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NEYRES ZINIA TAVEIRA DE JESUS
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Avaliação da Atividade Antiulcerogênia do Extrato Etanólico Bruto e da Fase Hexânica de Hyptis suaveolens (L) Poi (Maminaceae) em Modelos Animais
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Data: 07/12/2012
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Hora: 08:00
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Hyptis suaveolens (Lamiaceae), conhecida como “alfazema brava”, “tapera velha”, “erva canudo”, “cheirosa” e “alfavacão”, é utilizada na medicina tradicional no tratamento de problemas gástricos, inflamações e infecções. Estudos farmacológicos foram realizados com Hyptis suaveolens e demonstraram sua atividade antinociceptiva, cicatrizante, anti-inflamatória e antioxidante entre outras. O objetivo deste estudo foi realizar ensaios farmacológicos relacionados à gastroproteção, cicatrização e toxicidade de Hyptis suaveolens, na perspectiva de validar a sua eficácia e segurança e corroborar aos dados já existentes. Para isso foi realizada uma triagem comportamental e ensaio da toxicidade aguda do extrato etanólico - EEtOH-Hs e fase hexânica- FaHex-Hs (2.000 mg/kg), v.o, em camundongos, bem como foram avaliados os efeitos farmacológicos frente à atividade gastroprotetora do EEtOH-Hs e da FaHex-Hs. Foi realizada inicialmente uma triagem farmacológica utilizando o EEtOH-Hs, FaHex-Hs , fase diclorometânica- FaDCM-Hs e fase acetato de etila- FaAE-Hs por meio do modelo de indução de úlceras gástricas pelo etanol acidificado. Foram realizados ensaios de indução de úlceras agudas pelo etanol, AINES (piroxicam), estresse por imobilização e frio nas doses 62,5, 125, 250 e 500 mg/kg (v.o), contensão do suco gástrico por ligadura do piloro (i.d) e isquemia-reperfusão (250 mg/kg). Para avaliar a propriedade cicatrizante do EEtOH-Hs e FaHex-Hs, foi realizado o ensaio de indução de úlceras por ácido acético, assim como foi realizada a avaliação da toxicidade do EEtOH-Hs e FaHex-Hs por doses repetidas durante 14 dias no modelo de ácido acético. Foi realizada a investigação do efeito antimicrobiano contra a bactéria Helicobacter pylori pelo método de difusão em ágar. Os parâmetros do suco gástrico foram avaliados no ensaio de contensão do suco gástrico por ligadura do piloro. Em seguida, foram investigadas as participações do muco, grupamentos sulfidrilas, NO e prostaglandinas na gastroproteção do EEtOH-Hs e FaHex-Hs e determinação dos parâmetros antioxidantes endógenos por meio da determinação dos níveis de lipoperoxidação (LPO) e atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) na mucosa gástrica, após a indução de úlceras por isquemia- reperfusão. A administração oral do EEtOH-Hs (2.000 mg/kg), provocou hiperatividade nos animais, mais pronunciadas nas fêmeas, entretanto, não causou morte nos animais, não tendo sido possível determinar a DL 50. Neste ensaio, nenhum sinal de toxicidade foi evidenciado nos animais tratados com a FaHex-Hs. Na triagem farmacológica, o EEtOH-Hs, bem como todas as fases testadas (FaHex-Hs, FaDCM-Hs, FaAE-Hs) promoveram inibição significativa do índice de lesão ulcerativa - ILU no modelo de indução por etanol acidificado, sendo que a FaHex-Hs foi a mais efetiva. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs, reduziram significativamente o ILU nos modelos de úlceras gástricas induzidas por todos os agentes lesivos. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs não alteraram os parâmetros do suco gástrico. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs não alteraram os níveis de muco da mucosa gástrica, entretanto foram observadas alterações na área de lesão ulcerativa - ALU mediante a utilização do bloqueador de grupamentos sulfidrilas, inibição da peroxidação lipídica e aumento da atividade da superóxido dismutase da mucosa gástrica. Portanto, o efeito antiiulcerogênico do EEtOH-Hs e a FaHex-Hs pode envolver mecanismos antioxidantes e estar relacionado à presença de terpenos, alcaloides, flavonoides e taninos nas amostras vegetais.
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DIOGO VILAR DA FONSECA
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ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DO SESQUITERPENO NEROLIDOL EM CAMUNDONGOS
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Data: 06/12/2012
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Hora: 14:00
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O nerolidol, sesquiterpeno acíclico encontrado como constituinte majoritário em vários óleos essências, apresenta atividade antineoplásica, antimicrobiana e leishmanicida, porém sua ação em processos dolorosos nunca foi estudada. Este trabalho visa investigar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do nerolidol em modelos experimentais de dor em camundongos. Na triagem farmacológica comportamental, as diferentes doses testadas do nerolidol apresentaram alterações comportamentais psicodepressoras, tais como ambulação diminuída e analgesia. A DL50 não pôde ser determinada, uma vez que não se observaram mortes até a dose máxima de 2000 mg/kg. A coordenação motora, avaliada no teste do rota-rod, não foi alterada nos animais tratados com nerolidol em nenhuma das doses. Em seguida, metodologias para avaliar a atividade antinociceptiva foram realizadas. O nerolidol reduziu o número de contorções abdominais induzidas por ácido acético quando comparado ao grupo controle nas três doses testadas. No teste da formalina, foi capaz de inibir o tempo de lambida tanto na primeira fase (0-5min) quanto na segunda fase (15-30 min). No teste da placa quente, o nerolidol não alterou a latência em nenhum dos tempos observados. O mecanismo de ação da propriedade antinociceptiva do nerolidol foi avaliado através do teste da formalina. A antinocicepção produzida pelo nerolidol foi significativamente bloqueado em animais pré-tratados com bicuculina (1 mg/kg, i.p.), indicando o envolvimento do sistema GABAérgico. Contudo, o efeito antinociceptivo do nerolidol não foi revertido pela naloxona (antagonista não seletivo dos receptores opioides, 5 mg/kg, s.c.) e glibenclamida (bloqueador dos canais de K+ATP, 10 mg/kg, i.p.), sugerindo que o nerolidol não atua por esses mecanismos. O tratamento com o nerolidol foi capaz de reduzir o edema de pata induzido por carragenina. No modelo da peritonite induzida por carragenina, o nerolidol diminuiu o influxo de leucócitos e também os níveis de TNF-α no lavado peritoneal. Sendo assim, esses resultados mostram que o nerolidol tem atividade antinociceptiva com possível participação do sistema GABAérgico Além disso, o nerolidol possui atividade anti-inflamatória que pode ser atribuída a inibição da produção da citocina pró-inflamatória TNF-α.
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CAMILLA PINHEIRO DE MENEZES
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Atividade antifúngica in vitro do óleo essencial de Melissa officinalis L. (erva-cidreira) sobre Cladosporium carrionii.
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Data: 19/11/2012
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Hora: 14:00
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Os fungos do gênero Cladosporium são considerados contaminantes ambientais, sendo encontrados em diversos ambientes. Sua relação com a saúde humana está relacionada com quadros de patologias oportunistas quando do desenvolvimento de severa imunossupressão. O aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e a sua toxicidade levam a busca por novos antifúngicos, mais eficazes e menos tóxicos. Neste contexto, este estudo teve como objetivo identificar os componentes do óleo essencial de M. officinalis e investigar sua atividade antifúngica, in vitro, sobre cepas de Cladosporium carrionii. A análise da composição química do óleo foi realizada por cromatografia a gás acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). Os ensaios da atividade antifúngica foram realizados por meio da triagem microbiológica pela técnica de difusão em meio sólido; determinação da concentração inibitória mínima (CIM) pela técnica de microdiluição; concentração fungicida mínima (CFM); medida do crescimento radial em diferentes intervalos de tempo; inibição da germinação de conídios e avaliação das alterações morfológicas. Os resultados da CG-EM mostraram 4 componentes, sendo o geranial (52 %) o constituinte majoritário. Nos ensaios de atividade antifúngica, o óleo essencial de M. officinalis inibiu o crescimento de 100 % das cepas de C. carrionii ensaiadas, tendo sua CIM e CFM estabelecidas em 256 μg/mL, induziu inibição do crescimento micelial radial a partir da concentração de 128 μg/mL (CIM/2) e inibição significante da germinação de conídios, em todas as concentrações testadas, quando comparados ao controle (p<0,05). Além disso, alterações morfológicas como diminuição da conidiação e alterações estruturais nas hifas foram observadas nas cepas ensaiadas, após a exposição ao óleo nas concentrações CIM/2, CIM e CIMX2. Diante do exposto, conclui-se que o óleo essencial de M. officinalis apresenta importante atividade antifúngica contra cepas de C. carrionii, representando uma nova possibilidade no arsenal de produtos para terapêutica das micoses causadas por Cladosporium carrionii
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HELOISA MARA BATISTA FERNANDES
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Constituintes Químicos e Avaliação de Atividades Biológicas de Croton polyandrus Spreng. (Euphorbiaceae)
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Data: 19/11/2012
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Hora: 09:00
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A família Euphorbiaceae é a sexta maior família de vegetais do mundo representada por 300 gêneros e 7500 espécies. Dentre os inúmeros gêneros que compõe esta família, o gênero Croton se destaca como o segundo maior, com cerca de 800 espécies, possuindo uma distribuição neotropical. Esse gênero tem sido um dos mais estudados, em grande parte devido aos compostos químicos promissores produzidos por este grupo. Visando contribuir para o estudo quimiotaxonômico da família Euphorbiaceae e do gênero Croton, o extrato de C. polyandrus foi submetido a um estudo fitoquímico para isolar seus constituintes químicos, através de métodos cromatográficos usuais, e depois para identificá-los por meio de métodos espectroscópicos, tais como Infravermelho, RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectométricos, tais como espectometria de massas, além de comparação com dados da literatura. O estudo químico das partes aéreas e raiz de C. polyandrus resultou na identificação de nove substâncias: Óxido de β-cariofileno; β-Sitosterol; Feofitina A; Carvacrol; 5-β-hidroxi-2-oxo-p-ment-6(1)-eno; 3-metoxi-4-hidroxi-benzaldeído; 1,2,3,4-tetrahidroxi-p-mentano; Sitosterol-3-O-β-D-glicopiranosídeo; Sacarose, sendo as nove relatadas pela primeira vez na espécie. A composição química do óleo essencial apresentou trinta e três componentes, dentre os quais, p-cymene (12.4%), mostrou-se com composto majoritário. O óleo essencial de C. polyandrus foi testado para a toxicidade contra cepas de bactérias gram positivas e gram negativas, cepas de fungos do gênero Candida, e linhagens de células tumorais. O óleo essencial de C. polyandrus testado não mostrou qualquer atividade antibacteriana, no entanto, apresentou uma considerável atividade antifúngica e efeito citotóxico para todas as linhagens celulares na maior concentração do óleo testada, não apresentou efeito citostático.
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LEONIDAS DAS GRACAS MENDES JUNIOR
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RUTINA, UM FLAVONOIDE ANTIOXIDANTE, REESTABELECE A SENSIBILIDADE DO BARORREFLEXO E A REATIVIDADE VASCULAR PREJUDICADAS EM RATOS COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
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Data: 19/11/2012
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Hora: 09:00
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A hipertensão arterial é um dos principais desafios em termos de saúde pública em todo planeta. Sua patogênese envolve o aumento do estresse oxidativo e entra suas características estão alterações sobre os mecanismos de controle da pressão arterial, como o barorreflexo e a reatividade vascular. A Rutina é um flavonoide glicosídico pertencente ao grupo flavonol com ações antioxidantes. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da rutina sobre a sensibilidade do barorreflexo, a reatividade vascular e o estresse oxidativo em ratos hipertensos (2R1C). Um clipe de prata (diâmetro interno = 0,2mm) foi implantado na artéria renal direita para indução da hipertensão (seis semanas). Os animais receberam por gavagem rutina (20 ou 40 mg/kg/dia, uma semana) ou salina. Cateteres foram implantados na aorta abdominal e veia cava caudal para o registro dos parâmetros cardiovasculares e administração de drogas, respectivamente. Fenilefrina (8 μg/kg, i.v.) e nitroprussiato de sódio (25 μg/kg, i.v.) foram administrados para avaliar o componente parassimpático e simpático do barorreflexo. Anéis de artéria mesentérica cranial foram colocados em cubas para órgãos isolados, contendo solução de Tyrode a 37ºC e aerados com uma mistura carbogênica (95% de O2 e 5% de CO2), sob tensão constante de 0,75 g. A peroxidação lipídica foi mensurada pela técnica de TBARS. O grupo 2R1C apresentou aumento na pressão arterial média em comparação ao grupo Sham (174 ± 6 vs. 125 ± 1 mmHg; n = 8; p < 0,05). Os animais hipertensos apresentaram diminuição na sensibilidade do barorreflexo em relação aos animais normotensos (-2,77 ± 0,14 vs. -1,53 ± 0,27 bpm.mmHg−1; n = 8; p < 0.05). Quanto a reatividade vascular, animais hipertensos apresentaram aumento nas respostas à FEN e diminuição nas respostas ao NPS e ACh. Após o tratamento com rutina 20 mg/kg/dia, os animais hipertensos obtiveram discretas melhoras nos parâmetros avaliados. Já o tratamento com rutina 40 mg/kg/dia restaurou tanto sensibilidade do barorreflexo quanto reatividade vascular outrora prejudicadas. O teste do TBARS demonstrou significativa atenuação na peroxidação lipídica dos animais com hipertensão renovascular. Estes dados sugerem que a suplementação de rutina melhora a sensibilidade do barorreflexo e a reatividade vascular comprometida em animais com hipertensão renovascular, provavelmente esse efeito é induzido pela diminuição do estresse oxidativo.
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MATEUS FEITOSA ALVES
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Avaliação psicofarmacológica e toxicológica do R-(+)-limoneno por via inalatória em modelos de animais
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Data: 19/11/2012
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Hora: 09:00
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As plantas medicinais são largamente utilizadas pelo homem no tratamento dos seus males desde os primórdios da civilização. Entre as mais diversas espécies vegetais algumas têm despertado interesse dos pesquisadores, como é o caso das “Plantas Aromáticas” cuja atividade tem sido atribuída aos óleos essenciais. O R-(+)-limoneno é um monoterpeno encontrado em várias espécies de plantas aromáticas. Estudos demonstraram que esse composto apresenta atividades farmacológicas (ansiolítica, gastroprotetora, antitumorais) possuindo um baixo perfil de toxicidade. O presente estudo tem como objetivo investigar o efeito ansiolítico e a toxicidade por via inalatória. Para tanto, uma caixa de inalação foi padronizada afim de obter valores de concentrações ideais para aplicação da substância. Após, foi avaliado a atividade ansiolítica do R-(+)-limoneno no labirinto em cruz elevado (LCE). Resultados mostraram que a substancia não possui efeitos ansiolíticas para as concentrações e tempos determinados. Em seguida, os animais foram expostos a uma exposição diária (30 dias) à substância sendo avaliados a atividade psicofarmacológica, através do LCE, e a toxicidade, através de exames bioquímicos e hematológicos. Os resultados do LCE mostraram uma característica ansiogênica possivelmente relacionada à irritação que o limoneno causa nas vias olfatórias. Nos exames hematológicos houve uma diminuição no eritrócitos e hematócrito devido a hemólise causada por uso contínuo de R-(+)-limoneno por via inalatória. Os valores elevados de VCM, HCM e CHCM sugerem alterações no metabolismo no hipocampo antagonizando o efeito ansiolítico da substância em estudo. Nos exames bioquímicos houve um aumento na glicemia, creatinina, AST e lacato desidrogenase. O aumento da AST é sugestivo de anemia hemolítica; já o aumento do lactato desidrogenase é sugestivo para deficiência de folatos ou vitamina B12. Portanto, o R-(+)-limoneno em exposição prolongada se apresentou com características tóxicas em uma concentração de 5%.
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RODRIGO SANTOS AQUINO DE ARAUJO
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Avaliação das Atividades Antifúngica e Antibacteriana de Derivados Semi-sintéticos de Cumarinas
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Data: 19/11/2012
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Hora: 09:00
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Cumarinas são um dos principais grupos de metabólitos secundários presente em organismos vegetais, responsável pela defesa desses organismos contra eventos de estresse bióticos e abióticos. Tem sido obtidas, também, na literatura, em muitos estudos sintéticos, sendo responsáveis por diversas propriedades farmacológicas. A urgência da necessidade no desenvolvimento de novas drogas mais eficientes e menos tóxicas no tratamento de infecções fúngicas e bacterianas tem despertado interesse na química de compostos bioativos, como descrito nesse estudo. Vários derivados cumarínicos foram sintetizados a partir de reações de alquilação, acetilação e nitração e foram utilizados, juntamente com algumas cumarinas comerciais, em avaliações biológicas. Compostos foram avaliados segundo suas propriedades antifúngicas contra cepas de duas espécies de Aspergillus (A. fumigatus e A. flavus) e nos permitiram traçar um perfil de relação estrutura-atividade (SAR), perfis esses que foram confirmados através de estudos de modelagem molecular e cálculos de superfície molecular. Espécies de Staphylococcus aureus (padrão e resistentes a antibióticos) também tiveram suas sensibilidades a compostos cumarínicos avaliadas. Esses demonstraram de fraca a nenhuma atividade em testes in vitro, porém, alguns dos compostos mostraram atividades moduladoras, juntamente com antibióticos, de destaque para algumas dessas cepas, atingindo sensibilidade de cepas que se mostram resistentes em testes apenas com antibióticos. Estudos computacionais de modelagem molecular e cálculo de superfície eletrônica também se mostraram importantes para confirmação de características essenciais para efetiva atividade antibacteriana modulatória. Esses dados permitiram direcionamento para continuação desses estudos, a partir do possível desenvolvimento de novas moléculas que possam melhorar esses resultados.
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MATHEUS MORAIS DE OLIVEIRA MONTEIRO
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A Quercetina Melhora a Sensibilidade do Barorreflexo em Ratos Espontaneamente Hipertensos
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Data: 13/11/2012
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Hora: 09:00
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A quercetina é um flavonóide bastante estudado devido suas atividades antioxidantes. Este trabalho buscou investigar os efeitos do tratamento com quercetina na pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC) e sensibilidade do barorreflexo em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Os ratos SHR e seus controles, ratos da linhagem Wistar-Kyoto (WKY), foram tratados oralmente com quercetina (2, 10 e 25 mg/kg/dia) ou salina por sete dias. No oitavo dia, a PAM e a FC foram registradas e a sensibilidade do barorreflexo foi testada por meio da administração de fenilefrina (8 mg/kg, i. v.) e nitroprussiato de sódio (25 mg/kg, i. v.). O estresse oxidativo foi mensurado via peroxidação lipídica pela técnica das espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico. As doses de 10 (n = 8) e 25 mg/kg (n = 8) foram capazes de diminuir a PAM dos ratos SHR (n = 9) (163 ± 4 e 154 ± 5 vs. 173 ± 6, respectivamente, p < 0,05) mas não dos ratos WKY (117 ± 1 e 118 ± 2 vs. 113 ± 1, respectivamente, p < 0,05). A dose de 25 mg/kg/dia aumentou a sensibilidade do componente parassimpático do barorreflexo (2,47 ± 0,31 vs. 1,25 ± 0,8 bpm/mmHg) e diminuiu o estresse oxidativo sérico nos ratos SHR (2,04 ± 0,17 vs. 3,22 ± 0,37 nmol/ml, n = 6). Estes dados sugerem que o tratamento com quercetina reduz a hipertensão e melhora a sensibilidade do barorreflexo nos ratos SHR via redução do estresse oxidativo.
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MARIA ANGELICA SATYRO GOMES
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EFEITO DA FRAÇÃO AQUOSA DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE Cissampelos sympodialis Eichl. E MILONINA SOBRE A FUNÇÃO ERÉTIL DE RATOS
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Data: 19/10/2012
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Hora: 08:30
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Os efeitos da fração aquosa do extrato etanólico das folhas de Cissampelos sympodialis Eichl. na função erétil de ratos foram estudados utilizando abordagens in vivo e in vitro. A FAFCS causou relaxamento do corpo cavernoso isolado de rato pré-contraído com fenilefrina de maneira dependente de concentração (Log CE50 = 2,535 ± 0,062; Emáx = 93,404 ± 6,730%, n = 5), efeito que não foi atenuado na presença de L-NAME (Log CE50 = 2,583 ± 0,057; Emáx = 79,917 ± 3,085%; n = 4) e tetrodotoxina (Log CE50 = 2,349 ± 0,091; Emáx = 85,583 ± 3,133%, n = 4), descartando a participação da NO-sintase e da descarga nitrérgica no efeito relaxante. O efeito máximo foi significantemente reduzido na presença de ODQ (Log CE50 = 2,480 ± 0,069; Emáx = 70,973 ± 1,674%*, n = 3) e KT-5823 (Log CE50 = 1,904 ± 0,206*; Emáx = 53,046 ± 9,730%*, n = 5), o que sugere a participação da CGs e da PKG nesse efeito. Na concentração de 3000 µg/mL, a FAFCS aumentou significantemente o conteúdo de GMPc no tecido cavernoso (38,5* ± 4,7, n = 4) quando comparado ao grupo controle (16,9 ± 1,3, n = 4), sendo este efeito inibido na presença de ODQ (8,7 ± 0,5, n = 4), o que confirma a participação do GMPc no efeito relaxante da fração. A FAFCS causou relaxamento do corpo cavernoso isolado de rato pré-contraído com solução despolarizante de potássio 120 mM (Log CE50 = 1,011 ± 0,129*; Emáx = 59,068 ± 6,567%*), sendo esta significantemente menor em relação às preparações pré-contraídas com fenilefrina, sugerindo a inibição dos canais para cálcio dependentes de voltagem como mecanismo adicional de relaxamento. Foram realizados experimentos em que o modelo de diabetes induzido por estreptozotocina foi utilizado para a indução da disfunção erétil. Nessa abordagem, os animais foram divididos em cinco grupos sendo um grupo controle e quatro diabéticos. Dentre os diabéticos, dois grupos receberam tratamento com a FAFCS nas doses de 50 ou 100 mg/kg e um grupo recebeu sildenafila na dose de 1,5 mg/kg diariamente durante 24 dias. Os animais injetados com STZ tiveram um aumento significante da glicemia e redução do ganho ponderal (367,9 ± 27,7 mg/dL e 309,0 ± 19,0 g, respectivamente, n = 6) quando comparados ao grupo controle (100,0 ± 2,1 mg/dL e 547,9 ± 19,1g, respectivamente, n = 7) que não foram revertidos pelos tratamentos. Após esse período foram feitos testes in vivo e in vitro. O diabetes causou uma redução significante da relação ICP/MAP, característica de DE, (0,43 ± 0,09*, n = 4; 16 Hz) quando comparados ao controle (0,72 ± 0,03, n = 7; 16 Hz). Essa relação foi significante aumentada nos grupos tratados com a FAFCS 50 mg/kg (0,67 ± 0,05#, n = 5; 16 Hz), 100 mg/kg (0,62 ± 0,06#, n = 8; 16 Hz) e com a sildenafila (0,62 ± 0,07#, n = 6; 16 Hz) o que indica que são úteis para impedir o desenvolvimento da DE nesse modelo experimental. O relaxamento causado pela FAFCS no corpo cavernoso isolado dos ratos diabéticos foi significantemente reduzido (Emáx = 34,57 ± 11,45%, n = 4) em relação ao controle (Emáx = 65,01 ± 3,04*%, n = 4). Os tratamentos com a FAFCS na dose de 50 mg/kg (Emáx = 49,57 ± 7,36%, n = 4), 100 mg/kg Emáx = 54,33 ± 5,49%, n = 5) e com sildenafila (Emáx = 48,87 ± 7,69%, n = 3) foram capazes de impedir parcialmente a redução desse efeito. A responsividade do tecido cavernoso à fenilefrina foi significantemente aumentada (Emáx = 469,9 ± 38,1 mN/g, n = 4) em relação ao controle (Emáx = 288,0 ± 38,1 mN/g, n = 6) e esse efeito não foi atenuado em qualquer dos grupos tratados. A resposta contrátil ao estímulo elétrico foi significantemente maior no grupo STZ (1102,6 ± 114,1*, n = 4; 16 Hz) em relação ao controle (661,9 ± 50,0, n = 6; 16 Hz). Os diferentes tratamentos não atenuaram esse efeito. O relaxamento nitrérgico não foi alterado no grupo STZ bem como nos grupos tratados. A resposta relaxante para o NPS foi significantemente menor nos animais STZ (pD2 = 5,91 ± 0,19; Emáx = 74,53 ± 6,91%*, n = 4) em relação ao controle (pD2 = 5,70 ± 0,07; Emáx = 93,89 ± 3,88%, n = 7). Os diferentes tratamentos não melhoraram esse relaxamento. Foi estudado também o efeito da milonina, alcaloide 8,14-di-hidromorphinandienona isolado da fração aquosa do extrato etanólico das folhas de Cissampelos sympodilais, o qual apresentou efeito relaxante do corpo cavernoso isolado de rato pré-contraído com fenilefrina de maneira dependente de concentração (pD2 = 5,45 ± 0,15; Emáx = 80,33 ± 7,3%; n = 7). O relaxamento não foi alterado na presença de L-NAME (pD2 = 4,62 ± 0,19*; Emáx = 92,02 ± 3,01%; n = 6) e carboxi-PTIO (pD2 = 5,54 ± 0,29; Emáx = 67,25 ± 6,03%; n = 4), descartando a participação da NOS na resposta relaxante. A curva de relaxamento foi significantemente deslocada para a direita na presença de ODQ (pD2 = 4,09 ± 0,16*; Emáx = 68,38 ± 8,27%; n = 6), sugerindo a participação de CGs no efeito relaxante da milonina no tecido cavernoso. O relaxamento não foi alterado na presença de TEA, 3mM (pD2 = 5,24 ± 0,34; Emáx = 86,67 ± 6,90%; n = 5), descartando a participação dos canais para potássio no efeito relaxante do alcaloide. Esses resultados sugerem que a milonina é, ao menos em parte, responsável pelo efeito da FAFCS no corpo cavernoso isolado de rato. Como conclusão a FAFCS causa relaxamento do corpo cavernoso isolado de rato pela via CGs- GMPc-PKG e por inibir os canais para cálcio, além disso, melhorou a função erétil dos animais com diabetes induzida por STZ. Os efeitos da FAFCS podem ser explicados em parte pela presença da milonina, que causou relaxamento mediado pela CGs.
