Banca de DEFESA: CAMILA LEITE VASCONCELOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA LEITE VASCONCELOS
DATA: 22/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Https://meet.google.com/epy-tgky-zga
TÍTULO: UMA ANÁLISE SOCIO-CRIMINOLÓGICA DO ENCARCERAMENTO DE MULHERES POR TRÁFICO DE DROGAS
PALAVRAS-CHAVES: Mulheres; Tráfico de drogas; Cárcere.
PÁGINAS: 207
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: O objeto deste trabalho são os motivos que ensejaram os processos de criminalização de mulheres pela prática do crime de tráfico de drogas. Com a expansão da modernidade e do mercado no plano global, verificou-se também o aumento da violência e das formas de se oprimir as mulheres. Nesse sentido, não só o corpo como a alma das mulheres vem sendo objetos de agressões das mais variadas formas desde o colonialismo, o qual se utiliza atualmente do encarceramento em massa como o mais novo meio para dominar as mulheres, em especial as negras. Para investigar esse fenômeno, utilizou-se não apenas a criminologia crítica e feminista como também a colonialidade do poder para compreender os processos de criminalização e encarceramento feminino, já que é ela que faz do controle penal moderno uma ferramenta fundamental para a dominação patriarcal. O encarceramento feminino por tráfico de drogas vem apresentando números que chamam muito a atenção da comunidade acadêmica por afastar a visão de que prisão masculina é a regra enquanto a feminina é marginal. Não levar o aumento do aprisionamento de mulheres em consideração é o mesmo que dar continuidade a essa estrutura social de gênero, tendo em vista que as prisões, por serem também um espaço de controle, terminam por apontar o caráter generificado da sociedade em geral. Contudo, esse critério não pode ser visto de modo isolado por estar entrelaçado aos marcadores de raça e classe. Diante desse cenário, desenvolveu-se pesquisa de campo utilizando o método etnográfico com aplicação de entrevistas semi-estruturadas as ex egressas da Colônia Penal Feminina – Bom Pastor, em Pernambuco, para a partir da experiência do cárcere relatada por elas entender as causas desse elevado número de aprisionamentos. Os processos de feminização da pobreza estão intrinsecamente relacionados com a criminalização das mulheres pobres e acima de tudo negras, sendo uma das principais causas do fenômeno ora investigado. Somado a isso se tem ainda fatores como a divisão sexual do trabalho, a feminização da chefia nos lares familiares, a flexibilização do acúmulo de capital, dentre outros fatores que unidos faz nascer um cenário de altas vulnerabilidades.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - HELMA JANIELLE SOUZA DE OLIVEIRA
Interno - 1565100 - MARCELA ZAMBONI LUCENA
Externo ao Programa - 1645118 - RENATA MONTEIRO GARCIA
Interno - 2679192 - ROGERIO DE SOUZA MEDEIROS
Interno - 1363922 - SIMONE MAGALHAES BRITO