PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PPGEMA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Phone
Not informed

News


Banca de DEFESA: JOSÉ AFONSO SANTANA DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ AFONSO SANTANA DE ALMEIDA
DATA: 28/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto. Via google Meet
TÍTULO: OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA A PROMOÇÃO DA RESILIÊNCIA SÓCIO-ECOLÓGICA EM COMUNIDADES EXTRATIVISTAS DE BURITI, MAURITIA FLEXUOSA L. (ARECALES: ARECACEAE), EM BARÃO DE GRAJAÚ, MARANHÃO
PALAVRAS-CHAVES: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, Indicadores de sustentabilidade, Transformação adaptativa, Governança policêntrica, Sistemas adaptativos complexos
PÁGINAS: 24
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO: O conceito-paradigma de coviabilidade sócio-ecológica aborda a sustentabilidade no contexto Antropoceno, referindo-se à compreensão e construção das diversas formas de coexistência funcional, persistente e justa entre humanos e não-humanos em territórios que configuram sócio-ecossistemas nos quais pretende-se reconectar natureza, sociedade e economia. Sob tal perspectiva, a construção social da sustentabilidade presume a centralidade dos ecossistemas como alicerces de sócio-ecossistema moldados por interações inovadoras entre a biodiversidade e as múltiplas atividades humanas dentro de um território. Este estudo teve por objetivo caracterizar o grau de sustentabilidade do extrativismo do buriti, Mauritia fleuxosa, em três comunidades tradicionais no estado do Maranhão, sob a perspectiva da coviabilidade. Para tanto, utilizamos o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental - IVSA como uma aproximação da resiliência dos sistemas sócio-ecológicos nessas localidades, descrevendo os graus de exposição do sistema, sua sensibilidade e seu potencial adaptativo. Duas comunidades apresentaram vulnerabilidades similares, nomeadamente Corrente (IVSA = 0,64) e Brejo dos Nogueiras (IVSA = 0,69), enquanto Sucuruju apresentou maior vulnerabilidade (IVSA = 0,56). Essas diferenças estão relacionadas a diferenças demográficas entre as comunidades e a características socio-culturais que implicam em diferentes em padrões de uso dos recursos naturais. Por exemplo, famílias que comercializam recursos provenientes do buriti apresentaram as menores rendas, tendo também sido obserrvada uma correlação inversa e significativa entre o tamanho do núcleo familiar e a renda. A alta vulnerabilidade econômica das famílias que praticam o extrativismo do buriti, associada à percepção de crescente degradação ambiental e à inexistência de políticas e projetos locais direcionados ao fortalecimento da produção susentável e do cooperativismo, sugerem que o grau de coviabilidade nessas comunidades ainda é baixo. Nesse contexto, é desafiadora a construção de um sistema de governança regional em que ações integradas que confrontem essa realidade, promovendo o monitoramento e valorização da biodiversidade dos conhecimentos tradicionais, associados à restauração das funções ecossistêmicas e o manejo das conectividades biológica e socioprodutiva para, em médio e longo prazo, promoverem-se transições sócio-ecológicas rumo à coviabilidade nessas comunidades extrativistas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1274154 - FERNANDO FERREIRA DE MORAIS
Externo à Instituição - MARLUCE PEREIRA DAMASCENO LIMA
Presidente - 2359485 - RAFAEL LUIS GALDINI RAIMUNDO
Interno - 3324200 - VIVIANA MÁRQUEZ VELÁSQUEZ