PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: SAMUEL OTHON DE SOUZA COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAMUEL OTHON DE SOUZA COSTA
DATA: 28/09/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO: VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL URBANA: UMA PROPOSTA DE DIAGNÓSTICO E DE METODOLOGIA PARA A CIDADE DE GARANHUNS - PE
PALAVRAS-CHAVES: Cidade; Indicadores; Socioambiental
PÁGINAS: 239
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO: A urbanização transforma ambientes naturais em artificiais, imaginando o ecossistema mais desejado a sociedade, sobrepondo e pressionando os elementos naturais, a interesses socioeconômicos, ambientado pelo capitalismo e gerando desigualdades. Pensando a cidade como espaço de destaque entre sociedade e natureza, a questão a ser discutida é sobre o desequilíbrio social, econômico e ambiental. Associada aos riscos está a vulnerabilidade socioambiental urbana, também atrelada aos fatores e elementos ambientais e sociais, contudo, expõe as diferentes condições de fragilidade dos grupos sociais aos riscos. A problemática identificada neste trabalho parte da dificuldade de estabelecer parâmetros e indicadores para elaboração de planejamento e gestão urbana, levando em consideração a interação entre fatores econômicos, sociais e ambientais como chave para o entendimento da vulnerabilidade socioambiental. Então, foram definidos os seguintes problemas na pesquisa: Que indicadores podem ser utilizados para um índice de vulnerabilidade socioeconômico urbano? Como as modificações da sociedade sobre o meio físico contribuem para a dinâmica da vulnerabilidade na cidade de Garanhuns? Como hipótese para a construção da tese, parte da proposição de indicadores como caminhos para a realização de diagnóstico e prognósticos, bem como a análise de vulnerabilidade socioambiental, que é fundamental para o desenvolvimento urbano, em tese, parte-se da ideia de integração de indicadores com parâmetros em ambiente SIG, propondo um índice de vulnerabilidade socioambiental, interagindo com as quais são a espacialidade da cidade, consumo dos recursos e descarte dos resíduos sólidos, estabelecimento e interação das áreas verdes, são indicadores que permitem a definição e melhoria no planejamento e gestão das zonas urbanas. Nessa perspectiva, a cidade de Garanhuns, enfrenta problemas urbanos e ambientais, por ser uma cidade em processo de crescimento com planejamento e gestão desigual, onde os espaços urbanos que menos afetados por problemas socioambientais serão os que detém a população com maior poder aquisitivo, enquanto, os de maior impacto serão os de menor aquisito. A partir da contextualização do tema estudado, este trabalho tem o seguinte objetivo geral: Propor indicadores sociais, econômicos e ambientais, que possam ser integrados em um Sistema de Informações Geográficas, gerando o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental da cidade de Garanhuns Nesse sentido, foram utilizados os conjuntos de técnicas e ferramentas do geoprocessamento para realização do trabalho, entre eles pode se destacar o sensoriamento remoto, fotogrametria, sistemas de informação geográfica, álgebra de mapas, entre outros. Para elaboração do índice de vulnerabilidade socioambiental urbana aplicada a cidade de Garanhuns, considerou os princípios metodológicos de Cutter (1996, 2003, 2011), baseado nos trabalhos realizados pelos autores Mendes et al. (2009) e Cunha et al. (2011), em cidades de Portugal, visando a análise da vulnerabilidade social para riscos naturais e tecnológicos. Nesse sentido, foi empregado o método de Processo Hierárquico Analítico ou “Analytic Hierarchy Process – AHP”, criado por Tomas L. Saaty no início da década de 70, considerado o método de análise multicritério mais amplamente utilizado no apoio de soluções de problemas envolvendo uma grande diversidade de critérios, sendo aplicado questionários a 3 especialistas. Por fim, obtivemos os seguintes dados em relação a vulnerabilidade socioambiental de Garanhuns podemos perceber que a maior porção está destinada a classe Médio com cerca de 9,20Km², seguida por Baixo com 7,26Km² e Alto com 5,25Km², indicando que Garanhuns tem um cenário bastante intermediário em relação a suas áreas de risco socioambiental. É interessante que com o passar do tempo, a dinâmica urbana sempre muito rápida, a cidade de Garanhuns pode apresentar outros tipos de dados sobre vulnerabilidade, pois, essa proximidade do intermediário pode colocar daqui a 10 anos por exemplo, a cidade em um baixo ou alto risco socioambiental. Novamente, é importante frisar o papel dos agentes públicos para superação e melhoria das condições de vida da população, infraestrutura e capacidade de suporte na zona urbana. Assim, também é interessante que os extremos do índice de vulnerabilidade socioambiental da cidade de Garanhuns são as menores áreas calculadas, Muito Alto com 3,57Km² e Muito Baixo com 3,70Km². Contudo, não são motivos para menores preocupações, principalmente o primeiro, visto que são áreas com vulnerabilidades ambientais e sociais, cominando em localidades com deficiências urbanas e falta de acessos a serviços públicos essenciais. Do outro lado, áreas com Muito Baixo vulnerabilidade socioambiental, não devem ser entendidas como não necessitarem de cuidado e atenção, mas sim, manutenção e sempre promover a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável. De maneira geral, os bairros que mais apresentaram vulnerabilidade socioambientais foram Dom Helder Câmara, São José, Magano e Santo Antônio, respectivamente. Já os que apresentaram menores riscos foram Severiano Morais Filho, Novo Heliópolis, Dom Thiago Posima e Heliópolis. Ao abordar a vulnerabilidade socioambiental em Garanhuns, foi possível promover uma cidade mais resiliente, equitativa e sustentável, onde os impactos negativos das interações entre vulnerabilidade social e ambiental sejam mitigados e as oportunidades de crescimento e prosperidade sejam ampliadas para todos os seus habitantes. Além disso, é fundamental investir em infraestrutura resiliente, sistemas de alerta precoce e estratégias de gestão de riscos para reduzir a exposição a desastres naturais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338351 - EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
Interno - 1785923 - DAISY BESERRA LUCENA
Interno - 2529303 - RICHARDE MARQUES DA SILVA
Externo ao Programa - 3046868 - ANDREA LEANDRA PORTO SALES
Externo à Instituição - Cristiana Coutinho Duarte