PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: CIRA MAIA DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CIRA MAIA DOS SANTOS
DATA: 28/03/2022
HORA: 17:00
LOCAL: remoto
TÍTULO: CARTAS PEDAGÓGICAS EM PRISÕES: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS PARA ALÉM DAS GRADES
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Educação em Direitos Humanos. Educação em Prisões. Cartas Pedagógicas.
PÁGINAS: 76
RESUMO: A experiência docente de dez anos em penitenciárias do Estado da Paraíba possibilitou muitas reflexões acerca da Educação em Prisões sob o ponto de vista da Educação em Direitos Humanos. O direito à educação é um direito fundamental que precisa ser efetivado dentro dos rigores das diretrizes operacionais em educação e da lei. Todavia, é algo que ainda se apresenta realizado na prática de maneira incipiente. Com a educação em prisões a situação talvez seja ainda mais grave porque existe todo um imaginário social que deprecia a visão da comunidade escola que se forma nas prisões. Em vez de escola, aluno, professor, direção e família, temos na educação em prisões as figuras da escola-prisão, do aluno-criminoso, do professor-refém, da direção e da família. Essa é uma das batalhas que o docente enfrenta em seus fazeres pedagógicos nos presídios: a desmistificação de estereótipos bastante arraigados no processo de ensino-aprendizagem em prisões. Em meio a esse panorama, procurou-se realizar um trabalho de fomento à esperança, liberdade, humanidade, respeito ao outro. Assim surgiram as cartas pedagógicas que serão aqui relatadas como produto de uma educação em prisões que respeita o cidadão privado de liberdade, assim como sua família, escola e gestores escolares envolvidos no processo. As cartas pedagógicas são a pura expressão de um grupo que almeja sua emancipação para a transformação de suas vidas. Nessa perspectiva, percebe-se a importância de uma autorreflexão profissional para que o(a) professor(a) possa buscar a compreensão e, consequentemente, sinta a necessidade de abrir novos horizontes para outras possibilidades, entre elas a da reflexão sobre a teoria e prática. Portanto, objetiva-se aqui ressignificar a visão da educação em prisões como um processo possível de ser realizado. No desenvolvimento desta pesquisa foi utilizada a metodologia do tipo descritiva, com enfoque misto (qualitativo e quantitativo), tendo como base as metodologias ativas da educação em direitos humanos voltadas para as prisões, assim como a prática da pesquisa de campo com a reunião de documentos pedagógicos que foram analisados com uma visão sociológica, comparativa e prospectiva. O universo estudado compreende as prisões no Estado da Paraíba e sua comunidade escolar. Conclui-se que a produção de cartas pedagógicas nas prisões de fato se mostra como uma maneira de realizar a educação em direitos humanos nas prisões e ressignificar a educação em prisões como um meio ressocializador do cidadão em situação de privação de liberdade. Alcançaram-se resultados positivos, além de contribuir para encontrar meios para abrandar problemas em relação ao desenvolvimento dos educandos e a qualidade da educação.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2485129 - MARLENE HELENA DE OLIVEIRA FRANCA
Interno - 1448856 - ORLANDIL DE LIMA MOREIRA
Externo à Instituição - MARIA DO SOCORRO MARTINS CALHÁU