PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: ALCIMÁRIA FERNANDES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALCIMÁRIA FERNANDES DA SILVA
DATA: 26/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma do Google Meet: meet.google.com/xgy-akwu-ixy
TÍTULO: PERMANÊNCIAS E RECRIAÇÃO DA AGRICULTURA CAMPONESA NO POLO ASSU/MOSSORÓ (RN)
PALAVRAS-CHAVES: Modernização do campo; Agricultura camponesa; Fruticultura irrigada; Recriação do campesinato; Polo Assu-Mossoró (RN).
PÁGINAS: 298
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO: Movido pelo que se convencionou chamar de Revolução Verde, o Brasil, principalmente a partir da década de 1970 e 1980, sob a ação do Estado, passa a sofrer a influência do processo de modernização do campo. Na região Nordeste, o impacto desse processo também se deu com a ação do Estado, por meio de políticas públicas que viabilizaram tanto a realização de projetos de caráter público, como projetos agropecuários da iniciativa privada. Nessa perspectiva, no espaço agrário do Rio Grande do Norte, o que se constituiu no Polo Assu-Mossoró, recorte espacial desse estudo, passa a refletir essas características, sendo sinônimo das contradições provenientes do desenvolvimento do capitalismo no campo, expressando, por um lado, processos de modernização, principalmente com o agronegócio da fruticultura irrigada e, por outro, apresentando-se como um espaço de subjugo, desigualdades sociais, violência, concentração de terras e expropriação de agricultores camponeses, fazendo com que estes se proletarizem ou busquem alternativas para se recriarem. A partir disso, buscamos analisar as permanências e recriação da agricultura camponesa frente à expansão do capital no Polo de Desenvolvimento Integrado Assu-Mossoró (RN). Partimos do pressuposto de que a agricultura camponesa no Polo coabita com dinâmicas de permanências e recriação frente ao capital, entendendo que este não tem gerado o desaparecimento dos agricultores camponeses como anunciaram Kautsky (1980) e Lênin (1982), mas processos de resistências e recriação. Com o suporte da dialética e buscando entender as dinâmicas dos processos que ali ocorrem, sem negligenciar os aspectos históricos que permeiam a construção desse território e o movimento da realidade, traçamos o caminho metodológico pautando-se no uso de pesquisa bibliográfica, documental e empírica, na busca pela apreensão da realidade concreta e da essência do objeto de estudo. Do ponto de vista teórico-conceitual, a tese de doutoramento ora apresentada esteve pautada nos conceitos de espaço, território, Territorialização do Capital, Monopolização do Território pelo Capital, camponês, permanência, recriação camponesa e renda da terra. Os resultados alcançados indicam que no referido Polo o processo de modernização do campo não tem impactado positivamente nos aspectos sociais, já que boa parte da população depende de programas sociais como o Bolsa Família e, embora os agricultores camponeses sejam maioria nesse espaço, predominam em suas mãos os estabelecimentos de pequenas dimensões, enquanto as maiores áreas têm sido apropriadas por agricultores não familiares, além da violência no campo. Por outro lado, registramos empiricamente, vários exemplos que retratam a recriação camponesa, como a luta pela terra, a adesão à agroecologia, as feiras agroecológicas, as sementes crioulas e as organizações camponesas através da formação de grupos de mulheres, o associativismo e o cooperativismo. Essas formas de organização, aliadas a práticas de parceria e arrendamento por parte dos agricultores sem-terra, sinalizam também para formas de resistência ao subjugo ao agronegócio da fruticultura irrigada que circundam os territórios camponeses.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2141361 - ANIERES BARBOSA DA SILVA
Interno - 330303 - IVAN TARGINO MOREIRA
Interno - 2047706 - JOSIAS DE CASTRO GALVAO
Externo à Instituição - CÍCERO NILTON MOREIRA DA SILVA
Externo à Instituição - SHEILA KELLY PAULINO NOGUEIRA