PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: NATÁLIA FARIAS DE BARROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATÁLIA FARIAS DE BARROS
DATA: 29/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Defesa em meio virtual
TÍTULO: OS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA E O PENSAMENTO RACIALISTA BRASILEIRO NA FORMULAÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL DURANTE A PRIMEIRA REPÚBLICA
PALAVRAS-CHAVES: Geografia Escolar; Estado-nação brasileiro. Raça; Livros didáticos.
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Política
RESUMO: A identidade nacional brasileira é uma temática que tenciona pesquisadoras e pesquisadores a investigar sua formulação através do percurso histórico de consolidação do que foi delimitado territorialmente enquanto Brasil. A história do território brasileiro contribui significativamente para esse pensar, que transita entre aspectos geográficos, culturais, científicos e raciais, tendo em vista que, partindo de uma relação exploratória entre colônia e metrópole, as relações que foram formuladas e reformuladas, deste lado do Atlântico, grafa um modelo de organização que expressa tais estruturas em um modelo hierárquico e opressivo. A partir desse contato entre continente europeu e americano marcado pela experiência colonizatória, o qual teve como base fundamental a exploração das terras e o sistema escravocrata, acabou por delinear no Brasil, enquanto Estado-nação, aspectos centrais nas relações sociais, como também, nas instituições. Sendo assim, essa relação colonial traçou geo-historicamente, na realidade brasileira, entraves que, respondendo a um projeto nacional, visava homogeneizar modelos e padrões sociais por meio de respostas e teses científicas, projeto que se intensificou ao longo da Primeira República. A raça, nesse cenário histórico dos “novos tempos” da modernidade, é apresentada enquanto possibilidade de pensar uma nação “saudável e desenvolvida”, uma vez que, através de explicações biológicas, antropológicas e geográficas os traços tidos enquanto “degenerantes” e “atrasados” poderiam ser evitados ou apagados da sociedade, material e simbolicamente. A Geografia, enquanto disciplina escolar, apresentou através dos livros didáticos do período da Primeira República, contribuições relevantes na construção desses discursos que hierarquizavam as raças, partindo de uma glorificação simbólica e fenotípica das populações brancas em contraposição a depreciação dos aspectos estéticos, culturais, religiosos e fenotípicos das populações negras. A identidade nacional brasileira, portanto, vai sendo formulada entre 1889 até 1930, a partir de uma trama complexa que envolve o percurso histórico do Brasil enquanto Estado-nação, da Geografia enquanto disciplina escolar e das teorias racialistas que eram pautadas no viés hierárquico da sociedade ocidental colonial.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1522682 - MARIA ADAILZA MARTINS DE ALBUQUERQUE
Interno - 031.880.724-65 - LUIZ EUGÊNIO PEREIRA CARVALHO - UFCG
Externo à Instituição - Diogo Marçal Cirqueira