PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JÚLIO CÉSAR PINHEIRO LÚCIO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÚLIO CÉSAR PINHEIRO LÚCIO DE OLIVEIRA
DATA: 28/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: A microemulsão de galato de octila exerce ação vasorrelaxante dependente de óxido nítrico, antitrombótica e potencializa a ação anticoagulante da enoxaparina
PALAVRAS-CHAVES: Trombose. Plaquetas. Coagulação. Planejamento fatorial. TTPa. TP. Carótida
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O galato de octila é um composto fenólico derivado do ácido gálico que possui ação anti-inflamatória e antagonista do ATP, além de ter uma baixa toxicidade. Contudo, não é descrito na literatura qualquer estudo dessa molécula sobre o sistema cardiovascular ou hemostático. No entanto, sua baixa solubilidade em água tem sido um obstáculo para sua aplicação e investigação farmacológica. Neste sentido,esse estudo visa, assim, desenvolver uma microemulsão de galato de octila (MEGO) para aplicação como antiagregante plaquetária, anticoagulante, vasorrelaxante e antitrombótica. A MEGO, produzida com Cremophor EL, triglicerídeos de cadeia média e água deionizada, seguindo um planejamento fatorial do tipo Box-Behnken. A microemulsão otimizada apresentou gotículas com tamanho médio de 40 nm, potencial zeta de -15 mV e índice de polidispersão (PdI) de 0,198, mantendo-se estável por um período de 6 meses quando armazenada a 4°C. Testes de hemólise foram realizados para avaliar a segurança da MEGO para aplicação intravenosa, demonstrando que a microemulsão não provocou lise eritrocitária. Assim, foi investigada a ação antiagregante plaquetária e anticoagulante sobre as plaquetas e plasma de ratos. Com esses ensaios foi demonstrado pela primeira vez a ação antiagregante plaquetária da MEGO (Emáx = 37,59 ± 1,49% e CE50 = 0,68 µMol.L—1) frente a estimulação da agregação com ADP. Todavia, a microemulsão não demonstrou qualquer efeito sobre o tempo de protrombina (TP) ou tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) no plasma que foi com a MEGO incubado. Já na avaliação da ação vasorrelaxante da MEGO sobre aorta de ratos, fora observado que ela causava vasorrelaxamento nos anéis tanto na ausência (Emáx = 98,84 ± 1,4% e CE50 = 20,99 µMol.L—1) quanto na presença (Emáx = 100,1 ± 3,6 % e CE50 = 0,99 µMol.L—1) do endotélio, ficando evidente que a ação dependente do endotélio foi devido a estimulação da produção de óxido nítrico. Em vista dessas atividades, fora avaliada a ação antitrombótica da MEGO em animais que a receberam pela via intravenosa. O tratamento com a MEGO 10 mg.Kg-1 aumentou o tempo de obstrução da carótida por trombo estimulado por FeCl3 (tempo = 1.619 ± 40 s) e, supreendentemente, a associação da MEGO 5 mg.Kg-1 com a enoxiparina 5 mg.Kg-1 (anticoagulante) aumentou o tempo de obstrução (tempo = 3.627 ± 19 s) de forma superior aos tratamentos individualizados (nas doses de 5 mg.Kg-1), indicando o sinergismo desses efeitos. Além disso, nos animais tratados com a MEGO e na associação com a enoxiparina o peso do trombo estimado e a área do trombo em relação à carótida foram menores. Também, observou-se que o tratamento com a MEGO reduzia a agregação plaquetária e o TP e o TTPa não eram alterados. Já a associação da MEGO 5 mg.Kg-1 com a enoxiparina 5 mg.Kg-1 aumentou o TTPa tanto em relação ao controle quanto ao grupo tratado apenas com enoxiparina 5 mg.Kg-1. Esses resultados destacam o potencial terapêutico da MEGO como agente antitrombótico e sua possível utilidade em combinação com outros anticoagulantes para o tratamento de distúrbios trombóticos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1859738 - FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
Externo ao Programa - 3366301 - ISLANIA GISELIA ALBUQUERQUE GONCALVES
Presidente - 3508139 - ROBSON CAVALCANTE VERAS