PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PIPGF)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: ALVARO LINS MONTEIRO MAIA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALVARO LINS MONTEIRO MAIA
DATA: 23/03/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Google meet
TÍTULO: NO PRINCÍPIO ERA O ATO: TOTALIZAÇÃO E FALHA DE LACAN A MARX
PALAVRAS-CHAVES: Ato psicanalítico, Ato revolucionário, Lacan, Marx, Mais-de-gozar, Mais-valia.
PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo sustentar a tese de que o ato, tal como conceituado
pelo psicanalista francês Jacques Lacan, com base no ato psicanalítico enquanto
fim de análise, ou como passagem de analisante a analista, em uma psicanálise, e
em homologia com o ato revolucionário tal como pode ser aduzido da posição de
Karl Marx frente a sua teoria do capital, que esse ato, portanto, ocupa um lugar
precário e vazio de causa, em relação aos processos de subjetivação e formação
social, que em Lacan podem ser rastreados nas vias de renúncia e recuperação de
gozo e que surgem como produção de mais-de-gozar, termo cunhado a partir do
gozo em psicanálise (e que remete ao Lust de Freud) e também da mais-valia de
Marx, guardando com esta última uma igualdade estrutural que permite considerar
mais-de-gozar e mais-valia como homólogas, à semelhança da homologia entre ato
psicanalítico e ato revolucionário. A posição do ato como o que ocupa o lugar vazio e
ofuscado da causa em relação à produção do mais-de-gozar responde, em uma
extrapolação geral da noção de ato, pelo efeito de sujeito como fundamentalmente
divisor, e se, ao mesmo tempo, o ato se produz como resultado dos processos de
renúncia e recuperação de gozo, essa produção encontra retroativamente a
estrutura desse efeito de sujeito enquanto divisão estatutária que ao fim, por sua
vez, produz a si mesma. Essa postura, em contraposição a outra que considerasse
unilateralmente o ato apenas como resultado da produção de mais-de-gozar, tem a
vantagem de não arriscar dissolver aí o efeito de divisão, que constitui a própria
estrutura do ato, nos processos de significação, cuja consequência é a do
mascaramento da falha constitutiva do sujeito, e portanto, da neutralização dos
desfechos mais importantes de uma psicanálise e da luta social. Por essa razão,
como fruto das conclusões daí aduzidas, esta tese permite, ao mesmo tempo,
repensar, não sem precedentes, os rumos da teoria revolucionária no interior da
tradição marxista, além dos rumos da própria psicanálise em tempos de sua
dissolução em uma terapêutica da adaptação aos mercados.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CACIANA LINHARES PEREIRA
Externo à Instituição - ILANA VIANA DO AMARAL
Interno - 1024473 - IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA
Presidente - 1521208 - NARBAL DE MARSILLAC FONTES
Externo à Instituição - PATRICK DE OLIVEIRA ALMEIDA