PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA (PPGS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: NADJA DIOGENES PALITOT

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NADJA DIOGENES PALITOT
DATA: 31/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/tbb-bjzg-bga
TÍTULO: "A bela e a fera: análise sociológica dos motivadores sociais da violência feminina perpetrada por mulheres homicidas encarceradas no Estado da Paraíba"
PALAVRAS-CHAVES: Violência feminina; Carreira desviante; Homicídio; Motivadores sociais; Penintenciária feminina.
PÁGINAS: 149
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: Esta tese tem como objetivo geral identificar e reconhecer os motivadores sociais da violência feminina nos crimes de homicídio, ou seja, procurará elucidar os motivos, endógenos/individuais e exógenos/estruturais (ALVES, 1986), pelos quais as mulheres violam o direito à vida de sujeitos dos sexos masculino e feminino nas mais várias faixas etárias (contra infantes, adolescentes e adultos). Apresentaremos 9 casos de assassinato de homens, 5 casos de assassinato de crianças e 2 casos de assassinato de mulheres, todos os ilícitos praticados por mulheres, sendo estas acusadas ou sentenciadas como executoras, mandantes ou associadas aos crimes. O interesse pelo tema surgiu em meio às vivências e observações ocorridas durante a minha experiência de militância na seara dos Direitos Humanos, principalmente no que concerne ao levantamento da sua violação nos presídios pessoenses. Além desse fato, o interesse foi fomentado pela experiência que tenho tido como professora de Direito Penal, com o estudo do campo dos estudos criminológicos, que discutem e rediscutem as motivações da violência feminina ascendente. A pesquisa de caráter qualitativo (GIL, 2002), foi realizada no Presídio feminino Júlia Maranhão, localizado no bairro de Mangabeira VII, em João Pessoa-Paraíba. Envolveu 16 mulheres homicidas, encarceradas nesse estabelecimento prisional sob acusação (presas provisórias, não sentenciadas) e/ou condenação (julgadas e sentenciadas) por homicídio. Para a composição do corpus, utilizamos uma estratégia de coleta versátil e diversificada. Primeiro, realizamos entrevistas semiestruturadas com uma única respondente por vez (GASKEL, 2007) com as mulheres outsiders (BECKER, 2008) na instituição prisional. Depois acessamos 11 processos judiciais e as 9 fichas criminais das detentas com o fito de cruzar a versão das acusadas com a versão da Justiça sobre os casos de homicídio. A relevância dessa pesquisa se caracteriza pela elucidação de motivadores sociais da violência feminina na prática de homicídio. Pelos dados coligidos vislumbra-se que alguns condicionantes sociais são corresponsáveis por inserir determinado tipo de mulheres (perfil) na rede do crime, para que ingresse na chamada carreira desviante (Idem), adentrando à violação do Direito à vida. Como contribuição, espera-se que a presente investigação viabilize novos debates sobre o tema e que sensibilize o Estado e os movimentos sociais organizados, para que se promovam públicas públicas com o intento de tentar neutralizar tais motivadores e, consequentemente, possibilitar uma redução dos índices da violência feminina nos crimes de homicídio, haja vista o seu aumento progressivo na contemporaneidade.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1287701 - ADRIANO AZEVEDO GOMES DE LEON
Externo à Instituição - ANUBES PEREIRA DE CASTRO
Presidente - 336868 - EDUARDO SERGIO SOARES SOUSA
Externo à Instituição - JOHNATAN FERREIRA MARQUES DO VALE
Interno - 2679192 - ROGERIO DE SOUZA MEDEIROS