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LEILA DE CASSIA TAVARES DA FONSECA
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Síndrome de Burnout e Qualidade de Vida: estudo com professores universitários da área de saúde
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Data: 15/12/2016
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Hora: 13:00
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Introdução: A Síndrome de Burnout (SB) é um fenômeno psicossocial desencadeado pelo exercício do trabalho, que gera estresse permanente no indivíduo, proveniente de uma constante e repetitiva pressão emocional relacionada às atividades cotidianas, principalmente em profissionais que trabalham em contato direto com as pessoas. A SB é considerada um sério problema de Saúde Pública e a profissão docente constitui uma categoria de risco, por apresentar forte incidência de elementos que conduzem à síndrome, que se caracteriza por quatro dimensões: ilusão pelo trabalho; desgaste psíquico; indolência e culpa. A qualidade de vida, por sua vez, agrega aspectos que estão associados ao próprio ambiente, condições e organização do trabalho. Por isso, a importância de estudar a sua associação com a SB. Objetivos: analisar a associação da Síndrome de Burnout e a Qualidade de Vida em professores universitários da área de saúde; caracterizar as condições sociais, demográficas e profissionais de professores universitários da área da saúde; investigar as dimensões da Síndrome de Burnout, segundo o CESQT, em professores universitários da área de saúde; verificar como os professores universitários percebem a qualidade de vida, segundo o WHOWOL-bref; investigar como os professores universitários participantes do estudo são afetados pela Síndrome de Burnout. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa causal, com abordagem quantitativa, realizada com 178 docentes do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e 105 do Centro de Ciências Médicas (CCM), cuja amostra foi obtida pela técnica de amostragem estratificada com alocação proporcional e a coleta realizada através da técnica de amostragem aleatória por acessibilidade. Para tanto, foram utilizados questionários validados no Brasil: Questionário para identificação da Síndrome de Burnout Cuestionario para la Evolución del Síndrome de Quemarse por el trabajo -CESQT-PE e o Questionário sobre Qualidade de Vida WHOQOL-bref. Para a análise dos dados, seguiram-se as recomendações descritas nos manuais dos instrumentos. Dessa forma, foi realizado o teste de associação (qui-quadrado) entre as dimensões de burnout e os domínios de qualidade de vida. Resultados: foram encontrados 46 (25,8%) indivíduos com sintomas de burnout no CCS e 33 (31,4%) no CCM. Em geral, os professores do CCS têm a percepção quanto à qualidade de vida classificada como boa, ao passo que os docentes do CCM a classificaram como regular. Além disso, as dimensões ilusão pelo trabalho e culpa apresentaram associação significativa com os componentes para qualidade de vida, demonstrando, assim, a forte influência desta na composição dos sintomas da síndrome. Conclusão: a SB constitui um problema entre os docentes universitários da área de saúde e interfere na qualidade de vida desses profissionais. Recomenda-se repensar a forma de organização do trabalho docente com vistas à prevenção deste fenômeno que pode afetar a saúde física, mental e social dos indivíduos, trazendo consequências negativas para a instituição quanto ao processo educacional.
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JANAÍNA VON SOHSTEN TRIGUEIRO
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RETARDO DO DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE EM PESSOAS IDOSAS: DISCURSOS DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS
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Data: 12/12/2016
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Hora: 08:30
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Introdução: A permanência da tuberculose (TB) é contínua, sendo a detecção precoce dos casos essencial para o alcance exitoso do seu controle. Contudo, nota-se que a falta de agilidade no diagnóstico se sobressai como um dos grandes desafios da gestão bem como dos trabalhadores de saúde na redução da incidência da doença no Brasil. Dentre as demandas mais vulneráveis, é imperativo pensar nos usuários idosos, pois a diversidade de fatores que lhes são inerentes é ainda mais importante ser considerada, já que o problema do retardo ao diagnóstico se agrava quando associado aos doentes em idades mais avançadas. Objetivo: Analisar as causas do retardo do diagnóstico da TB em pessoas idosas a partir dos efeitos de sentidos contidos nos discursos dos enfermeiros assistenciais de João Pessoa-PB. Método: Estudo qualitativo que teve como aporte teórico-metodológico a Análise de Discurso de vertente francesa, debruçando-se no princípio da integralidade e no pensamento da Alteridade levinasiana. Realizado entre os meses de outubro de 2015 a fevereiro de 2016, teve como colaboradores 17 enfermeiros assistenciais atuantes na Estratégia de Saúde da Família do município de João Pessoa-PB e no Complexo Hospitalar Clementino Fraga. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba sob o nº de protocolo 0461/13 e CAAE nº 15845613.1.0000.5188. Resultados: Os efeitos de sentidos mobilizados explicitaram quanto ao cuidado integral, que o modelo biomédico predomina, porém há a tentativa de quebra da sua hegemonia, a partir de ações humanizadas. Em relação às causas do atraso do diagnóstico da TB nos idosos, os sujeitos evidenciaram uma diversidade de fatores que influenciam direta e indiretamente na morosidade diagnóstica. Dentre eles, destacaram-se as questões biológicas do idoso, o preconceito sócio-histórico da doença e as fragilidades do processo de trabalho desenvolvido nos três níveis de atenção à saúde. Conclusão: Baseando-se na pluralidade de sentidos que envolvem o idoso com TB bem como na sua subjetividade inesgotável, é imperativo que a RAS oferte dispositivos estruturais e processuais a fim de atender a diversidade de necessidades que lhes são peculiares. O cuidado deve ser simultaneamente, individual e coletivo, tendo como pilar a união da integralidade e a Alteridade.
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ISABELLE CRISTINNE PINTO COSTA
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Assédio moral no trabalho e a vulnerabilidade de profissionais da saúde: construção e validação de instrumento
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Data: 09/12/2016
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Hora: 09:30
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Introdução: O assédio moral é uma temática que vem sendo bastante discutida nas últimas
décadas, incorporando-se aos estudos da área de saúde do trabalhador, sendo, portanto, objeto
de crescente preocupação mundial, por parte de trabalhadores, empregadores e também da
comunidade científica. Objetivo: Construir um instrumento para identificação da
vulnerabilidade de profissionais de saúde no contexto hospitalar para a ocorrência da prática
do assédio moral; e validar o instrumento proposto para a identificação da vulnerabilidade de
profissionais da saúde. Percurso Metodológico: Pesquisa metodológica, realizada em oito
etapas: especificação do domínio do construto; atividades de geração de itens e validação de
face e conteúdo; decisões sobre as respostas; construção do instrumento de pesquisa; primeira
amostragem; procedimentos de limpeza da escala; análise de validade e confiabilidade da
escala final; desenvolvimento de normas e recomendações de uso e interpretações. O período
de coleta de dados para o processo de validação de conteúdo do instrumento ocorreu entre
março e abril de 2016. Para este processo, participaram 13 pesquisadores experts sobre
assédio moral. No que diz respeito a validação do referido instrumento, que ocorreu no mês
de outubro, a amostra foi constituída por 84 profissionais de saúde que trabalham nas
unidades de terapia intensiva do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW).
Resultados: A construção do instrumento seguiu as etapas recomendadas na literatura. Não
ocorreram mudanças significativas no conteúdo dos itens pertencentes às dimensões: relação
entre o trabalhador e profissionais no ambiente de trabalho; pressão no trabalho pelo chefe imediato e profissionais; e condições de trabalho; indicando maior apropriação dos conceitos
que elas representam. O instrumento composto por 42 itens obteve IVC total de 0,94. Este
estudo realizou também a verificação da consistência interna do instrumento por parte dos
experts em relação aos itens domínio; compreensão e clareza; pertinência conceitual; formato
e apresentação. A validade de conteúdo do instrumento proposto foi realizada por 13 experts
que possuem experiência em assédio moral. Os itens com Índice de Validade de Conteúdo
(IVC) ≥ a 0,8 foram mantidos na íntegra ou sofreram revisões conforme sugestões dos
experts. Pôde-se realizar, também, a verificação do nível de confiabilidade do instrumento,
10 por meio da coerência interna, que foi testada através do alfa de Cronbach, constatando que os itens relacionados ao domínio, à compreensão e clareza, o instrumento obteve maiores que 0,7, classificados com confiabilidade alta. Quanto à validação do instrumento, foi finalizado compondo-se de 42 itens distribuídos por três dimensões, que na análise da consistência interna ou medida de fidedignidade com a amostra (n=84) apresentou alpha de Cronbach de 0,930, sendo este valor classificado como excelente. Conclusões: O instrumento apresentou índice de validade de conteúdo satisfatório e pode ser utilizado para identificar a vulnerabilidade de profissionais de saúde quanto à prática de assédio moral no ambiente de trabalho. Espera-se que a validação do instrumento proposto possa subsidiar novas investigações no campo do assédio moral, sobretudo, na área de Saúde.
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ANA MÁRCIA NÓBREGA DANTAS
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VALIDAÇÃO DA NOMENCLATURA DE DIAGNÓSTICOS, RESULTADOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA A CLÍNICA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFPB
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Data: 14/10/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: Na Clínica Pediátrica do HULW/UFPB foi construída uma Nomenclatura de
diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. Constando, 126 diagnósticos e
resultados de enfermagem e 576 intervenções de enfermagem. Objetivo: Desenvolver
definições operacionais para os diagnósticos de enfermagem contidos na Nomenclatura de
diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para crianças de zero a cinco anos
hospitalizadas na Clínica Pediátrica do HULW/UFPB e validar clinicamente os
diagnósticos, os resultados e as intervenções de enfermagem para as crianças dessa faixa
etária. Método: Pesquisa metodológica, desenvolvida em duas etapas:Definições
operacionais dos enunciados de diagnósticos de enfermagem e Validação clínica dos
diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. Antes de sua execução, o projeto
foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do HULW/UFPB e recebeu o
CAAE 43249415.0.0000.5183. Resultados: Na primeira etapa, foram elaboradas
definições para os 126 diagnósticos de enfermagem, que foram submetidos à validação
por consenso para confirmar a presença dos diagnósticos nas crianças de zero a cinco anos
e se a definição apresentava os indicadores empíricos para sua identificação. Foram
validados 70 diagnósticos, e 56 foram considerados não aplicáveis. Na segunda etapa, os
diagnósticos, resultados e as intervenções de enfermagem foram validados clinicamente,
por meio de seis de estudos de casos clínicos, utilizando as fases do processo de
enfermagem, tendo como fundamentação teórica as Necessidades Humanas Básicas de
Horta. Foram identificados 24,3% dos diagnósticos validados, e utilizadas 54,5% das
intervenções de enfermagem constantes na Nomenclatura. Conclusão: O estudo mostrou a
eficácia da Nomenclatura na Clínica Pediátrica do HULW/UFPB, por meio da validação
de conteúdo e da validação clínica dos diagnósticos de enfermagem constantes,
aprimorando o cuidar, permitindo a realização de uma assistência de qualidade.
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LENILMA BENTO DE ARAUJO MENESES
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Mapeamento Cruzado de Intervenções de Enfermagem para pacientes adultos e idosos hospitalizados com Diagnóstico de Risco de Integridade da Pele Prejudicada
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Data: 31/08/2016
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Hora: 14:00
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Introdução: Com o Processo de Enfermagem, surgem Sistemas de Classificações da Prática de Enfermagem, iniciando-se pela Classificação de Diagnósticos de Enfermagem e, depois, Classificação das Intervenções de Enfermagem e Classificação dos Resultados de Enfermagem, o que se constitui um sistema abrangente de linguagem padronizada da prática de enfermagem. Objetivo: Analisar, por meio do mapeamento cruzado, intervenções/atividades de enfermagem, descritas por graduandos do Curso de Enfermagem, para o diagnóstico Risco de integridade da pele prejudicada de adultos e idosos hospitalizados, e correlacioná-las com as da Nursing Interventions Classification, conforme a ligação NANDA-I/NIC, 2007 2008; Identificar intervenções/atividades de enfermagem descritas por graduandos de Enfermagem, para o diagnóstico Risco de integridade da pele prejudicada de adultos e idosos hospitalizados; Fazer mapeamento cruzado das intervenções/atividades de enfermagem descritas por graduandos de Enfermagem para o diagnóstico Risco de integridade da pele prejudicada de adultos e idosos hospitalizados e compará-las com as da classificação; Validar o conteúdo das intervenções/atividades de enfermagem descritas por graduandos de Enfermagem para o diagnóstico risco de integridade da pele prejudicada de adultos e idosos hospitalizados por enfermeiros especialistas. Método: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, em que se utilizou o mapeamento cruzado, e realizado na Universidade Federal da Paraíba, com 25 estudantes de Enfermagem e 14 enfermeiras. Atendeu à Resolução 466/2012. A coleta de dados ocorreu em três etapas, e a análise foi feita com base na estatística descritiva. A tese encontra-se em formato de artigos. Resultados: Mapearam-se, com a Classificação das Intervenções de Enfermagem, 32 intervenções e 78 atividades de enfermagem nos domínios: Fisiológico complexo, fisiológico básico, comportamental e de Segurança. Das intervenções mapeadas, 24 estão na ligação, e oito, fora dela. Conclusões: Validaram-se 11 intervenções de enfermagem, como prioritárias, e 21, como sugeridas. Houve concentração nas intervenções prioritárias, com exceção de Cuidados com o repouso no leito, e destacaram-se as atividades de Facilitação do autocuidado. Conclui-se que é importante reforçar o ensino desse tema na formação em Enfermagem.