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SEVERINO ANTONIO DE LIMA NETO
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PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO ANALÍTICA DE DISPERSÕES SÓLIDAS CRISTALINAS DE GLIBENCLAMIDA, OBTIDAS ATRAVÉS DE SECAGEM POR ASPERSÃO
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Data: 31/08/2012
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Hora: 14:00
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Este trabalho descreve a preparação e caracterização por diversas técnicas analíticas, de dispersões sólidas cristalinas de glibenclamida (GB) com lauril sulfato de sódio (LSS), polivinilpirrolidona (PVP K30) e polietileno glicóis (PEG1500 e PEG6000). A cristalinidade do fármaco nas dispersões sólidas com LSS preparadas utilizando-se secagem por aspersão ou evaporação rotatória foi medida utilizando difração de raios-X de pó e diminuiu a cristalinidade em apenas 1,9% e 4,2% respectivamente, em comparação com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA). A preparação de dispersões sólidas, tanto com LSS quanto com PVP K30, utilizando secagem por aspersão pelo método de adsorção de superfície resultou em aumento de dissolução da GB (99,9 ± 1,0% e 69,9 ± 9,3% aos 60 minutos, respectivamente), em comparação com o IFA (16,9 ± 6,2% aos 60 minutos). Os dados de análise térmica demonstram que não houve alteração significativa da temperatura do pico de fusão da GB nas dispersões sólidas com LSS e PVP K30 preparadas por secagem por aspersão em relação à temperatura observada para o IFA ou para as misturas físicas, o que corrobora que a GB não sofreu amorfização nas dispersões sólidas. A análise por espectroscopia no infravermelho também corroborou a ausência de amorfização da GB, uma vez que os espectros das dispersões sólidas de GB (tanto com LSS quanto com PVP K30) preparadas por secagem por aspersão mantiveram a banda de estiramento característico do grupo N-H amida, que se sabe ser completamente suprimida no espectro descrito na literatura para a GB amorfa. As dispersões obtidas por secagem por aspersão apresentam partículas circulares, mais uniformes e com maior dispersão do carreador hidrofílico (LSS) do que as dispersões preparadas por evaporação sob pressão reduzida, o que talvez explique as diferenças observadas no perfil de dissolução. As dispersões sólidas de GB com PEG1500 e 6000 também demonstraram que a GB manteve sua cristalinidade, mas os dados de análise térmica mostram a formação de uma mistura eutética nestas dispersões sólidas, o que é confirmado por dados da literatura. Tomados em conjunto, nossos resultados demonstram que as dispersões sólidas de GB aqui descritas resultaram em aumento de dissolução do fármaco sem evidência de amorfização significativa
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FILLIPE DE OLIVEIRA PEREIRA
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Investigação do mecanismo da atividade antifúngica de monoterpenos frente a cepas de Trichophyton rubrum
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Data: 31/08/2012
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Hora: 08:00
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Trichophyton rubrum é o principal agente responsável por quadros crônicos de dermatofitoses em unhas, nos pés, nas mãos, no tronco, pescoço e couro cabeludo, com altos índices de resistência aos antifúngicos. A importância clínica e epidemiológica dispensada às dermatofitoses impulsionam estudos que visam à descoberta de novos agentes antifúngicos. Neste contexto, grande atenção vem sendo dada aos produtos oriundos de plantas aromáticas, especialmente os óleos essenciais e seus componentes. Entre estes, os monoterpenos se destacam por possuírem amplo reconhecimento do seu poder antimicrobiano. Por isso, foi investigada a atividade antifúngica dos monoterpenos citronelal, geraniol e citronelol frente a 14 cepas de T. rubrum. Para tal, foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) de cada produto, como também os seus efeitos sobre o crescimento micelial (massa seca), a viabilidade (LogUFC/mL), a germinação de conídios e a morfogênese de T. rubrum. A ação dos produtos sobre a parede celular fúngica (ensaio com sorbitol) e sobre a membrana plasmática fúngica (perda de material citoplasmático, complexação com ergosterol e síntese de ergosterol) também foi investigada. Além disso, foi analisada a interferência sobre a infectividade de T. rubrum (infecção in vitro em unhas). Entre os monoterpenos testados, geraniol e citronelol foram os mais potentes, pois apresentaram menores valores de CIM. Ensaios foram realizados com geraniol (CIM = 32 µg/mL e CIMx2 = 64 µg/mL) e citronelol (CIM = 128 µg/mL e CIMx2 = 256 µg/mL), nos quais eles inibiram significativamente o desenvolvimento micelial e a germinação dos conídios. Os monoterpenos apresentaram efeito fungicida e provocaram alterações na morfogênese formando hifas largas, curtas e tortuosas nas cepas ATCC1683 e LM422. Com sorbitol, os valores de CIM desses monoterpenos aumentaram frente à cepa ATCC1683, sugerindo ação sobre a parede celular fúngica. Os resultados dos ensaios sobre a membrana plasmática mostraram que geraniol e citronelol provocaram liberação de material intracelular, formaram complexos com o ergosterol e diminuíram o conteúdo de ergosterol. Diante dos resultados, sugere-se que o geraniol e citronelol atuam sobre a membrana de T. rubrum por um mecanismo que parece envolver a complexação com o ergosterol e inibição de sua biossíntese, afetando indiretamente a parede celular e ocasionando lise celular. Além do mais, geraniol e citronelol, na CIM e CIMx2, também inibiram a infecção de T. rubrum em fragmentos ungueais. Dessa maneira, os monoterpenos geraniol e citronelol se apresentam como promissores agentes antifúngicos, com potencial aplicabilidade no tratamento das dermatofitoses, em especial contra o agente T. rubrum.
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MANUELA BARBOSA CORDEIRO
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Aplicação da reação de Pictet-Spengler na síntese de alcaloides fenil tetrahidroisoquinolínicos inéditos
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Data: 29/08/2012
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Hora: 09:00
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O número de alcaloides que contém o esqueleto tetrahidroisoquinolínico 1- substituído é extenso e a impressionante versatilidade farmacológica desta classe desperta o interesse nos farmacologistas experimentais. Aplicando a consagrada reação de Pictet-Spengler obtivemos quatro alcaloides fenil tetrahidroisoquinolínicos dos quais três são inéditos. Dois deles obtidos com excelente rendimento (93,45%) em uma única etapa.
Partindo-se de alilbenzenos que inicialmente passaram por uma isomerização seguida de oxidação via reação de Limieux-Johnson, foram obtidos os outros dois alcaloides com rendimento global de 50%.
Em modelo experimental de inflamação aguda, a 1-(3-metoxi-4-hidroxifenil)-7- metoxi-1,2,3,4,-tetrahidroisoquinolina (MTHP) reduziu significativamente (p<0,05) a migração celular para a cavidade abdominal de camundongos bem como a liberação dos mediadores pró-inflamatórios (TNF-, IL-1 e IL-6) em uma dose cento e trinta e oito vezes menor que a dose de AAS administrada (200mg/Kg i.p.). MTHP provoca hipotensão em ratos normotensos não anestesiados, que pode ser atribuída à participação de derivados do endotélio, incluindo fatores de NO e metabolitos COX. Estes dados sugerem que MTHP tem efeitos anti-inflamatórios e hipotensores relacionados a diferentes mecanismos, e novos estudos são necessários para explorar seu potencial.
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CLELIA DE ALENCAR XAVIER MOTA
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Efeito Antinociceptivo e antiinflamatório do 2 [(4-nitro benzilideno) amino] 4,5,6,7 tetraidro benzo (b) tiofeno 3 carbonitrila (6CN10) em Camundongos
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Data: 27/08/2012
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Hora: 14:00
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Os compostos derivados do tiofeno se destacam por apresentar uma gama de atividades biológicas, sobretudo, analgésica e antiinflamatória. O presente estudo se propôs a investigar a atividade antinociceptiva, antiinflamatória e a toxicidade pré-clínica aguda do derivado tiofênico 6CN10. A triagem farmacológica comportamental dos animais tratados (250, 500 e 1000 mg/kg) demonstrou alterações, tais como, analgesia e redução da ambulação. Não houve morte dos animais, nem presença de sinais tóxicos. A partir da triagem farmacológica determinou-se a utilização de três doses (25, 50 e 100 mg/kg) para os demais estudos. Nos testes de rota rod e campo aberto, não foram observadas alterações na coordenação motora dos animais, descartando a possibilidade de um efeito miorelaxante. Por meio de modelos indutores de nocicepção, como os testes das contorções abdominais induzidas por ácido acético, da formalina e da placa quente, foi observado uma atividade antinociceptiva dose-dependente de 6CN10. Tal efeito não demonstrou associar-se à via opióide de analgesia central, uma vez que este derivado não produziu efeito significativo no teste da placa quente, e por não ter sido bloqueado pela naloxona, um antagonista opióide padrão. 6CN10 inibiu significativamente o tempo de lambedura da pata em ambas as fases do teste formalina, sobretudo na fase inflamatória, se fazendo necessário uma análise da atividade antiinflamatória do derivado. Para este fim, utilizou-se o modelo de peritonite induzida pela carragenina, onde houve inibição da migração de neutrófilos para a cavidade intraperitoneal dos animais tratados, demonstrando a atividade antiinflamatória do 6CN10. No estudo toxicológico agudo após tratamento com a dose de 1000 mg/kg de 6CN10, foi observado redução da ingestão de alimentos e peso corpóreo nas fêmeas tratadas. Os parâmetros hematológicos analisados permaneceram inalterados. O tratamento foi capaz de elevar os níveis de ALT e AST, em ambos os sexos, corroborando com os achados histopatológicos que mostraram indícios de hepatotoxicidade. Os rins, coração e pulmões não apresentaram particularidades histológicas. Portanto, os resultados apresentados neste estudo evidenciaram um efeito promissor de 6CN10 como substância analgésica e antiinflamatória, contudo a sua segurança deve ser melhor investigada.
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ALDEIDE DE OLIVEIRA BATISTA ROCHA
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Avaliação do potencial tóxico do extrato hidroalcoólico de Pradosia huberi Ducke sobre o sistema reprodutor de ratas wistar e sua progênie
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Data: 27/08/2012
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Hora: 08:00
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Pradosia huberi (Sapotaceae) é uma planta medicinal comumente encontrada
na floresta amazônica e popularmente usada para o tratamento de gastrites e
úlceras gástricas. Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade
reprodutiva do extrato hidroalcoólico das cascas do caule de P. huberi em ratas
Wistar, durante a pré e a pós-implantação. Assim como investigar os possíveis
efeitos tóxicos sobre o desenvolvimento da progênie exposta in utero e na
lactação. Para tanto, foram utilizadas 144 ratas Wistar distribuídas em quatro
grupos a saber: o controle recebeu apenas água destilada, e os tratados
(T1=1,22, T2=6,1 e T3=30,5 mg/kg) receberam, diariamente, por via oral o
extrato hidroalcoólico de P. huberi em três doses crescentes. Para a avaliação
da pré-implantação as ratas foram tratadas do 1º ao 7º dia de prenhez com
posterior análise dos índices de gestação, perdas pré-implantação e
reabsorções. Já para a avaliação da pós-implantação os animais foram
tratados a partir do 8º dia de prenhez até a lactação, neste os seguintes índices
foram investigados: gestação, parturição, viabilidade, razão sexual e perdas
pós-implantação. Em ambos os protocolos experimentais utilizados – pré e pós-
implantação – os animais foram sacrificados por anestesia com tiopental para
análise macroscópica externa e subsequente registro dos pesos absoluto e
relativo da hipófise, ovários e útero. A prole exposta ao extrato de P. huberi,
durante a prenhez e a lactação foi avaliada quanto ao seu desenvolvimento
geral, sexual e atividade motora e comportamental. Após seu sacrifício –
mesmo procedimento usado em suas progenitoras foi reproduzido – sucedeu o
registro de suas medidas corporais, pesos absolutos e relativos dos órgãos
vitais, seguido de análise macroscópica. Após avaliação estatística, os
resultados expressaram significância quanto ao aumento de perdas pré e pós-
implantações, sendo acompanhados de aumento do número de reabsorções
embrionárias. Houve comprometimento do desenvolvimento geral da progênie
com significativo atraso para o surgimento dos pelos, do andar adulto e a
abertura dos olhos. Em seguida, a avaliação do desenvolvimento sexual nos
machos revelou aumento da concentração de espermatozoides anormais e
alterações em sua morfologia. Conclui-se que o extrato hidroalcoólico de
P.huberi interferiu negativamente sobre a fisiologia materna, comprometendo a
capacidade reprodutiva nos períodos de pré e pós-implantação embrionária,
bem como em diversas e variadas etapas do desenvolvimento da progênie.
Sugerindo possível efeito tóxico sobre o sistema reprodutor de ratas Wistar.
Pradosia huberi (Sapotaceae) é uma planta medicinal comumente encontradana floresta amazônica e popularmente usada para o tratamento de gastrites eúlceras gástricas. Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidadereprodutiva do extrato hidroalcoólico das cascas do caule de P. huberi em ratasWistar, durante a pré e a pós-implantação. Assim como investigar os possíveisefeitos tóxicos sobre o desenvolvimento da progênie exposta in utero e nalactação. Para tanto, foram utilizadas 144 ratas Wistar distribuídas em quatrogrupos a saber: o controle recebeu apenas água destilada, e os tratados(T1=1,22, T2=6,1 e T3=30,5 mg/kg) receberam, diariamente, por via oral oextrato hidroalcoólico de P. huberi em três doses crescentes. Para a avaliaçãoda pré-implantação as ratas foram tratadas do 1º ao 7º dia de prenhez composterior análise dos índices de gestação, perdas pré-implantação ereabsorções. Já para a avaliação da pós-implantação os animais foramtratados a partir do 8º dia de prenhez até a lactação, neste os seguintes índicesforam investigados: gestação, parturição, viabilidade, razão sexual e perdaspós-implantação. Em ambos os protocolos experimentais utilizados – pré e pós-implantação – os animais foram sacrificados por anestesia com tiopental paraanálise macroscópica externa e subsequente registro dos pesos absoluto erelativo da hipófise, ovários e útero. A prole exposta ao extrato de P. huberi,durante a prenhez e a lactação foi avaliada quanto ao seu desenvolvimentogeral, sexual e atividade motora e comportamental. Após seu sacrifício –mesmo procedimento usado em suas progenitoras foi reproduzido – sucedeu oregistro de suas medidas corporais, pesos absolutos e relativos dos órgãosvitais, seguido de análise macroscópica. Após avaliação estatística, osresultados expressaram significância quanto ao aumento de perdas pré e pós-implantações, sendo acompanhados de aumento do número de reabsorçõesembrionárias. Houve comprometimento do desenvolvimento geral da progêniecom significativo atraso para o surgimento dos pelos, do andar adulto e aabertura dos olhos. Em seguida, a avaliação do desenvolvimento sexual nosmachos revelou aumento da concentração de espermatozoides anormais ealterações em sua morfologia. Conclui-se que o extrato hidroalcoólico deP.huberi interferiu negativamente sobre a fisiologia materna, comprometendo acapacidade reprodutiva nos períodos de pré e pós-implantação embrionária,bem como em diversas e variadas etapas do desenvolvimento da progênie.Sugerindo possível efeito tóxico sobre o sistema reprodutor de ratas Wistar.
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THAIS JOSY CASTRO DE ASSIS
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Mecanismo de ação vasorrelaxante da 6-[(E)-estiril] - 2 - pirona extraída de Aniba panurensis (Meisn.)Mez (Lauraceae) em ratos
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Data: 14/08/2012
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Hora: 08:30
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O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares da 6 – [(E) – estiril] - 2 - pirona (pirona-198), uma estirilpirona natural isolada a partir dos frutos de Aniba panurensis (Meisn.) Mez (Lauraceae). Em ratos normotensos não anestesiados, pirona-198 (10, 20, 30 e 40 mg/kg, i.v.) induziu hipotensão (-8±1.6; -9.5±1.2, -15±1.7, -14.3±0.6 %, respectivamente) e bradicardia (-55±4.9, -27±2.5, -36.7±8.2, -53±6.6 %, respectivamente). Em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato, pirona-198 (1 nM - 1 µM) induziu relaxamento das contrações induzidas por fenilefrina (FEN, 10 µM) (Emáx = 96,3 ± 2,1%; pD2 = 5,5 ± 0,1, n=7) de maneira dependente de concentração e esse efeito foi significativamente atenuado após a remoção do endotélio vascular (Emáx = 96,4 ± 1,9%; pD2 = 5,0 ± 0,1, n = 7). Efeito semelhante ocorreu em anéis pré-contraidos com 1 µM de FEN (Emáx = 95,4 ± 2,7%; pD2 = 5,7 ± 0,1, n = 7), efeito significativamente atenuado após a remoção do endotélio (Emáx = 99,3 ± 1,1%; pD2 = 4,1 ± 0,06, n = 8). Na presença de 100 µM de L- NAME, 10 mM de ODQ, 300 µM de PTIO, o relaxamento foi atenuado. O efeito do bloqueio com L-NAME foi completamente revertido em preparações com 1 mM de L-arginina. Na presença de atropina (1 nM) e indometacina (10 mM), a resposta induzida pela pirona-198 não foi alterada. A pirona-198 inibiu contrações induzidas por concentrações crescentes de FEN (1 nM – 1 mM), como também induziu relaxamento nas contrações induzidas por U46619 (10 mM) (Emáx= 89,5 ± 4,2%; pD2 = 2,9 ± 0,1, n = 6). Em anéis pré-contraídos com S(-) Bay K8644 (200 nM), a pirona promoveu relaxamento (pD2 = 3,9 ± 0,08, n = 6) tal como, em anéis pré-contraidos com FEN (1 e 10 µM) na presença de nifedipino. A pirona-198 também interferiu na liberação do Ca+2 dos estoques intracelulares mediado por FEN (1 e 10 mM). Em preparações incubadas com TEA 3 mM e pré-contraídas com 1 mM FEN, o relaxamento da pirona-198 não foi atenuado, diferentemente dos anéis incubados com TEA 3 mM e pré-contraídos com FEN 10 mM. Em preparações sem endotélio pré-incubadas com 1 mM de TEA, o relaxamento para pirona-198 foi significantemente atenuado, entretanto, nos anéis sem endotélio a pré-incubação com BaCl2 (30 mM), 4-AP (1 mM) ou GLIB (10 mM) não modificou o relaxamento induzido pela pirona-198. Os resultados sugerem que a ação da pirona-198 sobre os parâmetros hemodinâmicos deve-se ao potente efeito vasorrelaxante, efeito este mediado parcialmente por mecanismos dependentes do endotélio, envolvendo a via eNOS/CGs. Como também por mecanismos independentes do endotélio vascular e essa capacidade de promover relaxamento no músculo liso vascular envolve atenuação do influxo de Ca2+ ou interferindo em mecanismos contratéis posteriores à entrada deste íon, além da inibição da liberação de Ca+2 dos estoques intracelulares sensíveis ao IP3, efeitos estes com apresentação diferente mediante as concentrações submáxima e máxima de fenilefrina. Além de possível envolvimento dos canais BKca.
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FLAVIA CRISTINA FERNANDES PIMENTA
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Efeitos ansioliticos de Citrus aurantium L. empacientes portadores de Leucemia Mieloide Crônica
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Data: 10/08/2012
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Hora: 14:00
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O câncer é uma das doenças que mais causam temor na sociedade por ter como estigma: a dor e a morte. Além disso, pacientes com câncer são submetidos a vários e repetidos procedimentos de diagnósticos durante a trajetória da doença. Dentre estes procedimentos, a aspiração da medula óssea, muito comum em pacientes hematológicos, para confirmar o diagnóstico e avaliar a resposta à terapia, foi relatada como sendo um dos procedimentos invasivos dos mais dolorosos, gerando ansiedade nos pacientes. Várias classes farmacológicas são utilizadas no tratamento da ansiedade, destacando-se os benzodiazepínicos. Entretanto, o padrão de reações adversas, a possibilidade de dependência e tolerância e o potencial de abuso dos benzodiazepínicos, justificam a busca de novas possibilidades terapêuticas. Estudos pré-clínicos e clínicos atestaram a atividade ansiolítica do óleo essencial de Citrus aurantium L. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial de Citrus aurantium L. na ansiedade de pacientes portadores de leucemia mielóide crônica atendidos no Hospital Napoleão Laureano e submetidos à coleta do material medular através de uma punção em nível do esterno para realização decariótipo e mielograma. Para atingir este objetivo os efeitos ansiolíticos do óleo, do diazepam (10 mg) e do placebo foram avaliados através de escalas psicométricas (Inventário de ansiedade traço-estado) e medidas fisiológicas (Pressão Arterial, Frequência Cardíaca e Respiratória). A população do estudo foi constituída por 42 pacientes portadores de leucemia mielóide crônica de ambos os sexos, com idade entre 23 e 75 anos Os resultados foram analisados por meio de teste paramétricos. A aplicação do IDATE-estado, antes e depois da inalação do Citrus aurantium L., demonstrou-se redução dos escores sugerindo um efeito ansiolítico. No entanto, foi observado na análise do percentil 75 uma redução na escala do IDATE-E nos grupos do diazepam e placebo. Corroborando com os resultados das medidas psicológicas, observamos também no grupo exposto ao óleo redução dos parâmetros fisiológicos, como: pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca e frequência respiratória. Dentre os parâmetros fisiológicos mensurados o diazepam reduziu apenas a pressão sistólica, não alterando os demais parâmetros avaliados. Adicionalmente, nenhum efeito sobre os parâmetros fisiológicos foi evidenciado no grupo placebo. Portanto, os resultados encontrados evidenciam um efeito ansiolítico do óleo essencial de Citrus aurantium L., bem como efeitos sobre alguns sinais e sintomas associados à ansiedade, após intervenção aguda, em pacientes portadores de leucemia mieloide crônica submetidos à aspiração de material medular, conforme demonstram os resultados obtidos na mensuração dos parâmetros psicológicos e fisiológicos.
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NARLIZE SILVA LIRA
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ESTUDO QUÍMICO DOS ORGANISMOS MARINHOS Aplysina fistularis PALLAS E
Sargassum polyceratium MONTAGNE
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Data: 06/08/2012
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Hora: 14:30
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As algas e as esponjas marinhas têm sido alvos de pesquisas científicas importantes nos últimos 50 anos, de onde foram isolados e caracterizados um grande número de metabólitos secundários, com ampla variedade estrutural, determinadas substâncias podem caracterizar as classes de algas e esponjas, fato de grande importância para os químicos, taxonomistas e ecologistas. Estas substâncias exercem inúmeras atividades biológicas, como: defesa contra consumidores, competidores, organismos coloniais e patógenos ou apresentam função reprodutiva. Este trabalho descreve os resultados do estudo químico dos organismos marinhos Sargassum polyceratium Montagne e Aplysina fistularis Pallas, uma alga marinha da família Sargassaceae e uma esponja marinha da família Aplysinidae, respectivamente. Os constituintes químicos foram identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como infravermelho, massas e ressonância magnética nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparação com valores da literatura. Da espécie S. polyceratium foram isolados os derivados porfirínicos: 132-hidroxi-(132-R)-feofitina a, 132-hidroxi-(132-S)-feofitina a, feofitina a e o esteróide fucosterol. O estudo químico da A. fistularis resultou no reisolamento do alcaloide e da acetamida: 2-(3,5-dibromo-4-metoxifenil)-N,N,N-trimetiletanamônio e (3,5-dibromo-4-etoxi-1-hidroxi-4-metoxicicloexa-2,5-dienila) acetamida, e no isolamento do alcaloide 3,5-dibromo-4-[3’dimetilamônio]propoxifenil]-N,N,N-trimetiletanamônio (aplysfistularina), aqui descrito pela primeira vez. A avaliação dos efeitos psicofarmacológicos do extrato etanólico do S. polyceratium induziu alterações comportamentais, do tipo depressora do SNC. Os extratos etanólico, hexânico, diclorometânico e a mistura (132-hidroxi-(132-R)-feofitina a e 132-hidroxi-(132-S)-feofitina a) não foram capazes de inibir o crescimento das linhagens testadas, apresentando atividade antimicrobiana negativa. Porém foram capazes de modificar a atividade antibiótica, diminuindo entre 2x à 4x a resistência bacteriana. As substâncias isoladas da A. fistularis mostraram inibição da enzima DNA Topoisomerase II-α, sendo necessárias outras avaliações biológicas para determinar a potência dos compostos. Assim, os resultados obtidos neste trabalho contribuíram para o estudo químico dos organismos marinhos das espécies S. polyceratium e A. fistularis.
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MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO
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AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO 2-NITRATO-1,3-DIBUTOXIPROPANO (NDBP) SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR
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Data: 03/08/2012
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Hora: 08:30
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Relatos prévios demonstraram que o 2-nitrato-1,3-dibutoxipropano (NDBP), um nitrato orgânico sintetizado a partir da glicerina, induziu vasodilatação em anéis de artéria mesentérica cranial isolada de rato mediante a ativação da via NO-GMPc-PKG, bem como dos canais para K+ e, adicionalmente, causou hipotensão e bradicardia em ratos normotensos não-anestesiados. O estudo atual teve como objetivo investigar os efeitos do NDBP sobre o sistema cardiovascular em ratos, avaliando a liberação de NO eliciada pelo NDBP em células musculares lisas vasculares, a capacidade do NDBP induzir tolerância ao vasorrelaxamento e o efeito da administração aguda do composto sobre o controle autonômico de animais normotensos e hipertensos, por meio de abordagens in vitro e in vivo. Nos experimentos bioquímicos foi utilizada a cultura de células musculares lisas de aorta de rato (CMLAR) e, nos experimentos farmacológicos foram utilizados ratos Wistar ou ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e normotensos Wistar Kyoto (WKY). Foi observado que o NDBP causou um aumento concentração-dependente nos níveis de NO em CMLAR. Além disso, não houve alteração no efeito vasodilatador do NDBP quando os anéis de artéria mesentérica foram previamente expostos ao NDBP, nas concentrações de 10 µM ou 100 µM, sugerindo que o nitrato orgânico em estudo não induziu tolerância. Nos experimentos in vivo, foi constatado que a pressão média basal dos animais espontaneamente hipertensos foi significantemente maior que a do grupo normotenso. A administração aguda do NDBP (1, 5, 10, 15 e 20 mg/kg, i.v.) induziu uma resposta bifásica: hipotensão e bradicardia seguidas de hipertensão e taquicardia, em ratos SHR e WKY. O bloqueio dos receptores muscarínicos pela atropina (2 mg/kg) atenuou a bradicardia induzida pelo NDBP (15 mg/kg), reduzindo também a hipotensão em WKY e SHR. Entretanto, a resposta pressora ao composto foi potencializada. A secção bilateral do nervo vago praticamente aboliu a bradicardia em WKY e SHR. Adicionalmente o hexametônio (30 mg/kg), um bloqueador nicotínico ganglionar, reduziu tanto a bradicardia quanto a resposta pressora em ambos os grupos. A administração do azul de metileno (4 mg/kg), um bloqueador da ciclase de guanilil solúvel (CGs), atenuou as repostas hipotensora e bradicárdica induzida pelo NDBP (15 mg/kg) em ratos WKY. Evento similar aconteceu nos animais SHR. Esses resultados sugerem que o NDBP libera NO em CMLAR, sendo incapaz de induzir tolerância ao seu efeito vasorrelaxante, entretanto, os efeitos cardiovasculares do NDBP são mediados, principalmente, pela ação central do composto, resultando em alterações na função autonômica de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos.
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VIVIANNE MARCELINO DE MEDEIROS
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Estudo Fitoquímico de Croton grewioides Baill. e Revisão da Ocorrência das Principais Classes de Metabólitos do Gênero Croton
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Data: 06/06/2012
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Hora: 09:00
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A família Euphorbiaceae é a sexta maior família do mundo representada por 300 gêneros e 7500 espécies. Dentre os inúmeros gêneros que compõe esta família o gênero Croton se destaca como o segundo maior com cerca de 800 espécies possuindo uma distribuição neotropical. Esse gênero tem sido uma dos mais estudados, em grande parte devido aos compostos químicos promissores produzido por este grupo. Visando contribuir para o estudo quimiotaxonômico da família Euphorbiace e do gênero Croton, Croton grewioides foi submetido a um estudo fitoquímico para isolar seus constituintes químicos, através de métodos cromatográficos usuais, e depois para identificá-los por meio de métodos espectroscópicos, tais como RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectométricos, tais como espectometria de massas, além de comparação com dados da literatura. O estudo químico das partes aéreas de C. grewioides resultou no isolamento de treze compostos (2-oxo-cleroda-3,13-dien-15α,16-olide-21-ate, 2-oxo-cleroda-3,13-dien-15β,16-olide-21-ate, ent-15,16-epoxi-2-oxo-3,13(16),14-clerodatrieno, ent-15,16-epoxi-20-acetoxi-2-oxo-3,13(16),14-clerodatrieno, ácido ent-15,16-epóxi-2-oxo-3,13(16),14-clerodatrien-20-óico, 2-oxo-5α,8α-cleroda-3,13-dien-15,16-olideo, ácido cleroda-3,13-dien-15,16-olideo-8-óico, ácido ent-caur-16-en-19-óico, ent-7α-acetoxytraquiloban-18-óico, ácido trans-octacosil ferulato, 4-alil-1,2-dimetoxibenzeno, 2-hidroxi-4,6-dimetoxi-acetofenona e estigmast-4-en-3-ona), sendo três descritos pela primeira vez na literatura, dois isolados pela primeira vez no gênero e oito relatados pela primeira vez na espécie. A composição química do óleo essencial apresentou a presença de dezoito componentes, dentre os quais, α-pineno (47,43%) mostrou-se com composto majoritário. O óleo essencial de C.grewioides e o α-pineno foram testados para a toxicidade contra Staphylococcus aureus SA-1199B, uma cepa que possuem a bomba de efluxo NorA e IS-58, uma cepa que possuem a bomba de efluxo para tetraciclina. O óleo essencial de C.grewioides e o α-pineno testado não mostraram qualquer atividade antibacteriana significativa contra as cepas Staphylococcus aureus usados, mas foram capazes de modular a resistência bacteriana à drogas.
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PATRICIA NERIS ANDRADE
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NEOLIGNANA LICARINA A: SÍNTESE E INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA SOBRE Leishmania sp.
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Data: 18/05/2012
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Hora: 09:00
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As leishmanioses constituem um complexo de doenças infecto-parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, o tratamento dessas doenças é realizado através da administração parenteral do antimonial pentavalente Glucantime®, utilizando-se como droga de segunda escolha a Anfotericina B. Contudo, esses tratamentos possuem as características de serem longo, caro e associado a sérios efeitos colaterais, requerendo acompanhamento médico. Deste modo, tornam-se necessárias pesquisas que visam tratamentos alternativos para essas enfermidades. Nesse contexto temos a Licarina A, uma neolignana inicialmente descoberta em plantas, que, no entanto, possui síntese química viável e apresenta diversas atividades biológicas. Este trabalho teve como objetivo sintetizar e avaliar a atividade antileishmania da Licarina A em modelos experimentais in vitro e in vivo. A síntese química da Licarina A apresentou rendimento de 60%. Esta neolignana demonstrou atividade leishmanicida, resultando em morte dos parasitas, e atividade leishmaniostática, visto que inibiu o crescimento das formas promastigotas de todas as espécies de Leishmania analisadas, gerando uma IC50 de 17,46 ± 2,06µg/mL para L. amazonensis; 9,59 ± 0,94µg/mL para L. major; 13,26 ± 1,23µg/mL para L. braziliensis; 9,83 ± 1,13µg/mL para L. chagasi. Verificou-se que a Licarina A promove uma perturbação nos níveis do íon cálcio intracelular [Ca2+]i nas formas promastigotas de L. amazonensis, L. chagasi e L. major, além de induzir morte por apoptose/necrose em L. amazonensis, e morte por apoptose em L. major e L. chagasi. No modelo de infecção de macrófagos murinos infectados com L. major ou L. chagasi, a Licarina A reduziu tanto a porcentagem de macrófagos infectados quanto o número de amastigotas por macrófago infectado, resultando em uma redução expressiva no índice de infecção quando comparados ao controle. Na infecção por L. major este resultado foi correlacionado a uma atividade imunomoduladora da neolignana, visto que esta induziu uma redução nos níveis das citocinas interleucina (IL)-6 e interleucina (IL)-10. Entretanto, em ambos os modelos de infecção in vitro, a atividade antiamastigota foi independente da produção de óxido nítrico. O tratamento com a Licarina A não reduziu o tamanho da lesão de camundongos Balb/C infectados experimentalmente com L. amazonensis, todavia o grupo de animais tratados com 20mg/kg da neolignana apresentou uma redução da carga parasitária do baço. Pode-se concluir que a Licarina A possui uma significativa atividade antipromastigota e antiamastigota, assim como apresenta propriedades imunomodulatórias em modelos de infecção in vitro.
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ANTONIO CLAUDIO DA SILVA LINS
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Contribuição ao estudo químico das partes aéreas de Clusia paralicola e Vismia guianensis (Clusiaceae) e avaliação do potencial antioxidante e atividade inibitória da DNA-Topoisomerase II-α humana
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Data: 30/04/2012
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Hora: 14:00
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Vismia guianensis (Aulb.) Choisy (Clusiaceae) é encontrada nas regiões do Norte e Nordeste do Brasil, sendo popularmente conhecida como lacre e Clusia paralicola G. Mariz Cunha (Clusiaceae) têm ocorrência nas florestas nordestinas, especialmente do semi-árido e dos brejos de altitude, é conhecida popularmente como pororoca. As plantas são fontes potenciais de antioxidantes naturais e podem ser utilizados por humanos para combater o stress oxidativo. A enzima DNA-topoisomerase IIα humana está envolvida em uma série de atividades celulares, sobretudo nos mecanismos de divisão celular, sendo assim considerada um alvo para pesquisa de anticânceres. Este trabalho descreve o estudo químico e a avaliação da atividade antioxidante das partes aéreas V. guianensis e de Clusia paralicola, além da avaliação da atividade inibitória da enzima DNA-topoisomerase IIα humana por compostos obtidos destas espécies. O estudo químico de V. guianensis resultou no isolamento e identificação do flavonóide quercetina, da antraquinona vismiaquinona A, de um feoforbídio inédito na literatura, da mistura de esteróides (β-sitosterol e estigmasterol), de um álcool de cadeia longa (1-hexacosanol) e do fitalato bis (2-metil-heptil) fitalato, enquanto que o estudo químico das partes aéreas de C. paralicola resultou no isolamento do flavonóide vitexina, inédito nesta espécie. As estruturas das substâncias isoladas foram elucidadas pelas análises dos espectros de IV, massas e RMN de ¹H e ¹³C, incluindo 2D. Para a determinação do teor de fenólicos totais foi utilizado o reagente de Folin-Ciocalteu, que mostrou que as fases AcOEt de partes aéreas de V. guianensis e C. paralicola apresentaram maior teor de fenólicos entre os extratos de fases testados. O potencial antioxidante foi analisado com os ensaios com DPPH., ABTS.+, observando-se todos os extratos e fases apresentaram relevante atividade seqüestradora de radicais livres e que exceto para o teste com ABTS.+ com a fase CHCl3 de V. guianensis, foi verificado uma significante correlação entre o teor de fenólicos totais e as atividades antioxidantes frente o DPPH. e ABTS.+. Para a atividade antioxidante utilizando o sistema β-caroteno/ácido linoléico com os extratos e fases de V. guianensis e C. paralicola, verificou-se que a fase hexânica de V. guianensis foi a mais ativa das amostras testadas, enquanto que a para C. paralicola a fase MeOH:H2O apresentou menor índice de degradação do β-caroteno entre o extrato e fases testados. Os resultados da avaliação da atividade inibitória da enzima DNA-topoisomerase IIα humana mostraram que os compostos vismiaquinona A, o feoforbídio isolado de V. guianensis, o bis (2-metil-heptil) fitalato e a vitexina foram capazes de inibir a atividade relaxante sobre o KDNA por esta enzima em concentrações de 100-300 µM. Estes resultados correspondem ao primeiro relato quanto à inibição de DNA-topoisomerase II-α humana. O feoforbídeo análogo da feofitina porfirinolactona é inédito na literatura e não há relato da ocorrência do álcool 1-hexacosanol nesta espécie, enquanto que a ocorrência de vitexina em C. paralicola ainda não havia sido relatada para esta espécie.
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CINTHIA SILVEIRA QUEIROGA
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Novas substâncias isoladas de Evolvulus linarioides Meisn. (Convolvulaceae)
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Data: 25/04/2012
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Hora: 14:00
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Botanicamente,
Na Paraíba, o Parque Estadual do Pico do Jabre é a maior unidade de
conservação de proteção integral inserida nesse bioma, onde é possível
encontrar a espécie Evolvulus linarioides Meisn., uma pequena erva com flores
azuladas, distribuída nos menores níveis de altitude e afloramentos rochosos.
O presente trabalho descreve os resultados obtidos no estudo fitoquímico de
E. linarioides. Para tanto, o material vegetal, após secagem e pulverização,
foi submetido a processos de extração e técnicas cromatográficas para
isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi
determinada pela análise dos dados espectrais de Infravermelho, Ressonância
Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, Espectrometria de Massas
e comparações com dados da literatura. Da fase diclorometano foi obtido um
novo sesquiterpeno, enquanto que da fase acetato de etila foram isolados
duas cromonas, sendo uma inédita. Tais resultados ressaltam a importância do
estudo de espécies do semi-árido paraibano, particularmente das atividades de
isolamento e elucidação estrutural de seus constituintes, além de contribuírem
para o conhecimento fitoquímico de E. linarioides e para o conhecimento
quimiotaxonômico do gênero Evolvulus e da família Convolvulaceae.
a
Caatinga
constitui-se
um
complexo
bastante
Botanicamente, Na Paraíba, o Parque Estadual do Pico do Jabre é a maior unidade de conservação de proteção integral inserida nesse bioma, onde é possível encontrar a espécie Evolvulus linarioides Meisn., uma pequena erva com flores azuladas, distribuída nos menores níveis de altitude e afloramentos rochosos. O presente trabalho descreve os resultados obtidos no estudo fitoquímico de E. linarioides. Para tanto, o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração e técnicas cromatográficas para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada pela análise dos dados espectrais de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, Espectrometria de Massas e comparações com dados da literatura. Da fase diclorometano foi obtido um novo sesquiterpeno, enquanto que da fase acetato de etila foram isolados duas cromonas, sendo uma inédita. Tais resultados ressaltam a importância do estudo de espécies do semi-árido paraibano, particularmente das atividades de isolamento e elucidação estrutural de seus constituintes, além de contribuírem para o conhecimento fitoquímico de E. linarioides e para o conhecimento quimiotaxonômico do gênero Evolvulus e da família Convolvulaceae. a Caatinga constitui-se um complexo bastante
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SANDRO DE SOUSA LEAL
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Desenvolvimento e Validação de Metodologia Analítica para Quantificação da Iangambina e seu epímero em extratos de Ocotea duckei (Lauraceae)
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Data: 18/04/2012
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Hora: 14:00
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A iangambina, lignana furofurânica isolada de Ocotea duckei
Vattimo (Lauraceae), possui importantes atividades farmacológicas, como
antagonista seletivo do fator de agregação plaquetária (PAF), ações protetoras
cardiovasculares, depressora do SNC, dentre outras. Além disso, se apresenta
como o marcador fitoquímico da espécie e é uma substância promissora para o
desenvolvimento fitoterápico/fitofármaco. Dessa forma, este trabalho teve
como objetivo o desenvolvimento e validação de metodologia analítica em
CLAE-DAD para a quantificação simultânea da iangambina e seu epímero, epi-
iangambina, nos extratos e frações de Ocotea duckei. Para o desenvolvimento
do método, elaborou-se uma proposta sintética para obtenção das lignanas
com grau de pureza elevado. A rota sintética utiliza processo de
biotransformação através da peroxidase da água de coco para a síntese da
iangambina de modo estereoseletivo. As condições do método cromatográfico
desenvolvido foram: coluna de fase reversa C-18 (250 x 4,6 mm x 5 μm), como
fase móvel uma mistura de água e acetonitrila (50:50), a um fluxo de 1 mL/min,
detecção no comprimento de onda de 215 nm. As lignanas foram isoladas do
extrato etanólico bruto da planta através de metodologia de isolamento para
lignóides. Os epímeros foram separados através de CLAE-DAD semi-
obtendo-se
por
os
métodos
marcadores
espectroscópicos
caracterizados
Infravermelho (IV), espectrometria de massas (EM), rotação ótica, dicroísmo
circular, além de técnicas termoanalíticas. A validação da metodologia analítica
foi realizada de acordo com a Resolução RE nº 899/2003 da ANVISA,
mostrando-se ser: seletivo para os dois epímeros, linear na faixa de
concentração de 1-60 μg/mL, preciso (CV ≤ 5%), exato (99-101%) e robusto. O
método validado possibilitou a determinação quantitativa da iangambina e epi-
iangambina nos extratos e frações de Ocotea duckei.
A iangambina, lignana furofurânica isolada de Ocotea duckei Vattimo (Lauraceae), possui importantes atividades farmacológicas, como antagonista seletivo do fator de agregação plaquetária (PAF), ações protetoras cardiovasculares, depressora do SNC, dentre outras. Além disso, se apresenta como o marcador fitoquímico da espécie e é uma substância promissora para o desenvolvimento fitoterápico/fitofármaco. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento e validação de metodologia analítica em CLAE-DAD para a quantificação simultânea da iangambina e seu epímero, epi-iangambina, nos extratos e frações de Ocotea duckei. Para o desenvolvimento do método, elaborou-se uma proposta sintética para obtenção das lignanas com grau de pureza elevado. A rota sintética utiliza processo de biotransformação através da peroxidase da água de coco para a síntese da iangambina de modo estereoseletivo. As condições do método cromatográfico desenvolvido foram: coluna de fase reversa C-18 (250 x 4,6 mm x 5 μm), como fase móvel uma mistura de água e acetonitrila (50:50), a um fluxo de 1 mL/min, detecção no comprimento de onda de 215 nm. As lignanas foram isoladas do extrato etanólico bruto da planta através de metodologia de isolamento para lignóides. Os epímeros foram separados através de CLAE-DAD semi-preparativa, caracterizados Infravermelho (IV), espectrometria de massas (EM), rotação ótica, dicroísmo circular, além de técnicas termoanalíticas. A validação da metodologia analítica foi realizada de acordo com a Resolução RE nº 899/2003 da ANVISA, obtendo-se por os métodos marcadores espectroscópicos livres de (RMN impurezas, de 1H sendo e 13C), mostrando-se ser: seletivo para os dois epímeros, linear na faixa de concentração de 1-60 μg/mL, preciso (CV ≤ 5%), exato (99-101%) e robusto. O método validado possibilitou a determinação quantitativa da iangambina e epi-iangambina nos extratos e frações de Ocotea duckei.
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ROGERIO ALEXANDRE NUNES DOS SANTOS
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DA Spiranthera odoratissima St. Hil (RUTACEAE) IN VITRO, IN VIVO E IN SILICO.
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Data: 02/03/2012
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Hora: 14:00
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A leishmaniose é uma doença negligenciada cujo tratamento disponibilizado está associado a uma série de efeitos tóxicos, alto custo e diminuição da eficácia terapêutica devido ao aumento da resistência pelos parasitas. Assim, a pesquisa de novas drogas mais eficazes e seguras torna-se de grande importância. Compostos derivados de produtos naturais pode ser uma fonte mais eficaz e econômica para o tratamento desta parasitose. Este estudo avaliou a atividade leishmanicida da espécie Spiranthera odoratíssima (Rutaceae) testando suas frações e isolados in vitro, in vivo e in silico utilizando formas promastigota e amastigota de diferentes espécies de Leishmania em macrófagos J774 A.1. Os ensaios in vitro avaliaram citotoxicidade, produção de óxido nítrico (NO), produção de citocinas interleucina 10, interleucina 12 e IFN-γ. A expressão da proteína quinase p38 ativada por mitógeno (p38 MAPK) e NF-κB (p50 e p65) foi avaliada in vitro por western blotting. Os resultados observados in vitro da fração hexânica do fruto (Fhf) e seu alcaloide isolado esquimianina (Skm) demostraram uma significante ação leishmanicida (P<0001) contra L. braziliensis. Esta ação foi associada ao aumento da produção de óxido nítrico e diminuição de IL-10 em macrófagos assim como aumento da produção de citocinas Th1 como Il-12 e IFNγ para as concentrações estabelecidas entre 1.6 a 40 μg/ml. Fhf e Skm demostraram induzir a expressão de p38 e NFκB, vias estas envolvidas na produção de citocinas Th1 e na indução de óxido nítrico. Os ensaios in vivo demostraram reduzir lesão em camundongos Swiss infectados com L. braziliensis, assim como foi reduzido à carga parasitária em linfonodos e baço destes animais. O ensaio in silico demonstrou interação significativa entre Skm e resíduos de aminoácidos de NOS-II. Estes resultados em conjunto sugerem que o alcaloide esquimianina é um candidato promissor contra L. braziliensis devido sua potente atividade imunomoduladora.
