PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
3216-7335/7335

Noticias


Banca de DEFESA: RAFAELA DE SOUZA VIANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA DE SOUZA VIANA
DATA: 19/07/2024
HORA: 15:00
LOCAL: on line
TÍTULO: A REPRESENTAÇÃO DE IMAGENS ARQUETÍPICAS DO FEMININO NOS ROMANCES SAB E ÚRSULA: UMA REMANESCÊNCIA MEDIEVAL NA LITERATURA CONTRA-HEGEMÔNICA DE AUTORIA FEMININA LATINO-AMERICANA
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Literatura de autoria feminina; Gertrudis Gómez de Avellaneda; Maria Firmina dos Reis; Residualidade; Arquétipos femininos.
PÁGINAS: 132
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Teoria Literária
RESUMO: Esta dissertação tem como objeto de análise os romances Sab (1841), da autora cubana Gertrudis Gómez de Avellaneda, e Úrsula (1859), da autora brasileira Maria Firmina dos Reis. Sendo essas obras escritas em sociedades constituídas por meio do processo de colonização de países ibéricos, encontramos nelas um imaginário sobre o feminino cujas impressões remanescem das visões elaboradas pelas sociedades cristãs ibéricas medievais. Nesse sentido, essa investigação parte da relação mito e arquétipo para observar como se dá a construção de modelos do feminino desde o medievo até o século XIX através da análise da formação cultural das imagens arquetípicas de donzela, órfã e mulher fatal. Investiga-se como o imaginário criado durante a Idade Média em torno do mito de Eva e de sua relação dicotômica com a imagem de Maria se manifesta nas personagens femininas presentes em Sab e Úrsula transfigurado nas imagens arquetípicas citadas. Para compreender como se dá o processo de assimilação e adaptação desse imaginário nas sociedades cubana e brasileira oitocentistas e, consequentemente, na literatura de Gertrudis Gómez de Avellaneda e de Maria Firmina dos Reis, apresentamos uma análise fundamentada pela Teoria da Residualidade, do professor Roberto Pontes (2017), associada à abordagem da semiótica da cultura, de Iúri Lótman (Machado, 2003), e à teoria arquetípica, de Carl Jung (2000, 2014, 2016). Contamos também, ao longo do trabalho, com o aporte de estudos de autoras e autores sobre as sociedades medievais, as sociedades cubana e brasileira oitocentistas e a literatura de autoria feminina. Desse modo, ao verificarmos a presença de um imaginário medieval remanescente nessas obras, constatamos como a presença da voz autoral das escritoras subverte o uso dessas imagens arquetípicas residuais para compor uma perspectiva contra-hegemônica com o intuito de criticar e denunciar a perpetuação dessas visões e de suas consequências para a vida das mulheres nas sociedades cubana e brasileira do século XIX.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1652197 - JUAN IGNACIO JURADO CENTURION LOPEZ
Interno - 2301171 - LUCIANA ELEONORA DE FREITAS CALADO DEPLAGNE
Externo à Instituição - FRANCISCO ROBERTO SILVEIRA DE PONTES MEDEIROS