PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: MARIA CECILIA SILVA SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CECILIA SILVA SOUZA
DATA: 09/08/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório da Geociências
TÍTULO: UMA ABORDAGEM GEOECOLÓGICA DAS MUDANÇAS NA LINHA COSTEIRA E DO TURISMO NÁUTICO EM UM RECIFE COSTEIRO URBANO NO NORDESTE DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Ambientes recifais, Linha de costa, Turismo.
PÁGINAS: 142
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Hidrogeografia
RESUMO: Os recifes costeiros na região do Nordeste do Brasil encontram-se localizados paralelamente à linha de costa, em profundidades de 5 a 10 m, e a maioria se desenvolve sobre as rochas da praia, como é o caso do recife do Seixas, objeto desse estudo. Esta pesquisa apresenta uma análise sobre o crescimento do turismo náutico, a diversidade geoecológica no recife do Seixas e as mudanças na linha costeira no município de João Pessoa. sendo caracterizada como multidisciplinar pois trata da integração de diversas áreas das ciências (geografia, geologia, geomorfologia, biologia, gestão, turismo), resultando na compilação de dados e de uma análise crítica ao longo de um período. Resultado da integração de dados e esforços de um conjunto de pesquisadores que, direta ou indiretamente comprometidos, subsidiaram com apoio científico e técnico. Os objetivos específicos foram: Avaliar a dinâmica de mudança da linha costeira na face da praia do Seixas entre os anos de 2010 e 2020: na qual foi evidenciado que a dinâmica da linha costeira ao longo de um período de 10 anos, identificou uma predominância de erosão crítica para os dois satélites Landsat e Sentinel- 2, sendo possível observar uma intensa atividade dinâmica na região. Quanto a análise da diversidade biótica e abiótica os resultados obtidos mostraram que no ambiente do Seixas possui um total de 20 categorias, sendo que nove são de famílias de algas vermelhas (Rhodophytas), duas de algas pardas (Feofíceas), cinco de algas verdes (Clorofíceas), duas Famílias de corais, uma de hidrocoral e um grupo com os Zoanthidae estimados no ambiente. O estudo batimétrico revelou que esta formação recifal possui uma altura máxima de 1 m, acima do nível do mar, uma área de 1,88 km², e que essa região está a aproximadamente 30 km da quebra da plataforma continental. A profundidade média encontrada na área de estudo foi de 1,5 m, intercalada por relevos positivos (depósitos sedimentares) e negativos (canais). Nas amostras sedimentológicas dos 3 perfis usados (testemunhos) (T1, T2 e T3) dados proporcionaram uma visão mais especifica sobre a formação estrutural do ambiente recifal do Seixas, uma vez que ao longo dos 2,5 m do testemunho 3 não foi possível identificar nenhuma base arenítica, o que nos leva a considerar que o ambiente recifal do Seixas é um recife com uma formação recente, morfologicamente como um típico recife raso costeiro de base arenítica. No último objetivo foi possível analisar a evolução recente do turismo (distribuição de embarcações sobre os ambientes recifais e crescimento do setor de serviços (hospedagem) a zona costeira) entre os anos de 2010 até 2020; nos últimos 10 anos que nos revelou um aumento significativo de uso no ambiente recifal do Seixas. Ao analisar esses dados espacialmente, observamos que o turismo apresentou um padrão de expansão do vindo do Norte para o Sul. As embarcações que partem da rota Tambaú Seixas são a maioria no recife representando atualmente cerca de 50% das embarcações. É possível observar que o Platô Recifal concentra o maior número de embarcações de turismo. O turismo acomoda em maior parte a zona Norte do ambiente recifal, em face dos setores SA1, SP1 e parte do SB1, mas já demonstra um aumento em direção à porção Sul da costa abrigada do recife apresentando concentração na interface entre SA3 e o SP3. Ainda é possível destacar que os setores SA3 e SB2 são utilizados por embarcações de menor porte (catamarãs com capacidade de até 20 pessoas e embarcações de pesca), sendo oriundos da comunidade local. É recomendado a realização de mais estudos específicos, mas fica comprovado que a dinâmica da linha de costa na área tem uma influência do ambiente recifal e este está condicionado a fatores de conservação a quais o turismo sem regulação não parece respeitar, desse modo, essa atividade cada dia mais descontrolada chegara ao ponto de o ambiente não ter sua capacidade de resiliência suficiente para continuar a exercer proteção a costa.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1354018 - PEDRO COSTA GUEDES VIANNA
Interno - 1358547 - CELSO AUGUSTO GUIMARAES SANTOS
Interno - 2529303 - RICHARDE MARQUES DA SILVA
Externo ao Programa - 257.460.418-07 - KARINA MASSEI - UFPB
Externo ao Programa - 1067435 - VICTOR HUGO RABELO COELHO
Externo à Instituição - VALERIA RAQUEL PORTO DE LIMA