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Hadassa Kelly Santos Melo
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Discursos da Construção do Outro: os povos indígenas nos Sermões do Padre Antônio Vieira (1652-1662)
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Data: 30/08/2013
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Hora: 17:30
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O maior legado deixado pelo Padre António Vieira para a posteridade é, certamente, a vastidão de sua obra. Para os historiadores, os sermões de Vieira abrem grandes possibilidades de interpretação do passado e seus contextos, e sobre os processos que envolveram os contatos entre os jesuítas e indígenas na América portuguesa. Processos de resistências mútuas, que incluíram também a produção de imagens para designar os povos indígenas, dotá-los de sentido e interpretá-los, para que o diálogo pudesse ser exercido. Neste trabalho analisaremos esses aspectos através das imagens que o Padre António Vieira imprimiu aos indígenas durante o tempo de seu exercício missionário no Estado do Maranhão e Grão-Pará (1652-1662). Para isso selecionamos cinco dentre os muitos sermões produzidos e proclamados pelo Padre, Quinta Dominga da Quaresma (1654), Sexagésima (1655), Primeira Oitava da Páscoa (1656), Espírito Santo (1657) e Epifania (1662). Essas prédicas expressam como as imagens relacionadas aos indígenas foram se modificando ao longo do tempo, não pelo avanço das reflexões em torno da natureza indígena ou pelos procedimentos que envolviam a catequização desses povos, obedecendo demandas colocadas pelos muitos conflitos com os colonos, o poder público e outras ordens religiosas em torno dos usos da força de trabalho indígena e respondendo também aos procedimentos de resistências instrumentalizados pelos nativos ao ethos europeu de viver.
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JULIO CESAR ALVES DA SILVA
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PARA A MELHORIA DA RAÇA E A CIVILIZAÇÃO DO POVO PARAIBANO:
UMA HISTÓRIA DA EUGENIA NA PARAÍBA (1914-1921)
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Data: 30/08/2013
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Hora: 14:30
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Este trabalho vinculado à linha de pesquisa História Regional do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, com área de concentração em História e Cultura Histórica tem por objetivo analisar os discursos eugênicos e higiênicos no Brasil, especialmente na Paraíba, através das matérias dispostas nos jornais A União, A Imprensa e na revista Era Nova. Desde a segunda metade do século XIX, a eugenia ganhou sugestivas interpretações nos países em que foi recepcionada. No Brasil, nas primeiras décadas do século XX, entre as apreciações da seletividade racial e as normas higiênicas, alguns setores como a imprensa e determinadas instituições criadas para divulgá-las, lançaram mão de seus posicionamentos e idealizações. A partir dessas alternâncias, os periódicos A União, A Imprensa e a revista Era Nova reproduziram um tipo de discurso que se aproximou, mas também se distanciou dos preceitos eugênicos. O recorte escolhido teve início em 1914, ano em que encontramos as primeiras reportagens sobre a eugenia e o higienismo na Paraíba, e 1921, com a publicação de outras matérias sobre os temas. A análise sobre os discursos eugênicos e higienistas na Paraíba foi um exercício contínuo de diagnóstico e observação, pois entre as relações intelectuais dispostas nas matérias dos periódicos e as ideias anunciadas sobre a eugenia, constatamos que os referidos discursos além de afigurarem uma espécie de análise científica de sua época, também se configuravam como uma manifestação política.
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JOSE RODRIGO DE ARAUJO SILVA
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Colônia de Férias de Olinda: Presos Políticos e Aparelhos de Repressão em Pernambuco (1964)
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Data: 30/08/2013
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Hora: 14:00
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Este trabalho visa estudar a estrutura da repressão no estado de Pernambuco no ano de
1964. Para isto, tomaremos como estudo de caso o acervo documental de uma unidade
de detenção com a finalidade específica de abrigar presos políticos, denominada pelos militares Colônia de Férias de Olinda. Buscaremos entender - utilizando-se dos métodos da pesquisa documental e da história oral - de que forma se deu a articulação desta unidade com os demais órgãos de segurança do Estado através de uma complexa rede de informações que se estabeleceu no país. Propomos ainda analisar como se deu o funcionamento interno da Colônia de Férias do ponto de vista administrativo, quais as estratégias e os mecanismos utilizados pelos agentes da repressão no ato das prisões, o perfil dos indivíduos que passaram pela unidade, e perceber traços de memória traumática no depoimento daqueles que direta ou indiretamente tiveram contato com a Colônia de Férias de Olinda.
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JEAN PATRÍCIO DA SILVA
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CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM: ANÁLISE DA INTERVENTORIA DE
RUY CARNEIRO NO ESTADO DA PARAÍBA (1940-1945)
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Data: 30/08/2013
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Hora: 09:30
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O presente estudo tem por objetivo principal identificar as ações do período do Estado Novo na Paraíba, em especial, o período da Interventoria de Ruy Carneiro, entre 1940 a 1945. Desse modo, buscar-se-á analisar no âmbito do processo de centralização do Estado a reforma burocrática administrativa, sob a perspectiva das relações de poder estabelecidas depois do movimento golpista intitulado de Estado-Novo de 1937. Este estudo vem contribuir com a historiografia local citando as relações desta reforma no aparelho estatal em consonância com a linha programática de ação da Interventoria. Os poucos estudos que perpassam o período 1940-1945 não abordam de forma sistematizada a interventoria de Ruy Carneiro. No geral, o que se conhece sobre este período, na Paraíba, só nos chegou pelos noticiários dos jornais da época e por documentos, relatórios, decretos ou pequenos textos com temas específicos. Como contribuição à historiografia local, esta pesquisa procura aprofundar-se em estudos sobre as interventorias paraibanas do período Vargas, especificamente, a de Ruy Carneiro.
