmente como "pimenta d'arda", "pimenta longa" e "pimenta de macaco". Do extrato clorofórmico de seus frutos foi obtida uma mistura de duas amidas (pellitorina + piperidida), codificada como PT-FA. Como várias amidas isoladas de Piper tuberculatum e várias espécies de Piper apresentaram atividade espasmolítica, iniciou-se a abordagem farmacológica de PT-FA sobre os músculos lisos isolados (aorta de rato, traquéia e íleo de cobaia). PT-FA apresentou efeito espasmolítico não seletivo em todos os músculos testados, porém se mostrou mais potente em inibir as contrações induzidas por histamina (Cl50= 12,9±2,8 µg/mL) e por acetilcolina (Cl50= 10,2 ± 1,4 µg/mL) em íleo e por carbacol (CE50 = 9,8 ± 1,3 µg/mL) e por KCI (CE50 = 45,0 ± 8,0 µg/mL) em traquéia de cobaia, do que em aorta pré-contraída com fenilefrina na presença (CE50 = 54,3 ± 8,1 µg/mL) e na ausência de endotélio funcional (CE50 = 99,0± 16,2 µg/mL). Resolveu-se investigar o mecanismo de ação espasmolítico de PT-FA em íleo isolado de cobaia. PT-FA antagonizou de maneira dependente de concentração as curvas concentrações-resposta cumulativas à histamina de maneira não competitiva. As contrações tônicas induzidas por histamina (CE50 = 3,6 ± 0,7 µg/mL), acetilcolina (CE50 = 3,8 ± 0,7 µg/mL) ou KCI (CE50= 4,4 ± 0,6 µg/mL) também foram inibidas de maneira dependente de concentração e equipotente, sugerindo que PT-FA poderia estar atuando sobre os canais de Ca²+ operados por voltagem (VOCCs). A confirmação desta hipótese veio com a observação de que PT-FA antagonizou as contrações induzidas por CaCl₂ em meio despolarizante, nominalmente sem cálcio. O efeito relaxante de PT-FA não foi significantemente alterado na presença de bloqueadores de canais de K* como CSCI, TEA* e glibenclamida sugerindo a não participação da abertura de canal de K* no mecanismo de ação espasmolítica de PT-FA. O que foi confirmado pela observação de que a pré-incubação da preparação com 8 mM de KCI não atenuou o relaxamento produzido por PT-FA no íleo pré-contraído com histamina. Por outro lado, PT-FA inibiu as contrações tônicas induzidas pelo ionóforo de cálcio A23187 (CE50 = 21,1±2,3 μg/mL) e por (+)-BAY K 8644, agonista seletivo dos VOCCs tipo L (CE50 = 18,1 ± 3,1 µg/mL), sugerindo que PT-FA estaria bloqueando o influxo de Ca²+ através dos VOCCs tipo L para produzir seu efeito espasmolítico. Esta hipótese foi confirmada pelo fato de PT-FA também ter inibido significativamente as contrações induzidas eletricamente em íleo de cobaia da mesma forma que a nifedipina, bloqueador seletivo dos VOCCS tipo L, e ambos os efeitos terem sido revertidos pelo (+)-BAY K 8644. Da mesma maneira que PT-FA, pellitorina (PM = 222 u.m.a), amida isolada da mistura, também inibiu as contrações fásicas induzidas por histamina (pD2 = 4,1 ± 0,1 M) e por acetilcolina (pD2 = 4,1 ± 0,07 M), bem como, as contrações tônicas induzidas por histamina (pD2 = 4,9 ± 0,04 M), acetilcolina (pD2 = 4,6 ± 0,1 M) e KCl (pD2 = 4,1 ± 0,04 M) em íleo de cobaia, sugerindo que pellitorina pode ser a amida responsável pelo efeito espasmolítico de PT-FA em íleo de cobaia. Esses resultados demonstram que os frutos de Piper tuberculatum contêm metabólitos secundários com atividade espasmolítica não seletiva, dentre eles a amida pellitorina e a mistura PT-FA, que em íleo de cobaia exerce este efeito por bloqueio direto dos VOCCs do tipo L.
1900
Descrição
  • DIEGO NUNES GUEDES
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • GERALDO GONÇALVES DE ALMEIDA FILHO
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • HORACINNA MARIA DE MEDEIROS CAVALCANTE
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • SILVÉRIA REGINA DE SOUSA LIRA
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00