PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL (PPGECAM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ARETUZA KARLA ARAÚJO DA ROCHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARETUZA KARLA ARAÚJO DA ROCHA
DATA: 28/02/2020
HORA: 14:30
LOCAL: SALA DE AULA DO LABEME
TÍTULO: DESEMPENHO DE ARGAMASSAS PARA CONCRETOS AUTOADENSÁVEIS COM BAIXOS TEORES DE CIMENTO PORTLAND.
PALAVRAS-CHAVES: Argamassa, adições minerais, carbonatação.
PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Civil
RESUMO: A busca pela sustentabilidade na indústria do concreto passa pelo uso cada vez mais intensivo de materiais de substituição do cimento Portland. Esses materiais, comumente chamados de adições minerais, quando utilizados em grande quantidade podem reduzir a alcalinidade da água dos poros do concreto, o que favorece à corrosão de armaduras no concreto armado. Este trabalho procura dar uma contribuição neste campo, tendo-se estudado argamassas autoadensáveis em que o cimento Portland foi substituído em 40%, em massa, por cinzas do bagaço de cana-de-açúcar (SCBA), cinzas de casca de arroz (RHA) e metacaulim (MK), além de misturas binárias entre as adições. Foi verificado também o efeito da substituição de mais 10% do cimento por cal, no processo conhecido como realcalinização. Assim, além da argamassa de referência, foram feitas 12 composições envolvendo os materiais citados, sendo seis sem cal e seis com cal. A relação ligante:areia foi de 1:1,64, e a relação água/ligante igual a 0,44. Foi otimizada a percentagem de aditivo através de medições do espalhamento do mine-cone e medido o teor de ar incorporado das misturas no estado fresco. No estado endurecido foi obtida a resistência à compressão aos 3, 7, 28 e 70 dias e absorção de água por capilaridade aos 28 dias. Foi estudado o efeito da carbonatação acelerada nas diferentes composições, através de corpos de provas cúbicos, imersos em uma câmara de carbonatação com concentração de 10% de CO2. Através da aspersão de fenolftaleína, foram obtidas as profundidades de carbonatação, aos 3, 7, 14 e 28 dias após os corpos de prova serem colocados na câmara. A microestrutura das treze composições foi analisada através de ensaio de difratometria de raios X (DRX) e termogravimetria (TG), destacando-se a presença e o teor de hidróxido de cálcio e de carbonato de cálcio. As análises foram feitas antes de os corpos de prova entraram na câmara de carbonatação e após 28 dias dentro dela. Os resultados indicaram que todas as misturas com adições reduziram significativamente a absorção de água por capilaridade, o metacaulim apresentando o melhor desempenho. As misturas binárias conduziram a maiores valores de resistência à compressão e a incorporação da cal interferiu muito pouco nesta propriedade. No entanto, a argamassa de referência apresentou maior valor da resistência, chegando a 66 MPa aos 70 dias de idade. Quanto à penetração da frente de carbonatação, a referência foi a que apresentou menor valor. As misturas binárias conduziram a maior profundidade de carbonatação. A presença da cal não reduziu esse efeito. Nos ensaios de DRX e TG, as adições reduziram a quantidade de hidróxido de cálcio disponível, antes da carbonatação acelerada. Após ela ocorrer, o hidróxido de cálcio não se faz presente. Apesar de em alguns parâmetros o desempenho das argamassas com adições ser inferior ao da referência, as argamassas aqui desenvolvidas podem ter aplicação prática na fabricação de concretos auto adensáveis, com notáveis benefícios ambientais.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 031.094.674-37 - ALINE FIGUEIREDO DA NÓBREGA AZEREDO - IFPB
Interno - 511.669.504-25 - GIBSON ROCHA MEIRA - IFPB
Externo à Instituição - JOSE WALLACE BARBOSA DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - JULIO CEZAR DE OLIVEIRA FREITAS
Presidente - 6333295 - NORMANDO PERAZZO BARBOSA