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ANA LUIZA DE VASCONCELOS MARQUES
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Canções e cores da nação brasileira: Uma análise historiográfica das obras de Rodrigues de Carvalho (1903 - 1937)
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Data: 30/08/2013
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Hora: 09:00
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Intitulada Canções e cores da nação brasileira: Uma análise historiográfica das obras de Rodrigues de Carvalho (1903-1937), esta dissertação propõe discutir como o José Rodrigues de Carvalho (1867-1936) se insere meio ao processo de formação da nação brasileira, tomando como objeto de análise as obras Cancioneiro do Norte (1903) e Aspectos da influência africana na formação social do Brasil (1937), do já referido autor. Neste sentido, mediante as reflexões acerca do folclore e do regionalismo nordestino serão abordadas, através do viés da Cultura Histórica, como as concepções históricas relativas às ideias de nação, raça, miscigenação e cultura permeiam o discurso de Carvalho, evidenciando também as práticas culturais do cotidiano em voga observadas pelo autor, sobretudo, atentando para como foram produzidas as representações sobre os portugueses, índios e
africanos elaboradas por ele. Não obstante, apesar desta pesquisa ter como principal guia a análise das obras de Rodrigues de Carvalho, pretende-se apresentar no presente estudo o lugar social do autor, considerando sua trajetória intelectual, profissional e engajamento na política paraibana; ao perpassar por agremiações literárias, academias de letras e institutos
históricos na virada do século XIX para o século XX, no propósito de compreender como foi estabelecido o seu vínculo de sociabilidade nesses espaços em meio a outros intelectuais.
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MAYARA MILLENA MOREIRA FORMIGA
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NAS VEREDAS DO SERTÃO COLONIAL: O PROCESSO DE CONQUISTA
E A FORMAÇÃO DE ELITES LOCAIS NO SERTÃO DE PIRANHAS E
PIANCÓ (CAPITANIA DA PARAHYBA DO NORTE, c. 1690 - c. 1772)
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Data: 30/08/2013
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Hora: 08:00
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Este trabalho tem como principal objetivo de análise a conquista e ocupação do sertão da Capitania da Parahyba do Norte, bem como a formação das primeiras elites locais que estavam se formando na região, entre os anos de 1690 a 1772. No decorrer desses anos, os sertões das Capitanias do Norte do Estado do Brasil passaram por um processo de interiorização de seus territórios, sobretudo após a expulsão dos holandeses em 1654. Dessa maneira, empreendemos uma investigação a respeito do processo que antecede o estabelecimento dos colonizadores no sertão de Piranhas e Piancó: a guerra contra os povos indígenas e a distribuição de terras em sesmarias. Esse tenso processo de disputas não poderia ter obtido sucesso sem a participação de conquistadores que, a custa de suas forças e recursos e pela força da espada e da fé, dilataram ainda mais os domínios portugueses na América. Tendo em vista esse contexto, buscamos perceber de que forma os primeiros conquistadores da região aqui analisada, especialmente o grupo familiar dos Oliveira Ledo, se transformaram no primeiro e principal núcleo de elite local, por meio do acesso a mercês reais concedidas pelo monarca graças aos serviços prestados no âmbito da conquista.
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ANDRE CARNEIRO DE ALBUQUERQUE
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CAPITÃES DO FIM DO MUNDO: As Tropas Volantes pernambucanas, formação e identidades
(1922 - 1938)
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Data: 29/08/2013
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Hora: 14:00
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O presente trabalho estuda as tropas volantes pernambucanas no período de 1922 1938. Nosso objetivo é pesquisar suas intricadas relações entre com a Força Pública, os diversos grupos de cangaceiros e a sociedade civil. As tropas volantes pernambucanas foram o principal instrumento utilizado pelo governo do estado para repressão ao cangaço. Essa tropa tem sua origem na estrutura policial militar, mas não tem os mesmos objetivos que os outros segmentos do efetivo. Esta tropa militarizada tem por função perseguir, combater e eliminar o cangaço no Estado, sendo sua organização voltada para o embate no sertão. Para entendimento contextual do tema, foi feita uma investigação sobre a constituição das tropas volantes; o aperfeiçoamento dessas tropas, sua atuação operacional, o incremento de sertanejos em seus quadros e a identidade comum entre as tropas volantes e os grupos de cangaceiros. Por fim buscou-se investigar a formação da identidade das tropas transitórias na sua prática, assim como, entender sua função dúbia de aparelho representante do Estado, que praticava ações semelhantes aos grupos que combatia.
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João Aurélio Travassos Pires Junior
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MESTIÇAGENS E COLONIZAÇÃO: VISÕES HISTORIOGRÁFICAS SOBRE A AMÉRICA PORTUGUESA
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Data: 29/08/2013
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Hora: 14:00
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O conceito de mestiçagem tem sofrido diversas modificações ao longo do tempo. Para o Brasil colonial, o estudo desse conceito é fundamental para o entendimento de sua historiografia, bem como do estabelecimento das ciências sociais no país, sendo Gilberto Freyre o primeiro e o mais consistente autor a desenvolver uma historiografia da mestiçagem no Brasil. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho de dissertação tem o objetivo de analisar visões distintas sobre o conceito de mestiçagem, contidas em obras historiográficas representativas tanto para o desenvolvimento do tema, quanto para o entendimento do conceito. O presente trabalho procura observar as transformações que o conceito de mestiçagem sofreu, à luz da leitura de cinco autores relevantes à compreensão do tema: Gilberto Freyre, Carl Degler, Charles Boxer, Serge Gruzinski e, por fim, Larissa Viana. Os autores analisado são representativos de diferentes culturas historiográficas, bem como de visões do passado diferenciadas e divergentes sobre a mestiçagem. Assim, é trilhado um caminho que se inicia com a análise do conceito em Freyre, e o equilíbrio de antagonismos que o acompanha, identifica leituras estrangeiras que o endossaram, bem como discordaram de suas teses. Em seguida propõe uma leitura sobre a inovação do conceito na obra do historiador Francês Serge Gruzinski e, por fim, percebe, na leitura da historiadora Larissa Viana, uma visão peculiar sobre a mestiçagem, ligada à noção de identidade, debate próprio dos tempos atuais e representativo das temáticas dos estudos culturais mais recentes.
