PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIA CAROLINE RODRIGUES BEZERRA REMIGIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CAROLINE RODRIGUES BEZERRA REMIGIO
DATA: 12/08/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO MONOTERPENO HIDROXICITRONELAL POR MEIO DE ABORDAGENS in vivo E in silico
PALAVRAS-CHAVES: Hidroxicitronelal. Dor. Antinocicepção. Monoterpeno. Estudos in silico. Estudos in vivo.
PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A dor é descrita como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou que se assemelha a um dano real ou potencial ao tecido, sendo um importante sistema de defesa do organismo. Porém, as condições de dor, apresentam grande impacto na qualidade de vida da população. A busca de novos analgésicos tem sido prioridade para os pesquisadores em farmacologia e para a indústria farmacêutica, procurando por fármacos mais seguros e eficazes. Nesse sentido, os produtos naturais apresentam diversos compostos bioativos potenciais para o tratamento da dor, dentre tais compostos encontra-se o hidroxicitronelal (HC), monoterpeno promissor para a regulação dos processos nociceptivos. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo investigar a o efeito antinociceptivo do HC por meio de metodologias in silico e in vivo. Inicialmente foram realizados os estudos in silico, utilizando a ferramenta de docking molecular, com o intuito de avaliar a energia de ligação e interação do HC com importantes alvos envolvidos na resposta nociceptiva. Após isso, foi feito os estudos in vivo, nos quais foram utilizados camundongos albinos Swiss (Mus musculus) machos, com cerca de 3 meses de idade, os quais foram submetidos ao Teste de Contorções Abdominais Induzidas por Ácido Acético, Teste da Placa Quente, Teste da Formalina, Teste de Nocicepção Induzida pela Injeção Intraplantar do Glutamato, e posteriormente, avaliado a participação da via opioide no teste da formalina. Para análise estatística dos estudos in vivo foi realizado o teste de Shapiro-Wilk, para verificar a normalidade dos dados, e em seguida os dados foram analisados através da Análise de Variância "one-way" (ANOVA), seguido do post hoc de Tukey, sendo considerados significativos quando p < 0,05. Os resultados dos estudos computacionais mostraram que o HC possui boa energia de ligação com 7 das 12 proteínas estudadas, sendo elas o receptor 5-HT2B, a enzima COX-2, o receptor muscarínico M5, o receptor adrenérgico alfa-2a, o receptor opioide μ e os canais iônicos TRPM3 e TRPV6. Em seguida, foram realizados os estudos in vivo, nos quais foram utilizadas as doses de 12,5, 25 e 50 mg/kg (i.p.) para avaliação da atividade antinociceptiva. No teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, o HC foi capaz de reduzir as contorções de maneira significativa nas três doses quando comparada ao controle, sem diferença entre as doses. Já na primeira fase do teste da formalina, ocorreu redução significativa do tempo de lambida da pata, com o HC em 12,5 mg/kg sendo o com maior redução, fato que se inverteu na segunda fase do teste, no qual as 3 doses obtiveram redução significativa quando comparada ao controle, sendo que o HC em 25 e 50 mg/kg apresentaram menor tempo de lambida quando comparada ao a menor dose (12,5 mg/kg). No teste da placa quente o HC não foi capaz de aumentar a latência para a resposta nociceptiva em nenhuma das doses testadas. Já no teste de nocicepção induzido pelo glutamato, o HC (12,5 mg/kg) foi capaz de diminuir o tempo de lambida nas duas fases do teste em comparação ao controle, e foi observado um efeito antinociceptivo potencializado pela associação do HC com o antagonista glutamatérgico MK-801. Já na investigação da participação da via opioide, o efeito antinociceptivo do HC não foi revertido pelo uso do antagonista opioide naloxona em nenhuma das duas fases do teste da formalina. Diante disso, esse trabalho demonstrou que o HC apresenta interações positivas com diversos alvos reguladores da nocicepção, apresentando efeito antinociceptivo em modelos animais, havendo uma possível atuação por via glutamatérgica.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1864672 - ADRIANA MARIA FERNANDES DE OLIVEIRA GOLZIO
Presidente - 1140014 - MIRIAN GRACIELA DA SILVA STIEBBE SALVADORI
Interno - 1524402 - RICARDO DIAS DE CASTRO