PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
3216-7335/7335

Noticias


Banca de DEFESA: WILSON DE CARVALHO SILVA ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WILSON DE CARVALHO SILVA ARAÚJO
DATA: 26/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma MEET
TÍTULO: Escurecendo o futuro: interseccionalidade e afrofuturismo em Quem teme a morte, de Nnedi Okorafor
PALAVRAS-CHAVES: Interseccionalidade. Afrofuturismo. Quem teme a morte. Nnedi Okorafor. Literatura negra
PÁGINAS: 145
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: No movimento afrofuturista uma perspectiva recorrente é o resgate do passado ao passo em que se constrói o futuro. Pois uma vez que o processo colonial da Europa sobre a África em muito contribuiu para um apagamento do que os povos africanos haviam construído, projetar futuros também deveria considerar o resgate do passado. Na construção desses futuros, por sua vez, deve-se considerar que as subjetividades das pessoas negras, africanas e afro- diaspóricas, são compostas por uma série de categorias identitárias que interseccionam-se. Deve-se considerar, portanto, a lógica da interseccionalidade, que aborda justamente isso. Essa pesquisa, assim, busca realizar uma análise do romance Quem teme a morte, de Nnedi Okorafor, a partir das perspectivas do Afrofuturismo e da interseccionalidade. Na narrativa o racismo e a violência de gênero são questões relevantes, de modo que busca-se ompreender como a protagonista do romance procura mudar sua realidade em benefício de pessoas como ela, levando em conta tanto os atravessamentos de uma identidade interseccional complexa, que por vezes a faz ser vítima de múltiplas violências, quanto a perspectiva de que o futuro pode ser moldado no sentido de combater a essas violências. Utilizamos como base teórica Cheikh Anta Diop (1985), Elisa Larkin Nascimento (2008), José Rivair Macedo (2015), Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí (2021) e John Henrik Clarke (2021), sobretudo no que diz respeito à África, sua história e aspectos culturais; Kimberlé Crenshaw (2002), Angela Davis (2016), Carla Akotirene (2018), Patrícia Hill Colins e Sirma Bilge (2020), Lélia Gonzalez (2020), sobre a teoria da intersecionalidade; Mark Dery (1994), Lu Ain-Zaila (2019), Waldson Gomes de Souza (2019), Fábio Kabral (2020) e Ytasha L. Womack (2024), sobre o Afrofuturismo, dentre outros autores. Percebe-se que no romance a luta contra os sistemas de opressão ocorre em conjunto com a ideia de projeção de futuro, de modo que o reconhecimento e valorização dos aspectos interseccionais da identidade são essenciais para isso.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347382 - ANA CRISTINA MARINHO LUCIO
Interno - 1532557 - DANIELLE DE LUNA E SILVA
Externo ao Programa - 2213863 - MARIA ELIZABETH PEREGRINO SOUTO MAIOR
Externo à Instituição - MONALIZA RIOS SILVA