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SIMONE ELIZABETH DUARTE COUTINHO
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AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DA CRIANÇA EM DIFERENTES MODELOS ASSISTENCIAIS
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Data: 30/08/2016
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Hora: 09:30
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Introdução: A avaliação da efetividade em saúde, como uma associação do grau de orientação dos componentes estrutural e processual dos atributos na Atenção Primária à Saúde (APS) da criança aos resultados do estado de saúde da população infantil, identifica a adequação da prestação dos serviços na APS. No Brasil, diferentes modelos de APS coexistem nos diversos municípios, sejam através da Estratégia de Saúde da Família (ESF) ou da Unidade Básica de Saúde tradicional (UBS). Ao comparamos, na visão dos cuidadores de crianças, esses distintos cenários analisam-se as ações desenvolvidas para a resolutividade do cuidado das crianças. Objetivo: Avaliar os atributos da dimensão processual e estrutural da atenção primária na saúde da criança comparando aos resultados dos estados de saúde infantil nos serviços de saúde municipais. Método: Pesquisa avaliativa, transversal de abordagem quantitativa. Participaram da amostra total 875 familiares de crianças usuárias da USF de João Pessoa ou da UBS de Cascavel. A coleta de dados ocorreu entre 2012 a 2013, com levantamento sóciodemográficos das famílias e o Instrumento PCATool (Primary Care Assessment Tool) Brasil-versão criança. Os dados foram analisados usando o Excel e o SPSS versão 13. O perfil das famílias de crianças atendidas nos serviços foi por estatística descritiva de frequência, testes estatísticos comparativos e medidas descritivas dos escores essenciais e derivados para os atributos mensurados. Em todos os testes estatísticos, utilizou-se nível de significância alfa α=0,05 e para a avaliação de resultados significativos o uso de significância p-valor<0,05. Para a associação com o estado de saúde infantil usou-se a pesquisa documental de relatórios das Secretárias Municipais de Saúde. O estudo seguiu a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, com parecer favorável do CEP nº 044/2012 e CAAE nº 01295412.2.1001.0107. Resultados:Na avaliação dos atributos essenciais, os dois serviços de saúde municipais tiveram um escore médio superior ao esperado (6,6). Na análise conjunta de comparação do Escore Geral da APS, não foi apresentada diferença significativa entre os escores médios gerais, mas ambos os serviços da atenção básica tiveram o mesmo valor de escore (6,4).Correlacionou-se aos resultados dos indicadores referente ao estado de saúde infantil em relação à mortalidade, nascimentos, imunização, vigilância alimentar e nutricional e agravos de notificação obrigatória.Conclusão: Ao final da avaliação pode-se afirmar que os dois serviços de saúde tiveram como resultado uma orientação à APS nos atributos essenciais e, no escore geral da APS, apresentaram um desempenho insatisfatório. Este resultado de avaliação da orientação a APS, com o PCATool Brasil-versão criança, permitiu identificar as fragilidades e potencialidades dos dois modelos de atenção básica em saúde, e a correlação aos resultados dos indicadores de saúde possibilitou a avaliação dos serviços em saúde enquanto porta de entrada da rede de atenção em saúde, na perspectiva do cuidador da criança, numa relação com os resultados da gestão em saúde.
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FLÁVIA MOURA DE MOURA
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Vivências de crianças com diabetes
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Data: 25/08/2016
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Hora: 08:30
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Introdução: O diabetes pode comprometer sobremaneira a vida da criança. Objetivo:
Analisar a vivência de crianças com diabetes mellitus tipo 1, em relação à doença e ao
tratamento. Tese: O diabetes impõe à criança uma nova forma de viver, que requer adaptação
constante. A maneira pela qual a criança vivencia a doença e o tratamento é singular, contudo,
vários fatores podem interferir, positiva ou negativamente, no modo como cada uma atribui
significado a essa vivência. Método: Estudo qualitativo, realizado no Ambulatório de
Pediatria de um hospital público do estado da Paraíba, depois de ter sido provado pelo Comitê
de Ética CAAE nº 33749514.3.00005183, com oito crianças com idades entre sete e onze
anos, com diabetes mellitus tipo 1, no período de setembro de 2014 a julho de 2015. O
material empírico foi construído por meio de entrevistas em profundidade, com o uso de
recursos lúdicos, em encontros semanais, que duravam aproximadamente uma hora. Para
analisar/interpretar os dados, recorreu-se ao referencial teórico adotado, com destaque para o
conceito de vivência de Vygotsky. Foi possível apreender a problemática investigada com
base nas seguintes categorias: Vivências de crianças com diabetes quanto à doença e ao
tratamento‟ e Vivências de crianças com diabetes em diferentes contextos sociais‟.
Resultados: Os resultados revelaram que, em uma mesma enfermidade, a vivência é singular
para cada criança, pois vários fatores interferem, positiva ou negativamente, na forma como
ela é interpretada. Foram identificados sentimentos negativos em relação à doença e ao
tratamento, como tristeza, raiva, medo e incertezas, e diferentes formas de enfrentar as
situações, como a normalidade, a conformação ou, inversamente, a revolta. Por meio dos
discursos, pode-se apreender que viver com diabetes tipo 1 e seu tratamento significa
conviver com a dor, com a limitação de atividades sociais e de lazer, ter uma rotina com
disciplina, equilibrando dieta, insulina e atividade física; é sentir constantemente medo das
complicações e da morte. Considerações finais: Conhecer as vivências de crianças com
diabetes tipo 1 possibilitou a compreensão da necessidade de um cuidado individualizado
voltado para elas, considerando que muitos fatores interferem nos significados que atribuem à
doença e ao tratamento e, em seu bem-estar.
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ANA LUCIA DE MEDEIROS
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Uso da Tecnologia da Informação Móvel e Sem Fio para a Sistematização da Assistência de Enfermagem na Área de Obstetrícia
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Data: 24/08/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: a tecnologia da informação que emergiu com o advento da globalização
adquiriu importância para os indivíduos e para a sociedade, consolidando-se como
estratégia para o controle, a organização e a estrutura da informação. Para
acompanhar esse desenvolvimento, cada profissão, dentre as quais a Enfermagem,
necessitou adentrar no processo tecnológico da comunicação e da informação,
apropriando-se das tecnologias disponíveis e desenvolvendo novas. Objetivo:
desenvolver um software protótipo para a Sistematização da Assistência de
Enfermagem na área obstétrica para uso em um dispositivo móvel conectado à rede
sem fio. Método: trata-se de uma pesquisa metodológica do tipo aplicada,
desenvolvida em quatro etapas em uma maternidade pública, localizada no
município de João Pessoa-PB. A primeira etapa foi a construção e validação de um
banco de dados para o software com os diagnósticos de enfermagem da NANDAInternacional
e as atividades/intervenções de enfermagem da Classificação das
Intervenções de Enfermagem, que ocorreu no período de janeiro a março de 2015; a
segunda etapa foi o desenvolvimento e a utilização do software, que compreendeu o
período de abril de 2015 a abril de 2016; a terceira foi a avaliação do conteúdo do
software; e a quarta etapa foi a elaboração de indicadores hospitalares. O projeto foi
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Lauro
Wanderley da Universidade Federal da Paraíba com CAAE-20523814.5.0000.5183 e
financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba. Resultados:
para o banco de dados do Software foram identificados e validados 93 diagnósticos
e 943 intervenções de enfermagem. No tocante ao desenvolvimento do software, o
mesmo apresenta duas funcionalidades, uma para uso pelos enfermeiros que
prestam assistência na maternidade e a outra para uso dos enfermeiros gestores. A
avaliação do conteúdo do software resultou em pequenas alterações que foram
realizadas. Quanto à elaboração de indicadores hospitalares, foi possível
demonstrar a taxa de cesariana, de partos normais, de intercorrências obstétricas,
de prematuridade e a média de permanência na maternidade. Conclusão:
desenvolveu-se um sistema que, além de ser uma ferramenta para a documentação
das ações de enfermagem, o mesmo serve de apoio à tomada de decisão,
contribuindo para gestão do cuidado e melhoria da assistência na área obstétrica.
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RAFAELA GERBASI NOBREGA
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DO MUNDO PARA A TRIBO: A AIDS SOB O OLHAR DE MULHERES DA ETNIA POTIGUARA
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Data: 22/08/2016
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Hora: 14:00
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Introdução: A expansão da Aids para as tribos indígenas inclui a mulher entre as prioridades
de enfrentamento da epidemia, tornando esta discussão pertinente para a construção de novas
abordagens no campo da saúde indígena. Objetivo: Analisar o modo como a Aids se
configura sob o olhar de mulheres Potiguara. Percurso Metodológico: Estudo de campo,
exploratório e descritivo, com abordagem quanti-qualitativa, subsidiada nas aproximações
teóricas em torno da cultura, etnia e mulher. Participaram da pesquisa 164 mulheres indígenas
das aldeias Monte-Mór, Jaraguá e Silva de Belém, situadas no município de Rio Tinto
Paraíba. O instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada e o corpus gerado
foi processado pelo software de análise textual IRAMUTEQ e analisado por meio da análise
de conteúdo temática. Resultados: A partir da Classificação Hierárquica Descendente, foram
encontradas nove subcategorias de conteúdos relacionados à Aids veiculadas pelas
participantes. As subcategorias foram conformadas entre uma categoria de caráter
prioritariamente informativo, com elementos vinculados ao contexto de risco,
transmissibilidade e proteção da doença e outra categoria com conteúdos que se concentraram
em vivências e enfrentamentos, retratando a imagem do doente, manejos de tratamento e
cuidado, a atmosfera excludente vivida pelos indivíduos com HIV e os sentimentos que
emergem das pessoas que vivem a doença nos seus pares. Conclusões: A Aids é configurada
pelas mulheres Potiguara dentro de um imbricado de valores culturais e sociais presentes no
seu contexto particular. Esta fusão de elementos culturais, econômicos, políticos, geográficos
confere sentido às experiências relativas à Aids e exerce importante influência sobre o
comportamento do grupo diante da doença. Tais considerações podem contribuir para a
renovação das práticas e direcionamento de políticas estratégicas de controle de HIV/Aids
com foco na mulher indígena.
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MARISAULINA WANDERLEY ABRANTES DE CARVALHO
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Validação do Subconjunto Terminológico CIPE® para Pacientes com Dor Oncológica.
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Data: 22/08/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: O Subconjunto Terminológico da CIPE® para pacientes com dor
oncológica, configura-se como uma tecnologia do cuidar, constituindo como um
instrumento na prestação de uma assistência de enfermagem sistematizada a pacientes
com dor oncológica. Objetivo: Realizar a validação, de conteúdo e clínica, do
Subconjunto terminológico da CIPE® para pacientes com dor oncológica, à luz do
modelo de dor oncológica e da teoria do conforto. Método: Pesquisa tipo metodológica,
realizada em 2 etapas nas quais foram utilizadas técnicas adequadas para a obtenção dos
resultados e o alcance dos objetivos: 1) validação de conteúdo dos conceitos de
diagnósticos/resultados constantes no Subconjunto terminológico da CIPE® para
Pacientes com Dor Oncológica, e 2) validação clínica do referido subconjunto, por meio
da realização de estudos de casos clínicos. Resultados: Foram elaboradas as definições
operacionais para os 68 diagnósticos de enfermagem do subconjunto, avaliadas por
experts, sendo todas consideradas validadas por obterem um IC superior a 80%. Os 68
conceitos de diagnósticos validados e suas respectivas intervenções de enfermagem
distribuídas por aspecto/conforto da dor oncológica foram validação por especialistas
obtendo-se para o aspecto/conforto físico 23 (82,15%) diagnósticos de enfermagem e 77
(78,6%) intervenções de enfermagem validados; para o aspecto/conforto psicológico da
dor oncológica 19 (65,5%) diagnósticos de enfermagem e 38 (64,4%) intervenções
foram considerados validados; e para o aspecto/Conforto Sociocultural e Espiritual da
Dor Oncológica 6 (54,5%) diagnósticos de enfermagem e10 (40,0%) intervenções
foram validados. A partir desses resultados o Subconjunto Terminológico da CIPE®
para pacientes com dor oncológica foi estruturado incluindo, apresentação, significância
para a Enfermagem, modelo teórico, e os conceitos de diagnósticos/resultados e
intervenções de enfermagem. A validação clínica foi realizada com 5 pacientes, assim
caracterizados: um infectado em tratamento clínico, um em radioterpia, um em
quimioterapia/radioterapia, um em tratamento cirúrgico/quimioterapia e um em
cuidados paliativos. Foram identificados 25 diagnósticos nestes pacientes,
correspondendo a 52% dos diagnósticos/resultados validados constantes no
subconjunto. Conclusão: O estudo mostrou que a validação do Subconjunto
terminológico da CIPE® para pacientes com dor oncológica e a utilização na prática dos
conceitos de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem contidos no
mesmo, proporciona meios para que os enfermeiros, que trabalham nesta área, possam
oferecer aos pacientes uma assistência de boa qualidade.
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NATHANIELLY C CARVALHO BRITO SANTOS
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Modelos de atenção primária à saúde da criança: análise comparada
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Data: 19/08/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: No mundo um expressivo número de crianças ainda morre antes de comemorar o
quinto aniversário, por causas evitáveis diante de uma atenção primária de boa qualidade. Por
essa razão, os modelos de atenção à saúde devem estar orientados para a Atenção Primária à
Saúde e/ou estruturados em conformidade com seus atributos ordenadores. Objetivo:
Comparar o grau de orientação à atenção primária em saúde da criança nas unidades de
atenção básica que operam com diferentes modelos de atenção. Método: Trata-se de pesquisa
transversal, quantitativa e avaliativa, da qual participaram 1.484 familiares e/ou cuidadores de
crianças menores de dez anos, atendidas em unidades de saúde que atuam com diferentes
modelos de atenção. Os dados foram coletados de outubro de 2012 a fevereiro de 2013,
utilizando-se os instrumentos: Primary Care Assessment Tool, Brasil, versão criança para
avaliar a Atenção Primária, e outro que contemplou dados sociodemográficos e econômicos
das famílias. A análise foi feita por meio de estatística descritiva, com frequências simples e
construção dos escores dos atributos avaliados, de acordo com o Manual do Ministério da
Saúde. Para avaliar o modelo mais orientado para a Atenção Primária à Saúde e comparar os
atributos entre os diferentes modelos, foram aplicados, respectivamente, a análise de variância
paramétrica, associada ao teste de comparações múltiplas de Tukey, e o teste de Kruskal-
Wallis, associado ao de comparações múltiplas de Dunnett, ambos com nível de significância
de 5%. Resultados: Ao comparar os modelos, verificou-se diferença estatisticamente
significativa em favor do modelo de Unidade Básica de Saúde mista para o escore geral
(p<0,05) e superioridade para escore essencial, mesmo sem diferença significativa. Quanto
aos atributos, somente o acesso de primeiro contato - utilização - foi satisfatório e não
apresentou diferença entre os modelos. No entanto, entre os atributos que apresentaram
diferença, foi favorável ao modelo misto para grau de afiliação, coordenação - integração de
cuidados, integralidade - serviços disponíveis e serviços prestados, e ao modelo de Unidade
Básica de Saúde tradicional para as dimensões sistema de informação e acessibilidade. Apesar
de os atributos derivados não terem alcançado o ponto de corte, os modelos que operam com a
Estratégia Saúde da Família apresentaram diferença favorável para orientação familiar e
orientação comunitária. Conclusão: A Unidade Básica de Saúde mista revelou ser o modelo
mais orientado para a atenção primária no cuidado voltado para a criança. Isso se deve,
possivelmente, à soma de potencialidades dos modelos tradicional e Estratégia Saúde da
Família, pois, mesmo com limitações, apresentaram escores gerais próximos ao ideal. Assim,
quando integrados em uma mesma estrutura, podem contribuir para melhorar o processo de
trabalho das equipes em direção a reorientar a atenção primária no cuidado à criança.
