PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: JOSÉ ANTÔNIO VILAR PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ ANTÔNIO VILAR PEREIRA
DATA: 30/08/2021
HORA: 14:30
LOCAL: DGEOC/UFPB
TÍTULO: A DEGRADAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL E A EROSÃO DOS SOLOS COMO INDICADORES DE ÁREAS DESERTIFICADAS: UMA ANÁLISE DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO MUCUTÚ/PB
PALAVRAS-CHAVES: Microbacia do riacho Mucutú, potencial natural à erosão, erosão laminar, degradação, desertificação.
PÁGINAS: 124
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Fotogeografia (Físico-Ecológica)
RESUMO: A retirada da cobertura vegetal é uma das principais causas dos processos erosivos que provocam a eliminação da camada superficial dos solos, responsável por abrigar o húmus e os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas. Diante disto, a erosão pode causar a redução ou eliminação da fertilidade dos solos. Na região semiárida esse processo é um dos principais agentes responsáveis pelo surgimento de áreas desertificadas. Neste cenário, esta pesquisa tem como objetivo geral, realizar uma análise prognóstica das áreas com risco ao processo de desertificação na microbacia do riacho Mucutú/PB a partir da correlação da degradação da cobertura vegetal e do seu potencial natural à erosão. A microbacia compreende uma área de 724,628 km² e está localizada entre as microrregiões geográficas do Seridó e Cariri paraibano, abrangendo parcialmente a área de sete municípios. Para o monitoramento espaço-temporal do uso e da cobertura do solo, realizou-se o processamento digital de duas imagens do satélite Landsat 5 dos anos de 1990 e 2005 e uma imagem do Landsat 8 de 2019. A quantificação do Potencial Natural a Erosão (PNE) foi obtido através da análise das variáveis físicas da Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS): erodibilidade dos solos (fator K), erosividade das chuvas (fator R) e o fator topográfico (fator LS) a partir da álgebra de mapas. Para a identificação e espacialização dos riscos a desertificação, empregou-se a técnica de análise multicritérios, fazendo o cruzamento dos mapas de degradação da cobertura vegetal e das variáveis do PNE. Os resultados indicaram que as práticas econômicas desenvolvidas no espaço-tempo analisado, resultaram na simplificação e redução da densidade da cobertura vegetal da microbacia, destacando-se a pecuária extensiva, a agricultura de subsistência e a mineração como as mais degradantes. Identificou-se uma grande variação no potencial natural à erosão com valores entre 4,34 a 3.863 t.ha.ano e média de 62,32 t.ha.ano. Os menores valores encontram-se distribuídos nas áreas planas, enquanto os maiores índices foram verificados nas áreas de relevo forte ondulado onde predominam os Argissolos Vermelhos e Neossolos Regolíticos com alta erodibilidade. Verificou-se que mais de 81% do território da microbacia tem Risco Alto e Muito Alto à desertificação, enquanto apenas 3,4% e 14,34% apresenta Risco Baixo e Moderado, respectivamente. As áreas de maior risco estão localizadas onde ocorreu maior degradação da cobertura vegetal, com solos de alta erodibilidade e nas regiões onde desenvolve-se com maior intensidade a agropecuária e atividades de mineração. Já as áreas mapeadas como de menor risco, estão localizadas nas regiões de mais difícil acesso, como o topo das serras que ainda apresentam vegetação relativamente conservada.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4201553 - BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA
Interno - 1493597 - JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
Externo à Instituição - Soahd Arruda Rached Farias