PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: SULIMAN SADY DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SULIMAN SADY DE SOUZA
DATA: 11/12/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Video Conferência - Google Meet
TÍTULO: O JOGO DE PODERES INSTITUCIONAIS NO LITÍGIO TERRITORIAL ENTRE OS MUNICÍPIOS PARAIBANOS DE SERRA BRANCA E SUMÉ: UMA LÓGICA ÀS AVESSAS
PALAVRAS-CHAVES: municipalismo – poder – território
PÁGINAS: 193
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Política
RESUMO: O presente trabalho traz como discussão principal o litígio ora verificado entre os municípios de Serra Branca e Sumé, ambos situados na região do Cariri Paraibano. Diferentemente daquilo que abordam muitos outros estudos acadêmicos que versam a respeito dessa temática e norteiam seus debates estritamente sobre o que deveria ser o real traçado das linhas que separam um território do outro, procuramos dar ênfase às relações institucionais, ou melhor, às disputas de poder e de interesses que orbitam em torno desse fenômeno e que podem refletir uma realidade que precisa ser melhor desvendada. A centralidade desse estudo está, dessa forma, empenhada em analisar o litígio concernente aos municípios paraibanos de Serra Branca e Sumé a partir da perspectiva do território como fonte propulsora do jogo de poderes institucionais e das contradições nele contidas. Para tanto, buscamos como percurso metodológico nos respaldar por uma ampla pesquisa bibliográfica e documental, por atividades de campo, ocasiões em que foram realizadas entrevistas, registros fotográficos e levantamento de pontos de coordenadas geográficas. Metodologicamente essa pesquisa ainda conforma-se em sua totalidade pela produção de mapas e pela elaboração de gráficos e tabelas que juntos subsidiam todo o debate aqui empreendido. Em um primeiro momento optamos por uma fundamentação teórica consistente, na qual o município e o território foram revisitados para que mais à frente ela pudesse subsidiar a discussão acerca de como se deu o processo de formação do Cariri Paraibano. Com base nisso, identificamos três fases distintas dessa “construção” do espaço caririzeiro. A primeira delas baseou-se no padrão “bandeira–curral–capela (ou fazenda) – arraial”, já a segunda, de acordo com a nossa percepção, estruturou-se no padrão trilho–distrito–coronelismo–algodão, enquanto que a terceira e atual encontra-se representada pelo polinômio rodovia–municipalismo–capital simbólico–caprinocultura, conforme propomos. A visão sobre esses diferentes padrões, aliada à discussão concernente ao poder, possibilitou identificar em qual contexto surgiram Serra Branca e Sumé e de que forma eclodiu o litígio que nos dias de hoje opõem essas duas municipalidades. Essa lide enseja, para além dela propriamente dita, uma concorrência de interesses que não estão circunscritos tão somente aos municípios em questão. Nesse trabalho outros sujeitos institucionais, especialmente os de caráter técnico, são evidenciados pela importância que exercem nas decisões que afetam as populações dos territórios em litígio. No caso de Serra Branca e Sumé observa-se uma tomada de direção dissonante com a vontade de uma população prejudicada por uma desterritorialização jurisdicional e por uma consequente reterritorialização jurisdicional compulsórias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2047706 - JOSIAS DE CASTRO GALVAO
Interno - 2141361 - ANIERES BARBOSA DA SILVA
Externo ao Programa - 1731055 - JOSINEIDE DA SILVA BEZERRA