PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: WILMA GUEDES DE LUCENA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WILMA GUEDES DE LUCENA
DATA: 10/11/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO: O CRÉDITO PREDIAL E A MOBILIZAÇÃO DO IMÓVEL: Modernização, mercado imobiliário e associação de capitais na/da Cidade da Parahyba nas décadas de 1910 à 1930
PALAVRAS-CHAVES: Crédito Predial; Modernização; Primeira República; Cidade da Parahyba; Mercado Imobiliário
PÁGINAS: 274
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Urbana
RESUMO: A tese ora apresentada defende que práticas financeirizadas, baseadas no mercado imobiliário e fundiário urbanos, eram realizadas no Brasil já no início do século XX, não sendo, portanto, uma novidade do nosso presente histórico. Além disso, compreende-se também que o mercado que propiciava essas práticas era formado não só nos grandes centros, mas também nas cidades permeadas por uma modernização-urbanização periférica, tal como ocorria na cidade aqui pesquisada, a saber a Cidade da Parahyba. O crédito predial e as sociedades mutuais que o organizavam, constituem o eixo de análise dessas práticas financeirizadas e de como estas implicavam na relação entre produção do espaço, acumulação de terras e mobilização da riqueza. O destaque às três últimas décadas da Primeira República (1910-1930) se dá pela intensidade com que o crédito predial foi propagandeado e difundido nesse período. A dinâmica de organização desse crédito e atuação das sociedades, por sua vez, foi analisada a partir de um levantamento documental em jornais, almanaques, relatórios e legislação da época, em que se discorria sobre a cidade pesquisada bem como sobre os capitais, balancetes e anúncios das sociedades de crédito predial. A análise dessa dinâmica a partir da Cidade da Parahyba revela, com base na organização desse crédito, a indissociabilidade entre a produção do espaço urbano dos grandes centros urbanos com a produção do espaço urbano das cidades periféricas, e isto decorre da interdependência dos processos de acumulação então realizados. Ademais, desvenda-se não só a produção da cidade como um negócio, mas a própria cidade como tal, dada sua mobilização na esfera da circulação através de títulos de dívida pública, títulos e letras hipotecárias e juros de empréstimos. Os anúncios do crédito predial na Cidade da Parahyba mostram como a incorporação dos espaços periféricos se fazia (como ainda o fazem) importante para a expansão do capital acumulado. Nesse sentido pergunta- se: e o que a periferia oferecia? A resposta é: poupanças; excedente de valor já produzido com a fixação de capital através de serviços e infraestruturas urbanas; e mesmo a possibilidade de antecipação de valor. E as vantagens se davam tanto pelo papel que o Estado assumia com a dívida pública como pelo amparo oferecido ao capital mercantil local. Por fim, discorre-se acerca das incompletudes do processo de modernização e realização do crédito predial na Cidade da Parahyba e da relação dessas incompletudes com a produção do espaço urbano que ocorria para além dessa cidade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337195 - DORALICE SATYRO MAIA
Interno - 117.512.828-72 - ARLETE MOYSES RODRIGUES - UNICAMP
Interno - 1971043 - RAFAEL FALEIROS DE PADUA
Externo à Instituição - NIRVANA LIGIA ALBINO RAFAEL DE SA
Externo à Instituição - PAULO ROBERTO TEIXEIRA DE GODOY