PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: JUNIO SANTOS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JUNIO SANTOS DA SILVA
DATA: 31/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Geociências, Campus I - UFPB
TÍTULO: EDUCAÇÃO DO CAMPO E O ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA DO ASSENTAMENTO SANTA LÚCIA ARAÇAGI/PB
PALAVRAS-CHAVES: Educação no/do Campo; Territorialidades; Ensino de Geografia; Práticas Pedagógicas; Marcos Legais.
PÁGINAS: 147
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO: A educação do campo nasce a partir da mobilização e pressão dos movimentos sociais, em especial, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por uma política educacional para a comunidade camponesa. Tem como objetivo a luta por uma política educacional que atenda os anseios dos povos do campo, sendo esta protagonizada pelos camponeses. Partimos da seguinte questão norteadora: Como as práticas pedagógicas realizadas a partir do ensino de Geografia, desenvolvidas na Escola no/do campo, dialogam com a realidade dos sujeitos no processo de luta pela reforma agrária no assentamento Santa Lúcia? Desse modo, a presente pesquisa tem o propósito de analisar as práticas pedagógicas executadas a partir do ensino de Geografia desenvolvido na Escola do Assentamento de reforma agrária Santa Lúcia no município de Araçagi/PB. Essa Escola atualmente possui um quantitativo de 103 alunos e 05 professores. Oferta o ensino de Educação Infantil (Maternal, Pré I e II) e Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e uma turma de Educação de Jovens e Adultos. Do ponto de vista teórico-metodológico nos fundamentamos no materialismo histórico-dialético na busca de desvendar as dinâmicas geradoras das desigualdades sociais. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de coleta de dados, a análise documental, a observação participante, a entrevista semiestruturada e o diário de campo. Com a finalidade de obter informações que permitiram analisar e interpretar as práticas pedagógicas no ensino de Geografia que fortalecem a territorialidade camponesa no assentamento, nos pautamos na pesquisa participante. Nos ancoramos em autores como Freire (2013), Caldart (2004-2011), Arroyo (2011), Fernandes (2011), Lorenzo (2013), Brandão (2009), Machado (2009), Copetti e Callai (2008), Pontuschka (2013), Mazzini (2007), Raffestin (199), Haesbaert (2004) e nos marcos legais que discutem educação no/do campo. Consideramos que há um percurso da educação rural para a educação no/do campo, a partir da concepção da educação popular. Embora do ponto de vista normativo, tenhamos tido avanços com vistas à emancipação dos sujeitos do campo, pudemos refletir que a educação no/do campo é uma disputa de percepções de mundo, tal como enfatiza Paulo Freire. A pesquisa apresentada constatou o quanto a educação no/do campo precisa avançar no tocante ao incentivo e promoção das políticas públicas. Essa modalidade de ensino necessita maior atenção, considerando que o poder público enxergue o campo como lócus de produção do conhecimento e não como mero espaço de monocultura do saber. É fundamental que sejam garantidos aos filhos dos camponeses o direito aos conhecimentos necessários para o fortalecimento de suas identidades campesinas. Nesse contexto, compreendemos que o papel da Escola é fundamental na garantia de direitos, mas também espaço apropriado por sujeitos que vivem e se reproduzem no território camponês.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1762569 - AMANDA CHRISTINNE NASCIMENTO MARQUES
Interno - 2047706 - JOSIAS DE CASTRO GALVAO
Externo à Instituição - MARIA DE FATIMA FERREIRA RODRIGUES