PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Phone
Not informed

News


Banca de QUALIFICAÇÃO: TAÍSA FRANÇA DE MEDEIROS ASSIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAÍSA FRANÇA DE MEDEIROS ASSIS
DATA: 24/02/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Biotecnologia
TÍTULO: Avaliação da inflamação e do estresse oxidativo no órgão subfornical em animais knockout para apolipoproteína E.
PALAVRAS-CHAVES: Estresse oxidativo, aterosclerose, citocinas, órgão subfornical.
PÁGINAS: 67
RESUMO: A aterosclerose é uma doença multifatorial, considerada como um dos principais fatores de risco que levam ao desenvolvimento de doença cardiovascular. É caracterizada por disfunção endotelial e autonômica devido a inflamação e aumento do estresse oxidativo sistêmico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o processo inflamatório e os níveis de estresse oxidativo no órgão subfornical (SFO) e no soro de camundongos knockout para apolipoproteína E. Para isso foi realizada a coleta do soro de camundongos C57BL/6, camundongos isogênicos, e apoE-/-, camundongos geneticamente modificados para a deleção do gene que codifica a apolipoproteína E. Foram dosados o colesterol, a peroxidação lipídica na forma de malonialdeído (MDA) e as citocinas (IL-1β, TNF-α e IL-10). Além disso, foram coletadas amostras do SFO dos dois grupos para a realização dos seguintes protocolos experimentais: avaliação da produção de ânion superóxido por lucigenina e dosagem de citocinas (IL-1β, TNF-α e IL-10) por ELISA. Foi observado um aumento significativo dos níveis de colesterol total nos animais apoE-/- em relação aos animais controle (237,4 ± 17,7 mg/dL n = 6 vs 90,7 ± 6,4 mg/dL n = 6, P < 0,05), alimentados com dieta padrão por 6 meses. Também foi analisado que os níveis séricos de malonialdeído apresentaram-se elevados nos animais apoE-/- quando comparados com o controle (1,8 ± 0,2 nmol/mL, n = 15 vs 1,1 ± 0,2 nmol/mL, n = 12, P < 0,05). Também houve aumento significativo de IL-1β nos animais apoE-/- quando comparados aos controles (17,7 ± 2,9 pg/mL, n = 11 vs 5,8 ± 0,5 pg/mL, n = 11, P < 0,05). Entretanto, os níveis de TNF-α e IL-10 não se alteraram entre as linhagens testadas (TNF-α: 5,8 ± 0,5 pg/mL apoE-/-, n = 6 vs 5,7 ± 0,8 pg/mL controle, n = 6; IL-10: 201,6 ± 16,0 pg/mL apoE-/- n = 6 vs 190,1 ± 11,1 pg/mL controle, n=5). Quanto à avaliação do estresse oxidativo no SFO não foi observado diferença a respeito da presença de espécies reativas de oxigênio nos animais apoE-/- quando comparados com o controle (113,8 ± 19,4 MLU/min/µg, n=6 vs 99,0 ± 12,2 MLU/min/µg, n=7). Ainda no SFO, foi observado que a IL-1β e o TNF-α apresentaram-se diminuídas nos animais apoE-/- quando comparados aos C57BL/6 isogênicos (IL-1β: 4,4 ± 0,3 pg/mL, n=5 vs 9,1 ± 0,8 pg/mL, n = 5; TNF-α: 3,0 ± 0,7, n=7 vs 6,4 ± 0,9, n=8, P < 0,05), assim como a IL-10 que também se mostrou diminuída nos animais apoE-/- quando comparada com os camundongos controle (214,0 ± 1,9 pg/ml, n = 3 vs 354,2 ± 19,3 pg/ml, n = 3, P < 0,05). Podemos concluir que há um processo inflamatório nos animais apoE-/- observado pelo aumento de IL-1β e de peroxidação lipídica na periferia, possivelmente proveniente da formação de placas ateroscleróticas. Nossos dados apontam que nesse modelo específico (apoE-/-) há uma preservação da BHE evitando que os fatores inflamatórios e oxidantes alcancem o tecido cerebral através do SFO e provoque danos locais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2015912 - JOSIANE DE CAMPOS CRUZ
Interno - 1971886 - MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO