PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS JURÍDICAS (PPGCJ)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de QUALIFICAÇÃO: JAINE ARAUJO PEREIRA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAINE ARAUJO PEREIRA
DATA: 28/06/2024
HORA: 09:00
LOCAL: SALA VIRTUAL: meet.google.com/eqf-yuvw-qcz
TÍTULO: DIREITO, MULHERES E VIOLÊNCIA: um estudo interseccional sobre as
vítimas de feminicídio na Paraíba
PALAVRAS-CHAVES: Feminicídio; Violência contra a mulher; Interseccionalidade;
Paraíba; Estatísticas.
PÁGINAS: 130
RESUMO: A Lei n.º 13.104 alterou o artigo 121 do Código Penal e trouxe uma nova
escala na dosimetria da pena para os crimes cometidos contra as mulheres
brasileiras. O artigo 121, VI, da legislação retromencionada, disciplina que
feminicídio é o delito praticado contra a mulher por violência doméstica e familiar ou
por menosprezo à condição de ser mulher. Assim, feminicídio pode ser
compreendido como o último estágio das violências em que mulheres são vítimas.
Nesse contexto, na pesquisa QUEM O DIREITO PROTEGE? Uma análise
interseccional sobre a tipificação de casos de feminicídios no estado da Paraíba,
dissertação desenvolvida por esta pesquisadora sob a orientação de Gustavo
Batista e coorientação de Marlene Oliveira, em sede de mestrado no Programa de
Pós-Graduação em Ciência Jurídicas (PPGCJ) da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), verificou-se as seguintes informações, por meio de uma amostra de seis
casos concretos, além das análises sobre a tipificação pertinente (problema de
pesquisa): todas as mulheres assassinadas eram pardas e a maioria dos homens
réus nos processos também são pardos; grande parte das mulheres que morreram
não tiveram as suas profissões identificadas; a maior parte dos réus trabalhavam
em profissões que não trazem retorno financeiro alto; tanto a sexualidade das
mulheres mortas quanto dos réus não foi informada nos autos processuais; a
escolaridade dos réus e das mulheres mortas é baixa; a média de idade das
mulheres mortas é menor do que a dos réus, aquela compreendida entre 20 a 25
anos, e essa, 26 a 40 anos; a arma mais utilizada nas mortes foi a arma branca; os
locais de todos os casos foram bairros carentes; todos os réus eram
ex-companheiros ou companheiros das mulheres mortes; e nenhuma das mulheres A Lei n.º 13.104 alterou o artigo 121 do Código Penal e trouxe uma nova
escala na dosimetria da pena para os crimes cometidos contra as mulheres
brasileiras. O artigo 121, VI, da legislação retromencionada, disciplina que
feminicídio é o delito praticado contra a mulher por violência doméstica e familiar ou
por menosprezo à condição de ser mulher. Assim, feminicídio pode ser
compreendido como o último estágio das violências em que mulheres são vítimas.
Nesse contexto, na pesquisa QUEM O DIREITO PROTEGE? Uma análise
interseccional sobre a tipificação de casos de feminicídios no estado da Paraíba,
dissertação desenvolvida por esta pesquisadora sob a orientação de Gustavo
Batista e coorientação de Marlene Oliveira, em sede de mestrado no Programa de
Pós-Graduação em Ciência Jurídicas (PPGCJ) da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), verificou-se as seguintes informações, por meio de uma amostra de seis
casos concretos, além das análises sobre a tipificação pertinente (problema de
pesquisa): todas as mulheres assassinadas eram pardas e a maioria dos homens
réus nos processos também são pardos; grande parte das mulheres que morreram
não tiveram as suas profissões identificadas; a maior parte dos réus trabalhavam
em profissões que não trazem retorno financeiro alto; tanto a sexualidade das
mulheres mortas quanto dos réus não foi informada nos autos processuais; a
escolaridade dos réus e das mulheres mortas é baixa; a média de idade das
mulheres mortas é menor do que a dos réus, aquela compreendida entre 20 a 25
anos, e essa, 26 a 40 anos; a arma mais utilizada nas mortes foi a arma branca; os
locais de todos os casos foram bairros carentes; todos os réus eram
ex-companheiros ou companheiros das mulheres mortes; e nenhuma das mPortanto, as pessoas que não possuem privilégios sociais, que estão à margem da
sociedade, sofrem mais violências em relação às demais, que estão em outra
situação. Por outro lado, as pessoas privilegiadas recusam qualquer medida que
tente modificar profundamente o tecido social. Então, os Direitos Humanos se
sustentam com as migalhas fornecidas pelas pessoas que estão em posição de
exercer poder. O objetivo geral da pesquisa é analisar quem e como morrem as
mulheres por feminicídio no estado da Paraíba a partir de um exame dos
microdados dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) da Unidade de Estatística Criminal e Análise de Dados (UECAD), ligada à Delegacia-Geral da
Polícia Civil da Paraíba. Os objetivos específicos, por sua vez, são: delimitar uma
classificação interseccional das opressões sofridas pelas mulheres brasileiras;
estudar a qualificadora supracitada e compreender como foi o procedimento de sua
instituição no Brasil; analisar os microdados de CVLI da UECAD e mapear quem e
como morrem as mulheres assassinadas por razões de gênero na Paraíba. Vale
pontuar que o presente estudo justifica-se pelo fato de que é crucial compreender
quem são as mulheres vítimas de feminicídio para ser possível traçar estratégias
eficazes de enfrentamento às violências de gênero. Além disso, a pesquisa ainda
guarda relevância social, visto que as análises podem funcionar como um indicativo
para a criação de políticas públicas em defesa da vida das mulheres. O estudo
também está alinhado ao Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências
Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba, área de concentração em Direitos
Humanos e Desenvolvimento, Linha 2 - Inclusão Social, Proteção e Defesa dos
Direitos Humanos, porque a pesquisa pretende abordar pontos cruciais como:
compreender como foi a implementação da qualificadora de feminicídio no Brasil; e
investigar se o país está comprometido em fomentar a igualdade entre as pessoas
sem quaisquer distinções, conforme disciplina a Constituição Federal. No tocante
aos aspectos metodológicos da pesquisa, o método de abordagem adotado é o
indutivo e o nível da pesquisa é exploratório.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1058740 - ANA PAULA BASSO
Externo à Instituição - CARMEN HEIN DE CAMPOS
Interno - 2562955 - FERNANDA HOLANDA DE VASCONCELOS BRANDAO
Externo ao Programa - 337177 - GLORIA DE LOURDES FREIRE RABAY
Presidente - 1453013 - GUSTAVO BARBOSA DE MESQUITA BATISTA
Externo ao Programa - 2485129 - MARLENE HELENA DE OLIVEIRA FRANCA