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TATYANA ATAÍDE MELO DE PINHO
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Mulheres em privação de liberdade e HIV/Aids: um estudo de representações sociais
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Data: 15/08/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: Nos últimos anos, observou-se um aumento crescente e progressivo do número de mulheres em privação de liberdade e de sua contaminação pelo vírus HIV. Nesse sentido, este estudo torna-se relevante à implementação de ações que fortaleçam ações estratégicas voltadas para essas mulheres. Objetivos: sistematizar a produção científica desenvolvida acerca da temática de HIV/Aids entre pessoas privadas de liberdade no período de 2003 a 2012; identificar a estrutura das representações sociais sobre HIV/Aids por mulheres em privação de liberdade; analisar as representações sociais em diferentes faixas etárias. Método: Tratou-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa, utilizando-se o aporte teórico das representações sociais. O locus da pesquisa foi o Centro de Reabilitação Maria Júlia Maranhão, na cidade de João Pessoa-PB, no período de outubro a novembro de 2014. Dela participaram 32 mulheres, selecionadas por conveniência, divididas em faixas etárias de: 20-30 anos e 50-60 anos. Os dados foram coletados a partir de uma entrevista semiestruturada e processados com auxílio dos softwares SPSS, IRaMuTeQ e EVOC. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos do Hospital Universitário Lauro Wanderley/UFPB, sob o parecer de nº 660.127. Resultados: desta pesquisa foram originados três artigos apresentados nos resultados e discussão. No primeiro, observou-se que dos 33 artigos selecionados, a maior produção foi entre 2010 a 2012 (63,6%), predominância da abordagem quantitativa (75,7%) e maior realização de pesquisas nos Estados Unidos (57,6%); no segundo, identificou-se como provável núcleo central das representações sociais sobre o HIV/Aids os elementos prevenção, medo, morte, doença e angústia, e na periferia desprezo, dor, preservativo, ruim e transmissão; e o terceiro, que deu origem a cinco classes. A classe um, modos de transmissão, as mulheres associam o HIV/Aids: alicate de unha, agulha, tatuagem, sexo, sangue, seringa, ferimento, beijo e saliva; classe dois, aspectos psicossociais, compreende as descrições em que as mulheres associam HIV/Aids a preconceito, experiência negativa, medo da solidão, do isolamento e dificuldade de enfrentar a doença na prisão; classe três, conhecimentos sobre HIV/Aids, apresentam conteúdos como: doença muito grave e, apesar de não ter cura, pode ser tratada com o coquetel; A classe quatro, dimensões sócio afetivas, cujos conteúdos são medo, solidão, tristeza, sofrimento, aflição, nervosismo, pena, indiferença, difícil, dor; e a classe cinco, práticas sexuais/prevenção, a aids é associada a visita íntima, sexo, sabão, vagina, boca, casado, carência, camisinha, mulher, homem. Conclusão: Os conteúdos representacionais sobre o HIV/Aids foram associados a aspectos muito mais negativos que positivos, apesar das mulheres apresentarem conhecimento sobre a doença, formas de contágio e prevenção, elas não se veem vulneráveis à infecção. Espera-se que tais resultados possam fornecer subsídios para direcionar estratégias políticas, a fim de garantir cuidado integral a essa mulheres que vivem privadas de liberdade.
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JULIANA ALMEIDA MARQUES LUBENOW
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AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE À PESSOA IDOSA
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Data: 02/08/2016
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Hora: 09:30
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Introdução: O idoso é o usuário mais frequente nas instituições de saúde e, com a elevação da taxa de expectativa de vida, a procura por esses serviços tende a aumentar. Diante dessa problemática, os serviços de saúde precisam estar preparados para oferecer uma assistência que atenda às necessidades da pessoa idosa. Objetivos: Discutir sobre o acesso de idosos aos serviços de Atenção Primária em Saúde, por meio de uma revisão integrativa; avaliar o atendimento à pessoa idosa em serviços de saúde (atenção primária e especializada); identificar as representações sociais da pessoa idosa sobre o atendimento em serviços de saúde. Método: Pesquisa exploratória com abordagem mista, subsidiada na Teoria das Representações Sociais, desenvolvida com 266 idosos atendidos em Unidades de Saúde da Família e no Centro de Atenção Integral à Saúde do Idoso, localizados na cidade de João Pessoa, Paraíba/Brasil. Para a coleta dos dados, foram utilizados uma entrevista em profundidade e um formulário com questões relacionadas ao atendimento realizado nos serviços de saúde, dados socioeconômicos e de saúde. Os dados foram analisados com o auxílio do pacote SPSS e do software IRaMuTeQ, interpretados e subsidiados na Teoria das Representações Sociais. Os dados foram coletados entre janeiro e julho de 2015, depois da aprovação pelo CEP/HULW, protocolo nº 261/09 e CAAE: 0182.0.126.000-09. Resultados: Desta pesquisa, foram originados três artigos: Access for the elderly to primary health care services: an integrative review; Avaliação do atendimento em serviços de saúde para pessoa idosa; e O que pensam os idosos sobre o atendimento nos serviços de saúde. O estudo mostrou que a maioria dos idosos entrevistados tinha entre 60 e 69 anos de idade, era do sexo feminino, com ensino fundamental, casadas, com renda familiar de dois salários mínimos, aposentados, moravam acompanhados, consideraram sua saúde razoável e apresentaram alta prevalência de doenças crônicas. Nas Unidades de Saúde da Família, o acesso ao atendimento médico é mais fácil, e o tempo de espera para atendimento e de deslocamento até o serviço foi menor do que no Centro de Atenção Especializada. Em ambos os serviços, os idosos são sempre atendidos pelo mesmo médico, e nas USF, são atendidos pelo mesmo enfermeiro. A maioria dos idosos considerou excelente a organização, a pontualidade dos profissionais de saúde e dos funcionários, o conforto e a limpeza. Os idosos associaram um bom atendimento a ser tratado com respeito, atenção e educação. Para eles, os profissionais de saúde devem conversar, explicar, mostrar interesse por seu problema de saúde e sua vida pessoal. Ao mesmo tempo, vincularam um bom atendimento à prescrição de medicamentos e exames, bem como a encaminhamentos a especialistas, reforçando o modelo biomédico de atendimento de saúde. Conclusão: A avaliação positiva dos serviços foi representada pelos idosos associada a sentimentos bem atendidos, mesmo com a demora para atendimento e marcação de consultas. Recomenda-se que o atendimento ao idoso, nos serviços de saúde, seja centrado na prática do acolhimento de forma humanizada e qualificada, que atenda às suas reais necessidades e que os profissionais de saúde e os gestores considerem as especificidades distintas da pessoa idosa em sua abordagem, tanto na atenção primária quanto nos demais níveis de atenção.
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LIDIANE LIMA DE ANDRADE
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VALIDAÇÃO DE UM HISTÓRICO DE ENFERMAGEM PARA INDIVÍDUOS HOSPITALIZADOS COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
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Data: 29/07/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: Os indicadores empíricos do histórico de enfermagem para indivíduos
hospitalizados com doenças infectocontagiosas devem representar adequadamente o foco de
interesse. Objetivo: Analisar a validade dos indicadores empíricos das necessidades humanas
básicas apresentadas em um histórico de enfermagem para indivíduos hospitalizados com
doenças infectocontagiosas. Método: Pesquisa metodológica, desenvolvida em duas etapas:
análise de conteúdo e validação clínica. Da primeira etapa participaram 37 enfermeiros
especialistas, que avaliaram a relevância, a clareza e a precisão dos indicadores empíricos em
estudo; e da segunda, 65 indivíduos que estavam internados nas clínicas de doenças
infectocontagiosas de dois hospitais universitários, que foram avaliados com o intuito de
verificar a presença ou ausência dos indicadores empíricos analisados pelos especialistas. A
coleta dos dados ocorreu no período de agosto de 2015 a abril de 2016. A análise dos dados
foi realizada por meio da abordagem quantitativa. Este estudo foi apreciado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley e obteve aprovação segundo
parecer nº 1.015.985 e CAAE: 43249115.7.0000.5183. Resultados: Na análise de conteúdo,
foram eliminados quatorze indicadores empíricos, considerando o critério de relevância.
Quanto aos critérios de clareza e precisão, 33 indicadores empíricos tiveram suas definições
operacionais reformuladas. Sobre a fidedignidade, observou-se consistência interna dos
indicadores empíricos acima de 0,9. Na validação clínica, constatou-se associação entre as
necessidades psicobiológicas, as psicossociais e as psicoespirituais e delas com os
diagnósticos médicos. Também foram avaliadas a presença e a ausência dos indicadores
empíricos, o que subsidiou os ajustes e a apresentação final do histórico de enfermagem.
Conclusão: Os achados deste estudo fortalecerão a prática clínica, o ensino e a comunidade
científica de enfermagem na abordagem do indivíduo com doenças infectocontagiosas.
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MARIA ELIZABETE DE AMORIM SILVA
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DOENÇA CRÔNICA NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA: VÍNCULOS DE CUIDADO CONSTITUÍDOS NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
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Data: 29/07/2016
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Hora: 09:00
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Introducao: Crianca/adolescente com doenca cronica e sua familia requerem um cuidado coordenado pela Atencao Primaria a Saude (APS) em articulacao com os servicos da rede de atencao para controlar a doenca, o que pode ser facilitado com a construcao de vinculos. Objetivos: Explicitar como se constroem os vinculos entre a familia da crianca/adolescente com doenca cronica e os diferentes servicos da rede de atencao a saude, tendo a APS como o centro organizador do cuidado; evidenciar de que modo os vinculos contribuem para manter o controle da doenca cronica da crianca/adolescente. Metodo: Estudo qualitativo, realizado de maio a novembro de 2015, em um municipio da Paraiba, com dez familiares de criancas/adolescentes com doenca cronica, com utilizacao do mapa-falante e do ecomapa adaptados, nos domicilios e na Unidade de Saude da Familia (USF). Foram realizadas doze entrevistas semiestruturadas com profissionais da rede de atencao a saude, duas USFs e dois hospitais publicos. Os dados foram interpretados com a analise de discurso. O estudo foi aprovado pelo Comite de Etica em Pesquisa, parecer nº 054/14, CAAE 27102214.6.0000.5188. Resultados: O vinculo esta relacionado a atencao oferecida pelos profissionais de saude em varios sentidos: acessibilidade, resolutividade, responsabilizacao, humanizacao e expectativa satisfeita. O vinculo contribui para o controle da doenca cronica, pois possibilita conhecimento das necessidades, acompanhamento continuo, coordenacao do cuidado, adesao a terapeutica, seguimento das orientacoes e durante as hospitalizacoes suas implicacoes sao minimizadas. O vinculo fragilizado, especialmente com a APS, dificulta o controle da enfermidade, com falta de coordenacao e desresponsabilizacao pelo cuidado, aumento das hospitalizacoes e vinculos mais fortes com servicos secundarios e terciarios da rede. Conclusao: Cada ponto da rede de atencao buscado pela familia precisa constituir vinculo com ela e ser referencia concreta e duradoura de cuidado
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IRAKTANIA VITORINO DINIZ
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PERFIL CLINICO-EPIDEMIOLÓGICO E CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO EM PESSOAS COM TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR
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Data: 28/07/2016
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Hora: 14:00
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Introdução: O traumatismo raquimedular (TRM) configura-se como um problema de saúde pública, em virtude de seu potencial para morbimortalidade. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico-epidemiológico de pessoas com TRM. Método: Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados a partir de um formulário de entrevista semiestruturado e analisados através da estatística descritiva e inferencial, utilizando o teste Qui-Quadrado e Risco Relativo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE nº 0058.0.462.126-11. Resultados: A amostra se caracterizou por indivíduos na faixa economicamente ativa, do sexo masculino, solteiros e/ou casados, sem filhos, com mais de quatro anos de estudo e renda mensal básica de um a três salários mínimos. Concernente aos aspectos clínicos, os indivíduos apresentaram lesão torácica seguidos por lesão lombar. Etiologicamente, destacaram-se os acidentes de trânsito, seguido por arma de fogo. Quanto à sequela destacou a paraplegia completa, seguidos pela paraplegia incompleta. Os resultados apontaram correlação do TRM em nível lombar com os acidentes por arma de fogo, lesões torácicas aos acidentes de trânsito e cervicais às lesões por mergulho em águas rasas. No tocante às complicações, a tetraplegia teve maior influência enquanto fator de risco para todas as complicações em relação à paraplegia, mas apresentou fator de proteção às síndromes dolorosas. Quanto à reutilização do cateter como fator de risco para infecção urinária, obstrução e sangramento e o uso de cateter lubrificado como fator de proteção para todas as complicações estudadas. Conclusão: O conhecimento dos fatores intervenientes às lesões medulares, bem como a identificação dos riscos de complicações, corroboram para um cuidar mais qualificado. Ainda nesta perspectiva, a disseminação de estratégias que minimizem esses agravos, como a realização do CIL, constituem boas práticas em saúde.
