PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de QUALIFICAÇÃO: PAULO BENÍCIO VICENTE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO BENÍCIO VICENTE
DATA: 25/08/2023
HORA: 00:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Geociências
TÍTULO: TERRITÓRIO CANAVIEIRO DO VALE DO MAMANGUAPE: Exploração, acumulação e lutas camponesas
PALAVRAS-CHAVES: Território. Cana de açúcar. Resistência camponesa
PÁGINAS: 73
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a formação do território canavieiro do Vale do Mamanguape, identificando a dinâmica da exploração acumulação e a resistência camponesa. Os objetivos específicos consistem em: conhecer o processo de expansão e acumulação capitalista no campo no Vale do Mamanguape-PB; analisar as principais contradições do capitalismo no campo e seus efeitos na produção do território canavieiro do Vale do Mamanguape; analisar o processo de resistência camponesa ao avanço das relações capitalistas nesse território, evidenciando os avanços e limitações. Trata-se de um estudo de caso de abordagem qualitativa. Os sujeitos da investigação são trabalhadores rurais das usinas e destilarias da região que residem nos bairros periféricos da cidade de Mamanguape; agricultores remanescentes das Ligas Camponesas e, ainda, trabalhadores assentados da Reforma Agrária e lideranças de movimentos sociais e sindicais do campo. Os procedimentos metodológicos incluem a pesquisa bibliográfica, a coleta de informações estatísticas em sites do IBGE, do INCRA, além da pesquisa de campo. Os principais conceitos que compõem o arcabouço teórico desta pesquisa são: a) a noção de território enquanto local de disputa de interesses e de poder, com base na abordagem de Souza (2000), Moreira, e Targino (2007); b) produção capitalista e seu processo de exploração e acumulação com base na teoria geral da acumulação de Marx (1968) e de seus principais seguidores no tocante à permanência/extinção do campesinato (Lenin, Kautsky e Luxemburgo); c) resistência camponesa que tem como suporte teórico as contribuições de Chayanov (1976), Wolf (1970) e Scott (1985). O recorte espacial e temporal foi definido levando em consideração que a área em estudo se constituiu como território canavieiro desde a colonização, se mantendo até o momento com a mesma base produtiva do latifúndio e da monocultura da cana e sem promover o desenvolvimento social e econômico dos trabalhadores, e que tem como centralidade a exploração do trabalho como forma de acumulação de capital. O campesinato está presente nesse território desde o período colonial até os dias de hoje e tem mostrado resistência de luta pela sua preservação. Diante desse contexto houve momentos de resistência camponesa ao avanço das relações capitalistas de produção no campo. Espera-se como resultado uma caracterização desse espaço como um território do capital e de resistência camponesa.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 330303 - IVAN TARGINO MOREIRA
Interno - 1627937 - MARIA FRANCO GARCIA
Externo à Instituição - ROCELIA MARIA MARINHO DA SILVA