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CIBERIO LANDIM MACEDO
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Avaliação da Ação Espasmolítica do Flavonoide 3,6-Dimetil Éter Galetina, Isolado de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke e Investigação do Mecanismo de Ação em Traqueia de Cobaia e Aorta de Rato
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Data: 01/03/2012
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Hora: 14:00
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O flavonoide 3,6-dimetil éter galetina (FGAL) foi isolado das partes aéreas de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke e foi investigada sua possível atividade hemolítica em eritrócitos de rato e espasmolítica em vários músculos lisos isolados como útero de rata, íleo e traqueia de cobaia, e aorta de rato. FGAL não causou efeito hemolítico em eritrócitos de ratos, o que é sugestivo de baixa toxicidade. Na triagem farmacológica preliminar realizada em músculos lisos, FGAL apresentou efeito espasmolítico não seletivo nos 4 órgãos testados, apresentando uma maior potência em relaxar a traqueia de cobaia pré-contraída com carbacol e a aorta de rato pré-contraída com fenilefrina (FEN), de maneira independente de epitélio e endotélio funcional, respectivamente. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o mecanismo de ação relaxante de FGAL em traqueia de cobaia e aorta de rato. A observação de que FGAL foi mais potente em relaxar ambos os órgãos pré-contraídos com aumentos moderados na concentração extracelular de KCl do que quando contraídos com aumentos maiores de KCl é sugestivo de que FGAL está agindo por modular positivamente os canais de K+, hipótese esta confirmada pela diminuição da potência relaxante de FGAL em ambos os órgãos na presença de tetraetilamônio (TEA+) 10 mM, bloqueador não seletivo dos canais de K+. Para verificar os subtipos de canais de K+, usou-se bloqueadores seletivos: em traqueia o efeito de FGAL não foi alterado na presença de TEA+ 1 mM, bloqueador dos canais K+ de grande condutância ativados pelo Ca2+ (BKCa), glibenclamida, bloqueador dos canais de K+ sensíveis ao ATP (KATP), BaCl2, bloqueador dos canais de K+ retificadores de entrada (Kir) ou de 4-AP, bloqueador dos canais de K+ sensíveis à voltagem (KV), porém foi reduzido na presença de apamina, bloqueador dos canais de K+ de pequena condutância ativados pelo Ca2+ (SKCa). Em aorta, o efeito relaxante de FGAL não foi alterado na presença de TEA+ 1 mM, por outro lado foi reduzido na presença de apamina, glibenclamida, BaCl2 e 4-AP, sugerindo a participação dos SKCa, KATP, Kir e KV na ação vosorrelaxante do flavonoide. O fato de FGAL deslocar para direita com redução do Emax as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante, e por CaCl2 na presença de FEN e verapamil, bloqueador de CaV, sugere o envolvimento dos CaV e dos ROCs, respectivamente. Ainda em aorta, FGAL inibiu as contrações induzidas por FEN em meio livre de Ca2+, sugerindo inibição da liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático (RS). Avaliou-se ainda a participação dos nucleotídios cíclicos, e observou-se que o relaxamento induzido pela aminofilina, inibidor não seletivo de fosfodiesterases (PDEs) em traqueia e aorta foi potencializado com FGAL, sugerindo a participação de AMPc e/ou GMPc. Em aorta foi avaliado o efeito de FGAL sobre o relaxamento induzido com inibidores seletivos de PDE-3 (milrinona, seletiva para AMPc) e PDE-5 (sildenafila, seletiva para GMPc), sendo que FGAL só potencializou o relaxamento induzido por sildenafila, sugerindo a participação do GMPc. Como os canais de K+ são modulados negativamente pela PKC, investigou-se uma possível inibição da PKC por FGAL, que relaxou a aorta pré-contraída com o ativador de PKC (PMA), sugerindo inibição dessa enzima. Em conclusão, o mecanismo de ação espasmolítica de FGAL em traqueia envolve modulação positiva dos SKCa e dos nucleotídios cíclicos, e em aorta modulação positiva dos KATP, SKCa, Kir, KV; inibição dos CaV e dos ROCs, da liberação de Ca2+ do RS, da PDE-5 e PKC.
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ANA PAULA GOMES MOURA FARIAS
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Avaliação da Atividade Antitumoral e Toxicológica do Óleo Essencial dos Frutos de Xylopia langsdorffiana St. Hil. & Tul. (Annonaceae)
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Data: 29/02/2012
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Hora: 14:00
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O câncer pode ser considerado uma doença genética complexa, que resulta de alterações simultâneas em genes geralmente relacionados à proliferação, diferenciação e morte celular. Os produtos naturais são amplamente utilizados no tratamento do câncer. Xylopia langsdorffiana é uma árvore conhecida popularmente como “pimenteira-da-terra”. O estudo fitoquímico caracterizou alguns óleos essenciais com atividades biológicas importantes, dentre eles, o óleo essencial obtido dos frutos, que tem como constituintes marjoritários o α-pineno e o limoneno. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do óleo essencial dos frutos de X. langsdorffiana (O.E.X.), através de ensaios in vitro e in vivo. O valor de CL50 obtido no bioensaio com A. salina foi 459,0 μg/mL. O valor de CH50 obtido no experimento de citotoxicidade em eritrócitos (hemólise) foi 293,6 μg/mL. O valor de DL50 obtido no ensaio pré-clínico de toxicidade aguda foi 351,09 mg/kg, havendo diminuição significativa no ganho de massa corpórea nas fêmeas tratadas com 250 mg/kg e em ambos os sexos tratados com 375 mg/kg, quando comparados ao grupo controle. O valor de CI50 obtido através do ensaio de redução do MTT em células Sarcoma 180 foi 145,1 μg/mL. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo frente sarcoma 180, as taxas de inibição do crescimento tumoral foram, 38,67 e 54,32 % após tratamento com 50 e 100 mg/kg do O.E.X., respectivamente. As análises toxicológicas desses animais mostraram que não houve alteração no índice de baço e timo após os tratamentos, alterações estas que ocorrem com quimioterápicos utilizados na prática clínica, nem dos rins e coração, entretanto, houve um aumento no índice do fígado, na dose de 50 mg/kg, quando comparado ao grupo controle transplantado. Portanto, é possível inferir que o O.E.X. possui atividade antitumoral e baixa toxicidade nos modelos avaliados, balanço este essencial para sua aplicabilidade como droga farmacológica.
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ELANE CRISTINA SILVA DOS SANTOS
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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TÓXICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Pradosia huberi Ducke SOBRE O SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E ÓRGÃOS VITAIS DE RATOS E SUA PROLE
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Data: 29/02/2012
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Hora: 14:00
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Desde a antiguidade as plantas são utilizadas com fins medicinais para o tratamento, cura e prevenção de doenças. Pradosia huberi Ducke (Sapotaceae) é uma planta medicinal comumente usada pelas comunidades amazônicas por suas atividades gastroprotetora e antiulcerogênica. Considerando-se o uso popular dessa espécie e a presença de compostos bioativos com potencial tóxico sobre o sistema reprodutor masculino, além da inexistência de estudos científicos de toxicidade reprodutiva dessa espécie, esse trabalho teve como propósito investigar os efeitos tóxicos de P. huberi sobre a fertilidade, órgãos vitais e prole de ratos. Ratos Wistar foram divididos em grupos controle e tratados (n = 15). Os animais dos grupos controle e tratados receberam, respectivamente, água destilada e o extrato hidroalcoólico das cascas do caule de P. huberi (EHA-PH) nas doses de 1,22, 6,1 e 30,5 mg/Kg de peso corporal, por via oral, uma vez ao dia, por 63 dias, período que compreende o ciclo espermatogênico completo dessa espécie mais o período de trânsito epididimário, e foram eutanasiados no 64º dia. Para a investigação do potencial tóxico do EHA-PH sobre o sistema reprodutor de ratos, os seguintes parâmetros foram avaliados: ocorrência de sinais clínicos gerais de toxicidade, consumo diário de água e ração, análises bioquímicas e hematológicas, peso corporal, de órgãos vitais, do sistema reprodutor e das glândulas sexuais acessórias, produção de espermatozoides, comportamento sexual, genotoxicidade e desenvolvimento geral, reflexológico e comportamental da prole. A exposição oral ao EHA-PH nas doses de 1,22 e 6,1 mg/Kg não alterou o peso corporal de ratos, entretanto a administração da dose de 30,5 mg/Kg causou redução do peso corporal dos animais a partir do 35º dia de tratamento. Esse achado foi corroborado pela diminuição na ingestão de ração por esses animais. O peso de rins, fígado, pulmão, cérebro, hipófise, testículo, epidídimo, vesícula seminal e próstáta dos animais tratados não se alteraram em relação aos pesos dos animais do grupo controle. A administração do extrato não causou mudanças significativas no perfil bioquímico e hematológico dos ratos. A produção de gametas e a sua morfologia não diferiram entre os grupos controle e tratados. O tratamento com o EHA-PH também não alterou o comportamento sexual masculino, porém provocou um aumento de 14,3 % e 10,8% nos índices de perdas pré-implantação e uma redução de 14,3 % e 10,8% nos índices de implantação, além de uma redução de 5,6% e 8,2% nos índices de perdas pós-implantação das ratas acasaladas com ratos que receberam 6,1 mg/Kg e 30,5 mg/Kg do EHA-PH, respectivamente. Anormalidades morfológicas foram observadas em natimortos descendentes de progenitoras acasaladas com ratos expostos à dose de 30 mg/Kg do EHA-PH. O desenvolvimento geral, reflexológico e comportamental da prole não foram alterados pelo tratamento. Os resultados indicam uma possível ação tóxica do EHA-PH em ratos Wistar, com indícios de efeito mutagênico e adverso no desenvolvimento fetal, evidenciado no modelo experimental estudado.
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IONALDO JOSE LIMA DINIZ BASILIO
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ESTUDO FARMACOBOTÂNICO E APLICAÇÃO DE ESPECTROFOTOMETRIA DE UV-VIS NA CARACTERIZAÇÃO DE Solanum sect. Erythrotrichum Child (SOLANACEAE)
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Data: 29/02/2012
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Hora: 14:00
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Neste estudo foram investigadas características morfológicas, anatômicas, e espectrais na região de ultravioleta visível (UV-Vis) de extratos padronizados, com o auxílio de técnicas multivariadas, para obtenção de dados que apóie a delimitação interespecífica e infra-seccional, proposta para Solanum sect. Erythrotrichum Child. A seção Erythrotrichum foi dividida em duas subseções: Solanum subsect. Erythrotrichum, com oito espécies e S. subsect. Rhytidoandrum Agra, com 14 espécies, principalmente com base na natureza dicotômica dos caracteres reprodutivos. A escassez de estudos farmacobotânicos de espécies de Solanum conhecidas popularmente como “jurubeba”, o baixo custo para a obtenção de dados morfoanatômicos e a possibilidade inédita de utilização do perfil espectral “fingerprint” de extratos na delimitação de espécies da seção, nos estimulou ao desenvolvimento desse trabalho. Para o estudo farmacobotânico foram realizadas morfodiagnoses macroscópicas e microscópicas de folhas frescas ou herborizadas de 17 espécies da seção. Na análise microscópica realizaram-se secções paradérmicas e transversais, coradas com safranina e/ou safrablue. Para o estudo quimiotaxonômico, o processo de extração foi padronizado com folhas secas e trituradas de S. paludosum pela maior disponibilidade de material, com a adição de um solvente ou uma mistura de EtOH/H2O, em banho de ultra-som. O procedimento padronizado foi reproduzido para 22 espécies do clado Leptostemonum, com 20 da seção Erythrotrichum, S. robustum (próxima a seção) e S. paniculatum “jurubeba” (seção Torva). A análise dos extratos foi realizada diretamente, e após a adição de AlCl3 e HCl. Para a análise multivariada dos característicos morfoanatômicos utilizou-se a técnica de agrupamento hierárquico (HCA), e para os espectros de UV-Vis empregou-se a análise de componentes principais (PCA), além de HCA. Trinta caracteres morfoanatômicos apresentaram 138 estados de caracter para os taxa, tendo o dendrograma coeficiente de correlação cofenética (CCC) 0,78 e três agrupamentos. O grupo A e B com quatro espécies cada, e o grupo C com sete. O grupo A reúne espécies da subseção Rhytidoandrum, e os subgrupos C1 e C2 da subseção Erythrotrichum. S. rhytidoandrum e S. rubiginosum possuem maior similaridade (grupo A) e 18 estados de caráter em comum. S. megalonyx com S. megaspermum e S. cordifolium com S. jabrense possuem maior similaridade nos grupos B e C, respectivamente. Além disso, a proximidade de S. decompositiflorum com S. rhytidoandrum e de S. absconditum com S. paludosum, com base na distribuição geográfica, caracteres morfológicos e moleculares é apoiada pelo presente estudo. A baixa similaridade de S. insidiosum e S. apiculatum (subseção Rhytidoandrum), com os grupos formados, sustenta resultados anteriores que as separa das demais espécies da seção, pela presença de folhas atenuadas e corola branca a amarelada. Os espectros sugerem a presença de flavonóides do tipo 3 e/ou 5-hidroxi flavonas em S. paludosum, S. megalonyx e S. urubambaense (subseção Erythrotrichum). Dendrogramas com CCC acima de 0,92 e três agrupamentos foram obtidos pela análise direta dos extratos e, com a adição dos reagentes de deslocamento. Na PCA, os três primeiros componentes principais foram responsáveis por mais de 98% do total de variância entre as espécies, com agrupamentos semelhantes aos obtidos por HCA. A análise dos caracteres morfoanatômicos e do perfil espectral “fingerprint” apóiam parcialmente a subdivisão da seção e a delimitação interespecífica das espécies estudadas. O uso destas técnicas multivariadas podem no futuro desempenhar um papel valioso no controle de qualidade de plantas de interesse medicinal, que contenham flavonóides como metabólitos majoritários.
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DAIENE MARTINS BELTRAO
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Estudo dos efeitos antitumorais e toxicológicos do óleo essencial das folhas de Xylopia frutescens (Annonaceae)
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Data: 29/02/2012
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Hora: 08:00
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O câncer é uma doença do material genético de nossas células, cuja iniciação e progressão envolvem passos nos quais o DNA acumula uma série de mutações. Esta enfermidade é responsável por mais de 7,6 milhões de óbitos por ano, o que representa 13 % de todas as causas de morte do mundo. Muitas drogas usadas atualmente na quimioterapia foram isoladas de espécies de plantas ou derivadas de um protótipo natural. Todavia, agentes antineoplásicos, naturais ou sintéticos, podem ocasionar sérios danos ao organismo, justificando a necessidade de avaliação de sua toxicidade. O gênero Xylopia é considerado um dos maiores entre as Annonaceae, com cerca de 160 espécies, com distribuição pantropical. As espécies desse gênero são conhecidas por seus usos etnomedicinais e atividades farmacológicas. Xylopia frutescens Aubl., conhecida popularmente por “embira”, “semente-de-embira” e “embira-vermelha”, é pouco relatada na literatura tanto do ponto de vista fitoquímico como farmacológico. Estudos relatam que espécies de Xylopia e diferentes constituintes delas isolados apresentam atividade antitumoral in vitro e in vivo por diferentes mecanismos de ação, fato que desperta interesse para a investigação de uma possível atividade antitumoral de Xylopia frutescens Aubl. Adicionalmente, óleos essenciais isolados de diferentes espécies, são conhecidos por apresentarem diferentes atividades biológicas, dentre elas atividade antitumoral. Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do óleo essencial das folhas de X. frutescens (O.E.X.F.), por meio de ensaios in vitro e in vivo. Inicialmente foi avaliada a atividade antitumoral in vitro frente células da linhagem sarcoma 180. O valor de CI50 obtido por meio do ensaio de redução do MTT foi de 216,6 (211,8 – 221,5) µg/mL. O valor de CL50 obtido no bioensaio com Artemia salina para o O.E.X.F., por sua vez, sendo menor que 1.000 µg/mL, o produto em estudo será considerado bioativo. O valor de CH50 obtido no experimento de citotoxicidade frente eritrócitos de camundongos foi 63,87 µg/mL, provando ser o O.E.X.F. um composto hemolítico, sugerindo que a sua citotoxicidade está relacionada a capacidade de produzir danos a membrana eritrocitária. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo as taxas de inibição do crescimento tumoral foram de 45,09 % e 65,99 % para a dose de 100 mg/kg e 150 mg/kg do O.E.X.F., respectivamente. As análises toxicológicas demonstraram toxicidade hematológica e gastrintestinal, sendo esta última, evidenciada pelo efeito anoréxico, motivado possivelmente por mecanismo central. Ocorreu também alteração significativa na função hepática, evidenciada por aumento de AST, que poderá ser corroborada com a análise
histopatológica, para ambos os grupos tratados com o O.E.X.F. No entanto, tais alterações poderão ser consideradas reversíveis e não substanciais quando comparadas àquelas produzidas por diversos antineoplásicos largamente utilizados na clínica médica. Portanto, é possível inferir que o O.E.X.F. apresenta atividade antitumoral in vitro e in vivo, porém com toxicidade moderada. Sendo assim, necessita-se de estudos controlados, que possam contribuir para a elucidação de possível risco do seu uso, pela população, com fins terapêuticos.
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RICARDO CARNEIRO MONTES
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Estudo ficoquímico de alga marinha Sargassum vilgare var. nanum E. de Paula (Sargassaceae) do Litoral Paraibano
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Data: 28/02/2012
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Hora: 14:00
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Sargassum é um gênero de algas pardas da família Sargassaceae representada por 150 espécies. A literatura relata a presença de alginatos, florotaninos, cumarinas, cromonas, quinonas, feofitinas e terpenóides. Os metabólitos produzidos por algas do gênero Sargassum mostrar atividades biológicas, tais como: anticoagulantes, antioxidante, antipirético e analgésica. O objetivo deste estudo foi apresentar o primeiro trabalho com a separação e purificação dos constituintes químicos da espécie Sargassum vulgare var. nanum E. de Paula. O material coletado na praia de Coqueirinho, Conde-PB, com a exsicata JPB 46346 foi cortado e seco a -10 oC por liofilização. O pó seco (841,19 g) foi extraído (3 X 5L) por maceração com etanol a 96 oG.L. O extrato bruto (56,96 g) foi dissolvido em uma solução de H2O-MeOH (7:3) e particionado com éter etílico, diclorometano e acetato de etila. O extrato etéreo (17,04 g) foi submetido a cromatografia de sílica gel com eluição com hexano, diclorometano e de etila e MeOH, As frações combinadas foram submetidos a uma Sephadex LH-20 eluída com CH2Cl2-MeOH (1:1). A fração purificada Sv-1 foi identificado como fucosterol relatada pela primeira vez na espécie. As frações 119-121 e 135.1 foram submetidas cromatografia em camada delgada preparativa (CCDP) em AcOEt-hexano (25:75) e AcOEt-Hex (40:60) das quais foram possivel isolar duas feofitinas Sv-2 e Sv-3 identificada como a mistura de (132)-(R) e (132)-(S)-132-hidroxi-feofitina-a e 151-hidroxi-(151-S)-porfirinolactona a respectivamente. A o isômero R é relatado pela primeira vez no gênero e o S na espécie, enquanto a porfirinolactona é relatada pela prmeira vez na família. As elucidações estruturais foram realizadas com base na análise de seus espectros de 1H e 13C uni e bidimensionais e por comparação com a literatura.
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JESSICA CELESTINO FERREIRA
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Estudo Fitoquímico de Piptadenia stipulacea (Fabaceae: Minosoideae)
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Data: 28/02/2012
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Hora: 08:00
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Piptadenia stipulaceae pertencente a família Fabaceae, uma das maiores em dicotiledôneas e a terceira maior família das angiospermas. O gênero ocorre nos trópicos da América do Sul, com centros de diversidade na Amazônia e na floresta Atlântica do Brasil, sendo utilizada na medicina popular nas inflamações. O presente trabalho descreve o isolamento e a identificação estrutural de alguns constituintes químicos das partes aéreas de Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke, com o objetivo de ampliar o conhecimento químico sobre o gênero Piptadenia, bem como disponibilizar amostras para a realização de ensaios farmacológicos que confirmem o uso popular da espécie. Os constituintes químicos foram identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como IV e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparação com valores da literatura.
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MARIA MADALENA ROCHA SILVA TELES
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Estudo fitoquímico de Ocotea duckei vattimo (Lauraceae).
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Data: 28/02/2012
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Hora: 08:00
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A família Lauraceae é constituída por aproximadamente 50 gêneros e 3000 espécies com distribuição pantropical, sendo bem representada na América, Ásia Tropical, Austrália e Madagascar. No Brasil, a família Lauraceae compreende 24 gêneros, dentre esses, encontramos o gênero Ocotea, possuindo cerca de 170 espécies distribuídas nas florestas fluviais, restingas e áreas de cerrado. O presente trabalho descreve os resultados do estudo fitoquímico das cascas do caule e folhas de Ocotea duckei Vattimo. O material botânico foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada por métodos espectroscópicos de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais e comparações com modelos da literatura. O fracionamento cromatográfico do resíduo da marcha de lignoides resultou no isolamento de um sesquiterpeno, 9-oxo-nerolidol, sendo descrito pela primeira vez no gênero Ocotea. Da fase hexânica, obteve-se o β-sitosterol, Sitosterol-3-O-β-D-glicopiranosídeo, nerolidol e α-tocoferol quinona, sendo esta descrita pela primeira vez no gênero Ocotea.
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FAGNER CARVALHO LEITE
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Avaliação das Atividades Anti-inflamatória e Antinociceptiva do Alcaloide Curina em Modelos Experimentais de Inflamação Aguda e Nocicepção
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Data: 27/02/2012
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Hora: 14:00
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Os alcalóides representam a maior classe de metabólitos secundários derivados de plantas e possuem uma série de atividades farmacológicas, tais como: eméticos, anticolinérgicos, antitumoral, diurético, simpaticomiméticas, antiviral, anti-hipertensivos, analgésicos, antidepressivos, mio-relaxante, antitussígenos, antimicrobiana e anti-inflamatória. A Curina é o principal alcalóide bisbenzilisoquinolinico isolado da planta Chondrodendron platyphyllum (Menispermaceae) e apresentou efeitos imunomoduladores em modelos experimentais de inflamação alérgica. Portanto, o presente trabalho objetivou avaliar as atividade anti-inflamatória e antinociceptiva da curina. Para tal foram utilizados diferentes modelos experimentais de inflamação aguda e nocicepção tais como: formação de edema de pata induzido por carragenina, zimosan, lipopolissacarídeo (LPS), prostaglandina E2 (PGE2) e bradicinina, permeabilidade vascular induzida por acido acético, produção de NO por células da linhagem J774.A1, migração de células e produção de citocinas/quimiocinas (TNF-α, IL-1β, IL-6, MCP-1 e KC) no modelo de pleurisia induzida por LPS em camundongos, contorções abdominais induzidas por acido acético, teste da formalina e hiperalgesia induzida por LPS. Os resultados demonstraram que a curina foi capaz de reduzir significativamente (p<0,05-0,001) a formação do edema de pata induzido por carragenina, zimosan, LPS e PGE2, porém não foi capaz de reduzir o edema induzido pela bradicinina, diminuiu significativamente (p<0,05) o extravasamento de liquido para o peritônio induzido por ácido acético, reduziu a produção de NO in vitro, ademais diminuiu a migração de neutrófilos para a cavidade pleural e reduziu os níveis de TNF-α, IL-6, MCP-1 e KC. No teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, a curina mostrou-se eficácia significativa (p<0,05), aumentando a latência e diminuindo o número das contorções
abdominais. Em ambas as fases do teste da formalina, a curina foi capaz de diminuir significativamente (p<0,05-0,001) o tempo de lambida da pata dos animais, além de aumentar a latência para percepção do estímulo térmico no teste de placa quente na hiperalgesia induzida por LPS. Portanto, este trabalho demonstrou que a curina possui atividade anti-inflamatória e antinoceptiva por inibir a ação de células e moléculas essências para o inicio da inflamação e indução da dor inflamatória.