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PRISCILLA MARIA DE CASTRO SILVA
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A TERAPIA COMUNITÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO PARA O EMPODERAMENTO DE USUÁRIOS DE CAPS EM PROCESSO DE ALTA
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Data: 27/07/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) constitui um espaço de palavra, de
escuta e de formação de vínculos conduzido por meio de regras precisas que, a partir de uma
situação-problema, permitem a criação de estratégias de enfrentamento para as inquietações
do cotidiano. O presente estudo teve como objetivo analisar o efeito da TCI como terapêutica
de intervenção psicossocial avançada, avaliando sua contribuição para a melhoria da
autoestima e da vinculação dos usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), tendo
como repercussão o fortalecimento da autonomia e o empoderamento necessários na fase pósalta.
A pesquisa de campo obedeceu aos preceitos éticos (CAAE 44866015.0.0000.5188) e foi
realizada em um CAPS do município de Campina Grande, PB, Brasil, sendo conduzida
através do método da pesquisa-ação-intervenção, com 11 usuários que estavam no regime
não-intensivo e apresentavam baixa (ou tendência a baixa) autoestima, e que frequentaram um
mínimo de 6 rodas de TCI. Como instrumentos, foram utilizados os questionários de
autoestima e vínculos propostos por Barreto, e como intervenção, foram realizadas 12 rodas
de TCI durante 3 meses. Para a produção do material empírico foram usadas as filmagens das
rodas, o caderno de campo e entrevistas semiestruturadas. Esse material foi analisado através
da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que os usuários apresentaram aumento nos
escores de autoestima e de vínculos saudáveis, além de redução dos vínculos frágeis e de
risco. Do ponto de vista comportamental, percebeu-se um resgate da autonomia, uma melhora
dos vínculos, uma ampliação da capacidade empática e do reconhecimento de suas
competências. Conclusão: A TCI mostrou-se como uma prática emancipatória e uma
ferramenta potente de cuidado, pois elevou a autoestima dos usuários, restabeleceu vínculos
perdidos e criou redes de solidariedade, de modo a levá-los ao empoderamento, por meio da
consequente retomada do protagonismo de suas vidas.
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JOGILMIRA MACÊDO SILVA
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Dor crônica e a capacidade funcional em pessoas idosas com artrite reumatóide
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Data: 30/06/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: A dor crônica é aquela associada a processos patológicos crônicos, que se prolongam por meses ou anos e, em muitos desses quadros, a dor é a principal queixa e causa de limitações funcionais. A artrite reumatoide é um dos distúrbios doloroso mais comum em idosos. Objetivo: Analisar a relação da dor crônica na capacidade funcional de pessoas idosas com artrite reumatoide em um centro de referência de João Pessoa. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, quantitativo, realizado no Centro de Reabilitação e tratamento da Dor, localizado na cidade de João Pessoa- PB. A amostra foi de 119 idosos com diagnóstico de artrite reumatoide. A coleta de dados ocorreu no período de agosto de 2015 a março de 2016. Os instrumentos aplicados foram o Mini Exame do Estado Mental, um questionário sóciodemográfico e clínico, a Escala Visual Numérica da dor e o Health Assestment Questionnaire. Os dados foram compilados com o auxílio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0, analisados através de recursos da estatística descritiva, a partir do teste de Kolmogorov Smirnov, para análise de variância, o teste Kruskal Wallis para analise de correlação o teste de Spearman, sendo adotado nível de significância de p<0,01. Projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, sob protocolo nº 099/2015 e CAAE nº 4215515.6.0000.5188. Resultados: Foi constatado que a idade média dos idosos era de 67,57 ± 7,85 DP, sendo 85,7% mulheres, 37,8 % de raça branca, 94,1% sentem dores, pela Escala Visual Numérica de dor 49,6% relatam dor moderada. Mais de 81,4% das pessoas idosas apresentaram níveis de capacidade funcional de leve a moderado, dentre os domínios apresentados o de atividades aparece como o mais comprometido, com média e DP de (2,01 ± 1,03) e o domínio vestir-se como menos comprometido, com média e DP de (0,93 ± 0,82). Ambos os grupos apresentaram nível moderado de atividade da doença, e deficiência leve. Em relação a correlação da dor e da capacidade funcional foi positiva, moderada e estatisticamente significativa (r = 0,459; p-valor <0,001), demostrando que quanto maior a intensidade da dor, maior o escore do Health Assestment Questionnaire, diminuindo, portanto, a capacidade funcional. Conclusão: Foi observado neste estudo que a dor crônica demonstra influência na alteração da capacidade funcional dos idosos com artrite reumatoide, comprometendo sua qualidade de vida.
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PATRICIA GEORGIA OLIVEIRA DINIZ PINHEIRO
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Discursos de profissionais sobre o controle da tuberculose: pontos de estrangulamento na Atenção Primária à Saúde
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Data: 17/06/2016
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Hora: 09:00
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Introducao: A gravidade da tuberculose no Brasil determinou que a doenca fosse considerada uma das linhas prioritarias de Politica Nacional de Atencao Basica Brasileira. No municipio de Joao Pessoa-PB, numeros mostram que existem pontos de estrangulamento no que diz respeito a atuacao da Atencao Primaria a Saude como porta de entrada para a execucao das acoes e servicos de controle da tuberculose (TB). Embora a politica de saude do municipio tenha determinado, ha quase uma decada, a descentralizacao das acoes de controle da doenca para os servicos da Atencao Primaria a Saude, os doentes de TB, do municipio de Joao Pessoa-PB, continuam a buscar o servico de referencia do Estado, ou seja, o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, para serem diagnosticados e tratados, evidenciando, portanto, fragilidade da Atencao Primaria a Saude local, no que tange a efetividade do primeiro contato, longitudinalidade, integralidade de acoes e servicos e a coordenacao da assistencia, como atributos essenciais da APS, na atencao ao doente de TB. Objetivo: Analisar com base nos discursos de profissionais que atuam no servico de Referencia para o controle da TB, os pontos de estrangulamento que afetam os atributos essenciais da Atencao Primaria a Saude e a sua relacao com as acoes de controle da TB. Metodo: Estudo de abordagem qualitativa, realizado entre os meses de Agosto a Outubro de 2014, no municipio de Joao Pessoa-PB. Os sujeitos colaboradores do estudo foram 12 profissionais de saude que atuavam no Complexo Hospitalar Clementino Fraga. Para analise do material empirico, utilizou-se o dispositivo teorico-analitico da Analise de Discurso, de matriz francesa. Esse estudo foi submetido e aprovado em 2013 pelo Comite do Centro de Ciencias da Saude da Universidade Federal da Paraiba do Estado da Paraiba (Protocolo 0404/13) e CAAE nº 18257113.2.0000.5188. Resultados: Os discursos dos profissionais do Complexo Hospitalar Clementino Fraga explicitaram os pontos de estrangulamento do controle da doenca no ambito dos servicos da Atencao Primaria a Saude, como sendo a ausencia de vinculo e acoes de acolhimento dos profissionais em relacao ao doente de TB; atitudes que sugerem preconceito por parte dos profissionais das Unidades de Saude da Familia; dificuldades de acesso a realizacao de exames e consultas para diagnostico e acompanhamento dos doentes de TB; dificuldades para realizacao do tratamento, em decorrencia da falta de confianca dos doentes de TB nos servicos das Unidades de Saude da Familia; falhas no fornecimento de medicacoes para o tratamento; e fragilidades no sistema de referencia e contrarreferencia entre os servicos da Atencao Primaria a Saude e Complexo Hospitalar Clementino Fraga, sendo estas pistas identificadas como comprometedoras do diagnostico precoce e tratamento eficaz, interpretadas como pontos que criam obstaculos ao primeiro contato, a integralidade, a longitudinalidade e a coordenacao, como atributos da Atencao Primaria a Saude. Conclusao: Convem tornar os gestores cientes dos resultados encontrados, para que acoes de enfrentamento sejam pensadas, planejadas e executadas em funcao de minimizar os pontos de estrangulamento existentes, de modo a promover uma assistencia integral ao doente de TB e coordenada pelos servicos da Atencao Primaria a Saude.
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SUELLEN DUARTE DE OLIVEIRA MATOS
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Risco e Prevalência de Úlcera por Pressão em Idosos de Instituições de Longa Permanência.
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Data: 30/05/2016
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Hora: 14:00
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Introdução: A úlcera por pressão (UPP) é uma complicação de pele decorrente da
pressão exercida na região de proeminência óssea combinada ao atrito. Objetivo:
Analisar o risco e a prevalência de úlcera por pressão em idosos de instituições de longa
permanência para idosos no município de João Pessoa. Metodologia: Trata-se de estudo
transversal, de base populacional e abordagem quantitativa, realizado a partir da análise
de parte do banco de dados proveniente da pesquisa intitulada Prevalência e Incidência
de úlcera por pressão em Instituições de Longa Permanência para Idosos em João
Pessoa. Para análise do banco de foi utilizado o SPSS, versão 20.0. Resultados: Os
dados sociodemográficos revelaram que 128 (39,5%) idosos tinham entre 80-90 anos,
244 (75,3%) eram do sexo feminino, 289 (89,2%) solteiros e 192 (59,3%) estavam
institucionalizados há menos de cinco anos. A prevalência de úlcera por pressão
correspondeu a 26 casos (8%), dos quais 20 (77%) tiveram apenas uma lesão, 16
(61,5%) em Estágio I e 8 (30,8%) desenvolveram a lesão na região sacral. As condições
clínicas de associações estatisticamente significativas com a ocorrência de UPP foram
as variáveis doenças neurológicas (p=0,011) e alteração da visão (p=0,005). Quanto aos
fatores de risco destacaram-se incontinência fecal (p<0,001), incontinência urinária
(p<0,001), déficit cognitivo (p<0,007) e limitação física (p<0,001). A força de
associação evidenciada pelo coeficiente de contingência foi moderada para déficit
cognitivo (0,375) e incontinência fecal (0,365). Os resultados do modelo de regressão
logística revelaram que incontinência urinária aumenta oito vezes a chance de
ocorrência da úlcera por pressão (OR=8,805) e doenças ostearticulares cinco vezes
(OR=5,899). Conclusão: O estudo permitiu ampliar o conhecimento acerca das condições
clínicas, fatores de risco e úlcera por pressão em idosos institucionalizados da capital
paraibana, conferindo contribuições às pesquisas que abordam a temática e aos
profissionais que atuam nessas instituições, uma vez que ainda são escassos os estudos
nesses cenários.
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THAYRIS MARIANO DE MEDEIROS
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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL E SEXUALIDADE: CONCEPÇÕES E VIVÊNCIAS
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Data: 30/05/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: as pessoas com deficiência visual representam uma parcela significativa da
população, mas ainda enfrentam várias dificuldades no cumprimento de direitos em todos os
aspectos da vida, inclusive a saúde sexual. A sexualidade ainda é um tema muito delicado em
nossa sociedade, e quando se fala em pessoas com deficiência visual percebe-se que existem
vários mitos em relação a sua sexualidade, que interferem no seu acesso à saúde sexual e à
expressão de uma sexualidade plena, livre de preconceitos. Objetivo: analisar como a
sexualidade é concebida e vivenciada por pessoas com deficiência visual. Percurso
metodológico: trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa, realizado com
17 pessoas com deficiência visual usuários de uma instituição de apoio. O estudo atendeu aos
seguintes critérios de inclusão: pessoa com deficiência visual, maior de 18 anos. E critério de
exclusão: não apresentar outra deficiência associada à visual. A coleta de dados foi realizada
de novembro a dezembro de 2015 através da técnica de grupo focal. As sessões de grupo focal
foram realizadas semanalmente e gravadas com auxílio de dois gravadores do tipo MP4. Após
a coleta, os dados foram transcritos e analisados através da análise de conteúdo. A presente
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal da Paraíba, sob Protocolo nº0264/15 e CAAE: 44927215.2.0000.5188.
Resultados: a partir da análise, emergiram cinco categorias temáticas: Sexualidade: da
concepção à expressão; Sexualidade na infância e adolescência: fragilidade no acesso a
informações; Obstáculos à expressão de sua sexualidade; Duplo desafio para as mulheres:
deficiência visual e questões de gênero; e Educação sexual: fragilidades e perspectivas.
Considerações finais: a partir da reflexão acerca das colocações dos participantes, conclui-se
que a sociedade ainda tem pouco entendimento com relação à sexualidade das pessoas com
deficiência visual, o que interfere no acesso a informações sexuais específicas e adaptadas.
Destaca-se a importância dos profissionais de saúde, principalmente o enfermeiro, na
intervenção em educação sexual junto a essas pessoas e família, e no desenvolvimento de
mais pesquisas e materiais educativos específicos na área da saúde sexual para as pessoas com
deficiência visual.
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FRANCILEIDE DE ARAUJO RODRIGUES
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AVALIAÇÃO DE FAMÍLIAS DE PACIENTES EM SITUAÇÃO DE TERMINALIDADE SOB CUIDADOS PALIATIVOS: estudo à luz do Modelo Calgary
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Data: 27/05/2016
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Hora: 09:30
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Introducao: os cuidados paliativos se apresentam como uma modalidade terapeutica com
abordagem interdisciplinar, a serem realizados em beneficio do paciente, porquanto consistem
em um conjunto de acoes que visam melhorar a qualidade de vida e a dignidade dos pacientes
com o diagnostico de uma doenca terminal em tratamento no processo de terminalidade e suas
familias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto. A escolha pelo Modelo Calgary como
aporte teorico para este estudo deve-se ao fato de integrar a dimensao estrutural,
desenvolvimental e funcional, o que permite uma visao da dinamica familiar, com a finalidade
de melhorar o planejamento dos cuidados dispensados aos envolvidos nesse processo.
Objetivo: avaliar a estrutura, o desenvolvimento e a funcionalidade de familias de pacientes
em situacao de terminalidade sob cuidados paliativos a luz do Modelo Calgary. Metodo:
trata-se de um estudo de campo com abordagem qualitativa, consubstanciada no Modelo
Calgary de Avaliacao da Familia, realizado em um hospital localizado na cidade de Joao
Pessoa, Capital do Estado da Paraiba. A amostra da pesquisa foi constituida de dez familias.
