PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de QUALIFICAÇÃO: JEAN OLIVEIRA CAMPOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JEAN OLIVEIRA CAMPOS
DATA: 26/08/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO: SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E FRAGMENTAÇÃO DA PAISAGEM NO PARQUE ESTADUAL MATA DO PAU-FERRO, AREIA, PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: Mata Atlântica. Unidade de Conservação. Serviços Ecossistêmicos. Mapeamento.
PÁGINAS: 127
RESUMO: A Mata Atlântica brasileira sofre intensa degradação desde a colonização, o que levou seus ecossistemas a experimentarem acentuada fragmentação. Os remanescentes florestais prestam serviços ecossistêmicos fundamentais para as populações, mesmo assim, correm o risco de desaparece nos próximos anos em função do avanço das atividades humanas em seu território. No estado da Paraíba, o PE Mata do Pau-Ferro no município de Areia abriga um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do estado em ambiente de Brejo de Altitude. Apesar da importância, a área protegida e sua Zona de Amortecimento são permeados por conflitos que afetam a sua conservação, parte deles relacionados ao avanço da agropecuária sobre os limites da área e ao uso direto de seus recursos naturais. Em função disso, se faz necessária a conscientização da população acerca benefícios diretos e indiretos fornecidos por esses ecossistemas. Diante do exposto, a pesquisa tem por objetivo geral identificar e mapear os principais Serviços Ecossistêmicos prestados pelo Parque Estadual Mata do Pau-Ferro, Areia, Paraíba. Os resultados a seguir visam atingir o objetivo específico primeiro, que busca analisar a fragmentação da vegetação na Zona de Amortecimento da UC. Para tanto utilizou-se as seguintes métricas de paisagem: Número de Manchas, Área da Classe, Índice de Forma, Área Core e Distância do Vizinho mais Próximo. As métricas foram aplicadas com uso da extensão V-LATE no software ArcGis. Foram registrados 516 fragmentos, somando uma área de 2.102,20 ha, sendo 98,64% menor que 50 ha. No Índice Forma, 88,95% apresentou formato arredondado, enquanto na Área Core, para uma borda de 30 metros, foram contabilizadas 79 áreas-nuclear e área total de 966,02 hectares. Por fim, a Distância do Vizinho mais Próximo apresentou média de 39,43 metros, mostrando alta conectividade. As APPs expõem área total de 929,48 hectares, representando 17,20% da Zona de Amortecimento. No entanto, apenas 34,34% encontra-se ocupada por vegetação, ao passo que 64,25% está inserido nas demais classes. Em uma simulação da restauração das APPs, tendo esse percentual convertidos em florestas seria observado um incremento de 597,2 hectares, área semelhante ao tamanho do PE Mata do Pau-Ferro. As RLPs, por sua vez, somam 239 áreas disjuntas e 28,77% da área total não é ocupada por vegetação. Em um cenário onde as RLPs e APPs sejam restauradas seria observada uma elevada conectividade estrutural entre ambas as classes de proteção. De forma geral, os fragmentos florestais remanescentes possuem potencial para a prestação de inúmeros serviços ecossistêmicos. Porém, caso a expansão das pastagens não seja controlada, os fragmentos podem ser progressivamente reduzidos até o desaparecimento, ou mesmo convertidos em capoeiras.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338351 - EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
Interno - 1289755 - SAULO ROBERTO DE OLIVEIRA VITAL
Externo à Instituição - LUIZ ANTÔNIO CESTARO