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João Aurélio Travassos Pires Junior
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MESTIÇAGENS E COLONIZAÇÃO: VISÕES HISTORIOGRÁFICAS SOBRE A AMÉRICA PORTUGUESA
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Data: 29/08/2013
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Hora: 14:00
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O conceito de mestiçagem tem sofrido diversas modificações ao longo do tempo. Para o Brasil colonial, o estudo desse conceito é fundamental para o entendimento de sua historiografia, bem como do estabelecimento das ciências sociais no país, sendo Gilberto Freyre o primeiro e o mais consistente autor a desenvolver uma historiografia da mestiçagem no Brasil. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho de dissertação tem o objetivo de analisar visões distintas sobre o conceito de mestiçagem, contidas em obras historiográficas representativas tanto para o desenvolvimento do tema, quanto para o entendimento do conceito. O presente trabalho procura observar as transformações que o conceito de mestiçagem sofreu, à luz da leitura de cinco autores relevantes à compreensão do tema: Gilberto Freyre, Carl Degler, Charles Boxer, Serge Gruzinski e, por fim, Larissa Viana. Os autores analisado são representativos de diferentes culturas historiográficas, bem como de visões do passado diferenciadas e divergentes sobre a mestiçagem. Assim, é trilhado um caminho que se inicia com a análise do conceito em Freyre, e o equilíbrio de antagonismos que o acompanha, identifica leituras estrangeiras que o endossaram, bem como discordaram de suas teses. Em seguida propõe uma leitura sobre a inovação do conceito na obra do historiador Francês Serge Gruzinski e, por fim, percebe, na leitura da historiadora Larissa Viana, uma visão peculiar sobre a mestiçagem, ligada à noção de identidade, debate próprio dos tempos atuais e representativo das temáticas dos estudos culturais mais recentes.
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BRUNO CEZAR SANTOS DA SILVA
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"Entre Defesa e Ordem: os corpos militares da Paraíba na trama da subordinação à Capitania de Pernambuco (1755-1799)"
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Data: 29/08/2013
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Hora: 13:30
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Essa pesquisa de mestrado, vinculada à linha de Pesquisa de História Regional, com área de concentração em História e Cultura História, procura analisar a composição, atuação e distribuição dos corpos militares assentados na capitania da Paraíba no período de 1755 a 1799, época em que esta esteve subordinada, militar e administrativamente, à capitania de Pernambuco, dando especial destaque ao governo de Jerônimo José de Melo e Castro (1764-1797) e às reformas militares empreendidas por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Conde de Oeiras, futuro Marquês de Pombal, então principal secretário do rei D. José I (1750-1777). Outrossim, objetiva-se perscrutar o envolvimento de membros destes corpos, notadamente, daqueles provenientes do alto oficialato, nas tramas de poder que se engendraram nesta sociedade colonial e, na mesma medida, dimensionar de que maneira a perda da autonomia político-administrativa interferiu na manutenção das tropas e na capacidade governativa dos capitães-mores da capitania da Paraíba. Para tanto, adotamos como material referencial de investigação, além da bibliografia atinente, com ênfase na perspectiva da Nova História Política e na decorrente noção de Cultura Política, a documentação do Arquivo Histórico Ultramarino.
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GIORDAN SILVA DE OLIVEIRA
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Caminhos da Reforma Agrária: O Processo Histórico da Reforma Agrária no Alto Sertão Paraibano, da Luta Pela Terra à Luta na Terra (1985-2012)
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Data: 29/08/2013
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Hora: 09:00
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Este trabalho investigou o processo histórico de Reforma Agrária no Alto Sertão da Paraíba no período entre 1985 a 2012, mostrando o processo de ocupação do espaço sertanejo, destacando a importância da atividade algodoeira não só para a economia, como também para manutenção das relações de trabalho não tipicamente capitalistas, servindo de amortecedor
para os conflitos entre os latifundiários e os camponeses nessa região. Como se trata de uma região localizada em pleno Semiárido paraibano esta pesquisa tem sua área de concentração de estudo na História Regional do Brasil. O trabalho mostra a primeira fase das lutas em áreas públicas e o processo de formação da Comissão da Pastoral da Terra (CPT) no Alto Sertão paraibano. Outro aspecto pesquisado é a segunda fase das lutas que se deu em áreas privadas e
a criação e atuação da Central das Associações dos Assentamentos do Alto Sertão Paraibano (CAAASP), identificando-se as principais mudanças que ocorreram na vida dos camponeses, bem como, os impactos dessas mudanças na região. A história desse percurso foi sistematizada, trazendo uma visão geral dos processos, fatos e conquistas do povo na luta pela
terra e na terra, nessa região, na busca de melhoria das condições de vida. Ao resgatar a história da luta pela terra no Alto Sertão Paraibano, este trabalho torna-se um convite à comunidade acadêmica para novas investigações, tanto sobre o tema da Questão Agrária e dos
Movimentos Sociais do Campo, como sobre uma infinidade de questões pertinentes à vida das comunidades rurais nessa região.
