Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA LUISA PALITOT REMÍGIO ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA LUISA PALITOT REMÍGIO ALVES
DATA: 27/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Exame de qualificação em ambiente virtual (de forma remota).
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO RISCO DE DESASTRES POR INUNDAÇÃO NO MUNICÍPIO DE BARREIROS, PERNAMBUCO, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Modelo descritor de terreno. Reordenamento urbano. Redução do risco de desastres.
PÁGINAS: 78
RESUMO: As inundações são um dos desastres mais frequentes no Brasil decorrentes muitas vezes da alta vulnerabilidade social da população, localizada principalmente às margens de rios que atravessam os centros urbanos. Barreiros, município pernambucano, se destaca por periodicamente sofrer com esses eventos, afetando a população ribeirinha e deixando muitos habitantes desalojados a cada inundação. As tecnologias para definir áreas propensas a inundações são de grande importância para tornar a população mais resiliente e menos vulnerável, e uma dessas ferramentas é o descritor de terreno Height Above the Nearest Drainage (HAND) que propõe estimar a inundação de uma localidade de forma rápida. Logo, este trabalho tem por objetivo avaliar a vulnerabilidade da população residente em áreas propensas a risco de desastres por inundações em Barreiros, Pernambuco. A metodologia empregada foi o uso do algoritmo HAND que indicou áreas suscetíveis à inundação a partir do Modelo Digital de Terreno (MDT) como dado de entrada. Para obter uma melhor acuraria nos resultados, foram comparadas as resoluções espaciais dos MDTs da missão do radar Alos Palsar com 12,5 m x 12,5 m e do LIDAR com resolução espacial de 1 m x 1 m, reamostrado para resolução espacial de 5 m x 5 m. Para definir a área inundável quanto a suscetibilidade à inundação (com classes divididas em alta, média e baixa), foi feito o registro de eventos históricos de inundação a partir de visitas de campo com a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Barreiros (COMPDEC) e entrevistas com os atores sociais que residem próximos aos rios que atravessam a cidade, tomando como base a mancha de inundação ocorrida em 2017 disponibilizada pela Agência Pernambucana de Água e Clima (APAC). Definida a área inundada, o modelo foi validado por meio de uma análise estatística da assertividade dos pontos ditos inundados e não inundados com o objetivo de verificar a eficiência da modelagem. As respostas das entrevistas também servirão para a etapa de estudo do perfil socioeconômico dos habitantes mais afetados pelos desastres, em que serão comparados com os dados do último censo realizado pelo IBGE. Em seguida, serão confeccionados mapas de uso e ocupação do solo, eixo de expansão urbana e conforto domiciliar que servirão como subsídios para proposta de reordenamento urbano, visando a realocação da população mais afetada identificada pelo descritor do terreno HAND. Como resultados preliminares, conseguiu-se identificar as áreas de alta, média e baixa suscetibilidade a inundações na área de estudo, com 72,6% de assertividade da mancha de inundação em relação aos pontos de controle. Em relação à mancha de inundação de 2017 da APAC, chegou-se a uma sobreposição de 89,65% pelo modelo HAND. Verificou-se também a distribuição das pessoas mais afetadas pela inundação de 2017, que representaram 66,17% dos pontos de controle que se encontram em áreas irregulares como nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) dos rios que atravessam a área urbana. Na próxima etapa da pesquisa será verificado se a população mais exposta às inundações na área em estudo apresenta condições sociais mais vulneráveis em relação aos padrões locais. A última etapa será atestar a viabilidade de um reordenamento urbano e propor a revitalização das APPs atualmente ocupadas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1070867 - HAMILCAR JOSE ALMEIDA FILGUEIRA
Interno - 3156974 - EDSON RAMOS DE ANDRADE
Interno - 1117951 - GUSTAVO FERREIRA DA COSTA LIMA