PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRESSA FURLAN FERREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRESSA FURLAN FERREIRA
DATA: 28/11/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Centro de Educação
TÍTULO: NAS ÁGUAS DA MITOLOGIA E DO FOLCLORE NÓRDICOS: a religião nórdica antiga e medieval e a construção cultural da paisagem cognitiva da água
PALAVRAS-CHAVES: Mitologia. Folclore. Escandinávia. Paisagem cognitiva.
PÁGINAS: null
RESUMO: Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar, na longa duração, a construção cultural da paisagem cognitiva de superfícies aquáticas (mares, lagos, rios), incluindo respectivos deuses e espíritos metamórficos da água apresentados na mitologia e no folclore nórdicos. Para tanto, a perspectiva metodológica adotada é de cunho histórico-cultural, com ênfase no estudo do imaginário social, e o método de pesquisa tem abordagem qualitativa e comparativa de longa duração, por se ocupar da análise de rupturas e permanências culturais ao longo do tempo. A paisagem cognitiva é um termo analítico que denota o meio simbólico criado pela ação humana de atribuir significado à natureza e ao meio ambiente, moldado a partir de crenças e valores culturais. O näck, uma das muitas denominações para o water sprite (“espírito da água”) no folclore nórdico, é um espírito aquático metamórfico, frequentemente associado a mortes por afogamento. A evocação ao näck no folclore escandinavo do século XIX aponta para uma continuidade de longa duração de tradições, e os elementos narrativos relacionados a esse ser remetem a concepções que podem ser depreendidas da religião nórdica antiga e medieval. A mitologia nórdica compilada pela literatura medieval, embora ilustre parte do repertório religioso vivido pelos antigos povos da Escandinávia, é reticente em relação a deidades aquáticas e à descrição de rituais a elas destinados. Nesse aspecto, o folclore, mesmo que tardio e fortemente influenciado pelo cristianismo, pode fornecer pistas para ritos praticados em resposta a tais deidades, posto que, além de apresentar semelhanças com as narrativas míticas, evoca uma relação com o ambiente similar ao que era concebido nas sociedades pré-industriais. Entre as concepções que permeiam o imaginário, identificadas nesta pesquisa, tem-se a caracterização da superfície aquática como periculosa, sedutora, delimitadora de regiões e fonte de sabedoria e abundância.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1649543 - JOHNNI LANGER
Interno - 1814691 - MARIA LUCIA ABAURRE GNERRE
Interno - 1971657 - MATHEUS DA CRUZ E ZICA