Cada uma foi representada pelo paciente com doenca terminal e um familiar cuidador. Em
atendimento as observancias eticas relacionadas a pesquisa que envolve seres humanos,
recomendadas pela Resolucao 466/2012 do Conselho Nacional de Saude, o projeto foi
apreciado e aprovado pelo Comite de Etica em Pesquisa do Hospital Universitario Lauro
Wanderley (HULW), da Universidade Federal da Paraiba, sob CAAE de nº
33261114.1.0000.5183. Os dados foram coletados nos meses de agosto, setembro e outubro
de 2014. Para isso, foram utilizados a tecnica de entrevista, o sistema de gravacao em
aparelho mp4, o diario de campo, a Escala de Performance Paliativa e os instrumentos
recomendados pelo Modelo Calgary: o genograma e o ecomapa. O material empirico foi
analisado qualitativamente, a luz do Modelo Calgary. Resultado: os resultados advindos
possibilitaram a construcao de dois artigos. O primeiro, intitulado Avaliacao estrutural, de
desenvolvimento e funcional de familias de idosos em fase terminal sob cuidados paliativos,
no qual foi possivel reconhecer que cuidar de pacientes idosos com doenca em fase terminal
influencia a organizacao familiar e sua dinamica. No que tange aos estagios de vida das
familias, todas elas estavam em dois estagios: o de familia no fim da vida e o estagio de
encaminhamento dos filhos, que estao adquirindo sua emancipacao. O segundo artigo
Avaliacao estrutural, desenvolvimental e funcional de familias de pacientes com cancer em
fase terminal sob cuidados paliativos - possibilitou uma visao holistica sobre a familia de
paciente com cancer na terminalidade da vida, em que o enfermeiro pode perceber que cada
familia e unica e apresenta dinamicas de ajustes distintas em relacao a vivencia de ente
querido com cancer em fase terminal. Constatou-se que a maioria das familias e caracterizada
como monoparental feminina extensa e a sobrecarga do sexo feminino no desempenho do
papel do familiar como cuidador. Conclusao: os resultados da pesquisa poderao subsidiar o
planejamento da assistencia de enfermagem, por meio da avaliacao integral da familia, e
proporcionar um cuidado cujo principal enfoque seja a qualidade de vida familiar, na
perspectiva de auxiliar o grupo a vislumbrar os proprios recursos para lidar com as
dificuldades que circundam a familia de paciente com doenca em fase final de vida.
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RONALDO BEZERRA DE QUEIROZ
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Representações Sociais de idosos e cuidadores sobre a doença de Alzheimer
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Data: 17/05/2016
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Hora: 09:00
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Introdução. Na prática assistencial observou-se uma preocupação de idosos com a doença de
Alzheimer (DA) que pode influenciar no seu modo ou qualidade de vida. O acometido da DA
necessitará inevitavelmente de cuidador e esta atividade é permeada por dificuldades que com
o tempo poderá alterar a saúde do cuidador. A teoria das representações sociais (TRS)
enquanto uma modalidade do conhecimento e sistemas de interpretação da realidade
organizam as relações do indivíduo com o mundo e orientam as suas condutas e
comportamentos no meio social possibilitando conhecer como as pessoas pensam e se
comportam frente a fenômenos conflituosos no seu cotidiano. Objetivos: identificar
representações sociais (RS) sobre a doença de Alzheimer construídas por idosos sem a doença
de Alzheimer; conhecer as RS construídas por cuidadores de idosos com a doença de
Alzheimer e explorar as RS sobre a DA segundo cuidadores de idosos com a DA e idosos sem
a DA. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória em uma abordagem qualitativa.
Quanto aos aspectos éticos o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do
Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba e aprovado sob o
n°. 574.968 de 31/03/2014, CAAE-27670714.4.0000.5183. A amostra foi por conveniência
com 50 cuidadores de idosos com a DA e 50 idosos sem esta doença, de ambos os sexos, que
responderam uma entrevista semiestruturada. Os dados coletados foram organizados em um
corpus, processados pelo software IRAMUTEQ e interpretados segundo o aporte teórico das
RS. Resultados e Discussão: dos resultados obtidos após analise delineou-se três artigos: o
primeiro trata de uma revisão integrativa da literatura sobre a percepção de idosos sobre a DA
em que sinalizou a necessidade de desenvolvimento de estudos com o aporte teórico das RS; o
segundo artigo aborda as RS construídas por idosos sem a doença de Alzheimer sobre a
doença de Alzheimer em que os idosos falam sobre a DA; o terceiro artigo identifica as RS
construídas por cuidadores de acometidos pela DA sobre a DA. Considerações finais: As RS
construídas pelos cuidadores de pessoas com a DA observam-se dimensões subjetivas com
conteúdos positivos e negativos. Diferem essas RS apreendidas nas falas dos idosos, com
conteúdos próximos para descreverem a doença, expressam sentimentos de tristeza em muitas
situações, assim como observam tais sentimentos nos familiares envolvidos. O
comportamento dos idosos com a doença e suas palavras verbalizadas agressivamente influi
no ato de cuidar deixando-os estressados. O grau de dependência do idoso sob seus cuidados
associado ao abandono por parte de familiares e amigos têm implicações no estilo de vida do
cuidador familiar que tem que se dedicar com mais afinco as suas atividades laborais, e por
outro lado, quando há associação com restrições financeiras abandonam o lazer. Aspectos
positivos foram relatados como o crescimento pessoal e afetivo desenvolvido no cuidar. Este
estudo contribui para a reflexão e subsídio para o desenvolvimento de políticas públicas
voltadas aos idosos e cuidadores; serve de estímulo para o incremento de capacitações
profissionais abordando as necessidades apresentadas acerca da doença de Alzheimer.
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ELIANE DE SOUSA LEITE
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Tecnologia Assistiva para promoção do envelhecimento ativo segundo profissionais e idosos participantes de grupo de convivências.
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Data: 02/05/2016
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Hora: 14:00
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Introdução: tecnologia assistiva é um termo ainda recente, no Brasil, que visa a utilização de
uma gama de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e/ou idoso, consequentemente, promover um
envelhecimento ativo com qualidade de vida, independência e inclusão social. Objetivo:
verificar o conhecimento produzido na literatura científica acerca das contribuições da
tecnologia assistiva para manutenção da funcionalidade do idoso; identificar a importância do
uso da tecnologia assistiva para um envelhecimento ativo, segundo profissionais que
trabalham em grupos de convivência; conhecer as concepções sobre tecnologia assistiva de
pessoas idosas e suas contribuições para o envelhecimento ativo para pessoas idosas. Método:
pesquisa exploratória com abordagem mista, realizada em três grupos de convivência para
idosos da cidade de Cajazeiras, Paraíba/Brasil: Grupo amigos de Irmã Fernanda, Serviço
Social do Comércio e Centro Social Urbano. A amostra investigada foi composta por 45
profissionais e 172 idosos. A coleta de dados foi realizada com profissionais e idosos, entre os
meses de março a dezembro de 2014, mediante entrevista, com roteiro semiestruturado,
contendo dados sociodemográficos e questões relacionadas à temática abordada. Os dados
qualitativos foram processados pelo software de Análise Textual Iramuteq e subsidiado
através da Técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin e os dados sociodemográficos
dos sujeitos foram tabulados e analisados através do software Statistical Package for Social
Sciences, versão 22.0. A pesquisa atendeu às orientações éticas e legais, inerentes ao
protocolo de pesquisa envolvendo seres humanos, contido na Resolução nº 466/12, com
número de protocolo 652.809/2013. Resultados: desta pesquisa foram originados três artigos
apresentados nos resultados e discussão. O primeiro foi publicado; o segundo artigo
encaminhado para publicação e o terceiro foi objeto de defesa. Evidenciou, diante dos
resultados desta pesquisa, a importância da tecnologia assistiva para o aumento da
funcionalidade, autonomia, inserção social e, consequentemente, uma melhor qualidade de
vida. Os profissionais estudados reconhecem este recurso como primordial para o
aprimoramento de suas práticas diárias e fundamentais para uma assistência mais adequada às
pessoas idosas. Parte dos profissionais pesquisados conhece e usa o serviço na sua prática
laboral, outros relataram não ter conhecimento teórico e habilidade para tal fim. No que tange
aos idosos, estes não reconhecem o instrumento e o identificam como algo relevante para a
saúde, mas não sabem diferenciar a tecnologia geral da assistiva. Conclusão: entende-se que
a tecnologia assistiva é um recurso que permite ao idoso desenvolver as atividades funcionais
de vida diária com segurança, aumentar sua independência e autonomia, e prevenir
comorbidades. Destarte, faz-se necessário sensibilizar os profissionais e pesquisadores quanto
aos benefícios que o uso da tecnologia assistiva possibilita aos idosos, proporcionando sua
inclusão social, a conquista e a prática da cidadania. Nesse sentido a tecnologia assistiva é um
importante instrumento que deve ser considerado para melhorar a saúde da pessoa idosa.
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MILENA SILVA COSTA
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CRENÇAS, PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE HIV/AIDS CONSTRUÍDAS POR MULHERES IDOSAS
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Data: 02/05/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: as crenças religiosas podem influenciar no comportamento sexual da
mulher idosa, nas suas representações sociais, na percepção da vulnerabilidade ao
HIV/Aids e no uso de medidas preventivas. Objetivos: conhecer a produção científica
sobre as representações sociais, vulnerabilidade ao HIV/Aids e crenças religiosas de
mulheres idosas; analisar o conhecimento, as crenças religiosas e a adoção de medidas
preventivas ao HIV/Aids de mulheres idosas; averiguar a influência das representações
sociais sobre o HIV/Aids e de crenças religiosas de mulheres idosas, na adoção de
medidas preventivas; identificar as representações sociais sobre o HIV/Aids construídas
por mulheres idosas de diferentes crenças religiosas. Método: investigação exploratória,
de abordagem mista, fundamentada na Teoria das Representações Sociais, desenvolvida
com 406 mulheres idosas, residentes em Juazeiro do Norte Ceará. Para coleta dos
dados utilizou-se a técnica da rede associativa, com as palavras indutoras: aids e
religião e uma entrevista semiestruturada, no período de junho de 2014 a julho de
2015. Os dados sociodemográficos e as palavras evocadas nas redes associativas pelas
participantes foram submetidos para análise estatística no Programa Statistical Package
for the Social Sciences (SPSS); os dados obtidos das questões foram submetidos à
técnica de análise de conteúdo temática categorial e ao software Iramuteq para uma
Análise Textual Multidimensionnelles e interpretados à luz da Teoria das
Representações Sociais. O projeto desta pesquisa foi aprovado com o parecer nº
674.516 do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Resultados: originaram-se quatro artigos: Social Representations, Vulnerability and
Religious Beliefs of the Elderly About HIV/Aids: an Integrative Review; Saberes,
crenças religiosas e atitudes de mulheres idosas na prevenção ao HIV/Aids; A influência
das crenças religiosas nas representações sociais de mulheres idosas frente ao
HIV/Aids; Representações sociais sobre o HIV/Aids construídas por mulheres idosas de
diferentes crenças religiosas. O primeiro compreende uma revisão sobre as
representações sociais, vulnerabilidade e crenças religiosas de pessoas idosas sobre
HIV/Aids; o segundo artigo trata de como as crenças religiosas influenciam nas
representações sociais e nas formas de vulnerabilidade ao HIV/Aids; o terceiro artigo,
evidencia as dimensões de representações sobre a vulnerabilidade ao vírus HIV segundo
as mulheres idosas, centradas nas suas crenças religiosas que influenciam à adoção de
medidas preventivas; o quarto artigo, explora os conteúdos das representações sociais
sobre HIV/Aids segundo mulheres idosas e as questões centradas em dimensões
culturais, educacionais, comportamentais e religiosas. Conclusão: observou-se que as
representações sociais das mulheres idosas sobre diferentes formas de vulnerabilidade
ao HIV e adoção de práticas de saúde delineadas por crenças religiosas, necessitam de
ações dos profissionais da saúde que abordem os aspectos da sexualidade no
envelhecimento.
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KAMYLA FELIX OLIVEIRA DOS SANTOS
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TERAPIA COMPORTAMENTAL PARA CONTROLE DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES IDOSAS: construção e validação de protocolo de intervenções de enfermagem
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Data: 29/04/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: nas últimas décadas tem surgido o interesse por opções de tratamentos cada vez
menos invasivos, de baixo custo e com eficácia comprovada para incontinência urinária de
esforço, a exemplo da terapia comportamental. Verifica-se, atualmente, uma diversidade de
cuidados que não seguem uma padronização e a prática baseada em evidências. Assim,
justifica-se a necessidade da elaboração de protocolos assistenciais específicos de
enfermagem para melhoria da qualidade da assistência às mulheres idosas incontinentes. Com
o intuito de respaldar a prática assistencial do enfermeiro no processo de empoderamento de
mulheres idosas quanto à terapia comportamental, utilizou-se como referencial teórico deste
estudo a Teoria do Controle Urinário, derivada da Teoria de adaptação de Roy. Objetivo:
construir um protocolo de intervenções de enfermagem relativa à terapia comportamental para
o processo adaptativo de mulheres idosas com incontinência urinária de esforço perante o
controle urinário. Método: trata-se de um estudo metodológico. Os passos para construção do
protocolo foram norteados pela Organização Mundial de Saúde. A coleta dos dados ocorreu
no período de julho de 2015 a fevereiro de 2016. Inicialmente, realizou-se revisão integrativa
da literatura para seleção das diretrizes clínicas, além das intervenções e atividades de
enfermagem propostas pela Classificação de Intervenções de Enfermagem para o controle da
incontinência urinária de esforço. Em seguida, realizou-se a síntese do material empírico e
análise crítica e reflexiva para seleção das melhores evidências clínicas. Esses achados
subsidiaram a elaboração do instrumento de coleta de dados para etapa de validação por
consenso de especialistas. Este estudo foi apreciado pelo Comitê de Ética do Centro de
Ciências e Saúde da Universidade Federal da Paraíba e aprovado sob registro de Protocolo nº
0561/15 e CAAE: 50061015.1.0000.5188. Resultados: foram selecionadas 14 intervenções
entre as melhores evidências acerca da terapia comportamental das três diretrizes clínicas
internacionais que foram contempladas em 11 intervenções de enfermagem da Classificação
das Intervenções de Enfermagem. Além disso, elencaram-se 138 atividades propostas pela
Classificação das Intervenções de Enfermagem, que foram consensualmente validadas pelos
especialistas, para operacionalização das intervenções de enfermagem. As intervenções e
atividades de Enfermagem elegíveis foram relacionadas a quatro eixos norteadores da terapia
comportamental que contemplam os modos de Adaptação da Teoria do Controle Urinário. No
eixo motivação para continência, abordou-se a modificação do comportamento e ensino:
indivíduo; na mudança no estilo de vida, o controle do peso e monitorização hídrica; no
controle dos hábitos miccionais, o controle da eliminação urinária, cuidados na incontinência
urinária, assistência no autocuidado: uso do vaso sanitário, cuidado com o períneo,
reeducação vesical e controle de medicamentos; enquanto que no treinamento do assoalho
pélvico, os exercícios para musculatura pélvica. Conclusão: o protocolo em questão gera na
população-alvo uma resposta adaptativa simultânea entre os modos de adaptação sustentados
pela Teoria do Controle Urinário, subsidiando importantes contribuições para a pesquisa, para
o ensino e para a prática da Enfermagem, sendo aplicável nos serviços de Atenção Primária,
especialmente na implementação de educação continuada que incorpore recursos materiais
técnico-científicos para a garantia e um cuidado de enfermagem efetivo com vistas ao manejo
da incontinência urinária de esforço.