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QUEILA GUEDES FELICIANO BARROS
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"AS MARGENS DA ILEGALIDADE":
RELAÇÕES MERCANTIS E SOCIAIS ENTRE SÃO SALVADOR BAHIA
E BUENOS AIRES (c. 1580 c. 1640)
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Data: 28/08/2013
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Hora: 15:00
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Este estudo tem como principal objeto de análise as relações mercantis e sociais estabelecidas entre o porto de Buenos Aires e São Salvador da Bahia, no período da União Ibérica. Empreendemos uma análise conjuntural da ação da colonização ibérica, no Brasil, compreendendo, pois, a guerra pelo açúcar e pelo comércio com o Rio da Prata como principais fatores de transformação da realidade comercial e administrativa do Brasil Colônia. Tendo sido as manufaturas europeias e escravizados negros os responsáveis pela maior cota de exportação do porto de São Salvador da Bahia, rumo ao porto de Buenos Aires, investigamos sob quais mecanismos se estabeleceu o comércio de tais produtos na região platina, já que, por lei, faziam parte do proibido e ilegal. Acabamos por detectar que as práticas locais, em Buenos Aires, para legalizar o ilegal transformaram-se numa cultura comercial própria, que gestou no Brasil Colônia igual correspondência, sendo os frutos da terra rio-platenses: farinha de trigo, sebo e carne seca, largamente consumidos no Brasil e que, através do porto de São Salvador da Bahia, abasteceram, não somente diversos navios que efetuavam o comércio no Oceano Atlântico, como também as possessões europeias, ligando, assim, São Salvador da Bahia e o porto de Buenos Aires aos circuitos e conexões mercantis Inter colonial, tecidas na primeira metade do século XVII.
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RÔMULO MEDEIROS PEREIRA
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HERBERT DANIEL E SUAS ESCRITURAS DE MEMÓRIA: exercícios autobiográficos e os traços estéticos de uma existência (1967-1984)
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Data: 28/08/2013
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Hora: 14:00
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A presente dissertação tem como objetivo analisar as experiências de Herbert Daniel a partir das obras Passagens para o próximo sonho e Meu corpo daria um romance (1946- 1992), a correlação com as diversas formas de saber, as normatividades que anunciavam maneiras de subjetividade durante os anos de 1964 a 1984. Seu ingresso nas organizações de esquerda, a oposição frente ao regime ditatorial militar de 1964, a consonância com as doutrinas ideológicas das organizações de esquerda que culminaram num corpo deserotizado, num sujeito assujeitado. O exílio e a amizade, que estabelecera com Cláudio Mesquita, ambos importantíssimos para compreendermos o processo de desprendimento das rígidas e pobres relações sociais e a nova maneira de pensar a política e si mesmo.
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SIMONE BEZERRIL GUEDES CARDOZO
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"USOS DO PASSADO :Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro '1808'"
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Data: 26/08/2013
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Hora: 10:00
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Mediante o crescente número de obras de conteúdo histórico escritas por jornalistas, acompanhado por
um expressivo índice de vendas no mercado editorial brasileiro, a presente dissertação propõe um
estudo de caso tendo como objeto o livro 1808 Como uma rainha louca, um príncipe nervoso e uma
corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil, do jornalista
Laurentino Gomes. Como em produção desse tipo o parâmetro são obras e procedimentos
historiográficos, objetivou-se entender como um autor que não tem formação histórica desenvolve sua
―mecânica‖ de produção, ou seja, um método de escrita, ao ―manipular‖ obras de historiadores e
extrair delas elementos para a evidenciação de suas interpretações e construção de sua narrativa sobre
o passado, cuja intenção perpassa pela configuração de um texto palatável e atraente sobre o
acontecido. Percebe-se que tal produção estabelece uma linha tênue entre a História e o Jornalismo, ao
recorrer a elementos de ambos os campos. Nesta dissertação, levantou-se a hipótese de que a obra de
Laurentino Gomes pode ser compreendida como uma produção de cultura histórica, ao se considerar
que revisitar o passado não é uma exclusividade do historiador. Embora livros como esse do referido
jornalista contribuam para a popularização do saber histórico, nem sempre o retratam de forma
plausível, ou seja, sem anacronismos. Constata-se que o 1808, ao ser ―maquiado‖ como obra de
História, embora seu autor enfatize que se trata de trabalho jornalístico, traz como principal implicação
epistemológica o fato de ser tomado pela sociedade como referencial historiográfico, como se o ―fazer
histórico‖, no sentido de conhecimento institucionalizado e metodizado, não estivesse restrito à
produção dos profissionais do métier. Portanto, tal prática de escrever sobre o passado não consegue
legitimação historiográfica, mas é legitimada pelos aportes mercadológicos e pelas práticas de leitura
sociais, inseridas na indústria cultural do ―passado como mercadoria‖.
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SIMONE BEZERRIL GUEDES CARDOZO
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"USOS DO PASSADO :Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro '1808'"
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Data: 26/08/2013
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Hora: 10:00
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Mediante o crescente número de obras de conteúdo histórico escritas por jornalistas, acompanhado por
um expressivo índice de vendas no mercado editorial brasileiro, a presente dissertação propõe um
estudo de caso tendo como objeto o livro 1808 Como uma rainha louca, um príncipe nervoso e uma
corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil, do jornalista
Laurentino Gomes. Como em produção desse tipo o parâmetro são obras e procedimentos
historiográficos, objetivou-se entender como um autor que não tem formação histórica desenvolve sua
―mecânica‖ de produção, ou seja, um método de escrita, ao ―manipular‖ obras de historiadores e
extrair delas elementos para a evidenciação de suas interpretações e construção de sua narrativa sobre
o passado, cuja intenção perpassa pela configuração de um texto palatável e atraente sobre o
acontecido. Percebe-se que tal produção estabelece uma linha tênue entre a História e o Jornalismo, ao
recorrer a elementos de ambos os campos. Nesta dissertação, levantou-se a hipótese de que a obra de
Laurentino Gomes pode ser compreendida como uma produção de cultura histórica, ao se considerar
que revisitar o passado não é uma exclusividade do historiador. Embora livros como esse do referido
jornalista contribuam para a popularização do saber histórico, nem sempre o retratam de forma
plausível, ou seja, sem anacronismos. Constata-se que o 1808, ao ser ―maquiado‖ como obra de
História, embora seu autor enfatize que se trata de trabalho jornalístico, traz como principal implicação
epistemológica o fato de ser tomado pela sociedade como referencial historiográfico, como se o ―fazer
histórico‖, no sentido de conhecimento institucionalizado e metodizado, não estivesse restrito à
produção dos profissionais do métier. Portanto, tal prática de escrever sobre o passado não consegue
legitimação historiográfica, mas é legitimada pelos aportes mercadológicos e pelas práticas de leitura
sociais, inseridas na indústria cultural do ―passado como mercadoria‖.
