PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

Phone
Not informed

News


Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRÉ LUCAS JANUÁRIO SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ LUCAS JANUÁRIO SILVA
DATA: 25/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Banca remota
TÍTULO: APLICAÇÃO FOLIAR DE BIOESTIMULANTE EM PLANTAS DE Capsicum annuum L SUBMETIDAS AO ESTRESSE SALINO
PALAVRAS-CHAVES: Pimentão, estimulante vegetal, salinidade
PÁGINAS: 25
RESUMO: O pimentão é uma hortaliça de grande importância socioeconômica mundial. Trata-se de uma das principais hortaliças produzidas no mundo devido à facilidade de cultivo em pequenas áreas e seu ciclo curto. No Brasil, o pimentão se apresenta como uma das dez mais importantes hortaliças cultivadas, sendo seus frutos consumidos na forma imatura ou madura, ou, ainda, utilizados na indústria alimentícia. O efeito da salinidade sobre o crescimento e o desenvolvimento das plantas é um dos maiores problemas discutidos por pesquisadores, sobretudo em regiões áridas e semiáridas, pois essas regiões apresentam um regime irregular de chuvas e elevada taxa de evaporação, com águas via de regra apresentando salinidade elevada, dessa forma, acarretando em diminuição da produção agrícola e até a morte das plantas, quando cultivadas nestes ambientes salinos. Alternativas para minimizar os impactos do estresse salino em plantas envolvem a aplicação de bioestimulantes vegetais, que são substâncias naturais que melhoram a eficiência nutricional, as respostas aos estresses abióticos, a produtividade e qualidade dos cultivos. Em razão disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do bioestimulante em plantas de pimentão (Capsicum annuum L.), submetidas ao estresse por salinidade visando à mitigação dos efeitos desse estresse e também contribuir para com o aumento no rendimento da cultura. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no esquema fatorial 5 x 3, sendo os fatores os níveis de salinidade (0,5 dS m-1; 1,5 dS m-1; 2,5 dS m-1, 3,5 dS m-1 e 4,5 dS m-1 ) e a aplicação do bioestimulante nas doses de 0, 1,5 e 3,0 mL a cada 5L de água destilada, com 5 repetições. As sementes de pimentão foram colocadas para germinar em bandejas de poliestireno expandido com 200 células. Quando as mudas atingiram de quatro a cinco folhas definitivas as mesmas foram transferidas para vasos com capacidade de 11 L, preenchidos com 10 kg de solo e adubado conforme recomendações. A solução do bioestimulante foi aplicada com vaporizador de polipropileno, a cada 7 dias até a colheita. Os níveis de salinidade foram aplicados antes do transplantio, de forma a simular águas salinas em diferentes níveis provocadas por excesso de sais em ambiente protegido. Na simulação do estresse salino, foi utilizado o cloreto de sódio (NaCl), e as concentrações salinas foram verificadas com auxílio de um condutivímetro digital. Os parâmetros avaliados foram: trocas gasosas, fluorescência das clorofilas, pigmentos fotossintetizantes, conteúdo relativo de água, extravasamento de eletrólitos, análises de crescimento das plantas, componentes de produção acúmulo de matéria seca. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e, quando significativo, os tratamentos com o bioestimulante foram submetidos ao teste de Tukey e as concentrações de salinidade à regressão linear ou quadrática. Os resultados mostraram que o aumento dos níves salinos provocou alterações morfosisiológicas nas plantas, porém a aplicação foliar semanal do bioestimulante aliviou os efeitos prejudiciais do estresse salino sobre as trocas gasosas, melhorou o equilíbrio do estado hídrico foliar, bem como auxiliou a manutenção dos pigmentos fotossintéticos, reduzindo os danos causados ao aparato fotossintético de plantas de pimentão sob estresse salino. Além disso, o bioestimulante melhorou o crescimento, o desenvolvimento e consequentemente a produtividade das pimenteiras sob estas condições estressantes. Tanto a dose de 1,5 mL como a de 3,0 mL do bioestimulante a cada 5 litros de água destilada mostraram ser eficientes na atenuação dos efeitos da salinidade nestas plantas. Esses achados serão valiosos para uma melhor compreensão dos mecanismos fisiológicos e moleculares associados à tolerância ao sal em plantas e o potencial de uso de bioestimulantes em sistemas de produção sustentáveis em regiões áridas e semi-áridas.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3157372 - DIEGO SILVA BATISTA
Externo à Instituição - JULIANE MACIEL HENSCHEL
Presidente - 3214081 - MONICA DANIELLY DE MELLO OLIVEIRA
Externo à Instituição - OTÍLIA RICARDO DE FARIAS
Interno - 1916066 - THIAGO JARDELINO DIAS