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INDIARA CARVALHO DOS SANTOS PLATEL
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CUIDADO AO PACIENTE NA TERMINALIDADE: VIVÊNCIA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE UM SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR
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Data: 25/04/2016
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Hora: 10:30
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Introdução: Cuidar é uma ação dotada de responsabilidade e corresponsabilidade, na qual se
devem considerar as diferentes dimensões e reais necessidades do ser humano. É uma característica peculiar a todos os profissionais da saúde, dos quais demanda práticas
fundamentadas na promoção da qualidade de vida, principalmente considerando a assistência
ao doente em condição de terminalidade. Este estudo teve como objetivo investigar a vivência
de profissionais da saúde de um Serviço de Atenção Domiciliar no cuidado voltado para o
paciente na terminalidade. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza
qualitativa, norteada pelos critérios estabelecidos no Relatório Pesquisa Qualitativos
COREQ. O cenário envolveu o Serviço de Atenção Domiciliar, localizado no município de
João Pessoa PB. Participaram do estudo vinte profissionais de nível superior: duas médicas,
seis enfermeiras, cinco fisioterapeutas, duas nutricionistas, duas psicólogas, duas
fonoaudiólogas e uma assistente social das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar
e das Equipes Multiprofissionais de Apoio. Para apreender o material empírico, foi
empregada a técnica de entrevista, que seguiu um roteiro contendo questões norteadoras
pertinentes ao objetivo proposto para o estudo. Os dados foram coletados no período de
fevereiro a maio de 2015, depois da concordância da Gerência de Educação em Saúde do
referido município e da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da
Saúde, conforme certidão com registro CAAE, sob o número: 39989514.0.0000.5188. O
material empírico foi analisado qualitativamente, por meio da técnica de análise de conteúdo
proposta por Bardin. Resultados: A partir da análise dos dados, emergiram dois manuscritos
originais. O primeiro, intitulado Vivência de profissionais de um serviço de atenção
domiciliar ao cuidar de pacientes na terminalidade, do qual foram identificadas três
categorias: Humanização na assistência ao paciente em terminalidade: promovendo
autonomia, dignidade e qualidade de vida; O paciente em terminalidade: sentimentos
vivenciados na promoção do cuidado; e Cuidar do paciente na terminalidade: constante
aprendizado pessoal e profissional. E o segundo, Ações terapêuticas promovidas para o
paciente na terminalidade: vivência de profissionais de um serviço de atenção domiciliar,
que resultou na construção de duas categorias: Ações terapêuticas direcionadas às
necessidades biológicas do doente terminal para promoção do conforto e da qualidade de
vida e Ações terapêuticas promovidas para atender às necessidades psicossociais e
espirituais do doente terminal. Conclusão: A vivência de profissionais de saúde no ato de
cuidar do paciente na terminalidade, no contexto domiciliar, fundamenta-se em uma
assistência holística, com terapêuticas essenciais para o cuidado humanizado, que promova
respeito e dignidade para o paciente em processo de finitude da vida.
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GILVÂNIA SMITH DA NÓBREGA MORAIS
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Importância do brincar para a criança em tratamento quimioterápico e mães acompanhantes: um estudo à luz da Teoria Humanística
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Data: 06/04/2016
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Hora: 09:30
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Introdução: o brincar exerce influência sobre o desenvolvimento infantil colaborando para apreensão de comportamentos, construção do conhecimento sobre a realidade em que a criança está inserida, bem como, expressão de sentimentos e emoções. Considerando que a criança acometida pelo câncer apresenta mudanças tanto do ponto de vista orgânico como na dimensão psicossocial, a brincadeira denota como um recurso no intuito de diminuir a ansiedade da criança frente ao desconhecido e de permitir a esta, a possibilidade de se mostrar autêntico. O presente estudo partiu da seguinte questão norteadora: qual a importância do brincar para crianças em tratamento quimioterápico e para as mães acompanhantes? Para responder a esta questão proposta, a pesquisa tem como objetivos investigar sobre a importância do brincar para a criança acometida pelo câncer em tratamento quimioterápico e para as mães acompanhantes; analisar os relatos de crianças e mães participantes do estudo à luz da Teoria Humanística de Enfermagem de Paterson e Zderad. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que inclui como cenário de investigação a clínica de oncologia pediátrica, assim como, o ambulatório de quimioterapia infantil de um hospital público situado na cidade de Campina Grande PB. Participaram do estudo cinco crianças em tratamento quimioterápico e cinco mães acompanhantes. Para a coleta de dados, foi utilizada a técnica de entrevista a partir de um roteiro contendo questões norteadoras pertinentes aos objetivos propostos para a investigação. A coleta ocorreu entre os meses de maio e outubro de 2015 e só foi iniciada após aprovação do protocolo de pesquisa por um Comitê de Ética em Pesquisa. O material empírico foi analisado à luz da Teoria Humanística de Enfermagem. Resultados: a partir dos dados coletados, emergiram dois artigos: (1) Ser mãe de criança com câncer e a importância do brincar. (2) Experiência existencial de crianças em tratamento quimioterápico sobre a importância do brincar. O primeiro manuscrito permitiu apreender as mudanças que permeiam o existir de mães de crianças com câncer e que, a princípio, são determinadas pelo impacto do diagnóstico. No que concerne à importância do brincar, as genitoras destacam que as atividades lúdicas, além de ser uma fonte de prazer e alegria, colaboram para que as crianças fiquem menos ociosas. No segundo artigo, os discursos das crianças participantes do estudo revelam que o brincar no ambiente ambulatorial proporciona um momento de diversão e distração, minimizando a ansiedade relacionada ao tempo de espera. Além disso, os relatos evidenciam que a brincadeira desperta na criança uma sensação de estar-melhor contribuindo para que a mesma enfrente satisfatoriamente a realidade vivida. Conclusão: deste modo, o brincar se apresenta como um importante recurso que pode ser utilizado tanto durante a hospitalização quanto durante o tratamento ambulatorial quimioterápico infantil, sendo seus benefícios percebidos tanto pelas crianças quanto pelas mães acompanhantes.
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EVELINE DE OLIVEIRA BARROS
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Síndrome de Burnout em enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família
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Data: 11/03/2016
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Hora: 11:00
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Introdução: A Síndrome de Burnout (SB) é definida como um tipo de resposta
prolongada a estressores emocionais, psicossociais e interpessoais crônicos relacionados
ao trabalho, quando os meios de enfrentamento e prevenção são insuficientes. Essa
dissertação constituiu-se por dois artigos: o primeiro, teórico, intitula-se Síndrome de
Burnout em enfermeiros: estudo bibliométrico de dissertações e teses no cenário
brasileiro. Objetivo: Caracterizar a produção científica acerca da SB em enfermeiros.
Metodologia: Estudo Bibliométrico, constituído por dissertações e teses, publicadas no
Brasil, no período de 2003 a 2015, disponibilizados na Biblioteca de Teses e
Dissertações da USP, no Portal CAPES, no Centro de Estudos e Pesquisas em
Enfermagem e na Biblioteca Virtual de Saúde. Resultados: Identificaram-se 39
publicações, sendo 27 dissertações e 12 teses. O maior número de trabalhos foi
realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.
Prevaleceram trabalhos produzidos por pesquisadores com formação acadêmica em
Enfermagem. Os estudos focalizaram a organização do trabalho como fator
desencadeante da SB, assim como a prevalência e o risco de adoecimento por tal
síndrome, e os profissionais de enfermagem mais pesquisados foram os que atuam na
assistência hospitalar. Conclusão: A produção científica estudada ressalta a correlação
da SB com as condições de trabalho. Percebe-se o interesse dos pesquisadores acerca da
referida temática, embora tenha sido observado um número pouco expressivo de estudos
no período investigado. Introdução: O segundo artigo trata-se de uma pesquisa
original, intitulada: Prevalência da Síndrome de Burnout e fatores sociodemográficos
em enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF), cujos objetivos
foram: avaliar a prevalência da SB em enfermeiros que atuam na ESF; caracterizar a
presença da SB, de acordo com as dimensões da síndrome; e verificar a associação com
alguns fatores sociodemográficos e condições de trabalho. Metodologia: Trata-se de
um estudo do tipo exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com
enfermeiros atuantes nas Unidades de Saúde da Família (USF) do município de João
Pessoa PB. A coleta dos dados se deu através de um questionário estruturado e um
instrumento validado para avaliar a SB. Os dados coletados foram codificados e
analisados estatisticamente. Resultados: Dentre os 193 enfermeiros que compõem o
universo do estudo, 183 participaram da pesquisa, predominando profissionais do sexo
feminino, com companheiro fixo e filhos, com Pós-Graduação. A idade variou entre 24
e 69 anos. A maioria dos enfermeiros apresenta nível médio para a Síndrome de
Burnout. No entanto, ressalta-se níveis preocupantes, indicativos de vulnerabilidade
para desenvolver a síndrome. Dentre os fatores associados ao burnout, verificou-se que
o problema é mais frequente nos enfermeiros sem companheiro conjugal, com carga
horária de trabalho excessiva, que ultrapassa as 40 horas semanais, trabalhadas na ESF,
assim como para aqueles que trabalham em horários além do período integral.
Conclusão: Os dados verificados são preocupantes, tendo em vista a percepção da
prevalência e vulnerabilidade da Síndrome de Burnout entre os profissionais que
compuseram o presente estudo.
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CELIA MARIA CARTAXO PIRES DE SA
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Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa no Olhar dos Profissionais da Estratégia de Saúde da Família.
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Data: 29/02/2016
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Hora: 16:00
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Introdução: O crescimento do número de pessoas com 60 anos ou mais é um dos mais expressivos fenômenos demográficos do Brasil. Essa realidade exige um olhar diferenciado em todas as instâncias do cuidado. A saúde do idoso é uma área estratégica da atenção básica, e o Ministério da Saúde criou a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa para identificar as vulnerabilidades e as singularidades dessa população e promover ações específicas para minimizar os agravos. Objetivo: Este estudo tem o objetivo de identificar as representações sociais sobre a caderneta de saúde da pessoa idosa elaboradas pelos profissionais da atenção básica. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, com uma abordagem qualitativa, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, e realizado nas Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário V do município de João Pessoa-Paraíba/Brasil, do qual participaram 53 profissionais da área de saúde de forma aleatória. Os dados foram coletados a partir de uma entrevista semiestruturada, organizada em duas partes: a primeira contemplou a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), com o termo indutor: Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa; a segunda foi constituída de questões relacionadas ao uso da caderneta pelos profissionais e informações sociodemográficas. Os dados coletados da TALP foram processados com o auxílio do software Iramutec, versão 0.7 alfa 2, e as questões abertas foram analisadas por meio da Técnica de Análise de Conteúdo Temática Categorial. O material advindo da análise de conteúdo apontou seis categorias associadas à Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, a saber: a) Ferramenta de cuidado; b) Instrumento de autonomia para o idoso; c) Recurso de informações sobre a saúde do idoso; d) Objeto de trabalho; e) Guia de acompanhamento da saúde do idoso e f) Suporte de saúde. Resultados: Dos entrevistados, 86,8% disseram que utilizam a caderneta de saúde da pessoa idosa; 3,8%, que não conhecem, e 9,4%, que têm acesso à caderneta, mas não a utilizam. Os profissionais representam a caderneta com conteúdos predominantemente positivos, associam-na tanto a imagens positivas quanto negativas e se posicionam favoráveis ao seu uso, por contemplar informações valiosas a serem consideradas na atenção à saúde da pessoa idosa, de modo a consolidar políticas públicas de saúde voltadas para um envelhecimento ativo e saudável. Conclusão: Apreender representações sociais construídas pelos profissionais da atenção básica relacionadas à Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa poderá contribuir para fundamentar discussões a respeito de aumentar o número de adesão dos idosos e dos profissionais à caderneta, como um instrumento de promoção da saúde de pessoas em processo de envelhecimento.
