PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA (PPGS)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: JUCIANE DE GREGORI
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JUCIANE DE GREGORI
DATA: 15/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto - https://teams.microsoft.com/dl/launcher/launcher.html?url=%2F_%23%2Fl%2Fmeetup- join%2F19%3
TÍTULO: FISSURAS DA HETERONORMATIVIDADE: PERFORMATIVIDADES, VIOLÊNCIAS E
RELAÇÕES AFETIVAS.
PALAVRAS-CHAVES: Heteronormatividade; Performatividades; Violências; Relações Afetivas.
PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: português:Esta pesquisa objetiva analisar as fissuras
da heteronormatividade, presentes nas performatividades e na dinâmica social da violência
atrelada às relações afetivo-sexuais. O campo se consolida a partir de uma incursão
etnográfica virtual, nas experiências de pessoas que se autoidentificam como dependentes de
amor e sexo anônimas e participam de grupos de mútua-ajuda em torno desta questão. Nesse
contexto, este trabalho consolida-se em meio a um período de intensa instabilidade política,
como também se estrutura durante a situação pandêmica do Covid-19. Contemplando as
fissuras e rasuras no modelo binário de gênero e monossexualidade das relações afetivas,
reflete-se acerca da heteronormatividade e das performatividades dissidentes, nas quais a
monogamia compulsória, enquanto configuração dominante dos vínculos de afetividade
hegemônicos, se associa com a reprodução de violências múltiplas. Nas violências vivenciadas
no âmbito das relações afetivas, a heteronormatividade apresenta suas descontinuidades.
Assim, em oposição a falácia da igualdade no sistema social dominante e normativo, contesta-
se as políticas neoliberais e capitalistas impostas, não só no que tange ao gênero e a
sexualidade, mas também a raça, etnia, classe, corporeidades e afetos. Argumenta-se que
somente neste contexto de sociabilidades excludentes, é possível que se reproduzam
experiências como as que foram elencadas no presente material. Desse modo, os pressupostos
epistemológicos partiram de uma base de produção acadêmica com linguagens voltadas para
as dissidências, trazendo um viés de estímulo ao olhar interseccional e apontamentos que
pretendem despertar interesse por temas decoloniais. Aplicou-se assim, uma metodologia
qualitativa, valendo-se de recursos tecnológicos e digitais. Empregando técnicas de
observação com ênfase na densidade das experiências, descortina-se um cenário que enreda
perdas, dores, desejos, compulsões, isolamento, traições, em vínculos abusivos e destrutivos.
Através de conflitos no campo das relações amorosas, que se conectam aos laços familiares,
provocam-se problematizações acerca de transformações coletivas e sociais, que possam
ressignificar as noções de afetividade e cuidado mútuo. De toda forma, isso só se tornará possível abarcando redes de apoio e promovendo alianças que desconstruam a hierarquização
dos afetos, tornando possível nutrir outras bases relacionais, nas quais a heteronormatividade
não impere gatilhos para violações.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1407329 - JORISSA DANILLA NASCIMENTO AGUIAR
Presidente - 1565100 - MARCELA ZAMBONI LUCENA
Externo à Instituição - MARIANA SOARES PIRES MELO
Interno - 1487317 - MONICA LOURDES FRANCH GUTIERREZ
Externo à Instituição - SONIA WEIDNER MALUF