PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: ELÂNIA DANIELE SILVA ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELÂNIA DANIELE SILVA ARAÚJO
DATA: 27/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa por meio virtual
TÍTULO: REGIMES DE PRECIPITAÇÃO E DINÂMICA DA VEGETAÇÃO EM DIFERENTES CONTEXTOS GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICOS EM AMBIENTE TROPICAL SEMIÁRIDO – CAATINGA NO ALTO SERTÃO PARAIBANO
PALAVRAS-CHAVES: Índices de vegetação; sazonalidade; biomassa; comportamento vegetacional.
PÁGINAS: 148
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
RESUMO: As regiões semiáridas tropicais se caracterizam pela sazonalidade das chuvas que alternam entre períodos secos e chuvosos. Assim, a vegetação nessas áreas desenvolveu adaptações que se ajustam a esse ciclo sazonal. A sazonalidade climática, especialmente da precipitação, influencia a sazonalidade da vegetação, fazendo com que, o ciclo de crescimento anual da vegetação tenha relação direta com a precipitação. Além da precipitação, a sazonalidade da vegetação dependerá de outros fatores, como: características litológicas, topográficas, dos tipos de arranjos vegetais, propriedades do solo, ou a combinação desses fatores. As Florestas Tropicais Sazonalmente Secas - FTSS, apresentam um padrão típico do ciclo fenológico anual, com valores influenciados pelo ciclo de chuvas e que são delimitados pelos parâmetros fenológicos de início e fim da estação chuvosa. O estudo da correlação entre dinâmica dessa vegetação e a precipitação é de suma importância, pois permitirá a identificação do período de maior influência da precipitação em seu comportamento. Assim, o objetivo desta pesquisa é entender o comportamento dos arranjos de vegetação de Caatinga em diferentes contextos geológico-geomorfológicos do Alto Sertão da Paraíba, a partir da sua correlação com os dados pluviométricos. Dentre os procedimentos metodológicos utilizados destaca-se a obtenção dos dados litológicos, topográficos, de precipitação e vegetação, utilizando imagens de satélite e o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada – IVDN. Como base para as análises, foram consideradas as áreas classificadas como vegetação nativa pelo Mapbiomas próximas a postos pluviométricos. Realizaram-se análises estatísticas utilizando a clusterização, correlação de Pearson e Regressão Linear simples, entre os dados do IVDN e os acumulados de precipitação, nos diferentes contextos geológico-geomorfológicos. Identificou-se que as áreas com arranjos vegetais preservados apresentaram as maiores médias de IVDN. Essas áreas estavam principalmente inseridas em litologia de complexos granitoides, com altitudes e declividades mais elevadas. As áreas mais degradadas apresentaram as menores médias de IVDN. Foram áreas predominantemente com altitudes e declividades médias e baixas, maioria de litologia metassedimentar e areia/arenito. Foram feitas quatro clusterizações, com dados geológico-geomorfológicos, de precipitação e de vegetação, de forma separada, e uma que abarcou todas essas variáveis juntas. As clusterizações se mostraram eficazes e permitiram identificar áreas com comportamentos próximos e distintos da vegetação, a partir das diversas variáveis utilizadas. As quatro clusterizações expressaram o comportamento da vegetação em cenários diferentes, os agrupamentos feitos com as variáveis separadamente, apresentaram uma maior homogeneidade entre as áreas, já o agrupamento que levou em consideração todas as variáveis juntas mostrou uma variação maior, principalmente com relação as altitudes, declividades e litologias. A relação entre a precipitação e a vegetação se mostrou indissociável e essa foi a variável que mais mostrou influência no comportamento da Caatinga. A maioria das áreas degradadas apresentaram uma resposta mais rápida a precipitação acumulada, enquanto as áreas com maior diversidade e com as maiores médias de IVDN, tiveram uma resposta mais alongada. Os valores de R² foram maiores nas clusterizações em que as variáveis foram usadas de forma separada. Já para aquela que envolvia todas as variáveis, os valores foram menores. As regressões mostraram que é possível prever o comportamento sazonal da vegetação de Caatinga. No entanto, são necessárias pesquisas futuras que aprimorem os modelos de regressão e testem outros modelos, buscando melhorar as previsões para as FTSS em cenários geológico-geomorfológicos distintos. Isso porque essas variáveis são importantes e influenciam no comportamento da vegetação, mas estatisticamente elas diminuem a precisão dos modelos. São necessários estudos mais aprofundados que possam aliar os dados fenológicos e fitossociológicos aos dados estimados por sensores, para que haja um melhor entendimento do comportamento sazonal das FTSS.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1493597 - JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
Interno - 4201553 - BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA
Interno - 338351 - EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
Externo à Instituição - ARTURO SANCHEZ-AZOFEIFA
Externo à Instituição - LUCAS COSTA DE SOUZA CAVALCANTI