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IVONEIDE LUCENA PEREIRA
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EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO PELO HIV/AIDS NA POPULAÇÃO JOVEM DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2007 A 2014
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Data: 29/02/2016
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Hora: 14:00
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Introdução: O controle da infecção pelo HIV/Aids continua sendo um desafio para a saúde
pública e envolve várias áreas de conhecimento, como direitos humanos, qualidade de vida,
políticas de medicamentos, propriedade industrial, diversidade, entre outras. A infecção pelo
HIV/Aids é um fenômeno cuja forma de ocorrência causa impacto nos princípios morais,
religiosos e éticos, associando-se às questões relativas à sexualidade, ao uso de drogas e à
moralidade conjugal. O início da epidemia esteve diretamente associado a homossexuais
masculinos, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo, porém, nos últimos anos, a
população jovem vem sendo acometida por um aumento das notificações. Objetivo: O
presente estudo teve como objetivo analisar a epidemia de aids na população jovem da
Paraíba, no período de 2007 a 2014, considerando variáveis sociodemográficas e
epidemiológicas. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal e de
abordagem quantitativa, realizado com o banco de dados do Sistema de Informação de
Notificação e Agravos Nacional (Sinan), referente aos dados do tipo secundário quanto às
notificação dos jovens com aids com idades de 15 a 24 anos, no período de 2007 a 2014. A
base de dados foi composta por 329 casos registrados, transportados para a planilha do
programa Excel. As variáveis sociodemográficas e epidemiológicas contidas na ficha de
notificação foram submetidas à estatística descritiva, verificando-se as taxas de incidências e
risco relativo de aids por macrorregião do Estado. Resultados: A infecção por aids, na
população jovem do estado da Paraíba, apresentou um número maior de casos na
macrorregião I (70, 5%), na faixa etária de 22 a 24 anos (60, 4%). A maioria deles com
escolaridade no ensino fundamental (52%) e cor parda (68%).Vale destacar casos em
indígenas (0, 9%), com concentração na zona urbana (90, 8%) e no modo de transmissão
sexual (71, 7%). A macrorregião I apresenta maior taxa de incidência de casos e risco relativo
superior ao risco global do Estado em toda a evolução temporal em relação às demais
macrorregiões. O ano de 2007 chama à atenção para uma evolução elevada da taxa de
incidência de casos em todas as macrorregiões do Estado. Os dados permitiram a visualização
da evolução temporal da infecção por aids na população jovem da Paraíba. Conclusão: A
infecção por aids na população jovem do Estado apresenta oscilações em sua evolução, com
tendência a se elevar nas taxas de incidência e risco de infecção para o vírus nas
macrorregiões do estado. Os aspectos sociodemográficos e epidemiológicos dos jovens com
aids reforçam a necessidade de ações direcionadas à prevenção e à assistência ao público
jovem.
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KAROLINE DE LIMA ALVES
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VIOLÊNCIA E MAUS-TRATOS CONTRA PESSOA IDOSA: um estudo de Representações Sociais
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Data: 29/02/2016
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Hora: 14:00
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Considerando o aumento da população idosa e dos casos de violência relacionado ao idoso, sabe-se que o processo natural do envelhecimento, está caracterizado pela diminuição de algumas funções físicas ou psicológicas, que levam o idoso a uma maior dependência e necessidade de cuidados específicos, por muitas vezes realizado pelos familiares ou por pessoas próximas ao idoso. A violência tratar-se de um fato real que causa danos, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo, que pode resultar em dano permanente ou até mesmo a morte. Os maus-tratos a pessoa idosa, compreende uma das formas de expressão de violência bastante frequente e de difícil abordagem por parte dos profissionais de saúde em face da pouca habilidade no trato destas situações. Este estudo teve como objetivos de identificar as representações sociais sobre violência e maus-tratos contra pessoa idosa em diferentes faixas etárias. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem mista fundamentado no aporte teórico das representações sociais, priorizando as falas dos colaboradores. Os resultados apontaram: grupo 1 com idade 1829 anos, média 24,06 anos, solteiros, com escolaridade ensino médio completo, com estado de saúde muito bom; grupo 2, de 3059 anos, média 45,04 anos, com desvio padrão 8,43 anos, casados, com escolaridade, nível médio completo, bom estado de saúde; grupo 3, 60 anos acima, apresentou 66,82 anos média e 6,17 anos desvio padrão, casados, com escolaridade, nível médio completo, relataram bom estado de saúde. A análise do corpus textual, referente às representações sociais da violência e maus-tratos contra idosos, resultaram em seis classes semânticas, com aproveitamento de 82% do corpus, apresentadas pela Classificação Hierárquica Descendente: classe um Dimensões Socioafetivas, formada por mulheres: Insensibilidade, Angustia, Impotência, Sofrimento, Insanidade, Doença, Tristeza, Medo, Dor; classe dois Causas e Vítimas, idosos, viúvos, com escolaridade da 7º, 8º, 9º ano / 3º ciclo do ensino básico: falta de educação, drogas, Brasil, juventude, crianças, idosos; classe três Motivações e Justificativas, colaboradores com idade de 30 a 59 anos: abuso, maldade, maus-tratos, crime, brutalidade; classe quatro - Dimensão Jurídica, homens, com ensino médio completo: leis, violação dos direitos, punição; classe cinco Atos violentos, escolaridade do ensino primário/1.º ciclo do ensino básico a 5º, 6º ano/2.º ciclo do ensino básico: agressão, roubo, matar, privação de alimentos; classe seis Tipos de violência, divorciados, escolaridade não definida: física; verbal; e psicológica. Os colaboradores representam violência e maus-tratos como duas dimensões diferenciadas, sendo maus-tratos uma forma de violência. Apontam o setor jurídico, indispensável para a prevenção da violência. Desse modo, as representações consideradas nas diferentes faixas etárias como ações de violência: o ato físico e verbal, a negligência, o abuso financeiro, entre outros. O conhecimento sobre os tipos e formas de violência, possibilita a identificação e prevenção da violência, e a elaboração de estratégias de prevenção. Espera-se que os resultados possibilitem o aumento nas discussões sobre a violência e maus-tratos contra o idoso, e o avanço na elaboração e aplicação de políticas públicas voltadas a pessoa idosa.
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PATRICIA SIMPLICIO DE OLIVEIRA
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O USUÁRIO DIABÉTICO DIANTE DA DOENÇA: CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO
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Data: 29/02/2016
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Hora: 14:00
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Introdução: O controle metabólico é considerado o principal objetivo no tratamento do DM, por sua má gestão determinar o surgimento de complicações crônicas precocemente, levando à alta morbimortalidade. Nessa direção, para que haja adequado manejo e controle do DM, a prática de atividades de autocuidado é a principal estratégia para atingir resultados positivos, considerando que as pessoas acometidas e os familiares são responsáveis por mais de 95% do tratamento. Objetivos: Caracterizar o perfil das pessoas com DM segundo as variáveis sociodemográficas, clínicas e laboratoriais; identificar os escores de conhecimento, de atitude e de práticas de autocuidado das pessoas com DM; relacionar os escores de conhecimento, de atitude e de práticas de autocuidado com as variáveis sociodemográficas e clínicas das pessoas com DM. Método: Estudo transversal de abordagem quantitativa realizado com 110 pessoas com DM no ambulatório de endocrinologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba, durante fevereiro a junho de 2015. Para a coleta de dados foram utilizados quatro instrumentos: o primeiro foi construído pela pesquisadora contendo as variáveis sociodemográficas, clínicas e laboratoriais; o segundo e o terceiro referem-se aos instrumentos Questionário de Conhecimento (Diabetes Knowledge Questionnaire - DKN-A) e o Questionário de Atitudes Psicológicas do Diabetes (Diabetes Attitude Questionnaire - ATT-19); sendo o quarto o Questionário de atividades de autocuidado com diabetes QAD. Para a análise dos dados, foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e de análise inferencial, considerando um nível de significância de 95% e utilizando os testes: Exato de Fischer, Qui-quadrado e T Student. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba, segundo CAEE 39539014.0.0000.5183. Resultados: As características sociodemográficas, clínicas e laboratoriais aumentam o risco de morbimortalidade para as pessoas estudadas, além de serem impeditivos para a realização do autocuidado. Verificou-se que 93 (84,5%) pessoas com DM possuem déficit de conhecimento e 108 (98,2%) apresentam atitudes negativas de enfrentamento; a escolaridade e a renda mostraram-se estatisticamente significantes, assim como o tipo de DM autorreferido para a aquisição de conhecimento e realização do autocuidado. Realiza-se com maior frequência a terapia medicamentosa oral; encontrada significância estatística entre as variáveis sociodemográficas e clínicas. Conclusão: O estudo permitiu identificar que as pessoas com DM investigadas possuem caraterísticas sociodemográficas, clínicas e laboratoriais que contribuem para o surgimento cada vez mais precoce de complicações. Além disso, ficou evidenciado que essas variáveis podem influenciar o conhecimento, as atitudes e as atividades de autocuidado desempenhadas pelo indivíduo acometido. Além dessas características, os participantes apresentaram déficit de conhecimento e dificuldades no enfretamento da doença. Em contrapartida, demonstraram boa adesão ao tratamento por meio das atividades de autocuidado.
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JEFERSON BARBOSA SILVA
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MULHERES INVISÍVEIS, MENTES ESQUECIDAS: A saúde mental de mulheres sob privação de liberdade
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Data: 29/02/2016
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Hora: 09:00
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O aumento gradativo da violência na sociedade brasileira vem resultando no expansão da
população carcerária ao longo dos últimos anos. O crescimento das instituições prisionais
não acompanhou o rápido avanço do número de presos gerando condições inadequadas e
um sistema penal, cujo caráter, é fortemente punitivo. Tais fatos, culminam em uma
dificuldade na prática dos direitos humanos, resgate da sua cidadania, assistência a saúde,
reabilitação e consequente reinserção na sociedade. Diante disso, percebe-se em estudos
internacionais e nacionais altas prevalências de quadros psiquiátricos na população
prisional, em especial na população prisional feminina. Deste modo, objetivou-se investigar
a prevalência de sofrimento mental em mulheres que se encontram em situação de privação
de liberdade. Foi realizado um estudo descritivo de abordagem quantitativa desenvolvido
na penitenciária com maior concentração de população feminina sob cárcere do Estado da
Paraíba, o Centro de Reeducação Maria Júlia Maranhão, na cidade de João Pessoa. A
população de mulheres detentas estudada foi de 269 mulheres. Foram utilizados na coleta
de dados o questionário sociodemográfico e jurídico, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-
20) e o Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL). Os dados foram
agrupados em planilhas do programa Excel, e tratados estatisticamente com o software
SPSS versão 20.0. Para obtenção dos resultados foram realizados: análise descritiva e
exploratória de dados e teste de associação de qui-quadrado. As mulheres do estudo eram
predominantemente paraibanas, na faixa etária de 18 a 30 anos (64,7%), com ensino
fundamental incompleto (54,2%), sem relação conjugal (63,6%) e com filhos (82%). O
tráfico de drogas (46%) e associação ao tráfico (22%) são as principais causas de
aprisionamento. Verifica-se que apenas 17,8% trabalham e 20,1% estudam na prisão. A
prevalência de sofrimento mental estava presente em 82,4% das mulheres privadas de
liberdade e a prevalência de estresse foi constatada em 95,2% delas. A associação
estatística foi percebida entre as variáveis, presença de sofrimento mental e gravidez na
prisão (p= 0,01) e presença de estresse e aglomeração nas celas (p= 0,02). Através dessa
pesquisa, percebeu-se que o perfil prisional feminino são de mulheres na faixa etária de
adultos jovens, solteira, com histórico de abandono afetivo após o encarceramento, mães
de em média 2 filhos, com baixa escolaridade e que exerciam atividades laborativas de
baixo prestigio social. No que se refere especificamente à saúde mental, verificou-se, que
a população prisional feminina padece de um alto índice de sofrimento mental e estresse,
sendo o aparecimento desses problemas mais prevalentes em mulheres que não vivenciam
a maternidade no cárcere e as que encontram-se em locais com grandes aglomerações de
pessoas (o que é comum nesse ambiente).
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MAILSON MARQUES DE SOUSA
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
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Data: 29/02/2016
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Hora: 09:00
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A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome crônica, progressiva, caracterizada pela incapacidade do coração em bombear sangue o suficiente para atender as necessidades metabólicas e teciduais do organismo. Os pacientes com IC apresentam uma série de sintomas como dispneia, ortopneia, fadiga, edema, ascite, entre outros que comprometem a capacidade funcional, afetando a percepção da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). O objetivo delineado para a investigação consistiu em avaliar a qualidade de vida relaciona à saúde de pacientes com insuficiência cardíaca. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa, realizado em duas instituições públicas do município de João Pessoa - PB. A amostra não probabilística, por conveniência foi constituída de 84 pacientes em seguimento ambulatorial. Utilizou-se um instrumento para caracterização sociodemográfica e clínica elaborado pelo pesquisador responsável e o questionário Minnesota Living Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) para avaliar a QVRS. Os dados foram processados pelo programa estatístico Statistical Package for Social Science. Realizou-se análise descritiva para todas variáveis. Para avaliar a correlação das variáveis sociodemográfica e clínica com os escores de QVRS, foi utilizado o teste de correlação de Pearson. A consistência interna do instrumento avaliada através do alfa de Cronbach foi considerada boa (α = 0,90). Os participantes apresentaram idade média de 58,82±12,78, (53,6%) era do sexo feminino, (67,8%) casados ou viviam em união estável e (58,3%) aposentados, (56,0%) com ensino fundamental incompleto/completo, (72,6%). O perfil clínico revelou que a comorbidade mais frequente foi à hipertensão arterial sistêmica (63,1%), a etiologia da IC mais evidenciada foi a não isquêmica (72,6%). A maioria dos participantes (44%) encontrava-se em classe funcional I segundo os critérios da New York Heart Association e com média de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) de 50±14,6%. A medida da QVRS evidenciou escore médio de 33,13±19,66, sendo a dimensão física a mais prejudicada. Na análise inferencial, foi encontrada correlação negativa significante entre idade e QVRS (r= -0,378; p=0,01). Os achados deste estudo evidenciam uma menor influencia da IC na QVRS. Constatou-se que a idade influência na percepção da QVRS. A boa QVRS dos pacientes pode ser explicada pelo fato da maioria se encontrar sem sintomatologia ou com sintomas desencadeados a partir de esforços. Ressalta-se a importância de assegurar atendimento ambulatorial por equipe multiprofissional qualificada, a fim de prevenir a descompensação da doença e preservar a boa QVRS dos pacientes.
