Banca de QUALIFICAÇÃO: ARTUR BARBOSA LIMA MAIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTUR BARBOSA LIMA MAIA
DATA: 16/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/pxj-umri-yxc
TÍTULO: DIVULGAÇÃO PUBLICITÁRIA E DISPUTAS MIDIÁTICAS EM TORNO DO PARQUE ECOLÓGICO SANHAUÁ E DO PROGRAMA JOÃO PESSOA SUSTENTÁVEL
PALAVRAS-CHAVES: PUBLICIDADE; JOÃO PESSOA; PARQUE ECOLÓGICO SANHAUÁ; PROGRAMA JOÃO PESSOA SUSTENTÁVEL; DISCURSO DO DESENVOLVIMENTO; MÍDIAS SOCIAIS
PÁGINAS: 100
RESUMO: Este trabalho busca problematizar os discursos publicitários de divulgação e de legitimação do Parque Ecológico Sanhauá (PES) e do Programa João Pessoa Sustentável (PJPS) e sua relação com discursos midiáticos, construídos e compartilhados em mídias sociais digitais, de parte da população atingida por esses projetos urbanos. Discute-se as políticas de significação, as lutas no discurso, em torno desses projetos urbanos da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), levando em conta as relações entre o discurso oficial, representado centralmente pela publicidade audiovisual da Prefeitura, e os discursos extraoficiais disseminados principalmente através do Instagram pelos perfis da Associação de Mulheres do Porto do Capim e do S.O.S 8 Comunidades. O cerne dos conflitos em torno desses dois projetos está na previsão de expulsão/ remoção forçada de parte da população de algumas localidades de João Pessoa. A pesquisa que permitiu a escrita do trabalho se baseou na identificação dos principais elementos discursivos, do ponto de vista formal e de conteúdo, da rede de significados, que constituem as divulgações publicitárias do Parque Ecológico Sanhauá e do Programa João Pessoa, bem como na identificação das características dos discursos midiáticos de parte da sociedade civil atingida por tais projetos urbanos acerca de suas posições sobre o PES e o PJPS. Entende-se que as disputas urbanas em torno do PES e do PJPS se apresentam como uma intricada e desigual guerra de imagens midiáticas. Enquanto a PMJP investe milhões de reais por ano em publicidade institucional, com contratos que envolvem agências de publicidade, produtoras, veículos de comunicação e compartilhamento de conteúdo através de diversos meios de comunicação, a exemplo de televisão, rádio, outdoors e internet, isto é, com uma lógica empresarial de produção discursiva e grande poder de alcance, a parcela da sociedade civil impactada se comunica de forma limitada, em termos de recursos financeiros investidos e de divisão social do trabalho, tendo como consequência, entre outras coisas, um alcance bastante restrito. Nesse contexto, compreende-se que a publicidade tem sido utilizada como “arma de guerra” no esforço de reeditar discursos do desenvolvimento em contextos locais. A publicidade da PMJP toma parte do universo dos agenciamentos institucionais por meio do qual se buscaria construir um certo consentimento quanto a formas de imaginário, de pertencimento e aos rumos das transformações urbanas. Do ponto de vista das significações propagadas pela PMJP em torno do PES e do PJPS, “desenvolvimento”, “sustentabilidade urbana e ambiental”, “revitalização”, “valorização”, “qualidade de vida”, “turismo”, “mudança”, “conexão entre passado, presente e futuro” e “cuidado” foram alguns dos elementos encontrados. Parte da população atingida pelos projetos tem se apropriado de alguns desses significados, dando- lhes outros sentidos, de modo a legitimar a sua permanência no território. Além disso, também tem elaborado outros sentidos sobre os projetos em questão, sobre a localidade onde vivem e sobre a cidade de João Pessoa.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - NICOLE LOUISE MACEDO TELES DE PONTES
Presidente - 2679192 - ROGERIO DE SOUZA MEDEIROS
Interno - 1363922 - SIMONE MAGALHAES BRITO