PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: TATIANA DOS SANTOS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TATIANA DOS SANTOS SILVA
DATA: 21/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: DEFESA POR MEIO VIRTUAL GOOGLE MEET
TÍTULO: VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL FRENTE AOS RISCOS DE DESASTRES CLIMÁTICOS NA REGIÃO PLUVIOMÉTRICA DO CARIRI/CURIMATAÚ PARAIBANO
PALAVRAS-CHAVES: Vulnerabilidade social. Suscetibilidade ambiental Desastres ambientais. Seca. Semiárido.
PÁGINAS: 139
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Climatologia Geográfica
RESUMO: Os estudos acerca da vulnerabilidade são desenvolvidos, de forma majoritária, em áreas urbanas, pois, são nestas que se concentram um maior contingente populacional que ocupam áreas de riscos sujeitos a desastres do tipo inundação e movimentos de massa. Contudo, áreas que apresentam clima do tipo semiárido e estão suscetíveis a uma elevada sucessão de anos de estiagem/seca, o que favorece uma maior ocorrência na deflagração de desastres climáticos, também apresentam vulnerabilidades mediante este cenário. À vista disso, a presente pesquisa tem como objetivo analisar os diferentes graus de vulnerabilidade socioambiental frente aos riscos de desastres climáticos na região pluviométrica do Cariri/Curimataú paraibano. No que cerne aos procedimentos metodológicos, a presente pesquisa possui duas etapas alinhadas a proposta metodológica definida por Cunico et al. (2021) e, por meio desta, foi possível identificar a situação de infraestrutura, renda e social, que sobrepostas, resultaram na vulnerabilidade social por setor censitário; a suscetibilidade e, a vulnerabilidade socioambiental, esta decorrendo da sobreposição da vulnerabilidade social e da suscetibilidade. Para cada síntese , assim como, para vulnerabilidade social, suscetibilidade e vulnerabilidade socioambiental foi estabelecido cinco classes que variam entre muito baixa, baixa, média, alta e muito alta condição de vulnerabilidade. Além disso, realizou-se o levantamento das portarias de reconhecimento de desastres climáticos e dos formulários de desastres, estes que fornecem as informações acerca dos danos e prejuízos deflagrados pelos mesmos para o período de 2003 a 2016, cujo fornecimento dos dados se dá pelo site do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres – S2ID, mantido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Constatou-se que a situação de infraestrutura apresenta uma boa condição, ou seja, está inserida nas classes muito baixa e baixa; a situação de renda apresentou uma variação entre as classes muito baixa a alta, com uma concentração de setores na classe média e; na situação social, os setores estão inseridos nas classes muito baixa a média, sendo a classe baixa com o maior número de setores. Quanto a vulnerabilidade social, percebe-se uma maior concentração de setores na classe média, contudo, na classe muito alta estão inseridos 21 setores. No que diz respeito a suscetibilidade, todas as classes apresentam setores inseridos nesta, tendo a classe baixa possuindo o maior número de setores, totalizando 176. No tocante a vulnerabilidade socioambiental, as classes que indicam elevado grau de vulnerabilidade, estabelecidas pelas classes alta e muito alta, somam 52 setores censitários, sendo 39 setores rurais. No que diz respeito aos desastres de estiagem/seca, verificou-se que durante os 14 anos de análise, foi contabilizado 642 ocorrências, afetando um total de 728.091 pessoas. Contabilizou-se um prejuízo econômico em torno de R$ 362.317.767,50 para a área de estudo, englobando os setores da agricultura, pecuária e serviços e, em relação aos prejuízos sociais, há registro de danos no abastecimento de água, na educação e na saúde. Posto isto, a pesquisa torna-se importante pela possibilidade de subsidiar estudos da temática em áreas semiáridas, assim como, para gestores, visando mitigar os danos ao qual a população residente encontra-se exposta, em virtude dos desastres climáticos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1813669 - MARCELO DE OLIVEIRA MOURA
Interno - 1620650 - CAMILA CUNICO
Externo à Instituição - REBECCA LUNA LUCENA
Externo à Instituição - SAMMYA VANESSA VIEIRA CHAVES