PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA (PPGS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Phone
83

News


Banca de DEFESA: ALVARO FERREIRA LIMA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALVARO FERREIRA LIMA JUNIOR
DATA: 03/07/2018
HORA: 11:00
LOCAL: Sala de reuniões do Centro de Ciências Médicas da UFPB
TÍTULO: O trabalho com a morte: estudo sociológico da morte no Serviço de Verificação de Óbitos de João Pessoa – PB.
PALAVRAS-CHAVES: Morte, Medicina, Sociologia, Modernidade e Serviço de Verificação de Óbitos.
PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Sociologia da Saúde
RESUMO: Esta tese procura descrever e analisar o trabalho exercido pelos profissionais do SVO (Servico de Verificacao de Obitos) de Joao Pessoa – PB e como sua atividade laboral/instrumental estabelece relacao com os familiares que tem os seus parentes mortos submetidos as necropsias. O SVO foi um servico criado em 2002, em escala local, para auferir as causas mortis naturais, ou seja, as mortes que nao podem ser enquadradas em perfil “violento” e que quando ocorridas os individuos estavam sem o devido acompanhamento medico. Desse modo, o servico tem por finalidade a afericao do motivo da morte da pessoa para fins de mensuracao estatistica. O trabalho tem por objetivo geral explicar como essas representacoes se chocam e examinar os resultados de tal conflitualidade. Para que esse processo conflituoso fosse esclarecido, a pesquisa foi orientada a nivel qualitativo e recorri a duas tecnicas de pesquisa interligadas: 1) utilizei o recurso de entrevistas semiestruturadas com os profissionais do SVO (patologistas, necrotomistas, tecnicos de laboratorio, auxiliar administrativo, diretor, segurancas e motoristas), com familiares dos mortos que “deram entrada” no SVO nos anos de 2016 e 2017 e algumas entrevistas com agentes funerarios para sondar a sua intermediacao entre SVO e grupos familiares e 2) utilizei o mecanismo da observacao participante para perceber o momento da chegada dos corpos, da entrada das familias no servico e as conversas travadas in loco. Percebe-se que ha um choque entre a perspectiva medica, de controle social da morte, com a percepcao familiar do adoecimento e do falecimento da parentela. Sendo assim, os procedimentos medicos e burocraticos adotados nao se coadunam com a percepcao familiar da morte: os corpos precisam atingir rigidez cadaverica, respeitando-se seis horas para que os sinais de morte estejam presentes, o que conduz a familia a um processo de espera incompreensivel, visto como inadequado e sofrido.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1287701 - ADRIANO AZEVEDO GOMES DE LEON
Externo à Instituição - ANUBES PEREIRA DE CASTRO
Presidente - 336868 - EDUARDO SERGIO SOARES SOUSA
Externo ao Programa - 2117374 - MOISES DIOGO DE LIMA
Interno - 1363922 - SIMONE MAGALHAES BRITO