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SIMONE BEZERRIL GUEDES CARDOZO
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"USOS DO PASSADO :Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro '1808'"
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Data: 26/08/2013
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Hora: 10:00
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Mediante o crescente número de obras de conteúdo histórico escritas por jornalistas, acompanhado por
um expressivo índice de vendas no mercado editorial brasileiro, a presente dissertação propõe um
estudo de caso tendo como objeto o livro 1808 Como uma rainha louca, um príncipe nervoso e uma
corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil, do jornalista
Laurentino Gomes. Como em produção desse tipo o parâmetro são obras e procedimentos
historiográficos, objetivou-se entender como um autor que não tem formação histórica desenvolve sua
―mecânica‖ de produção, ou seja, um método de escrita, ao ―manipular‖ obras de historiadores e
extrair delas elementos para a evidenciação de suas interpretações e construção de sua narrativa sobre
o passado, cuja intenção perpassa pela configuração de um texto palatável e atraente sobre o
acontecido. Percebe-se que tal produção estabelece uma linha tênue entre a História e o Jornalismo, ao
recorrer a elementos de ambos os campos. Nesta dissertação, levantou-se a hipótese de que a obra de
Laurentino Gomes pode ser compreendida como uma produção de cultura histórica, ao se considerar
que revisitar o passado não é uma exclusividade do historiador. Embora livros como esse do referido
jornalista contribuam para a popularização do saber histórico, nem sempre o retratam de forma
plausível, ou seja, sem anacronismos. Constata-se que o 1808, ao ser ―maquiado‖ como obra de
História, embora seu autor enfatize que se trata de trabalho jornalístico, traz como principal implicação
epistemológica o fato de ser tomado pela sociedade como referencial historiográfico, como se o ―fazer
histórico‖, no sentido de conhecimento institucionalizado e metodizado, não estivesse restrito à
produção dos profissionais do métier. Portanto, tal prática de escrever sobre o passado não consegue
legitimação historiográfica, mas é legitimada pelos aportes mercadológicos e pelas práticas de leitura
sociais, inseridas na indústria cultural do ―passado como mercadoria‖.
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SIMONE BEZERRIL GUEDES CARDOZO
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"USOS DO PASSADO :Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro '1808'"
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Data: 26/08/2013
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Hora: 10:00
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Mediante o crescente número de obras de conteúdo histórico escritas por jornalistas, acompanhado por
um expressivo índice de vendas no mercado editorial brasileiro, a presente dissertação propõe um
estudo de caso tendo como objeto o livro 1808 Como uma rainha louca, um príncipe nervoso e uma
corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil, do jornalista
Laurentino Gomes. Como em produção desse tipo o parâmetro são obras e procedimentos
historiográficos, objetivou-se entender como um autor que não tem formação histórica desenvolve sua
―mecânica‖ de produção, ou seja, um método de escrita, ao ―manipular‖ obras de historiadores e
extrair delas elementos para a evidenciação de suas interpretações e construção de sua narrativa sobre
o passado, cuja intenção perpassa pela configuração de um texto palatável e atraente sobre o
acontecido. Percebe-se que tal produção estabelece uma linha tênue entre a História e o Jornalismo, ao
recorrer a elementos de ambos os campos. Nesta dissertação, levantou-se a hipótese de que a obra de
Laurentino Gomes pode ser compreendida como uma produção de cultura histórica, ao se considerar
que revisitar o passado não é uma exclusividade do historiador. Embora livros como esse do referido
jornalista contribuam para a popularização do saber histórico, nem sempre o retratam de forma
plausível, ou seja, sem anacronismos. Constata-se que o 1808, ao ser ―maquiado‖ como obra de
História, embora seu autor enfatize que se trata de trabalho jornalístico, traz como principal implicação
epistemológica o fato de ser tomado pela sociedade como referencial historiográfico, como se o ―fazer
histórico‖, no sentido de conhecimento institucionalizado e metodizado, não estivesse restrito à
produção dos profissionais do métier. Portanto, tal prática de escrever sobre o passado não consegue
legitimação historiográfica, mas é legitimada pelos aportes mercadológicos e pelas práticas de leitura
sociais, inseridas na indústria cultural do ―passado como mercadoria‖.
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LEANDRO MACIEL SILVA
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TRISTÃO DE ALENCAR ARARIPE E A HISTÓRIA DA PROVÍNCIA DO CEARÁ: Contribuição à História Nacional
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Data: 08/08/2013
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Hora: 09:00
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Este trabalho vinculado à linha de pesquisa Ensino de História e Saberes Históricos do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, com área de concentração em História e Cultura Histórica tem por objetivo perceber o lugar social de Tristão de Alencar Araripe, tanto do ponto de vista familiar e político, quanto historiográfico. Tristão foi integrante de umas das principais famílias do Ceará, que ainda hoje é lembrada pela participação de alguns de seus membros nos acontecimentos políticos 1817 e 1824. Sob essa influência, Tristão inaugurou a escrita da história do Ceará. Seu livro, História da Província do Ceará desde os tempos primitivos até 1850, publicado em 1867, é primeiro esforço metodológico para se escrever a história do Ceará da Colônia ao Império. Tristão escrevera sua história no momento mesmo em que o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) propunha a escrita da história
nacional do Império do Brasil. Uma das estratégias para perceber o lugar social de Tristão foi o de analisar a sua relação com a referida Instituição. A influência do IHGB deu contornos diferenciados em seu trabalho. A defesa aqui é a de que Tristão pretendia contribuir com a escrita da História Nacional do Império do Brasil. A pretensão de Tristão era uma história nacional a partir das histórias locais, provinciais.