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MONICA SOUZA DE MIRANDA HENRIQUES
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Profilaxia da doença hepática gordurosa não alcoólica com panax ginseng CA Meyer, camellia sinensis (L.) Kuntze e bezafibrato. Análise do perfil bioquímico, histológico e imunoistoquímico por tissue microarray.
Profilaxia
da
doença
hepática
gordurosa
não
alcoólica
com
Panax ginseng
CA
Meyer,
Camellia sinensis
(L.)
Kuntze
e
bezafibrato.
Análise
do
perfil
bioquímico,
histológico
e
imunoistoquímico
por
tissue microarrayProfilaxiadadoençahepáticagordurosanãoalcoólicacomPanax ginseng CA Meyer, Camellia sinensis (L.) Kuntze e bezafibrato.Análise do perfil bioquímico, histológico e imunoistoquímico por tissue microarray
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Data: 27/02/2012
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Hora: 14:00
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Por suas propriedades hipolipemiantes, antioxidantes e antiinflamatórias, o Panax ginseng C.A
Meyer, Camellia sinensis (L) Kuntze e Bezafibrato foram comparados quanto à sua eficácia na
quimioprofilaxia da doença hepática gordurosa não alcoólica em ratos submetidos à dieta
hiperlipídica. Cinquenta ratos Wistar foram subdivididos em cinco grupos: G1 (controle,
submetido à dieta padrão); G2 (controle, submetido à dieta hiperlipídica contendo 58% de
energia derivada de gorduras, 18% de proteínas e 24% de carboidratos); G3 (dieta hiperlipídica
+ extrato padronizado de Panax ginseng, 100mg/Kg/d, com 27% de ginsenosídeos); G4 (dieta
hiperlipídica + extrato de Camellia sinensis, 100mg/Kg/d, com 35% de catequinas e 15%
EGCG) e o G5 (dieta hiperlipídica + Bezafibrato, 100mg/Kg/d). Após oito semanas de
experimento, foram determinados a glicemia, o colesterol total, o HDLc, o VLDLc, os
triglicerídeos, AST, ALT, Fosfatase alcalina e Gama-glutamil transferase. O tecido hepático foi
submetido à análise histopatológica, aplicando-se escore de esteato-hepatite não alcoólica
(NAS). Através da imunoistoquímica, estudou-se a expressão do receptor de insulina, da
adiponectina, do TNF-α e da sintase indutível do óxido nítrico pelo método TMA. A dieta
hiperlipídica determinou significativo aumento no peso corporal dos animais e nos níveis
glicêmicos, lipêmicos e enzimático, com pontuação diagnóstica para esteatohepatite de acordo
com escore NAS. As variáveis bioquímicas e histopatológicas do grupo tratado com bezafibrato
mostraram-se estatisticamente semelhantes ao grupo controle. O tratamento com extrato à base
de Panax ginseng preveniu a instalação de obesidade e reduziu os parâmetros histológicos de
esteatose e inflamação, com redução do escore NAS, entretanto, o emprego do extrato das
folhas da Camellia sinensis não foi capaz de subverter esses parâmetros de avaliação no tempo
e na dose utilizados nesse experimento. Nos animais submetidos à dieta hiperlipídica, observou-
se marcada imunoexpressão citoplasmática para TNF-α e a iNOS. O grupo bezafibrato mostrou
semelhança estatística em relação ao grupo controle. A resposta ao tratamento com Panax
ginseng e Camellia sinensis também se traduziu, no tecido hepático, por redução da
imunoexpressão desses marcadores, quando comparada com o grupo de animais com dieta
hiperlipídica. Quanto aos marcadores moleculares para insulina e adiponectina, observou-se
uma redução da imunoexpressão citoplasmática desses anticorpos no grupo submetido à dieta
hiperlipídica, traduzindo, respectivamente, o estado de resistência insulínica e esteatose
hepatocelular desses animais. O grupo tratado com bezafibrato demonstrou padrão de expressão
de ambos os marcadores, semelhante ao grupo controle. Os animais aos quais foram
administrados Panax ginseng e Camellia sinensis apresentaram aumento da imunoexpressão,
sem, contudo, alcançar semelhança estatística com o grupo controle. Esteatose e inflamação se
correlacionaram positivamente com a expressão de TNF-α e iNOS e negativamente com
receptor de insulina e adiponectina.
Porsuaspropriedadeshipolipemiantes,antioxidanteseanti'inflamatórias,oPanax ginseng
CAMeyer, Camellia sinensis (L.)Kuntzeebezafibratoforamcomparadosquantoàsua
eficácianaprofilaxiadadoençahepáticagordurosanãoalcoólicaemratossubmetidosàdieta
hiperlipídica.Cinquentaratos Wistarforamsubdivididosemcincogrupos:G1(controle,
submetidoàdietapadrão);G2(controle,submetido àdietahiperlipídica,contendo58%de
energiaderivadadegorduras,18%deproteínase24%decarboidratos);G3(dieta
hiperlipídica+extratopadronizadode P. ginseng, 100mg/kg/d,com10,2%de
ginsenosídeos);G4(dietahiperlipídica+extratodeC. sinensis,100mg/kg/d,com52,15%de
polifenóis)eoG5(dietahiperlipídica+Bezafibrato,100mg/kg/d).Apósoitosemanasde
experimento,determinou'seaglicemia,ocolesteroltotal,oHDL,oVLDL,ostriglicerídeos,
AST,ALT,fosfatasealcalinaegama'glutamiltransferase.Otecidohepáticofoisubmetidoà
análisehistopatológica,aplicando'seescoredeesteato'hepatitenãoalcoólica(NAS).Através
daimunoistoquímica,estudou'seaexpressãodoreceptordeinsulina,daadiponectina,do
TNF'αedasintaseindutíveldoóxidonítricopelo métodoTMA.Oempregodadieta
hiperlipídicaresultounumsignificativoaumentonopesocorporaldosanimaisenosníveis
glicêmicos,lipêmicoseenzimáticos,compontuaçãofinaldiagnósticaparaesteato'hepatitede
acordocomescoreNAS.Asvariáveisbioquímicasehistopatológicasdogrupotratadocom
bezafibratomostraram'seestatisticamentesemelhantesaogrupocontrole.Otratamentocom
extratoàbasede P. ginsengpreveniuoganhoponderalponderalexcessivoereduziuos
parâmetroshistológicosdeesteatoseeinflamação,comreduçãodoescoreNAS,entretanto,o
empregodoextratodasfolhasdaC. sinensis nãofoicapazdesubverteressesparâmetrosde
avaliaçãonotempoenadoseutilizadosnesseexperimento.
Quantoaoestudomolecular,
esteatoseeinflamaçãocorrelacionaram'sepositivamentecomaimunoexpressãodeiNOSe
TNF'αenegativamentecomaadiponectinaeoreceptordeinsulina.Nosanimaissubmetidos
àdietahiperlipídica,observou'se
elevadaimunoexpressãocitoplasmáticaparamarcadores
inflamatórios'TNF'αeaiNOS,ereduçãoparareceptordeinsulinaeadiponectina,
denotandoestadoderesistênciainsulínica;ogrupotratadocombezafibratomostrou
semelhançaestatísticaemrelaçãoaogrupocontrole;opadrãoderespostamolecular
associadoaotratamentocomo P.ginsengfoisuperioraoda C.sinensis,quantoa
imunoexpressãodaadiponectina,TNF'αeiNO
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NATHALIA DINIZ ARAUJO
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MORFOANATOMIA FOLIAR DE FICUS SUBG. UROSTIGMA (GASP.) MIQ. (MORACEAE) DE OCORRÊNCIA NA PARAÍBA E REVISÃO ETNOMEDICINAL DE FICUS L. PARA O BRASIL
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Data: 27/02/2012
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Hora: 14:00
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Ficus L., com cerca de 750 espécies, é o mais rico da família Moraceae, com ampla distribuição nas regiões tropicais do mundo. O gênero caracteriza-se por possuir plantas de hábito arbóreo, arbustivo e lianas, lactescentes, muitas vezes hemiepífitas crescendo em ramos de árvores ou nas axilas das folhas de palmeiras. No Brasil, ocorrem cerca de 100 espécies de Ficus popularmente conhecidas como “figueiras” e/ou “gameleiras”, muitas das quais aproveitadas como fontes de produtos têxteis e de uso na medicina popular. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo morfoanatômico de folhas de três espécies de Ficus sugb. Urostigma (Gasp.) Miq. encontradas na Paraíba: Ficus cyclophylla (Miq.) Miq., Ficus elliotiana S. Moore e Ficus sp. e uma revisão da etnomedicina das espécies brasileiras do gênero Ficus L. Secções transversais de folhas (lâmina e pecíolo) foram realizadas em micrótomo rotativo de avanço automático de material incluído em metacrilato, posteriormente coradas com azul de toluidina. O estudo da venação e das células epidérmicas foi realizado a partir de diafanização com hipoclorito e dissociação com solução de Jeffrey, coradas com safranina ou fucsina alcoólica. Testes histoquímicos foram realizados para evidenciar a presença e a localização de diferentes substâncias. Foi realizada um uma revisão da etnomedicina do gêneroFicus, mediante uma pesquisa na bibliografia e em vários bancos de dados abrangendo determinado período. As três espécies estudadas com partilham caracteres comuns, tais como: lâmina foliar dorsiventral, anfígena, hipoestomática, a vascularização colateral, a presença de inclusões citoplasmáticas do tipo drusas e cristais prismáticos, colênquima do tipo angular, epiderme com paredes anticlinais poligonais retas em ambas as faces e estômatos anomocíticos. Por outro lado, possuem caracteres diferencias que as distinguem de suas espécies afins, principalmente com relação à organização estrutural do mesofilo, bordo e contorno e vascularização do pecíolo. A anatomia foliar pode ser usada para a caracterização das três espécies e para subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, uma vez que forneceu caracteres distintivos para as mesmas. Além disso, o levantamento etnomedicinal fornece um registro de plantas com propriedades farmacológicas potencialmente bioativas para alívio ou cura dos sintomas ou doenças citados. Destacando a grande importância da investigação daquelas espécies que não tenham sido objeto de investigação farmacológica, embora seus usos populares estejam registrados.
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SOLANGE ALVES CANAVIEIRAS
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Avaliação dos Parâmetros Termoanalíticos de Cloridrato de Ciprofloxacino e Investigação da Compatibilidade Fármaco-Excipiente
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Data: 27/02/2012
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Hora: 14:00
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Ciprofloxacino, uma fluoroquinolona de caráter básico, é um dos antimicrobianos amplamente utilizado no tratamento de infecções respiratórias, urinárias e entéricas. No presente estudo, termogravimetria (TG), calorimetria exploratória diferencial (DSC), DSC fotovisual e análise térmica diferencial (DTA) foram utilizadas para investigar o comportamento térmico e a estabilidade do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) cloridrato de ciprofloxacino, no estado sólido, sintetizado por três fabricantes distintos (A, B e C). Além disso, as técnicas termoanalíticas DTA e TG foram utilizadas para avaliar compatibilidade entre alguns excipientes (amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose monoidratada e polivinilpirrolidona) e o ciprofloxacino. As amostras do IFA estudado mostraram diferenças no comportamento térmico durante o processo de fusão e na energia de ativação da decomposição térmica, dessa forma, elas apresentam diferenças na qualidade. Por outro lado, todas as amostras apresentaram uma cinética de termodecomposição de ordem zero. As técnicas termoanalíticas demonstraram que o IFA do fabricante A é termicamente menos estável do que a proveniente do fabricante C, a qual, por sua vez, é menos estável do que a proveniente do fabricante B. Além disso, os resultados das curvas DTA e TG das misturas binárias fármaco-excipiente demonstram que há evidências na interação entre o ciprofloxacino e os excipientes, exceto para a mistura binária com polivinilpirrolidona. As interações nas amostras são derivadas ou deduzidas da DTA pelas mudanças nos eventos térmicos, tais como eliminação de evento endotérmico, alterações na forma do pico, temperatura de onset ou na temperatura do pico máximo e na altura relativa do pico. Por fim, nesse estudo as análises térmicas podem ser uma alternativa rápida ou um método complementar para caracterização do IFA, para a realização de estudos de pré-formulação e no desenvolvimento de novos produtos.
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THAIS PORTO RIBEIRO
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Mecanismos de sinalização endoteliais envolvidos nas atividades cardiovasculares do α-terpineol em ratos espontaneamente hipertensos
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Data: 27/02/2012
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Hora: 14:00
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Os óleos essenciais são componentes voláteis orgânicos encontrados em plantas aromáticas, que apresentam vários monoterpenos, α-terpineol é um importante componente químico do óleo essencial de muitas plantas. Estudos tem demonstrado algumas atividades biológicas, tais como antifúngicos e antiespasmódico. No presente trabalho os efeitos cardiovasculares do α-terpineol e caracterizou a farmacodinâmica destes efeitos. Para isso foram utilizados ratos normotensos Wistar (WKY) e espontaneamente hipertensos (SHR), empregando técnicas combinadas in vivo e in vitro, e cultivo de células endoteliais. Para determinar a medida direta da pressão arterial foram implantados cateteres na artéria aorta e veia cava inferior, para administração de drogas em ratos WKY e SHR. Adicionalmente, foram realizados estudos para avaliar a reatividade vascular, assim, animais foram sacrificados e a artéria mesentérica superior foi isolada. Os anéis foram mantidos em cubas com solução de Tyrode, (37º C) e gaseificada com carbogênio. Os anéis foram fixados a um transdutor de força (FORT 10, WPI, Sarasota, EUA), o qual estava acoplado a um sistema de aquisição de dados (Miobath-4, WPI, Sarasota, EUA) a uma tensão de 0,75 g por 1h. Após este período as preparações, foram pré-contraídas com fenilefrina (FEN) 10 µM em seguida as concentrações crescentes de a-terpineol (10-12-10-5 M), foram adicionadas cumulativamente. E assim, observamos que a-terpineol (1, 5, 10 e 20 mg/Kg i.v., randomicamente) produziu uma hipotensão dose-dependente WKY: (-10±3, -39±9, -52±11, -62±12 mmHg, n=10) e SHR:(-37±5, -57±7, -71±5, -84±4 mmHg, n=9, respectivamente) associada a taquicardia. A resposta hipotensora foi atenuada significantemente, após o tratamento com L-NAME 20 mg/Kg, i.v, sugerindo que esse efeito pode ser decorrente de uma diminuição da resistência periférica. A resposta vasorelaxante foi significativamente atenuada quando comparada aos anéis na presença (WKY Emax= 60 ± 4 e SHR Emax = 53.7 ± 3, p<0.05, n=9) e na ausência do endotélio funcional [WKY Emáx = 20.5 ± 1* e SHR Emáx=16.1 ± 3*, p<0.05, n=8]. Em anéis pré-contraídos com FEN na presença de L-NAME 100 μM, Hidroxicobalamina 30 μM e ODQ 10 μM a resposta relaxante foi atenuada significantemente, sugerindo uma participação da via NO-GMPc. Adicionalmente, a-terpineol aumentou a atividade da eNOS e níveis de produção de NO por fosforilar vias como a PI3K e AMPK. No entanto na presença de atropina (1 hM) ou indometacina (10 mM) a resposta vasorelaxante de a-terpineol não foi alterada indicando que os receptores muscarínicos e metabólitos da enzima cicloxigenase parecem não estar envolvidos. KCl 20mM foi capaz de atenuar o efeito de a-terpineol, e preparações com endotélio vascular incubados com glibenclamida (10 mM) e 4-aminopiridina (1 mM), tetraetilamônio (1 mM) e caribdotoxina + apamina (0.2 μM). Deste modo, resposta vasorelaxante promovida pelo a-terpineol é dependente de endotélio e envolve a participação do NO, através da via L-Arginina-NO-GMPc por aumentar a fosforilação da eNOS por vias PI3K e AMPK, e conseqüente ativação de canais para potássio do tipo KCa, KV e KATP em animais espontaneamente hipertensos e seus controles normotensos.
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EVERTON OLIVEIRA DE QUEIROZ
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Atividade Antifúngica in vitro dos Óleos Essenciais de Coriandrum sativum L. (Coentro) e Foeniculum vulgare Mill. (Funcho) Sobre Cepas de Cryptococus neoformans
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Data: 24/02/2012
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Hora: 08:00
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Cryptococcus neoformans é uma levedura capaz de provocar no homem uma
infecção denominada criptococose que acomete principalmente pacientes
imunocomprometidos. A infecção geralmente atinge o sistema nervoso central
provocando meningoencefalite, de evolução grave e fatal, acompanhada ou não, de
lesão pulmonar, fungemia e focos secundários na pele, ossos e rins. Os fármacos
de escolha para seu tratamento são geralmente Anfotericina B associada a 5-
Fluocitosina, entretanto, o aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e a
toxicidade provocada por eles levam a busca de novos antifúngicos, fazendo com
que os produtos naturais sejam foco de pesquisas na busca de substâncias com
propriedades antifúngicas. Desta forma, o estudo teve como objetivo investigar a
atividade antifúngica dos óleos essenciais de Coriandrum sativum L. e Foeniculum
vulgare Mill. in vitro sobre 14 cepas de Cryptococcus neoformans. Foram
determinadas a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida
Mínima (CFM), pela técnica da microdiluição, e avaliados os efeitos dos óleos
essenciais sobre a micromorfologia e a curva de morte fúngica de C. neoformans.
Foi encontrado para o óleo essencial de Coriandrum sativum L. uma CIM= 64 µg/mL
e uma CFM= 64 µg/mL, e para o óleo essencial de Foeniculum vulgare Mill., CIM=
256 µg/mL e CFM= 512 µg/mL. Não foram observadas alterações na
micromorfologia das cepas ICB 59 e LM 310 da levedura quando submetidas ao
contato com os óleos essenciais. Foi constatada, porém uma diminuição na
contagem de formas viáveis com aumento das concentrações dos óleos essenciais.
Na curva de morte de C. neoformans, frente ao óleo essencial de C. sativum L.,
observou-se efeito fungicida (redução ≥3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial), no
tempo de 24 horas, na CIMx4, para a cepa LM 310, e nas CIMx2 e CIMx4, para a
cepa ICB 59. O óleo essencial de F.vulgare Mill., para a cepa LM 310, iniciou sua
atividade fungicida no tempo de 4 horas nas CIMx2 e CIMx4, a CIM foi fungicida a
partir de 8 horas. A atividade fungicida para a cepa ICB 59 iniciou-se em 4 horas
para todas as concentrações do óleo essencial (CIM, CIMx2 e CIMx4). Os óleos
essenciais de C. sativum L. e F. vulgare Mill. apresentaram atividade antifúngica
contra cepas de C. neoformans, portanto, representam uma possibilidade de
tornarem-se novos produtos com potencial antifúngico no tratamento da
criptococose. Há, entretanto, necessidade de estudos posteriores que pesquisem
aspectos mais aprofundados dos óleos essenciais testados, para que possam ser
utilizados na terapêutica.
Cryptococcus neoformans é uma levedura capaz de provocar no homem umainfecção denominada criptococose que acomete principalmente pacientesimunocomprometidos. A infecção geralmente atinge o sistema nervoso centralprovocando meningoencefalite, de evolução grave e fatal, acompanhada ou não, delesão pulmonar, fungemia e focos secundários na pele, ossos e rins. Os fármacosde escolha para seu tratamento são geralmente Anfotericina B associada a 5-Fluocitosina, entretanto, o aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e atoxicidade provocada por eles levam a busca de novos antifúngicos, fazendo comque os produtos naturais sejam foco de pesquisas na busca de substâncias compropriedades antifúngicas. Desta forma, o estudo teve como objetivo investigar aatividade antifúngica dos óleos essenciais de Coriandrum sativum L. e Foeniculumvulgare Mill. in vitro sobre 14 cepas de Cryptococcus neoformans. Foramdeterminadas a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração FungicidaMínima (CFM), pela técnica da microdiluição, e avaliados os efeitos dos óleosessenciais sobre a micromorfologia e a curva de morte fúngica de C. neoformans.Foi encontrado para o óleo essencial de Coriandrum sativum L. uma CIM= 64 µg/mLe uma CFM= 64 µg/mL, e para o óleo essencial de Foeniculum vulgare Mill., CIM=256 µg/mL e CFM= 512 µg/mL. Não foram observadas alterações namicromorfologia das cepas ICB 59 e LM 310 da levedura quando submetidas aocontato com os óleos essenciais. Foi constatada, porém uma diminuição nacontagem de formas viáveis com aumento das concentrações dos óleos essenciais.Na curva de morte de C. neoformans, frente ao óleo essencial de C. sativum L.,observou-se efeito fungicida (redução ≥3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial), notempo de 24 horas, na CIMx4, para a cepa LM 310, e nas CIMx2 e CIMx4, para acepa ICB 59. O óleo essencial de F.vulgare Mill., para a cepa LM 310, iniciou suaatividade fungicida no tempo de 4 horas nas CIMx2 e CIMx4, a CIM foi fungicida apartir de 8 horas. A atividade fungicida para a cepa ICB 59 iniciou-se em 4 horaspara todas as concentrações do óleo essencial (CIM, CIMx2 e CIMx4). Os óleos essenciais de C. sativum L. e F. vulgare Mill. apresentaram atividade antifúngicacontra cepas de C. neoformans, portanto, representam uma possibilidade detornarem-se novos produtos com potencial antifúngico no tratamento dacriptococose. Há, entretanto, necessidade de estudos posteriores que pesquisemaspectos mais aprofundados dos óleos essenciais testados, para que possam serutilizados na terapêutica.
