PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: PATRICIA DA CONCEIÇÃO DORNELLAS DA SILVA XAVIER

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRICIA DA CONCEIÇÃO DORNELLAS DA SILVA XAVIER
DATA: 26/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO: ANÁLISE HIDROSSEDIMENTOLÓGICA DA BACIA DO ALTO RIO PARAÍBA: uma contribuição à morfodinâmica fluvial em ambientes semiáridos
PALAVRAS-CHAVES: rios de terras secas. erosão. sedimentos. formas.
PÁGINAS: 164
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Hidrogeografia
RESUMO: Processos erosivos acelerados, assoreamento dos leitos fluviais e fluxos hídricos desconectados por barramentos, são algumas manifestações no regime hidrossedimentológico e na morfodinâmica da bacia do alto Rio Paraíba. A bacia que já apresentava problemas ambientais, devido ao intenso desmatamento e aumento do número de barramentos, desde 2017 passou a contar com um rio “perenizado” dentro de uma rede de drenagem intermitente e efêmera. Por ser de grande importância para a gestão de recursos hídricos no Estado, a bacia foi contemplada com a transposição do Rio São Francisco. Apesar da “perenização” do Rio Paraíba não ser diretamente objeto desta pesquisa, o conhecimento do regime de vazão e de sedimentos, anterior a “perenização”, permitirá entender as consequências da transposição no futuro. Diante desse quadro, o presente trabalho objetiva analisar a dinâmica hidrossedimentológica e suas repercussões morfodinâmicas na bacia. Foram trabalhadas diversas escalas espaço-temporais de análise. Na escala de bacia, foram realizadas análises integradas para avaliar a vulnerabilidade a erosão (Crepani et al., 2001) e as perdas de solos (USLE). Foram aplicados parâmetros morfométricos para conhecer as variações morfológicas internas na bacia. A partir de dados históricos de chuva e vazão, foram analisados o regime e as correlações espaço-temporais na bacia. A dinâmica sedimentológica foi avaliada através da granulometria de sedimentos de fundo e aplicação das estatísticas propostas por Folk e Ward (1957), e do levantamento de terraços fluviais como depósitos representativos da sedimentação quaternária recente. Os resultados de vulnerabilidade à erosão indicam pouca variabilidade espacial e grau moderada. A estimativa de perdas de solo foi baixa para a maior parte da bacia, contudo, ocorreram setores com altas taxas, principalmente na sub-bacia do Rio Umbuzeiro. A bacia do alto Rio Paraíba é de 7ª ordem hierárquica (Strahler, 1952). As sub-bacias dos Rios Sucuru e Umbuzeiro são de 6ª ordem e a do Rio Monteiro é de 5ª ordem. A densidade de drenagem e a densidade de rios são baixas e a forma das bacias são alongadas. O relevo é de grande amplitude altimétrica, e a sub-bacia do Rio Umbuzeiro é a que possui maior variação, com um desnível de 707 metros. É evidente a influência litoestrutural nos perfis longitudinais dos rios, pois as anomalias observadas coincidem com mudanças litológicas ou com a ocorrência de zonas de cisalhamento. O regime fluvial do Rio Paraíba é de fluxo de curta duração no ano, 2 a 4 meses, com picos de cheias que ocorrem a cada 2,3 anos. O trimestre de maior vazão é fevereiro, março e abril. Em 8 anos, a área da seção Caraúbas variou 24%, sendo mais por processos agradacionais do que degradacionais. Os sedimentos de fundo são arenosos e em 65% das amostras a granulometria média é areia grossa e pobremente selecionadas. Não foi observado o padrão de granodrecrescência, explicado pela influência dos barramentos na transmissão de sedimentos. Os solos dos terraços fluviais são Neossolo Flúvicos, com alta fertilidade natural e elevados teores de sódio. Essas características indicam se tratar de solos ajustados as condições de ambientes semiáridos. A análise integrada dos resultados (erosão, chuva, vazão, sedimentos etc.) permitiu contribuir para a compreensão da dinâmica hidrossedimentológica e morfodinâmica da bacia. Os processos hidrossedimentológicos na bacia estão controlados pelo regime pluviométrico, pelas vazões regularizadas e desconexão na transmissão dos sedimentos pelos barramentos. A morfodinâmica na bacia é intensa, porém governada pelos grandes e esporádicos eventos extremos de chuvas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2529303 - RICHARDE MARQUES DA SILVA
Interno - 4201553 - BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA
Interno - 338351 - EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
Externo à Instituição - SIMONE CARDOSO RIBEIRO
Externo à Instituição - VINICIUS DA SILVA SEABRA