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RODRIGO HENRIQUE ARAÚJO DA COSTA
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LUZ SOBRE O FUNDO ESCURO:
CARAVAGGIO, SÃO MATEUS E O ANJO E AMOR VITORIOSO
(1601-1602)
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Data: 06/08/2013
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Hora: 14:00
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(link: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/5999)Entre 1601 e 1602, o pintor italiano Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio, recebeu uma de suas encomendas mais importantes. Era o último trabalho para a finalização da série dedicada ao apóstolo Mateus na Capela Contarelli, em Roma, pintura chamada São Mateus e o Anjo. Por decisão da Igreja, a versão de Caravaggio não possuía decoro e teve de ser substituída. Diante de novo contrato, Caravaggio pintou uma segunda versão de São Mateus e Anjo, que prontamente foi posta no lugar de destino. Em seguida a este certame, um Marquês do seio nobiliárquico romano de nome Vicenzo Giustiniani, que havia comprado a versão malquista do São Mateus e o Anjo, encomendou a Caravaggio uma pintura que sublimasse a todas do mundo, o Amor Vitorioso (Amor Vincit Omnia).O porquê da mudança de perspectiva entre as três telas, a representação de temas tão diversos entre si e a transformação abrupta de abordagem, estética e configuração, formaram o escopo do presente trabalho. Estas três pinturas do artista italiano Michelangelo Merisi, o Caravaggio (1571-1610) revelaram na presente dissertação um artista dissidente e provocativo entre os séculos XVI e XVII, em meio a uma Roma reconhecida na literatura histórica como de cisões e conchavos político-religiosos, profundamente marcada pelas reformas religiosas do período. Através desta conjuntura, as pinturas de Caravaggio possibilitaram estudar não somente o artista barroco, mas também as relações sociais envolvidas, as influências do Barroco, as idiossincrasias de Caravaggio, a Cultura Artística, ampliando aquilo que entendemos como História das Pinturas e abrangendo conceituação pertinente aos objetivos e metodologia adotados, como Indiciarismo, Memória, Imaginário e as representações alegórica e pictórica. Notadamente, na produção de consciência histórica do trabalho, permeamos nossa escrita com as fontes impressas do século XVII e com as obras fundamentais e específicas sobre Caravaggio e a História da Arte. Por meio do desempenho sobre o objeto de estudo chegamos a conclusões sobre a História Moderna, Roma tridentina, cosmogonia católica, o corpo, concepções religiosas, paganismo, sagrado e profano, signos e indícios que revelaram o choque entre a visão do artista e a visão da Igreja e da sociedade.
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RODRIGO HENRIQUE ARAÚJO DA COSTA
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LUZ SOBRE O FUNDO ESCURO:
CARAVAGGIO, SÃO MATEUS E O ANJO E AMOR VITORIOSO
(1601-1602)
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Data: 06/08/2013
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Hora: 14:00
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(link: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/5999)Entre 1601 e 1602, o pintor italiano Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio, recebeu uma de suas encomendas mais importantes. Era o último trabalho para a finalização da série dedicada ao apóstolo Mateus na Capela Contarelli, em Roma, pintura chamada São Mateus e o Anjo. Por decisão da Igreja, a versão de Caravaggio não possuía decoro e teve de ser substituída. Diante de novo contrato, Caravaggio pintou uma segunda versão de São Mateus e Anjo, que prontamente foi posta no lugar de destino. Em seguida a este certame, um Marquês do seio nobiliárquico romano de nome Vicenzo Giustiniani, que havia comprado a versão malquista do São Mateus e o Anjo, encomendou a Caravaggio uma pintura que sublimasse a todas do mundo, o Amor Vitorioso (Amor Vincit Omnia).O porquê da mudança de perspectiva entre as três telas, a representação de temas tão diversos entre si e a transformação abrupta de abordagem, estética e configuração, formaram o escopo do presente trabalho. Estas três pinturas do artista italiano Michelangelo Merisi, o Caravaggio (1571-1610) revelaram na presente dissertação um artista dissidente e provocativo entre os séculos XVI e XVII, em meio a uma Roma reconhecida na literatura histórica como de cisões e conchavos político-religiosos, profundamente marcada pelas reformas religiosas do período. Através desta conjuntura, as pinturas de Caravaggio possibilitaram estudar não somente o artista barroco, mas também as relações sociais envolvidas, as influências do Barroco, as idiossincrasias de Caravaggio, a Cultura Artística, ampliando aquilo que entendemos como História das Pinturas e abrangendo conceituação pertinente aos objetivos e metodologia adotados, como Indiciarismo, Memória, Imaginário e as representações alegórica e pictórica. Notadamente, na produção de consciência histórica do trabalho, permeamos nossa escrita com as fontes impressas do século XVII e com as obras fundamentais e específicas sobre Caravaggio e a História da Arte. Por meio do desempenho sobre o objeto de estudo chegamos a conclusões sobre a História Moderna, Roma tridentina, cosmogonia católica, o corpo, concepções religiosas, paganismo, sagrado e profano, signos e indícios que revelaram o choque entre a visão do artista e a visão da Igreja e da sociedade.