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ITALO ROSSI ROSENO MARTINS
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PARTICIPAÇÃO DOS CANAIS DE POTÁSSIO NO EFEITO RELAXANTE DO ÁCIDO ENT-7a-HIDROXITRAQUILOBAN-18 OICO EM TRAQUEIA ISOLADA DE COBAIA
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Data: 17/02/2012
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Hora: 14:00
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A partir das cascas do caule de Xylopia langsdorfiana A. St-Hil. & Tul. foi isolado o diterpeno da classe dos traquilobanos, ent-7α-hidroxitraquiloban-18‑oico (traquilobano-318) que em estudos anteriores mostrou-se capaz de relaxar a traqueia de cobaia pré-contraída com carbacol (CCh). Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o mecanismo de ação envolvido nesta atividade relaxante do traquilobano-318. Os anéis de traqueia foram suspensos em cubas para órgão isolado, contendo solução de Krebs, a 37º C e aerados com carbogênio. As contrações isométricas foram registradas com o auxílio de um sistema de aquisição digital. Para avaliar uma possível ação direta do diterpeno sobre o complexo Ca2+‑calmodulina foi utilizado a clorpromazina (CPZ) (10-6 M), um inibidor da calmodulina, e observou-se que o efeito relaxante do traquilobano‑318 (pD2 = 4,38 ± 0,07, n = 5) não foi significantemente alterado na presença deste inibidor (pD2 = 4,25 ± 0,07, n = 5). Em seguida foi realizado um protocolo usando diferentes concentrações extracelulares de potássio (K+) que indicaram que o traquilobano-318 estaria agindo como um possível ativador dos canais de K+, uma vez que seu efeito relaxante mostrou-se mais potente quando a traqueia era pré‑contraída por 18 mM de KCl (pD2 = 4,90 ± 0,25, n = 5) do que quando pré-contraída por 60 mM de KCl (pD2 = 3,88 ± 0,01, n = 5). Para confirmar a participação dos canais de K+ utilizou-se um bloqueador não seletivo destes canais, tetraetilamônio (TEA+) (10 mM) que foi pré-incubado antes da adição de CCh, o que resultou na atenuação do relaxamento promovido pelo diterpeno (pD2 = 4,01 ± 0,06, n = 5). Com o objetivo de se determinar quais subtipos de canais de potássio estariam envolvidos na ação relaxante do traquilobano-318, a curva de relaxamento do diterpeno foi avaliada na presença de vários bloqueadores seletivos destes canais. O fato da curva de relaxamento do traquilobano-318 (pD2 = 4,38 ± 0,07) ter sido desviada para direita, de maneira significante, na presença de 4-AP, bloqueador dos canais de K+ sensíveis a voltagem (Kv) (pD2 = 3,91 ± 0,003); glibenclamida, bloqueador dos canais de K+ sensíveis ao ATP (KATP) (pD2 = 4,00 ± 0,06); apamina, bloqueador dos canais de K+ ativados pelo cálcio de pequena condutância (SKCa) (pD2 = 3,45 ± 0,14) e na presença de iberiotoxina, bloqueador dos canais de K+ ativados pelo cálcio de grande condutância (BKCa) (pD2 = 3,80 ± 0,05) sugere que o diterpeno está modulando positivamente estes canais para exercer seu efeito relaxante. Por outro lado a participação dos canais de potássio retificadores de entrada (Kir) foi descartada pois a curva de relaxamento do traquilobano-318 não foi alterada (pD2 = 4,15 ± 0,10, n = 5) na presença do BaCl2, bloqueador seletivos destes canais. A participação dos nucleotídios cíclicos foi descartada, uma vez que a curva de relaxamento em traqueia pré-contraída por CCh obtida com aminofilina (pD2 = 4,27 ± 0,09, n = 5), um inibidor não seletivo das fosfodiesterases (PDEs), não foi alterada na presença do traquilobano-318 (pD2 = 4,46 ± 0,08, n = 5). Assim, o efeito relaxante do traquilobano-318 parece envolver a modulação positiva dos subtipos de canais de potássio KATP, Kv, SKCa e BKCa em traqueia isolada de cobaia.
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HELLANE FABRICIA SOUSA DE LUCENA
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Uma nova lignana e outros constituintes químicos de Hypenia salzmannii (Benth.) Harley (Lamiaceae)
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Data: 16/02/2012
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Hora: 14:00
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A espécie Hypenia salzmannii (Benth.) Harley pertencentes à família
Lamiaceae é popularmente conhecida como canela-de-urubu e tem uso
popular indicado para o tratamento de afecções do trato respiratório como
gripes, resfriados e outras doenças respiratórias em geral.
Neste trabalho reportaremos o isolamento e elucidação estrutural de terpenos,
flavonóides e liganas das folhas e raízes de Hypenia salzmannii. Para isso,
o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos
de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes
químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada pelos métodos
espectroscópicos de Infravermelho, Massas e Ressonância Magnética Nuclear
de 1H e
13C
Da fase diclorometano foram obtidos três terpenoides: ácido ursólico, ácido
oleanóico e ácido betulínico, relatados pela primeira vez na espécie; duas
flavanonas: isosakuranetina e sakuranetina; duas lignanas: a hinoquinina e
a β-peltatina-metileter (relatada pela primeira vez na espécie); além do beta-
sitosterol glicosilado. Da fase acetato de etila foram obtidos um flavonóide
glicosilado: hiperina; dois derivados fenólicos: ácido rosmarínico e rosmarinato
de metila; e uma lignana inétida, todos relatados pela primeira vez na espécie.
Desta forma, os resultados obtidos contribuíram para a ampliação do
conhecimento quimiotaxonomico do gênero Hypenia, em especial da espécie
Hypenia salzmannii (Benth.) Harley.
uni e bidimensionais e comparações com modelos da literatura.
A família Lamiaceae possui 7.193 espécies distribuidas em aproximadamente 260 gêneros que ocorrem na forma de ervas, arbustos e árvores distribuídos em ambos os hemisférios e inclui um grande número de plantas medicinais de importância significativa. No Brasil ocorrem aproximadamente de 26 gêneros e 350 espécies. O gênero Hypenia (Mart. ex Benth) R. Harley possui distribuição restrita na América do Sul com aproximadamente 27 espécies distribuídas em algumas regiões da Venezuela, Paraguai, Bolívia e Sul do Brasil. Entre essas espécies, a Hypenia salzmannii é popularmente conhecida como canela-de-urubu. A população utiliza esta planta para o tratamento de afecções do trato respiratório como gripes, resfriados e outras doenças respiratórias em geral. O presente trabalho descreve os resultados do estudo fitoquímico de Hypenia salzmannii. O material botânico foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada por métodos espectroscópicos no Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, espectrometria de massas e comparações com modelos da literatura. Da fase diclorometano foram isolados três terpenoides: ácido ursólico, ácido oleanóico e ácido betulínico; um esteróide: β-sitosterol-glicosilado; duas flavanonas: isosakuranetina e sakuranetina; duas lignanas: a hinoquinina e a β-peltatina-A-metileter. Da fase acetato de etila foram obtidos um flavonóide glicosilado: hiperina; dois derivados fenólicos: ácido rosmarínico e rosmarinato de metila; e uma nova lignana, a (-)-secoisolaricirenisol-9-O-β-D-glicopiranosídeo-(6’’-p-cumaroil). Os resultados obtidos nesse trabalho contribuíram para o conhecimento fitoquímico de Hypenia salzmannii e para a o conhecimento quimiotaxonômico do gênero Hypenia e da família Lamiaceae.
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JULIANA DA NOBREGA CARREIRO
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Ação Tocolítica de 3,6-dimetil éter galetina, flavonóide isolado de Piptadenia Stipulacea (BENTH.) Ducke, envolve canais para potássio em útero de rata.
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Data: 16/02/2012
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Hora: 14:00
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O ácido 8(17),12E,14-labdatrieno-18-óico (labdano-302) é um diterpeno isolado das cascas do caule de Xylopia langsdorfiana A. St.-Hil. & Tul. Em estudos anteriores Ribeiro (2003) demonstrou que o labdano-302 inibiu de maneira eqüipotente as contrações fásicas induzidas por carbacol e ocitocina em útero de rata. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar o mecanismo de ação tocolítico do labdano-302. As contrações isométricas e isotônicas foram monitoradas e os parâmetros de potência e eficácia relativas foram determinados a partir de curvas de concentrações resposta cumulativas. O labdano-302 inibiu as curvas cumulativas ao carbacol (pD´2 = 3,4 ± 0,1; r2 = 0,9 ± 0,05) e ocitocina (pD´2 = 3,8 ± 0,2; r2 = 0,9 ± 0,04) e estas foram desviadas para direita, de forma não paralela (slope de Schild = 0,15 ± 0,04 e 1,13 ± 0,1 respectivamente), com redução do Emax, sugerindo um antagonismo não competitivo. O labdano-302 não foi eficaz em antagonizar as contrações induzidas por 60 mM de KCl apresentando um Emax = 9,75 ± 0,07%, por outro lado, labdano-302 relaxou de maneira significante e dependente de concentração quando o útero era pré-contraído por ocitocina (pD2 = 4,3 ± 0,06), sugerindo que este diterpeno deve estar agindo por uma modulação positiva de canais para potássio. Os canais para K+ desempenham um papel chave na regulação do potencial de membrana e modulação dos CaV, então decidiu-se investigar a participação desses canais na ação tocolítica do labdano-302. A potência relaxante de labdano-302 (pD2 = 4,3 ± 0,06) foi reduzida em aproximadamente 16 vezes na presença de CsCl (pD2 = 3,1 ± 0,06), bloqueador não seletivo dos canais para K+, confirmando a participação de canais para K+ no efeito relaxante do labdano-302. Para verificar qual(is) canal(is) para K+ estariam envolvidos usou-se bloqueadores seletivos desses canais. O fato da 4-aminopiridina, bloqueador seletivo dos canais para K+ abertos por voltagem (Kv), e da glibenclamida, bloqueador seletivo dos canais para K+ sensíveis ao ATP (KATP) não alterar o efeito relaxante do labdano 302 indica que os KV e os KATP não estariam envolvidos em seu mecanismo de ação tocolítico. Entretanto, a curva concentração-resposta de relaxamento induzida pelo labdano-302 foi desviada para direita na presença de apamina (pD2 = 3,8 ± 0,03), um bloqueador seletivo dos canais para K+ ativados por Ca2+ de pequena condutância (SKCa), ou de tetraetilamônio 1 mM (pD2 = 3,6 ± 0,04), que nesta concentração é um bloqueador seletivo dos canais para K+ de grande condutância ativados por cálcio (BKCa). A participação dos BKCa foi confirmada utilizando um bloqueador específico para esses canais a iberiotoxina (IbTx) (pD2 = 3,8 ± 0,06), sugerindo o envolvimento dos SKCa e dos BKCa no mecanismo de ação tocolítico do labdano-302 em útero isolado de rata. A aminofilina um inibidor não seletivo de fosfodiesterases (PDE) potencializou (pD2 = 7,8 ± 0,1) em cerca de 320 vezes o relaxamento produzido por labdano-302 em útero de rata. Conclui se que o mecanismo de ação relaxante do labdano-302 em útero isolado de rata envolve a modulação positiva de canais para K+, mais especificamente os SKCa e BKCa, que modulam indiretamente os CaV, levando a uma conseqüente redução da [Ca2+]c , e que nucleotídios cíclicos como o AMPc e GMPc podem estar envolvidos nesta ação.
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CAROLINE DUARTE SIQUEIRA
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CONSTITUINTES QUÍMICOS DE Salzmannia nitida DC. (RUBIACEAE)
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Data: 16/02/2012
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Hora: 08:00
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A espécie Salzmannia nitida DC., única representante do gênero monotípico
Salzmannia, pertencente à família Rubiaceae é encontrada nas restingas do
Nordeste e conhecida popularmente como catucá-vermelho. Neste trabalho será
descrito o isolamento e elucidação estrutural de terpenos e compostos fenólicos das
raízes de S. nitida Para isso, o material vegetal, após secagem e pulverização, foi
submetido a processos de extração, partição, entre outras técnicas cromatografias
para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química das substâncias
isoladas foram determinadas por análise dos dados no Infravermelho (IV), e
Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H e 13C uni e bidimensionais e
comparações com os dados descritos na literatura. Da fase hexânica foram obtidos
três terpenoides: α-cadinol, ent-13-epi-19-hidroxi manoil óxido, relatados pela
primeira vez na família Rubiaceae, além de ent-cauran-16-ene; e um composto
fenólico, 2-hidroxi-5-metoxi-acetofenona, relatados pela primeira vez no gênero. Da
fase diclorometano foi também isolado o ent-3-oxo-manoil óxido, relatado pela
primeira vez na família; e da fase acetato, o Ácido 3,4-O-Dicafeoil-quínico, relatado
pela primeira vez no gênero. Desta forma, os resultados obtidos contribuíram para a
ampliação do conhecimento quimiotaxonômico da família Rubiaceae, em especial da
espécie Salzmannia nitida DC.
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MILENA RAMOS REIS
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Avaliação da participação dos canais para K+ no efeito induzido pelo composto 1,3,4-oxadiazol
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Data: 16/02/2012
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Hora: 08:00
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Os efeitos farmacológicos de OXDINH, um derivado 1,3,4-oxadiazol obtido por síntese orgânica, sobre o sistema cardiovascular e a participação dos canais para K+ nesta resposta, foram estudados em ratos usando técnicas combinadas in vivo e in vitro. Em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato, com endotélio funcional, OXDINH (10-10 – 10-4 M) induziu relaxamento das contrações induzidas por fenilefrina (1 mM) (pD2 = 5,33 ± 0,16, Emáx = 117,03 ± 6.49 %, n = 7) de maneira dependente de concentração e esse efeito não foi atenuado após remoção do endotélio vascular (pD2= 5,15 ± 0,09, Emáx = 108,58 ± 6.03 %, n = 6). Esses resultados sugerem que a resposta vasorelaxante induzida pela OXDINH parece ser independente do endotélio vascular. Baseado nessas observações iniciais, os experimentos subseqüentes foram realizados com preparações sem endotélio vascular. Em preparações incubadas com KCl 20 mM, um modulador do efluxo de K+, o efeito vasorelaxante induzido por OXDINH foi alterado (pD2= 4,67 ± 0,08, Emáx = 57,71 ± 1.72%, n = 5), sendo esta uma característica de substâncias que agem por ativar canais para K+. Este efeito foi corroborado após utilização de tetraetilamônio (TEA) 3 mM (Emáx = 44,26 ± 2.41%), que nesta concentração bloqueia não seletivamente os canais para K+. Além disso, o efeito vasodilatador do OXDINH foi significativamente atenuado após incubação com 4-aminopiridina 1 mM (Emáx = 61,17 ± 5,55%), glibenclamida 10 μM (Emáx = 57,00 ± 4,07%), ou BaCl2 30 μM (Emáx = 61,87 ± 7.52%), bloqueadores seletivos dos KV, KATP e KIR, respectivamente. Ao utilizar TEA 1 mM, que nesta concentração é mais seletivo para os BKCa, a vasodilatação também foi atenuada de modo significante (Emáx = 47,31 ± 5.75%), sugerindo a participação destes canais neste efeito. Após a exposição a concentrações elevadas de K+ extracelular, KCl 60 mM, a resposta vasorrelaxante de OXDINH foi deslocada para a direita (Emáx = 42,08 ± 4.14%). Além do mais, quando OXDINH (10-5 e 10-4M) foi incubado em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+, as contrações induzidas por CaCl2 não foram alteradas. Porém, estas contrações foram significativamente atenuadas, de maneira dependente de concentração, quando OXDINH (10-4M) foi incubado em solução fisiológica nominalmente sem Ca2+ e na presença de fenilefrina (10µM). Em ratos normotensos não anestesiados, OXDINH (1; 5; 10 e 20 mg.kg-1 i.v., randomicamente) produziu uma hipotensão acompanhada por taquicardia. Interessantemente, na maior dose administrada (30 mg.kg-1) de OXDINH, a resposta foi pressora e taquicárdica, provavelmente por um efeito direto do composto no coração. Em conclusão, esses resultados sugerem que os efeitos biológicos induzidos por OXDINH parecem envolver diretamente a participação de canais para K+, provavelmente pela repolarização/hiperpolarização da
membrana e, consequente fechamento dos Cav, impedindo o influxo de Ca2+ através desses canais.
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JACQUELINE ALVES LEITE
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ATIVIDADE IMUNOMODULADORA DA OUABAÍNA NO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO
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Data: 15/02/2012
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Hora: 14:00
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A ouabaína (OUA), um potente inibidor da Na+/K+-ATPase, foi identificada como uma substância endógena presente no plasma humano. Nos últimos anos, foi evidenciado que a OUA é capaz de interferir em diversos aspectos do sistema imunológico. Durante o processo inflamatório, são ativados mecanismos que envolvem a diferenciação, proliferação, ativação e migração celular, além da liberação de mediadores inflamatórios, e geralmente, ocorre o retorno à homeostasia. Este trabalho demonstrou a capacidade moduladora da OUA no processo inflamatório. Objetivo: Avaliar o papel imunomodulador da OUA na inflamação aguda em modelo murino. Métodos: Inicialmente, foi realizada uma curva de tempo e dose-resposta com a OUA (0,10 mg/kg; 0,31 mg/kg e 0,56 mg/kg) administrada de forma intra-peritoneal (i.p.) no modelo de edema de pata induzido por zimosan (10mg/mL). Os camundongos também foram estimulados com zimosan i.p.(2mg/ml). Após 4h, o fluido peritoneal foi removido para a contagem total e diferencial das células. Foi realizada a análise das populações de neutrófilos e macrófagos, além da viabilidade celular utilizando o kit anexina por citometria de fluxo. As concentrações das citocinas IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-10 no fluido peritoneal foram testadas por ELISA. Foi determinada a interferência do tratamento com a OUA no aumento da permeabilidade vascular. Também foi estudado, in vitro, o efeito de diferentes concentrações de OUA (10 nM, 100 nM e 1000 nM) na produção de óxido nítrico (NO). Resultados: No modelo do edema de pata, observamos que são necessários três dias consecutivos de tratamento na dose de 0,56 mg/kg para que a atividade anti-inflamatória da OUA seja identificada. No modelo de peritonite induzida por zimosan, o pré-tratamento com a OUA reduziu em 42% no número total de células na cavidade peritoneal, como um reflexo da inibição de leucócitos polimorfonucleares (54%). No entanto, este fenômeno não esta associado a apoptose destas células. A OUA também diminuiu o extravasamento de plasma induzido por zimosan (33%) e reduziu os níveis de TNF-α (64%) e IL-1β (63%), sem alterar os níveis de IL-6 e IL-10. Na cultura de macrófagos peritoneais, a OUA não interferiu na produção de NO. Conclusão: Este conjunto de dados sugere que a OUA possui uma atividade anti-inflamatória. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos envolvidos.
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SARA ALVES LUCENA MADEIRO
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Novas Neolignanas de Krameria tomentosa A. St. Hill. (Krameriaceae)
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Data: 15/02/2012
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Hora: 08:00
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O gênero Krameria é o único membro da família Krameriaceae, sendo composto por 18 espécies herbáceas ou arbustivas. Dentre estas, encontra-se a espécie Krameria tomentosa A. St. Hill., conhecida popularmente como “ratanha de Nova Granada”, “carrapicho de cavalo” ou “ratanha de salvanille”. Neste trabalho reportaremos o isolamento e elucidação estrutural de neolignanas isoladas das raízes de K. tomentosa. Para isso, o material vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada pelos métodos espectroscópicos de Infravermelho, Massas e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais e comparações com modelos da literatura. Das fases hexânica e diclorometano obtiveram-se cinco neolignanas: eupomatenoide 6 e 2-(2’,4’-diidroxifenil-5-(E)-propenilbenzofurano, relatadas pela primeira vez na espécie, diidrocarinatidina, relatada pela primeira vez na família, 1,1’-(E)-propenil-4-metoxi-3,4’-oxineolignana e 5-ácido-2-(2’-hidroxi-4’,6’-dimetoxifenil)-benzofurânico, relatadas pela primeira vez na literatura e nomeadas trivialmente de ottomentosa e sobralina. Desta forma, os resultados obtidos contribuíram para a ampliação do conhecimento quimiotaxonomico da família Krameriaceae, em especial da espécie K. tomentosa.
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FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
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ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Citrus limon FRENTE CEPAS MULTIDROGA RESISTENTES DO GÊNERO Acinetobacter
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Data: 14/02/2012
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Hora: 14:00
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Espécies de Acinetobacter ganharam importância nos últimos anos devido ao seu envolvimento crescente em infecções graves e resistência antimicrobiana. Uma vez que bactérias resistentes a múltiplas drogas representam um desafio para o tratamento de infecções, é necessário encontrar novas substâncias com propriedades antimicrobianas no combate a estes microrganismos. Para tentar superar este panorama, várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas em busca de novos produtos antibacterianos, dentre elas estão os estudos com os metabólitos de plantas medicinais, como o óleo essencial de Citrus limon (OECL). Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial de OECL contra cepas de Acinetobacter multiresistentes. Sua composição química foi determinada por CG/EM e sua atividade antibacteriana avaliada pela determinação de sua CIM e CBM pela técnica de microdiluição, sua cinética de morte microbiana também foi analisada. Verificou-se também seu efeito modulador da ação dos antibióticos convencionais por técnicas de microdiluição. Entre fitoconstituintes, Neral (29,4%) apresenta-se como o principal componente de OECL. O fitoconstituinte majoritário encontrado do referido óleo essencial o Neral (29,4%). O referido óleo inibiu o crescimento de 67% das 24 cepas ensaiadas, tendo sua CIM estabelecida em 625 μg/mL e a CBM em 1250 μg/mL Este óleo possui atividade antibacteriana dependente de sua concentração e do tempo de exposição no microrganismo e é um modulador da ação dos antibióticos convencionais. Os resultados deste estudo sugerem que o referido óleo pode suprimir o crescimento de espécies de Acinetobacter e poderia ser uma fonte de metabólitos com atividade antibacteriana modificando.
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MELISSA NEGRO LUCIANO
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AVALIAÇÃO DOS EFEITOS CARDIOVASCULARES INDUZIDOS PELO LIOFILIZADO DO VINHO TINTO GARZIERA DO VALE DO SÃO FRANCISCO EM RATOS
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Data: 14/02/2012
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Hora: 09:00
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O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares do vinho tinto Garziera (Cepa Shiraz, safra 2005) (GASH) do Vale do São Francisco (PE – Brasil), utilizando metodologias in vitro e in vivo. Níveis de polifenóis no GASH foram medidos e GASH apresentou altos níveis de fenólicos totais e altos níveis de quercetina e de cis e trans-resveratrol. Os testes de toxicidade aguda mostraram que GASH apresentou efeito tóxico apenas em doses dez vezes maiores do que as doses utilizadas nos experimentos. O tratamento via oral com GASH por 7 dias na dose de 100 mg/kg/dia em animais normotensos não promoveu diferença na PAM e FC do grupo tratado com GASH (mmHg= 119,0 ± 2,02) em comparação ao grupo controle (mmHg = 120,20 ± 2,04). Em ratos hipertensos SHR não anestesiados tratados com GASH por 21 dias na dose de 100 mg/kg/dia, GASH diminuiu a PAM do grupo tratado (mmHg= 122,7 ± 1,52) em comparação ao grupo controle (mmHg= 156,0 ± 5,39), não ocorrendo modificação da FC. Resultados semelhantes ocorreram com ratos SHR e ratos hipertensos L-NAME tratados com GASH na dose de 100 mg/kg/dia durante 7 dias, mas o tratamento durante 21 dias proporcionou maior queda na PAM. A administração i.v. de GASH na dose de 75 mg/kg em ratos SHR desencadeou um efeito bifásico, caracterizado inicialmente por hipotensão (∆PAM= -39,40 ± 11,62) e bradicardia (∆FC= -96,06 ± 44,34) seguido de hipertensão (∆PAM= 69,4 ± 15,82) e taquicardia (∆FC= 74,4 ± 35,95). Resultados semelhantes ocorreram com ratos hipertensos L-NAME e ratos normotensos. Quando se compara os resultados, a queda da PAM é maior, e a bradicardia é menor, no modelo L-NAME e SHR em relação ao rato normotenso. Para avaliação da hipotensão e bradicardia in vivo, realizamos a administração prévia de L-NAME e atropina em ratos normotensos, e a resposta hipotensora foi atenuada e a bradicardia foi abolida. Seguidamente, experimentos em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato normotenso mostraram que GASH induziu relaxamento (Emáx= 87,5 ± 6,5%) que foi significantemente atenuado após a remoção do endotélio funcional (Emáx= 28,4 ± 4,9%), sugerindo a participação de fatores relaxantes endoteliais. Resultados similares foram obtidos com a incubação prévia de L-NAME (Emáx= 23,4 ± 5,1%) e ODQ (Emáx= 11,8 ± 2,7%), sugerindo o envolvimento da via NOS/NO/GMPc no relaxamento. Em anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato normotenso, a incubação prévia com indometacina (Emáx= 97 ± 4,1%), e atropina (Emáx= 81 ± 3,9%), não modificou o relaxamento induzido pelo GASH, sugerindo que os metabólitos do ácido araquidônico e a ativação do receptor muscarínico M3 não estão envolvidos nesta resposta. Em linhagem de células endoteliais da aorta de coelho, GASH aumentou a produção de NO (∆= 82 ± 7,9%), que foi diminuída na presença de L-NAME (∆= 30,2 ± 12,1%), corroborando os resultados funcionais. GASH promoveu a fosforilação da eNOS e da Akt em cultura primária de células endoteliais de coronária de porco por metodologia de Western blot. A incubação prévia com N-acetilcisteína em anéis de artéria mesentérica superior isolada de ratos normotensos modificou o relaxamento induzido pelo GASH (Emáx= 32,5 ± 6,7%) sugerindo o envolvimento de ROS neste relaxamento. GASH foi capaz de aumentar os níveis de produção de superóxido em cultura de células RAEC (∆= 57 ± 4%). Este estudo, que fez uso de diferentes abordagens metodológicas in vivo e in vitro, sugere GASH induz um efeito anti-hipertensivo in vivo em modelos diferenciados de hipertensão e apresenta efeito relaxante dependente de endotélio, provavelmente secundário a um aumento na concentração de NO através da ativação da via PI3k/Akt, e que estes efeitos podem estar associados com o conteúdo de compostos fenólicos encontrados no GASH.