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SERGIO AUGUSTO SILVA PAREDES MOREIRA
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ENVELHECIMENTO, CONDIÇÕES DE SAÚDE E ATIVIDADES FÍSICAS
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Data: 29/02/2016
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Hora: 09:00
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O crescimento da população idosa tem implicações para os diferentes países, uma vez que é preciso pensar na sua proteção social. Durante o envelhecimento ocorrem progressivas e importantes alterações fisiológicas em órgãos e sistemas, como: diminuição e alteração da composição muscular e da massa óssea; diminuição da capacidade cardiorrespiratória capaz de comprometer o desempenho de tarefas diversas, como as mais simples do dia-a-dia. Caracteriza-se como atividade física qualquer movimento do corpo em decorrência da contração dos músculos esqueléticos realizada em diferentes locais como: trabalho; deslocando-se a pé ou de bicicleta; em atividades domésticas e de lazer. Os objetivos do estudo foram: identificar as doenças autorreferidas realizadas pelos idosos; destacar as atividades realizadas e relacionar tais atividades físicas às doenças autorreferidas. Estudo exploratório de abordagem quantitativa realizado com 480 idosos do município de João Pessoa-PB, Brasil, de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos. O processo de amostragem foi probabilístico, por conglomerado de duplo estágio. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista no domicílio dos idosos, no período entre Janeiro de 2011 e Outubro de 2011, após aceitarem participar da pesquisa e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o projeto foi aprovado pelo sob o Nº 261/09 e FR: 294027. Os dados obtidos das entrevistas foram organizados em dois bancos de dados preparados especificamente para cada etapa do instrumento, utilizando o software SPSS 20.0. Entre os idosos investigados, observou-se que a prática de atividades físicas é mais presente na faixa etária entre 60 a 69 anos, no sexo feminino, casados ou em união estável, com renda superior a dois salários mínimos e mais de cinco anos de estudo. Observou-se um predomínio de idosos casados, com escolaridade superior a 5 anos e renda de até 2 salários mínimos. Quanto à distribuição de atividades desenvolvidas pelos idosos, comparando-se os dois cenários, um antes da entrevista, ou seja, antes de 2011 e outro na ocasião da entrevista verifica-se um aumento das atividades exclusivamente domésticas e uma diminuição da prática de atividades físicas associado a uma importante redução do trabalho remunerado, que caiu de 62,3% para 11,3%. Quanto às atividades desenvolvidas pelos idosos antes de 2011 e por ocasião da entrevista, verifica-se que houve um aumento na realização exclusiva de atividades domésticas, redução da prática de atividades físicas e de trabalho remunerado. Em relação às doenças autorreferidas a hipertensão arterial predominou em 59,5% dos idosos. Problemas de coluna e de visão foram mencionados por mais de 40,0% dos entrevistados, doenças articulares por 30,6%. A atividade física regular beneficia a saúde, melhorando-a em vários aspectos como: textura e qualidade muscular, melhora do equilíbrio, diminuição dos níveis pressóricos, glicêmicos e do colesterol, melhora da qualidade óssea e auxilia em fatores psíquicos. Na terceira idade os atos de promoção e manutenção da saúde se fazem necessários para um envelhecimento bem sucedido, com uma boa saúde física e mental, em concordância com outros estudos.
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GYL DAYARA ALVES DE CARVALHO
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Compreendendo o gerenciamento do cuidado de enfermagem: dificuldades e estratégias sob a perspectiva de enfermeiros na assistência hospitalar
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Data: 26/02/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: A literatura descreve quatro dimensões inerentes ao trabalho da Enfermagem: cuidado, educação, gerência e produção do conhecimento. Há uma conexão entre a gerência e o cuidado, a qual conformou o conceito de gerenciamento do cuidado, com vistas a efetivá-lo, através do atendimento às necessidades do paciente, da equipe e da instituição de saúde. Objetivos: Analisar como os enfermeiros compreendem o gerenciamento do cuidado de enfermagem no ambiente hospitalar; discorrer sobre a ocorrência de articulação e divergências entre as atividades gerenciais e o cuidado direto; e construir um modelo teórico que represente a vivência dos enfermeiros quanto ao gerenciamento do cuidado. Método: Estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, guiado pela Teoria Fundamentada nos Dados, como referencial teórico e metodológico. A população participante do estudo constituiu-se de 12 enfermeiros de um hospital-escola, localizado em João Pessoa, Paraíba. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionário e de entrevista semiestruturada. No fim do processo, a análise prosseguiu com vistas a identificar os fenômenos e a categoria central do estudo. Resultados: Com base na análise dos dados, foram identificados dois fenômenos que compuseram as discussões do estudo: 1 Compreendendo o gerenciamento do cuidado de enfermagem; 2 Vivenciando dificuldades no desenvolvimento do gerenciamento do cuidado de enfermagem. Discussão: Procurou-se descrever a vivência e o conhecimento dos profissionais sobre a temática, apontando as dificuldades encontradas na prática do gerenciamento do cuidado e as estratégias utilizadas e propostas para a superação dessas limitações em relação ao desempenho de um cuidado integral e qualificado. Através da interação dos dois fenômenos, surgiu a categoria central do estudo: Vivenciando o gerenciamento do cuidado de enfermagem e Adotando estratégias para a superação das dificuldades em sua prática. Conclusão: Os relatos dos profissionais demonstram o reconhecimento da importância do gerenciamento do cuidado para a qualificação da assistência, embora enfrentem dificuldades de ordem pessoal e organizacional para o seu desenvolvimento. Para tanto, evidenciam a relevância da SAE, do conhecimento técnico-científico e da comunicação, associados à qualificação das relações interpessoais, a fim de obter o conhecimento real das necessidades de cuidado e saúde dos pacientes, o que serve de base para o planejamento da assistência e, consequentemente, para a prática de um gerenciamento do cuidado adequado.
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TARCIANE MARINHO ALBUQUERQUE
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CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA A VISITA DOMICILIAR AO RECÉM-NASCIDO NA PRIMEIRA SEMANA SAÚDE INTEGRAL
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Data: 26/02/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: O período pós-parto tem se configurado como o de mais riscos de morte para milhões de bebês, nos países em desenvolvimento, devido a lacunas nos cuidados de saúde desprendidos na atenção primária. Objetivo: Construir e validar um instrumento para a visita domiciliar ao recém-nascido na Primeira Semana Saúde Integral, na Atenção Primária à Saúde. Método: Trata-se de um estudo metodológico realizado em três fases: identificação dos indicadores empíricos, realizada através de revisão bibliométrica da literatura vigente e principais políticas e diretrizes nacionais e internacionais concernentes à saúde do recém-nascido; validação de conteúdo, através da análise de 12 juízes especialistas, considerando-se o índice de concordância (ser maior ou igual a 0,80) quanto à permanência de um item no instrumento, seguido de teste de fidedignidade Alfa de Cronbach; análise semântica, que se destina a investigar se o instrumento está compreensível para os profissionais de saúde que o utilizarão. Resultados: Foi possível isolar 524 indicadores empíricos, provenientes de manuais nacionais e internacionais, e 625 indicadores identificados a partir da literatura científica nos últimos onze anos. A análise dos especialistas, em todos os itens do instrumento, teve índice de concordância superior a 80%. O teste de fidedignidade Alfa de Cronbach resultou em um total de 0,908, caracterizando uma validação interna adequada para o instrumento. A análise semântica identificou que não havia dificuldade na compreensão dos itens. Conclusão: Acredita-se que esse instrumento tem potencial para melhorar a relação entre os profissionais e os familiares do recém-nascido, auxiliar na identificação de fatores de riscos e nortear a assistência visando reduzir a mortalidade neonatal.
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FABIANA MEDEIROS DE BRITO
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Dependência de Cuidados de Enfermagem de Pessoas Idosas Hospitalizadas: a realidade de uma unidade clínica
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Data: 22/02/2016
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Hora: 08:30
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Introdução: o envelhecimento ocorre de maneira multidimensional e específica em cada indivíduo, relacionando-se com os processos de transição demográfica e epidemiológica e implicando em uma maior demanda de cuidados em saúde. A importância da utilização de Teorias de Enfermagem, sobretudo no contexto hospitalar, é essencial para a identificação da dependência do idoso quanto aos cuidados de enfermagem. Objetivo: verificar a dependência de cuidados de enfermagem de pessoas idosas hospitalizadas em uma unidade clínica utilizando o Sistema de Classificação de Pacientes de Perroca. Método: trata-se de um estudo descritivo, epidemiológico, do tipo transversal, realizado na unidade clínica de um hospital-escola localizado na cidade de João Pessoa, no estado da Paraíba. A amostra foi constituída por 112 pessoas idosas. A coleta de dados ocorreu entre os meses de abril e junho de 2015 utilizando a técnica de entrevista estruturada e um formulário contemplando aspectos sociodemográficos e clínicos de interesse da pesquisa, as variáveis de classificação de pacientes baseadas no instrumento validado por Perroca e diagnósticos de enfermagem da NANDA-I, que emergiram dos indicadores empíricos presentes no instrumento de classificação de pacientes proposto por Perroca. Os dados foram compilados e analisados com o auxílio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Realizou-se análise descritiva dos dados, regressão logística e testes de associações, considerando variável estatisticamente significativa quando p<0,05. Projeto aprovado em Comitê de Ética do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, sob o Protocolo nº 0668/2014 e CAAE nº 39399014.6.0000.5188. Resultados: observou-se prevalência de idosos do sexo feminino (69,6%), com idade entre 60 e 70 anos (34,8%), viúvos (48,2%), brancos (44,6%), com escolaridade entre um e três anos (43,8%), renda média de até 2 salários mínimos (92,0%) e aposentados/pensionistas (85,0%). Quanto às características clínicas, verificou-se que 55,0% dos idosos permaneciam hospitalizados há menos de uma semana, sendo os mesmos portadores, em especial, dos seguintes problemas de saúde: hipertensão arterial sistêmica (68,8%), diabetes (43,8%), pneumonia (34,8%) e infecção do trato urinário (18,8%). Constatou-se, sobretudo, que 34% dos idosos avaliados foram classificados na categoria de cuidados semi-intensivos e 33% em cuidados intensivos, revelando alto grau de dependência quanto aos cuidados de enfermagem. O presente estudo demonstrou, ainda, associação estatisticamente significativa acerca da presença dos diagnósticos de enfermagem de eliminação urinária prejudicada, déficit de autocuidado para alimentação e mobilidade no leito prejudicada ser capaz de aumentar a possibilidade de um idoso estar em dependência total dos cuidados de enfermagem. Conclusão: os resultados empíricos obtidos por meio desta pesquisa representam subsídios essenciais ao planejamento e à implementação de intervenções de enfermagem específicas a fim de melhorar a qualidade de vida, abrangendo o cuidado de enfermagem a pessoas idosas hospitalizadas.
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VANESSA COSTA DE MELO
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Câncer e espiritualidade: discurso de assistentes de uma instituição filantrópica
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Data: 12/02/2016
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Hora: 09:00
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Introdução: A espiritualidade constitui importante estratégia de enfrentamento para pessoas que se encontram na experiência do câncer e necessitam de auxílio para superar as adversidades provocadas pela doença. Esta dissertação foi constituída por dois artigos: o primeiro, teórico, intitula-se Câncer e espiritualidade: um estudo bibliométrico. Objetivo: Mapear a produção científica nacional e internacional sobre câncer e espiritualidade, no período de 2005 a 2014. Metodologia: Estudo do tipo bibliométrico, cuja amostra foi constituída por 30 artigos, publicados no período de 2005 a 2014, disponibilizados nas bases de dados LILACS, Portal Capes, SciELO, MEDLINE e DOAJ. Resultados: Identificou-se uma maior concentração de artigos sobre a temática no ano de 2011, em periódicos internacionais voltados para temas relacionados à Oncologia, com procedência dos Estados Unidos e no idioma inglês. O maior quantitativo de publicações foi produzido por pesquisadores da área multiprofissional, de enfermagem e medicina, com titulação de pós-doutorado, na modalidade de artigo original e com pacientes. Conclusão: Os resultados obtidos demonstram a relevância da dimensão espiritual para a prática dos cuidados ao paciente com câncer, ressaltam a necessidade de que novas pesquisas possam ser desenvolvidas, com o intuito de aprofundar as discussões sobre essa temática, e abrem possibilidades para se pensar a inclusão da referida dimensão nos currículos dos cursos da área da Saúde. Introdução: O segundo artigo trata de uma pesquisa original: Busca de espiritualidade durante a experiência do câncer: vivência de voluntários de uma instituição filantrópica. Este teve os objetivos de compreender o discurso de voluntários sobre a busca de espiritualidade por pessoas na experiência do câncer, assistidas em uma instituição filantrópica; e investigar se a assistência oferecida a essas pessoas favorece uma melhora no estado geral de saúde e na qualidade de vida delas. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo com abordagem qualitativa, realizado na União Espírita Diogo de Vasconcelos Lisboa (UEDVL), instituição espírita localizada no bairro Costa e Silva, na cidade de João Pessoa (PB), com treze voluntários. Para viabilizar a coleta dos dados foram utilizadas as técnicas de entrevista semiestruturada e
observação sistemática. Os resultados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo. Resultados: Da análise, emergiram três abordagens temáticas: A compreensão dos voluntários sobre a busca de espiritualidade por pessoas na experiência do câncer; Assistência dos voluntários às pessoas que se encontram na experiência do câncer; Mudanças percebidas pelos voluntários nas condições de saúde das pessoas na experiência do câncer. Conclusão: O presente estudo evidenciou a compreensão dos voluntários acerca da importância da espiritualidade como estratégia de enfrentamento durante a experiência do câncer e mostrou que a assistência prestada está baseada nas atividades desenvolvidas pela instituição e no respeito à individualidade dos assistidos, contribuindo para a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas que buscam auxílio na referida instituição durante a experiência do câncer. Assim, o estudo apresenta uma relevante contribuição para a prática dos voluntários, incluindo a dos profissionais inseridos na área da saúde.
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