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JONATAS XAVIER DE SOUZA
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"QUE BOM TE VER VIVA": MEMÓRIAS E HISTÓRIAS DE MULHERES
QUE SOBREVIVERAM À VIOLÊNCIA DA DITADURA
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Data: 19/07/2013
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Hora: 09:00
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Este trabalho envereda pelo o universo das lembranças e sentimentos de mulheres, presas políticas
durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), que sobreviveram lúcidas a experiência traumática da
tortura. Tendo como fonte principal o filme Que Bom Te Ver Viva, documentário de longa-duração
produzido por Lúcia Murat entre 1988-1989. Partimos do pressuposto de que a arte de Lúcia Murat em
Que Bom Te Ver Viva cumpre, enquanto autoconsciência e memória que é da história humana, a
função de elevar particularidades individuais, uma escrita de si, ao genericamente humano. Nessa
perspectiva, objetivamos apreender o filme como um importante meio de produção, divulgação e
recepção de experiências individuais e coletivas do presente e do passado e, desse modo, como
material vinculado a dimensões sociais e identitárias que se justificam a partir de sua filiação a uma
cultura histórica constituída no tempo dos eventos, na conjuntura da produção cinematográfica. Com
efeito, analisar as imagens e oralidades de Que Bom Te Ver Viva significa, de imediato, dialogar com
uma representação social que contribui para uma visão histórica e cultural da participação feminina na
luta armada contra a ditadura, bem como, com sua representatividade na esfera de questões
fundamentais que permeiam os discursos do movimento feminista brasileiro na década de 1980, tais
como: a violência contra mulheres, a liberdade sexual feminina, as relações de gênero e poder que
envolvem os sexos
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ERICA LINS RAMOS
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Da conivência ao despertar militante: o movimento universitário e a ditdura militar na cidade de Campina Grande-PB (1964-1968)
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Data: 04/07/2013
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Hora: 14:00
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A presente pesquisa aborda a atuação do movimento universitário na cidade de Campina Grande - PB, durante a primeira fase da ditadura militar (1964/1968). O tema se insere na Linha de Pesquisa História Regional do Programa de Pós-graduação em História da UFPB, na área de concentração História e Cultura Histórica. O estudo trata das influências apropriadas pelos militantes campinenses, que os levaram, em tempos de repressão, a enfrentar o Governo e das bandeiras defendidas por eles. Como o Governo não desistia do seu intento de inibir as mobilizações estudantis, que se fortaleciam com o apoio de populares, os estudantes campinenses também enveredaram nessa luta. Assim, analisamos o movimento universitário campinense do mediato-1968 até a publicação do Ato Institucional número cinco, destacando as correlações de força entre a Polícia Militar e os universitários campinenses. Como fundamentação teórica, utilizamos o conceito de cultura política, da nova história política e conceitos da nova história cultural, como representação, táticas, entre outros. As fontes utilizadas foram extraídas de pesquisa em jornais, relatos orais, documentos oficiais e obras da historiografia brasileira e paraibana.
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THIAGO OLIVEIRA DE SOUZA
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IMPRENSA E INSTRUÇÃO NA PARAHYBA DO NORTE: CULTURA
EDUCACIONAL E CULTURAS POLÍTICAS NOS ANOS DE 1880
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Data: 10/06/2013
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Hora: 10:00
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Nessa dissertação discutimos a forma pela qual a instrução/educação era retratada na imprensa
paraibana oitocentista, evidenciando os aspectos da cultura educacional e das culturas políticas na
Província da Parahyba do Norte. O corpus documental utilizado como suporte para este trabalho foi os
editoriais presentes nos jornais paraibanos, localizados no Instituto Histórico Geográfico Paraibano e
na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Também utilizados, em proporção menor, temos os
Relatórios dos Presidentes de Província da década de 1880. O recorte proposto para a escrita desse
trabalho compreendeu os anos de 1881 a 1889. Em virtude das características das nossas fontes este
foi o momento em que foi possível delimitar um debate educacional entre os Partidos Conservador e
Liberal. Buscamos apreender a cultura educacional difundida pelos agentes políticos e jornalistas
paraibanos através dos seus escritos. Observamos as falas de conservadores e liberais, apontando suas
divergências e similaridades. Levando em consideração a acessibilidade ao material impresso da
época, podemos dizer que a imprensa oitocentista teve um alcance considerável, sendo responsável
pela divulgação de ideias e discursos, além de, provavelmente, ter sido um dos únicos meios de
comunicação deste período. Em suas páginas era retratado o cotidiano da sociedade, principalmente os
temas ligados à política e as disputas partidárias. Entre os temas abordados a instrução assumiu o
protagonismo em inúmeros momentos, sendo assunto recorrente e palco de intensos debates. Nosso
trabalho está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da
Paraíba, na linha de Ensino de História e Saberes Históricos.
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IRIS MARIANO TAVARES
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ENTRE A SACRAMENTALIZAÇÃO CATÓLICA E OUTROS ARRANJOS PARENTAIS: A VIDA FAMILIAR DOS ESCRAVIZADOS DO CRATO-CE (1871-1884)
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Data: 10/05/2013
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Hora: 14:00
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A presente dissertação está vinculada à linha de pesquisa em História Regional, do Programa de Pós-
-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, com área de concentração em História e
Cultura Histórica. Tem por objeto a vida familiar dos escravizados da cidade do Crato, ao sul do
Ceará. O recorte temporal escolhido inicia em 1871, ano da promulgação da Lei 2.040, de 28 de
setembro também conhecida como Lei Rio Branco ou Lei do Ventre Livre , e termina em 1884, ano
em que foi declarada abolida a escravidão na província cearense. A disseminação das uniões
sacramentadas pela norma religiosa e das consensuais, entre a população escravizada; a estabilidade
dos arranjos familiares que foram capazes de constituir; e as relações sociais que estabeleceram no ato
do batismo de seus filhos, são igualmente observadas. As fontes que subsidiam a pesquisa são,
mormente, inventários com listas de matrícula dos escravizados e autos de partilha, a eles anexados
; e assentos de batismo dos ingênuos cratenses. A dissertação tem como aporte teórico e
metodológico a história social da escravidão, desenvolvida, principalmente, a partir da década de 1980
e cujos pressupostos destacam os sujeitos históricos os escravizados.
