PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: MARESSA OLIVEIRA LOPES ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARESSA OLIVEIRA LOPES ARAÚJO
DATA: 31/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet (https://meet.google.com/kav-tbjb-ccj)
TÍTULO: Análise horária dos elementos climáticos na Paraíba: do descritivo ao geográfico
PALAVRAS-CHAVES: Variabilidade climática; Ciclo diurno; Climatologia tradicional; Climatologia Geográfica; Geografia do Clima.
PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Climatologia Geográfica
RESUMO: A análise detalhada do tempo atmosférico, a partir da compreensão de seu ciclo diurno, está diretamente relacionada com a organização das atividades diárias exercida pela população. Por isto, estudos que abordem a variabilidade dos elementos climáticos horários estão cada vez mais presentes (mesmo que poucos ainda) e necessários nas análises de Climatologia e áreas afins. Considera-se importante a proposição desses estudos serem realizados de forma que contemple as mais diversas concepções acerca do clima, ou seja, a tradicional (para um resultado mais direcionado ao dia a dia das sociedades); a dinâmica (a fim de ter-se conhecimento acerca da gênese dos fenômenos); e a geográfica (colocando em exercício a dinamicidade rítmica a partir da realidade histórica e excludente da formação dos espaços geográficos). Diante do exposto, este trabalho tem por objetivo central a análise da dinâmica atmosférica dos elementos climáticos horários e seus comportamentos ao decorrer de eventos extremos (com chuvas acima da média esperada para a localidade) e de episódios extremos (com consequências ao espaço de ocorrência) de chuva, no estado da Paraíba, entre os anos de 2009 a 2019. De tal modo, a partir de dados horários dos elementos climáticos (precipitação, temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento e direção do vento) oriundos das Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) inseridas no estado, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), mais precisamente em João Pessoa, Camaratuba, Areia, Campina Grande, Cabaceiras, Monteiro, Patos e São Gonçalo, buscou-se, primeiramente, traduzir o comportamento cíclico do tempo. Nesta etapa, encontrou-se diferenças significativas entre as localidades, como, para as primeiras cinco EMA’s, mais próximas à influência da maritimidade: chuvas nas primeiras horas do dia (06:00 e 07:00 horas); temperaturas médias entre 22,0ºC e 26,0ºC, aproximadamente; umidades médias próximas ou maiores a 70%; e ventos característicos, sobretudo, como brisas leves ou fracas e direcionados de sudeste, leste-sudeste e sul-sudeste. Para as demais localidades, onde o fator continentalidade tem maior destaque, tem-se: chuvas nas últimas e nas primeiras horas da madrugada (19:00, 21:00, 22:00 e 01:00 hora), temperaturas médias entre 24,9ºC e 28,0ºC, umidade média entre 51% e 61%, e ventos variando entre as brisas leves ou fracas com direcionamento de leste e leste-sudeste. Posteriormente, na segunda etapa, foram selecionados oito eventos de chuvas horárias a partir dos volumes máximos registrados em cada EMA analisada (um para cada), a fim de compreender suas gêneses e suas variabilidades do tempo juntamente com os demais elementos horários. Nesta, com auxílio de notícias jornalísticas do Jornal A União online, constatou-se que nem sempre chuvas de elevados volumes repercutirão no espaço de forma a gerar desastres, definindo-as como eventos extremos. Já aquelas que repercutem na vida da sociedade, neste caso com dados de ocorrência apenas em João Pessoa e Patos, foram consideradas como episódios extremos, uma vez que o meio ambiente atingido e pessoas foram postas em xeque. Por fim, na última etapa, em uma realidade de maior escala, a fim de se obter maiores detalhamentos, foi trazido um ensaio reflexivo para João Pessoa, a partir de um episódio extremo que atingiu a vida dos residentes de uma área de “muito alto” grau de vulnerabilidade socioambiental, que é a Comunidade Tito Silva, localizada no bairro do Miramar, trazendo à tona como as questões socioambientais, sobretudo em se tratando de áreas de riscos, necessitam de gestões e planejamentos de desenvolvimento e adaptação frente aos riscos eminentes e prognosticados em relação ao clima. Compreende-se, a partir dos resultados, a importância do conhecimento acerca da variabilidade do tempo e do clima não só por pesquisadores e governantes, mas como toda a sociedade, a fim de que se sejam realizadas ações de adaptações em RRD – Redução de Riscos de Desastres.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1785923 - DAISY BESERRA LUCENA
Interno - 1813669 - MARCELO DE OLIVEIRA MOURA
Externo à Instituição - NÚBIA BERAY ARMOND