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JEANE UILMA GALINDO JARDIM
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ESTUDO FITOQUÍMICO DA RAIZ DE Piper mollicomum Kunth
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Data: 14/02/2012
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Hora: 08:00
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O gênero Piper é o maior da família Piperaceae, com pelo menos 1000 espécies encontradas especialmente na Ásia e no Novo Mundo. É um gênero com boa representatividade comercial e diversas aplicações medicinais, sendo objeto de vários estudos relacionados à descoberta de novas fontes de substâncias naturais ativas. Com base nos dados apresentados na literatura referentes ao potencial farmacológico dos metabólitos isolados do gênero Piper, bem como a ocorrência de espécies ainda não devidamente exploradas do ponto de vista químico e farmacológico, decidiu-se, então, realizar o estudo fitoquímico da espécie Piper mollicomum (Kunth) visando o isolamento e identificação de constituintes químicos desta espécie, bem como a disponibilização de seus extratos, frações e substâncias isoladas para realização de estudos farmacológicos. A partir do estudo fitoquímico da fase diclorometânica de Piper mollicomum Kunth foi possível isolar, através de métodos cromatográficos como Cromatografia em Coluna em sílica e Cromatografia em Camada Delgada Preparativa (CCDP), cinco substâncias, dentre estas duas amidas isobutílicas: 2-Propenamide, 3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-N-(2-methylpropyl)-, (2E) isolada na espécie Piper amalago var. nigrinodum, 2-Propenamide, 3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-N-(2-methylpropyl)-, (2Z) que não possui registros na literatura e duas pirrolidínicas: Pyrrolidine, 1-[3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-1-oxo-2-propenyl]-, (E) anteriormente isolada na espécie Piper amalago e Pyrrolidine, 1-[3-(6-methoxy-1,3-benzodioxol-5-yl)-1-oxo-2-propenyl]-, (Z) isolada nas espécies Piper hispidum e Piper peepuloides e um fenilpropanóide denominado 2-Methoxy-4,5-methylenedioxypropiophenone isolado nas espécies Piper marginatum, Piper barbatum e Piper aleyreanum. Para identificação estrutural destas substâncias utilizou-se métodos espectroscópicos como Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, bem como a comparação dos dados com modelos da literatura.
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MARIA CLECIA DA PENHA SENA
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O consumo crônico de aguardente de cana-de-açúcar induz efeitos ansiolíticos em camundongos.
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Data: 14/02/2012
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Hora: 08:00
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A aguardente de cana-de-açúcar, uma bebida genuinamente brasileira obtida por fermentação seguida de destilação do mosto de cana de açúcar (Saccharum officinarum, L.), é apreciada não só no Brasil, mas mundialmente. Embora o consumo da aguardente de cana-de-açúcar seja um fator importante para o aumento do alcoolismo no Brasil, pouco se sabe sobre o seu consumo crônico na ansiedade ou efeitos ansiolíticos. No presente estudo, investigou-se se o consumo crônico da aguardente de cana-de-açúcar é responsável por induzir efeitos ansiolíticos. Camundongos Suíços machos com 3-3,5 meses de idade foram expostos ao paradigma de livre escolha com duas garrafas por seis semanas. Camundongos do grupo A foram tratados com aguardente de cana-de-açúcar + água destilada (n = 16); do grupo B com etanol +água destilada (n=15); e do grupo C (controle) com água destilada + água destilada (n = 14). O conteúdo de etanol nas bebidas oferecidas aos grupos A e B foi de 2% na primeira semana, de 5% na segunda semana e 10% nas 4 semanas restantes. No final dos tratamentos, os animais foram submetidos aos testes do labirinto em cruz elevado e da placa perfurada para avaliação dos comportamentos relacionados com a ansiedade. Os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase foram determinados. As concentrações de etanol, acidez volátil, ésteres, aldeídos, furfural, álcoois superiores (n-propílico, isobutílico e isoamílico), metanol, cobre e chumbo da agurdente de cana-de-açúcar também foram determinados. O tempo gasto nos braços abertos foi aumentado em camundongos expostos ao consumo crônico de etanol (32±8 vs 7±2 s, p<0.05) ou de aguardente de cana-de-açúcar (36±9 vs 7±2 s, p<0.05), quando comparado ao grupo controle. Por outro lado, o tempo gasto nos braços fechados diminuiu significativamente nos animais que consumiram etanol (183±6 vs 214±4 s, p<0.05) ou aguardente de cana-de-açúcar (150±8 vs 214±4 s, p<0.05), quando comparado ao grupo controle. Além disso, a razão entre o tempo gasto nos braços abertos sobre o tempo total gasto em ambos os braços abertos e fechados foi significativamente aumentado (etanol 34±8 vs 6±2 s; aguardente de cana-de-açúcar 43±12 vs 6±2 s, p <0,05). No teste de placa perfurada, os camundongos tratados com etanol ou aguardente de cana-de-açúcar mostraram um aumento no número de mergulhos, quando comparado ao grupo controle (grupo controle: 16±1; etanol: 27±2; aguardente de cana-de-açúcar: 31±3, p<0.05). Além disso, a atividade motora no teste da placa perfurada também foi aumentada em ambos os grupos etanol ou aguardente de cana-de-açúcar, quando comparado ao grupo controle (grupo controle: 21±2; etanol: 34±2; aguardente de cana-de-açúcar: 40±4, p<0.05). A análise da composição química mostrou que as concentrações de etanol, acidez volátil, ésteres, aldeídos, furfural, álcoois superiores (n-propílico, isobutílico e isoamílico), metanol, cobre e chumbo na aguardente de cana-de-açúcar estavam abaixo do limite superior permitido pelos regulamentos do Ministério da Agricultura para a produção de bebidas destiladas. Em conclusão, aqui relatamos que o consumo crônico de aguardente de cana-de-açúcar produz lesão hepática e efeitos ansiolíticos em camundongos. A lesão hepática mais acentuada causada pela aguardente de cana-de-açúcar, como sugerido pela relação AST/ALT pode ter sido causado por outros compostos orgânicos presentes nesta bebida, enquanto o efeito ansiolítico parece ser causado tanto pelo etanol como pelos outros compostos presentes na aguardente de cana-de-açúcar. Os mecanismos pelos quais a aguardente de cana-de-açúcar leva a lesão hepática mais rápida do que o etanol devem ser examinados em futuras investigações.
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ABRAHAO ALVES DE OLIVEIRA FILHO
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Efeito vasorrelaxante induzido pelo flavonóide 5,7,4’-trimetoxiflavona
em artéria mesentérica superior de rato.
Participação da Via do Óxido Nítrico e do Cálcio no Vasorrelaxamento induzido pelo Flavonóide 5,7,4 -trimetoxiflavona em Artéria Mesentérica Superior de Rato.
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Data: 13/02/2012
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Hora: 14:00
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RESUMO: Os efeitos farmacológicos do extrato etanólico (EPC), da fase
clorofórmica (FPC) e da 5,7,4’-trimetoxiflavona (TMF) provenientes de Praxelis
clematidea sobre anéis de artéria mesentérica superior de ratos foram
estudados. Experimentos de tensão isométrica revelaram que o EPC e FPC
(0,001 – 1000 µg/mL) promoveram relaxamento dependente de concentração
em anéis mesentéricos, com endotélio funcional, pré-contraídos com fenilefrina
(1 µM) (CE50 = 27,2 ± 6,4 µg/mL; 41,9 ± 11,8 µg/mL, respectivamente, n = 7), e
estes efeitos foram atenuados pela remoção do endotélio vascular (CE50 =
141,9 ± 19,4 µg/mL, 167,0 ± 30,6 µg/mL, respectivamente, n = 7), sugerindo
que o extrato e a fase possuem metabólitos secundários vasorrelaxantes. O
TMF (10-12 à 10-3), composto isolado em maior quantidade da FPC, promoveu
um relaxamento em anéis com endotélio intacto (pD2 = 5,44 ± 0,12, n = 6), de
maneira dependente de concentração, com potência semelhante ao efeito da
quercetina, o flavonóide mais abundante no reino vegetal (pD2 = 5,71 ± 0,16,
n = 6). Após a remoção do endotélio funcional a curva concentração-resposta
para o TMF foi deslocada para a direita, com uma diminuição da potência,
porém sem alteração no efeito máximo (pD2 = 4,50 ± 0,10, n = 6). O
relaxamento do flavonóide não foi modificado pela pré-incubação de
Indometacina (10 µM). Entretanto, foi atenuado após a pré-incubação de L-
NAME (100 µM; pD2 = 4,52 ± 0,08, n = 5), PTIO (300 µM; pD2 = 4,62 ± 0,09, n
= 5) e ODQ (10 µM; pD2 = 4,36 ± 0,11, n = 5), e foi revertido em preparações
com endotélio funcional pré-incubadas com L-arginina (1mM) mais L-NAME
(100 µM) (pD2 = 5,85 ± 0,14, n = 5). A presença de KCl 20 mM
(pD2 = 4,62 ± 0,08, n = 5) e TEA (3 mM; pD2 = 4,28± 0,10, n = 5), atenuou a
resposta produzida por TMF, apenas em anéis com endotélio vascular,
demonstrando que este composto produz relaxamento por meio da
participação da via NO/CGs e consequente ativação de canais para K+. Além
disso, a pré-incubação de 4-aminopiridina (1 mM; pD2 = 4,7 ± 0,08, n = 5), e
TEA ( 1 mM; pD2 = 4,48 ± 0,04, n = 5), interferiram na resposta vasorrelaxante
do flavonóide, porém a utilização da Glibenclamida (10 µM) não modificou o
efeito do TMF em anéis com endotélio funcional, sugerindo o envolvimento
apenas dos canais para K+ do tipo Kv e BKca. TMF promoveu relaxamento em
anéis mesentéricos pré-contraídos com KCl 60 mM e inibiu a vasoconstrição
indizuda pelo Ca2+ de maneira dependente de concentração. O efeito máximo
de TMF foi atenuado com a pré-incubação de Nifedipino (1 µM;
Emáx = 56,0 ± 7,9%, n = 5), indicando que a vasodilatação induzida pelo
flavonóide está relacionada com a inibição do influxo de Ca2+ via Cav tipo L.
Em conclusão, estes resultados sugerem que o EPC, a FPC e o TMF induzem
efeito vasorrelaxante em anéis mesentéricos, e que a resposta relaxante
produzida pelo flavonóide envolve a via NO/CGs, com conseqüente ativação
de canais para K+, e a inibição do influxo de Ca2+ via canais para Cav tipo-L.
Os efeitos farmacológicos do extrato etanólico (EPC), da faseclorofórmica (FPC) e da 5,7,4’-trimetoxiflavona (TMF) provenientes de Praxelisclematidea sobre anéis de artéria mesentérica superior de ratos foramestudados. Experimentos de tensão isométrica revelaram que o EPC e FPC(0,001 – 1000 µg/mL) promoveram relaxamento dependente de concentraçãoem anéis mesentéricos, com endotélio funcional, pré-contraídos com fenilefrina(1 µM) (CE50 = 27,2 ± 6,4 µg/mL; 41,9 ± 11,8 µg/mL, respectivamente, n = 7), eestes efeitos foram atenuados pela remoção do endotélio vascular (CE50 =141,9 ± 19,4 µg/mL, 167,0 ± 30,6 µg/mL, respectivamente, n = 7), sugerindoque o extrato e a fase possuem metabólitos secundários vasorrelaxantes. OTMF (10-12 à 10-3), composto isolado em maior quantidade da FPC, promoveuum relaxamento em anéis com endotélio intacto (pD2 = 5,44 ± 0,12, n = 6), demaneira dependente de concentração, com potência semelhante ao efeito daquercetina, o flavonóide mais abundante no reino vegetal (pD2 = 5,71 ± 0,16,n = 6). Após a remoção do endotélio funcional a curva concentração-respostapara o TMF foi deslocada para a direita, com uma diminuição da potência,porém sem alteração no efeito máximo (pD2 = 4,50 ± 0,10, n = 6). Orelaxamento do flavonóide não foi modificado pela pré-incubação deIndometacina (10 µM). Entretanto, foi atenuado após a pré-incubação de L-NAME (100 µM; pD2 = 4,52 ± 0,08, n = 5), PTIO (300 µM; pD2 = 4,62 ± 0,09, n= 5) e ODQ (10 µM; pD2 = 4,36 ± 0,11, n = 5), e foi revertido em preparaçõescom endotélio funcional pré-incubadas com L-arginina (1mM) mais L-NAME(100 µM) (pD2 = 5,85 ± 0,14, n = 5). A presença de KCl 20 mM(pD2 = 4,62 ± 0,08, n = 5) e TEA (3 mM; pD2 = 4,28± 0,10, n = 5), atenuou aresposta produzida por TMF, apenas em anéis com endotélio vascular,demonstrando que este composto produz relaxamento por meio daparticipação da via NO/CGs e consequente ativação de canais para K+. Alémdisso, a pré-incubação de 4-aminopiridina (1 mM; pD2 = 4,7 ± 0,08, n = 5), eTEA ( 1 mM; pD2 = 4,48 ± 0,04, n = 5), interferiram na resposta vasorrelaxantedo flavonóide, porém a utilização da Glibenclamida (10 µM) não modificou oefeito do TMF em anéis com endotélio funcional, sugerindo o envolvimentoapenas dos canais para K+ do tipo Kv e BKca. TMF promoveu relaxamento emanéis mesentéricos pré-contraídos com KCl 60 mM e inibiu a vasoconstriçãoindizuda pelo Ca2+ de maneira dependente de concentração. O efeito máximo de TMF foi atenuado com a pré-incubação de Nifedipino (1 µM;Emáx = 56,0 ± 7,9%, n = 5), indicando que a vasodilatação induzida peloflavonóide está relacionada com a inibição do influxo de Ca2+ via Cav tipo L.Em conclusão, estes resultados sugerem que o EPC, a FPC e o TMF induzemefeito vasorrelaxante em anéis mesentéricos, e que a resposta relaxanteproduzida pelo flavonóide envolve a via NO/CGs, com conseqüente ativaçãode canais para K+, e a inibição do influxo de Ca2+ via canais para Cav tipo-L.
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ETHIENE CASTELLUCCI ESTEVAM
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ENSAIOS FARMACOLÓGICOS E TOXICOLÓGICOS PRÉ-CLÍNICOS COM Zizyphus joazeiro Mart.
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Data: 13/02/2012
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Hora: 14:00
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Zizyphus joazeiro Mart. é uma planta da família Rhamnaceae, popularmente
conhecida como juazeiro ou juá, sendo suas folhas e cascas tradicionalmente
empregadas pela população do nordeste do Brasil como febrífuga, antiiflamatória, no
tratamento de problemas gástricos, doenças de pele e como agente de limpeza dos
cabelos e dentes. A ampla utilização desta espécie vegetal pela população com fins
medicinais justifica a investigação toxicológica farmacológica como segurança e
eficácia para sua aplicação. Neste sentido foi proposto um estudo de sua atividade
cicatrizante em feridas cutâneas excisionais experimentalmente induzidas tratadas
com concentrações de 5, 10 e 20 mg/ml de extrato e ação antiinflamatória através
dos modelos de edema de pata e peritonite induzida por carragenina, além de uma
avaliação toxicológica pré-clínica aguda e subcrônica, com duração de 21 dias do
extrato etanólico das cascas do caule de Z joazeiro nas doses de 4, 8 e 16 mg/kg
após aplicação cutânea. Nos modelos animais avaliados, Z joazeiro demonstrou
atividade positiva sobre a cicatrização de feridas com melhora de sinais clínicos. Nas
doses de 35 e 175 mg/kg administradas durante 7 dias, reduziu o edema de pata e a
migração de leucócitos para a cavidade peritoneal após estímulo promovido por
carragenina. Os resultados obtidos através de ensaios toxicológicos, mostraram que
o extrato é levemente irritante para a pele na dose de 1000 mg/kg e é capaz de
induzir alterações na ingestão de água e alimentos. Quando aplicado durante 21
dias nas doses de 4, 8 e 16mg/kg, a planta causou descamação da pele no local de
aplicação, alterou a ingestão de água, alimentos e peso corporal em machos e
fêmeas tratados com a maior dose. Foram constatadas alterações nos níveis de
creatinina em ambos os sexos, triglicerídeos e plaquetas em machos. Apesar de ter
sido considerada uma espécie vegetal com propriedades dermatocosméticas e de
baixa toxicidade por via dérmica, o uso tópico deve ser realizado com cautela.
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VIVIANE ARAUJO DA SILVA
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Avaliação Citotóxica e Genotóxica de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Mimosaceae)
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Data: 13/02/2012
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Hora: 14:00
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Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir., popularmente conhecida como Jurema preta, é uma planta da familia Mimosaceae, encontrada principalmente nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, sendo esta espécie típica das áreas semi-áridas do Brasil. Na medicina popular, a casca do caule é a principal parte da planta utilizada no tratamento de diversas enfermidades como queimaduras e inflamações. O presente trabalho teve como objetivo investigar a citotoxicidade e a genotoxicidade do extrato etanólico bruto (EEB) da Mimosa tenuiflora em células procarióticas e eucarióticas com a finalidade posterior de incentivar, com segurança, a sua utilização como fonte de drogas potencialmente terapêuticas ou que atuem como ferramentas farmacológicas. Para tanto, avaliou-se a atividade antimicrobiana frente a bactérias Gram negativas e Gram positivas de importância clínica, investigou-se o potencial citotóxico utilizando como parâmetro a atividade hemolítica e a fragilidade osmótica (anti-hemolítica), assim como o potencial oxidante e anti-oxidante em eritrócitos humanos, observou-se o potencial mutagênico e anti-mutagênico em células bacterianas através do Teste de Ames e também avaliou-se o potencial clastogênico e aneugênico através do Teste do micronúcleo em sangue periférico de camundongos in vivo. Os resultados mostraram que o EEB e os taninos de M.tenuiflora tiveram atividade antibacteriana contra toda as linhagens de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli testadas, e esta foi caracterizada como forte com CIM variando de 62,5 a 250 µg.mL-1. Na investigação citotóxica do EEB de M.tenuiflora observamos que o extrato não induziu um grau siginificativo de hemólise e ainda protegeu a membrana do eritrócito contra hemólise. Nos testes de atividade oxidante o EEB de M.tenuiflora não provocou oxidação da hemoglobina e nos testes de atividade antioxidante o extrato se comportou como um poderoso agente antioxidante. Já na investigação genotóxica observamos que o EEB da M.tenuiflora não foi mutagênico, nem nos testes in vitro nem in vivo. Sendo assim, o EEB de M.tenuiflora apresenta atividade bacteriostática frente a S.aureus, P.aeruginosa e E.coli e não apresenta efeito citotóxico nem genotóxico que comprometam a sua utilização como fonte de drogas potencialmente terapêuticas.
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OTEMBERG SOUZA CHAVES
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NOVAS SUBSTÂNCIAS PARA MALVACEAE: Sida rhombifolia L.
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Data: 13/02/2012
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Hora: 08:00
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O uso de plantas medicinais remonta a civilizações antigas e ainda hoje são bastante
utilizadas para a cura de enfermidades. O Brasil se destaca mundialmente por sua
grande biodiversidade na fauna e flora, dentro desta encontra-se a família Malvaceae
que possui o gênero Sida como o seu terceiro maior representante, em números de
espécies. Este gênero está representado mundialmente por 250 espécies, bastante
utilizadas na medicina popular indiana, e no Brasil está distribuído por todo o território
nacional. Vislumbrando contribuir com o perfil quimiotaxonômico e farmacológico
da família Malvaceae, e baseando-se no fato de que Sida galheirensis apresentou
excelentes resultados em estudo realizado anteriormente por nossa equipe, escolheu-se
uma outra espécie: Sida rhombifolia L. como alvo do estudo de mestrado. Do estudo
fitoquímico das partes aéreas de S. rhombifolia L. foram isolados e identificados dez
substâncias, sendo: quatro esteroides (Sr-1a e Sr-1b e Sr-4a e Sr-4b), quatro porfirínicos
(Sr-2, Sr-3, Sr-6 e Sr-7), um flavonoide (Sr-5) e um alcaloide (Sr-8).
O uso de plantas medicinais remonta a civilizações antigas e ainda hoje são bastante utilizadas para a cura de enfermidades. O Brasil se destaca mundialmente por sua grande biodiversidade na fauna e flora, dentro desta encontra-se a família Malvaceae que possui o gênero Sida como o seu terceiro maior representante, em números de espécies. Este gênero está representado mundialmente por 250 espécies, bastante utilizadas na medicina popular indiana, e no Brasil está distribuído por todo o território nacional. Vislumbrando contribuir com o perfil quimiotaxonômico e farmacológico da família Malvaceae, e baseando-se no fato de que Sida galheirensis apresentou excelentes resultados em estudo realizado anteriormente por nossa equipe, escolheu-se uma outra espécie: Sida rhombifolia L. como alvo do estudo de mestrado. Do estudo fitoquímico das partes aéreas de S. rhombifolia L. foram isolados e identificados dez substâncias, sendo: quatro esteroides (Sr-1a e Sr-1b e Sr-4a e Sr-4b), quatro porfirínicos (Sr-2, Sr-3, Sr-6 e Sr-7), um flavonoide (Sr-5) e um alcaloide (Sr-8).