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LIDIANA JUSTO DA COSTA
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"CIDADÃOS DO IMPÉRIO, ALERTA! A GUARDA NACIONAL NA PARAÍBA OITOCENTISTA (1831-1850)"
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Data: 27/03/2013
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Hora: 14:00
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O presente estudo está vinculado à linha de pesquisa História Regional, do Programa de Pós-
Graduação em História, da Universidade Federal da Paraíba, com área de concentração em
História e Cultura Histórica, e tem por objetivo analisar a criação e atuação da Guarda nacional
na província da Paraíba (1831-1850). A criação da Guarda Nacional, em 18 de agosto de 1831,
foi uma dentre as várias medidas empreendidas pelo governo regencial, para assegurar a unidade
do Estado nacional brasileiro. Essa instituição deveria ser composta por aqueles que fossem
considerados cidadãos do Império do Brasil, portanto, que estivessem prescritos na Constituição
de 1824. Portanto, além de investigar a criação dessa instituição na província da Paraíba,
apresentamos os trâmites que envolveram a sua organização e funcionamento, bem como os
perfis jurídico/étnico de alguns personagens que compuseram suas fileiras. Fizemos também uma
breve discussão sobre Cidadania no século XIX, lançando luz sobre como essa cidadania foi
vivenciada pelos milicianos na província, já que, a eles, coube o privilégio de fazer parte da
milícia. Analisamos as ações cotidianas dos missionários da ordem e as tentativas que alguns
guardas encontraram para escaparem do serviço ordinário da Guarda - o que, acabava
contrariando aquilo que pretendia a Lei de criação da Guarda Nacional de 1831: o patriotismo
de seus milicianos. E no que tange aos postos de comando na milícia, discutimos a importância
que este cargo conferiu aos escolhidos, e que, com os anos se tornou eminentemente político.
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ELAINNE CRISTINA JORGE DIAS
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RETRATO FALADO: O PERFIL DOS ESCRAVOS NOS ANÚNCIOS DE JORNAIS
DA PARAÍBA (1850-1888)
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Data: 25/03/2013
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Hora: 14:00
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Este trabalho se propõe a analisar os anúncios referentes a escravos contidos nos periódicos paraibanos que circularam nas últimas décadas da escravidão. Através dos anúncios será possível compreender aspectos da condição social em que viviam os cativos e de suas formas de luta e resistência. Inicialmente, buscou-se discutir o papel da imprensa na comercialização dos escravos, como também as mudanças econômicas, sociais e políticas que ocorreram na Paraíba no período em questão. Isto porque, grande parte das transações comerciais que envolviam escravos era iniciada por meio dos anúncios ou na tipografia onde o jornal era impresso. Em seguida, procurou-se analisar a condição de cativeiro em que viviam os cativos, como: moradia, vestimentas, alimentação, condições higiênicas e de trabalho, já que esses fatores foram determinantes para o desenvolvimento das doenças e, consequentemente, os problemas de saúde. Finalmente, pretendeu-se compreender, particularmente, os anúncios de fuga de escravos, para, assim, traçar um perfil dos cativos que fugiam e apresenta-los não como vítimas ou rebeldes, mas como sujeitos históricos que pensavam e agiam por meio de negociações, lutas, conflitos e redes de solidariedade para sobreviverem diante do complexo mundo que foi o cativeiro.
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JANICE CORREA DA SILVA
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Patrimônios Materiais; Sertão; Paraíba Colonial; Cultura Histórica; Cultura
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Data: 28/02/2013
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Hora: 15:00
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Esta dissertação busca empreender uma investigação histórica acerca dos patrimônios
materiais no sertão do Rio Piranhas, na segunda metade do século XVIII. No que se refere aos
aspectos teóricos à pesquisa foi apoiada pela Nova História Política e, dentro desse campo,
pela discussão do conceito de Cultura Política. Outras discussões teóricas também nortearam
o trabalho, como a que diz respeito ao patrimonialismo, à cultura material e à Cultura
Histórica. Destarte, pretende-se discutir a importância dos documentos cartoriais e judiciários
da cidade de Pombal no sertão do atual estado da Paraíba, no âmbito da Cultura Política de
Antigo Regime. Tenta-se compreender a maneira como os atores sociais buscaram se
apropriar do espaço (durante o processo de conquista) e, portanto, dos recursos oferecidos
pela natureza, constituindo seus cabedais. Uma análise das relações sociais no sertão do Rio
Piranhas, percebidas enquanto geradoras de mecanismos que favoreceram a acumulação de
bens materiais e a consequente ascensão na hierarquia social se fez visível. As conexões com
outros espaços, estabelecendo relações de amizade e de conflito, constituindo haveres e
riquezas e administrando-as, é um aspecto aqui apreciado. No intuito de desvendar estas
problemáticas, tivemos por fonte documental os inventários e testamentos depositados no
Fórum Promotor Francisco Nelson da Nóbrega, na Cidade de Pombal, sertão da Paraíba.
Fizemos uso também de procurações existentes no Cartório de 1º Ofício de Notas Coronel
João Queiroga, da mesma cidade de Pombal. Foram utilizados ainda, requerimentos
transcritos na obra de João de Lyra Tavares e alguns poucos registros documentais do
Arquivo Histórico Ultramarino.
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