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VALERIA LOPES DE ASSIS
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Ensaios Farmacológicos Pré-clínicos no Trato Digestório com um Produto Fitoterápico
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Data: 13/02/2012
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Hora: 08:00
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O fitoterápico em estudo é comercializado para o tratamento de cólicas intestinais e prisão de ventre. Este estudo objetivou realizar ensaios farmacológiocos pré-clínicos deste medicamento para avaliar seu efeito estimulante no trato gastrointestinal e sua ação espasmolítica em íleo isolado de cobaia, bem como elucidar seu provável mecanismo de ação neste ógão. Para tal, foram realizados ensaios funcionais in vivo e estudos farmacológicos in vitro. O medicamento promoveu aumento na motilidade do intestino delgado em camundongos Swiss machos, nas doses de 100 mg/kg (161,66 ± 14,86 %; n = 6) e 200 mg/kg (151,04 ± 17,17 %, n = 6) quando comparados ao grupo controle (100,00 ± 10,49 %; n = 6), não havendo diferenças na doses entre si. De forma semelhante, este medicamento reverteu a constipação induzida pelo tratamento com loperamida (3 mg/kg/dia, por três dias), nas doses estudadas (100 e 200 mg/kg [(98,42 ± 6,33 %, n = 7); (99,32 ± 8,47 %; n = 7), respectivamente] quando comparadas ao grupo controle constipado (66,25 ± 7,49 %; n = 8), não apresentando diferença significativa das doses testadas entre si e quando comparadas ao grupo controle não constipado (100 ± 5,16 %; n = 8). Durante o protocolo de eliminação de fezes, a administração das doses de 100 e 200 mg/kg deste fitoterápico não promoveu nenhuma alteração significativa nos diversos parâmetros analisados (variação de peso, ingesta de água, ingesta de ração e eliminação de fezes), nem manifestações clínicas de dor, excitação ou sonolência. O tratamento com loperamida (3 mg/kg/dia, por três dias) promoveu diminuição significativa de eliminação de fezes por ratos em 24 horas (4,00 ± 1,43 g; n = 18) quando comparadas ao grupo que recebeu apenas solução salina (7,96 ± 1,10 g; n = 6), indicando que houve indução de constipação naqueles animais. A administração do fitoterápico em estudo promoveu a reversão do efeito constipante induzido por loperamida, nas doses de 100 (11,2 ± 2,9 g; n = 6) e 200 mg/kg (10,9 ± 1,54 g; n = 6), quando comparadas ao grupo constipado (4,0 ± 1,43 g; n = 6), não apresentando diferença estatística com o grupo que recebeu apenas o veículo (7,9 ± 1,01 g; n = 6), nem as doses entre si. Estes resultados, em conjunto, demonstram a ação estimulante deste medicamento sobre o intestino, principalmente em animais constipados. A adição crescente e cumulativa (0,01-1000 μg/mL) deste fitoterápico não causou nenhuma alteração significativa sobre o tônus basal e sobre as contrações espontâneas em íleo isolado de cobaia, sugerindo que este medicamento não estaria alterando a sequência de despolarização das células intestinais. Entretanto, a adição do mesmo (1-1000 μg/mL) sobre a contração tônica de diversos agentes contracturantes promoveu atividade miorelaxante em íleo isolado de cobaia pré-contraído com carbacol 1 μM [Emax= 67,61 ± 6,25 %; CE50 269,77 (215,8 – 337,1); n= 6)], histamina 1 μM [Emax= 58,68 ± 7,17 %; CE50 144,10 (86,65 – 239,70); n= 6] e KCl 40 mM [Emax= 50,76 ± 3,79 %; CE50 91,94 (57,97 – 145,80); n= 7], não apresentando diferença estatística em suas potências, o que sugere uma ação deste medicamento sobre uma etapa comum a estes três agentes. Todavia, a ação relaxante deste fitoterápico foi atenuada em íleo pré-contraído com KCl 60 mM [Emax = 39,28 ± 1,95 %; CE50 = 169,80 (120 – 160); n=7] e sua eficácia e potência também foram significantemente atenuados na presença de bloqueadores de canais para K+, 5 mM TEA+ [Emax (22,79 ± 2,99 %; CE50 93,41 (54,89 – 159,00); n = 5) e 5 mM CsCl [Emax (29,44 ± 6,24 %; CE50 112,60 (44,09 – 287,80); n = 5), sugerindo a participação dos canais para K+ em seu efeito relaxante. Por outro lado, em contrações induzidos por 300 nM S(-)- Bay K 8644, um agonista de canais para Ca2+ tipo-L, o efeito induzido pelo fitoterápico [Emax = 39,28 ± 1,95 %; CE50 = 199,70 (120,50 – 239,00); n = 8] foi significativamente menor, quando comparado ao carbacol, indicando a participação dos Cav em seu efeito. Em preparações pré-incubadas com 1 μM propranolol (Emax = 34,45 ± 4,97%; n = 6), o Emax foi atenuado, sugerindo também a participação de receptores β-adrenérgicos no efeito induzido por este medicamento. Assim, concluimos que o Fitoterápico em estudo age estimulando o trato gastrointestinal de ratos e camundongos, principalmente em modelos de constipação e que o mesmo apresenta atividade espasmolítica em íleo de cobaia provavelmente pela abertura de canais para K+, inibição de canais para Ca2+ e ativação de receptores β-adrenérgicos.
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MONALISA TAVEIRA BRITO
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Avaliação da Atividade Antitumoral e Toxicidade de óleo essencial das folhas de Rollinia leptopetala R.E. Fries (Annonaceae).
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Data: 10/02/2012
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Hora: 14:00
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O câncer é uma doença genética complexa que constitui um importante problema de saúde
pública em todo o mundo sendo responsável por cerca de sete milhões de óbitos a cada ano.
Muitos dos fármacos antineoplásicos utilizados atualmente na clínica médica foram isolados
de espécies vegetais ou são baseados em protótipos isolados das mesmas. Porém, agentes
antineoplásicos, naturais ou sintéticos, podem ocasionar sérios danos ao organismo, o que
justifica a necessidade de avaliação de sua toxicidade. Rollinia leptopetala R.E. Fries
(Annonaceae), conhecida popularmente como "pinha-brava", é uma árvore ou arbusto
endêmica no Brasil e utilizada popularmente no tratamento de tumores, assim como digestivo
e anti-inflamatório. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e
toxicidade do óleo essencial das folhas de Rollinia leptopetala (O.E.R.) através de ensaios in
vitro e in vivo. Inicialmente foi avaliada a bioatividade desse produto natural frente o
microcrustáceo Artemia salina. O valor de CL50 obtido foi de 101 μg/mL. Na investigação da
citotoxicidade frente eritrócitos de camundongos o valor de CH50 obtido foi de 372,8 μg/mL.
A avaliação da citotoxicidade do O.E.R. em diferentes linhagens tumorais demonstrou
atividade citostática frente células das linhagens U251, MCF-7, PC-3 e principalmente K562.
No estudo de toxicidade aguda em camundongos, o valor da DL50 obtida foi de 447,2 mg/kg.
A avaliação da atividade antitumoral in vivo evidenciou taxas de inibição do crescimento
tumoral de 59,29 % e 58,77 % para as doses de 100 e 150 mg/kg do O.E.R., respectivamente.
As análises toxicológicas demonstraram leve toxicidade gastrointestinal e alteração
significativa na função hepática corroborada com a análise histopatológica, para ambos os
grupos tratados com o O.E.R. Ainda, O.E.R. não induziu aumento significante na frequência
de eritrócitos micronucleados. Portanto, é possível inferir que o O.E.R. apresenta atividade
antitumoral in vitro e in vivo com moderada toxicidade, o que não representa um fator
limitante para a sequência de estudos visando sua aplicabilidade terapêutica.
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RONY ANDERSON REZENDE COSTA
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Determinação do Grau de Pureza em Amostras de Crack Apreendidas no Estado da Paraíba por RMNq e CLAE-DAD
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Data: 10/02/2012
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Hora: 14:00
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Uma metodologia baseada em espectroscopia de ressonância magnética nuclear quantitativa (RMNq) foi desenvolvida para a análise do teor em cocaína de amostras de crack apreendidas no estado da Paraíba. O método foi comparado à metodologia desenvolvida e validada baseada em cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de arranjo de fotodiodos (CLAE-DAD). Os resultados permitiram determinar que o teor de cocaína nas amostras apresentam grande variabilidade, com a maioria das amostras com teores acima de 60%. Além disso as amostras foram submetidas a análise por cromatografia a gás acoplada a espectrometria de massas (CG/EM), mostrando que o principal adulterante nas amostras foi a fenacetina.
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SARAH GUIMARAES DE LIMA MALHEIROS
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ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DE SEIS ESPÉCIES DE USO MEDICINAL NO NORDESTE BRASILEIRO
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Data: 10/02/2012
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Hora: 14:00
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Planta medicinal é todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos. Os primeiros registros do uso de plantas medicinais datam de cerca de 2600 a.C. Desde então o homem tem utilizado as plantas para tratamento e cura de seus males. Os produtos naturais e seus derivados representam mais de 50% de todas as drogas em utilização clínica em todo o mundo, sendo as plantas superiores fornecedoras de pelo menos 25% desse total. Ainda que o crescimento no uso de plantas medicinais tenha sido muito grande nas últimas décadas, há ainda uma significante carência de dados de pesquisas nesta área, especialmente no que diz respeito ao controle de qualidade de drogas vegetais. Este trabalho teve por objetivo o estudo farmacobotânico de seis espécies medicinais de uso comum no nordeste brasileiro, de forma a subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, uma vez que os dados morfoanatômicos para essas espécies são escassos, embora a importância farmacológica de cada uma esteja bem definida. Para tanto, foram realizados estudos morfológicos de caules e folhas e estudos anatômicos de raizes, caules e folhas, além de estudo ultraestrutural das superfícies foliares de Ageratum conyzoides, Justicia pectoralis, Cnidoscolus urens, Cnidoscolus infestus, Aristolochia papillaris e Aristolochia birostris. Os resultados obtidos evidenciaram estruturas bem definidas e caracteres particulares de cada espécie. As análises morfoanatômicas das espécies em estudo possibilitaram a caracterização de cada uma delas, fornecendo subsídio para sua correta identificação e distinção das espécies próximas e morfologicamente semelhantes.
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RAFAELA DOS SANTOS SOARES
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ESTUDO FITOQUÍMICO DE Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub. (FABACEAE)
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Data: 09/02/2012
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Hora: 08:00
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Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub. (Fabaceae), popularmente conhecida como rabo-de-bugio ou marmelo-do-mangue, é uma espécie escandente ou semi-prostrada, encontrada associada a estuários, mangues e dunas. Foi observado que as abelhas coletavam o exsudato vermelho na superfície das partes áreas dessa espécie sugerindo ser essa é a origem botânica da própolis vermelha. Este trabalho objetivou contribuir para o conhecimento quimiotaxonômico do gênero Dalbergia e da família Fabaceae através do estudo fitoquímico da espécie D. ecastophyllum. Logo, o material vegetal foi coletado em Rio Tinto Paraíba e depositado no Herbário do Departamento de Sistemática e Ecologia UFPB com o código 45738 (JPB). Para o estudo fitoquímico, o vegetal, após secagem e pulverização, foi submetido a processos de extração, partição e cromatografia para isolamento dos constituintes químicos. A estrutura química dos mesmos foi determinada por métodos espectroscópicos, como: Infravermelho e Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensionais, além de comparações com modelos da literatura. Da fase hexânica obteve-se o triterpeno friedelina, duas misturas de esteroides, não glicosilado e glicosilado, (β-sitosterol e estigmasterol) e uma mistura com três triterpenos (lupeol, β-amirina e germanicol). Da fase diclorometano foram isolados e identificados dois isoflavonoides, biochanina A e 2‟-hidroxi-5‟-metoxibiochanina A, sendo essa última substância relatada pela primeira vez no gênero, contribuindo, portanto para a quimiotaxonomia do gênero Dalbergia e da família Fabaceae.
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DANIELLE SERAFIM PINTO
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Estudo Fitoquímico de Piperaceas do Norte e Nordeste Brasileiro: Piper lateripilosum Yuncker, Piper mollicomum Kunth e Piper montealegreanum Yuncker
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Data: 06/02/2012
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Hora: 14:00
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O gênero Piper é o maior da família Piperaceae, com pelo menos 1000 espécies distribuídas especialmente na região Neotropical, onde cerca de dois terços das espécies descritas são encontradas. É um gênero com boa representatividade comercial e muitas aplicações medicinais. A investigação fitoquímica de espécies deste gênero, de tão grande riqueza metabólica e de vasta utilização pela medicina popular, além de suas várias atividades biológicas citadas na literatura, pode abrir perspectivas para a química, farmacologia e quimiotaxonomia. Este trabalho reporta o estudo fitoquímico de três espécies de Piper, visando o isolamento e identificação de seus constituintes químicos, bem como a disponibilização de seus extratos, frações e substâncias isoladas, para realização de estudos farmacológicos. Utilizando-se métodos cromatográficos usuais e técnicas espectroscópicas de IV e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais e a comparação dos dados com a literatura foi possível isolar e identificar cinco amidas e dois esteróides de Piper lateripilosum, todos isolados pela primeira vez nesta espécie; de Piper mollicomum foram isoladas uma nova amida e uma cumarina, das respectivas fases hexânica e clorofórmica do extrato etanólico bruto das folhas, além de um derivado do ácido benzóico e de uma aristolactama obtidos da fase clorofórmica do caule desta espécie. A amida está sendo relatada pela primeira vez na literatura, a cumarina pela primeira vez no gênero e o derivado do ácido benzóico e a aristolactama pela primeira vez nesta espécie. De Piper montealegreanum foi possível isolar uma nova chalcona, bem como reisolar os flavonóides 8-formil-3’,5-diidroxi-7-metoxi-6-metilflavanona; 3’-formil-3,4’,6’-triidroxi-2’-metoxi-5’-metilchalcona e (2’-metoxi-3’-formil-4’,6’-dihidroxi-5’-metilfenil)-[3’’-(dimetilbut-6’’-enil)-7-fenil-(3-hidroxi)-ciclohex-2’’-enil]-metil-9-ona. Os extratos e algumas fases e substâncias isoladas foram disponibilizadas para a investigação da atividade antimicrobiana, hemolítica e moduladora da resistência à drogas antibacterianas.
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VINICIUS NOGUEIRA TRAJANO
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AÇÃO ANTIFÚNGICA DE MICROCÁPSULA CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE CINNAMOMUM ZEYLANICUM BLUME SOBRE ASPERGILLUS FLAVUS
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Data: 06/02/2012
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Hora: 08:00
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Aspergillus flavus é um fungo contaminante de alimentos de origem vegetal, podendo
esses ocasionar perdas nutricionais devido à transformação ou degradação de nutrientes,
além de produzirem metabólitos tóxicos ao homem e animal. O óleo essencial de
Cinnamomum zeylanicum Blume (canela) é uma alternativa para o controle de
crescimento de fungos toxigênicos produtores de toxinas. Entretanto, tal produto
apresenta grande instabilidade devido a sua volatilidade e fotossensibilidade. A
microencapsulação é um processo farmacotécnico que visa à proteção e estabilidade a
um determinado composto(s) dentro de uma película de agente encapsulante. O objetivo
deste trabalho foi desenvolver e padronizar uma técnica de obtenção de microcápsulas
do óleo essencial do C. zeylanicum para então serem utilizados no controle do
crescimento de Aspergillus flavus. O óleo essencial de C. zeylanicum utilizado nos
ensaios possui como componente majoritário o eugenol na concentração de 755,54 mg/
g. Desta forma, esse produto apresentou uma excelente ação antifúngica sobre A. flavus
evidenciando sua ação sobre a morfologia da membrana plasmática fúngica. Utilizando
um equipamento de spray drying foi possível realizar, com êxito, a microencapsulação
do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em maltodextrina e com a mistura
maltodextrina e amido modificado obtendo um processo de produção promissor em
relação à qualidade e custo de produção. A análise do potencial antifúngico das
microcápsulas evidenciou que o processo de microencapsulação não interfere na ação
fungistática e fungicida do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum sobre as espécies
de A. flavus. O estudo de estabilidade demonstrou que o óleo essencial de C. zeylanicum
microencapsulado em matriz de maltodextrina e maltodextrina com amido modificado
sofreram pequena degradação quando armazenados em elevadas temperatura. No
entanto, essa degradação é inferior a 7% quando armazenados em temperatura até
60 °C. Tendo em vista que os óleos essenciais são produtos vegetais possuidores de
atividade farmacológica, todavia apresentam uma instabilidade química frente às
condições ambientais. Conclui-se que o processo tecnológico de microencapsulação do
óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em matriz sólida de maltodextrina e
maltodextrina com amido modificado aumenta a estabilidade química deste óleo sem
alterar suas propriedades farmacológicas, agregando valor e aumentando o tempo de
vida útil destes produtos vegetais.
Aspergillus flavus é um fungo contaminante de alimentos de origem vegetal, podendo esses ocasionar perdas nutricionais devido à transformação ou degradação de nutrientes, além de produzirem metabólitos tóxicos ao homem e animal. O óleo essencial de Cinnamomum zeylanicum Blume (canela) é uma alternativa para o controle de crescimento de fungos toxigênicos produtores de toxinas. Entretanto, tal produto apresenta grande instabilidade devido a sua volatilidade e fotossensibilidade. A microencapsulação é um processo farmacotécnico que visa à proteção e estabilidade a um determinado composto(s) dentro de uma película de agente encapsulante. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e padronizar uma técnica de obtenção de microcápsulas do óleo essencial do C. zeylanicum para então serem utilizados no controle do crescimento de Aspergillus flavus. O óleo essencial de C. zeylanicum utilizado nos ensaios possui como componente majoritário o eugenol na concentração de 755,54 mg/g. Desta forma, esse produto apresentou uma excelente ação antifúngica sobre A. flavus evidenciando sua ação sobre a morfologia da membrana plasmática fúngica. Utilizando um equipamento de spray drying foi possível realizar, com êxito, a microencapsulação do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em maltodextrina e com a mistura maltodextrina e amido modificado obtendo um processo de produção promissor em relação à qualidade e custo de produção. A análise do potencial antifúngico das microcápsulas evidenciou que o processo de microencapsulação não interfere na ação fungistática e fungicida do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum sobre as espécies de A. flavus. O estudo de estabilidade demonstrou que o óleo essencial de C. zeylanicum microencapsulado em matriz de maltodextrina e maltodextrina com amido modificado sofreram pequena degradação quando armazenados em elevadas temperatura. No entanto, essa degradação é inferior a 7% quando armazenados em temperatura até 60 °C. Conclui-se que o processo tecnológico de microencapsulação do óleo essencial das folhas de C. zeylanicum em matriz sólida de maltodextrina e maltodextrina com amido modificado aumenta a estabilidade química deste óleo sem alterar suas propriedades farmacológicas, agregando valor e aumentando o tempo de vida útil destes produtos vegetais.
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JANIERE PEREIRA DE SOUSA
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ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DO ÓLEO ESSENCIAL DE CORIANDRUM SATIVUM L. (COENTRO) SOBRE CANDIDA ALBICANS
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Data: 03/02/2012
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Hora: 14:00
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As manifestações clínicas provocadas por leveduras do gênero Candida são cada vez mais freqüentes, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Candida albicans causa uma variedade de infecções oportunistas como candidíase vaginal, candidíase oral, candidíase intestinal, candidíase hematogênica, entre outras. A candidíase intestinal vem aumentando nos últimos anos, entretanto, ainda é pouco estudada. O aumento da resistência aos antifúngicos disponíveis e a sua toxicidade levam a busca por novos antifúngicos, mais eficazes e menos tóxicos. As plantas medicinais e em especial os óleos essenciais têm sido fonte preferencial de moléculas ativas. Assim, este estudo tem como objetivo identificar os componentes do óleo essencial de Coriandrum sativum e investigar sua atividade antifúngica, in vitro, sobre 12 cepas de Candida albicans. A análise da composição química do óleo foi realizada por cromatografia a gás acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). Os ensaios antifúngicos foram a determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), efeito do óleo sobre a cinética de crescimento da levedura e avaliação da interferência do óleo essencial sobre a micromorfologia de C. albicans. Os resultados da CG-EM mostraram 10 componentes, onde o terpinoleno (72,9 %) foi o constituinte majoritário. A CIM50, assim como a CIM90, foi de 512 μg/mL. Já a CFM50 foi de 512 μg/mL, enquanto a CFM90 foi de 1024 μg/mL. Na curva de morte de C. albicans LM 336 observou-se efeito fungicida (redução ≥3 log10UFC/mL a partir do inóculo inicial) do O. E. de C. sativum na concentração de 512 μg/mL (CIM) a partir de 8 horas. Na cepa de C. albicans ATCC 76485, um efeito fungicida foi detectado na concentração de 1024 μg/mL (CIMx2) a partir de 4 horas. O óleo essencial de C. sativum induziu uma redução significativa de pseudohifas, que é um importante fator de patogenicidade de C. albicans. Diante do exposto, conclui-se que o óleo essencial de C. sativum apresenta atividade antifúngica contra cepas de C. albicans e, consequentemente, representa uma nova possibilidade no arsenal de produtos para o tratamento da candidíase. Entretanto, são necessários estudos posteriores mais aprofundados acerca da sua toxicidade, mecanismos de ação, testes in vivo, entre outros, para ser considerado uma alternativa terapêutica.
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STENO LACERDA DE OLIVEIRA
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Fitoquímica de Espécies de Erythroxylum do Semi-Árido: Isolamento e Determinação Estrutural de Alcalóides Tropânicos, Flavonóides e Diterpenos
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Data: 03/02/2012
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Hora: 08:00
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Este trabalho descreve os resultados dos estudos fitoquímicos de três espécies do gênero Erythroxylum: Erythroxylum caatingae Plowman, Erythroxylum subrotundum A. St.-Hil e Erythroxylum revolutum Mart, identificadas pelo setor de botânica do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da UFPB. As espécies foram submetidas a processos de extração e posterior particionamento de seus extratos resultando nas fases hexânica, clorofórmica e acetato de etila. Do estudo da fase clorofórmica de Erythroxylum caatingae foram isolados, através de métodos cromatográficos, quatro alcalóides tropânicos, sendo dois destes alcalóides (3α, 6β dibenzoiloxitropano, 3α-(3’,4’,5’- trimetoxibenzoiloxi)-6β-benzoiloxitropano (Catuabine B)), já isolados anteriormente e dois alcalóides inéditos na literatura (3α- (3’,4’-dimetoxi)-6β-hidroxitropano e 3α-(trans-3’,4’,5’ trimetoxicinamoiloxi)-6β-benzoiloxitropano. Da fase acetato de etila de Erythroxylum subrotundum foram isolados dois flavonóides: a Quercetina 3-O-α-L-raminosídeo e 5, 7, 4’-trihidroxi flavona 3-O-α-L-raminosídeo. Do estudo da fase hexânica de Erythroxylum revolutum foram isolados seis diterpenos: ent-cauran-16-ene, 13-hidroxi-8(17),14-labdadien (Manool), ent-caur-16-en-3β-ol, 3-oxo-13-hidroxi-8(17),14-labdadien, 3,13,19-trihidroxi-8(17),14-labdadien e ent-cauran-16β, 17-diol. As espécies tiveram seus constituintes químicos identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C uni e bidimensional, além de comparação com dados obtidos na literatura. Assim, os resultados obtidos neste trabalho contribuíram para o estudo químico de espécies da família Erythroxylaceae.
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ANNA CLAUDIA DE ANDRADE TOMAZ
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Substâncias Encontradas em Algas Rodofíceas do Litoral Paraibano e do Mar Jônico - Grécia
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Data: 02/02/2012
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Hora: 14:00
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Organismos marinhos são fontes potencialmente geradoras de metabólitos secundários bioativos que podem representar ferramentas úteis no desenvolvimento de novos fármacos. As algas vermelhas são consideradas a fonte mais importante de muitos metabólitos biologicamente ativos, quando comparadas com outras classes de algas, e compreendem cerca de 8000 espécies. Nas áreas litorâneas do Nordeste brasileiro, as algas vermelhas, como do gênero Gracilaria, são espécies abundantes. As rodofíceas Gracilaria birdiae, Gracilaria caudata, Gracilaria cervicornis e Gracilaria domingensis (família Gracilariaceae) coletadas no litoral paraibano foram alvos do nosso interesse científico com o objetivo de conhecer seus princípios ativos, considerando-se que, na literatura científica, são quase inexistentes quaisquer dados químicos ou farmacológicos no que tange aos seus estudos. Somou-se a esta pesquisa, uma colaboração com o Prof. Dr. Vassilios Roussis da Universidade de Atenas (Grécia), por intermédio do Programa de Doutorado no País com Estágio no Exterior (PDEE/CAPES). Através desta parceria, realizou-se também o estudo fitoquímico da alga vermelha Sphaerococcus coronopifolius (família Sphaerococcaceae) coletada no mar Jônico (Grécia), tendo em vista que esta espécie já foi alvo de investigações químicas prévias e apresenta, reconhecidamente, um excelente perfil fitoquímico. Para o cumprimento desses objetivos, foram utilizados métodos cromatográficos e espectroscópicos adequados. A análise das algas do gênero Gracilaria permitiu a identificação de uma fração rica em hidrocarbonetos, e o isolamento e identificação de um esterol e um ácido graxo na alga G. caudata, bem como a análise e caracterização dos ésteres metílicos de ácidos graxos dos extratos CH2Cl2/MeOH das quatro espécies em estudo. O estudo da alga Sphaerococcus coronopifolius culminou no isolamento e purificação de vinte terpenos, sendo três inéditos na literatura, um isolado pela primeira vez na espécie, um isolado pela primeira vez desta espécie quando coletada no mar Jônico (Grécia), e os demais re-isolados com vistas à obtenção de material para a realização de testes biológicos.
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